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A Produção Científica em Saúde Coletiva (1994-1995).

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A Produção Científica em Saúde Coletiva

(1994-1995)

Madel T. Lu z

1

R e s u m o :

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O trab alho av alia a p ro d u ç ão c ientífic a d o c e n te e p arte d a p ro d u ç ão d isc e nte n o âm b ito d a

Saú d e Co letiv a, p ara o b iê n io 1994/ 5. São d iscutid as as e sp e c if ic id ad e s d as áreas d e C iênc ias H u m anas,

Ep id em io lo g ia e Pl an e jam e n to & A d m inistraç ão e m Saú d e q u an to à natu rez a d a p ro d u ç ão , critério s d e

auto ria e v eíc u lo s utiliz ad o s p ara a d if u são d o c o n h e c i m e n to . O trab alho utiliza b asi c am e n te a b ase d e

d ad o s d a CA PES ref erente ao s c u rso s d e Pó s- G rad u aç ão na área ( EXEC A PES) , ac re s c e n tan d o n o v o s itens

( c o m o relató rio s, ap re se n taç õ e s e m C o n g re sso e p u b l i c aç õ e s n o p re l o ) . Te m ati z o u - se tam b é m , além d e

p ro c e d e r a u m a q u antif ic aç ão p relim inar, áreas e m e rg e n te s d o c o n h e c i m e n to n o âm b i to d a Saú d e Co letiv a.

Pa l a v ra s - c h a v e : A v aliaç ão d a p ro d u ç ão c ientífic a; Ba n c o d e d ad o s EXEC A PES; C iento m etria; Pó

s-G rad u aç ão e m Saú d e Co letiv a; Características d as su b áre as d a Saú d e C o letiv a.

S u m m a r y : T h e p resent p ap e r ev alu ates the scientific p ro d u c tio n b y re se arc he rs an d Po st- G rad u atio n

faculty as w ell as p art o f the sc ientific o u tp u t b y Po st- G rad u atio n stu d ents in the realm o f C o llec tiv e H ealth,

fo r the b iennial 1994/ 5. It d isc u sses also the sp ec ific ities o f the d ifferent su b are as, e.g . H u m an Sc ie nc e s;

Ep id em io lo g y ; Planning & A d m inistratio n ap p lie d to H ealth c o n c e rn i n g the natu re o f sc ientific o utp ut,

au tho rship and m e d ia e m p l o y e d in the d iffusio n o f the k n o w l e d g e . T h e analy sis e m p l o y e d b asic ally the

d ata su m m ariz e d b y a Braz ilian Po st- G rad u atio n A g e n c y ( C A PES) , the EXEC A PES d atab ase , p lus three

c o m p le m e n tary item s: Sc ientific rep o rts to f u nd ing ag e n c ie s; p resentatio ns in C o n g re sse s an d "in p ress"

p u b lic atio ns. Em e rg e n t areas o f k n o w l e d g e in the realm o f C o llec tiv e H ealth w e re also ad d ressed , and a

p relim inary q u antif ic atio n o f them w as ske tc h e d .

K e y w o r d s : Ev alu atio n o f sc ientific p ro d u c tio n; EXEC A PES d atab ase ; Sc ie nto m e tric s; Po s- G rad u atio n in

the field o f C o llec tiv e H ealth; Pro file o f the d ifferent su b are as in the field o f C o llec tiv e H ealth

(2)

A p re s e n t a ç ã o

O camp o da Saúd e Coletiva é um camp o multidisciplinar da área das Ciências da Saú-de (o u camp o bio méd ico , em co nceituação trad icio nal), d e co nstituição relativ amente recente, de p o uco mais d e uma d écad a. Este camp o v em ap resentand o um crescimento vigo ro so , no que co ncerne à criação d e no

-vos programas

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stricto sensu e à pro d ução

cien-tífica, tanto de d o centes quanto d e aluno s (teses e d issertaçõ es, ap resentaçõ es e co mu-nicaçõ es em Co ngresso s, artigos em revistas nacio nais). Evid entemente, a escala de do is ano s é muito curta para uma avaliação preci-sa deste crescimento , so bretud o p o rque há uma d efasagem co nsid erável entre a pro d u-ção científica e seu registro no sistema, devi-d o ao temp o que levam o s devi-d o centes para declarar sua p ro d ução . Entretanto , o s d ad o s-resumo d o s pro gramas relativos ao s últimos

seis ano s d o sistema de registro EXECA PES

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( 1 9 9 5 ) permitem fazer esta ilação .

Em termo s de teses e d issertaçõ es (pro -d ução -d iscente) e -d e livros nacio nais, artigos e capítulo s d e livros (p ro d ução d o cente), esta tend ência ascencio nal é co nfirmad a no biênio

9 4 - 9 5 (Ver Q u ad ro s 1,

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2 e 3, e G ráf i co 1).

(3)

Po r falta d e melho r classificação , e devi-d o à sua inc ip iente rep resentativ idevi-d adevi-d e,

incluímo-las na rubrica "Outro s" (ver

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Q

ua-d ro s 10 e 1 1 ) . Classificamo s a p ro d ução d o

camp o em três grandes subáreas principais referidas à saúd e: Ciências Humanas, Planjamento e A dministração em Saúde e Epid e-mio lo gia, que são as principais áreas de co n-centração d o s Pro gramas de Pó s-Grad uação , agrupando as no vas disciplinas já mencio na-das em Outro s. Tais disciplinas co m eçam a originar áreas d e co ncentração em mestrad o e d o uto rad o .

Co nsid erand o -se a grande diversidade de linhas e pro jeto s d e pesquisa em atividade, resultad o d o co njunto d e d isciplinas que

co existem no camp o , da o rientação acentuadamente especializante do s pro gramas, em direção às subáreas, e a interdisciplinaridade

no interior das subáreas, estabelecemo s um esbo ço classificató rio temático d essas ativi-dades, certamente sujeito à precisão ulterior, em ajustes progressivos às transfo rmaçõ es que de fato aco ntecem na "po nta de linha" d o p ro cesso d e p ro d ução científica da Saúd e Co letiva.

A classificação d o s temas to mo u co mo base as três grand es subáreas d o camp o , mais a rubrica "O utro s". Esta classificação visa apresentar um "retrato instantâneo " d o perfil atual da p ro d ução científica, co nsid erand o -se as especificid ad es d o s pro gramas, suas tradi-ç õ es, e a p ró p ria trad itradi-ção pro d utiva das s u b áre as . Em b o ra n ão se p o ssa f az er inferências quanto à ev o lução , certo s traços no táveis d o "retrato " merecem ser sublinha-d o s, no tasublinha-d amente no que co ncerne às ten-d ências ten-de p ro ten-d ução ten-das subáreas. Eviten-dente- Evidente-m e n te , n e ste re trato p ri v i l e g i aEvidente-m o s as subáreas, e não o s Pro gramas e Cursos, face ao o bjetivo mais amplo da auto -avaliação , isto é, o pró prio cam p o da Saúd e Coletiva.

A p ro d ução

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1 9 9 4 - 9 5 foi, po rtanto ,

agru-pada po r Pro gramas em três subáreas bási-cas, po r ind icad o res de p ro d ução (d o cente e d iscente) e po r ano ( 1 9 9 4 e 1 9 9 5 ) , de aco rd o

co m o Sistema EXECA PES, estabelecend o -se o s totais d o s ind icad o res d o biênio referen-tes a Pro gramas, subáreas, e ao Campo da Saúde Coletiva (Q u ad ro s 4 a 9). A os

indica-d o res indica-da p ro indica-d ução científica em sentiindica-do

es-Q u a d r o 2

S a ú d e C o l e t i v a - T o t a i s d a P r o d u ç ã o C i e n t í f i c a d o C o r p o D o c e n t e 1 9 9 4 / 1 9 9 5 , s e g u n d o I n d i c a d o r e s

P r o d u ç ã o 1 9 9 4 1 9 9 5 T o ta l

A r t i g o s e m r e v i s t a s e c a p í t u l o s d e l i v r o s n o P a í s 3 1 2 3 5 5 6 6 7

A r t i g o s e m r e v i s t a s e c a p í t u l o s d e l i v r o s n o E x t e r i o r 8 0 9 7 1 7 7

L i v r o s n o P a í s 3 7 4 8 8 5

L i v r o s n o E x t e r i o r 1 1 3 1 4

T r a b a l h o s c o m p . e m C o n g r e s s o s N a c i o n a i s 6 8 3 3 1 0 1

T r a b a l h o s c o m p . e m C o n g r e s s o s I n t e r n a c i o n a i s 1 6 5 2 1

R e s u m o s e m C o n g r e s s o s N a c i o n a i s 2 4 0 3 6 8 6 0 8

R e s u m o s e m C o n g r e s s o s I n t e r n a c i o n a i s 8 9 1 3 0 2 1 9

P u b l i c a ç õ e s n o p r e l o 3 2 1 2 7 1 5 9

R e l a t ó r i o s d e P e s q u i s a 2 2 3 0 5 2

C o n f e r ê n c i a s 2 9 5 5 8 4

(4)

Q u a d r o 3

S a ú d e C o l e t i v a - P r o d u ç ã o C i e n t í f i c a - C o r p o D i s c e n t e

P r o g r a m a s 1 9 9 4 - T e s e s 1 9 9 5 - T e s e s P r o g r a m a s

M e s t r a d o D o u t o r a d o T ota l M e s t r a d o D o u to ra d o T ota l

U S P

Á r e a B á s i c a : S a ú d e P ú b l i c a

C u r s o : S a ú d e P ú b l i c a

2 2 1 9 4 1 4 0 1 7 5 7

U S P

Á r e a B á s i c a : M e d i c i n a P r e v e n t i v a

C u r s o : M e d i c i n a P r e v e n t i v a

3 3 4 1 5

U S P ( R i b e i r ã o P r e t o )

Á r e a B á s i c a : M e d i c i n a P r e v e n t i v a

C u r s o : M e d i c i n a P r e v e n t i v a

6 1 7 1 1 2

F i o c r u z

Á r e a B á s i c a : S a ú d e P ú b l i c a

C u r s o : S a ú d e P ú b l i c a

4 8 3 5 1 2 6 1 6 4 2

U E R J

Á r e a B á s i c a : S a ú d e C o l e t i v a

C u r s o : S a ú d e C o l e t i v a

1 3 1 3 7 1 8

U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e C a m p i n a s

Á r e a B á s i c a : M e d i c i n a P r e v e n t i v a

C u r s o : S a ú d e C o l e t i v a

1 1 2 4 2 6

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d a B a h i a

Á r e a B á s i c a : S a ú d e C o l e t i v a

C u r s o : S a ú d e C o m u n i t á r i a

1 2 1 2 4 1 5

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e M a t o G r o s s o

Á r e a B á s i c a : M u l t i d i s c i p l i n a r

C u r s o : S a ú d e A m b i e n t e

- - 1 1

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S ã o P a u l o

Á r e a B á s i c a : E p i d e m i o l o g i a

C u r s o : E p i d e m i o l o g i a

N í v e l - M e s t r a d o

3 3 7 7

U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e L o n d r i n a

Á r e a B á s i c a : S a ú d e C o l e t i v a

C u r s o : S a ú d e C o l e t i v a

N í v e l - M e s t r a d o

(5)

U F M G

Á r e a B á s i c a : S a ú d e P ú b l i c a

C u r s o : S a ú d e P ú b l i c a

N í v e l - M e s t r a d o

- - 3 3

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o C e a r á

Á r e a B á s i c a : S a ú d e P ú b l i c a

C u r s o : S a ú d e P ú b l i c a

N í v e l - M e s t r a d o

- - -

-U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d o C e a r á

Á r e a B á s i c a : S a ú d e C o l e t i v a

C u r s o : S a ú d e P ú b l i c a

N í v e l - M e s t r a d o

- - -

-Univ. F e d e r a l d e M a t o G r o s s o d o S u l

Á r e a B á s i c a : S a ú d e C o l e t i v a

C u r s o : S a ú d e C o l e t i v a

N í v e l - M e s t r a d o

- - 5 5

F i o c r u z

Á r e a B á s i c a : S a ú d e P ú b l i c a

C u r s o : S a ú d e d a C r i a n ç a

N í v e l - M e s t r a d o

7 7 9 9

Inst. M a t e m o - l n f a n t i l d e P e r n a m b u c o

Á r e a B á s i c a : M u l t i d i s c i p l i n a r

C u r s o : S a ú d e M a t e m o - l n f a n t i l

N í v e l - M e s t r a d o

- - 3 3

1 1 7 2 4 1 4 1 1 1 7 3 9 1 5 6

Total d e T e s e s d e M / D - 1 9 9 4 1 4 1

Total d e T e s e s d e M / D - 1 9 9 5 1 5 6

T o t a i s d a P r o d u ç ã o C i e n t í f i c a - C o r p o D i s c e n t e - 1 9 9 4 - 1 9 9 5

Total d e D i s s e r t a ç õ e s d e M e s t r a d o - 1 9 9 4 - 1 9 9 5 2 3 4

(6)

trito utilizados pela CAPES (Artigos em revis-tas e capítulos de livros no país; artigos em revistas e capítulos de livros no exterior; li-vros no país; lili-vros no exterior; trabalhos em congressos nacionais; trabalhos em congres-sos internacionais; resumos em congrescongres-sos nacionais; resumos em congressos

internacio-nais), acrescentamos

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outros três, que

conside-ramos bastante representativos da produção científica docente no campo da Saúde Cole-tiva. A difusão dessa produção é mais restri-ta (é preciso, aliás, não identificar produção e difusão científica, para evitar distorções na avaliação objetiva da produção docente): re-latórios de pesquisa, sobretudo de projetos financiados pelas agências centrais e estaduais de fomento à pesquisa; conferências realiza-das pelos docentes em congressos e seminá-rios nacionais e internacionais; publicações no prelo. Normalmente, os relatórios e as conferências são momentos nobres da pro-dução científica, e não cremos ser adequado inseri-los nas categorias "produção técnica" ou "produção artística", uma vez que essas categorias são (injustamente, aliás) avaliadas com menor peso na rubrica geral denomina-da Produção Intelectual.

Além disso, tentamo s contabilizar, na me-dida do po ssível, a p ro d ução d iscente

relati-va aos indicadores mencionados, que se apli-cam normalmente aos docentes. Como a ru-brica "Produção Discente" contempla apenas "teses e dissertações", torna-se difícil avaliar e enquadrar essa produção, crescente, aliás, embora seguramente sub-registrada. Incluímo-la apenas quando associada à produção do-cente (caso de artigos e comunicações em congressos), geralmente relatada nos

formu-lários F, H e I do programa de avaliação da

CAPES. Seria importante, entretanto, esten-der com sistematicidade os indicadores da produção docente à produção discente, no sentido de retratar a possível vitalidade das áreas de concentração, através de suas linhas de pesquisa, e sua capacidade de inserção e formação de mestrandos e doutorandos atra-vés das mesmas. Os programas, por sua vez, teriam de agilizar formas de participação e de registro dessa produção, por intermédio de cursos e linhas de pesquisa conduzidos pelos doutores.

(7)

capítulos de livros, ou livros, seguem o mo-delo vigente de difusão científica desde o século XIX. No final deste século e do milê-nio, com a revolução eletrônica na comunica-ção, é de se supor que em muito pouco tem-po as formas de difusão da produção cientí-fica sejam também transformadas, como de fato já o vêm sendo.

Pud emo s co nstatar que vários pro gramas do camp o da Saúde Coletiva, so bretud o o s mais avançad o s e co nceituad o s, estão liga-dos em red es d e co municação na área das ciências da vida, co m seus d o centes pesqui-sado res ap resentand o e intercambiand o , po r via informatizada, resultados de pesquisa e artigo s. Po r esta via, artigo s estão send o quase que auto maticamente incluído s em bi-bliografias nacio nais, e mesmo internacio nais, de diversas disciplinas, e a antiga pesquisa de biblio teca é um passo po sterio r na revi-são biblio gráfica d e qualquer pro jeto , supo s-ta uma prévia triagem, aliás muito mais atua-lizada que as po ssibilid ad es d e uma biblio te-ca tradicional.

Brev emente, so b p ena de p ermanecer num patamar arcaico de avaliação da pro d u-ção , incapaz d e aco mp anhar o avanço d o camp o , a p ro d ução assim difundida terá de dispor de ind icad o res ad equad o s para sua aferição . Para isto, a classificação hierárquica também herdada d o século passad o , em que "pro d ução artística" e "p ro d ução técnica" apa-recem co m o pro d uto s inferiores, terá de ser superada, num mo mento em que ciência, arte e tecnologia se reúnem em um movimento único de produção do co nhecimento , respeitadas as distinções de linguagem e de méto d o .

Resultados

Deve ser d estacad a, em primeiro lugar, a esp ecificid ad e d e exp ressão d as d istintas subáreas incluídas no camp o da Saúde Co le-tiva, que se refletem nas suas respectivas estratégias de p ro d ução científica.

As ciências humanas da área de Saúde, po r exemp lo , histo ricamente marcadas pela pesquisa qualitativa e pela linguagem literá-ria, pro d uzem p referencialmente capítulos de livros e livros, embo ra o s artigos em revistas

nacio nais v enham crescend o acentuadamente, sup erand o mesmo a habitual p ro d ução de capítulo s de livros no biênio 1994-95 e

supe-rand o , no total de artigos e capítulo s, a tra-dicio nal área de Epid emio lo gia (285 contra

264, ver q u ad ro s 5 e 7, respectivamente).

Dev e ser ressaltado ainda que, além da questão da linguagem e d o méto d o , há dife-renças nas trad içõ es de co nd ução da pesqui-sa. Uma pesquisa so cial não é, evid entemen-te, uma pesquisa d e labo rató rio , mas isto não é facilmente assimilável pela área bio méd ica, da qual a Saúd e Coletiva é tributária. A dis-tribuição de tarefas no s pro jeto s desta área tend e a o bed ecer a uma ló gica da divisão d o trabalho p arcelad o das atividades de pesqui-sa, que é co rrente nas pesquisas

quantitati-vas d esenvo lvid as na área méd ica ou epidemiológica.

Po r o utro lado , um reco rte de o bjeto de dissertação de mestrad o ou de tese de do u-to rado , numa linha d e pesquisa dirigida po r um d o cente da área d e Ciências Humanas, exige, muitas vezes, uma o p eração meto d o ló -gica diferente das estratégias das subáreas de Planejamento & A dministração e Epide-mio lo gia. A divisão d o trabalho co letivo nas atividades de pesquisa é também de uma co mp lexid ad e d iferente, e a autoria de texto s não po ssui a mesma d inâmica que tem a área bio méd ica. Nesta subárea, mais estreitamen-te ligada à tradição bio méd ica, a presença de um co o rd enad o r, seguid a d o s no mes d o s vários participantes em uma experiência, é um hábito . A co -auto ria e a originalidade na p ro d ução científica o b ed ec em a trad içõ es co mp letamente d iferentes de aco rd o co m as áreas em questão .

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Cole-tiva, com eles interagindo e produzindo mu-danças, com relativa rapidez, apresentando no biênio crescimento em todos os indicado-res de produção, com exceção do indicador

trabalhos

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

completos publicados em congres-

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

sos

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(Quadro 5).

A subárea de Planejamento e Adminis-tração em Saúd e ap resenta, c o m o era esp e-rad o , um perfil mais "técnico ", co m o p red o mínio red e p ro red uto s c o m o relató rio s e c o -m unicaçõ es e-m co ng resso s nacio nais e

in-ternacio nais, além d e livros (em

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 9 9 5 ) . A qui

d ev e ser m encio nad o , para não se ter uma f alsa id éia d e i m p ro d u ti v i d ad e d e sta subárea, que Planejamento & A dministra-ção não co nstitui, c o m o as o utras, uma área d isciplinar; trata-se muito mais d e um cam-p o teó rico -cam-p rático d e interv enção d e várias d isciplinas (Eco no m ia, A d ministração ,

Epi-d emio lo g ia, So cio lo g ia, Po lítica, Demo grafia, para m encio nar as principais.) ap licaEpi-d o à gestão das p o líticas e instituiçõ es d e

saú-d e. Sensaú-d o um c am p o multisaú-d isciplinar, em geral sua p ro d ução "migra" para as d emais subáreas, so bretud o a d e Ciências Huma-nas. Grand e parte d o s d o centes d e Planeja-mento e A d ministração em Saúd e são d e fato cientistas so ciais que p ro d uz em para a área, mas não na área. A p ro d ução esp ecí-fica da área d e Planejamento e A dministra-ção é, em grand e p arte, técnica (p ro jeto s e relató rio s técnico s d e im p lem entação , g es-tão e av aliação d e p o líticas, serv iço s e instituiçõ es d e saúd e). Po r isso , o s ind icad o -res teriam d e levar em co nta o "p ro d uto esp erad o " da subárea que, nesse caso , se enquad raria mais em p ro d ução técnica, o u artística, e isto não d everia ser p o ntuad o de maneira a p rejud icar a área.

No entanto , um grande esfo rço no senti-do de assegurar maior freqüência e qualida-de qualida-de p ro d ução em relação ao s indicado res tradicionais (artigos em revistas nacio nais e internacio nais, capítulo s de livros e livros) deve ser emp reend id o po r esta subárea, no sentido d e equilibrá-la junto à p ro d ução de

Ciências Humanas em Saúde e

Epidemiolo-gia. No biênio 1994-95, o desequilíbrio é

fla-grante (Quadros 5, 7 e 9).

A subárea de Epid emio lo gia apresenta-se co m o a mais equilibrada no biênio , co n-sid erand o -se a to talid ad e d o s ind icad o res

(Q uad ro s 4 a 9). Tanto em artigos e

capítu-los de livros, co m o em co ngresso s nacio nais e internacio nais (resumo s e texto s co mpleto s publicad o s, co nferências) esta clássica área apresenta grand e vitalidade, tematizando em suas linhas d e p esquisa as mais variadas questõ es, sejam elas da atualidade (relativas à terc eira id ad e, às d o e n ç as c rô n i c o -d egenerativas, às -d o enças -d o trabalho , ou à meto d o lo gia e mo d elo s em epid emio lo gia), co m o as tradicionais da área, ligados à saúde materno-infantil, à saúd e mental, às end emias e epidemias, co mo a epidemia pelo HIV/ AIDS. Uma tend ência à interdisciplinaridade po d e ser notada em alguns pro gramas, através de p ublicaçõ es e co municaçõ es em Co ngresso s. A m e sm a d iv ersid ad e e atu alid ad e temática p o d e ser o bserv ad a também na subárea d e Ciências Humanas: as linhas d e p esquisa e a p ro d ução senso estrito (arti-g o s, cap ítulo s etc.) tend em a trabalhar te-mas c o m o a A IDS, as d o enç as sexualmente transmissív eis, a sexualid ad e e as práticas

rep ro d utiv as, em estud o s sócio-antropológicos; além d isso , estud o s só cio -p o lítico s co ncernentes à v io lência, à terceira id ad e,

à co nstrução d o S.U.S., à ed u c aç ão e à par-ticip ação nas d ecisõ es so bre serv iço s d e saúd e tend em a se ap resentar em vário s d o s p ro g ramas co m maio r trad ição na área, g eralmente em p ersp ectiv a plurid isciplinar. Estas linhas p o d em ap arecer também na subárea d e Planejam ento e A d ministração em Saúd e que não é, c o m o já afirmamo s,

uma subárea d iscip linar, mas uma área teórico-prática d e interv enção p o lítico -so cial.

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produção do biênio, incluídas as linhas de pesquisa, aponta para um florescimento das disciplinas da Filosofia e das Ciências Hu-manas em geral no campo da Saúde Cole-tiva, inclusive nas subáreas da Epidemiolo-gia e do Planejamento e Administração. Aponta também, como afirmamos inicial-mente, para a pujança do campo, no que concerne aos indicadores tradicionais de aferição da produção científica, ainda que

na categoria "Outros" haja uma produção recente que merece um estudo posterior mais aprofundado, no sentido de

acompa-nhar as novas fronteiras de expansão do campo, tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo.

Referências

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