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Trabalho e estratégias formativas: um exemplo empírico.

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Academic year: 2017

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TRABALHO E ESTRATÉGIAS FO RMATIVAS:

UM EXEMPLO EMPÍRIC O

VAN ILDA PAIVA

Instituto de Estudo s da C ultura e da Educação C o ntinuada – Rio de Jane iro vppaiva@ te rra.co m.br

VERA CALHEIROS

Instituto de Filo so fia e C iê ncias So ciais da Unive rsidade Fe de ral do Rio de Jane iro ve racalhe iro s@ o pe nlink.co m.br

GISELIA POTEN GY

D e partame nto de C iê ncias So ciais da Unive rsidade Fe de ral de Pe rnambuco gise lia@ idaco .o rg.br

RESUMO

Apoiado em pesquisas em píricas realizadas no Rio de Janeiro nos últ im os anos, est e relat o focaliza profissionais considerados “potenciais ganhadores”, “potenciais perdedores” e “ideológicos alt ernat ivos em processo de int egração” no cont ext o das t ransform ações ocorridas na est rut ura produt iva e no m ercado de t rabalho dos últ im os anos. Tem - se pesquisado seg-m ent o profissional e sua caract eríst ica, no que diz respeit o à seg-m icroelet rônica e aos novos meios de comunicação (pot enciais ganhadores), aos professores aposent ados e profissionais que ent raram em Planos de D em issão Volunt ária ( pot enciais perdedores) ; e professores at ivos, que com plem ent am sua renda com at ividades inform ais e pessoas ligadas a seg-m ent os dedicados a diferent es prát icas alt ernat ivas no processo de int egração à nova era capit alist a (t erapeut as corporais, prat icant es de “ adivinhações” e de alim ent ação alt erna-t iva) . O erna-t raerna-t am enerna-t o conjunerna-t o dos erna-t rês grupos preerna-t ende oferecer um a visão am pla dos processos que os afet am e suas cont radições, focalizando t am bém as novas est rat égias form adoras acionadas em m eio à fragm ent ária qualificação nos anos m ais recent es. M ERCAD O D E TRABALH O – QUALIFICAÇÃO PROFISSION AL – SOCIOLO GIA D O TRA-BALH O

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ABSTRACT

W ORK AN D SKILL FORM ATION STRATEGIES: AN EM PIRICAL EX AM PLE. Based on empirical research conduct ed in Rio de Janeiro during t he past few years, t his art icle focuses on professionals considered as “ pot ent ial winners” , “ pot ent ial losers” and “ followers of alt ernat ive/ ideological jobs in t he process of int egrat ion” wit hin t he cont ext of changes occurred in t he product ion st ruct ure and in t he labour m arket during recent years. Research has focused on different professional segment s and t heir charact erist ics connect ed t o: microelect ronics and t he new m eans of com m unicat ion (pot ent ial winners); ret ired t eachers and professionals who opt ed for volunt ary resignat ion programs (pot ent ial losers); and t eachers who are working and supplem ent t heir incom e wit h inform al act ivit ies and persons dedicat ed t o different alt ernat ive pract ices in t he process of int egrat ion int o t he new capit alism age (body t herapist s, “ fort une- t ellers” and alt ernat ive food suppliers). The t reat m ent given t o t he t hree groups alt oget her aim s t o provide a wider out look of t he processes t hat affect ed as well as t heir cont radict ions. The art icle also focuses on t he new skill form at ion st rat egies adopt ed t he m idst of t he fragm ent ary qualificat ion processes during t he past few years.

LABOU R M ARKET – EM PLO YM EN T QUALIFICATIO N S – SO CIO LO GY OF LABOU R

As transfo rm açõ e s das últim as dé cadas fo ram rapidam e nte no tadas co m o pro ce sso s so ciais que ge rariam ganhado re s e pe rde do re s. A im po rtância adquiri-da pe lo s no vo s me io s de co municação e m íntima re lação co m a micro info rmática

(e xe m plo , inte rne t) ge ro u no vo s ne gó cio s, um grande e no vo cam po de transa-çõ e s virtuais de dife re nte s tipo s e , po rtanto , de po te nciais ganhado re s no s no vo s te mpo s. Em me io à re tração do assalariame nto e do e mpre go de lo nga duração e da pro te ção so cial ho uve um ge ne ralizado ince ntivo ao auto -e m pre sariam e nto ,

que so bre vive co m fo rça ne ste co m e ço de sé culo . O s grupo s que aqui de no m i-namos como “potenciais ganhadores” foram especialmente atingidos por tais idéias e ne m se mpre ganharam, po is o s ne gó cio s virtuais passam po r fo rte crise mundial desde o estouro da bolha especulativa, refletindo uma crise econômica mais ampla;

co mo grupo , po ré m, re pre se ntam uma “po nta” para a qual e stão abe rtas po ssibi-lidade s futuras. Mas, a re tração do e m pre go e da pro te ção tam bé m e m purraram grande s se gme nto s de pro fissio nais e xpe rie nte s para a apo se ntado ria (e m muito s caso s pre co ce ), re tirando do m e rcado fo rça de trabalho de m e ia-idade . Este

pro ce sso fo i co m ple m e ntado pe lo acio nam e nto , pe lo s go ve rno s e m e sm o po r firm as privadas, de Plano s de D e m issão Vo luntária – PD V – o u Ince ntivada – PD I – co m vantage ns finance iras o fe re cidas àque le s que de ixasse m o s po sto s de trabalho que haviam o cupado po r lo ngo s ano s. Estas vantage ns e stavam, fre qüe

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auto -e m pre sariam e nto . Tratava-se de afastar trabalhado re s cuja e xpe riê ncia e ra co nside rada ne fasta à intro dução das no vas te cno lo gias e à re tração da pro te ção

so cial e se us inte grante s são po te nciais pe rde do re s ne sta no va e ra.

Parale lam e nte , te m sido po ssíve l ide ntificar se gm e nto s que não se e nquadram na dico to m ia ganhado re s/pe rde do re s. Po de m se r re pre se ntante s de cate -go rias pro fissio nais que tê m pe rdido re nda ao lo n-go das últim as dé cadas po r

trabalhare m no s se rviço s de be m e star do s Estado s (co m o m é dico s e pro fe sso re s) e tê m acio nado , parale lam e nte ao e m pre go fo rm al, e straté gias de co m ple -m e ntação de re nda co -m atividade s info r-m ais. Po de -m ta-m bé -m incluir grupo s de pe sso as co m alto níve l de fo rmação que fize ram uma o pção ide o ló gica “alte

rnati-va” a qual o s re tiro u da co m pe tição do m e rcado e que viram , e spe cialm e nte no s ano s 90, co ndiçõ e s muito pro pícias para uma inte gração no me rcado de se rviço s do no vo capitalismo . Agre gam ainda jo ve ns que vê e m atividade s tradicio nalme nte co nside radas alte rnativas co m o cam po s no vo s no s quais se po de m lançar e se

inse rir m ais facilm e nte .

Este s trê s grupo s fo ram o bje to de no ssa pe squisa e m pírica e se rão trata-do s ne ste te xto .

METO DO LO GIA

O s grupos indicados foram abordados por metodologia socioantropológica, cuja parte e m pírica fo i re alizada na cidade do Rio de Jane iro e ntre 1996 e 2000, combinando questionário e entrevista semi-estruturada com profissionais contatados po r re de s de re laçõ e s pe sso ais do s pe squisado re s.

N os segmentos docentes pesquisados, os procedimentos permitiram perceber o s curso s histó rico s re ais nas traje tó rias o cupacio nais, nas e straté gias alte rnativas, na co m ple m e ntaridade e ntre atividade s fo rm ais e info rm ais e nas fo rm as de tran-sição no m undo do trabalho . Info rm açõ e s so bre do ce nte s apo se ntado s de e

nsi-no supe rio r fo ram co le tadas e m 2 2 que stio nário s e e ntre vistas apro fundadas co m 13 de le s. Este grupo de “po te nciais pe rde do re s” fo i co m ple m e ntado no s re co rte s po ste rio rm e nte pe squisado s co m funcio nário s das Te le co m unicaçõ e s do Rio de Jane iro – Te le rj – que ade riram ao s Plano s de D e m issão Vo luntária o u

Ince ntivada no s ano s 1990, e ntre o s quais fo ram e ntre vistado s 23 pro fissio nais e m 1 9 9 9 .

D o ce nte s ativo s do prim e iro e se gundo graus fo ram e ntre vistado s co m o parte do grupo inte rme diário de pro fissio nais que tê m pe rdido re nda ao lo ngo das

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Esta-do (co m o m é dico s e pro fe sso re s) e se so m aram ao s “alte rnativo s” e m pro ce sso de inte gração . N ão são ne ce ssariam e nte ganhado re s ne m pe rde do re s, po rque

acio nam e straté gias co m patíve is co m as e xigê ncias de ste no vo capitalism o . Fo -ram re alizadas 35 e ntre vistas co m pro fe sso re s ativo s que co m ple m e ntam re nda e 15 e ntre vistas se m i-e struturadas. O bje tivo u-se de te ctar a dinâm ica das ativida-des informais acionadas pelos professores no espaço escola, as razões que deflagraram

o se u início , o s inve stim e nto s ne ce ssário s, a o rganização o u re o rganização do e spaço /te m po de dicado à casa, à fam ília, à e sco la e aque le ne ce ssário à pro du-ção /co m e rcializadu-ção de m e rcado rias e /o u pre stadu-ção de se rviço s, a fo rm adu-ção da clie nte la, as fo rmas de re mune ração , as e straté gias ado tadas para a divulgação das

m e rcado rias que pro duze m e do s se rviço s que pre stam , a pe rce pção da carre ira do m agisté rio e sua re lação co m a ne ce ssidade de e ngajam e nto e m atividade s re m une radas co m ple m e ntare s e o s plano s para o futuro .

O grupo de pro fe sso re s ativo s e ntre vistado s que co mple me ntam re nda fo i

co nstituído a partir de pe squisa so cio e tno gráfica ante rio r, re alizada e m trê s e sco -las m unicipais do Rio de Jane iro . Muitas e ntre vistas fo ram fe itas nas pró prias e sco las, no s inte rvalo s de aulas e diziam re spe ito à ve nda de alim e nto s co nge la-do s, ro upas, jó ias, co sm é tico s e até o age ndam e nto da e labo ração de m apas

astrais. Em alguns caso s, po ré m , fo i ne ce ssário re alizá-las nas ruas da cidade o u e m o utro s lo cais.

N o que co nce rne ao s “alte rnativo -ide o ló gico s”, o s e ntre vistado s fo ram dividido s e m subgrupo s de dicado s às m ancias (trê s astró lo go s e trê s taró lo go s),

à alimentação alternativa (uma macrobiótica, duas slow- foode quatro outras alter-nativas alimentares) e às terapias corporais (seis entrevistados dedicados ao shiat su, o ito a o utras fo rm as de te rapia co rpo ral), num to tal de 2 7 e ntre vistas. Essas e sco lhas pre nde m -se à visibilidade do s subgrupo s que , te ndo fe ito no passado

o pção ide o ló gica po r uma vida alte rnativa, co me çaram a passar po r no va o nda de abso rção na no va e ra do capitalism o . O grupo , na m e dida e m que se de ixo u abso rve r, te nde a inte grar o cam po do s “ganhado re s”; no e ntanto , sua po sição so cial e stá ainda e ivada de m uita am bigüidade e de to do s o s pro ble m as ligado s à

co nstituição e le gitim ação de no vo s cam po s pro fissio nais.

Finalm e nte , o s pro fissio nais de info rm ática co nstitue m um unive rso m uito dife re nciado , uma ve z que e sta áre a se caracte riza po r variadas fo rmas de re laçõ e s de trabalho e e xigê ncias de qualificação , não have ndo re gistro s da passage m da

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prim e ira pe squisa, as 35 e ntre vistas re alizadas le varam e m co nside ração se xo , idade , fo rm ação /qualificação e fo rm as de inse rção . U m a das re de s pe squisadas

e ra co m po sta de am igo s co m m e no s de 30 ano s co m hábito de trabalhar junto s e que indicavam uns ao s o utro s para assumir funçõ e s de ntro de pro je to s. Afirma-vam que se fo rmaram co mo auto didatas o u que e ram o u fo ram co le gas de curso s unive rsitário s e se co nside ravam co m o aque le s que m ais se de stacavam na sua

idade . Situavam -se e m dife re nte s po siçõ e s no inte rio r do grupo (ge re nte s de pro je to , autô no mo s, e stagiário s) e inte gravam dive rsas re de s de pro fissio nais que militavam e m asso ciaçõ e s de e mpre sário s e e m sindicato s de trabalhado re s. C e r-ca de 2/

3 do s e ntre vistado s e stavam na faixa de 20 a 40 ano s e 1/

3, na faixa acim a

de 40 ano s, se ndo 10 m ulhe re s e 25 ho m e ns.

D o s e ntre vistado s, 2 3 tinham , pe lo m e no s, o 3o grau co m ple to e do is

e stavam cursando a graduação , have ndo e ntre e le s cinco m e stre s, do is do uto re s e quatro e m curso s de pó s-graduação . Q uanto às áre as pro fissio nais, se te

ha-viam -se fo rm ado e m e nge nharia (to do s ho m e ns), cinco e m info rm ática (se ndo duas m ulhe re s) e trê s tinham o diplo m a de te cnó lo go . O s de m ais e ram o riundo s do s m ais dive rso s curso s de graduação , co m o pe dago gia, le tras, co m unicação , e co no m ia e tc. Ape sar de sse s níve is de qualificação fo rm al, e ra e no rm e a im po

r-tância da qualificação info rm al, re al, co nse guida durante o pro ce sso de trabalho , e m razão da e xtre ma varie dade das re laçõ e s de trabalho e de tipo s de qualificação do s trabalhado re s. Assim , um a m e sm a pe sso a re aliza, m uitas ve ze s, dive rsas atividade s, e nvo lve ndo inse rçõ e s qualitativame nte dife re nciadas.

Esse grupo de “po te nciais ganhado re s” se co mple ta co m a pe squisa re aliza-da e ntre pro fissio nais co m alto níve l de qualificação que utilizam o s m o de rno s m e io s de co m unicação e , m ais co ncre tam e nte , faze m a inte rne t funcio nar, o u se ja, trabalham e m e m pre sas, pró prias o u não , que e stão dire tam e nte ligadas à

inte rne t. Fo ram re alizadas 26 e ntre vistas, se gm e ntadas po r idade : 10 e ntre vista-do s e ntre 2 2 e 3 0 ano s; 1 0 e ntre vistavista-do s de 3 1 a 4 5 ano s e se is e ntre vistavista-do s e ntre 46 e 47 ano s. Esta se gm e ntação de ixa pe rce be r m o vim e nto s de re pro fis-sio nalização e vantage ns/de svantage ns o btidas sim ple sm e nte m e diante o ano de

nascim e nto e da inse rção e m dife re nte s idade s te cno ló gicas, alé m de fo rte te n-dê ncia do s m ais jo ve ns se guire m co m curso s de pó s-graduação .

PO TEN CIAIS PERDEDO RES N A N OVA ERA CAPITALISTA

A re tração m undial do s be ne fício s so ciais, justificada co m base na crise

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e na inve rsão da pirâm ide e tária, num a supo sta ine ficiê ncia do s se rviço s e statais e num re al cre scim e nto do s custo s do s be ne fício s – e spe cialm e nte na áre a da

saúde – te m sido aco m panhada de pro po stas e im ple m e ntação de re fo rm as do s Estado s que implicam pe rdas de dire ito s, de svalo rização e afastame nto de pro fis-sionais com incentivo à aposentadoria precoce num quadro que dificulta a reinserção e im põ e re dução salarial e de apo se ntado rias.

A e sco lha do s pro fe sso re s apo se ntado s e do s inte grante s de PD Vs e PD Is de rivo u da pe rce pção do m o m e nto e xce pcio nal e fugaz na traje tó ria do s pro fe s-so re s unive rsitário s da re de pública e do s funcio nário s de firm as e statais e m pro ce sso de privatização no Brasil no s ano s 90. A re visão co nstitucio nal de 1988

pro picio u vantage ns, alé m da po ssibilidade de acum ulação de apo se ntado rias no se rviço público . Esta am pliação de dire ito s, se guida da am e aça de sua pe rda, é única na histó ria do país. O início do s de bate s e m to rno das re fo rm as fo i quase ime diatame nte aco mpanhado de aume nto no núme ro de apo se ntado rias de do

-ce nte s nas unive rsidade s públicas de to do o país, ante cipando a re de finição de pro je to s pro fissio nais e /o u e xiste nciais de do ce nte s unive rsitário s. Ape sar de tal e straté gia, pro fe sso re s apo se ntado s co ntinuam a de se nvo lve r atividade s pro fis-sio nais fo rm ais e info rm ais, se ndo raro s o s caso s e m que pre do m ina um a o pção

pe lo laze r o u pe la de dicação e xclusiva à vida do mé stica. Q uando apare ce , trata-se de m ulhe re s unive rsitárias co m pro ble m as fam iliare s e /o u diante da ne ce ssidade de re co nve rsão pro fissio nal para po de r vo ltar ao m e rcado de trabalho .

Vale ressaltar que a vivência da aposentadoria está ligada a crises de

identida-de e so frim e nto psíquico . Re pre se nta um a ruptura co m um m e io identida-de te rm inado , tare fas, e ngajame nto s, e xpe ctativas e a co nvivê ncia co m pe sso as. E, me smo quan-do se e stabe le ce ce rto níve l de co ntinuidade co m o pe río quan-do ante rio r, trata-se de uma passagem difícil po rque não mais apo nta para co nquistas, o brigando a encarar

um transcurso que e stá alé m da sua prime ira me tade . Impõ e re le r e dar se ntido a percursos vividos por vezes de forma errática e a buscar energia para atribuir novos se ntido s a atividade s a se re m re to m adas o u a e nco ntrar no vo s fo co s de inte re sse e e m pe nho . Po r fo rça do sim bo lism o que a aco m panha, e ste caráte r de ruptura

e stá pre se nte m e sm o quando ne ce ssidade s o bje tivas co nduzam ao início o u à m anute nção de atividade s info rm ais o u à busca de re inte gração ne stas o u e m o utras atividade s fo rmais. N o caso da apo se ntado ria pre co ce , o s atingido s vê e m-se o brigado s a e nfre ntar não ape nas situaçõ e s o bje tivas criadas pe la apo m-se ntado ria

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Entre o s pro fe sso re s unive rsitário s, passo u a pairar e m sua co nsciê ncia a po ssibilidade de se re m lançado s para fo ra das classe s m é dias, co m o u se m apo

-se ntado ria. O co m po ne nte subje tivo é , ne ste caso , e s-se ncial à co m pre e nsão da mo ntage m de e straté gias de pe rmanê ncia o u re to rno ao me rcado apó s a apo se n-tado ria. Trata-se de um fe nô m e no que co m po rta situaçõ e s as m ais variadas – e ntre as quais um a ro tatividade que re sulta, no caso do s se gm e nto s m ais e spe

-cializado s, e m e le vação de se us ganho s. Assim , so m e nte um a parce la do s que se apo se ntam – aque la co m po sta po r se to re s m ais ido so s e m e no s qualificado s do pro fe sso rado – ce de lugar a no vas ge raçõ e s.

O co njunto do s indivíduo s e ntre vistado s que inte gram as amo stras indicam

que , m e sm o que o pe so re lativo do trabalho e m sua vida te nha m udado , e le co ntinua se ndo impo rtante para e le s. Há uma clara po larização e ntre que m e stá e que m não e stá no m e rcado fo rm al de trabalho no que co nce rne a dire ito s e vantage ns dive rsas. N o que co nce rne à pro te ção so cial, to do s o s se gm e nto s

pe squisado s vive m as angústias e vicissitude s de um m o m e nto e m que se pro cla-ma o fim da e ra de valo rização de que m trabalha e de co nstrução de me canismo s de be m-e star.

To do s o s re co rte s e m pírico s analisado s e stão na áre a do s se rviço s e o s

e ntre vistado s e xpe rim e ntam as dificuldade s e caracte rísticas de ste se to r. O se g-m e nto g-m ais pro te gido e ntre o s analisado s fo i o de pro fe sso re s unive rsitário s – se gm e nto no qual a que stão do st at us de té m m aio r im po rtância e e stá ligada à titulação e à do cê ncia na graduação e na pó s-graduação . Me sm o aí, no e ntanto ,

sabe -se que – co m o re sultado de um a supe rvalo rização da capacidade de ge stão e m áre as, co m o po r e xe m plo , a da pe squisa – tê m o co rrido situaçõ e s no vas e co m ple xas que subve rte m valo re s tradicio nais da acade m ia e de m andam o utras competências.

A questão da mudança de status coloca-se, de fato, de forma clara entre pro-fessores unive rsitário s apo se ntado s e e ntre o utras cate go rias de pro fissio nais alta-me nte qualificado s. Se po r um lado não é po ssíve l ne gar que o avanço te cno ló gico do s últim o s 3 0 ano s ge ro u situaçõ e s que , e m m uitas áre as, são radicalm e nte

no vas, e xigindo atualização radical de pro fissio nais co nside rado s ultraqualificado s (co mo o co rre na me dicina e , e spe cialme nte , nas té cnicas cirúrgicas), e sta situação de u o rige m a uma ide o lo gia que de svalo riza to do co nhe cime nto que não de te nha o “to que ” da re vo lução cie ntífico -te cno ló gica, co m o se fo sse po ssíve l trabalhar

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de pe ndê ncia de acúmulo de co nhe cime nto ante rio r e de e rudição . Este fe nô me -no po de te r pro piciado a e ntrada de quadro s -no vo s nas o rganizaçõ e s, mas ge ro u

també m de spe rdício de qualificação e de e xpe riê ncia. Este último fe nô me no apa-re ce fo rte m e nte na apo se ntado ria papa-re co ce , m as é igualm e nte e stim ulado po r pro gram as de de m issão vo luntária e o utro s m e canism o s.

Faz parte do co nse nso na áre a das ciê ncias so ciais que são o s quadro s mais

qualificado s e m ais e xpe rie nte s que arriscam de ixar po siçõ e s e stáve is (pro ce sso sim ilar ao da m igração te rrito rial). Mas e ste m e sm o pro ce sso – num m o m e nto de re tração do me rcado e de fo rte pre ssão de ge raçõ e s jo ve ns que supo stame n-te de n-te nham um a fo rm a de qualificação m ais m o de rna – po de significar sim ple

s-m e nte a re tirada do s-m e rcado de us-m co ntinge nte de pro fissio nais que de te nhas-m co nhe cime nto s e info rmaçõ e s privile giadas e até e xclusivas a re spe ito de se rviço s e se to re s. Isto se o bse rva e ntre pro fissio nais que e ntraram e m Plano s de D e m is-são Ince ntivada, e spe cialme nte e ntre e nge nhe iro s que passaram ao pijama, le

van-do co nsigo info rm açõ e s pre cio sas so bre dife re nte s tipo s de tubulaçõ e s nas cida-des (luz, gás, telefone, trens) que não se encontram escritas, mas que são resultado de atuação co ncre ta ao lo ngo de ano s.

Tais te ndê ncias se aco plam à pe rda re lativa do valo r do s diplo m as. D e um

lado , a so cie dade ainda valo riza a po sse do diplo m a, co m o é po ssíve l co nstatar e ntre o s pro fe sso re s unive rsitário s. D e o utro , o me rcado fo rmal de trabalho o vê co mo um impo rtante e le me nto de juízo a re spe ito das co mpe tê ncias apro priadas pe lo se u po rtado r. A m aio r re le vância do auto didatism o e de m o vim e nto s de

re pro fissio nalização é , po ré m , pe rce ptíve l, assim co m o a clara valo rização de atividade s co m ple m e ntare s e alte rnativas que e nvo lve m co nhe cim e nto s co lo ca-do s e m prática no plano ca-do m é stico , tanto no que co nce rne à pro dução de be ns quanto a re laçõ e s inte rpe sso ais. Lugar e spe cial é atribuído a qualidade s e virtude s

co nside radas fe mininas, co mo se po de co nstatar e ntre pro fe sso re s de prime iro e se gundo graus. O no vo quadro de m anda m aio r re sistê ncia psico ló gica às frustra-çõ e s, dispo sição e fo rças psíquicas para co m pe tir e e nfre ntar risco s dive rso s e situaçõ e s no vas e difíce is, capacidade de lidar co m o so frime nto ligado a situaçõ e s

de passage m que incide m so bre o st at us so cial e pro fissio nal.

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PO TEN CIAIS GAN HADO RES N A N OVA ERA CAPITALISTA

As traje tó rias de trabalho e ntre o s pro fissio nais de info rm ática tam bé m re -fle te m o e nxugam e nto do Estado , privatizaçõ e s, co rte s de gasto s das e m pre sas,

de te rio ração do s se rviço s público s, práticas de ge stão da fo rça de trabalho que se traduze m na pre carização das co ndiçõ e s de trabalho e na pro life ração de fo rm as alte rnativas ao assalariame nto , que co m e la co e xiste m o u se alte rnam, co mo sub-contratação, trabalho por conta própria, consultoria, contrato de gestão etc.

permi-tindo ao pro fissio nal m uitas co m binaçõ e s de atuação , se gundo o m o m e nto no ciclo de vida e/ou obedecendo a outras considerações que possam influenciar suas dispo siçõ e s. O de se nvo lvim e nto da inte rne t no Brasil no fim do s ano s 90 se de u em um ambiente de flexibilização das relações de trabalho, onde as empresas vêm

se ndo re o rde nadas a partir do s pre ssupo sto s ditado s po r uma no va racio nalidade . A ge stão e o rganização do trabalho passaram a e xigir no vo s sabe re s. Te -m as co -m o lide rança, pe rso nalidade , habilidade s e co -m unicação passara-m a se r prio rizado s no unive rso da áre a de re curso s humano s das e mpre sas e co me çaram

a se r valo rizado s aspe cto s co m o vida pe sso al, laze r, visõ e s de m undo , ide ntida-de s, o u se ja, uma avaliação das qualidantida-de s mais subje tivas co mo simpatia, agre ssi-vidade , capacidade de re lacio name nto e m grupo e tc. Alé m disso , ape sar de e xistir um a im age m das e m pre sas de te cno lo gia de info rm ação – TI – co m o altam e nte

o rganizadas, fundadas nas m ais m o de rnas e racio nais fo rm as de ge stão e o rgani-zação do trabalho , co nstata-se que muito s princípio s que o rde nam as re laçõ e s de trabalho e stão base ado s e m laço s de le aldade e co nfiança.

Influe nciado s pe las no vas co ndiçõ e s do m undo do trabalho , o s pro fissio

-nais re dim e nsio nam suas idé ias so bre a vida pro fissio nal. N a ve rdade , são fo rça-do s a re alizar o pçõ e s, m ais o u m e no s já co nfiguradas, valo rizanrça-do não m ais um a carre ira e m um a m e sm a e m pre sa o u um a pro fissão , m as de stacando a pre fe rê n-cia pe lo plane jam e nto co ntínuo de sua pró pria traje tó ria, pe lo “auto -e m pre

saria-m e nto ”. N ão há po sto s de trabalho saria-m as tare fas que pre cisasaria-m se r cusaria-m pridas e saria-m um pro je to . O co ntrato , fo rm al o u info rm al, é fe ito para o te m po do pro je to , no inte rio r de um a e quipe re spo nsáve l po r e le .

N e sse co nte xto , a inte rne t te m co nstituído um fo rte atrativo para o s jo ve ns

que a vê m co m o um m undo che io de gla m ou r capaz de pro piciar suce sso e dinhe iro co m rapide z. Esta cre nça é favo re cida pe lo co njunto das de sco be rtas que e nvo lve ram a info rm ática e , particularm e nte , as te cno lo gias de se nvo lvidas na e para a inte rne t, me io no qual apare ce m de fo rma be m nítida as habilidade s

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O s e xe m plo s de Bill G ate s e o utro s se rve m para de m o nstrar que co m inte ligê ncia, de dicação e criatividade é po ssíve l ao indivíduo ultrapassar quaisque r

barre iras, co mo um he ró i mo de rno , co nquistando a no va fro nte ira da te cno lo gia. A ide o lo gia que apare ce se mpre re ite rada na mídia é a po ssibilidade de ficar rico e fam o so rapidam e nte . Po r o utro lado , quando se de sce ao unive rso das pe sso as co m uns que trabalham ne ste cam po , e nco ntram o s um co njunto he te ro gê ne o ,

co m re co rrê ncias quanto a traje tó rias, fo rm açõ e s, re laçõ e s de trabalho e po si-çõ e s na hie rarquia pro fissio nal. As variáve is inte rve nie nte s pare ce m se r o gê ne ro , a idade e o capital e co nô m ico e cultural.

O s do is caso s que e studam o s co nstitue m cam po s po uco re gulam e ntado s,

pe rm itindo que a inse rção pro fissio nal se faça m e diante a qualificação re al, no trabalho , am plam e nte re co nhe cida, m uitas ve ze s, po r m e io de pro m o ção pe las e mpre sas do e stágio não re mune rado e não no rmatizado . Entre tanto , a qualifica-ção fo rm alizada se m anté m altam e nte valo rizada, tanto co m o um a m ane ira de

le gitimação so cial da qualificação re al co mo para ate nde r às e xigê ncias cre sce nte s do m e rcado . C o nfigura-se um a fo rte te ndê ncia para as fo rm as alte rnativas co m o te rce irização e quarte irização (co m fo rmação de “e mpre filho te s”, “e mpre sasirmãs” e tc.), “co nta pró pria”, co nsulto ria, co ntrato de ge stão e tc. que po de m co e

-xistir, alte rnar-se e m isturar-se co m o assalariam e nto , pe rm itindo m uitas co m bi-naçõ e s de atuação , se gundo o m o m e nto no ciclo de vida e /o u o be de ce ndo a o utras co nside raçõ e s que po ssam influe nciar as dispo siçõ e s. Algum as traje tó rias se caracte rizam po r co mpre e nde re m re co nve rsõ e s pro fissio nais, e m de te

rmina-do s m o m e nto s, um a ve z que a e no rm e e xpansão de ste s cam po s e sua re lação co m quase to do s o s do m ínio s da atividade hum ana significo u a abe rtura de e spa-ço no m e rcado para indivíduo s pro ve nie nte s de o utras áre as de trabalho . Po r asso ciar vário s sabe re s, a inte rne t co ngre ga pro fissio nais de dife re nte s campo s de

e studo co m o designers, jo rnalistas, pro fissio nais e m m arket inge de ve ndas, e co -no m istas, e ducado re s, psicó lo go s, e nge nhe iro s de hardware e de soft ware, m é -dico s e tc. É no táve l a grande dive rsificação de atividade s e cargo s que se suce de m à m e dida que vão se ndo criadas no vas aplicaçõ e s para a te cno lo gia da re de .

As de m andas m uito dive rsificadas, a co ntínua re ciclage m e o rápido ciclo vital das e mpre sas (a ve lo cidade co m que as e mpre sas nasce m e mo rre m) pe rmi-te m caminho s e rrático s no mundo do trabalho . A valo rização das habilidade s que se co nstitue m no am bie nte de trabalho , m ais re ais que fo rm ais, o u de qualidade s

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fo rmas de re mune ração e o co ntro le do trabalho ), mas també m co ntribue m para um a re co nfiguração do se ntido do trabalho .

N e ssas traje tó rias de trabalho e qualificação , é no táve l co m o o s dife re nte s tipos de capital cultural, econômico e social constituem a principal variável interveniente no cam inho se guido pe lo s e ntre vistado s. Sua influê ncia pe rpassa to das as e ntre vistas, co ndicio nando fo rte m e nte a pro babilidade da co ntinuação de e studo s de

-po is do 2o

grau, a e fe tivação de um e mpre e ndime nto o u a po ssibilidade de de se n-vo lve r uma atividade na áre a. É impo rtante do minar idio mas, po ssuir fo rmação de qualidade e re lacio nam e nto s pe sso ais que façam a “dife re nça”, alé m de te r tido , durante a infância e juve ntude , info rmaçõ e s “tácitas” que transitam pe lo s ambie

n-te s fam iliar, e sco lar e de laze r. É claro que , e m de n-te rm inado s m o m e nto s cruciais do ciclo de vida, o utro s fato re s so ciais po de m o cupar o pape l principal, e assim faze r co m que o indivíduo se afaste de um “cam inho ” já traçado (co m o um casa-m e nto pre co ce to rnando o brigató rio o trabalho ante s do final da fo rcasa-m ação re

gu-lar, o u fato re s psico ló gico s que po de m impe dir o de se nvo lvime nto ple no de uma carre ira). É tam bé m po ssíve l ro m pe r o blo que io de um a fo rm ação de ficie nte , de um curso no turno malfe ito , pe lo e sfo rço no trabalho . Mas é e vide nte que aque le s que , m ais rapidam e nte e co m m e no r e sfo rço , co nse gue m che gar a um razo áve l

níve l pro fissio nal so cialme nte re co nhe cido , o u ao e mpre sariado , são o riundo s de famílias co m a po sse de mais fo rte capital e co nô mico e so cial. Entre tanto , me smo para aque le s que tê m suce sso po r “co nta pró pria”, o u no pro je to e m pre sarial, e stão se mpre pre se nte s a pre carie dade e a ince rte za. Assim, as re laçõ e s de

traba-lho de scritas co m o m arcadas pe la auto no m ia e sco nde m pe rda de dire ito s. D e ssa fo rm a é que se po de co m pre e nde r as idé ias de e m pre sa-m ãe e e mpre sa-irmã que apare ce m no discurso do s e ntre vistado s. O riundas do paradig-m a pro dutivo ante rio r, e stas cate go rias tinhaparadig-m e ntão uparadig-m a co rre spo ndê ncia na

re alidade : co rre lata à fide lidade à e mpre sa po r parte do e mpre gado havia a po ssi-bilidade de re alização de uma carre ira e stáve l, co m ganho s pre visíve is e se gurança e fe tiva. As e m pre sas da no va e co no m ia alé m de m uito re ce nte s to m aram co m o bande ira a instabilidade , fo rtale ce ndo a ide o lo gia da auto no m ia no trabalho . Em

co ntrapartida, e nco ntramo s inúme ras e straté gias e mpre sariais visando criar laço s e m ante r a co e são (co m o a fo rm ação de “e m pre sasfilho te s” no inte rio r da “e m -pre sa-m ãe ” o u a prática do co ntato info rm al co tidiano no alm o ço o u jantar do s e m pre gado s co m o s dire to re s o u só cio s da e m pre sa).

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proporcionar um ambiente extremamente “amigável”, de “brincadeira”, um verda-de iro “play- ground”, e m que o pro fissio nal se se nte à vo ntade , co mo se e stive sse e m casa o u usufruindo do laze r. Alé m das fo rte s to nalidade s do am bie nte , o s mó ve is são co lo rido s e maquilado s (micro s co m capas de animais, po r e xe mplo ); po de -se parar o trabalho para jo go s virtuais, andar de bicicle ta e rgo mé trica, pular na cama e lástica o u to mar um banho de piscina. O ambie nte to rna-se tão amigáve l

que e nco ntram o s um caso e m que o s jo ve ns e m pre sário s alugaram um a casa am pla o nde m o ram e tê m um a e m pre sa, o nde trabalham co m se us funcio nário s e e stagiário s. Muito s, de po is do e xpe die nte , pe rmane ce m no ambie nte de traba-lho , para se dive rtir. Aliás, a pró pria no ção de e xpe die nte , de te m po no trabatraba-lho

o u de te mpo de laze r é mal aplicada aqui, diluída pe las inúme ras po ssibilidade s das te cno lo gias de co m unicação .

O trabalho , re alizado no am bie nte do m é stico o u no e spaço da e m pre sa, e xige jo rnadas m uito lo ngas e cre sce nte inte nsidade do s ritm o s de trabalho . D

i-lue m -se as fro nte iras e ntre o s e spaço s público e privado , e ntre o s te m po s de trabalho e de laze r, co m co nse qüe nte supe rpo sição e ntre o s te m po s e o s e spa-ço s. A análise do discurso do pro fissio nal m o stra co m o a e xtre m a varie dade das re laçõ e s de trabalho e as po ssibilidade s criadas pe la te cno lo gia pe rm ite m que o s

te m po s e o s e spaço s de trabalho do m é stico e de laze r se m isture m , im bricando -se . A valo rização da auto no m ia no trabalho im plica ade m ais a ne ce ssidade de re co nfiguração ide o ló gica das re laçõ e s do s indivíduo s e ntre si, co m o utro s grupo s, co m o te m grupo , o e spaço e a fam ília e a re o rganização das fo rm as de re lacio

name nto familiar e das ro tinas do mé sticas. E, so bre tudo , e sta valo rização da auto -no m ia significo u a ne ce ssidade de re co nfiguração do se ntido do trabalho . Em co ntrapo sição , a aparê ncia de falta de co ntro le do trabalho , de auto no mia, e sco n-de um a re alidan-de n-de co ntro le to tal, e strito e im plícito que , n-de pe nn-de ndo do caso ,

po de se r fe ito po r m e io de planilha e le trô nica no pró prio co m putado r e /o u pe lo cum prim e nto de m e tas e m um de te rm inado pro je to . Po de ainda se r ditado pe la pró pria re lação de trabalho e stabe le cida quando o pro fissio nal é co ntratado para re alizar uma tare fa e m um prazo pre viame nte de te rminado . As fo rmas de co ntro

-le po de m variar, mas tê m e m co mum o fato de e nvo lve r uma apre ciação so bre o te m po de spe ndido , a qualidade e a po ssibilidade de transparê ncia para o co ntra-tante . N ão se trata de co nfinam e nto do s co rpo s e m ne nhum am bie nte , m as de uma ênfase aparente na liberdade de ação em relação ao tempo e espaço,

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do te mpo e do e spaço de trabalho , jo rnadas muito lo ngas e cre sce nte inte nsidade do ritm o de trabalho que , po r ve ze s, le va à e xaustão .

GRUPO S IN TERMEDIÁRIO S E IN FO RMALIZAÇÃO E GRUPO S ALTERN ATIVO -IDEO LÓ GICO S E FO RMALIZAÇÃO

A que stão da pe rda de st at us co lo ca-se de fo rm a dive rsa e ntre o s pro fe s-so re s de prim e iro e se gundo graus. O e m po bre cim e nto do se to r já o co rre u há

um núm e ro suficie nte de ano s para que não se ja ho je vivido de fo rm a dram ática, alé m do m e sm o pro ce sso te r pro vo cado um a m udança na e xtração so cial do s do ce nte s que to rna e ssa que stão me no s pe rce ptíve l. Tal e mpo bre cime nto e nglo -ba to da a vida e sco lar e inclui a no va clie nte la da e sco la pública, co nfigurando um

to do no qual a ve nda de pro duto s pe lo s pro fe sso re s não de sto a do co njunto . D e ve -se ainda m e ncio nar o fato de que ainda é m uito fo rte a asso ciação da atividade do ce nte co m aque las típicas das mãe s de família e do nas de casa, pre do -m inando na pro dução e co -m e rcialização de be ns e se rviço s, aque le s que de

algum m o do se co ne ctam a atividade s re pro dutivas no âm bito do m é stico e no s quais se m anife stam co nhe cim e nto s e virtude s fe m ininas. N e sse se ntido , po de r-se -ia co nside rar as atividade s parale las das pro fe sso ras co mo fo rmas de “trabalho am pliado ” e de “auto -e m pre sariam e nto ”, cujo s lim ite s de co m patibilidade co m o

magistério só se colocam quando a produção e comercialização ultrapassam muito o s m uro s das e sco las.

As instituiçõ e s, ge ralm e nte co nstitue m um a fo rm idáve l re de de co m pra e ve nda capaz de co ntra-arre star não ape nas e fe ito s do e m po bre cim e nto , m as

também da precariedade de tempo livre para compatibilizar a docência ou o traba-lho info rmal co m a “se gunda jo rnada” o u para asse gurar a “dupla pre se nça” no lar e no trabalho . O co m é rcio te rm ina po r pe rm e ar o s e spaço s po ssíve is, co m po n-do um quadro e m que e le é re sultan-do e um n-do s m o to re s da de ssacralização n-do

trabalho do ce nte . Esta se dá de um a fo rm a “so lidária”, no se ntido de que o s co rpo s do ce nte s das e sco las, incluindo -se aí as dire çõ e s, te rm inam po r ante cipar o que te m sido pre gado co mo uma “e co no mia so lidária” e m te mpo s de po bre za. As m ulhe re s, transfo rm adas e m che fe s de fam ília, e nfre ntam a cre sce nte

ide ntificação do s m e m bro s de sua fam ília e de las m e sm as co m grupo s que não são m ais fo rm ado s a partir do lo cal de trabalho e da e sco la, m as de no vo s m e io s (co m o a te le visão o u lo cais de e nco ntro de jo ve ns) m e diante o s quais, abstrata-me nte , se e stabe le ce m ide ntidade s e so lidarie dade s co m base e m e stilo s de co

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im po rtante s para o s grupo s pe squisado s (qualificado s) são as que stõ e s re lativas ao co mputado r, alé m de to das aque las que giram e m to rno da mo da e do s co

stu-m e s ditado s a partir do s shopping cent ers.

O trabalho se inte nsifica, alé m disso , pe lo se u pró prio caráte r info rm al, po rque a info rm alidade significa tam bé m o de sapare cim e nto de um e spaço insti-tucional que naturalmente propicia alguma “gordura” e obriga a provar a excelência

do trabalho a cada m o m e nto . Info rm alidade é , assim , tam bé m sinô nim o de in-tranqüilidade, de trabalho precário e inseguro, de internalização da responsabilida-de po r um co njunto responsabilida-de tare fas re inte gradas e se u re sultado últim o na fo rm a responsabilida-de ingre sso e de co ndiçõ e s de re pro dução , o que significa que o trabalho te rm ina

pe rme ando a to talidade da vida. H á que m ho je de fe nda a idé ia de que , no futuro , to do trabalho se rá pre cário . Isto supo ria um a re dução das instituiçõ e s e um a po larização e xtre m a do s pro fissio nais, um a ve z que so m e nte um a parce la m uito pe que na de dirige nte s re staria institucio nalme nte anco rada. Supo ria també m que

a re tração das camadas mé dias se guiria se u curso , co m maio r po larização so cial e m uitas inte rro gaçõ e s po líticas.

Estas que stõ e s e stão cada ve z m ais pre se nte s no de bate so bre o significa-do significa-do trabalho na e struturação da vida significa-do s indivíduo s. N o e ntanto , també m

ativi-dade s co nside radas alte rnativas o u co m ple m e ntare s àque las re co nhe cidas pe lo

est ablishm ente ace itas co m o valio sas pe las pe sso as co m uns – co m o práticas divinató rias, te rapias co rpo rais e alim e ntare s dive rsas – co m e çaram a so fre r um pro ce sso de mo dificação cre sce nte , se ndo de mandadas e o fe re cidas ao me rcado

de fo rm a dive rsificada e pe rso nalizada. N e ste m o m e nto de transição , pro fissõ e s m ais tradicio nais so fre m fo rte pro ce sso de de svalo rização so cial (co m o no já re fe rido caso do s m é dico s e do s pro fe sso re s); pro fissõ e s e co nhe cim e nto s pro -fissio nais se de sm istificam , pe rde ndo grande parte de se u m isté rio e gla m our; no vas pro fissõ e s surge m e m co ne xão , se ja co m as no vas te cno lo gias, se ja co m a inte gração de tare fas que e las im põ e m , ao m e sm o te m po e m que o utras pro fis-sõ e s e o cupaçõ e s de sapare ce m po r fo rça do s m e sm o s pro ce sso s.

N o e spaço abe rto pe la co ntração do m e rcado fo rm al de trabalho e pe la

ideologia do pequeno empreendimento, somado a necessidades sociais fortalecidas pe la ince rte za, inse gurança e re dução das fo nte s de ingre sso e de pro te ção so cial, as práticas alte rnativas buscam firm ar o se u lugar co m o pro fissõ e s. O e stilo de vida alte rnativo to rno u-se um a das po ssibilidade s de co nsum o do s se gm e nto s

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se us e sto que s e pe rm itindo a e sco lha pe sso al de ace ssó rio s co m o fo rm a de e le var o s lucro s, o s pro duto s naturalm e nte fo ra do padrão to rnaram -se um a

o pção im po rtante para to das as e sfe ras e m que a grande indústria não e stá pre -se nte . Po de --se dize r, ne ste caso , que e ficiê ncia també m é griffe,ne la se im po ndo a m arca da criatividade ím par do pro duto r alte rnativo po r o po sição ao pro duto industrial.

D e fo rma parado xal e m re lação a te ndê ncias atuais, o s praticante s de ativi-dade s alte rnativas, ao se ve re m co nfro ntado s m ais dire tam e nte co m o m e rcado , co m e çam a buscar le gitim ação pro fissio nal po r um pro ce sso que te m co m o pri-m e ira pri-m e ta a o bte nção de upri-m diplo pri-m a. É co pri-m o se e sta e tapa tive sse que se r

cum prida para que , m ais tarde , se po ssa co lo car e m que stão o s m e canism o s fo rm ais de le gitim ação . O s no sso s dado s e m pírico s m o stram que , de fato , to do s que re m ao me no s um ce rtificado , pe lo qual se po ssam vincular institucio nalme n-te e go zar de re co nhe cime nto pro fissio nal. Em busca da fo rmalização , o info rmal/

alte rnativo que r, na ve rdade , um diplo m a apo iado e m currículo s e pro gram as le gitimado s po r pro fissio nais re co nhe cido s (po r no tó rio sabe r, fo rmação e m áre as afins e /o u e spe cialização fe ita no e xte rio r) e m itido , se ja po r um a e sco la pro fissio -nal (de se gundo grau, po r e xe mplo ), se ja po r uma e sco la de e nsino supe rio r. Para

isso e stão dispo sto s a ade quar-se ao est ablishm ent,o suficie nte para ace itar re -quisito s hie rarquizado s e fo rm ação padro nizada se m , co ntudo , alim e ntar a pe rs-pe ctiva de um a carre ira no que e sta te m de tradicio nal e hie rárquico . C o ntro le disciplinar e de re crutam e nto , aspe cto s im po rtante s para o s grupo s pro fissio nais

clássico s pare ce m m ais fle xíve is no s se gm e nto s alte rnativo s.

A Q UALIFICAÇÃO N O SÉCULO X X I

Te ndo co mo pano de fundo circunstâncias co njunturais únicas e as mudan-ças no me rcado de trabalho que se co mpo rta de mo do cada ve z mais se le tivo no

que diz re spe ito às qualificaçõ e s re que ridas, a pe squisa pro curo u apre e nde r as e straté gias e co nô m icas acio nadas po r um co ntinge nte de trabalhado re s que : a. apre se nta níve is de e sco laridade do s m ais e le vado s e m re lação ao co njunto da po pulação brasile ira; b. atua e m áre as co nside radas e straté gicas, co m o a e

duca-ção e m to do s o s níve is, alé m de de se nvo lve r atividade s de pe squisa; c. te m sido co m pe lido , e m m uito s caso s e de fo rm a co ntraditó ria, pe las pre ssõ e s apo ntadas, a apo se ntar-se pre co ce m e nte , dispo ndo , po rtanto , de um lo ngo te m po de vida pro dutiva o u a buscar, no quadro de de se mpre go cre sce nte , fo rmas autô no mas e

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e sco lhido s m o stra a pro funda im bricação de inse rção fo rm al e atividade s info rm ais, e indica clararm e nte que o s se grm e nto s pe squisado s da po pulação não po

-de m e , na m aio ria do s caso s, não -de se jam e não e sco lhe m a inativida-de . N o que diz re spe ito à qualificação , e stam o s diante de um parado xo . D e um lado , as transfo rm açõ e s co nte m po râne as e xige m um níve l m ais e le vado de co nhe cim e nto s para e nfre ntar não ape nas o trabalho o u a atividade alte rnativa,

m as a vida diária no plano do m é stico e fo ra de le . D e o utro , e stam o s diante de do is fe nô m e no s que incide m de fo rm a e spe cialm e nte fo rte no s paíse s pe rifé ri-co s: a de te rio ração qualitativa do siste m a de e nsino e m se us dive rso s níve is e um e le vado de spe rdício de qualificação e de e xpe riê ncia.

Po r sua ve z, a qualificação re al de finitivam e nte se im pô s so bre a qualifica-ção fo rmal, mas a pe rda do valo r do s diplo mas ainda é re lativa. A so cie dade ainda valo riza a po sse do diplo m a e o m e rcado fo rm al de trabalho o vê co m o um im po rtante e le m e nto de juízo a re spe ito das co m pe tê ncias apro priadas pe lo se u

po rtado r. Maio r re le vância do auto didatism o é , po ré m , pe rce ptíve l. Atividade s co m ple m e ntare s e alte rnativas e nvo lve m um a valo rização de co nhe cim e nto s do plano do m é stico tanto no que co nce rne à pro dução de be ns quanto a re laçõ e s inte rpe sso ais, co m lugar e spe cial para qualidade s e virtude s fe m ininas. Estam o s,

po is, diante de um quadro que de m anda m aio r re sistê ncia psico ló gica às frustra-çõ e s, dispo sição e fo rças psíquicas para co m pe tir e e nfre ntar risco s dive rso s e situaçõ e s no vas e difíce is, capacidade de lidar co m o so frim e nto .

Tais qualidade s e co m pe tê ncias co m põ e m o quadro da qualificação re al e

sua impo rtância cre sce no s co nte xto s mais durame nte pe ne trado s pe la pre cariza-ção e pe la info rm alidade . N e sse se ntido , a qualificacariza-ção re al te rm ina po r m o ldar a inse rção alte rnativa, na m e dida e m que de te rm ina o que po de se r trazido ao m e rcado co m o be ns o u co m o se rviço s e a fo rm a de se re m co m e rcializado s.

Tudo isto im plica a apro priação de co nhe cim e nto s e caracte rísticas que ante s pe rte nciam às e mpre sas: capacidade de julgar a situação do me rcado , visão pro s-pe ctiva, fle xibilidade e tc.

N o que co nce rne ao s re co rte s pe squisado s e mpiricame nte , pro fe sso re s e

pe sso as ve rsadas e m no vas te cno lo gias co ntinuarão a se r fo rm ado s pe lo siste m a, o bse rvando -se , po ré m , m aio r fo rça da apre ndizage m e m se rviço alé m de te ndê ncia e ne ce ssidade de re ciclage m pro fissio nal e e spe cialização pe rió dica. Sabe -re s tradicio nais e familia-re s ganham e spaço tanto no se to r fo rmal quanto no info

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n-te s e re co nhe cido s, disciplinas iso ladas o u co njunto s de disciplinas (m uitas ve ze s capaze s de caracte rizar um a e spe cialização ): é o caso das te rapias co rpo rais (na

fisio te rapia, na e ducação física e m e sm o na m e dicina e na psico lo gia), da alim e n-tação natural (na nutrição , na m e dicina, po r e xe m plo ), da acupuntura e o utras práticas de rivadas da m e dicina chine sa tradicio nal (na m e dicina). Tratam de criar curso s supe rio re s e spe cífico s – co m o no caso da astro lo gia; curso s e spe cífico s

de se gundo grau o u curso s livre s de e spe cialização pó s-se cundária (de te rapias co rpo rais, po r e xe m plo ) o u e stabe le ce r cam inho s de fo rm ação , que e m bo ra fo rm ais, são e xte rno s ao siste m a re gular de e nsino , ge ralm e nte ligado s a ce ntro s de ate ndim e nto que ado tam as práticas e m que stão . Tratase , po is, de um pro

-ce sso que vai do d r op ou t à pro fissio nalização , o cam inho que le va dive rso s se rviço s o riginário s de cre nças, h ob b i es e e stilo s de vida, à busca da inse rção m e diante pe rcurso s acadê m ico s tradicio nais.

REFERÊN CIAS BIBLIO GRÁFICAS

A cada re co rte e m pírico co rre spo nde um re lató rio de pe squisa. G rande parte de se u co nte údo fo i publicada no s núm e ro s 4 , 6 , 8 , 9 e 1 0 , da Re vista

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Re ce bido e m : julho 2 0 0 3

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