• Nenhum resultado encontrado

Efeitos do corticosteroide injetado no tendão calcâneo de coelhos: análise histológica, biomecânica e das expressões de metaloproteinases e interleucinas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Efeitos do corticosteroide injetado no tendão calcâneo de coelhos: análise histológica, biomecânica e das expressões de metaloproteinases e interleucinas"

Copied!
98
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE MEDICINA

KANDIR GENÉSIO INNOCENTI DINHANE

EFEITOS DO CORTICOSTEROIDE INJETADO NO TENDÃO

CALCÂNEO DE COELHOS - ANÁLISE HISTOLÓGICA,

BIOMECÂNICA E DAS EXPRESSÕES DE METALOPROTEINASES

E INTERLEUCINAS.

Dissertação apresentada à Faculdade

de Medicina, Universidade Estadual

Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

Campus de Botucatu, para obtenção

do título de Mestre em Bases Gerais

da Cirurgia

Orientador : Prof. Dr. Winston Bonetti Yoshida

Coorientador : Prof. Dr. Alexandre Leme Godoy dos Santos

Botucatu

(2)

Kandir Genésio Innocenti Dinhane

EFEITOS DO CORTICOSTEROIDE INJETADO NO TENDÃO CALCÂNEO DE COELHOS - ANÁLISE HISTOLÓGICA, BIOMECÂNICA E DAS EXPRESSÕES DE METALOPROTEINASES E INTERLEUCINAS.

Dissertação apresentada à Faculdade

de Medicina, Universidade Estadual

Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

Campus de Botucatu, para obtenção

do título de Mestre em Bases Gerais

da Cirurgia

Orientador : Prof. Dr. Winston Bonetti Yoshida

Coorientador : Prof. Dr. Alexandre Leme Godoy dos Santos

(3)

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. TRATAMENTO DA INFORM. DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CÂMPUS DE BOTUCATU - UNESP

BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE-CRB 8/5651

Dinhane, Kandir Genésio Innocenti.

Efeitos do corticosteroide injetado no tendão calcâneo de coelhos : análise histológica, biomecânica e das expressões de metaloproteinases e interleucinas / Kandir Genésio Innocenti Dinhane. - Botucatu, 2015

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Medicina de

Botucatu

Orientador: Winston Bonetti Yoshida

Coorientador: Alexandre Leme Godoy dos Santos Capes: 40000001

1. Corticosteroides. 2. Metaloproteinases. 3. Tendões. 4. Interleucinas. 5. Injeções.

(4)
(5)

Dedicatória

Ao Prof. Dr. Hamilton da Rosa Pereira, com gratidão por ter

me escolhido, entre outros, da sexta turma da FCMBB, no

direcionamento à melhor residência médica em Ortopedia e

(6)
(7)

Agradecimentos Especiais

À minha esposa,

Ema Amélia Dorico Dinhane

, extensivo a meus

pais Genésio Dinhane (in memoriam) e Rosa Apparecida Innocenti

Dinhane (in memoriam); à minha irmã Rosamara Innocenti Dinhane

Vicente; aos meus filhos Dra. Luciana Innocenti Dinhane e Dr.

Daniel Innocenti Dinhane; ao meu genro Dr. Silas Otero Reis Salum;

à minha nora Dra. Juliana Gonzalez Luvizutto Dinhane e aos meus

(8)

Agradecimentos Especiais

Ao Prof. Dr. Winston Bonetti Yoshida, Professor Titular da

Disciplina de Cirurgia Vascular do Departamento de Cirurgia e

Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,

(9)
(10)

Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Alexandre Leme Godoy dos Santos, Professor

do Departamento de Ortopedia da Faculdade de Medicina – USP,

coorientador;

A Profa. Adj. Regina Helena Garcia Martins, Coordenadora

do Programa de Pós-Graduação em Bases Gerais da Cirurgia da

Faculdade de Medicina de Botucatu –UNESP;

A Profa. Dra. Érika Veruska de Paiva Ortolan, Chefe do

Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de

Botucatu – UNESP;

Ao Prof. Dr. Trajano Sardenberg, Professor do

Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de

Botucatu -UNESP, pelo auxílio na elaboração da Dissertação;

Ao Prof. Dr. Paulo Roberto de Almeida Silvares,

representando professores e médicos do Departamento de Cirurgia e

Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP;

Ao Prof. Dr. Sérgio Swain Müller, Professor do

Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de

Botucatu -UNESP, pelo auxílio na elaboração da Dissertação;

Ao Prof. Dr. Alexandre Todorovic Fabro, Médico

Patologista e Diretor da Unidade de Pesquisa Experimental

(11)

Agradecimentos

A Profa. Dra. Adriana Lucia Mendes do Departamento de

Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu -UNESP, pelo

auxílio na elaboração da Dissertação;

A Profa. Dra. Beatriz Funayama Alvarenga Freire do

Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de

Botucatu -UNESP, pelo auxílio na elaboração da Dissertação;

À Márcia Fonseca Piagentini Cruz, representando os demais

funcionários da Secção Técnica de Pós Graduação da Faculdade de

Medicina de Botucatu- UNESP;

Ao Prof. Hélio Rubens de Carvalho Nunes, Estatístico do

Escritório de Apoio à Pesquisa –EAP;

À Diva Aparecida Luvizutto Gasperini Rodrigues e

Marlucci Betini, extensivo aos demais funcionários da Biblioteca do

Campus de Botucatu- UNESP;

Ao José Rafael Franco e ao Paulo Sérgio dos Santos

Teixeira, do Biotério Central do Campus da UNESP;

Ao Luis Carlos Edevalter Bardella, à Maria Cecília Salgado

Mercadante e ao Dr. Diego Generoso , do Laboratório de Técnica

Cirúrgica e Cirurgia Experimental “Prof. William Saad Hossne”, da

Unidade de Pesquisa Experimental (UNIPEX) da Faculdade de

(12)

Agradecimentos

Á Dra. Luciana Innocenti Dinhane, pelo auxílio na

elaboração da dissertação;

Ao Dr. Daniel Innocenti Dinhane, pelo auxílio na

elaboração da dissertação;

À Andressa Aparecida dos Santos e à Amanda Luisa dos

Santos, alunas do curso de aprimoramento de Fisioterapia;

À Ana Paula Dória, Márcia Tenório Del Neri, Renata

Campos Capela, Biólogas da Unidade de Pesquisa Experimental

(UNIPEX) da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP;

À Maria Regina Moretto, Bióloga da Unidade de Pesquisa

Experimental (UNIPEX) da Faculdade de Medicina de Botucatu –

UNESP;

Ao Igor Deprá, Biólogo da Unidade de Pesquisa

Experimental (UNIPEX) da Faculdade de Medicina de Botucatu –

UNESP;

À Marta Regina Russo Sarzi e ao Florian José Fontana, da

Unidade de Pesquisa Experimental (UNIPEX) da Faculdade de

Medicina de Botucatu – UNESP;

Ao Prof. Dr. Sérgio Luis Felisbino e ao Prof. Dr. Luis

Antônio Justulin Junior, Professores do Instituto de Biociências -

(13)

Agradecimentos

Ao Carlos Luís Miguel e ao Douglas de Jesus, Técnicos de

informática do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de

Medicina de Botucatu – UNESP;

Ao Marcos Eduardo Barreiros Aloise, Desenhista científico

do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina

de Botucatu – UNESP;

À Solange Aparecida de Albuquerque Clara e à Marinede

Ribeiro Jorge, Secretárias do Departamento e Cirurgia e Ortopedia da

Faculdade de Medicina DE Botucatu– UNESP;

Ao Alberto Santos Capelluppi, Secretário da Comissão de

Ética no Uso de Animais-CEUA;

À Profa. Heleina Torres, Professora de informática, do

Colégio Anglo de São Manuel;

À Profa. Cacilda Langoni Canneppele e à Prof. Maria

(14)
(15)

Epígrafe

Os tendões são estruturas surpreendentes!

Kandir Dinhane, 2015

Os tendões não gostam de inatividade e nem de mudanças bruscas.

(16)
(17)

Resumo

RESUMO

Introdução: A injeção de corticosteroide (CE) para tratamento de

tendinopatias é recurso terapêutico muito utilizado na prática ortopédica; contudo há controvérsias clínicas e experimentais a respeito dos benefícios e complicações desse procedimento. Objetivo: Avaliar os efeitos histológico, biomecânico, a expressão das metaloproteinases (MMP-1 e MMP-2) e das interleucinas (IL-1 e IL-6) nos tendões calcâneos de coelhos submetidos a injeção de CE. Métodos: Setenta e três coelhos New Zealand foram randomizados e divididos em dois Grupos: Grupo Teste composto por trinta e sete animais submetidos a injeção intratendinosa de CE (0,2 ml de solução com 1,4 mg de betametasona) no tendão calcâneo do membro pélvico direito, e Grupo Controle composto por trinta e seis animais, no qual o mesmo animal possibilitou dois espécimes de tendão calcâneo (direito e esquerdo); o tendão do membro pélvico direito foi submetido a injeção de soro fisiológico (0,2 ml de solução de cloreto de sódio a 0,9 %) e recebeu denominação de Controle Placebo (CP); o tendão calcâneo do membro pélvico esquerdo, sem nenhum procedimento, foi utilizado como Controle Normal (CN). Quarenta e oito horas após o procedimento foi realizada eutanásia e os tendões foram dissecados e retirados em uma extensão de quatro centímetros de suas inserções nos ossos calcâneos. As análises histológicas, de resistência mecânica e as expressões das metaloproteinases e interleucinas foram realizadas por avaliador sem conhecimento dos grupos. Resultados: O Grupo Teste apresentou menor expressão da MMP-2 em relação aos espécimes do Grupo Controle (p= 0,027). No grupo Controle, os espécimes de tendão calcâneo dos membros pélvicos direitos (CP) mostraram maior quantidade de fibras colágenas grossas em relação aos de tendão calcâneo dos membros pélvicos esquerdos (CN) (p= 0,041). Nas comparações entre os grupos nas demais variáveis não houve diferenças estatisticamente significantes.

Conclusões: Quarenta e oito horas após a injeção intratendinosa de 0,2

ml de solução com 1,4 mg de betametasona em tendões calcâneos normais de coelhos, ocorreu diminuição da expressão de metaloproteinase 2, sugerindo menor degradação do colágeno. Não foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos nas alterações das características histológicas, biomecânicas, na expressão de metaloproteinase 1 e das interleucinas 1 e 6.

Palavras-chave: Tendão, Corticosteroide, Resistência, Metaloproteinases,

(18)
(19)

Abstract

ABSTRACT

Introduction: The injection of corticosteroids (CE) for the treatment of

tendinopathies is a therapeutic resource often used in orthopedic practice; however, there are clinical and experimental controversies regarding the benefits and complications of such practice. Objective: Is to evaluate the histological, biomechanical effects, and also the expression of metalloproteinases (MMP-1 and MMP-2) and interleukins (IL-1 and IL-6) on Achilles tendons of rabbits treated with CE injections. Methods: Seventy three New Zealand rabbits were randomly divided into two groups: The Test Group was comprised of thirty seven animals which underwent intratendineous injections of CE (0.2 ml of solution with 1.4 mg of betamethasone) in the Achilles tendon of the right pelvic limb, and the Control Group was comprised of thirty six animals, which provided two specimens of Achilles tendon (right and left); the Achilles tendon of the right pelvic limb underwent injections of saline solution (0.2 ml of 0.9% sodium chloride solution) and was called Placebo Control (CP); the Achilles tendon of the left pelvic limb received no medical procedure and was used as Normal Control (CN). Forty eight hours after the procedure, the animals were euthanized and the tendons were dissected and extracted at an extension of four centimeters (1.6 in) of its insertions in the calcaneus bones. The expressions of metalloproteinases and interleukins, mechanical resistance and histological analysis were all performed by an observer unaware of the groups Results: The Test Group has shown a smaller MMP-2 expression compared to those in Control Group (p= 0.027). In the Control Group, the Achilles tendon of the right pelvic limb (CP) has shown a greater amount of thick collagen fibers in comparison to those in left pelvic limb (CN) (p= 0.041). There were no other significant statistical difference between the groups when comparing other variables.

Conclusions: Forty eight hours after the intratendinous injection of 0.2 ml

of solution with 1.4 mg of betamethasone in the normal Aquilles Tendon of rabbits, there was a decrease of metalloproteinases 2 expression, suggesting a minor collagen degradation. Statistical differences in the change of histological characteristics, biomechanics, and in the expression of metalloproteinases 1 and in interleukins 1 and 6 were not observed between the groups.

Keywords: Tendons, Corticosteroids, Resistance, Metalloproteinases,

(20)
(21)

Lista de Ilustrações

Lista de Ilustrações

Figura 1 - Fluxograma dos procedimentos ... 39 Figura 2 - Medida padronizada com paquímetro do ponto onde foram

feitas as injeções, a 2 cm da inserção do tendão calcâneo do

coelho, mantendo o tornozelo em flexão dorsal ... 42

Figura 3 - Agulha com a ponta semidobrada ... 42 Figura 4 - Injeção no tendão calcâneo do coelho, em local previamente

marcado ... 42

Figura 5 - Tendão calcâneo de coelho dissecado (seta branca) e que foi

retirado íntegro, desde a junção miotendínea (seta escura

grande) até a inserção no osso calcâneo (seta escura

pequena) ... 44

Figura 6 - Máquina de ensaio biomecânico, EMIC ... 45 Figura 7 - Tendão roto após teste ... 45 Figura 8 - Exemplo do gráfico Força x Deformação com resultados de

um dos espécimes (A105) submetido ao ensaio de tração, que

mostra valores das variáveis de resistência mecânica ... 46

Figura 9 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho sem ruptura

do colágeno (HE; 400xx) ... 47

Figura 10 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com ruptura

do colágeno (seta escura) (HE; 400xx). ... 47

Figura 11 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com

celularidade aumentada (HE; 400xx) ... 47

Figura 12 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com

celularidade habitual (HE; 400xx) ... 47

Figura 13 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com

presença de células inflamatórias: macrófagos (setas escuras)

(HE; 400xx) ... 48

Figura 14 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com

presença de células inflamatórias: Linfócitos (seta vermelha e

(22)

Lista de Ilustrações

Figura15 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho mostrando

fibras colágenas finas (verdes) (Picrosirius red; 400 xx) ... 48

Figura16 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com Fibras

colágenas espessas (vermelhas) (Picrosirius red; 400xx) .... 48

Figura 17 - Imagem do retículo de Weibel extraído do monitor do

computador: setas brancas indicando células que cruzaram

traços do retículo (400xx) ... 49

Figura 18 - Equipamento Bio Rad para leitura colorimétrica usado no

estudo das MMPs ... 51

Figura 19 - Equipamento de eletroforese usado nos estudos das MMPs

... 51

Figura 20 - Bandas de degradação em gel cromassie blue eletroforese de

MMP, forma ativa (seta amarela) e forma inativa, (seta

vermelha) ... 51

Figura 21 - Montagem da placa do teste ELISA com as amostras. Uma

amostra por alvéolo ... 53

Figura 22 - Lavadora de placas do teste ELISA ... 53 Figura 23 - Placa do teste ELISA pronta para ser lida ... 53 Figura 24 - Equipamento e monitor para leitura de placas de teste ELISA

... 53

Figura 25 - Os gráficos A, B, C, D, E, F mostram as médias e os desvios

padrões dos valores das variáveis de resistência mecânica . 57

Figura 26 - Mostra os gráficos A, B, C, D, E, F, G, H, e I, referentes às

medianas dos valores das variáveis histológicas, comparadas

entre os grupos Teste e Controle ... 59

Figura 27 - Gráfico mostra mediana dos valores das formas ativas das

MMP2s do grupo Teste em relação a mediana dos valores das

formas ativas das MMP2s do grupo controle ... 60

Figura 28 - Os gráficos A e B mostram medianas dos grupos Teste e

Controle; não houve alteração da expressão de IL1 e IL6 na

(23)
(24)

Lista de Tabelas

Lista de Tabelas

Tabela 1 - Diferenças mínimas detectáveis com o tamanho amostral

determinado ... 41

Tabela 2 - Comparação entre grupos em relação às variáveis de

resistência mecânica ... 56

Tabela 3 - Comparação entre os grupos em relação a variáveis

histológicas... 58

Tabela 4 - Comparação entre os grupos em relação às MMPs ... 60

Tabela 5 - Comparação entre os grupos em relação a ILs ... 61

Tabela 6 - Comparação dos resultados sobre resistência mecânica de

diversos autores ao longo do tempo, após injeções

intratendinosas de CE ... 65

Tabela 7 - Comparação dos resultados das variáveis histológicas de

diversos autores ao longo do tempo, após injeção

intratendinosa de CE ... 68

Tabela 8 - Comparação dos resultados das variáveis histológicas de

diversos autores ao longo do tempo, após injeção

peritendinosa de CE ... 71

Tabela 9 - Resultados comparativos de estudos envolvendo avaliação da

expressão de MMPs após uso de CE em tendões ... 72

Tabela 10 - Demonstrativo de estudos com Interleucinas ... 74

Tabela 11 - Demostrativo de estudos in vitro sobre efeitos de CE,

adicionados a placas de cultura em relação a alterações

celulares (proliferação, diferenciação, migração e apoptose) e

de expressão do colágeno e proteoglicanas ... 77

Tabela A - Tabela Piloto dos Procedimentos ... 90

Tabela B - Dados Brutos das Variáveis de Resistência mecânica ... 92

Tabela C - Dados Brutos das Variáveis Histológicas do Tendão ... 93

Tabela D - Dados Brutos das Variáveis Histológicas do Paratendão ... 94

Tabela E - Dados Brutos das Variáveis de Expressão das MMPs ... 95

Tabela F - Dados Brutos das Variáveis de Expressão das Interleucinas

(25)
(26)

Lista de Abreviaturas e Siglas

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Beta: Betametasona

CE: Corticosteroide

Cm: centímetro

CEUA: Comitê de ética no uso de animais

CP: Controle Placebo

CN: Controle Normal

ºC: Grau Celsius

ELISA Enzyme – Linked Immuno Sorbent Assay

EV: Endovenoso

G: Gauge: Unidade de medida de diâmetro

HE: Tipo de coloração histológica: Hematoxilina-Eosina

HISTO: Histologia

IL: Interleucina

ILs: Interleucinas

Intra: Intratendinosa

Kg: Quilograma

kDa: KiloDaltons (unidade de massa atômica )

Peri: Peritendinosa

mg: Miligrama

ml: Mililitros

mm: Milímetros

MPa: MegaPascal

MPD: Membro pélvico direito

MPE: Membro pélvico esquerdo

MMP: Metaloproteinase da matriz

MMPs: Metaloproteinases da matriz μg: Micrograma

N: Newton

(27)

Lista de Abreviaturas e Siglas

nM: Nanomoles

ng: Nanograma

pg: Picograma

picro: Tipo de coloração histológica- picrosirius red

RES: Resistência mecânica

TIMPs: Inibidores Teciduais de Metaloproteinases

TNF: Fator de necrose tumoral

UNESP: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

UNIPEX: Unidade de pesquisa experimental da Faculdade de Medicina

(28)
(29)

Sumário

SUMÁRIO

RESUMO ABSTRACT

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS

1. INTRODUÇÃO ... 30

2. OBJETIVO... 36

3. MÉTODOS... 38

3.1 - Aspectos éticos ... 38

3.2 - Locais de realização do estudo ... 38

3.3 - Desenho do estudo ... 38

3.4 - Critérios de inclusão e não inclusão ... 40

3.5 - Randomização ... 40

3.6 - Cálculo do tamanho da amostra ... 40

3.7 - Procedimento anestésico e método de injeção do medicamento e

soro ... 41

3.8 - Manutenção ... 43

3.9 - Eutanásia e coleta dos espécimes ... 43

3.10 - Cegagem ... 44

3.11 - Estudo da resistência mecânica ... 44

3.12 - Estudo das variáveis histológicas ... 46

3.13 - Estudo das Metaloproteinases e Interleucinas ... 50

3.13.1 Metaloproteinases 1 e 2 ... 50

3.13.2 Interleucinas 1 e 6 ... 52

3.14 - Análise estatística dos resultados ... 54

4. RESULTADOS ... 56

4.1 - Resistência Mecânica ... 56 4.2 - Variáveis Histológicas ... 58

(30)

Sumário

4.4 - Expressões de interleucinas ... 61

5. DISCUSSÃO ... 63

5.1 - Metodologia ... 63

5.2 - Resistência Mecânica ... 65

5.2.1 Injeções intratendinosas ... 65

5.2.2 Injeções peritendinosas ... 67

5.2.3 Comentários ... 67

5.3 - Variáveis Histológicas ... 68

5.3.1 Injeções intratendinosas ... 68

5.3.2 Comentários ... 70

5.3.3 Injeções peritendinosas ... 70

5.3.4 Comentários ... 72

5.4 - Expressões de MMPs ... 72

5.5 - Interleucinas ... 74

5.6 - Estudos in vitro ... 76

5.7 - Revisões Sistemáticas ... 78

5.8 - Considerações Finais ... 79

(31)
(32)

Introdução

1. INTRODUÇÃO

Tendões são definidos como estruturas que conectam um

músculo ou grupamento muscular ao osso. Originam-se no ventre

muscular, mais precisamente na junção musculotendínea e se inserem no

osso formando a êntese ou junção osteotendínea.

A arquitetura do tendão é composta hierarquicamente por

moléculas de colágenos, que se unem em fibrilas, que formam as fibras,

que se reúnem e formam os feixes ou fascículos primários e secundários,

envoltos por tecido conjuntivo frouxo contendo células, vasos sanguíneos

e nervos. Todo esse conjunto é envolvido externamente por uma bainha

de tecido conjuntivo denso, dividida em duas camadas: uma presa ao

tendão e outra ligada às estruturas adjacentes; entre essas duas

camadas, forma-se uma cavidade revestida por células mesenquimais

banhadas por líquido viscoso semelhante ao líquido sinovial, com água,

proteínas, glicosaminoglicanas, glicoproteínas e íons1.

Os tendões têm a função de transmitir as forças geradas pelas

contrações musculares, produzir o movimento e auxiliar a estabilização

articular. Apresentam a capacidade de adaptar sua composição e

estrutura em resposta aos diversos estímulos mecânicos e bioquímicos.

As lesões dos tendões são uma parte significante das doenças do

aparelho locomotor. Alguns tendões são particularmente vulneráveis e

mostram alterações degenerativas primárias, como o manguito rotador,

patelar, calcâneo e o tendão tibial posterior.

Tendinopatia é um termo amplo usado para um grupo de

afecções, de etiologia multifatorial, que acometem essas estruturas e que

resultam em dor e vários graus de perda funcional. São fatores etiológicos

extrínsecos: carga, anatomia local, postura, atividades ocupacionais e

esportivas; sendo os intrínsecos: alterações metabólicas, autoimunes e

fatores genéticos, como associação com genes do sistema ABO, e

(33)

Introdução

polimorfismos que afetam expressões de componentes da matriz,

destacando-se dentre elas as metaloproteinases2-5.

O tecido tendíneo é composto por uma pequena quantidade de

células embebidas por uma matriz extracelular (MEC) abundante. O

principal componente celular é o tenoblasto, em associação a outros tipos

celulares, como os condrócitos, células sinoviais e epiteliais6.

Os tenoblastos representam linhagem celular imatura, de

morfologia celular mais arredondada, citoplasma rico em organelas e alta

atividade metabólica. Alinham-se em colunas ao longo do eixo longitudinal

do tendão e de suas fibras colágenas. Os tenócitos, a forma amadurecida

dos tenoblastos, possuem morfologia mais alongada. Esses dois tipos

celulares representam 90-95% dos elementos celulares tendíneos,

produzem colágeno, equilibram a composição da matriz extracelular, e

assim, preservam a integridade do tendão. Devido à baixa celularidade e

reduzida atividade mitótica destas células, a capacidade cicatricial do

tendão é limitada6.

A matriz extracelular é dividida em dois componentes principais,

denominados fibrilar e fundamental. O primeiro é composto principalmente

pelas fibras de colágeno e elastina. Já o fundamental, pelas

proteoglicanas e glicosaminoglicanas, água de solvatação, minerais, além

de proteínas especializadas, tais como as glicoproteínas adesivas

fibronectina e a tenascina-C, ácido hialurônico, metaloproteinases da

matriz (MMPs) e seus inibidores (TIMPs)7. Estas moléculas interagem entre si e com as células tendíneas, de maneira bidirecional. Portanto,

alterações celulares podem levar a consequências estruturais na MEC,

bem como modificações na última podem desencadear o recrutamento,

proliferação, apoptose e diferenciação celular8.

Até a década de 1990, as alterações dos tendões eram

referidas como “Tendinites”, nas quais o componente inflamatório seria o

principal responsável por essas afecções. Esse ponto de vista era

(34)

Introdução

amplamente aceito nas estratégias de tratamento, acarretando

terapêuticas baseadas em anti-inflamatórios esteroides e não esteroides.

Nas décadas de 1990 a 2000, houve uma série de mudanças

na conceituação dessas alterações, direcionadas para alterações não

inflamatórias e degenerativas, referidas como “Tendinopatias”, sendo o

tratamento direcionado para as áreas de fisioterapia, terapia por ondas de

choque, e para outros tipos de medicamentos como agentes

esclerosantes, dextrose, toxina botulínica, como também injeções locais

com células tronco, plasma rico em plaquetas.

Nos últimos anos, as considerações sobre tendinopatia como

totalmente não inflamatória parece ser uma simplificação, e não é

totalmente aceita por todos especialistas, surgindo assim estudos que

buscam mostrar componentes do processo inflamatório presentes nas

alterações dos tendões9.

Na fisiopatogenia, em estágio precoce, como resposta à

compressão e ou sobrecarga, ocorre aumento do volume do tendão, por

aumento das proteoglicanas e de suas ligações com água; no estágio

seguinte, predomina degradação da matriz tecidual, separação do

colágeno, proliferação de tenócitos anormais, e alguma neovascularização

no tendão. Nestes dois estágios, pode haver certo grau de reversibilidade,

mas no estágio avançado ocorre principalmente rompimento do colágeno,

morte celular generalizada e ingresso mais intenso de neovascularização

e inervação dentro da substância do tendão10. A dor na tendinopatia, tem várias explicações, sendo uma delas esse ingresso tanto de neo vasos

quanto da inervação na substância do tendão, visto que, na arquitetura

normal dos tendões, os vasos e nervos encontram-se entre os fascículos

de colágenos e não na substância do tendão24.

As tendinopatias são doenças comuns, que afetam

indistintamente tanto atletas quanto a população em geral. A prevalência,

de transtornos dos tecidos moles (maioria em tendões), no Reino Unido, é

(35)

Introdução

de 18 casos por 1000 pessoas11. Nos EUA, ocorrem, anualmente, 16,4 milhões de lesões em tendões e ligamentos, dos quais pelo menos

100.000 envolvem o tendão calcâneo12. A prevalência é maior em jovens entre 20 e 30 anos, e em pessoas de meia idade dos 40 aos 60 anos13.

Nas lesões do manguito rotador do ombro, a prevalência aumenta com a

idade, ultrapassando 50% aos 60 anos14. Outra alteração denominada de dedo em gatilho tem prevalência de 2 % na população geral, e de 20 %

em pacientes com diabetes15.

Não existe uma diretriz única para o tratamento das

tendinopatias. Embora sem evidências protocoladas, várias modalidades

de tratamento são recomendadas: repouso, fisioterapia e medicamentos

anti-inflamatórios não esteróides ou CE (via sistêmica, ou injeção local).

Associadamente, terapêuticas específicas para fatores predisponentes e

cirurgias, podem estar indicadas dependendo da região anatômica

acometida e da gravidade da lesão.

Embora as alterações inflamatórias histológicas nas

tendinopatias sejam discretas, o uso de injeções locais de CE persiste

como prática entre ortopedistas, principalmente nos membros superiores9. Na verdade, os CE, além das conhecidas ações anti-inflamatórias,

possuem outras atividades importantes que ampliam suas indicações.

Uma destas atividades, com ação genômica, envolve a ativação de

receptores citoplasmáticos, os quais migram para o núcleo das células,

que atuam na transcrição e codificação de vários genes, entre outros, os

que codificam as ILs. Outra propriedade reside no mecanismo de ação

(tipo proteína-proteína) sem interação com o DNA, que leva à transcrição

de vários genes codificantes de ILs, ciclooxigenases e colagenases16. Existe outra atividade, chamada ação não genômica, de ação muito

rápida, com mecanismos não totalmente esclarecidos, na qual os CE são

utilizados em atendimentos de emergências clínicas17.

Os CE, para uso em injeções locais são formulados em

(36)

Introdução

soluções com sais que formam ésteres solúveis de liberação rápida

(fosfatos mono e dissódico, succinatos, e outros) ou ésteres menos

solúveis de liberação lenta (acetato, diproprionato, entre outros)18

O desenho de estudos sobre efeitos dos CE em tendões não

são simples de se desenharem, pois dependem de muitas variáveis. O

tipo de droga, dose, local e modo de administração devem ser

considerados19. Estas e outras dificuldades metodológicas explicam as poucas evidências observadas na literatura a respeito dos benefícios ou

efeitos deletérios dos CE no tratamento das tendinopatias20. Estudos clínicos que avaliaram injeções de CE em tendões, em grande parte, eram

relatos de casos ou amostras reduzidas de pacientes, especialmente em

tendões calcâneos e patelares nos quais os resultados eram, em geral,

contraditórios e controversos20,21.

Entretanto, estudos recentes confirmaram a presença de

células inflamatórias22, como também que as sobrecargas mecânicas podem causar respostas inflamatórias23. Tais fatos estimularam pesquisas sobre a expressão das ILs no início da cicatrização dos tendões9. Há limitação de conhecimentos a respeito da participação das ILs e de outros

mediadores inflamatórios no reparo de tendões24, 25.

Há carência de estudos experimentais sobre os efeitos de

injeção intratendinosa de CE que possibilite a correlação, em um mesmo

momento experimental, de aspectos morfológicos, biomecânicos de

resistência, envolvimento de mediadores inflamatórios (ILs) e da

expressão das MMPs.

A hipótese do presente estudo foi que, no tempo de observação

de quarenta e oito horas após as injeções de CE em tendões normais de

coelhos não ocorram alterações na resistência mecânica, histologia e nas

expressões de metaloproteinases e interleucinas.

(37)
(38)

Objetivo

2. OBJETIVO

Comparar os desfechos histológicos, de resistência mecânica,

a expressão das metaloproteinases (MMP-1 e MMP-2) e das interleucinas

(IL-1 e IL-6) nos tendões calcâneos normais de coelhos 48 horas após

terem sido submetidos à injeção de corticosteroide, soro ou nenhum

procedimento.

(39)
(40)

Métodos

3. MÉTODOS

3.1 - Aspectos éticos

O protocolo experimental deste estudo (Certificado CEUA,

número 1047-2013) foi conduzido em conformidade com os princípios

éticos na experimentação animal, aprovado pelo Comitê de Ética no Uso

de Animais da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP.

3.2 - Locais de realização do estudo

O estudo foi realizado no Laboratório de Ensino, Pesquisa e

Cirurgia Experimental “Prof. William Saad Hossne” e nos laboratórios de

Ensaios Biomecânicos localizados na Unidade de Pesquisa Experimental

(UNIPEX) da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade

Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP).

3.3 - Desenho do Estudo

Ensaio experimental randomizado controlado com avaliador

sem conhecimento dos grupos.

Foram selecionados setenta e três coelhos da raça New

Zealand clinicamente saudáveis examinados por Médico Veterinário da

UNIPEX, fornecidos pelo Biotério Central da UNESP - Campus de

Botucatu.

Os animais foram randomizados, submetidos ao fluxograma

ilustrado (Figura 1) e divididos por aleatorização em dois grupos:

Grupo Teste: trinta e sete coelhos da raça New Zealand foram

submetidos a injeção intratendinosa no tendão calcâneo do membro

pélvico direito de CE: 0,2 ml da suspensão de dipropionato de

betametasona e fosfato dissódico de betametasona (Diprospan®,

Mantecorp – Hipermarcarcas S.A.). O volume da suspensão de 0,2 ml,

(41)

Métodos

com 1,4 mg de Betametasona, para efeito anti-inflamatório, foi calculado

de acordo com valores e equivalências recomendados para coelhos, em

livro texto de Medicina Veterinária26.

Grupo Controle: trinta e seis coelhos da raça New Zealand, no qual o

mesmo animal permitiu dois espécimes: um do tendão calcâneo direito e

outro do tendão calcâneo esquerdo. O tendão calcâneo do membro

pélvico direito foi submetido a injeção intratendinosa de 0,2 ml de solução

de Cloreto de Sódio a 0.9% (Farmace®, Farmace Indústria Químico

Farmacêutica Cearense Ltda) e foi denominado de Controle Placebo; o

tendão calcâneo do membro pélvico esquerdo, sem nenhum

procedimento, foi utilizado como Controle Normal.

n, número de animais ; CP, Controle Placebo; CN, Controle Normal

HISTO, Histologia; RES, Resistência Mecânica; MMPs, Metaloproteinases; ILs, Interleucinas

Figura 01 – Fluxograma dos procedimentos n=73 Randomização Grupo (n=37) Teste Grupo (n=36) Controle Membro Pélvico

Direito Membro Pélvico Direito Controle Placebo (CP)

Controle Normal (CN) Membro Pélvico Esquerdo

n=12 n=12 n=12 n=12 n=12 n=12 n=12 n=12 n=12

HISTO RES MMPs ILs HISTO RES MMPs ILs HISTO RES MMPs ILs

(42)

Métodos

3.4 - Critérios de Inclusão e não Inclusão

Inclusão

 Coelhos machos

 Peso corporal entre dois e três quilogramas

 Com membros pélvicos normais.

Não inclusão

Qualquer tipo de alteração no exame clínico, verificado pelo

médico veterinário da Unipex

3.5 - Randomização

A sequência aleatória foi gerada pela função “runif”, do software

R v 2.11.0. Essa função permitiu gerar uma sequência de “0” (zeros) e “1”

(uns), ambos equiprováveis. O código “0” representou o Grupo Controle e

o código “1” representou o Grupo Teste. O modo de chegada dos coelhos

definiu como a sequência aleatória gerada foi aplicada. Com todos os

coelhos disponíveis, eles foram enumerados de um a setenta e três.

Assim, o coelho número um representou a posição número um da

sequência aleatória, o coelho número dois representou a posição número

dois da sequência e assim por diante também definindo os códigos. Como

os coelhos chegaram sequencialmente, então a ordem de chegada foi

igual a posição na sequência aleatória. Ou seja, o primeiro coelho

disponível foi para o grupo Controle ou para o grupo Teste dependendo

do código associado à primeira posição da sequência aleatória e assim

por diante (Tabela A – Apêndice).

3.6 - Cálculo do tamanho da amostra

Para se determinar o tamanho dos grupos a serem estudados,

a fim de se obter poder estatístico de 80 %, com nível de significância de

(43)

Métodos

0,05 e supondo amostragem aleatória simples com distribuição normal

dos desfechos, elaborou-se uma tabela (Tabela 1), que permite detectar

diferenças mínimas iguais às apresentadas na tabela. O número das

amostras para o Grupo Teste foi de trinta e sete animais e para o Grupo

Controle, de trinte e seis animais.

Tabela 1 – Diferenças mínimas detectáveis com o tamanho amostral

determinado

Desfechos

Histologia TEN_TD RUP_TD C_INF_TD FG_TD FF_TD TEM_PD C_INF_PD FG_PD FF_PD

DMS 1.1 0.06 0.05 12 10 0.08 3 14 7

Interleucinas IL6 IL1

DMS 60 290

Metaloproteinase MMP2_INAT MMP2_AT MMP1_INAT MMP1_AT

DMS 0.3 1.5 0.3 0.4

Resistência DEFMAX FCMAX EFMAX EAFMAX TFMAX MODEL

DMS 2300 120 400 3200 14 60

TEN_TD, Tenócitos HE Tendão; RUP_TD, Ruptura do colágeno HE Tendão; C. INF_TD, Células Inflamatórias HE Tendão; FG_TD, Fibras grossas picro Tendão; FF_TD, Fibras finas picro tendão; TEN_PD, Tenócitos HE Peritendão; C_INF_PD, Células Inflamatórias HE Peritendão; FG_PD, Fibras grossas peritendão; FF_PD, Fibras finas peritendão; DEFMAX, Deformação máxima, FCMAX, Força ou carga máxima; EFMAX

DMS= Diferença mínima detectável

3.7 - Procedimento anestésico e método de injeção do medicamento e soro

Todos os coelhos foram submetidos a anestesia geral EV com

50 mg/kg de cloridrato de quetamina e 1 mg/kg de cloridrato de xilazina,

seguido de tricotomia e antissepsia. A injeção dos medicamentos foi feita

sempre a dois cm (medida com paquímetro) proximais da inserção do

tendão calcâneo, sem incisão cirúrgica (Figura 2) com volume de 0,2 ml,

por meio de punção com agulha BD-(Becton Dickinson Ind. Cirug. Ltda-

Curitiba-PR) de 0,45x 13mm (26 G x 1/2"), com a ponta da agulha semi

dobrada (Figura 3 e 4) e seringa de 1 ml, BD-Becton Dickinson Indústria

Cirúrgica. Ltda- Curitiba-PR.

(44)

Métodos

Figura 2 - Medida padronizada com paquímetro do ponto onde foram feitas as injeções, a 2 cm da inserção do tendão calcâneo do coelho, mantendo o tornozelo em flexão dorsal.

Figura 3 - Agulha com a ponta semidobrada.

Figura 4 - Injeção no tendão calcâneo do coelho, em local previamente marcado, com aplicação feita com a seringa na horizontal e não na perpendicular ao tendão.

(45)

Métodos

3.8 Manutenção

Os animais foram mantidos em ambiente com temperatura,

iluminação e ventilação adequadas, em jaulas individuais e foram

alimentados com ração e água potável.

3.9. Eutanásia e coleta dos espécimes

Quarenta e oito horas após o procedimento, foi realizada

eutanásia com dose letal de anestésico. O tendão foi dissecado, exposto

e retirado integralmente a quatro cm proximais de sua inserção no osso

calcâneo (Figura 5). Os espécimes foram identificados em recipientes com

letras e números sem citação a quais grupos pertenciam e seguiram para

conservação conforme o tipo de exame:

Os trinta e sete espécimes dos testes de resistência mecânica

foram congelados em freezer a -20º C.

Os trinta e seis espécimes dos exames histológicos foram

conservados em formalina neutra a 10% antes do processamento.

Para a realização dos exames das MMPs e ILs, os trinta e seis

espécimes foram divididos em duas partes iguais, resultando em setenta e

dois espécimes: metade para MMPs e metade para ILs. Os setenta e dois

espécimes foram congelados imediatamente em nitrogênio líquido e

depois conservados em Freezer a -80ºC. O total de espécimes obtidos foi

de cento e quarenta e quatro. Por problemas técnicos nos equipamentos

de conservação, desprezamos nove espécimes, e portanto os estudos

foram realizados em cento e trinta e cinco espécimes.

(46)

Métodos

Figura 5 - Tendão calcâneo de coelho dissecado (seta branca) a ser retirado íntegro, desde a junção miotendínea (seta escura grande) até a inserção no osso calcâneo (seta escura pequena).

3.10. Cegagem

Os avaliadores de todos os desfechos, não tinham

conhecimento sobre qual grupo os espécimes pertenciam. Ao final das

avaliações, os dados foram organizados em planilhas Excel e

encaminhados para análise estatística (Tabelas B a F - Apêndice).

3.11 - Estudo da Resistência mecânica

Os espécimes foram submetidos a ensaio biomecânico de

tração.

No momento do ensaio, todos os espécimes foram

descongelados à temperatura ambiente e presos pelas extremidades em

presilhas especiais para tendões. Foi determinada a área de secção do

tendão a partir da medida da circunferência e pela aplicação das fórmulas R=C/2π, e A=π.R², na qual R, era o raio, C, a circunferência, e A, área de secção. Em seguida, as presilhas com o tendão fixado, foram montadas

axialmente em máquina universal de ensaio mecânico (EMIC–DL®10.000 Equipamentos e Sistemas de Ensaio Ltda, Curitiba), (Figura 6 e 7), com

(47)

Métodos

célula de carga de 1000 N e velocidade de aplicação de 30 mm/min. O

valor da área de secção foi incorporado ao software M-teste que forneceu

os gráficos força x deformação (Figura 8) e valores das seguintes

variáveis das propriedades mecânicas: Força Máxima (força em N=

Newtons, suportada até a ruptura); Deformação (alongamento, em

milímetros); Energia na Força Máxima (N.mm); Energia por área na Força

máxima (N.mm/mm²); Tensão na Força Máxima (MPa); Módulo de

Elasticidade (MPa)27-29.

Figura 6 - Máquina de ensaio biomecânico, EMIC.

Figura 7 - Tendão roto após teste.

(48)

Métodos

Figura 8 - Exemplo do gráfico Força x Deformação com resultados de um dos espécimes (A105) submetido ao ensaio de tração, que mostra valores das variáveis de resistência mecânica.

3.12 - Estudo das Variáveis Histológicas

Após fixação, o tecido foi incluído em blocos de parafina,

obtendo-se, a seguir, cortes coronais de quatro micras para análise

histológica. As lâminas foram coradas com solução Hematoxilina - Eosina

(HE) e Picrosirius red (Picro). Através de Histomorfometria foram obtidas

as seguintes variáveis: do tendão-tenócitos (celularidade habitual ou

aumentada), ruptura do colágeno, presença de células inflamatórias

(macrófagos, linfócitos) fibras grossas (colágeno I) e fibras finas (colágeno

III); e do peritendão- tenócitos (celularidade normal ou habitual), presença

de células inflamatórias (macrófagos, linfócitos), fibras grossas (colágeno

I) e Fibras finas (colágeno III).

(49)

Métodos

O método utilizado foi o histomorfométrico.

O sistema de imagens foi composto por uma Câmera Leica

(DFC 295), conectada a um microscópio Leica (DM 4000 B LED, USA). As

imagens foram transmitidas a um monitor (Analisador Leica DM 4000) e

carregadas em um computador (Pentium 1330 MHz, Intel, Santa Clara,

CA, USA). O software Image Pro Plus 6.0 (Media Cybernetics, Rockville,

MD, USA) foi usado para identificar e quantificar as variáveis (Figuras 9 a

16).

Figura 9 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho sem ruptura do colágeno ( HE; 400xx).

Figura 10 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com ruptura do colágeno (seta escura) (HE; 400xx).

Figura 11 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com celularidade aumentada (HE; 400xx).

Figura 12 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com celularidade habitual (HE; 400xx).

(50)

Métodos

Cada lâmina corada, tanto com Hematoxilina Eosina quanto

com Picrosirius red, geraram vinte fotografias, sendo dez do tendão e dez

do peritendão.

As lâminas coradas com Picrosirius red foram usadas para

avaliar e quantificar as fibras grossas e as fibras finas no tendão e

peritendão. Por meio do Image pro plus, a fração de área das fibras

colágenas foi medida pela área delimitada pelas fibras dos tendões e

peritendões observadas em campos com grande aumento (400xx). O Figura13 - Imagem histológica do tendão

calcâneo do coelho com presença de células inflamatórias: macrófagos (setas escuras) (HE; 400xx).

Figura 14 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com presença de células inflamatórias: Linfócitos (seta vermelha e tracejado) (HE; 400 xx).

Figura15 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho mostrando fibras colágenas finas (verdes) (Picrosirius red; 400 xx).

Figura16 - Imagem histológica do tendão calcâneo do coelho com Fibras colágenas espessas (vermelhas) (Picrosirius red; 400xx).

(51)

Métodos

limiar para colágeno espesso (amarelo e vermelho) e fino (verde) foi

estabelecido em todas as lâminas histológicas coradas pelo aumento do

contraste e alteração da cor dos colágenos em questão, tornando-os

facilmente identificáveis. A fração de área do colágeno foi expressa pela

taxa da área de colágeno medido dividido pela área total do campo

histológico. Essa medida, expressa em porcentagem, foi realizada em dez

campos histológicos, selecionados randomicamente conforme

aleatorização de todos os campos. O resultado final foi expresso como

média dos campos quantificados.

As lâminas coradas com Hematoxilina e Eosina foram usadas

para quantificar ruptura do colágeno, presença de células inflamatórias e

celularidade (quantificação de tenócitos), usando 10 campos de grande

aumento, selecionados randomicamente, pelo método estereológico de

point-counting. O método utilizado de morfometria pelo retículo de Weibel

(Figura 17) foi por meio de um sistema de cinquenta traços em área

conhecida (62,500 mm2 em 400x), na qual cada célula, ou imagem de

ruptura do colágeno ao cruzarem traços do retículo eram contados; sendo

que esse número de células ou rupturas contados, foi dividido por

cinquenta (número total de traços) fornecendo resultados

quantitativos30,31.

Figura 17 - Imagem do retículo de Weibel extraído do monitor do computador: setas brancas indicando células que cruzaram traços do retículo (400xx).

(52)

Métodos

3.13 - Estudo das Metaloproteinases e Interleucinas

Os espécimes inteiros foram cortados ao meio

transversalmente a dois cm proximais da extremidade de inserção, sendo

uma metade para análises de expressão MMPs e outra metade para

estudos da expressão das ILs. Os estudos foram direcionados para

exames das formas ativas e inativas das MMPs 1 e 2, e das ILs 1 e 6.

3.13.1 Metaloproteinases 1 e 2

O método utilizado foi o da Zimografia.

As metades dos espécimes foram trituradas em

homogeneizador ultra-turrax (IKA), com tampão de extração (Tris-HCl

50mM, NaCl 0,2M, CaCl2 10mM, Triton X-100 2,5%, inibidores de

protease 1%). Após duas horas a 4oC, foram centrifugadas a 4000 Rpm, por vinte minutos, para eliminar resíduos sólidos. A quantificação da

concentração proteica nas amostras foi feita pelo ensaio de Bradford, por

leitura colorimétrica, usando o reagente Bio-Rad Protein Assay (Bio-Rad)

(Figura 18) e a albumina sérica bovina como padrão. Foram feitas

alíquotas das amostras com concentrações iguais para aplicação no gel

de eletroforese. Os géis de poliacrilamida foram preparados com 1 mg/mL

de gelatina, para detecção de gelatinases, e aproximadamente 0,5 mg/mL

de colágeno bovino tipo I (código: C9791, Sigma), para detecção de

colagenases. As amostras foram aplicadas em gel com tampão de

amostra (Tris-HCl 62,5mM, glicerol 30%, azul de bromofenol 1:1000 m/v),

na proporção 2:1, sendo 35µg para detecção de gelatinases e 20µg para

colagenases. Após a corrida de eletroforese (Figura 19) para separação

por peso molecular, os géis foram lavados em Triton X-100 para retirada

do decil sulfato de sódio e em Tris-HCl 50 mM, pH 8,4, para retirar o Triton

X-100 e assim possibilitar a verificação da atividade enzimática; após o

que, foram incubados por dezesseis horas em solução de incubação

(53)

Métodos

HCl 50mM, pH 8,4, CaCl2 50µM). As bandas de degradação (Figura 20)

foram observadas por marcação em Cromassie Blue e os géis foram

fotografados usando o sistema Image Quant LAS 4000.

Figura 18 - Equipamento Bio Rad para leitura colorimétrica usado no estudo das MMPs.

Figura 19 - Equipamento de eletroforese usado nos estudos das MMPs.

Figura 20 - Bandas de degradação em gel cromassie blue eletroforese de MMP, forma ativa (seta amarela) e forma inativa (seta vermelha).

(54)

Métodos

A quantificação da degradação foi feita por densitometria em

analisador de imagens White Darkhon, Software Image Quant TL,

normalizando os volumes das bandas com parâmetros de uma amostra

que foi incluída em todos os géis. As colagenases ou gelatinases foram

analisadas pelas bandas claras. A MMP-2 foi observada como duas

bandas com tamanhos de 72 e 62 kDa (formas inativa e ativa)32. A MMP-1 foi identificada nos géis com colágeno, como uma forma inativa de 60 kDa

e uma forma ativa de 54 kDa.

3.13.2 Interleucinas 1 e 6

O método utilizado foi o do imunoensaio enzimático.

Utilizou-se o método Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay,

ELISA, no qual ocorre identificação de anticorpos e ou antígenos por

anticorpos marcados com uma determinada enzima.

Uma das metades dos espécimes (a outra metade foi usada

para exame das MMPs) foi homogeneizada no Turrax, passada no

Sonicador , depois no gelo (para que a membrana celular se rompa), e

centrifugada a 5000 g /4º C, 5´, (g = equivalente a rotações por minuto

indicando velocidade de centrifugação) e com separação do

sobrenadante em alíquotas e, por fim, armazenadas a - 80 º C.

Realização do preparo dos tampões PBS e DPBS, dos anticorpos de

captura, dos anticorpos de detecção, da Streptavidin e dos kits, com

padrões para Recombinant Rabbit IL-1alfa (RPO346U-005, marca

Kingfisher Biotech, Inc, U.S.A.) e para Recombinant Rabbit IL-6 (SEA a79

Rb, marca Cloud-Clone Corp., U.S.A.). Um dia anterior ao ensaio, foi feita

sensibilização da placa, diluição e pipetagem de 100 microlitros na placa;

no dia do ensaio, esvaziou-se a placa, adicionou-se PBS à temperatura

ambiente, pipetagens, lavagens da Streptavidin–HRP, do substrato TMB,

e da solução Stop, finalizando leitura, com parâmetros a 450 nm, unidade

ng/ml e curva log log, e quantificação em pg/ml33,34. (Figuras 21 a 24)

(55)

Métodos

Figura 21 - Montagem da placa do teste ELISA com as amostras. Uma amostra por alvéolo.

Figura 22 - Lavadora de placas do teste ELISA.

Figura 23 - Placa do teste ELISA pronta para ser lida.

Figura 24 - Equipamento com monitor para leitura de placas de teste ELISA.

(56)

Métodos

3.14 - Análise estatística dos resultados

A comparação entre os grupos em relação às variáveis

histológicas e de expressão de MMPs e de ILs foram feitas pelos testes

não-paramétricos de Kruskal-Wallis e pelos testes de Dunn para

comparações múltiplas.

A comparação entre os grupos em relação às variáveis de

resistência mecânica foram feitas pelo teste paramétrico ANOVA, após

verificação dos pressupostos de simetria das variáveis e igualdade de

variâncias.

As diferenças foram consideradas estatisticamente

significativas se p< 0,05 com análise estatística feita com o software

SPSS v 21.0.

(57)
(58)

Resultados

4. RESULTADOS

4.1 - Resistência Mecânica

Os resultados obtidos na avaliação da resistência mecânica

estão expressos na tabela 2. Não houve diferença significante entre os

grupos estudados.

Tabela 2 – Comparação entre grupos em relação às variáveis de

resistência mecânica.

Variável

CN (n=11) CP (n=12) Teste (n=11)

P*

Média dp Média dp Média dp

Peso (g) 2.5 0.3 2.5 0.3 2.4 0.2 0.571

Força máxima (N) 261.7 109.8 258.8 68 265.6 70.6 0.982

Deformação máxima (mm) 3.9 1.6 2.9 1.1 4.1 1.9 0.167

Energia na força máxima (N. mm) 569.1 309.2 440.4 207.1 555.7 286.9 0.457

Energia por área na força máxima (N. mm/mm2) 50.8 27 45.3 22.4 59.7 28 0.419

Módulo de elasticidade (Mpa) 73.9 42.3 115.6 56.6 79.7 42.8 0.092

Tensão na força máxima (Mpa) 23.6 10.8 26.8 10.7 25.5 6.3 0.715

ANOVA*

CN, Controle normal; CP, Controle placebo.

Os gráficos mostram as médias e os desvios padrões dos

valores das variáveis de resistência mecânica (Figura 25). Não houve

diferença significante entre os grupos estudados.

(59)

Resultados

B

E F

G

CN, Controle normal; CP, Controle placebo.

Figura 25 - Os gráficos A, B, C, D, E, F e G mostram as médias e os desvios padrões dos valores das variáveis de resistência mecânica.

E

n

e

rg

ia

p

or

á

re

s n

a f

or

ça

m

a

x

im

a

(

N

. m

m

/m

m

2 )

A

C D

(60)

Resultados

4.2 - Variáveis Histológicas

Os resultados das variáveis histológicas, com as comparações

entre os grupos Teste e Controle estão dispostos na tabela 3.

Tabela 3 – Comparação entre os grupos em relação a variáveis

histológicas. Grupos p(1)

CN CP Teste

n Med Min Max n Med Min Max n Med Min Max

Peso (Kg) 11 2.39 2.15 2.73 12 2.43 2.15 2.81 12 2.23 2.00 2.99 0.478

Tenócitos HE

Tendão 10 2.80 0.44 3.50 12 2.16 0.98 5.40 12 2.49 1.50 3.50 0.610 Ruptura do

colágeno HE

Tendão 11 0.02 0.00 0.12 12 0.04 0.00 0.12 12 0.04 0.00 0.14 0.841

C. Infl. HE

Tendão 11 0.00 0.00 0.12 12 0.00 0.00 0.04 12 0.00 0.00 0.06 0.956

Fibras grossas

picro Tendão 11 50.60 33.10 63.70 12 63.00 40.70 82.00 11 59.80 41.00 68.90 0.041(2)

Fibras finas picro

tendão 11 6.40 0.00 12.50 12 3.80 0.00 11.70 11 4.50 0.30 24.00 0.799

Tenócitos HE

Peritendão 11 0.05 0.02 0.22 12 0.06 0.00 0.18 12 0.07 0.01 0.12 0.682

C. Infl. HE

Peritendão 11 2.00 0.00 9.00 12 1.00 0.00 4.00 11 2.00 0.00 3.00 0.083

Fibras grossas

Peritendão 11 38.50 19.10 54.00 12 33.15 23.10 49.10 12 39.60 17.60 52.00 0.265

Fibras finas

Peritendão 11 11.00 0.80 16.80 12 11.35 0.80 15.30 12 11.40 2.10 17.00 0.982

(1) Teste de Kruskal – Wallis

(2) Controle normal < Controle placebo pelo teste de Dunn para comparações múltiplas (p<0,05) Resumo descritivo em mediana (Mínimo-Máximo)

CN, Controle normal; CP, Controle placebo, C. Infl., Células inflamatórias.

As variáveis histológicas analisadas estão mostradas na tabela

3. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos Teste

e Controle. A análise comparativa entre o Controle Placebo e o Controle

Normal revela diferença estatística (destaque em negrito), para a variável

“Fibras grossas picro tendão”, através do teste de Dunn, para

comparações múltiplas (p=0,041).

(61)

Resultados

A figura 26 mostra os gráficos referentes às medianas dos

valores das variáveis histológicas, comparadas entre os grupos Teste e

Controle.

CP, Controle placebo; CN, Controle normal; C. Infl., Células inflamatórias.

Figura 26 – Mostra os gráficos A, B, C, D, E, F, G, H, e I, referentes às medianas dos valores das variáveis histológicas, comparadas entre os grupos Teste e Controle.

As variáveis histológicas analisadas estão mostradas na figura

26. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos

Teste e Controle. A análise comparativa entre o Controle Placebo e o

Controle Normal revela diferença estatística, (no gráfico D) para a variável

“Fibras grossas picro tendão”, através do teste de Dunn, para

comparações múltiplas (p=0,041).

C

. I

n

fl

. H

E

T

e

n

d

ã

o

I

C

. I

n

fl

. H

E

T

e

n

d

ã

o

(62)

Resultados

4.3 - Expressões de Metaloproteinases

Na tabela 4 estão as comparações entre os grupos Teste e

Controle em relação às MMPs.

Tabela 4 – Comparação entre os grupos em relação às MMPs.

Grupos

p(1)

CN CP Teste

n Med Min Max n Med Min Max n Med Min Max

Peso (Kg) 12 2.47 2.12 2.93 12 2.47 2.12 2.93 12 2.35 2.19 2.58 0.218

MMP2 inativa 12 1.07 0.89 1.71 12 1.07 0.75 1.51 8 1.19 0.58 1.48 0.593

MMP2 ativa 12 1.44 0.33 4.33 12 1.38 0.90 5.00 8 0.47 0.30 1.67 0.027 (2)

MMP1 inativa 12 1.15 0.62 1.59 12 1.13 0.70 1.47 8 1.19 0.94 1.34 0.958

MMP1 ativa 12 0.91 0.35 1.35 12 0.90 0.38 1.45 8 0.49 0.28 1.05 0.080

(1) Teste de Kruskal - Wallis

(2) Teste < Controle (p<0,05; teste de Dunns para comparações múltiplas entre os grupos) Resumo descritivo em mediana (Mínimo-Máximo)

CN, Controle normal; CP, Controle placebo.

Os grupos Teste e Controle revelam diferença significante

(valores expressos em negrito) em relação a MMP-2 ativa, valores

menores no grupo Teste.

A figura 27 mostra o gráfico com a comparação entre as

medianas dos grupos Teste e Controle.

Figura 27 - Gráfico mostra mediana dos valores das formas ativas das MMP2s do grupo Teste em relação a mediana dos valores das formas ativas das MMP2s do grupo controle.

(63)

Resultados

O grupo Teste revela no gráfico da figura 27, valores menores

que os do grupo Controle.

4.4 - Expressões de Interleucinas

A tabela 5 mostra a comparação entre os grupos Teste e

Controle, em relação à expressão das ILs e, indica que não houve

diferenças significantes entre os grupos.

Tabela 5 – Comparação entre os grupos em relação a ILs.

Grupo

p(1)

CN CP Teste

N Med Min Max n Med Min Max n Med Min Max

PESO (Kg) 12 2.467 2.122 2.925 11 2.454 2.122 2.925 11 2.348 2.189 2.583 0.356

IL6 12 92 37 182 11 83 36 194 11 106 26 157 0.938

IL1 12 275.5 145 463 11 321 109 629 11 311 91 1145 0.638

(1) Teste de Kruskal - Wallis

Resumo descritivo em mediana (Mínimo-Máximo) CN, Controle normal; CP, Controle placebo.

A figura 28 mostra os gráficos A e B, referentes às medianas

dos valores das ILs, dos grupos Teste e controle.

Figura 28 – Os gráficos A e B mostram medianas dos grupos Teste e Controle; não houve alteração da expressão de IL1 e IL6 na comparação entre os grupos.

(64)
(65)

Discussão

5. DISCUSSÃO

5.1 - Metodologia

A opção para o presente estudo usando modelo de

experimentação em animal, ao invés de em humanos, foi devido a

restrições éticas na obtenção de biópsias e dificuldade de obtenção de

uma amostra homogênea. Em estudos prévios, as biópsias, em geral, são

extraídas da população mais idosa com lesões crônicas e os controles,

em geral, de população jovem, portanto com viés importante22. Nos ensaios com animais, há possibilidade de melhor controle das variáveis e

homogeneidade dos resultados.

A escolha do coelho como animal de experimentação foi pelo

tamanho relativamente grande do tendão calcâneo, com características

anatômicas e fisiológicas semelhantes ao tendão calcâneo dos

humanos35.

Os CE e outras drogas podem ser injetados diretamente nos

tendões (intratendão ou no peritendão), pois são estruturas com anatomia

e localização superficiais, e as doses usadas podem ser menores que as

sistêmicas23.

A opção de realizar o estudo em tendões normais de coelhos,

com tempo de observação de 48 horas, utilizando uma única aplicação do

CE, e o modo de aplicação intratendinosa, foi baseado em artigos de

Balassubramanian e Prathap36 e Kennedy e Willis37, que mostraram “necrose” do colágeno e diminuição da resistência dos tendões. Os

achados destes autores causaram impacto entre os especialistas e

contribuíram para a controvérsia a respeito de injeções de CE em

tendões. No presente estudo usamos também injeção única,

intratendinosa e dose (usada por Kennedy e Willis), semelhantes aos

estudos de Balassubramanian e Prathap36 e Kennedy e Willis37, para comparações de resultados.

(66)

Discussão

No presente estudo, os membros contralaterais não foram

usados como controles nos animais submetidos à injeção de CE, uma vez

que estudos com injeções de CE em tendões bilaterais de coelhos

mostraram efeitos aditivos nos desfechos estudados.

A opção de estudo em tendões normais foi escolhida porque

modelos experimentais de lesão em tendões, por traumas ou por injeções

de outras substâncias38,39, já foram usados, mas ainda carecem de validação.

O método de histomorfometria foi escolhido pela possibilidade

de quantificação com maior objetividade nos resultados das variáveis

histológicas, além da pesquisa não só focal, e, sim ao redor da área de

injeção do CE ou do soro. As variáveis de fibras grossas e finas

representam a quantidade de colágenos I e III, respectivamente, e foram

incluídas no estudo para verificação de alteração da relação entre elas,

sendo o normal existir maiores quantidades de fibras grossas.

A escolha das MMPs1 e as MMPs2 foi feita, pois essas

enzimas clivam colágenos fibrilares I, II, e III, sendo que as MMPs2,

também degradam colágeno amorfo7. Após as injeções de CE, poderíamos ter a degradação de uma ou de várias formas de colágeno,

fato que motivou a opção, de verificar as expressões dessas duas MMPs.

Uma das atividades dos macrófagos, na fase inicial da

inflamação aguda, seria a produção de IL1, IL6, e TNF, as quais agem na

indução da adesão endotelial dos leucócitos que com o aumento da

permeabilidade vascular, chegariam em maior número ao local agredido7. No presente estudo, o tempo de observação de quarenta e oito horas

(considerado como fase inicial de eventual inflamação) nos levou a

pesquisar as expressões de IL1 e IL6, eventualmente relacionadas às

respostas ao CE.

Referências

Documentos relacionados

Assim, cabe às Ciências Sociais e Humanas trabalhar esta problemática pois além de pobreza, o desemprego gera consequências negativas a nível pessoal e social (Gonçalves, et

Bom, eu penso que no contexto do livro ele traz muito do que é viver essa vida no sertão, e ele traz isso com muitos detalhes, que tanto as pessoas se juntam ao grupo para

MELO NETO e FROES (1999, p.81) transcreveram a opinião de um empresário sobre responsabilidade social: “Há algumas décadas, na Europa, expandiu-se seu uso para fins.. sociais,

Alves (2001) ressalta que a variável custos da qualidade ambiental decorrente de gastos para manter o padrão de emissão dos resíduos, em conformidade com as leis que regulamentam

Considerando esses pressupostos, este artigo intenta analisar o modo de circulação e apropriação do Movimento da Matemática Moderna (MMM) no âmbito do ensino

Figura 4.1 - Variação da pressão na cavidade do molde com o tempo - PEAD 7731 Figura 4.2 - Variação da pressão na cavidade do molde com o tempo - PEAD 7625 Figura 4.3 -

Contribuir para o desenvolvimento de produtos finais concretos (metodologias, processos, ferramentas de trabalho, políticas públicas, etc.), que sejam “novas portas

Em todas as vezes, nossos olhos devem ser fixados, não em uma promessa apenas, mas sobre Ele, o único fundamento da nossa esperança, e em e através de quem sozinho todas as