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Abordagens alternativas no controle da esquistossomose: buscando incluir o subjetivo na epidemiologia.

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Academic year: 2017

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Abordagens alt ernat ivas no cont role da

esquist ossomose: buscando incluir o subjet ivo

na epidemiologia

Alte rnative ap p ro ac he s to the c o ntro l o f

sc histo so miasis: trying to inc lud e sub je c tive

e le me nts in e p id e mio lo g y

1 Laboratório de Esqu istossom ose, Cen tro d e Pesqu isas Ren é Rach ou , Fu n d ação Osw ald o Cru z . Av. Au gu sto d e Lim a 1715, C.P. 1743, Belo Horiz on te, M G, 30190-002, Brasil. Ped ro Cou ra-Filh o 1

Resumo N este estu d o é d iscu tid a a p ossibilid ad e d a in clu são d o “su bjetivo”n a ep id em iologia. São ap on tad as abord agen s altern ativas d e se trabalh ar com p rogram as d e in terven ção em p o-p u la ções ca ren t es ob jet iv a n d o o-p rest a çã o d e serv iços em ed u ca çã o, sa ú d e e ou t ros t id os com o obrigação d o Estad o e d ireito d o cid ad ão. São ap on tad as características d a p esqu isa p articip an -te, d a “ep id em iologia com u n itária”e d a ed u cação p op u lar visan d o à con stru ção d e u m m od elo d e con trole d a esqu istossom ose com op ções m etod ológicas altern ativ as, in clu in d o as rep resen ta-ções, p ercep ções e m od o d e vid a d e p op u lações exp ostas à in fecção p elo Sch istosom a m an son i. É ain d a ap on tad o o Estad o com o resp on sável p ela p rovisão d e con d ições m ateriais, sem as qu ais n ão se form a cid ad ões com con sciên cia coletiva tão n ecessária n a solu ção d e p roblem as com o a esqu istossom ose.

Palavras-chave Esqu istossom ose; Epidem iologia; Con trole; Saú de Pú blica

Abst ract Th is stu d y d iscu sses th e p ossibility of in tegratin g th e "su bjective" in ep id em iological research . Altern ative ap p roach es are p resen ted for p rogram s to p rovid e h ealth an d ed u cation al services, as w ell as oth ers w h ich are th e righ t of citiz en s to receive an d th e resp on sibility of th e govern m en t to p rovid e. Th e ch aracteristics of p articip atory research , com m u n ity-based ep id em i-ology, an d p op u lar ed u cation p rogram s are d escribed , w ith th e p u rp ose of con stru ctin g a m od el for t h e con t rol of sch ist osom iasis u sin g alt ern at ive m et h od ologies, in clu d in g in t h e m od el t h e p ercep tion s an d life styles of p op u lation s exp osed to Sch istosom a m an son i. Th e Fed eral Govern -m en t is in d icated as th e in stitu tion to p rovid e th e -m aterial con d ition s n ecessary to for-m a citi-zen ry w ith th e collective w ill to con trol sch istosom iasis.

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Int rodução

Em b o ra a OMS (1985) ten h a p reco n iza d o a ed u cação p ara a saú d e e a p articip ação com u -n itária com o estratégia op eracio-n al -n o co-n trole d a en d em ia , n o Bra sil p o u ca s sã o a s exp e -riên cias em qu e a p op u lação ten h a p articip ad o a tiva m en te d e a çõ es d e co n tro le d a en d em ia (Ba rb o sa et a l., 1971; Ba rreto & Pra ta , 1969; Cou ra-Filh o et al., 1992). Não se têm m u itas n o-tícias d e p rogram as m u n icip alizad os com p articip ação ativa d a com u n id ad e, n os q u ais o in -d iví-d u o to rn a -se o b jeto e su jeito -d o p ro cesso d e tran sm issão e con trole d a en d em ia. Sab id a-m en te, o Prograa-m a Esp ecial d e Con trole d a Es-q u istossom ose (PECE, 1976), d esen volvid o n o n ord este d o Brasil, d eixou d e ser u m p rogram a com m ed id as associad as (tratam en to, con trole d e vetores, san eam en to b ásico e ed u cação sa-n itária com p articip ação d a com u sa-n id ad e), m o p rop osto in icialm en te. Caracterizou -se com o u com p rojeto d e in terven ção vertical (cocom u -n id ad e com o ob jeto, d ecisões sob re a m etod o-logia tom ad as n o n ível d e p od er cen tral, ativid a ativid es execu ta ativid a s p o r a gen tes exter n o s à co -m u n id ad e e através d e ações esp ecíficas), co-m o forn ecim en to d o tratam en to esp ecífico, m u itas vezes, com o ú n ica m ed id a oferecid a aos in fectad os e n ão red u zin d o a p revalên cia d a en -d em ia em m u itos m u n icíp ios, on -d e foram ap licad os até oito tratam en tos esp ecíficos aos in -fecta d o s p elo S. m an son i (Ca rm o & Ba rreto, 1994).

Pesq u isas op eracion ais sob re o con trole d a esq u istossom ose com ab ord agen s altern ativas têm sid o p reterid a s p ela s p esq u isa s so b re o tratam en to esp ecífico, os m étod os d e d iagn ós-tico s e a p ro m etid a va cin a (Klo etzel, 1992). Em b o ra a estra tégia d a m u n icip a liza çã o d e p rogram as d e con trole ten h a p rop iciad o b on s resu lta d o s, a su a via b ilid a d e exige estru tu ra -ção n o setor saú d e, p rin cip alm en te n o rep asse d e recu rso s fin a n ceiro s p a ra o n ível lo ca l, n a ca p a cita çã o técn ica d e recu rso s h u m a n o s lo-cais, n a organ ização d a socied ad e p ara exercer o con trole fiscal d os recu rsos p ú b licos e n a d e-fin ição d os p ap éis d as in stitu ições fed erais, es-tad u ais e m u n icip ais (Cou ra-Filh o et al., 1992). O d esen vo lvim en to d e a b o rd a gen s a ltern a ti-vas, in clu in d o-se a sp ectos d a s sin gu la rid a d es d os exp ostos à in fecção p elo Sch istosom a m an -son i, to rn a -se u m d u p lo d esa fio, p o r fa lta d e m etod ologias d e in terven ção além d o en foq u e b io ló gico e p o r n ã o fa zer p a rte d a h egem o n ia b io-tecn ológica já estab elecid a n o p aís p or in-teresses m éd ico-in stitu cion ais, on d e o ato m é-d ico legitim a a m eé-d ica liza çã o é-d a é-d o en ça e o p ap el in terven tivo d o Estad o (Lu z, 1973).

Abordagens alt ernat ivas

A p esq u isa p a rticip a n te (Bo rb a , 1981), a “ep i-d em io lo gia co m u n itá ria” ( To gn o n i, 1993), a ed u cação p op u lar (Valla et al., 1993) e, n o caso d a esqu istossom ose, o m od elo d e con trole d es-ta su gerid o p o r Ba rb o sa & Co im b ra (1992) e Ba rb o sa (1993), a p a recem co m o a b o rd a gen s q u e visa m à a p reen sã o d o in d ivíd u o em su a glo b a lid a d e, d e fo rm a a tra zer seu u n iverso sim b ó lico -cu ltu ra l, su a in stru çã o h istó rica e su a “visão d e m u n d o”e d o p ro cesso Sa ú d e/ Doen ça (S/ D) p ara in stru m en talizar a elab ora-çã o d e u m a p rá tica d e in ter ven ora-çã o em sa u d e p ú b lica d e form a a red u zir o p rocesso local d e p rod u ção d e d oen ças.

Con ceitu alm en te, a p esqu isa p articip an te: “... é u m a p esqu isa d a ação voltad a p ara as n e-cessidades básicas do in divídu o, respon de espe-cialm en te às n ecessid ad es d e p op u lações qu e com p reen d em op erários, cam p on eses, agricu ltores e ín dios, classes m ais caren tes n as estru tu -ras con tem p orân eas, levan d o em con ta as su as asp irações e p oten cialidades de con h ecer e agir. É u m a m etod ologia qu e p rocu ra in cen tivar o d esen volvim en to au tôn om o (au tocon fian te) a p artir d as bases e u m a relativa in d ep en d ên cia do exterior”.(Borb a, 1981:51)

Esta ab ord agem d e p esqu isa p ressu p õe qu e o p esq u isa d o r e a p o p u la çã o estu d a d a seja m su jeito s a tivo s n o p ro cesso d e tra n sfo rm a çã o so cia l, ca b en d o a o p esq u isa d o r e/ o u a o in te-lectu a l a fu n çã o d e fa cilita d o r co m p ro m etid o com a p rod u ção d e con h ecim en tos, ten d o em vista a m u d an ça d a realid ad e.

No Brasil, esta ab ord agem teve in ício n a d é-cad a d e 70. Tem com o ob jetivo b ásico forn ecer à p o p u la çã o o co n h ecim en to cien tífico so b re áreas d e in teresse visan d o à resolu ção d e p ro-b lem a s co n creto s p ercero-b id o s e vivid o s, esti-m u lan d o o u so d a criativid ad e.

Na a b o rd a gem d a p esq u isa p a r ticip a n te, su rgiram d ois tip os d e p rática: u m a com com -p rom isso -p a rtid á rio, “observação m ilitan te”,e ou tra com b ase sócio-ed u cativa, “in vestigação tem ática”.A d iferen ça b ásica en tre elas é o p ar-tid o n a p rim eira e a d efin ição d o p ap el d o in te-lectu a l n a segu n d a . En tre ela s id en tifica m -se as segu in tes características: a) ob jetivam a p ro-m oção e p rod u ção coletiva d o con h eciro-m en to, b ) d esen volvem a cap acid ad e d e an álise crítica d o in d ivíd u o, c) p rom ovem an álise, in clu in d o as d im en sões d o coletivo e d o in d ivid u al, fu n cion al e estru tu ral, d e m od o a en con trar solu -ções p ara p rob lem as con cretos d a p op u lação.

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lo-cal, b ) caracterização p rovisória d a área ocu p a-d a p ela p o p u la çã o em estu a-d o, c) a-d ia gn ó stico visa n d o à id en tifica çã o d o s p ro b lem a s co n si-d era si-d o s p rio ritá rio s co n fo rm e p ercep çã o si-d a p o p u la çã o, d ) esta b elecim en to d e p ro gra m a -çã o co n fo rm e rea lid a d e e recu rso s lo ca is, e) d esen volvim en to d o p lan o d e ações, in clu in d o as ed u cativas, d en tro e fora d o sistem a form al d e en sin o, e f ) a va lia çã o e rep rogra m a çã o d a s a çõ es co n fo rm e resu lta d o s e d eficiên cia s d o p rogram a. Estas etap as d evem ocorrer com in -tersecção en tre elas, sem n ecessariam en te tor-n á-las crotor-n ologicam etor-n te litor-n eares, d e form a a ga ra n tir a p a rticip a çã o d a s cla sses p o p u la res n o p ro cesso d e to m a d a d e d ecisõ es em to d a s as fases d a p esqu isa.

A p rop osta d a “ep id em iologia com u n itária” ap resen tad a p or Togn on i (1993) “é u m a form a de pen sar e praticar a m edicin a”.Tem seu ob je-to n o su jeije-to com u n itário. Seu ob jetivo é tran s-form ar a vid a e as ativid ad es cotid ian as on d e é p rod u zid a a d oen ça. Com u n id ad e e “op erad o-res san itários” b u scam d e form a crítica con tor-n ar p rogressivam etor-n te os p rob lem as d e saú d e. Tra ta -se d e u m a ca p a cita çã o d a co m u n id a d e p ara atu ar n o seu m eio d e form a con scien te.

Ca m in h o s a serem segu id o s n a su a ela b o -ração p rática su gerem p artir d a “realidade coti-d ian a”con form e p ercep ção d a p róp ria com u -n id ad e, “i-n stru m e-n talizar-se”p or i-n d icad ores sen síveis qu e coloqu em a realid ad e com p reen sível p ara a p op u lação e d esen volver u m a “lin -gu agem ”d ecod ificável qu e p erm ita con textu a-lizar os agravos d e saú d e.

Pressu p õ e a in d a q u e o p ro cesso S/ D é ge -n eralizad o e p erm ead o p elo cotid ia-n o; a saú d e é u m a m a n ifesta çã o d o in d ivíd u o, p o rta n to carrega a esp ecificid ad e d o sin gu lar; em b ora a saú d e ocorra com m an ifestação in d ivid u al, ela é p ro d u zid a p o r p ro cesso s glo b a is; é fu n d a m en tal con sid erar o m osaico d e situ ações, in -terven ções e in d icad ores p resen tes n a d iversi-d a iversi-d e iversi-d o co tiiversi-d ia n o ; sã o eta p a s im p o r ta n tes o d iagn óstico, as elab orações d e p rogram as, p ln ejam eln tos e reavaliações d e form a p articip ativa en tre com u n id ad e e técn icos; d evese con -sid erar a p rod u ção d e d ad os q u an titativos co-m o fo rco-m a co co-m p leco-m en ta r p a ra “fotografar a realidade”; a com u n icação deve acon tecer atra-vés d e “in form ativo”; os m ecan ism os d e avalia-çã o e rep rogra m a avalia-çã o d evem ocorrer d e form a crítica; a m em ória d o m osaico d e situ ações p a-ra auto referên cia é con dição n ecessária n a p ro-d u ção ro-d o con h ecim en to; seu ob jetivo m aior é:

“... oferecer a tod as las d iversid ad es el m m o estilo de trabalh o, el m ism o m étodo, la m ism a cap acid ad d e ad op cion e d e tran sp aren -cia...”(Togn on i, 1993:34).

A ed u ca çã o p o p u la r p ro p o sta p o r Va lla et al. (1993) tem com o eixo p rin cip al a con cep ção d e q u e o u so d o d in h eiro p ú b lico n a in fra estru tu ra p a ra rep ro d u çã o d a vid a d eve ser ga -ra n tid o co m o d ireito d o cid a d ã o e n ã o tem sen tid o p en sar n a ed u cação p op u lar sem in fra-estru tu ra m aterial p ara tal.

Os p rogram as oficiais p ara ed u cação, saú d e e ou tros serviços já têm con tad o com a p articip ação articip oarticip u lar, m as colocan d o o in d ivíd u o co -m o víti-m a e/ ou cau sa d e su a con d ição d e an alfab eto, d oen te e p ob re. Para reverter esta ten -d ên cia, torn se n ecessário: a) form ar ou cap a-cita r o in d ivíd u o a se to rn a r cid a d ã o ; b ) res-p o n sa b iliza r o Esta d o res-p ela fa lta d e “in form a-ção”,q u e é a b a se p a ra se b u sca r a “form ação” d e u m a con sciên cia coletiva extern alizad a em ações ob jetivas (n este sen tid o, torn a-se estra-tégico a p róp ria p op u lação criar seu b an co d e d a d o s d e fo rm a a d ia gn o stica r seu s “p ro b le m as”); c) resp on sab ilizar o Estad o p ela d esed u -cação d a p op u lação (p or exem p lo: recolh er li-xo d esem b a la d o é fu n çã o d o Esta d o e n ã o d a p op u lação; as p rop ostas d e ed u cação tom am a Esco la co m o referên cia , o q u e exclu i cria n ça s q u e estã o fo ra d o sistem a ed u ca cio n a l; a s q u estões d e ed u cação p ara a saú d e são d e resp on sab ilid ad e d as Secretarias d e Saú d e; a ed u cação tem sid o u m a p rática id eológica d o Esta -d o, n ão referen cia-d a n a reali-d a-d e -d o alu n o).

A reversão deste tip o de abordagem , visan do a fazer do in divídu o cidadão, con siste em “abrir as p ortas” da Escola e Cen tros de Saúde p ara in -terven ção p op u lar; con sid erar qu e as Escolas e Cen tros d e Saú d e são p ú b licos e qu e, p ortan to, a resp on sabilidade n ão é dos p ais, m as do Estado; con siderar tam bém qu e os serviços de edu cação e saú d e são d ireitos d o cid ad ão. É ap on -tad a, ain d a, a falta d e d ecod ificação en tre téc-n icos e u su ários d os serviços d o Estad o e su ge-re-se cria r n ã o só cu rso s em á rea s esp ecífica s p ara u n iform izar a in form ação, com o tam b ém co n d içõ es d e p a rticip a çã o. Esta s a b o rd a gen s, en tre o u tra s, sã o su gerid a s co m o o b jetivo d e in cluir o in divíduo n o seu p rocesso de educação p op ular con tín uo, n ão p erden do de vista que só é p ossível con stru ir o cid ad ão ap ós oferecer co n d içõ es m a teria is e, p o r isso, co b ra n d o d o Estado a resp on sabilidade de forn ecer os m eios.

Aspect os ant ropológicos no cont role da esquist ossomose

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s-tos à in fecção. A fim d e fazer algu m as reflexões sob re a in clu são d e algu n s asp ectos an trop ológico s n o p la n eja m en to d e p ro gra m a s d e co n -trole d a esqu istossom ose e d a in clu são d a su b-jetivid ad e n a ep id em iologia, serão relatad as al-gu m a s exp eriên cia s vivid a s co m p o p u la çõ es em áreas en d êm icas ru rais.

Em Peri-Peri, MG, a p ó s d ezesseis a n o s d e p rogram a d e con trole, eu p rocu rava sab er se o forn ecim en to d e in form ações à p op u lação so-b re a en d em ia seria u m a m ed id a a ser ad otad a n a vigilân cia ep idem iológica. Ao en trevistar u m agricultor ap osen tado residen te n a área, que estava fazen d o u m b alaio p ara p escar, ob jetivan -do saber se o m esm o tin ha con hecim en to de co-m o in fectar-se p elo S. co-m an son i, ele resp on deu:

“Dr., eu sei qu e n a águ a tem o caram u jo e qu e d en tro d ele tem a “xistose”, m as qu an d o eu vejo os p eix in h os n’ águ a m in h a p ern a coça, e m u ito m ais, é se eu n ão en trar lá com o balaio p ra p egar os p eixes”.“Ped ro Azu lã o” (63 a n o s, Cap im Bran co, MG).

Nesta á rea , o b ser va m o s q u e a p o p u la çã o resp on d eu corretam en te en tre 44,8 e 93,1% d as p ergu n ta s so b re o a gen te in feccio so, co m o se in fecta, qu ais os sin ais e sin tom as, localização d o verm e n o corp o, com o se faz o d iagn óstico, com o tratar, qu e d an os à saú d e são p rovocad os p ela en d em ia e q u a is a s m ed id a s p reven tiva s q u e sã o n ecessá ria s p a ra se evita r a in fecçã o. Ou seja, n esta área, a falta d e in form ações n ão estava associad a à in fecção (Tab ela 1).

Tab e la 1

Co nhe c ime nto so b re a e sq uisto sso mo se d o s ind ivíd uo s maio re s d e se te ano s no Distrito d e Pe ri-Pe ri (Cap im Branc o ,

MG ), ap ó s d e ze sse is ano s d e p ro g rama d e c o ntro le d a e nd e mia.

Conheciment os Infect ados * N ão-infect ados O dds-rat io

sobre: (n= 29) % (n= 79) % (IC a 95% )

a) Se sab e q ue : a d o e nç a é p ro vo c ad a p o r ve rme ?

sab ia (20) 69,0 (53) 67,1 1,00 (re fe rê nc ia)

não sab ia (09) 31,0 (26) 32,9 1,09 (0,40 – 3,01)

p ’ = 0,9623

b ) Q ue a infe c ç ão é ad q uirid a p o r c o ntato c o m ág uas naturais? **

sab ia (09) 31,0 (09) 11,4 1,00

não sab ia (20) 69,0 (70) 86,6 3,50 (1,09 – 11,32) ***

p ’ = 0,0327

c ) Q uais são o s sinais e / o u sinto mas?

sab ia (16) 55,2 (33) 41,7 1,00

não sab ia (13) 44,8 (46) 58,3 1,72 (0,67 – 4,42)

p ’ = 0,3069

d ) O nd e é a lo c alizaç ão d o ve rme no c o rp o ?

sab ia (15) 51,7 (50) 63,3 1,00

não sab ia (14) 48,3 (29) 36,7 0,62 (0,24 – 1,60)

p ’ = 0,3862

e ) Co mo se faz o d iag nó stic o ?

sab ia (20) 69,0 (43) 54,4 1,00

não sab ia (09) 31,0 (36) 45,6 1,86 (0,69 – 5,07)

p ’ = 0,2552

f) Co mo se faz o tratame nto ?

sab ia (20) 69,0 (56) 76,9 1,00

não sab ia (09) 31,0 (23) 29,1 0,91 (0,33 – 2,55)

p ’ = 0,9649

g ) Co mo se p re vinir c o ntra a d o e nç a?

sab ia (27) 93,1 (68) 86,0 1,00

não sab ia (02) 06,9 (11) 13,9 2,18 (0,41 – 15,32)

p ’ = 0,2631

h) Po r q ue alg umas p e sso as p e g am a d o e nç a e o utras não ?

sab ia (08) 27,6 (28) 35,4 1,00

re sistê nc ia **** (08) 27,6 (20) 25,3 1,12 (0,39 – 3,22)

c o ntato c / ág ua (13) 44,8 (31) 39,3 1,26 (0,49 – 3,24)

p ’ = 0,7417

p ’ valo r d e q ui-q uad rad o c o m c o rre ç ão d e Yate s

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Rep resen tação sem elh an te foi em itid a p or u m a d on a d e casa em Com ercin h o, MG. In ter-rogad a se sab ia qu e n o córrego on d e estava la-van d o vasilh as e d an d o b an h o n as crian ças ti-n h a caram u jo d a “xistose”, ela resp oti-n d eu :

“...sim , eu sei qu e n estas terras tem “xistose” m as ten h o qu e m an d ar a com id a p ara o m ari-d o n a roça até as ari-d ez h oras ari-d a m an h ã... ...m eu avô e m eu p ai m orreram d e “barriga d ’águ a” qu an do já estavam de cabeça bran ca...(e, m u i-to séria d isse) ...a fom e “n estas ban d as” m ata m ais qu e a “x istose”. La va d eira (33 a n o s, Co -m ercin h o, MG).

Ou seja , o ferecer in fo rm a çõ es so b re a tra n sm issã o d a esq u isto sso m o se a esta la va -d eira n ã o fo i o su ficien te p a ra q u e evita sse o co n ta to co m á gu a s co n ten d o cercá ria s d e S. m an son i. Isto é, a in form ação sem forn ecer os m eios n ão foi su ficien te p ara se torn ar p otên cia em ação d e p reven ção e/ ou con trole d a en -d em ia n estas áreas.

Buscando incluir o subjet ivo na epidemiologia

O u so d e m éto d o s ep id em io ló gico s clá ssico s (am b ien tal e social) n ão d eram con ta d e solu -cio n a r to d o s o s p ro b lem a s d e sa ú d e p ro d u zi-d o s p elo sistem a ca p ita lista (Alm eizi-d a Filh o, 1990), m as n ão d evem sim p lesm en te ser ab an -d on a-d os p or n ão -d ar con ta -d o to-d o. Qu alq u er m étod o n ovo d a ep id em iologia qu e ten tar p en -sa r e co m p reen d er a co m p lexid a d e d o to d o n ão p od e n egar a p rod u ção d e con h ecim en tos d escritivos e exp licativos p rod u zid os p elos m é-tod os d e id en tifica çã o d e d eterm in a n tes im e-d iatos e-d e e-d oen ças.

Esta n d o a su b jetivid a d e (Gu a tta ri, 1990) e/ ou sin gu larid ad e (Castellan os, 1987) in clu íd as n o cotiíd ian o, elas n ão p oíd em se torn ar ob -jeto d e u m a p rática qu e p ossa alterar su a reali-d areali-d e sem a con stru ção reali-d a cireali-d areali-d an ia e a con s-ciên cia d o seu p a p el a tivo n a co n stru çã o d o real. Qu alq u er ciên cia n ão con segu e in terferir e reso lver to d a s q u estõ es d o rea l (Ca stiel, 1994). En ten d er a com p lexid ad e d a d oen ça n a su a in stab ilid ad e con stan te, n a su a irracion a lid a d e p ressu p õ e in clu ir o u n iverso d o sin gu -lar: su b jetivo, sim b ólico, irracion al, teológico e m itológico.

En trevista n d o u m co m ercia n te visa n d o ca p ta r a rep resen ta çã o d a p o p u la çã o d e Co -m ercin h o, MG, so b re a esq u isto sso -m o se e o p rogram a d e con trole qu e estava sen d o d esen -volvid o n a sed e d o Mu n icíp io, ap ós a p ergu n ta “Para você, o q u e é esq u istossom ose?”, ele res-p on d eu :

“Eu ten h o. A m in h a esqu isitose m óvel m orde p or d en tro. Tem d ia qu e m ord e assim p ela bar-riga até as costas, tem h ora qu e form iga a pern a tod a, e vai roen d o a gen te tod o p or d en tro”. Co-m ercian te (45 an os, CoCo-m ercin h o, MG).

Para este in d ivíd u o, a en d em ia era p rovoca-d a p or u m verm e gran rovoca-d e q u e an rovoca-d ava p elo cor-p o tod o com en d o-o cor-p or d en tro, n a b arriga, ca-b eça e p ern as.

Na trib o d os Mach acalis, MG, foi d esen vol-vid o u m p rogram a d e con trole d e verm in oses. Ap ós o p rim eiro d ia d e ad m in istração d a d roga an ti-h elm ín tica em u m gru p o d e in fectad os, o ca ciq u e d a trib o n ã o q u eria m a is p erm itir a con tin u id ad e d o tratam en to p orqu e:

“...o com prim ido está viran do verm e n a bar-riga”Caciqu e d os Mach acalis, MG.

Ap ós o tratam en to, verm es ad u ltos d e Asca-ris lu m bricoid es eram elim in ad os vivos n as fe-zes, e p ara o caciqu e eram os com p rim id os qu e h aviam se tran sform ad o em verm es.

Em Tu p a recê, MG, u m a n o a p ós o forn eci-m en to d e Man sil p ara trataeci-m en to d os in fecta-d o s, o b serva m o s q u e a p en a s 30% fecta-d o s q u e re-ceb era m a d ro ga p a ra to m a r em ca sa h a via m levad o a cab o o tratam en to. Verificam os p osteriorm en te q u e u m a m atriarca d a região, gran -d e p rop rietária -d e terras, h avia tom a-d o su a -d o-se d e Man sil e o-sen tiu ton teira. Im ed iatam en te m an d ou avisar a p op u lação p ara:

“n ão tom ar o rem éd io d a x istose p orqu e é perigoso”Fazen d eira m in eira (58 an os, Tu p are-cê, MG, Méd io Jequ itin h on h a).

Desen vo lven d o u m p ro gra m a d e co n tro le d a en d em ia em Taq u araçu d e Min as, MG, com p a rticip a çã o p o p u la r n a s a çõ es d e ed u ca çã o p a ra a sa ú d e, d ep a rei co m u m ca rta z p rega d o n a p o rta d e u m p eq u en o a r m a zém , feito p o r u m a alu n a d a 3ª série p rim ária, com os segu in -tes d izeres:

“Sen h or

Dai-m e a esp eran ça p ara ven cer a Esqu is-tossom ose

Plan tai em n ossos corações a sem en teira d a in teligên cia;

E aju dai-m e a fazer feliz o m aior n ú m ero da h u m an idade possível;

Dai-m e o sabor d e saber ven cer e afastar d e todos n ós a Esqu istossom ose.

Sen h or,

Ilu m in ai os olh os do povo para qu e se prote-jam con tra doen ças.

Sen h or,

Levai d o m u n d o a Esqu istossom ose, e n ão a en tregu eis a m u n do n en h u m .

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Deu s,

Faz ei d e tod os n ós h om en s e (m u lh eres), realm en te ju n tos para qu e o am an h ã n ão exista coisas ru in s.”Estu d an te (13 an os, Taqu araçu d e Min as, MG).

Para esta alu n a, a falta d e m aterial d id ático e a im p o tên cia d ia n te d o p ro b lem a fez co m q u e co lo ca sse o co n tro le d a esq u isto sso m o se n as m ãos d e Deu s. Pen sam en to religioso e/ ou m á gico sem elh a n te fo i id en tifica d o em u m a d on a d e casa d esta m esm a com u n id ad e. Qu an -d o lh e foi p ergu n ta-d o se sab ia com o tratar a es-qu istossom ose, afirm ou :

“Bom p ra cu rar a “x istose”é d ar ban h o em águ a com san gu e de tatu can astra... ...precisa de rem édio n ão”Don a d e casa (id ad e d escon h eci-d a, Taqu araçu eci-d e Min as).

Tem p o s d ep o is, p u d e o b ser va r o q u a n to a carn e d o an im al é verm elh a. Con clu í q u e esta sen h o ra su geria “cu ra r” a a n em ia p rovo ca d a p o r verm es co m a h em o glo b in a livre d a s h e -m ácias lisad as n a águ a on d e era lavad a a carn e d o an im al.

Discussão

Estas são algu m as rep resen tações id en tificad as em p op u lações d e áreas en d êm icas q u e foram trab alh ad as com a fin alid ad e d e ven cer a resis-tên cia d e in d ivíd u os p ara receb er o tratam en to ad equ ad o e qu e, em p rogram as com p articip ação p op u lar, p od em ser en con trad as facilm en -te.

A con stru ção d o con ceito d e saú d e/ d oen ça p elos u su ários são fragm en tos in trojetad os for-m ad os cofor-m in forfor-m ações cien tíficas qu e sofrefor-m u m a recom p osição, in clu in d ose asp ectos su b -jetivos, cu ltu rais, fan tasias e p en sam en tos m á-gicos, qu e n em p or isto d eixam d e ser reais p a-ra qu em os con strói, m as qu e n ecessariam en te d evem ser d ecod ificad os p elos agen tes san itá-rios em p restação d e serviços, p ara se estab ele-cer u m a lin gu agem cap az d e p erm itir con tato. Com o se p erceb e, o racion al, com o in stru -m en to qu e p od e vir d a in clu são d o su b jetivo n a ep id em io lo gia , p o d e n ã o se to rn a r cien tífico co m o en ten d id o n a s ciên cia s d u ra s, m a s n e -cessariam en te está e sem p re esteve n o cotid ia-n o. Não é p elo fato d e a ciêia-n cia ap eia-n as exp licar e n ão ser cap az d e organ izar a realid ad e h u m a-n a a-n a su a totalid ad e qu e o sia-n gu lar a-n ão é ob je-to d e p ro d u çã o d e co n h ecim en je-to (Ca stiel, 1994). Ta lvez o s m o d elo s ep id em io ló gico s a té en tão d esen volvid os p ara d escrevera evolu ção n a tu ra l d a s d o en ça s e p a ra exp licarsu a o co rên cia seja m a cu m u la çõ es n ecessá r ia s à fo r-m u lação d e u r-m r-m od elo qu e, alér-m d e d escrever

e exp lica r, ven h a p ro p o r açõesq u e a lterem a rea lid a d e b io -so cia l d e p ro d u çã o d e d o en ça s (Cou ra-Filh o, 1994).

Um a ab ord agem com en foqu e an trop ológi-co, visa n d o a o co n tro le d a esq u isto sso m o se, q u e co n sid ere a fo rm a d e o rga n iza çã o so cia l d o s exp o sto s d eve n ecessa ria m en te in clu ir o in d ivíd u o sin gu lar. Neste sen tid o, a form u lação teó rica d a o rga n iza çã o so cia l d o esp a ço d e SMITH (1988), co m o sen d o a n a tu reza cria d a so cia lm en te, exige a co m p reen sã o d o in d iví-d u o qu e a cria, p or qu e a cria e com o a cria. Su a fo rm u la çã o teó rica d e q u e o su jeito cria a n a -tu reza q u a n d o a rep resen ta p ressu p õ e a p re-sen ça d o in d ivíd u o a tivo, vítim a e p rod u to d o tip o d e in teração qu e m an tém e rep rod u z o es-p aço.

Tod o in d ivíd u o tem n a socied ad e o lu gar d e rep rod u ção d a vid a. A con stru ção d o con ceito co letivo co n tem p la n d o a sin gu la rid a d e só é p ossível através d a in ter-relação d e organ ism os co letivo s. A ela b o ra çã o d o co n ceito d e sa ú d e coletiva, fu n d am en tal p ara aten d er p rocessos d e p rod u ção d e d oen ças (Gawryszewski, 1993), a p resen ta -n o s d ificu ld a d es p a ra in clu sã o d o su b jetivo. A extern a lid a d e d a s rela ções sin gu -lares é d e n atu reza d iferen te d o sin gu lar u n itá-rio, p rod u z en u n ciados de su bjetivação coletiva (Gu attari, 1990).

Se con sid erarm os qu e a su b jetivid ad e é ob -jeto d e in teresse d o ca p ita l, tã o im p o r ta n te q u an to foi a m ercad oria e atu alm en te é o con -trole d a in form ação e os b en s d e serviços, p o-d em os p erceb er q u e a su b jetivio-d ao-d e n ão p oo-d e ser m ais n egad a com o p arte d o real ap en as p or n ão ser op eracion al n os serviços d e saú d e.

A m a ssifica çã o d a su b jetivid a d e via efeito d em o n stra çã o d a p ro p a ga n d a , estra tegica -m en te con stru íd a p ela n ecessid ad e d e sob revi-vên cia d o cap ital, acab a p rod u zin d o alien ação em m assa em in d ivíd u os sem id en tid ad e d e ci-d aci-d ão q u e se torn am “ob jeto ci-d e m an ob ra” ci-d o p ro cesso d e a cu m u la çã o d esigu a l d o ca p ita l (Cou ra-Filh o, 1996).

Ma s, co m o so b revive esta b io m a ssa sem id en tid ad e? Ela n ão se d issip aria sem qu alqu er tip o d e id en tid a d e? Se existe a lgu m tip o o u fragm en to d e id en tid ad e, q u al su a origem ? Ela é con stru íd a tam b ém p elo in teresse d o cap ital? O d esejo d o in d ivíd u o d o circu ito in ferior seria sim p lesm en te ch ega r a o circu ito su p erio r (San tos, 1978)? E su a h istória? Su a cu ltu ra? Se-ria arqu ivo m orto?

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Referências

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a cu m u la çã o d e b io m a ssa . Esta so lid a ried a d e n ã o teria em si o co n teú d o d a rep resen ta çã o coletiva com o p ossib ilid ad e d e (re)con stru ção d e u m a id en tid a d e socia l? Um a d a s rep resen -ta çõ es a rq u etíp ica s, p o r-ta n to in co n scien te, q u e tem fu n cion ad o com o exp ressão d e resis-tên cia d o circu ito in ferior, ocorre tam b ém atra-vés d a cu ltu ra? Esta, qu an d o organ izad a, p od e-ria se torn a r p otên cia ca p a z d e a ltera r a rea lid alid e cotilid ian a lid e exclu ílid os? O u so lid o referen -cial teórico d a p esq u isa p articip an te, d a “ep id em iologia com u n itária” e id a eid u cação p op u -lar, cen trad o n as in ter-relações d e sin gu larid a-d es, p oa-d e se torn ar p otên cia p ara ações n o p la-n ejam ela-n to, execu ção e avaliação d e p rogram as d e con trole d e 70% d as d oen ças qu e têm veicu lação h íd rica e, p ortan to, são sóciod ep en d en -tes, com o a esqu istossom ose?

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