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Recicla CCS: experiência de coleta seletiva na gestão pública universitária

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Academic year: 2021

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Recicla CCS: experiência de coleta seletiva na gestão pública universitária Autora: Maria Fernanda Quintela

Co-autores: Marcelo Côrtes, Pedro Feio

A substituição do valor de uso pelo valor de troca durante a evolução da sociedade humana configurou-se no grande passo para a dominação da natureza pelo homem e seu consequente distanciamento de sua natureza intrínseca. Construído socialmente fora de suas raízes naturais, o homem moderno se revelou carrasco de seu berço natal devastando e extraindo recursos naturais. A tomada de consciência ambiental no século XX possibilitou, ainda que dentro dos limites impostos pelo sistema econômico vigente, a tentativa de religação do homem com sua essência, através do que se cunhou como desenvolvimento sustentável. Governos, organizações internacionais e agentes da sociedade civil se articularam para estabelecer uma nova ordem, mantendo o status quo, em que as questões ambientais estivessem em primeiro plano. Vários acordos internacionais são firmados e se traduzem em legislações específicas pelos países do mundo. No Brasil, de extensa biodiversidade de interesse mundial, não é diferente. O crescimento populacional acelerado e a rápida urbanização fazem com que a temática dos resíduos sólidos ganhe relevância, uma vez que está atrelada a saúde pública, ao deficitário índice de saneamento nacional e a população vulnerável que obtém renda através da catação de resíduos. Nesse sentido, um conjunto de iniciativas governamentais, na forma de leis, passa a vigorar como políticas públicas na busca de fortalecer o gerenciamento de resíduos, abrangendo suas dimensões ambientais, sociais, políticas e econômicas. Dentre as legislações balizadoras, tem-se a instituição de coleta seletiva em órgãos públicos federais, como as Universidades, e sua destinação a cooperativa de catadores, projetos específicos de treinamento de catadores e fortalecimento de cooperativas, a agenda ambiental da administração pública (A3P) e a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nesse sentido, o presente trabalho versa sobre a experiência de implantação de coleta seletiva no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro, análise de mobilização da comunidade universitária, dados operacionais, reflexos e reflexões para a gestão pública universitária.

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Resíduos e a questão ambiental

Desde as primeiras formas de organização da sociedade, têm-se relatos de diferentes formas de manejo e sua implicação para a dinâmica social (MAHLER, 2012). A disposição inadequada de resíduos levou a morte milhares durante o século XV na Europa (RESENDE, 2009).

O avanço da tecnologia, se por um lado ampliou conhecimentos para um manejo mais adequado dos resíduos, por outro possibilitou a extração sem limites de recursos naturais. À medida que a modernidade se ampliava na sociedade a produção de resíduos aumentava e as técnicas de disposição não acompanhavam a velocidade da exploração ambiental que o homem impunha ao subjulgar a natureza.

Diante de uma superexploração de recursos e diversos desastres ambientais, o século XX foi marcado por movimentos que pressionam os governos e entidades internacionais a um processo de tomada de consciência ambiental que desaguou nas conferências ambientais. Estados e organizações passaram a rever padrões, estabelecer metas e propor legislações que conciliem o desenvolvimento e o meio ambiente.

Segundo Gerent (2011), “o termo “desenvolvimento sustentável” é fruto da crise ambiental, dos problemas decorrentes da exploração ilimitada dos recursos naturais e do uso indevido do ambiente natural como depósito dos dejetos”. Com a expansão da sociedade de consumo, a gestão de resíduos se torna tema de primeira linha para a sustentabilidade ambiental, sendo alvo de legislações especificas e propostas de Projetos para sua correta implantação.

No Brasil não foi diferente. O crescimento populacional acelerado e a rápida urbanização fazem com que a temática dos resíduos sólidos ganhe relevância, uma vez que está atrelada a saúde pública, ao deficitário índice de saneamento nacional e a população vulnerável que obtém renda através da catação de resíduos, dimensionando assim os aspectos ambientais, sociais e econômicos da temática.

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O presente trabalho visa apresentar resultados do Projeto Recicla CCS, que desde 2012 vem implantando coleta seletiva no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma série de legislações e pressupostos dão arcabouço e corpo a esta iniciativa, com um reflexo importante para a gestão pública das Universidades e sua função social.

Resíduos na legislação brasileira

O levantamento do conjunto de legislações e resoluções acerca da temática ambiental e do papel da administração pública nesse setor forneceu o arcabouço teórico para compreender o caminho percorrido pela sociedade até chegarmos ao amadurecimento de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramitou 21 anos no congresso nacional, o que é espantoso para uma Nova República com apenas 30 anos de existência.

Ao entendermos a construção das leis e a formulação de políticas como construções da sociedade brasileira vemos que os resíduos foram objeto de disputas que, embora lhes confira importância, lhes tirou por anos prerrogativa e preponderância no dia-a-dia do brasileiro e que influi diretamente no atraso de sua ainda incipiente gestão.

A Agenda Ambiental da Administração Pública, A3P, nasceu em 1999, por iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, e em 2001 foi formatada como um Programa com o objetivo de dotar a administração pública de responsabilidade na contribuição do enfrentamento das questões ambientais, de forma inovadora repensando os atuais padrões de produção e consumo. Assim a A3P deve ser fomentadora de iniciativas, programas e projetos que promovam o debate sobre o desenvolvimento e a adoção de uma política de responsabilidade socioambiental no setor público. A partir de 2007, com a reestruturação do Ministério do Meio Ambiente, a A3P passou a integrar o Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental (BRASIL, 2016)

Nesse novo arranjo institucional, a A3P foi fortalecida enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental do Governo e passou a ser uma das principais ações para proposição e estabelecimento de um novo compromisso governamental ante as atividades da gestão pública, englobando critérios ambientais, sociais e econômicos a tais atividades.

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Em 2006, o decreto federal 5940 instituiu a coleta seletiva nos órgãos públicos federais e atrelou a destinação dos recicláveis coletados seletivamente as cooperativas de catadores, ampliando a inclusão deste seguimento historicamente vulnerável (BRASIL, 2006). Esse decreto produziu um fenômeno de expansão de programas e projetos de coleta seletiva na administração pública direta e indireta.

Em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi, finalmente, aprovada sob forma da Lei 12.305/10 e do Decreto 7.404/10 que a regulamenta. Introduz marcos modernos na gestão de resíduos ao incluir a gestão e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Estabeleceu o prazo de 4 anos para o fechamento de todos os lixões do país, meta que ainda não foi cumprida embora se tenha avançado bastante. (BRASIL, 2010)

A PNRS determina ainda que a educação ambiental seja balizadora de suas ações e que a coleta seletiva seja pressuposto inequívoco para a adequada gestão de resíduos. Dentro da cadeia de prioridades elencada pela PNRS, a principal é a não geração de resíduos, buscando mecanismos através da reutilização e reciclagem da diminuição da produção e do consumo. Nesse sentido, um estímulo é dado às cooperativas de catadores, ao beneficiamento adequado dos resíduos e a projetos de educação ambiental, além de procedimentos mais robustos para a disposição final dos resíduos.

O Programa Pró Catador, também promulgado em 2010 pelo Governo Federal, estimulou a capacitação e o fortalecimento de cooperativas para que este grupo consiga auxiliar os objetivos de correto beneficiamento dos resíduos estipulados pela Política nacional de resíduos Sólidos. (BRASIL,2010)

Assim, percebe-se que as legislações brasileiras abordam a temática de resíduos sólidos de modo holístico e com ênfase na dimensão socioambiental que ela adquire na realidade nacional.

O Projeto Recicla CCS

Para atendimento ao decreto 5940/06, a Universidade Federal do Rio de Janeiro criou, em 2007, a Comissão Recicla UFRJ para articular e planejar a implantação de coleta

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seletiva, elaborando um Projeto Piloto. Através da Incubadora Técnica de Cooperativas Populares (ITCP/COPPE/UFRJ), que desde 1995 já realizava trabalhos com cooperativas em economia solidária, foi estabelecida a interface com cooperativas, que selecionadas por um edital, tiveram o direito a receber os resíduos recicláveis da UFRJ a partir de 2007, com a implantação do Projeto piloto.

O sucesso do Projeto piloto aliado a extrema necessidade de um manejo adequado de resíduos, uma vez que CCS possui resíduos infectantes (biológicos), químicos, radioativos, perfurocortantes, oriundos de suas atividades acadêmicas, fizeram com que a gestão da Decania do Centro de Ciências da Saúde, buscasse a implantação de um Projeto de Coleta seletiva, se adequando ao decreto federal 5940/06.

Este Projeto nasce, assim, esculpido com a inovação trazida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos: a necessidade da gestão integrada de resíduos sólidos para seu gerenciamento adequado. Os objetivos da equipe do Projeto foram o de produzir uma integração na gestão dos resíduos e também entre a comunidade, sob a ótica de que a produção de resíduos é atividade comum a toda a comunidade universitária e, nesse sentido, todos devem ser responsáveis.

Assim, o Projeto Recicla CCS, para realizar a implantação de coleta seletiva e destinação dos recicláveis a cooperativas, internalizando praticas ambientalmente corretas desde as opções conscientes de descarte, consumo e reuso, adotou metodologia participativa, na qual a comunidade foi organizada em rede, com conexão bem delimitada, através da qual circulam ideias e informações, a serem transformadas, como resultado das boas práticas, em procedimentos institucionalizados (GTZ,2008).

Como as práticas humanas remetem para uma forma de perceber e agir fragmentada e assistemática, nas quais predominam a lógica individual e pouco comprometida com o desenvolvimento humano e o desenvolvimento local (ANDRADE, 2005), a utilização da metodologia de rede busca romper esse cenário.

Vale ressaltar que a história da UFRJ traduz a fragmentação constitutiva das universidades brasileiras uma vez que Favero (1991) explica o nascimento da UFRJ como a simples justaposição das Faculdades de Medicina, Direito e Engenharia e sendo, os

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resíduos uma atividade comum a comunidade universitária, o Projeto Recicla CCS buscou auxiliar com mecanismos integradores que objetivassem a superação deste paradigma.

A seguir serão descritas, de forma sucinta, as atividades desenvolvidas pelo Projeto evidenciando a dinâmica integradora pretendida pelo Projeto para o estabelecimento coletivo de procedimentos adequados no manejo de resíduos sólidos:

1 – A primeira iniciativa foram reuniões com os parceiros do Projeto (alunos, técnicos, professores, empresas terceirizadas, prestadores de serviço) objetivando apresentar o projeto e, sobretudo, escutar e definir estratégias em conjunto para as atividades que se desenvolveriam dali para frente.

2 – Campanhas de mobilização: As 5 campanhas de mobilização buscaram atingir toda a comunidade com eventos artístico-culturais na temática de resíduos. Toda campanha foi fundamentada na importância da mobilização da rede de parceiros para a eficácia das metas do Projeto, balizada por metodologias participativas e atividades lúdico-culturais. As campanhas possuíram viés temático enfocando os diferentes tipos de resíduos sólidos, a importância de consumo e descarte consciente.

3 – Eventos livres ocorreram ao longo de todo o Projeto, a fim de chamar a atenção da comunidade do CCS para a temática da reciclagem, para o consumo consciente e para perspectivas de mundo e de futuro. Foram 10 atividades que visaram manter sempre acesa no CCS a chama da mudança de atitude com dinâmicas e atividades que buscam reflexão, de forma lúdica, interativa e cultural, atrativa para todos reforçando o conceito e o fundamento da metodologia empregada. Nesse sentido, foram eventos livres as recepções de novos alunos ingressantes, criação de espaços como o Cine Recicla, especo para vídeo debates sobre a temática ambiental enfocado nos resíduos sólidos, descarte especifico sobre lâmpadas, estabelecimento de ponto permanente de coleta de óleo vegetal entre outros.

4 – Estratégias de comunicação e divulgação e material educativo: Para aumentar o fluxo de informações e colaborar com a rede de parceiros estabelecida, elaborou-se uma mala direta com listas de e-mails dos participantes das atividades propostas. Além disso, uma

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página em rede social de grande espectro foi criada para divulgação das principais atividades do Projeto servindo como grande canal com os estudantes, maior grupo da rede de parceiros. Para todas as atividades propostas foram distribuídos materiais educativos via mídia impressa e eletrônica para auxiliar no processo de conscientização, mobilização e educação ambiental.

5 – Oficinas de conscientização e Cursos de capacitação: Após as reuniões e em consonância com as campanhas e eventos livres, oficinas de conscientização e cursos de capacitação sobre resíduos foram elaborados.

As oficinas versaram sobre a necessidade de reutilização e reaproveitamento dos resíduos. Artesanato com PET, papel, filtro de café, vidro e ainda, oficina para confecção de sabão e de horta suspensa foram realizadas integrando a comunidade de forma a refletir sobre a temática.

Para a efetividade e regularidade das ações propostas, foi fundamental capacitar os parceiros e agregá-los em torno dos objetivos. Assim, cursos de capacitação foram ministrados para a equipe de limpeza e manutenção predial e para os administradores de sede. A capacitação é ferramenta fundamental para apresentar de modo mais técnico a dinâmica ambiental dos resíduos sólidos, suas implicações na sociedade e no dia a dia do CCS. Foram momentos extremamente ricos de profunda troca em que a experiência prévia dos parceiros do Projeto foi fundamental para o sucesso do curso

7- Diagnóstico, aquisição da infraestrutura de coleta e descarte e normatização de procedimentos:

A equipe através das reuniões com os parceiros e analise do prédio fez um diagnóstico elencando os equipamentos a serem comprados. O CCS tinha um déficit que, de fato, impossibilitava o manejo adequado de seus resíduos, o que o colocava em situação inadequada para o desenvolvimento das atividades acadêmicas. Foram comprados carros de coleta específicos para resíduos comuns, infectantes e para a coleta seletiva.

Um espaço na área externa foi reformado para a instalação do Centro de Triagem de Recicláveis do CCS (CTR/CCS), que conta com prensa hidráulica, balança e mesa de

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triagem. Desta forma, os resíduos recicláveis podem ser contabilizados e destinados adequadamente para a cooperativa de catadores selecionada pela Comissão Recicla UFRJ em edital específico. Desde a inauguração do CTR em dezembro de 2013, o Centro de Ciências da Saúde da UFRJ já destinou adequadamente mais de 70 toneladas, sendo, aproximadamente, 30 toneladas de papel e papelão, um pouco mais de um terço de sucata e metal e o restante dividido entre vidro reciclável, plástico, pilhas e baterias e óleo. Ainda foram identificados pontos chave e gargalos no Centro que basearam a elaboração de 4 Instruções normativas: Instrução Normativa para descarte de Vidros; Instruções Normativas para descarte de Resíduos de Construção Civil; Instruções Normativas para descarte de Resíduos Infectantes e Instruções Normativas para descarte de Resíduos comuns e Recicláveis. Essas instruções normativas foram construídas pela Superintêndencia do CCS, Comissão de Biossegurança, Escritório de Planejamento, Comissão de Ética e Uso de Animais e por integrantes do Projeto Recicla a partir da contribuição da comunidade universitária. As Instruções Normativas foram aprovadas no Conselho de Coordenação do CCS, regem o descarte de resíduos sólidos, balizando o modelo de gestão de resíduos implantado.

8 – Criação da Comissão Setorial: Através do Fórum de Administradores de sede do CCS, estrutura criada pela Decania, houve a criação da comissão setorial. Esta fase do Projeto consolida e perpetua os objetivos do Projeto no Centro. Responsável pela fiscalização do gerenciamento de resíduos, cumprimento das Instruções Normativas e dinamicidade do fluxo de informações estipulado na rede de parceiros, a Comissão setorial também traduz o empoderamento dos agentes públicos no gerenciamento de resíduos, já que esta atividade tem diversas interfaces com as empresas terceirizadas, seja no recolhimento, seja no descarte final. Ainda, a Comissão Setorial, ao ser constituída por administradores de todas as unidades do Centro e também da Decania, auxilia na integração pretendida e na resolução coletiva das questões comuns, função precípua de um Centro Universitário.

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Como aborda Duvoisin (2002), pensar a questão socioambiental requer (re)pensar a lógica das relações estabelecidas consigo mesmo, com os outros, com a família, com a comunidade e com o ambiente natural e social, considerando toda uma visão sistêmica e a sua complexidade.

As ações do Projeto impactaram profundamente a dinâmica do CCS, seja o cotidiano pela nova prática mais responsável socioambientalmente seja na forma de abordar os espaços e o trato da coisa pública.

O espaço universitário deve ser propício para o intercâmbio de ideias, de construção e de difusão do conhecimento a partir do ensino, da pesquisa e da extensão. Assim, o gerenciamento de resíduos neste espaço ganha relevância na formação de agentes multiplicadores, na proposição de novas tecnologias, modelos e normativas, na busca de solucionar as questões ambientais vigentes e, ainda, proporciona uma segurança e qualidade para a própria universidade que, autônoma no seu fazer, pode desempenhar de maneira mais saudável e sustentável suas atividades acadêmicas.

O Projeto, ao inovar a percepção sobre os resíduos sólidos, inovou a própria gestão do Centro de Ciências da Saúde ao promover a integração dos diversos setores, fortalecendo as práticas ambientalmente adequadas, mas sobretudo, expressando os anseios coletivos. A gestão pública com participação dos atores e responsabilidade socioambiental é uma ferramenta imprescindível para afastar a lógica fragmentada inerente a criação das universidades brasileiras, como exposto por Teixeira (2009).

Além disso, vale ressaltar que, sendo este um ambiente universitário, iniciativas como este Projeto são de profundo valor para agregar a formação de agentes multiplicadores na sociedade e impactar positivamente o cotidiano das pessoas. O conjunto de atividades teve base nesse princípio de transformação social que é inerente ao meio universitário (SILVA, 2013).

Nesse sentido, é possível observar a melhoria da qualidade do ambiente com as ações implementadas. A efetivação da coleta seletiva vem conseguindo empoderar os parceiros para a eficácia das ações. Além disso, verifica-se, na maioria das atividades, a participação e a incorporação da pratica ambientalmente correta no dia-a-dia do CCS, o

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que no serviço público atinge os objetivos da A3P fortalecendo o pensamento ambiental nas atividades públicas.

Desta forma, é possível afirmar que o Projeto e suas respectivas ações inovaram o ambiente universitário e a sua estrutura, propondo dinâmicas integradoras por meio da gestão correta dos resíduos e das iniciativas que propuseram uma mudança de atitude da maioria da comunidade envolvida, alimentam a chama universitária com novo oxigênio para se pensar as políticas públicas e fornecem exemplo para o verdadeiro protagonismo da Universidade frente às questões sociais, geopolíticas, econômicas e ambientais da sociedade brasileira.

Referências:

ANDRADE, H. M. L.; SOUZA, R. C.; RAMOS, E. M. Metodologia Participativa como ferramenta e estratégia utilizada pela INCUBACOOP para a inclusão de grupos populares em Recife-PE. 2005, 7p. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Disponível em: <http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/

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materiais recicláveis, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto /D5940.htm>. Acesso em: 06/2016.

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_______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto Nº 7.405, de 23 de dezembro de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7405.htm>. Acesso em: 06/2016.

_______. Ministério do Meio Ambiente. Agenda Ambiental da Administração Pública. Disponível em http://www.mma.gov.br/responsabilidadesocioambiental/a3p/item/8852 Acesso em 06/2016

DUVOISIN, A. I. A necessidade de uma visão sistêmica para a educação ambiental: conflitos entre o velho e o novo paradigma. In: RUSCHEINSKY, A. (Org.). Educação ambiental: abordagens múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 99-103.

FÁVERO, M. de L. Da Universidade “Modernizada” à Universidade Disciplinada: Atcon e Meira Mattos. São Paulo: Cortez; Autores Associados, 1991.

GERENT, J. A relação homem-natureza e suas interfaces. Cadernos de Direito, Piracicaba, v. 11(20), 23-46, jan.-jun. 2011.

GTZ. Work the net: um guia para gerenciamento de redes formais. Rio de Janeiro: GTZ, 2007. 79 p.

MAHLER, C. F. (org.). Lixo Urbano o que você precisa saber sobre o assunto - Rio de Janeiro: Revan: FAPERJ,2012. 192p

REZENDE, J. M. À sombra do plátano: crônicas de história da medicina. In: As grandes epidemias da história [online], São Paulo: Editora Unifesp, 2009, pp. 73-82. ISBN

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