• Nenhum resultado encontrado

Transformações no ensino superior brasileiro: análise das Instituições Privadas de Ensino Superior no compasso com as políticas de Estado.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Transformações no ensino superior brasileiro: análise das Instituições Privadas de Ensino Superior no compasso com as políticas de Estado."

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

análise das Instituições Privadas de Ensino

Superior no compasso com as políticas de Estado

Fernanda Cristina Barbosa Pereira Queiroz*

Jamerson Viegas Queiroz**

Natalia Veloso Caldas de Vasconcelos***

Marciano Furukava****

Hélio Roberto Hékis*****

Flávia Aparecida Barbosa Pereira******

Resumo

O art igo analisa as t ransf ormações ocorridas no ensino superior brasileiro, t omando como ref erência a base de dados do INEP, e a dinâmica das Inst it uições Privadas de Ensino Superior em assimilar rapidamente as políticas de Estado voltadas para a Educação Superior. Tem como objet ivo apresent ar a evolução do ensino superior no Brasil, em especial a graduação, com dest aque para as modif icações int roduzidas nas polít icas públicas a part ir dos anos 2000 e que af et aram est e nível de ensino. A f undament ação t eórica f oi paut ada em debat er a origem e a evolução do ensino superior no Brasil, o descompasso ent re a of ert a e a demanda de vagas no ensino superior brasileiro e as Polít icas públicas implement adas no ensino superior a part ir dos anos 2000. No t ocant e aos aspect os met odológicos, t rat a- se de uma pesquisa descrit iva, de abordagem quant i- qualit at iva. Os result ados encont rados evidenciam que o cresciment o das vagas no ensino superior vem apresent ando sinais de esgot ament o, ocorrendo uma ociosidade no sist ema que se manif est a nas vagas não preenchidas nos processos selet ivos. As polít icas públicas t êm um papel f undament al de ajust ar a demanda e a of ert a, uma vez que há indícios que a renda é um dos grandes inibidores do preenchiment o das vagas e da t axa de sucesso.

Palavras-chave

: Educação superior. Avaliação. Inst it uições Privadas.

* Doutora em Engenharia de Produção; Professora Adjunto da UFRN; Tutora do Programa de Educação Tutorial do curso de Engenharia de Produção da UFRN. e-mail: fernandacbpereira@gmail.com. ** Doutor em Engenharia de Produção; Professor Adjunto da UFRN; Pesquisador DTI/A (Desenvolvimento

Tecnológico Industrial) – CNPq. E-mail: viegasqueiroz@gmail.com

*** Mestranda em Engenharia de Produção na UFRN, Graduada em Engenharia de Produção UFRN, E-mail: nataliaveloso@hotmail.com

**** Doutor em Ciências e Engenharia de Materiais; Professor Associado da UFRN; Pesquisador DTI/A (Desenvolvimento Tecnológico Industrial) – CNPq. E-mail: furukava@ct.ufrn.br.

***** Doutor em Engenharia de Produção; Professor Adjunto da UFRN; Pesquisador DTI/A (Desenvolvimento Tecnológico Industrial) – CNPq. E-mail: hekis1963@gmail.com

****** Pedagoga - Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Mestranda em Engenharia de Produção / UFRN E-mail: flaviapereirab@gmail.com

(2)

Brazilian higher education: analysis of the Private

Higher Education Institutions tandem by State policies

Abstract

The article analyzes the changes in the Brazilian higher education, taking as

reference the database of the INEP, and the dynamics of Private Institutions of

Higher Education in quickly assimilate state policies focused on higher education.

Aims to present the evolution of higher education in Brazil, especially graduation,

highlighting the changes made in public policy from the 2000s and that affected

this level of education. The theoretical framework was based on discussing the origin

and evolution of higher education in Brazil, the gap between supply and demand for

places in higher education and the Brazilian public policies implemented in higher

education from the 2000s. Concerning the methodological aspects, it is a descriptive

research quantitative and qualitative approach. The results show that the growth of

enrollment in higher education has been showing signs of exhaustion, causing a idle

system manifested in the various courses without demand in selection processes.

Public policies have a key role to adjust supply and demand, since there is evidence

that income is a major inhibitor of filling vacancies and success rate.

Keywords:

Higher education. Evaluation. Private Institutions.

Transformaciones en la enseñanza superior brasileña:

análisis de las Instituciones Privadas de Enseñanza

Superior en consonancia con las políticas de Estado

Resumen

(3)

inhibidor de la cobertura de vacantes y de la tasa de éxito.

Palabras clave:

Enseñanza superior. Evaluación. Instituciones Privadas.

Introdução

O ambient e universit ário brasileiro encont ra- se marcado pelo cresciment o acelerado do número de cursos, inst it uições e alunos, sobret udo em f unção da expansão do set or privado e, ainda, pela f ragment ação de carreiras, int eriorização de inst it uições e avanços da educação à dist ância.

Est e art igo t em como objet ivo geral apresent ar a evolução do ensino superior no Brasil, em especial a graduação, com dest aque para as modif icações int roduzidas nas polít icas públicas a part ir dos anos 2000 e que af et am esse nível de ensino. Como objet ivos secundários: dest acar a agilidade das inst it uições privadas de ensino superior de avançar nas polít icas de Est ado na educação superior.

O problema de pesquisa se const rói a part ir de discussões e est udos sobre a expansão do ensino superior brasileiro, sobret udo na últ ima década, e os impact os das polít icas públicas para ampliação do acesso da população brasileira, uma vez que paradoxalment e o número de vagas of ert adas e não preenchidas t ambém apresent a t endências de cresciment o. A quest ão cent ral que nort eia est e t rabalho é: “como as t ransf ormações recent es af et am a evolução do ensino superior brasileiro”. A present e pesquisa se caract eriza como descrit iva, sendo que as t écnicas selecionadas para colet a dos dados f oram os levant ament os bibliográf icos e document ais. A pesquisa bibliográf ica f oi realizada a f im de evidenciar os conheciment os cient íf icos e as discussões sobre a expansão do ensino superior no Brasil. Após a seleção bibliográf ica, f oi realizada a colet a e análise dos dados do ensino superior disponibilizados pelo Inst it ut o Nacional de Est udos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Origem e evolução do ensino superior no Brasil

O ensino superior no Brasil t eve início no século XVI, com a int rodução dos cursos de f ilosof ia e t eologia que, de acordo com Cunha (1983, p. 18), “só podem ser ent endidos como at ividade de um aparelho educacional post o a serviço da exploração da colônia pela met rópole”. At é 1759, quando os padres jesuít as f oram expulsos do reino port uguês e do Brasil4, os colégios Jesuít as f oram os responsáveis pelo ensino superior no país. A part ir dest a dat a, surgiram novos currículos, novos mét odos de ensino e nova est rut ura da educação escolar. Foram f echados 17 colégios e no seu lugar f oram criadas as “aulas régias”, que correspondiam a aulas de grego, hebraico, f ilosof ia, t eologia, desenho, arit mét ica, geomet ria, f rancês, quase t odas independent es, f uncionando em locais dist int os e minist radas por mest res nomeados.

4 Na tentativa de que Portugal criasse condições de se industrializar, a ideologia dos padres Jesuítas,

(4)

A partir de 1808, com a vinda da corte portuguesa para a colônia, surge uma nova etapa do ensino superior no Brasil com o objet ivo de f ormar prof issionais para at uar no set or público e ainda profissionais liberais. Os cursos que preparavam os burocratas para o Estado eram os dos estabelecimentos militares, os cursos de medicina e cirurgia e o de matemática, o qual contribuiu para a implantação dos cursos de engenharia. Outros cursos foram criados para a f ormação de prof issionais não milit ares para a burocracia do Est ado, como os de agronomia, química, desenho t écnico, economia, polít ica e arquit et ura. As inst it uições privadas que surgiram nessa época eram, basicament e, de iniciat iva conf essional cat ólica, ou de iniciat iva de elit es locais que buscavam dot ar seus est ados de est abeleciment os de ensino superior. Deve- se regist rar ainda o surgiment o do sist ema educacional paulist a, por volt a de 1880/1900, que represent ou a primeira rupt ura com o cont role burocrát ico do governo cent ral (CUNHA, 1983; SARMENTO, 1996; SAMPAIO, 2000).

Após a Proclamação da República os est abeleciment os de ensino superior começaram a se expandir, sendo que, soment e após a Revolução de 30, conscient es da import ância est rat égica da educação, a idéia de universidade passou a ser impost a e o Est ado procurou assumir o cont role. Logo após a inst alação do Governo Provisório, em 1930, f oi criado o M inist ério da Educação e Saúde e no, ano seguint e, f oram assinados os decret os ref ormando o ensino secundário, o superior, o comercial e criado o Conselho Nacional de Educação (SARM ENTO, 1996).

Em 1931, f oi aprovado o Est at ut o das Universidades Brasileiras, o qual vigorou at é 1961: a universidade poderia ser of icial, ist o é, pública (f ederal, est adual ou municipal) ou livre, ou seja, part icular; deveria incluir t rês dos seguint es cursos: Direit o, M edicina, Engenharia, Educação, Ciências e Let ras. A ref orma educacional de 1931 apenas veio a corroborar o que a primeira Const it uição da República já f izera: mant inha o sist ema de ensino superior abert o à iniciat iva privada e insist ia que o ensino superior se organizasse em inst it uições universit árias.

A part ir de 1933, o set or privado de ensino superior começou a se consolidar no Brasil; naquela época est e set or respondia por 64,4% dos est abeleciment os e por 43,7% das mat rículas no ensino superior (SAM PAIO, 2000). Em 1945, a part icipação das mat rículas no ensino privado chegava a quase 50%, em um sist ema que cont ava com cerca de 40.000 est udant es.

Com a implant ação do Est ado Novo, o populismo clamava por ref ormas de base para auxiliar o desenvolviment o do país. “A ref orma universit ária se daria pela modernização do ensino superior e a sua reorient ação pedagógica em f unção dos int eresses populares” (CUNHA, 1988).

(5)

t empo em que t riplicava o número de mat rículas t ot ais, a part icipação relat iva das mat rículas privadas diminuía, passando de 48,4%, em 1945, para 41,4% em 1960, conf orme Tabela 1. Essa redução da part icipação do set or privado est á associada a t rês processos quase simult âneos: o primeiro, de criação de universidades est aduais, reunindo inst it ut os est aduais, f ederais e part iculares; o segundo, de f ederalização das inst it uições de ensino superior, sendo que, apenas em 1950, f oram f ederalizadas 28 f aculdades; e, por últ imo, o progressivo barat eament o das t axas cobradas pelas inst it uições públicas, chegando, no início dos anos 50, à grat uidade t ot al.

A part ir de 1955, com a implant ação do Plano de M et as do Governo Juscelino Kubit schek, o país at ravessou uma série de t ransf ormações econômicas e sociais e, a educação superior t ornou- se um element o de cobiça pela população que vislumbrava a possibilidade de mobilidade social.

Dif erent ement e da ref orma educacional de 1931, a Lei nº 4.024, Lei de Diret rizes e Bases da Educação Nacional, de 1961, não mais insist ia em que o sist ema de ensino superior deveria organizar- se, pref erencialment e, em inst it uições universit árias. A novidade f oi a preocupação com a regulament ação dos mecanismos de expansão do ensino superior, est abelecendo as t rês inst it uições que poderiam decidir acerca da criação de novos cursos: as universidades que gozavam de aut onomia; os Conselhos Est aduais de Educação e o Conselho Federal de Educação (CFE).

Dois anos depois, a Port aria nº 4163, f undament ada no Parecer- CFE 92/63, f ixou as normas para aut orização e reconheciment o das escolas de nível superior. Pela primeira vez, os requisit os mínimos f oram def inidos: condição jurídica da mant enedora; condições f iscais e mat eriais, capacidade f inanceira; recursos docent es, comprovant es das condições mat eriais e cult urais do meio; comprovant e da real necessidade do curso para a região; apresent ação de regiment o cont endo currículo e normas acadêmicas de f uncionament o da escola. A nat ureza burocrát ica dessas exigências f avoreceu a abert ura de novos est abeleciment os privados, e a criação de cursos pelas inst it uições já exist ent es nos anos subseqüent es a essa nova legislação.

(6)

Em 1960, o set or privado absorvia 41,4% das mat rículas e, no início dos anos 80, respondia por 64,3%, conf orme ilust ra a Tabela 1. No período 1964- 1980, o número t ot al de mat rículas no ensino superior passou de cerca de 200.000 para 1,4 milhão, sendo os anos de 1970 e 1980 os que apresent aram maiores t axas de cresciment o.

A expansão do set or privado de ensino superior nos anos 60 e 70 ocorreu de f orma localizada e quase rest rit a às regiões Sudest e e Sul do país, inf luenciado pela expansão demográf ica, expansão da escolarização do 2º grau, expect at ivas de promoção social e pela exist ência de uma demanda reprimida – os excedent es do ensino público (CUNHA,1983; VAHL, 1991).

Enquant o as universidades públicas passaram a ser objet o de uma int ervenção diret a do governo f ederal, a expansão dos cursos de graduação das universidades privadas eram incent ivadas pelo governo milit ar. A pulverização das f aculdades isoladas dif icult ava a mobilização polít ica dos est udant es (OLIVEIRA, 2004).

A Lei nº 5.540/68 (BRASIL, 1968) que inst it uiu a ref orma universit ária, f oi ext ensa e prof unda, rompendo com a est rut ura vigent e at é ent ão. Schwart zman (2002) esclarece que ant es da ref orma de 1968 a educação superior era organizada em escolas prof issionais independent es e com pouca ênf ase para a pesquisa. Ent re out ras medidas, pode- se dest acar a eliminação da cát edra; a criação do sist ema de inst it ut os básicos e inst it uição do depart ament o como unidade mínima de ensino e pesquisa; a alt eração do vest ibular, decret ando o sist ema de crédit o e semest ralidade.

Conf orme M art ins (2009) a ref orma de 1968 produziu ef eit os paradoxais no ensino superior brasileiro. Por um lado, modernizou uma part e signif icat iva das universidades f ederais e det erminadas inst it uições est aduais e conf essionais, que incorporaram gradualment e as modif icações acadêmicas propost as pela ref orma.

Se de um lado a ref orma criou as condições para modernizar as universidades públicas, por out ro lado possibilit ou que o ant igo padrão brasileiro de escola superior prolif erasse, caract erizado pelas inst it uições organizadas a part ir de est abeleciment os isolados, volt ados para a mera t ransmissão de conheciment os de cunho prof issionalizant e e dist anciados da at ividade de pesquisa, que pouco cont ribuem com a f ormação de um horizont e int elect ual crít ico para a análise da sociedade brasileira e das t ransf ormações de nossa época (M ARTINS 2009).

(7)

para a educação de massa que exist ia at é ent ão. Conf orme Senhoras (2006) quant o aos det erminant es dessa expansão, dest e número de vagas of erecidas pelo set or privado devem ser apont adas a liberalização da regulament ação do ensino superior e o est ímulo do governo, part icularment e at ravés do Plano Nacional de Educação.

Tabela 1 - Evolução dos números de mat rículas em est abeleciment os públicos e privados no ensino superior brasileiro (1933 – 2010).

Ano

Público Privado

Total

Número % Número %

1933 18.986 56.3% 14.737 43.7% 33.723

1945 21.307 51.6% 19.968 48.4% 41.275

1960 59.624 58.6% 42.067 41.4% 101.691

1970 210.613 49.5% 214.865 50.5% 425.478

1980 492.232 35.7% 885.054 64.3% 1.377.286

1990 578.625 37,6% 961.455 62,4% 1.540.080

2000 887.026 33,0% 1.807.219 67,0% 2.694.245

2001 944.584 31,1% 2.091.529 68,9% 3.036.113 *

2002 1.085.977 30,8% 2.434.650 69,2% 3.520.627

2003 1.176.174 29,9% 2.760.759 70,1% 3.936.933

2004 1.214.317 28,8% 3.009.027 71,2% 4.223.344

2005 1.246.704 27,3% 3.321.094 72,7% 4.567.798

2006 1.251.365 25,6% 3.632.487 74,4% 4.883.852

2007 1.335.177 25,4% 3.914.970 74,6% 5.250.147

2008 1.552.953 26,7% 4.255.064 73,3% 5.808.017

2009 1.523.864 25,6% 4.430.157 74,4% 5.954.021

2010 1.643.298 25,8% 4.736.001 74,2% 6.379.299

Font e: Elaborado com base nos dados do INEP (2010). (*) incluindo EAD.

Instituições de ensino superior

(8)

A expansão do set or privado, nas décadas de 1960 e 1970, deu- se mediant e a mult iplicação de inst it uições de pequeno port e, muit as das quais result ant es da t ransf ormação de ant igas escolas secundárias, vist o que a preocupação quase que exclusiva do set or privado era com o at endiment o da demanda por ensino. O número de est abeleciment os de ensino superior privado salt ou de 463 para 682 na década de 70, chegando a represent ar 77,3% do t ot al do país em 1980. É possível not ar nos últ imos anos, o demasiado aument o no número de mat rículas nas IES privadas, sendo o maior percent ual desde o período de análise de dados.

Schwart zman (1990) cit a que os cursos que f oram criados nos anos 60 e 70 f aziam part e de “carreiras modernas”, podendo- se cit ar os cursos not urnos de Direit o, de Administ ração e de Pedagogia, que eram of erecidos por escolas isoladas, nas pequenas cidades do int erior, e t inham client ela cert a: jovens recém- egressos do curso secundário sem condições f inanceiras e/ou domést icas para prosseguir est udos em cent ros urbanos maiores; pessoas mais velhas já empregadas, que não t inham t ido oport unidade de melhoria no mercado ocupacional; jovens mulheres que já passavam a aspirar a uma f ormação de nível superior, mas sem que isso implicasse o rompiment o com a f amília de origem.

Nos cent ros urbanos maiores ou nas capit ais dos est ados, os est abeleciment os de ensino superior, que est avam abrindo cursos, seguiam t rês t endências (VAHL, 1991; SAM PAIO, 2000):

1. Cont inuavam a t radição de escolas volt adas para a f ormação em prof issões liberais, sobret udo nas áreas de saúde, como Odont ologia e M edicina, para as quais, por insuf iciência da rede pública e por sua t radição de prest ígio social, sempre houve grande demanda;

2. Ampliavam o leque de cursos, pelas inst it uições já reconhecidas, com a f inalidade de cobrir t odas as áreas do conheciment o, ainda que f osse por meio da criação de cursos de licenciat ura;

3. Visam a at ingir segment os mais jovens e de maior poder aquisit ivo, por meio da criação de cursos diurnos.

(9)

Tabela 2 - Estabelecimentos e matrículas do ensino superior privado no Brasil (1985/2010).

Ano

Estabelecimentos de ensino Matriculas nas IES

Privado % sobre o

total Total Privadas

% sobre o total

1985 626 72,9% 859 810.929 59,3

1990 696 75,8% 918 961.455 62,4

1995 684 76,5% 894 1.059.163 60,2

2000 1.004 89,2% 1.126 1.807.219 67,0

2005 1.934 89,3% 2.165 3.321.094 72,7 (*)

2010 2.100 88,3% 2.378 4.736.001 74,2 (*)

Font e: Elaborado com base nos dados do INEP (2010). (*) incluindo EAD.

No início dos anos 90, paut ado no discurso de modernização def endido pelo president e Collor de M ello, coube às inst it uições de ensino superior a f ormação de recursos humanos demandados por um mercado que emergia diant e da inserção do Brasil na economia globalizada.

O programa de governo do president e Fernando Collor de M ello t eve como pressupost o o f at o de o ensino superior brasileiro apresent ar as seguint es dist orções: 1) f ormação de prof issionais não volt ada para a geração de riquezas; ii) pequena f ormação na área de ciências exat as; e (iii) gast o excessivo com o ensino superior em det riment o dos demais níveis de ensino (CORBUCCI, 2000).

A f im de superar t ais problemas ident if icados no ensino superior brasileiro, f oram def inidas cinco linhas de ação:

1 – ampliação do acesso;

2 – respeit o à aut onomia universit ária;

3 – maior est ímulo ao desenvolviment o de pesquisas ent re universidades e empresas;

4 – ampliação dos programas de pós- graduação;

5 – capacit ação e valorização dos prof issionais de educação. O result ado alcançado, cont udo, most ra que as linhas de ação não f oram cumpridas. No período 1990/1992 houve uma redução do número de mat rículas nos cursos de graduação e const at ou- se a baixa remuneração dos prof issionais da educação.

(10)

do M inist ério da Educação naquela época ident if icava que o ensino superior vinha apresent ando várias dist orções desde a década de 1960. Um delas f oi em decorrência da rápida expansão, que, por sua vez, não t eve como cont rapart ida a qualidade. O principal f oco de desequilíbrio est aria no set or privado, na medida em que est e possuía est rut ura f rágil no que t ange à qualif icação do corpo docent e, o que inviabilizava o at endiment o de massa aliado à qualidade.

Com a ext inção do Conselho Federal de Educação, no Governo It amar, a polít ica de governo para o ensino superior adot ada pelo president e Fernando Henrique Cardoso f oi marcada pela condução da expansão do ensino superior privado.

Em 1996, a Lei 9.394/96 (BRASIL, 1996)Lei de Diret rizes e Bases Educação – LDB, int roduziu o processo regular de avaliação dos cursos de graduação e das próprias inst it uições de ensino superior, condicionando seus respect ivos credenciament os e recredenciament os ao desempenho mensurado nest a avaliação. Além disso, a LDB est abeleceu os níveis escolares e as modalidades de educação e ensino, bem como suas respect ivas f inalidades. De acordo com Senhoras (2006) as t ransf ormações ocorridas no Ensino Superior Brasileiro diant e das mudanças originadas pela nova LDB de 1996 e a conseqüent e abert ura de um mercado com uma elevada demanda reprimida criaram um ambient e de oport unidades no mercado de ensino superior que se t ornou progressivament e compet it ivo no set or privado.

Post eriorment e, com a edição do decret o 2.306/97, algumas mudanças ref erent es ao percent ual mínimo de t it ulação docent e e ao quadro de docent es em t empo int egral impuseram pat amares mínimos para a exist ência das universidades. Dadas as exigências impost as pela legislação, o set or privado de ensino superior percebeu os cent ros universit ários como uma opção mais apropriada às suas possibilidades f inanceiras, pois as universidades, pela exigência do ensino, da pesquisa e da ext ensão, demanda maior t it ulação docent e.

Ofertas e demandas de cursos e vagas

(11)

de cursos mediant e a f ragment ação das carreiras, em geral das áreas de ciências sociais aplicadas e da saúde com a of ert a dos cursos de t ecnólogos.

Este crescimento do número de cursos é evidenciado analisando- se a Figura 1. Em 2009, existiam no Brasil 19.599 cursos de graduação em IES privadas e 8.228 cursos em IES Públicas.

Figura 1 – Número de cursos de graduação presenciais segundo a cat egoria administ rat iva da IES – Brasil.

Font e: INEP (2010).

As opções de escolha do aluno ao ingressar no ensino superior são muit as. De um modo geral, a relação candidat o inscrit o no processo de seleção por vaga of erecida sit ua- se em 2,15, Há de se dest acar que, em alguns casos, o aluno se inscreve em vários processos selet ivos. Do t ot al de vagas of erecidas em 2010, 40% delas se concent ravam em apenas t rês subáreas.

Na área das Ciências Sociais, Negócios e Direit o, os cursos de Gerenciament o e Administ ração of ereceram 597.838 vagas e t eve 290.355 alunos ingressant es, e o curso de Direit o of ert ou 218.752 vagas, sendo que 159.377 alunos ingressaram. Já na área da Educação, em geral, t odos os cursos classif icados como da área de educação, inclusive os cursos de Formação de prof essor de mat érias específ icas, of ereceram 570.616 vagas e t eve 263.950 ingressant es.

(12)

não vem crescendo muit o. Já pode est ar ocorrendo um superdimensionament o do sist ema, conf orme Tabela 3, que se manif est a nas mais de um milhão e seiscent as mil vagas não preenchidas no ano de 2008.

Tabela 3 – Vagas of erecidas (vest ibular e out ros processos selet ivos) e não preenchidas nos cursos de graduação presenciais – Brasil (1980 /2010).

Anos Vagas oferecidas Vagas não preenchidas Percentual de vagas não

preenchidas

Total Privada Total Privada Total Privada

1980 404.814 277.874 48.147 38.621 11,9% 13,9%

1985 430.482 289.208 66.486 66.572 15,0% 23,0%

1990 502.784 347.775 95.636 66.766 19,0% 19,2%

1995 610.355 432.210 99.978 79.845 19,3% 18,5%

2000 1.216.281 970.665 318.724 306.191 26,2% 31,5%

2005 2.435.987 2.122.619 1.038.706 1.014.019 42,6% 47,8%

2008 2.985.137 2.641.099 1.479.318 1.442.593 49,6% 54,6%

2009 3.164.679 2.770.797 1.653.291 1.613.740 52,2% 58,2%

2010 3.120.192 2.674.855 1.529.980 1.493.205 49,0% 55,8%

Font e: Elaborado com base nos dados do INEP (2010).

Regionalização e perfil docente

No que se ref ere à desconcent ração regional, verif ica- se que a região Sudest e concent ra a maior part e das IES do país (49%), seguida da região Nordest e (18%). A análise da dist ribuição regional das mat rículas do ensino superior, conf orme Tabela 4, most ra que as inst it uições, mat rículas e cursos dest e nível de ensino se concent ram nas regiões de m aior poder aquisit ivo, revelando acent uada desigualdade regional.

(13)

Tabela 4 – Dist ribuição de IES, alunos mat riculados e cursos no ensino superior (presencial) por região – Brasil – 2010.

Regiões IES Alunos matriculados Cursos

Nort e 146 (6%) 352.358 (6%) 2.066 (7%)

Cent ro Oest e 244 (10%) 495.240 (9%) 2.530 (8%)

Sul 386 (16%) 893.130 (16%) 5.606 (19%)

Nordest e 433 (18%) 1.052.161 (19%) 4.894 (17%)

Sudest e 1.169 (49%) 2.656.251 (48%) 13.481 (47%)

Tot al 2.378 (100%) 5.449.120 (100%) 28.577 (100%)

Font e: Elaborado com base nos dados do INEP (2010).

Sobre int eriorização, M ello (2008) ressalt a que, para que est e processo ocorra, é necessário enf rent ar t rês obst áculos:

• A f ormação e f ixação, em número suf icient e, de uma massa crít ica de dout ores at ualizados com os padrões mais avançados do est ado da art e, nos vários campos do conheciment o – condição já alcançada pelas universidades nos cent ros mais desenvolvidos;

• Acesso a t odo o acervo do saber universal acumulado e disponível, a assimilação de uma cult ura acadêmica que priorize experiment os cient íf icos, cont eúdos programát icos de f ormação int elect ual e at ividades de ext ensão volt ados para os problemas do desenvolviment o regional;

• Um a con f i gu ração organ i zat i va i n ovadora, f l exível e ef i ci en t e, qu e per m i t a dem ocrat i zar o acesso à edu cação su per i or e con t i n u ada às popu l ações m ai s af ast adas dos gran des cen t ros u r ban os – i n cl u si ve aos assi m den om i n ados ‘povos da f l orest a’ –, possi bi l i t an do- l h es, n o seu pr ópr i o m ei o e con t ext o, as opor t u n i dades de cresci m en t o pessoal , i n t el ect u al e pr of i ssi on al , as i n i ci at i vas i n ovador as e cr i at i vas e a i n ven ção das al t er n at i vas ao desen vol vi m en t o l ocal .

(14)

Na Tabela 5 são most radas as f unções dos docent es por t it ulação, por organização acadêmica. É possível observar que o maior número de docent es t em a t it ulação de M est rado, ressalt ando que o dout orado é a t it ulação menos numerosa. Quant o à organização, dest aca que nas universidades, o maior número de docent es apresent a dout orado; nos cent ros universit ários, os docent es com mest rado represent am a maioria, em t orno de 46%.

Tabela 5 – Funções docent es em exercício, por t it ulação e organização acadêmica – Brasil.

Titulação Universidades Centros Universitários Faculdades

% % %

At é especialização 49.197 25,13% 13.198 37,24% 60.982 48,12%

M est rado 65.583 33,50% 16.645 46,97% 52.140 41,15%

Dout orado 80.984 41,36% 5.597 15,79% 13.600 10,73%

Tot al 195.764 100 35.440 100,00% 126.722 100,00%

Font e: Elaborado com base nos dados do INEP (2010).

Nas f aculdades, a presença de docent es com “at é especialização” represent a uma porcent agem maior, chegando a 48%. Em relação à t it ulação, apesar do cresciment o da pós- graduação no Brasil, o percent ual de docent es graduados e especialist as reduziu apenas 11 pont os percent uais no período analisado. Em 2002, eram 45% do t ot al de prof essores e, em 2010, os prof essores com est as t it ulações represent avam 34% do t ot al, sendo ainda a t it ulação que predomina nas IES brasileira, sobret udo nas Faculdades.

(15)

Tabela 6 – Evolução dos números de docent es em exercício e relação aluno/docent e.

Ano Brasil Privado

Total docente

Relação aluno/ professor

Total docente

Docente Tempo integral

Relação aluno/professor

2001 219.947 13,8 128.997 21.838 16,2

2002 242.475 14,5 150.260 24.460 16,2

2003 268.816 14,6 172.953 25.325 15,9

2004 279.058 15,1 185.258 26.812 16,2

2005 292.504 15,6 194.471 32.224 17,0

2006 302.006 16,1 201.280 33.127 18,0

2007 317.041 16,5 208.213 37.614 18,8

2008 321.493 18,0 209.599 39.508 20,3

2009 340.817 17,4 217.840 46.894 20,3

2010 345.335 18,4 214.546 51.413 22,0

Font e: Elaborado com base nos dados do INEP (2010).

Segundo Ribeiro (2011), esses aspect os, relacionados com a organização acadêmica, exigem, do processo de avaliação e principalment e dos avaliadores, a co m p r een são d as co n seq u ên ci as d essas car act er íst i cas so b r e o b o m f uncionament o dos cursos e das inst it uições f ormadoras. Conf orme Gramani (2008), se a IES não conseguir f idelizar seus client es, a rot at ividade será muit o alt a. Com isso a f ragilidade com a concorrência t ambém cresce, o que pode at é ocasionar a f alência do negócio.

Políticas públicas implementadas a partir dos

anos 2000

(16)

Tabela7 - Evolução do número de mat rículas na educação à dist ância, sua evolução sobre o t ot al das mat rículas, o número de mat rículas nas IES privadas e seu percent ual.

Ano Matrículas EAD

Total % EAD Matrículas EAD Privadas % EAD Privadas

2001 5.359 0,18 % 0 0

2002 40.714 1,15 % 6.392 15,70

2003 49.911 1,25 % 10.107 20,25

2004 59.611 1,41 % 23.622 39,62

2005 114.624 2,50 % 60.127 52,45

2006 207.206 4,24 % 165.145 79,70

2007 369.766 7,04 % 275.557 74,52

2008 727.961 12,53 % 448.973 61,67

2009 838.125 14,07 % 665.429 79,39

2010 930.179 14,58 % 748.577 80,47

Font e: Elaborado com base nos dados do INEP (2010.)

O Program a Un i versi dade para Todos (PROUNI) f oi cr i ado pel o Gover n o Federal em 2004 e i n st i t u ci on al i zado pel a Lei n º 11.096, em 13 de j an ei ro de 2005 (BRASIL, 2005). O program a t em com o f i n al i dade a con cessão de bol sas de est u do i n t egrai s e parci ai s a est u dan t es de cu rsos de gradu ação e sequ en ci ai s de f or m ação específ i ca, em i n st i t u i ções pr i vadas de edu cação su per i or. Di r i gi do aos est u dan t es egressos do en si n o m édi o da rede pú bl i ca ou da rede par t i cu l ar n a con di ção de bol si st as i n t egrai s, com ren da

per capita

f am i l i ar m áxi m a de t r ês sal ár i os m ín i m os.

(17)

Figura 2 - Número de bolsas of ert adas por ano pelo PROUNI.

Font e: M inist ério da Educação (2010).

O PROUNI cont ou com a adesão inicial de 1.142 inst it uições de ensino superior, encerrando o ano de 2010 com a part icipação de mais de 1.400 inst it uições, sint et izando assim sua ef icácia e reconheciment o social. No que se ref ere à modalidade de ensino, regist ra- se uma predominância do ensino presencial, responsável por 89,2% das bolsas, cabendo ao ensino a dist ância os out ros 10,8%,

Vale ressalt ar, que de acordo com a polít ica de inclusão social do Governo Federal, o PROUNI reserva um percent ual das bolsas aos af rodescendent es, indígenas e às pessoas com def iciência, of ert a est a proporcional ao número desses cidadãos nos Est ados da Federação.

Embora a maior of ert a de vagas na graduação ocorra hoje no set or privado de ensino superior, a expansão desse set or apresent a sinais de esgot ament o, principalment e pela sat uração de mercado em várias prof issões, pela inadimplência de alunos incapazes de arcar com o alt o cust o da educação superior e, sobret udo, pela impossibilidade de compromet er part e signif icat iva da renda com o pagament o da mensalidade. Dest a f orma, a ampliação das vagas na educação superior pública t orna- se imperat iva para o at endiment o da grande demanda de acesso à educação superior.

(18)

A Tabela 8 apresent a o acompanhament o da execução do número de cursos presenciais de graduação do conjunt o das universidades f ederais no primeiro ano do programa REUNI nos períodos diurno e not urno. As inf ormações relat ivas aos cursos de graduação presenciais projet ados e aos 2.506 ef et ivament e criados indicam um percent ual de execução na ordem de 98%.

Tabela 8 – Número de cursos de graduação em 2008.

Projetadas Executadas Diferenças

Diurno Not urno Tot al Diurno Not urno Tot al Diurno Not urno Tot al

1.827 725 2.552 1.814 692 2.506 - 13 - 33 - 46

Font e: PINGIFES (2010).

De acordo com a Tabela 9, é possível observar o número de vagas nos cursos de graduação em 2008, at endidos pelo REUNI, comparando o projet ado com o execut ado. O número de vagas em cursos presenciais de graduação t ot alizava 132.451, os projet os inst it ucionais possibilit aram um aument o para 146.762, represent ando um acréscimo de 11%.

Tabela 9 – Número de vagas em graduação, at endidos pelo REUNI, nas IFES em 2008.

IFES Projetadas Executadas Diferenças

Diurno Noturno Total Diurno Noturno Total Diurno Noturno Total

Tot al 108.553 38.209 146.762 109.690 37.587 147.277 1.137 - 622 515

Font e: PINGIFES (2010).

Considerações finais

O set or de en si n o su per i or brasi l ei ro apresen t ou t axas si gn i f i cat i vas de cresciment o no século passado, est ando o desenvolviment o indust rial brasileiro diret ament e at relado ao aument o da of ert a de vagas. Cont udo, est e cresciment o vem apresent ando sinais de esgot ament o, ocorrendo uma ociosidade no sist ema que se manif est a nas vagas não preenchidas nos processos selet ivos, apesar de haver uma demanda reprimida por ensino de graduação no Brasil, t endo em vist a que, no ano de 2011, o número de mat riculados no ensino médio t ot alizava 8.400.689 alunos, sendo 85,5 % em inst it uições públicas est aduais e 12,2 % em inst it uições privadas, e na educação básica t ot alizava 50.972.619 alunos, em sua maioria em est abeleciment os municipais (45,7%), est aduais (38,2%) e privadas (15,5%).

(19)

público, sobret udo com a int eriorização de IES, e a concessão de bolsas de est udo e a f acilidade de crédit o para os alunos mat riculados no set or privado são mecanismos de ajust e a f im de que mais brasileiros possam cursar e concluir a graduação. Cabe dest acar a import ância do REUNI como um programa de modernização das IES f ederais e, sobret udo, de expansão do ensino superior brasileiro.

Especif icament e em relação ao set or privado, em 2009, das 2.770.797 vagas of erecidas nos processos de seleção de alunos, apenas 1.157.057 f oram ocupadas, ist o é, 41,8% f oram preenchidas, evidenciando uma enorme capacidade ociosa, muit o embora a IES privada apresent e maior agilidade na execução das polít icas públicas, com dest aque para a EAD, direcionando seus invest iment os na localização das unidades de ensino pert o da residência dos alunos, f acilidades de ingresso, e ampliação dos cursos superiores na modalidade t ecnologia e sequencial. No ent ant o, est a ociosidade indica f alt a de planejament o e erro na def inição das est rat égias por part e das IES privadas que t êm sido a de acirrar a concorrência ent re si, at ravés de agressivas campanhas publicit árias.

Referências

ARAUJO, M . A. D.; PINHEIRO, H. D. Ref orma gerencial do Est ado e rebat iment os no sist ema educacional: um exame do REUNI. Ensaio: avaliação e polít icas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 18, n. 69, p. 647- 668., out ./dez. 2010.

BRASIL. Lei nº 5.540, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas de organização e f uncionament o do ensino superior e sua art iculação com a escola média, e dá out ras providências.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil

, Brasília, DF, 3 de dez. 1968.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Est abelece as diret rizes e bases da educação nacional. Diário Of icial [da] República Federat iva do Brasil, Brasília, DF, 20 de dez. 1968.

______. Lei nº 11.096,de 13 de Janeiro de 2005. Inst it ui o Programa Universidade para Todos – PROUNI.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil

, Brasília, DF, 14 jan. 2005.

CORBUCCI, P. R.

As universidades federais

: gast os, desempenho, ef iciência e produt ividade. Brasília: IPEA, ago. 2000. (Text o para Discussão n. 752).

CUNHA, L. A. C. R.

A universidade crítica

: o ensino superior na República populist a. Rio de Janeiro: F. Alves, 1983. 260 p.

(20)

FONTELES, C. M .

Educação Brasileira

: revi st a do Con sel h o de Rei t ores das Universidades Brasileiras, Brasília, DF, v. 28, n. 56/57, jan./dez. 2006.

GRAM ANI, M . C. N. A inf luência da qualidade na at rat ividade de inst it uições de ensino superior com capit al abert o.

Ensaio:

avaliação e polít icas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.16, n. 60, p. 437- 454. 2008.

INEP. Inst it ut o Nacional de Est udos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Sinopse

Estatística da Educação Superior Graduação

. Brasília, DF: 2010. Disponível em: < www.inep.gov.br> . Acesso em: 30 maio 2010.

JULIATTO, C. I. As universidades comunit árias e o processo de int eriorização.

Educ.

Bras

., Brasília, DF, v. 30, n. 60/61, p. 37- 64, jan./dez. 2008.

M ARTINS, C. B. A ref orma universit ária de 1968 e a abert ura para o ensino superior privado no Brasil.

Educ. Soc.

, v. 30, n. 106, p. 15- 35. 2009.

M ELLO, A. F.

A interiorização da universidade na Amazônia

: um desaf io nacional

.

Educ. Bras

., Brasília, DF, v. 30, n. 60/61, p. 9- 35, jan./dez. 2008.

M INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.

Bolsas ofertadas por ano

. Brasília, DF: SISPROUNI, 2010. Di sponível em : < ht t p:/ / prouni por t al .m ec.gov.br / i m ages/ arqui vos/ pdf / Represent acoes_graf icas/bolsas_of ert adas_ano.pdf > . Acesso em 05/10/2011.

OLIVEIRA, M . M . As origens da educação no Brasil da hegemonia cat ólica às primeiras t ent at ivas de organização do ensino.

Ensaio:

aval.pol.públ.Educ

,

Rio de Janeiro,v.12, n. 45, p. 945- 958, 2004.

PINGIFES. Plat af orma de Int egração de Dados das IFES: colet a de dados: ano- base 2010. Disponível em: < ht t p://pingif es.mec.gov.br/pingif es/index. php?opt ion=com_ cont ent & t ask= view& id= 139& It emid= 38> . Acesso em 15/03/2011.

REUNI.

Reestruturação e expansão das Universidades Federais

. Brasília, DF: 2007. Disponível em: < ht t p://port al.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf /diret rizesreuni.pdf > . Acesso em: 24 jul. 2010.

RIBEIRO, J. L. L. S. Avaliação das universidades brasileiras: as possibilidades de avaliar e as dif iculdades de ser avaliado.

Avaliação,

Campinas, v. 16, n. 1, p. 57- 71. 2011.

(21)

SARM ENTO, D. C. A universidade brasileira.

Educação Brasileira

, Brasília, DF, v. 13, n. 26, p. 129- 145. 1996.

SCHWARTZM AN, J; SCHWARTZM AN, S. O ensino superior privado como set or econômico. Rio de Janeiro: BNDES, 2002. Disponível em: < www.schwart zman.org. br> . Acesso em: 24 jul. 2010.

SCHWARTZM AN, S.

Tradição e modernidade da universidade brasileira

. São Paulo. 1990. (M imeograf ado).

SENHORAS. E. M .; TAKEUCHI. K. P.; TAKEUCHI. K. P. A Análise est rut ural do Ensino Superior Privado sob perspect iva. In: SIM PÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 3., 2006. Anais... Resende: SEGeT, 2006.

VAHL, T. R. Est rut ura e gerenciament o das universidades brasileiras. In:

______

.

Temas de administração universitária

. Florianópolis: OEA/UFSC, 1991, p. 111- 134.

Recebido em: 23/05/2011

Imagem

Tabela 1 -  Evolução dos números de mat rículas em est abeleciment os públicos e privados no ensino superior brasileiro (1933 – 2010).
Tabela 2 -  Estabelecimentos e matrículas do ensino superior privado no Brasil (1985/2010).
Figura 1 – Número de cursos de graduação presenciais segundo a cat egoria administ rat iva da IES – Brasil.
Tabela 3 – Vagas of erecidas (vest ibular e out ros processos selet ivos) e não  preenchidas nos cursos de graduação presenciais – Brasil (1980 /2010).
+6

Referências

Documentos relacionados

continua patente a ausência de uma estratégia de desenvolvimento sustentável, o que poderá ser consequência ser tão insignificante que tal preocupação ainda não se

Não podemos deixar de dizer que o sujeito pode não se importar com a distância do estabelecimento, dependendo do motivo pelo qual ingressa na academia, como

INCLUSÃO SOCIAL E DESEMPENHO DOS ALUNOS COTISTAS NO ENSINO SUPERIOR NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA.. Belo

Percebo que um objetivo esteve sempre presente desde o princípio, sendo notadamente insistente em muitos momentos do desenvolvimento do trabalho, destacável não só porque faz parte

O modelo matemático que representa o comportamento físico do VSA é composto por equações diferenciais ordinárias cujos principais coeficientes representam parâmetros

Para estudar as obras de José de Albuquerque e saber como e quais foram as influências na construção de seu discurso sobre a necessidade da educação sexual, vimos necessário

Com base na investigação prévia do TC em homens com sobrepeso na meia- idade (LIBARDI et al., 2011) e outras que utilizaram o treinamento aeróbio ou de força de moderada

elas expressam por excelência o espaço do sujeito na sua relação com alteridade, lutando para interpretar, entender e construir o mundo (JOVCHELOVITCH, 2002, p.82). Nesse processo