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Fiber dimensions of peanut shells.

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Academic year: 2017

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DIMENSÕES DAS FIBRAS DA CASCA DO AMENDOIM (1)

ANÍSIO AZZINI(2), Seção de Plantas Fibrosas, IGNÁCIO JOSÉ GODOY (2) e MARCELO APARECIDO NUNES GERIN, Seção de Oleaginosas, Instituto Agronômico.

(1) Realizada com o suporte financeiro do Convênio EMBRAPA/S.A.A. — Amendoim (Adubação). Recebida para publicação a 21 de setembro de 1982.

(2) Com bolsa de suplementarão do CNPq.

Em nosso País, o amendoim representa uma cultura de gran-de expressão econômica, não só como alimento protéico e energé-tico de reconhecida qualidade, mas, também, como um dos prin-cipais produtores de óleo, com amplas possibilidades de utiliza-ção industrial.

Dentre os subprodutos do seu processamento industrial, pode-se destacar a casca, por ser um ma-terial fibroso e disponível em grande quantidade. No ano agrí-cola de 1981/82, a produção pau-lista de casca de amendoim foi aproximadamente 107.000 tone-ladas, correspondendo a uma produção de grãos de 250.900 to-neladas (3). Normalmente, esse resíduo fibroso é queimado nas indústrias para gerar energia.

Entretanto, com a crescente escas-sez e valorização das madeiras, nossas principais matérias-primas para celulose e papel, justifica-se o estudo desse material, como fon-te adicional de fibras celulósicas.

O objetivo desse estudo foi determinar as dimensões das fi-bras da casca de cinco cultivates de amendoim.

Material e Métodos: No

pre-sente estudo, foram utilizadas cas-cas de cinco cultivares de amen-doim ('Penápolis', 'Florunner', •

Tatu' , Tatuí' e 'Roxo 80-1') pro-venientes do banco de germoplas-ma germoplas-mantido pela Seção de Olea-ginosas do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo.

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foram individualizados pela mace-ração das amostras em solução contendo 50% de ácido acético glacial, 40% de água oxigenada a

30 volumes e 10% de água des-tilada, durante aproximadamente

oito horas, a uma temperatura de 60°C. Após a maceração e o tra-tamento com safranina, determi-naram-se o comprimento, a lar-gura, o lumen e a espessura da parede celular das fibras, com au-xílio de um microscópio provido de ocular micrométrica com fila-mento móvel. Para cada cultivar em estudo, foram montadas dez lâminas, dimensionando-se dez fi-bras por lâmina, tomadas inteira-mente ao acaso.

Além das dimensões funda-mentais das fibras, foram

deter-minadas as principais relações entre elas, características morfo-lógicas que também influem nas propriedades físico-mecânicas da celulose e do papel produzido.

Essas relações (índice de en-feltramento, coeficiente de flexi-bilidade, fração-parede, índice de Runkel, comprimento-espessura, relação de Mulsteph e número de Boiler) foram determinadas con-forme preconizam MILANEZ & FOELKEL (2).

Resultados e Discussão: As

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Quanto ao comprimento das fibras, as matérias-primas fibro-sas empregadas na produção de celulose e papel são divididas, ba-sicamente, em fornecedoras de fi-bras longas e curtas. As fifi-bras longas, cujo comprimento médio está em torno de 3,5mm, são obti-das normalmente obti-das madeiras coníferas. As fibras curtas, com aproximadamente lmm, são obti-das a partir de madeiras folhosas, como as dos eucaliptos.

Os cultivares em estudo apre-sentaram fibras com comprimen-to médio variando de 0,57 (para o 'Tatu' e o 'Tatuí') a 0,67mm (para o 'Penápolis'), diferenças, porém, não significativas. Esses

valores são semelhantes àqueles obtidos com Eucaliptus grandis, com um ano de idade (1).

Os valores para as principais relações entre as dimensões das fibras (Quadro 3) são relativa-mente baixos, sugerindo a utili-zação dos materiais fibrosos em estudo apenas em mistura com fibras mais longas, para produzir celulose e papel de boa qualidade. Conclusão: As fibras das cas-cas dos cultivares estudados de amendoim, por serem muito curtas, não são indicadas para produzir papel com boas propriedades físi-co-mecânicas, a não ser em mis-tura com outras fibras longas.

SUMMARY

FIBER DIMENSIONS OF PEANUT SHEU-S

Fiber dimensions of shells of five peanut varieties were determined in order to examine their potential for the celulose and paper making industry.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. FOELKEL, C. E. B.; ZVINAKEVICIUS, C.; KATO, J.; MILANEZ, A. F. Possibilidades do emprego de eucaliptos jovens na produção de polpa Kraft. O Papel, São Paulo, 42:95-100, 1981.

2. MILANEZ, A. C. & FOELKEL, C. E. B. Processos de deslignificação com oxigênio para produção de celulose de eucalipto. In: CONGRESSO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO TÉCNICA BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL, 14, São Paulo. Anais. 1981. v.l, p.37-110.

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