EuGa E YbGa EM FASE GASOSA
Maion Pierre Lourenço
ESTUDO TEÓRICO DAS ESPÉCIES
HETEROBIMETÁLICAS LaGa, CeGa, EuGa E YbGa
EM FASE GASOSA
Dissertação apresentada ao Departamento de
Químia do Instituto de Ciênias Exatas da
Universidade Federalde MinasGerais omo
re-quisitoparialparaaobtenção dograude
Mes-tre emQuímia
−
Físio-Químia.BeloHorizonte
- AoprofessorAmaryCesarpelaorientação,onheimentoompartilhado,disussões
e,além de tudo, pelaamizade.
- SouompletamentegratoaoprofessorRiardoJoséAlvespeloapoioeompreensão.
- Ao meu pai Pedro Donizete Aladim Lourenço e irmão Bruno Jeferson Lourenço,
peloarinho, apoioe inentivo.
- AosamigosdodepartamentodequímiadaUFMG:Jarbas,Freddy,Daniel,Prisila,
Luan, Maros pela amizade,ompanheirismo e disussões sobre iênia e assuntos
ans.
- Atodos osmeusamigosefamiliaresqueonviveram omigonessetempode estudo
e queompartilharamomigo algumasexperiênias.
- Agradeço a todos que de algum modo ontribuíram para o desenvolvimento desse
trabalho.
- AoCNPq pela bolsade mestrado.
∗
∗
Opresente trabalho foi realizadoom apoio doCNPq, ConselhoNaional deDesenvolvimento
LISTA DE FIGURAS . . . v
LISTA DE TABELAS. . . vi
LISTA DE ACRÔNIMOS . . . xii
RESUMO . . . xiii
ABSTRACT . . . xiv
1 Introdução 1 2 Base teória 4 2.1 Métodos Teórios de Cálulo de Estruturas Eletrnias . . . 4
2.1.1 A aproximação de Born
−
Oppenheimer . . . 42.1.2 MétodoHartree-Fok . . . 6
2.2 Métodos de Correlação Eletrnia . . . 10
2.2.1 Métodode Interação de Congurações CI. . . 11
2.2.2 MétodoMultionguraional SCF . . . 11
2.2.3 MétodoMulti-referênial MRCI . . . 12
2.2.4 MétodoNEVPT2 . . . 13
2.3 Métodos Relativístios . . . 14
2.3.1 Equação Quântia Relativístia emQuatroComponentes . . . 14
2.3.2 OHamiltonianoRelativístioMulti-eletrnio . . . 16
2.3.3 A Equação de Pauli. . . 19
2.3.4 Pseudopotenial . . . 21
2.3.5 PseudopotenialRelativístio . . . 24
2.4 Cálulodas Propriedades Espetrosópias eElétrias Moleulares . . . . 26
2.4.1 Propriedades Espetrosópias . . . 26
Ce, Eu, Yb) 30
3.1 Detalhes Computaionais. . . 30
3.2 Resultados . . . 33
3.2.1 Resultados LaGa . . . 33
3.2.2 Resultados CeGa . . . 34
3.2.3 Resultados EuGa . . . 39
3.2.4 Resultados YbGa . . . 44
3.3 Disussão . . . 47
4 CálulosCorrelaionadosdasEspéiesHeterobimetáliasLnGa(Ln=La, Ce, Eu, Yb) 53 4.1 Detalhes Computaionais. . . 53
4.2 Resultados . . . 54
4.2.1 Resultados LaGa . . . 54
4.2.2 Resultados CeGa . . . 58
4.2.3 Resultados EuGa . . . 63
4.2.4 Resultados YbGa . . . 68
4.3 Comparaçãoom Resultados ExperimentaisÚteis . . . 72
4.4 Disussão . . . 74
5 Correções RelativístiasMassa-veloidade e Darwin nasEspéies Hete-robimetálias LnGa(Ln=La, Ce, Eu, Yb) 79 5.1 Detalhes Computaionais. . . 79
5.2 Resultados . . . 80
5.3 Disussão . . . 81
6 Conlusões e Perspetivas 87 A Uso de Simetria 88 A.1 Usode Simetria . . . 88
A.1.1 Notação Referente a Simetria C
2
v
Utilizada para Construir o Es-paço de Orbitais . . . 90B Função de Onda Multionguraional 92
2.1 Desenhoilustrandoaspropriedadesespetrosópias: energiadeexitação
T
e
para os estados Sn
(n=0, 1, 2), distânia internulear de equilíbrio R0
, energiade dissoiaçãode equilíbrioDe
eaenergiade dissoiaçãoorrigida para aenergia doponto zero D0
. . . 283.1 Diagrama semiquantitativo dos orbitais moleulares da espéie LaGa
ob-tido porálulo RHFdo estado X
1
A1
. . . 35
3.2 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie LaGa. CáluloHartree-Fok. . . 37
3.3 Diagrama semiquantitativo dos orbitais moleulares da espéie CeGa
ob-tido porálulo RHFdo estado X
1
A
1
. . . 383.4 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie CeGa. CáluloHartree-Fok. . . 41
3.5 Diagrama semiquantitativo dos orbitais moleulares da espéie EuGa
ob-tido porálulo RHFdo estado X
1
A1
. . . 42
3.6 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie EuGa. CáluloHartree-Fok. . . 43
3.7 Diagrama semiquantitativo dos orbitais moleulares da espéie YbGa
ob-tido porálulo RHFdo estado X
1
A1
. . . 49
3.8 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie YbGa. CáluloHartree-Fok. . . 50
4.1 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie LaGa. CáluloMCSCF . . . 56
4.2 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie LaGa. CáluloNEVPT2 . . . 59
4.3 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie CeGa. CáluloNEVPT2 .. . . 63
4.5 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie EuGa. CáluloMCSCF. . . 65
4.6 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie EuGa. CáluloNEVPT2 . . . 67
4.7 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie YbGa. CáluloMCSCF. . . 70
4.8 Curvas de Energia Potenial para o estado fundamental e alguns estados
exitadosda espéie YbGa. CáluloNEVPT2 . . . 72
5.1 CurvasdeEnergiaPotenialparaoestadofundamentaleostrêsprimeiros
estadosexitadosdaespéieLaGaobtidasporálulosMCSCFsemeom
orreçõesrelativístias. . . 81
5.2 CurvasdeEnergiaPotenialparaoestadofundamentaleostrêsprimeiros
estadosexitadosdaespéieCeGaobtidasporálulosMCSCFsemeom
orreçõesrelativístias. . . 82
5.3 CurvasdeEnergiaPotenialparaoestadofundamentaleostrêsprimeiros
estadosexitadosdaespéieEuGaobtidasporálulosMCSCF semeom
orreçõesrelativístias. . . 83
5.4 CurvasdeEnergiaPotenialparaoestadofundamentaleostrêsprimeiros
estadosexitadosdaespéieYbGaobtidasporálulosMCSCFsemeom
3.1 Funçães de bases atmias primitivase ontraídas e pseudopoteniais. Q
éo número de elétrons noaroço. . . 31
3.2 Espaço de orbitais inativos (parêntese) e ativos (olhete) e o número de
elétrons no espaço ativo dos estados eletrnios das espéies LnGa(Ln=
La,Ce, Eu, Yb)utilizadosnos álulosHartree-Fok. Estadode referênia
X
5
A2
, onguração:
(7
a1
)
2
(8
a1
)
1
(9
a1
)
1
(3
b1
)
2
(4
b1
)
1
(3
b2
)
2
(4
b2
)
1
(1
a2
)
2
. . . 32
3.3 Número atmioeonguração eletrnia dos lantanídeos. . . 33
3.4 Conguração eletrnia dos elementos La, Ce, Eu , Yb e Ga esrita na
formadasimetria C
∞
v
e C2
v
. . . 33 3.5 Conguraçãoeletrniaeaenergiade exitaçãoTe
(eV)em3,0Å(omre-laçãoaoestadofundamental)paraosestadosobtidosporálulos
Hartree-Fok da espéie LaGa. . . 36
3.6 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energia de exitação T
e
(eV), dis-tânia interatmia de equilíbrio R0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de diplo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidade isotrópiaα
¯
(Å3
)
paradiferentes onguraçõeseletrniasobtidasporálulosHartree-Fok
daespéie LaGa. . . 39
3.7 Conguraçãoeletrniaeaenergiade exitaçãoT
e
(eV)em3,0Å(om re-laçãoaoestadofundamental)paraosestadosobtidosporálulosHartree-Fok da espéie CeGa. . . 40
3.8 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energia de exitação Te (eV),
dis-tânia interatmia de equilíbrio R
0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidade isotrópiaα
¯
(Å3
)
paradiferentes onguraçõeseletrniasobtidasporálulosHartree-Fok
laçãoaoestadofundamental)paraosestadosobtidosporálulos
Hartree-Fok da espéie EuGa. . . 45
3.10 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energia de exitação T
e
(eV), dis-tânia interatmia de equilíbrio R0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidade isotrópiaα
¯
(Å3
)
paradiferentes onguraçõeseletrniasobtidasporálulosHartree-Fok
daespéie EuGa. . . 46
3.11 Conguraçãoeletrniaeaenergiade exitaçãoT
e
(eV)em3,0Å(om re-laçãoaoestadofundamental)paraosestadosobtidosporálulosHartree-Fok da espéie YbGa. . . 48
3.12 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energia de exitação T
e
(eV), dis-tânia interatmia de equilíbrio R0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de diplo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidade isotrópiaα
¯
(Å3
)
para diferentes ongurações eletrnias obtidasporáluloHartree-Fok
daespéie YbGa. . . 51
3.13 Energiade exitação
T
e
(eV), distâniainteratmiade equilíbrioR
0
(Å), energiadedissoiaçãoD
e
(eV),momentodediploelétrioµ
z
(D)ea polari-zabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
)paraostrêsprimeirosestadoseletrnios
obti-dosporálulosHartree-FokdasespéiesheterobimetáliasLnGa(Ln=La,
Ce, Eu, Yb). . . 52
4.1 Espaço de orbitaisinativos (parêntese) e ativos(olhete), númerode
elé-trons(NE)noespaçoativodosestadoseletrniosdasespéiesLnGa(Ln=La,
Ce,Eu,Yb)utilizadosnosálulosMCSCFeNEVPT2. Estadode
referên-iaX
5
A2
, onguração:
(7
a1
)
2
(8
a1
)
1
(9
a1
)
1
(3
b1
)
2
(4
b1
)
1
(3
b2
)
2
(4
b2
)
1
(1
a2
)
2
. 55
4.2 Estado eletrnio, espaço ativo CAS, energia de exitação eletrnia T
e
(eV)em 3,0Å om relaçãoaoestado fundamental,distâniainteratmiade equilíbrio R
0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
) para diferentes
on-guraçõeseletrnias obtidas porálulos MCSCF da espéie LaGa. . . 57
4.3 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energiade exitação eletrnia T
e
(eV)em 3,0Å om relaçãoaoestado fundamental,distâniainteratmiade equilíbrio R
0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
on-4.4 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energiade exitação eletrnia T
e
(eV)em 3,0Å om relaçãoaoestado fundamental,distâniainteratmiade equilíbrio R
0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
) para diferentes
on-guraçõeseletrnias obtidas porálulos MCSCF da espéie CeGa. . . . 62
4.5 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energiade exitação eletrnia T
e
(eV) em 3,0Å om relação aoestado fundamental,distâniainteratmiade equilíbrio R
0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo elétrioµ
z
(D),polarizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
) para diferentes
ongu-raçõeseletrnias obtidasporálulos NEVPT2 daespéie CeGa. . . 64
4.6 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energiade exitação eletrnia T
e
(eV)em 3,0Å om relaçãoaoestado fundamental,distâniainteratmiade equilíbrio R
0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo elétrioµ
z
(D) e a polarizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
) para diferentes
on-guraçõeseletrnias obtidas porálulos MCSCF da espéie EuGa.. . . 66
4.7 Estados eletrnios, espaço ativo, energia de exitação eletrnia T
e
(eV) em 3,0 Å om relação ao estado fundamental, distânia interatmia deequilíbrioR
0
(Å), energia de dissoiaçãoDe
(eV),momentode dipolo elé-trioµ
z
(D)ea polarizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
)para diferentes
ongu-raçõeseletrnias obtidasporálulos NEVPT2 daespéie EuGa. . . 68
4.8 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energiade exitação eletrnia T
e
(eV) em 3,0 Å om relação ao estado fundamental, distâniainterat-mia de equilíbrio T
e
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipoloelétrioµ
z
(D) e polarizabilidade isotrópiaα
¯
(Å3
) para diferentes
ongurações eletrnias obtidaspor álulosMCSCF daespéie YbGa.. 71
4.9 Estados eletrnios, espaço ativo CAS, energiade exitação eletrnia T
e
(eV)em 3,0Å om relaçãoaoestado fundamental,distâniainteratmiade equilíbrio R
0
(Å), energia de dissoiação De
(eV), momento de dipolo eleétrioµ
z
(D)e apolarizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
) paradiferentes
on-guraçõeseletrnias obtidas porálulos NEVPT2 da espéie YbGa. . . 73
4.10 Energiade dissoiaçãoorrigidapara a energiado pontozero D
o
(eV) ea onstante vibraionalharmniaω
e
(m−
1
) e não harmnia
ω
e
x
e
(m−
1
)
para os três primeiros estados eletrnios obtidos por álulos NEVPT2
energiadedissoiação
D
e
(eV),momentodediploelétrioµ
z
(D)ea polari-zabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
)paraostrêsprimeirosestadoseletrnios
obti-dosporálulosHartree-FokdasespéiesheterobimetáliasLnGa(Ln=La,
Ce, Eu, Yb). . . 77
4.12 Energiade exitação
T
e
(eV), distâniainteratmiade equilíbrioR0
(Å), energia de dissoiaçãoD
e
(eV), momento de diplo elétrioµ
z
(D) e a po-larizabilidadeisotrópiaα
¯
(Å3
) para os três primeiros estados eletrnios obtidosporálulosMCSCFdas espéiesheterobimetáliasLnGa(Ln=La, Ce, Eu, Yb). . . 784.13 Energiade exitação
T
e
(eV), distâniainteratmiade equilíbrioR0
(Å), energiade dissoiaçãoD
e
(eV), momentode diplo elétrioµ
z
(D), polari-zabilidade isotrópiaα
¯
(Å3
) para ostrês primeirosestados eletrnios ob-tidos por álulos NEVPT2 das espéies heterobimetálias LnGa(Ln=La, Ce, Eu, Yb). . . 785.1 Estado eletrnio, autovalor do operador Darwin (eV), autovalordo ope-rador massa-veloidade MV (eV), valor da Energia Total Corrigida ETC (eV)eoperentual daontribuiçãomassa-veloidadeeDarwin%MVDem 3,0Å. . . 85
5.2 Estado eletrnio, energia de exitação eletrnia T
e
(eV) em 3,0Å om relaçãoaoestadofundamental,distâniainteratmiadeequilíbrioR0
(Å), energia de dissoiação De
(eV) para diferentes ongurações eletrnias obtidas por álulo MCSCF das espéies LnGa. Os efeitos relativístios (orreçãode massa-velidadeeDarwin)sãoomparadosomosresultados dos álulosnão relativístios. . . 86A.1 Tabelade multipliaçãodo grupo C
2
v
. . . 89A.2 Tabelade arateres dogrupoC
2
v
. . . 89A.3 Tabelado produtodireto do grupo C
2
v
. . . 89A.4 Orbitaisformados porsimetria do grupo C
2
v
. Relação entre a ombinção dos orbitaisatmios OA e ostipos de simetriado grupo C∞
v
eC2
v
. . . 90B.2 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos quintetos da
espéie LaGa om a respetiva função de onda multionguraional om
asduas onguraçõeseletrnias de maior peso. . . 94
B.3 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos heptetos da
espéie LaGa om a respetiva função de onda multionguraional om
asduas onguraçõeseletrnias de maior peso. . . 95
B.4 Estadoseletrnios e o espaço de orbitais moleularesdos simpletose
tri-pletosdaespéie CeGa oma respetivafunção de onda
multiongurai-onal om asduas onguraçõeseletrnias de maiorpeso. . . 96
B.5 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos quintetos da
espéie CeGa om a respetiva função de onda multionguraional om
asduas onguraçõeseletrnias de maior peso. . . 97
B.6 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos heptetos da
espéie CeGa om a respetiva função de onda multionguraional om
asduas onguraçõeseletrnias de maior peso. . . 98
B.7 Estadoseletrnios e o espaço de orbitais moleularesdos simpletose
tri-pletosdaespéie EuGaom arespetivafunçãode onda
multiongurai-onal om asduas onguraçõeseletrnias de maiorpeso. . . 99
B.8 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos quintetos da
espéie EuGa om a respetiva função de onda multionguraional om
asduas onguraçõeseletrnias de maior peso. . . 100
B.9 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos heptetos da
espéie EuGa om a respetiva função de onda multionguraional om
asduas onguraçõeseletrnias de maior peso. . . 101
B.10 Estadoseletrnios e o espaço de orbitais moleularesdos simpletose
tri-pletos da espéie YbGa om a respetiva função de onda
multiongura-ionalom as duas ongurações eletrnias de maior peso. . . 102
B.11 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos quintetos da
espéie YbGa om a respetiva função de onda multionguraional om
asduas onguraçõeseletrnias de maior peso. . . 103
B.12 Estados eletrnios e o espaço de orbitais moleulares dos heptetos da
espéie YbGa om a respetiva função de onda multionguraional om
ROHF Hartree-Fok restritode amadaaberta 2
MCSCF Cálulo multionguraionalde altaonsistênia 2
NEVPT2 Teoria de perturbação de n elétronsde valênia 2
RHF Hartree-Fok restrito 8
CI Interaçãode ongurações 10
CC Coupled-loster 11
QED Eletrodinâmiaquântia 17
DHF Dira-Hartree-Fok 18
ECP Pseudopotenial efetivo 21
RECP Pseudopotenial relativístio 24
Essa dissertação trata da eluidação da estrutura eletrnia das espéies
heterobi-metalias LnGa(Ln=La, Ce, Eu, Yb) neutras e em fase gasosa usando pseudopotenial
relativístios. Oslantanídeossãode grandeinteresseemdiferentes áreasdaquímia: em
químia de oordenação, em químia de organometálios e, também, em atálise. Há
uma espetativa que as espéies LnGa(Ln=La, Ce, Eu, Yb) ativem a ligação C-H do
metano om resultados melhores que aqueles apresentados pelos elementos lantanídios
individuais.
Esse trabalho foi inspirado pelos resultados da síntese dos omplexos ontendo um
entro heterobimetálio, onde um metal é um lantanídeo e o outro é um metal de
tran-sição. Iniialmente, os álulos foram feitos utilizando o método ROHF e MCSCF. O
método NEVPT2 foi usado om o objetivo de melhorar a desrição do efeito da
orre-lação eletrnia dos sistemas sobre investigação. As urvas de energia potenial foram
obtidas, assim omo as propriedades espetrosópias e elétrias moleulares, pelos três
métodos teórios.
Os efeitos relativístiossão preponderantes para os elementos pesados, então, om o
objetivo de investigar esses efeitos nas espéies heterobimetálias LnGa, os operadores
massa-veloidadeeDarwin foraminluídospelométodoMCSCF. Aurvadeenergia
po-tenialeaspropriedadesespetrosópiasforamobtidaseomparadasom osresultados
Theurrentdissertationdealswiththeeluidationofeletronistrutureofgasphase
neutralheterobimetallispeiesLnGa(Ln=La,Ce,Eu,Yb)usingrelativistieetiveore
potentials. Lanthanides are of a great interest in dierent areas of hemistry:
oorde-nation hemistry, organometallihemistryand atalysis. Anexpetationis that Ln-Ga
speies may nd atalysis apliation as hydroarbons CH bond ativation with
perfor-mane expeted better than the individual lanthanideelements.
This work was inspired by results from reent synthesis of omplexes ontaining a
heterobimetali enter, where one metal is a lanthanide and the other is a transition
metal. Initially,alulationswere performedatROHF andMCSCF levelsfor theground
state anda fewexited states. The NEVPT2 orrelated methodwasperformedwiththe
purpose of inreasing the amount of dynami orrelation inluded in the system under
investigation. Potentialenergy surfaes were obtained as wellas some spetrosopi and
eletrimoleularproperties fromthese three omputationalmethods.
The relativisti eets are important in dealing with heavy elements. In order to
investigatethiseetsintheheterobimetallispeiesLnGa,themass-veloityandDarwin
operator were individually alulated at MCSCF method. The potential surfaes and
the spetrosopi properties were then obtained and ompared with the non-relativisti
Introdução
Os lantanídeos são de grande interesse em diferentes áreas da químia. Eles podem ser
estudados na químia de oodenação, na químia de ompostos organometálios, 1
em
atálise para investigar a ativação da ligação C
−
H do metano. 13Sistemas
moleula-res ontendo lantanídeos têm sido alvo de estudo na químia teória onde aplia-se e
desenvolve-se métodos teórios e algorítimosomputaionais para resolver,
aproximada-mente, as equações da meânia quântia para diferentes sistemas. 2,4 6
Estes métodos
teórios podem ser utilizados para se investigar a estrutura eletrnia de átomos e
mo-léulas, 5
propriedades físias e químias 6
de lantanídeos. Além disso, os metais pesados
(a partir do 4
0
períododa tabela periódia) sofrem efeitos relativístios preponderantes
devido a grande arga nulear que atua, eletrostatiamente, sobre os elétrons mais
in-ternos. O tratamento teório orreto destes efeitos é desrito pela equação de Dira 79
(umaequaçãoquântiarelativistiamenteorreta). Aapliaçãodaequaçãode Dirapara
sistemasmultieletrnioseodesenvolvimentode métodos aproximativos(teorias)e
algo-rítimosomputaionaispararesolvê-lageraumnovoampodaquímiateóriaonheido
omo químia quântia relativístia. 9,10
Pouo se sabe sobre as ligações químias envolvendo lantanídeos e outros metais de
transição, porém existe na literatura informações onsolidadas de ligaçes, simples ou
multiplas, entre metais de transição. Ligações metálias em omplexos de terras raras
são pouo onheidasdevido aofatode osorbitais4f seenontraremno interiordoíone
serem protegidos oublindados 11
pelos orbitais 5se 5p.
O primeiro omplexo heterobimetálio sintetizado apresentando uma ligação entre
lantanídeo e um metal de transição foi [(C
4
H8
O)(η
5
−
C
5
H5
)2
Lu-Ru(CO)2
(η
5
−
C
5
H5
)℄. 12Nesseomposto,aligaçãoLu-Ruéovalenteepolarizada. Areaçãoentre[(
η
5
-C
5
Me5
)Al℄4
e [(
η
5
-C
5
Me5
)2
Ln℄(Ln=Eu, Yb), em ondiçõesespeías, produz ristaisde omposição[(
η
5
-C
5
Me5
)2
Ln(II)-Al(I)(η
5
mostramque a interação entre [(
η
5
-C
5
Me5
)2
Ln℄(Ln=Eu, Yb) om [(η
5
-C
5
Me5
)Al℄ épre-dominantemente eletrostátia om uma transferênia de arga mínima ou ontribuição
ovalente. 13
EstudosteóriosmostraramqueosorbitaisHOMOdoligante[(
η
5
-C
5
Me5
)Al℄tem umpar de elétronsisolado queage omouma basede Lewis. 11
A oordenação desse
fragmento [(
η
5
-C
5
Me5
)Al℄ om um omplexo de lantanídeo pode resultar em umom-plexo om o entro heterobimetálio omposto de um átomo de alumínio e um átomo
lantanídeo. 13
CompostosontendoligaçõesdotipoLn-Ga,[(
η
5
-C
5
Me5
)2
Eu(II)-{
Ga(I)(η
5
-C
5
Me5
)}
2
℄ e[(η
5
-C
5
Me5
)2
(THF)Yb(II)-Ga(I)(η
5
-C
5
Me5
)℄,foramsintetizados pelareaçãoentre [(η
5
-C
5
Me5
)Ga℄emetaloenosdivalentesdeeurópio[(η
5
-C
5
Me5
)2
Eu℄eitérbio[(η
5
-C
5
Me5
)2
Yb(THF)
1
−
n
℄ 14em ondições espeías. Este trabalho demonstrou pela primeria vez a
oordenação de [(
η
5
-C
5
Me5
)Ga℄ om metais lantanídeos e a primeira ligaçãogálio(I)-lantanídeo(II). Os omplexos ontendo entros heterobimetálios Ln-Ga e Ln-Al são
análogos, porém, om o Al, somente omplexos de omposição [(
η
5
-C
5
Me5
)2
Ln-Al(η
5
-C
5
Me5
)℄(Ln=Eu, Yb) foram obtidos sendo que ligantes adiionaissão oordenados omomplexos de Ga. Os sítios de oordenação adiionais dos omplexos de Ln-Ga podem
ser um resultado domaior volume atmio do Gae, onseqüentemente, maior distânia
de ligação Ln-Ga.
A ligação Nd-Ga foi investigadaom a síntese doomplexo heterobimetálio [Nd(L
′
)
(N
′′
)(
µ
-I)℄2
[L′
=Bu
t
NCH
2
CH2
{C(NCSiMe3
CHNBut
)};N
′′
=N(SiMe
3
)2
℄. 15Esseestudo
apre-sentouaprimeiraligaçãoNd-Gaeaestruturadeumomplexoqueéestáveltantoem
solu-çãoquantoemestadosólido,emontrasteomo[(
η
5
-C
5
Me5
)2
Ln-Al(η
5
-C
5
Me5
)℄(Ln=Eu,Yb)que imediatamentedissoiaemsolução. 15
A ligaçãoNd-Ga envolve transferêniade
argade um entromais polarizávelGa(I)para oentroNd(III) gerando umaligaçãode
aráter ovalente, istofaz daligação Nd-Ga uma ligação relativamenteforte.
Tendo omo motivação os resultados experimentais dos omplexos ontendo entros
heterobimetálios, álulos
ab initio
Hartree-Fok restrito de amada aberta (ROHF) 16e álulos orrelaionados: multionguraional (MCSCF) 10,16
e NEVPT2 1719
foram
utilizadospara eluidarasonguraçõeseletrniasdas espéies heterobimetáliasLnGa
(Ln=La,Ce, Eu, Yb). Foram investigados asongurações eletrnias de menorenergia
das espéies heterobimetálias neutras e isoladas e de vários estados exitados. Foram
obtidas as urvas de energia potenial referentes a ada estado eletrnio estudado e
suas respetivas propriedades espetrosópias: energia de exitação, distânia
harmniasenãoharmniaseaenergiadedissoiaçãoorrigidaparaaenergiadoponto
zeroparaostrês primeirosestadoseletrniosdasespéiesheterobimetáliasobtidospelo
métodoNEVPT2. As propriedadeselétrias,momento de dipoloea polarizabilidade
fo-ram tambémaluladas. Finalmenteas ontribuições dos efeitos relativístios,orreção
massa-veloidade e o efeito Darwin, foram detalhados. Todos os álulos foram feitos
utilizandopseudopotenialrelativístio. 20,21
Os objetivosdesse trabalhoforam: eluidaras estruturas eletrniasdas espéies
he-terobimetáliasLnGa(Ln=La, Ce, Eu, Yb)neutraseemfasegasosa utilizandoométodo
Hartree-Fok,ométodomultionguraionaleNEVPT2; alularaspropriedades
espe-trosópias eelétriasmoleulares pelos diferentes métodos teórios;investigaros efeitos
das orreções relativístiasmassa-veloidadee Darwin nesses sistemas.
AjustiativaemestudarapossíveloordenaçãodoLa([Xe℄5d
1
6s
2
)edoYb([Xe℄4f
14
6s
2
)
ao Ga ([Ar℄3d
10
4s
2
4p
1
) foi o fato de eles serem os elementos extremos da série dos
lan-tanídeos sendo que o La não tem orbital f disponível e o Yb tem orbital f totalmente
preenhido. O interesse noCe ([Xe℄4f
1
5d
1
6s
2
) foi o fato de eleser o primeirolantanídeo
dasérieomorbitalf. AmotivaçãoemestudaraligaçãoEu
−
Gafoiofatode oGapoder doar um elétronpara preenher o orbital f do Eu([Xe℄4f7
6s
2
/[Xe℄4f
6
5d
1
6s
2
) e assim
for-marumaligaçãoovalente. AlternativamenteoGatambémpoderiareeberdoiselétrons
doEu para estabilizar asua onguraçãoeletrnia semi-preenhida 4s
2
4p
1
Base teória
2.1 Métodos Teórios de Cálulo de Estruturas
Eletr-nias
2.1.1 A aproximação de Born
−
OppenheimerOHamiltonianomoleularé desritoda seguinte forma
ˆ
H
mol
=
N
e
X
i
=1
T
i
+
NA
X
A
=1
T
A
+
N
e
X
i
=1
NA
X
A
=1
V
iA
+
N
e
X
i
=1
N
e
X
j>i
V
ij
+
NA
X
A
=1
NB
X
B>A
V
AB
,
(2.1)o primeiro termo é a energia inétia dos N
e
elétrons, o segundo é a energia inétia dos NN
núleos atmio, o tereiro é o potenial de atração dos Ne
elétrons om os NN
núleos, o quarto é o potenial de repulsão do(s) elétron(s) i om o(s) elétron(s) j, oquinto é o termo de repulsão do(s) núleo(s) A e B. V é o potenial Coulombiano. O
Hamiltonianomoleularatua sobre afunção de onda
ˆ
H
mol
Φ(
~r
i
, ~
R
A
) =
E
mol
Φ(
~r
i
, ~
R
A
)
,
(2.2)em que
~r
i
representa a oordenada dos Ne
elétronseR
~
i
a oordenada dos NA
núleos. Sabe-se que os elétrons movimentam-se numa veloidade muito mais elevada queos núleos em um sistema sistema moleular. A aproximação de Born
−
Oppenheimer onsiste em separar as oordenadas que representam o movimento eletrnio das querepresentam o movimento nulear do Hamiltoniano
H
ˆ
mol
. Para isso, assume-se que a veloidadedos elétronsé muito maior quea veloidade dos núleos. Assim, onsidera-sede repusão núleo-núleo é parametrizado. Com essa aproximaçãoa equação 2.2torna
(
H
ele
+
H
nucl
)Φ
elet
Φ
nucl
= (
E
ele
+
E
nucl
)Φ
elet
Φ
nucl
,
(2.3)onde
Φ
elet
= Φ
elet
(
~r
i
;
R
~
A
)
,
Φ
nucl
= Φ
elet
(
R
~
A
)
,
(2.4)são as funções de onda que desrevem o movimento dos elétrons e dos núleos,
res-petivamente.
Φ
elet
depende expliitamente das oordenadas eletrnias mas depende parametriamentedas oordenadas nuleares16
assim omo a energia
E
elet
=
E
elet
(
R
~
A
)
.
(2.5)OHamiltonianoeletrnio é
ˆ
H
elet
=
N
e
X
i
=1
T
i
+
N
e
X
i
=1
NA
X
A
=1
V
iA
+
N
e
X
i
=1
N
e
X
j>i
V
ij
.
(2.6)A energia totalpara um núleo xodeve também inluira repulsãonulear
E
tot
=
E
elet
+
NA
X
A
=1
NB
X
B
=1
V
AB
.
(2.7)Resolvendooproblemaeletrnioépossívelresolveromovimentonulear,paraisso,omo
os elétronsse movem muito mais rápido queos núleos, é razoável aproximara equação
2.6 para representar as oordenadas eletrnias pelo valor esperado da parte eletrnia
do Hamiltoniano 2.6. Então, obtem-se o Hamiltoniano nulear para o movimento dos
núleos no ampodos elétronsé
H
nucl
=
N
A
X
A
=1
T
A
+
D
N
e
X
i
=1
T
i
+
N
e
X
i
=1
N
A
X
A
=1
V
iA
+
N
e
X
i
=1
N
e
X
j>i
V
ij
E
+
N
A
X
A
=1
N
B
X
B>A
V
AB
=
NA
X
A
=1
T
A
+
E
ele
(
R
~
A
) +
NA
X
A
=1
NB
X
B>A
V
AB
=
N
A
X
A
=1
AenergiatotalE
tot
(
R
A
)
provêumpotenialparaomovimentonulear. AfunçãoEtot
(
R
A
)
onstituiaurva de energiapotenial. Essa função é obtidaresolvendo aequção deSh-roedingereletrnia paradiferentes geometriasmoleulares obtendo,emada geometria,
o auto-valor. Os autovalores eas distânias internuleares são oloadas num gráo de
modoa obter aurva de energia potenial.
Finalmente, a soluçãoda equação de Shroedingernulear
H
nucl
Φ
nucl
=
E
Φ
nucl
(2.9)desreve a vibração,rotação e translação damoléula.
2.1.2 Método Hartree-Fok
Para sistemas atmiosontendomais de um elétrone sistemasmoleulares
multieletr-nios, a equação de Shroedingernão tem solução exata e, diversos estudos foramfeitos
para seobter soluçõesaproximadas desta equação. 10,16
O Hamiltonianoeletrnio, em unidades atmias (u.a.), para um sistema
multiele-trnio é:
H
elet
=
−
N
X
i
=1
▽
2
r
2
+
N
X
i
=1
M
X
A
=1
Z
A
r
iA
+
N
X
i
=1
N
X
j>i
1
r
ij
.
(2.10)A equção de Shroedinger, para um sistema multieletrnio,independete dotempoé
H
elet
Φ
elet
=
E
elet
Φ
elet
.
(2.11)Φ
elet
éaautofunçãoqueéasoluçãoexata daequçãode Shroedinger, Eéoseu autovalor (energia) exato. Como não existe solução exata para sistemas multieletrnios, iremosonsiderarumsistemadepartíulasindependentes. Ohamiltonianototalparaumsistema
de N elétrons éigual a soma dos hamiltonianos
h
(
i
)
de um elétronH
=
N
X
i
=1
h
(
i
)
.
(2.12)ˆ
h
(
i
)
ψ
j
(
x
i
) =
ǫ
j
ψ
j
(
x
i
)
,
(2.13)onde
ǫ
j
é a energia orbital,ψ
(x
) é um spin-orbital que é representado pelo produto do orbital espaialφ
(r
) e da função de spinα
(ω
) ouβ
(ω
) (dependendo das orientaçõesdo spin),
r
eω
são as ooredenadas espaiais e de spin, respetivamente, estas duasoordenadas são esritas emfunção de
x
,x
=(r
,ω
).A solução da equação integro-diferenial para um sistema de N partíulas
indepen-dentes será igual ao produto das funções de onda de um elétron(orbital). Este método
é onheido omo aproximação orbital. Este onsiste em esrever a função de onda de
N elétrons exata
Φ
elet
omo uma função de onda aproximadaΨ
HF
. Esta função tem a
forma
Ψ
HF
=
ψ
i
(
x
1
)
ψ
j
(
x
2
)
...ψ
N
(
x
k
)
,
(2.14)Ψ
HF
é autofunção de
H
H
Ψ
HF
=
E
Ψ
HF
,
(2.15)onde autovalorE éa soma das energias orbitais
E
=
ǫ
i
+
ǫ
j
+
. . .
+
ǫ
k
.
(2.16)O modelo de partíulas independentes não desreve orretamente a natureza da
dis-tribuição eletrnia e seus estados pois não onsidera a repulsão entre os elétrons. Pelo
prinípiodaexlusãode Pauli, 16
afunçãode ondaquedesreveum ertoestadoquântio
tem queserantissimétria. Nesse asoamelhorfunção deonda quedesreve umsistema
de N elétrons é afunção de ondaesrita na formade um determinantede Slater 16
Ψ
0
=
ψ
i
(
x
1
)
ψ
j
(
x
1)
. . . ψ
k
(
x
1)
ψ
i
(
x
2
)
ψ
j
(
x
2)
. . . ψ
k
(
x
2)
.
.
.
.
.
. .
.
. .
.
.
ψ
i
(
x
N
)
ψ
j
(
x
N)
. . . ψ
k
(
x
N)
.
E0
=
d
x
Ψ
∗
0
H
Ψ
∗
0
R
d
x
Ψ
∗
0
Ψ
∗
0
,
(2.17)esrevendo essas integrais nanotação de Dira temos:
E
0
=
h
Ψ
0
|
H
|
Ψ
0
i
h
Ψ
0
|
Ψ
0
i
.
(2.18)Apliando-se a função de onda na forma de um determinante de Slater, maninpulando
adequadamente, obtem-seaexpressãoparaaenergiatotaleletrnia emfunçãodos
spin-orbitais.
E0
=
N
X
i
=1
h
ψ
i
(
x
1
)
|
H
(1)
core
|
ψ
i
(
x
1)
i
+
N
X
i
N
X
j>i
[
h
ψ
i
(
x
1)
ψ
j
(
x
2)
r
−
1
12
ψ
i
(
x
1)
ψ
j
(
x
2)
i
−h
ψ
i
(
x
1)
ψ
j
(
x
2)
r
−
1
12
ψ
i
(
x
2)
ψ
j
(
x
1)
i
]
.
(2.19)Eliminandoafunçãodespindospin-orbital,onsiderandoqueosspins
α
'seβ
'spodemser representados pelomesmooribitalespaial,obtem-seaexpressão paraaenergiatotal
eletrnia dependente apenas da parte radial
φ
(
r
)
. Essa aproximção é onheida omoHartree-Fok restrito (RHF) 10,16
e é ideal para estudar sistemas de amada fehada. A
expressão para aenergia total eletrnia, nestaaproximção, é
E
HF
= 2
N
2
X
i
=1
H
ii
core
+
N
2
X
i
=1
N
2
X
j
=1
(2
J
ij
−
K
ij
)
,
(2.20)onde
H
ii
core
=
h
φ
i
(1)
|
H
(1)
core
|
φ
i
(1)
i ≡ h
φ
(1)
| −
1
2
▽
2
−
X
α
z
α
r
1
α
|
φ
(1)
i
e
J
ij
=
h
φ
i
(1)
φ
j
(2)
|
1
r12
|
φ
i
(1)
φ
j
(2)
i
, K
ij
=
h
φ
i
(1)
φ
j
(2)
|
1
r12
|
φ
j
(1)
φ
i
(2)
i
,
H
core
omoutroelétrondesritopor
φ
j
. OmétodoHFéusadoparaobterosorbitais,iniiando om uma função base, que minimizaa integralvariaionalHF.Utilizandoo métodovariaionalpara minimizara energia
E0
,obtem-se uma equaçãode alto valor onde o operador é não linear. Esta equação é onheida omo equação de
Hartree-Fok (HF). A soluçãodesta equaçãogera os orbitais
φ
i
's ótimos quereproduz a energia total eletrnia mínima. Estes orbitais otimizados são usados para onstruir afunção de onda
Ψ
0
. A equação de HF éˆ
F φ
i
(1) =
ǫ
i
φ
i
(1)
,
(2.21)onde
F
ˆ
é o operador de Fok eφ
i
(1)
é o o orbital espaial do elétron 1,φ
i
(1)
≡
φ
i
(
r
1)
. A equação de HFé uma equação integro-diferenial,o operadorF
ˆ
têm a seguinte formaˆ
F
(1) = ˆ
H
(1)
core
+
N/
2
X
j
=1
[2 ˆ
J
j
(1)
−
K
ˆ
j
(1)]
,
(2.22)ˆ
J
eo operadorde Coulombˆ
J
j
(1)
f
(1) =
f
(1)
Z
|
φ
j
(2)
|
2
1
r12
dv2
(2.23)e
K
ˆ
é ooperador de troaˆ
K
j
(1)
f
(1) =
φ
j
(1)
Z
φ
∗
j
(2)
f
(2)
r12
dv
2
.
(2.24)Com as devidas operações 16
pode-se obter aexpressão para a energiaorbital
ǫ
i
= ˆ
H
ii
core
+
N/
2
X
j
=1
(2
J
ij
−
K
ij
)
,
(2.25)e, onsequentemente, aexpressão para a energiade HFtotal
E
HF
= 2
n/
2
X
i
=1
ǫ
i
−
N/
2
X
i
=1
N/
2
X
j
=1
(2
J
ij
−
K
ij
) +
V
N N
,
(2.26)onde o últimotermo é aoordenada nulear que étratada omo um parâmetro.
Aoexpandir osorbitais
φ
i
'sem uma baseφ
i
=
b
X
s
=1
algébrio. Anovaequaçãodeorrentedessaexpansãoéonheidaomoaequaçãode
HF-Roothan: 10,16
b
X
s
=1
C
si
(
F
rs
−
ǫ S
rs
) = 0
, r
= 1
,
2
,
3
, . . . , b,
(2.28)F
rs
=
h
χ
r|
F
|
χ
si
, S
rs
=
h
χ
r|
χ
si
,
(2.29)det
(
F
rs
−
ǫS
rs
) = 0
.
(2.30)onde2.28 éaequação seulareaequação 2.30éa ondiçãopara asoluçãonão trivialda
equação seular.
A equação de HF-Roothaan é resolvida por um proesso iterativo. Iniialmente, é
dada afunção espaial
φ
i
expandida emuma baseχ
s
. Esse onjuntoiniialde orbitaisé usado para obtero operador de Fok 2.22. Os elementosde matriz (2.29) são aluladose,emseguida,aequaçãoseular (2.30)éresolvidapara gerarum onjuntoiniialde
ǫ
i
's; essesǫ
i
'ssãousadospararesolver2.28paraum ertoonjuntodeoeientes Csi
's. Esses oeientes são utilizados para gerar um novo onjunto de orbitaisφ
i
's que são usados para alular um novo operadorF
ˆ
e assim o proesso se repete. O proesso se repeteaté que o valor dos oeientes C
si
's obtidos por uma iteração seja o mesmo, ou o mais próximopossível,do valordos oeientes obtidos poruma iteração anterior.2.2 Métodos de Correlação Eletrnia
O método de Hartree-Fok trata a repulsão entre os elétrons omo uma média, isso
implia que um elétron não irá sentir a repulsão dos outros elétrons, que ompõem o
sistema atmio ou moleular, individualmente. 10,16
Isso pode ser visto pelas integrais
J e K. Devido a essa limitação, surgem os métodos pós-Hartree-Fok. Métodos teórios
diferentes foram propostos para orrigir as deiênias deorrentes do método
Hartree-Fok; esses métodos são onheidos omo métodos de orrelação eletrnia. 10,16
Os métodos orrelaionados que mantém o prinípio variaional são: 10,16
interação
de ongurações(do inglêsConguration Interation CI), oampode altaonsistênia
eateoriadofunionaldensidade(doinglêsdensityfuntionaltheory DFT).Umaoutra
lasse de métodos, porém, não variaionais, são os métodos perturbativos. 10,16
Esses
métodos são onheidos omo teoria de perturbação de muitos orpos (do inglês many
bodyperturbationtheory). Dentreelesumemespeialfoiutilizadoemnossoestudo,este
é onheido omo teoria de perturbação de valênia de n-elétrons (do inglês n-eletron
valene state perturbation theory NEVPT2). 1719
Outro método que não é variaional
é o método oupled-loster 10,16
CC. A seguir, brevemente, serão tratados os métodos
CI, MCSCF e NEVPT2. 1719
2.2.1 Método de Interação de Congurações CI
O método CI onsiste em ombinar as ongurações eletrnias de modo a obter uma
funçãode ondaomdiversaspossibilidadesde interações. 10,16
Afunçãode ondaé
expan-dida omo uma ombinaçãolinear de determinantes
Φ
i
om os oeienest da expansão determinados para se obter o mínimo de energia. Os orbitais moleulares usados paraonstruir os determinantes de Slater exitados são obtidos pela função de onda HF. A
função de ondaCI
Ψ
CI
éesrita omoΨ
CI
=
a0
Φ
HF
+
X
S
a
S
Φ
S
+
X
D
a
D
Φ
D
+
X
T
a
T
Φ
T
+
. . .
=
X
i
a
i
Φ
i
.
(2.31)Essaexpansãoontémsomasponderadasnosrespetivosoeientesdedeterminantes
que são formados por exitações eletrnias simples (S) duplas (D), triplas (T), et. É
obtidoovaloresperadodoHamilonianoeletrnioomafunçãodeonda
Ψ
CI
,emseguida, é introduzido os multipliadores de Lagrange para se obter o funional que minimizaa energia variaional. O proedimento variaional onsiste em derivadar a função de
Lagrange em função dos oeientes a
i
's. Através do método variaional é obtido uma equação seular, que é um sistema de equações lineares representado por uma matrizujo a diagonalização gera os autovalores e os autovetores do problema. O primeiro
autovalororrespondeaoestadofundamentaleosegundo orrespondeaoprimeiroestado
exitado e assim suessivamente. OmétodoCI explora aorrelação eletrnia dinâmia
por apresentarapenas uma únia onguração eletrniaomo referênia.
2.2.2 Método Multionguraional SCF
terminantes de Slater serem reotimizados faz om que esse método desreva om maior
eiênia a orrelação estátiado quea orrelação dinâmia. Aoonsiderar apenas uma
onguração, o métodoMCSCF oinide om ométodoHartree-Fok.
Um dos problemas do método MCSCF é seleionar quaissão as ongurações de
re-ferênia neessária para obter as propriedades de interesse. Um modo de seleionar as
ongurações eletrnias é onheido omo espaço ativo ompleto (do inglês omplete
ative spae CAS). 10
Neste método as ongurações são obtidas partiionando os
orbi-taismoleulares em um espaço ativo e um espaço inativo. Osorbitais inativostem 2ou
0 elétrons, ou seja, são duplamente oupados ou vazios. Os orbitais moleulares ativos
podem ter oupaçõessimples, duplas ou zero, e estas diversas possibilidades de
ongu-rações são exploradas para se obter a interação de ongurações. Para representar este
métodoCAS utilizamosumanotaçãoomum [n,m℄-CASSCF,onde nindiaonúmerode
elétrons distribuídosem todos osm possíveis orbitaismoleulares.
Um modode ontrolar a quantidade de ongurações no métodoCAS é restringir o
espaço CAS, este método é onheido omo RASSCF (do inglês restrited ative spae
self-onsistent eld). 22
Neste método os orbitais moleulares são distribuídos em três
regiões,RAS1,RAS2,RAS3,adaumatendorestriçõesnonúmerode oupações
(exita-ções) permitidas. OespaçoRAS1 pode fazerexitações simplesouduplas para oRAS3.
ORAS2ésimilaraoCAS,elepodefazerqualquer tipodeexitaçõesinternas,alémdisso,
elepode fazer exitações simplesou duplaspara o RAS3.
2.2.3 Método Multi-referênial MRCI
O método CI onsidera apenas a formação das diferentes ongurações eletrnias
(di-ferentes determinantes de Slater) a partir de exitações eletrnias provenientes de um
únio determinante. 10
Isso signia ter omo referênia, paratais exitações eletrnias,
apenas a função de onda Hartree-Fok.
Uma função de onda MCSCF, om pouas ongurações, pode ser usada omo
refe-rêniaparageraroutrasonguraçõeseletrnias. Essasnovasonguraçõessãosomadas
(expandidas)juntamenteomasonguraçõesbase(quesão referênias)eapenasosseus
oeientes são otimizados. Nesse aso,os orbitaisdosdeterminantes formadospelas
vá-rias referênias não são reotimizados, ou seja, a expansão multi-referenial explora uma
orrelação dinâmia, equivalente ao CI. Porém, omo essa expansão é feita om
om muitas ongurações. O método MRCI, assim omo o método MCSCF, desreve
melhor aorrelação estátiado que aorrelação dinâmia.
Essemétodoéonheidoomointeraçãodeonguraçõesdemuitasreferênias,MRCI
(do inglês Multi-referene Conguration Interation). A função de onda MRCI numa
largaesala(muitasonguraçõesnoMCSCF) pode gerarfunçõesde ondaauradas,que
éequivalentea função de ondamultionguraionalenvolvendo muitas ongurações. O
métodoMRCI é um métodoque exigeum altousto omputaional.
2.2.4 Método NEVPT2
OmétodoNEVPT2 18,19
faz uso dométodomultionguraional 10,16
(orrelaçãoestátia)
e dométodo de perturbação de segunda ordem MP2 10,16
(orrelaçãodinâmia)para
elu-idar aonguraçãoeletrnia de sistemasmultieletrnioseexplorar aorrelaçãotanto
estátia quanto dinâmia om eiênia e menor usto omputaional, uma vez que o
método multionguraional pode gerar um alto usto omputaionalquando se deseja
um erto resultado dependente de um númeromuito grandede ongurações.
Para efetuar álulos NEVPT2 são utilizados pouas ongurações eletrnias que
são geradas noespaço ativo (CAS) e tratadaspelométodoMCSCF, as outras
possibili-dades de ongurações são geradas pelas ongurações otimizadas (função de onda om
osdevidos orbitaiseoeientes otimizados)que são tratadasporteoriade perturbação.
Embora o método perturbativo envolva orrelação dinâmia, o fato de as ongurações
eletrniasseremgeradaspormuitasreferênias (muitasongurações)peloqualos
orbi-taisque ompõemos determinantes de Slater são otimizados,o tratamentoperturbativo
é feito e o resultado é de melhor qualidade do que o método perturbativo baseado em
uma únia referênia. O híbrido de orrelação estátia mais dinâmia, que é a idéia do
métodoNEVPT2, émelhorqueométodomultionguraionalompouasongurações
eletrnias.
O objetivo do métodoNEVPT2 é apresentar uma teoria de perturbação baseada na
função de onda CAS-CI de ordem zero em que a interação entre os elétrons no espaço
ativo é onsiderada também em um outro espaço om as devidas propriedades. 10,16
A
funçãode ondaCAS-CI éesritaomoum produto antisimetrizadodeelétronsde aroço
(n
c
)e de valênia(nv
),|
Ψ
0
m
i
=
|
Φ
c
Ψ
v
m
i
,
(2.32)ˆ
P
CAS
H
ˆ
P
ˆ
CAS
|
Ψ
0
onde
P
ˆ
CAS
é oprojetordo espaçoCAS-CI.A função de onda perturbada terá a forma
|
Φ
−
k
l
Ψ
v
µ
+
k
i
, ondeΦ
−
k
l
é um produto de orbitais om nc
−
k elétrons inativos (de aroço ou virtual) eΨ
v
+
k
µ
é a função de onda multionguraional de valênia om nv
+
k elétrons. O número k representa o número de elétrons promovidos do espaço inativo para o espaço ativo: de ordem -2≤
k≤
2. É requerido que|
Φ
−
k
l
Ψ
v
µ
+
k
i
não interaja via os elétronsativosom uma função de onda de outroespaçoquetem amesmaordemde perturbação,então étiradoovaloresperadodooperador Hamiltoniano
H
ˆ
na ondição,h
Φ
−
k
l
Ψ
v
+
k
µ
|
H
ˆ
|
Φ
−
k
l
Ψ
v
+
k
v
i
= 0
, para µ
6
=
v
(2.34)A função de onda
|
Φ
−
k
l
Ψ
v
µ
+
k
i
pode ser esrita omo uma ombinação de determinantes om apartede aroçoigualaΦ
−
k
l
etodasaspossíveisdistribuiçãode nv
+
kelétronsno espaço ativo,os determinantes surgemdo espaçoCAS-CI om nv
+
k elétrons.2.3 Métodos Relativístios
2.3.1 Equação Quântia Relativístia em Quatro Componentes
Quando um orpo marosópio possui uma veloidade próxima à veloidade da luz, a
meânia Newtoniana não é mais apliada a esse fenmeno. Nessas ondições o orpo
tem que ser desrito por equações que sejam invariantes om relação as transformadas
de Lorentz 23
e, om isso, um novo onjunto de equações dinâmias é formulado: essa
nova teoria é onheida omo a teoria da relatividade espeial. 23
O mesmo fenmeno é
observadoquandoumorpomirosópiosemoveaumaveloidadepróximaàveloidade
da luz, para isso a equação de Shroedinger, que desreve partíulas mirosópias, não
é mais apliada,euma nova teoria tem queser formulada,peloquala equação quântia
seja relativistiamenteorreta. Daí surge a meânia quântia relativístia. 710
AequaçãoquântiarelativistiamenteorretaéonheidaomoaequaçãodeDira. 7,8
Essa equação é uma equação relativistiamenteorreta e é invariante às transformações
de Lorentz.
Partindoda dinâmiarelativístia,temos aenergia total ralativístia
E
=
±
c
q
p
2
ondeéaveloidadedaluznováuo,
p
x
, p
y
e p
z
são osomponentedomomentolineare m0
éa massade repouso. Emmeânia quântia essaequação éreesrita introduzindo ooperadorHamiltonianoH=i
~
∂
∂t
paraaenergiatotalEe,usandoasregrasdequantizações annias, os operadores pξ
=
−
i
~
∂
∂ξ
(ξ
=
x, y, z
) para as omponentes artesianas domomento linear. Podemos esrever a igualdade de operadores
i
~
∂
∂t
=
±
c
s
−
~
2
∂
2
∂
2
x
+
∂
2
∂
2
y
+
∂
2
∂
2
z
+
m
0
c
2
.
(2.36)Asdiuldadesinerentesàpresençadaraízquadradadasomadosquadradosdos
ope-radoresdifereniaismomentolinear tornaaequação 2.36 desinteressante paraapliações
prátias. Para eliminaressa raíz, Dira 7
propósum métodoque linearizaaequação 2.36
pela onstrução de um produto notável para a soma do termos quadrátios que formam
o argumento daraiz quadrada esrita nolado direito dessa equação.
Alinearizaçãodoargumentodoladodireitodaraíz quadradapresentenoladodireito
da equação 2.35 pode ser realizada, om a preservação da simetria entre os termos p
x
, py
, pz
em0
c
2
,se a igualdade
p
2
x
+
p
2
y
+
p
2
z
+
m
2
0
c
2
=
α
x
p
x
+
α
y
p
y
+
α
z
p
z
+
βm0c
2
2
,
(2.37)for satisfeita para um onjunto de oeientes
α
x
,α
y
,α
z
eβ
. Se osoeientes tiverem as propriedades.[
α
x
, α
y
]
+
=
α
x
α
y
+
α
y
α
x
= 0 [
α
x
, β
]
+
=
α
x
β
+
βα
y
= 0
[
α
y
, α
z
]
+
=
α
y
α
z
+
α
z
α
y
= 0 [
α
y
, β
]
+
=
α
y
β
+
βα
y
= 0
(2.38)[
α
z
, α
x
]
+
=
α
z
α
x
+
α
x
α
z
= 0 [
α
z
, β
]
+
=
α
z
β
+
βα
z
= 0
e
α
x
2
=
α
2
y
=
α
z
2
=
β
2
= 1
.
(2.39)Substituindoaequação 2.37(na formade operadores) notermodentro daraiz quadrada
da equação 2.36 e ainda apliando a igualdade de operadores resultante sobre a função
de onda
Ψ(
r, t
)
temos aequação de Dira 7,8dependente dotempo
−
i
~
cα
· ▽
+
βm
0
c
2
+
V
(
r
)
Ψ(
r, t
) =
i
~
∂
e, se o potenialV for independente dotempo, temos a equação de Diraindependente
dotempo 8
−
i
~
cα
· ▽
+
βm
0
c
2
+
V
(
r
)
Ψ(
r
) =
E
Ψ(
r
)
.
(2.41)Ambas equações(dependentee independentedotempo)são própriasparauma partíula
de spin 1/2. A função de onda relativístia
Ψ(
r, t
)
é uma função de onda em quatroompontentes epode ser esritada seguinte maneira
Ψ(
r, t
) =
Ψ
L
(
r, t
)
Ψ
S
(
r, t
)
onde
Ψ
L
(
r, t
) =
Ψ
Lα
(
r, t
)
Ψ
Lβ
(
r, t
)
,
Ψ
S
(
r, t
) =
Ψ
Sα
(
r, t
)
Ψ
Sβ
(
r, t
)
.
(2.42)Os índies L e S são provenientes do inglês large e small, respetivamente. Essa
notação referenia a omponente eletrnia (omponente grande large) da função de
onda ea omponenteque desreve a partepositrnia(omponentepequena small)da
funação de onda relativístia. 810
A álgebra denida pelas relações 2.39 e 2.38 não é satisfeita por nenhum onjunto
de números omplexos em geral. Uma solução pode se enontrada, entretanto, para
α
x
,α
y
,α
z
eβ
formando um onjunto de quatro matrizesquadradas, de dimensão 4×
4, linearmenteindependentesα
x
=
0
σ
x
σ
x
0
!
, α
y
=
0
σ
y
σ
y
0
!
, α
z
=
0
σ
z
σ
z
0
!
, β
=
I
0
0
−
I
!
,
(2.43)onde I é uma matriz unidade e asmatrizes
σ
's são as matrizesde Pauli 810σ
x
=
0 1
1 0
!
, σ
y
=
0
−
i
i
0
!
, σ
z
=
1
0
0
−
1
!
.
(2.44)Com esse proedimento a linearizaçãodo Hamiltonianoésatisfeita. As matrizes
α
's eβ
são onheidas omo as matrizesde Dira. 810
2.3.2 O Hamiltoniano Relativístio Multi-eletrnio
para desrever o sistema multieletrnio ou moleular relativístio. O Hamiltonianode
Dira paraum sistemamulti-eletrnio 24 é
ˆ
H
=
n
X
i
=1
ˆ
h
i
D
+
n
X
i>j
1
r
ij
=
n
X
i
=1
(
c
α
ˆ
i
·
p
ˆ
i
+
βmc
2
+
V
(
r
i
)) +
n
X
i>j
1
r
ij
,
(2.45)onde o primeirotermo é a energia inétia do elétron i, V
(
r
i
)
é potenialde atração do elétroniom onúleoeoúltimotermoéopotenialde atraçãoelétron-elétron. EsseHa-miltonianoéonheidoomooHamiltonianoDira-Coulomb, 24
ˆ
H
DC
. EsseHamiltoniano nãoéinvarianteomrelaçãoastransformadasdeLorentz,devidoaofatodopotenialnãoestarrepresentado porumaformarelativistiamenteorreta. Parasanar esserestrição, é
neessárioreorreraumoutrateoria,onheidaomeletrodinâmiaquântia (Quantum
Eletrodynamis" QED) 10,24
.
O operadorde Coulomb mostraadependênia dainteração eletrostátiaapenas om
a distânia, não om o tempo. Isso não éorreto quando a relatividadeé onsiderada, 10
impliaqueainteraçãode repulsãoentreduaspartíulasoorreminstantaneamente. Isso
viola um dos prinípios fundamentais da relatividade que é nada pode se mover mais
rápidamente que a veloidade da luz. A interação relativístia requer uma desrição,
eletrdinâmiaquântia, que envolve troa de fótons entre duas partíulas de arga. Os
fótons viajam na veloidade da luz e arregam a informação equivalente ao operador
de interação lássio, Coulomb. Para atender a eletrodinâmia quântia, é neessário
expandir o termo de atração/repulsão em ordem da onstante de estrutura na,
α
≈
1
c
. Retendo termos que ontribuem até a ordem1
c
2
, gera o operador de Coulomb mais o termo de interação de Breit10,24
ˆ
g
ij
B
=
1
r
ij
−
1
r
ij
α
i
·
α
j
+
(
α
i
×
r
ij
)(
α
j
×
r
ij
)
r
2
ij
,
(2.46)otermoforadoparênteseéooperadorCoulombiano,oprimeirotermodentrodoparêntese
é o operador de Gaunt e o tereiro é o operador de Breit.