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Artigo
Original
Displasia
da
tróclea
e
instabilidade
patelar
em
pacientes
com
síndrome
de
Down
夽
Tiago
Amaral
Rebouc¸as
Moreira,
Marco
Kawamura
Demange
∗,
Riccardo
Gomes
Gobbi,
Zan
Mustacchi,
José
Ricardo
Pécora,
Luis
Eduardo
Passarelli
Tírico
e
Gilberto
Luis
Camanho
InstitutodeOrtopediaeTraumatologia,HospitaldasClínicas,FaculdadedeMedicina,UniversidadedeSãoPaulo,SãoPaulo,SP,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem23deagostode2013 Aceitoem7demarçode2014
On-lineem3demarçode2015
Palavras-chave:
Luxac¸ãopatelar SíndromedeDown Joelho
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Analisar displasiatroclear em pacientesportadores desíndrome de Down na presenc¸aenaausênciadainstabilidadefemoropatelar.
Métodos:Comparac¸ãode11joelhoscompatelasestáveise13joelhoscompatelasinstáveis emportadoresdesíndromedeDown.Foramfeitasradiografiasemqueforamavaliados alturapatelar,ângulodatrócleaeângulodecongruênciafemoropatelar.
Resultados: Arazãodeprevalênciadepatelaaltaentreospacientesinstáveiseospacientes estáveisfoide1,01paraoíndicedeInsall-Salvatiede0,68paraoíndicedeCaton-Deschamps. Paraoângulode congruênciaalterado, arazãodeprevalência foide 2,04.Oângulode congruênciaaumentadofoiencontradoapenasemquatrocasos,todoscominstabilidade.
Conclusões:Adisplasiadatrócleafoiencontradaapenasemcasosdeinstabilidade,oângulo dosulcodatrócleaeoângulodecongruênciafemoropatelar secorrelacionaramcoma presenc¸adeinstabilidadepatelar.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.
Trochlear
dysplasia
and
patellar
instability
in
patients
with
Down
syndrome
Keywords:
Patellardislocation Downsyndrome Knee
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective:ToanalyzeoccurrencesoftrochleardysplasiainpatientswithDownsyndromein thepresenceandabsenceoffemoropatellarinstability.
Methods:Elevenkneeswithstablepatellaeandthirteenwithunstablepatellaeinpatients with Downsyndrome werecompared. Radiographswereproducedto evaluate patellar height,trochlearangleandfemoropatellarcongruenceangle.
Results:Theprevalenceratioforahighpatellabetweentheunstableandthestablepatients was1.01usingtheInsall-Salvatiindexand0.68usingtheCaton-Deschampsindex.Foran
夽
TrabalhodesenvolvidonoGrupodeJoelho,InstitutodeOrtopediaeTraumatologia,HospitaldasClínicas,FaculdadedeMedicina, UniversidadedeSãoPaulo,SãoPaulo,SP,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:demange@me.com(M.K.Demange). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.03.011
abnormalcongruenceangle,theprevalencerationwas2.04.Anincreasedcongruenceangle wasonlyfoundinfourcases,allpresentinginstability.
Conclusions: Trochleardysplasiawasonlyfoundincasesofinstability.Thetrochleargroove angleandthefemoropatellarcongruenceanglecorrelatedwiththepresenceofpatellar instability.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
A instabilidade femoropatelar é uma patologia frequente e ligada a fatores predisponentes na maioria dos pacien-tes.Dentre esses,adisplasia da tróclea femoralea altura da patelasãoconsideradosos fatorespredisponentesmais importantes.1
Acompreensão da etiopatogenia dessesfatoresainda é duvidosa,emespecial adisplasia da tróclea.Existedúvida se a displasia troclear é causa ou consequência. Assim, questiona-seseumaalterac¸ãocongênitalevariaàdisplasia femoralcaracterizadaporumatrócleamenosprofundaque favorecesseainstabilidadeousealterac¸õesmusculares deter-minariamumcursoanormaldapatela,reduziriamapressão femoropatelar,gerariamumestímuloinadequadoao desen-volvimentodaanatomiadatróclea,tornariam-namaisplana ecursariamcomconsequenteinstabilidade.
Paramelhorentendimentodessesfatores, necessitamos estudá-loseanalisá-losempacientescominstabilidade femo-ropatelar precoce, ouseja,crianc¸asemcrescimento, o que permiteobservarmosodesenvolvimentodatrócleafemoral.
DentreportadoresdesíndromedeDownhápacientescom instabilidadefemoropatelargraveassociadaàluxac¸ãoprecoce dapatela.2Essapeculiaridadedessegrupodepacientestorna possívelanalisarodesenvolvimentodatrócleafemoral con-comitanteàreduc¸ãodoestímulodecorrentedapresenc¸ada patelanaarticulac¸ãofemoropatelarnapresenc¸adeluxac¸ão precoce da patela. Issopermite comparar esse desenvolvi-mentoaodepacientescomsíndromedeDownemquenão hápresenc¸adeinstabilidadefemoropatelar.Alémdo desen-volvimentodatróclea,podeserestudadaaalturadapatela, fatorrelacionadoaomúsculoquadríceps,poisafetaograude flexãodojoelhoemqueapatelasearticulacomatrócleae influenciatambémnoestímulodedesenvolvimentodemaior oumenorprofundidadetroclear.
Oobjetivodestetrabalhoéanalisarempacientes portado-resdesíndromedeDowncominstabilidadefemoropatelara profundidadedatrócleaeaalturadapatela(fatores predis-ponentes)ecompará-loscomaocorrênciadessesfatoresem pacientescomsíndromedeDownseminstabilidade femoro-patelar.
Materiais
e
métodos
Apesquisafoiaprovada pelaComissãodeÉtica ePesquisa sobon◦175/2010.Todosospacientesreceberamumtermode consentimentolivreeesclarecido.
Estudamos12pacientesportadoresdesíndromedeDown com idade superior a 12 anos e que nunca sofreram intervenc¸ãonosjoelhos.
Tivemosseispacientesdosexomasculinoeseisdo femi-nino.Aidademédiafoide16,4anos,comvariac¸ãoentreseis e36anos(tabela1).
Avaliamosainstabilidadefemoropatelarsegundocritérios clínicoseradiográficos.Asmedidasradiográficasforam fei-tasduasvezes,comintervalodeumasemana,pelomesmo avaliador.
Clinicamente consideramos a presenc¸a de instabilidade segundoaclassificac¸ãodeDugdaleeRenshaw,2quedividea instabilidadefemoropatelarnospacientesportadoresde sín-dromedeDownemcincograus,grauIestáveledegrauIIem diante instável.Émaioragravidadedainstabilidadecoma maiorgraduac¸ão.
Obtivemosnaamostra11joelhoscompatelasestáveise13 compatelasinstáveis.
Estudamosradiograficamenteosjoelhosindividualmente segundooscritériosdeinstabilidaderadiológica.Fizemosnos 24 joelhosasincidênciasradiográficasdefrenteedeperfis absolutoeaxialnaposic¸ãodeMerchantcom45◦deflexão.1,3,4 Emtodasasradiografiasdospacientesforammedidos:a alturadapatela,segundoométododeCatoneDeschamps,5,6 oângulodosulcotroclear,segundométododescritopor Mer-chant,eoângulodecongruênciapatelar.Esseúltimoémedido entrealinhadabissetrizdoângulodosulcotroclearcoma linhaquevaidovérticedoângulotroclearatéaeminênciaou cristainterfacetáriadapatela(fig.1).
Naavaliac¸ãodaalturadapatelanaradiografiadeperfildo joelho,consideramosapatelaaltaquandoarelac¸ãoentrea distânciaentreabordaanteriordatíbiaeopoloinferiorda facearticulardapatelaeamedidadasuperfíciearticularé maiordoque1,2(fig.2).
Naavaliac¸ãodoângulodosulcotroclearconsideramosa trócleaplanaquandooânguloémaiordoque150◦.
Na avaliac¸ãodoângulode congruênciapatelar conside-ramosvaloresmaioresdoque11◦ de subluxac¸ãolateralou luxac¸ãocompletacomopositivosoualterados.
Resultados
Nocritérioclinico,segundoaclassificac¸ãodeDugdale,11 joe-lhoseramestáveise13instáveis(grauIIoumaior).
Dentreosinstáveis,oitoapresentavampatelassubluxadas, trêspatelasluxadaseredutíveisedoispatelasirredutíveis.
Tabela1–Descric¸ãodosantropométricosdacasuísticaincluindomédiaedesviopadrão
Número Sexo DN Idade(a) Peso(kg) Altura(m) IMC
1 M 01/10/95 14 52 1,54 21,9
2 F 7/25/00 9 26 1,26 16,4
3 M 5/25/99 10 31 1,4 15,8
4 M 5/9/00 9 44 1,32 25,2
5 M 7/10/92 17 90 1,6 35,2
6 F 4/11/89 21 52 1,52 22,5
7 F 4/8/99 11 45 1,48 20,6
8 M 7/7/87 22 59 1,53 25,2
9 F 9/19/87 22 65 1,4 33,2
10 M 4/29/74 36 74 1,73 24,7
11 F 11/3/03 6 23 1,12 18,3
12 F 5/5/90 20 68 1,4 34,7
Média 16,4 52,4 1,44 24,5
Desviopadrão 8,4 20,2 0,16 6,75
Mínimo 6 23 1,12 15,8
Máximo 36 90 1,73 35,2
L
S M
A
O +
–
Figura1–Esquemadeincidênciaaxialdojoelho,medida doângulodecongruênciapatelar..
quatro joelhos e o ângulo de congruência patelar estava alteradoem13joelhos(fig.3).
Atabela2apresentaosresultadosecorrelacionaa instabi-lidadesegundocritériosclínicoseradiográficos.
Arazãodeprevalênciaéumamedidaquepermiteestimar aforc¸adeassociac¸ãoentreaexposic¸ão(nessecasoapresenc¸a deinstabilidade)eadoenc¸aoualterac¸ãoestudada(nessecaso asalterac¸õesradiográficas).
A razão de prevalência de patela alta entre os paci-entes instáveis e os estáveis foi de 0,68 para o índice de
Tabela2–Correlac¸ãoentreinstabilidadepelocritério clínicoefatorespredisponentesdeinstabilidadepelo critérioradiográfico
Critérioradiográfico Critérioclínico
Estável Instável
Patelaalta(Cathon-Dechamps) 5 4
Sulcotroclear>150◦ 0 4
Congruênciapatelar>11◦ 4 9
Figura2–Medidadaalturadapatela.Consideradaalta quandoAT/P>1,2.
Caton-Deschamps. Para o aumento do ângulo do sulco da tróclea arazãodeprevalêncianãopôdesercalculada, pois ocorreu apenas nos pacientes instáveis, enquanto para o ângulodecongruênciafoide2,04.
Adisplasiatroclear foiencontradaapenasempacientes cominstabilidade(quatrojoelhos).
Discussão
Figura3–Radiografiaemincidênciaaxialdojoelho.Notea displasiatroclearealateralizac¸ãodapatela..
Oacometimentoortopédicoéfrequenteeocorrenacoluna (instabilidadeatlantoaxial,escoliose),nopé,noquadril (ins-tabilidade, escorregamento da epifise femoral proximal) e nojoelho(joelhovalgoeinstabilidadefemoropatelar).Essas alterac¸ões são devidas a distúrbiosmusculares (hipotonia) efrouxidãoligamentar, comunsnessasíndrome.Nojoelho ocorremem30%a40%dospacientes.7
Comolimitac¸ãodoestudo,consideramosavariabilidade daidadedospacientes,commédiade16,4anosevariac¸ão entreseise36anos.Oestudodepacientescomsíndromede Downésempredifícil,especialmentequandoassintomáticos oupoucosintomáticosdapatologiaobjetodoestudo,poisas famíliaseospacientesdefendem-sedoexcessodeabordagem médica.Estudamos12pacientesquenuncasofreram aborda-gemmédicade seusproblemasortopédicos.Num primeiro momentolimitamosocritériode inclusãoapacientescom idadeinferiora14anos,oquesemostrouinsuficientepara obterumacasuísticaadequada.Portanto,incluímospacientes acimade14anos.
Além disso, fizemos apenas avaliac¸ão de radiografias simples, pois os pacientes não haviam sido submetidos à tomografia, considerada o melhor exame para estimar o ânguloQ(pormeiodaTA-GT)edesviosrotacionaisdo mem-bro.Comomuitospacientesapresentavamumadistribuic¸ão degorduraaumentadanacoxa,optamospornãoincluiruma medidaclínicadoângulo Qpelabaixafidedignidadedessa análise.
Para definir a presenc¸a de instabilidade usamos a classificac¸ãodeDugdaleeRenshaw,2porserclássicaem paci-entes portadores de síndrome de Down com instabilidade femoropatelar.Dessaformaselecionamos13joelhoscom ins-tabilidadefemoropatelarclinicamentediagnosticadasegundo oscritérios de Dugdaleecomparamos com 11 joelhos que segundoamesmametodologianãoapresentavam instabili-dadefemoropatelar,emborafossemdepacientesportadores dasíndromedeDown.Optamosporcategorizaranossa aná-lisedosdadosentrejoelhoscomeseminstabilidade,poisessa análiseémaisfidedignadoqueaclassificac¸ãodainstabilidade emdiversosgraus,assimcomofortaleceaanálisedosdados
numacasuísticamaisrestrita.Oscritériosradiográficosforam escolhidoserestritosatrêsposic¸ões.Ostrêsíndicesavaliados forambaseadosnoestudodeDejouretal.,1paraestabelecera presenc¸adesinaisobjetivosdeinstabilidadefemoropatelar. Durante oestudo,tentamosavaliara profundidadeda tró-cleaemradiografiasdeperfilabsoluto,masconsideramosa medidaadequadaemapenastrêspacientesepreferimos des-considerar essa medidade instabilidadenestetrabalho. Os portadoresdesíndromedeDownmuitasvezesnãocolaboram comosexamesenecessitamderepetidasradiografiasparaa obtenc¸ãodeumexameadequadoparaaanálise.Oaumento de incidências radiográficas complica significativamente o estudoeexpõeospacientesaradiac¸ãoadicional.Emrelac¸ão a exames complementares,como tomografia computadori-zada, optamos por não fazê-los pela exposic¸ão à radiac¸ão empacientesjáfrequentementeexpostosamúltiplosexames duranteavida.Optamospornãofazerexamederessonância magnéticapelanecessidadedesedac¸ãoemgrandepartedos pacientes.
Nos nossos resultados observamos que a altura pate-lar,índicedeinstabilidadefemoropatelarconsideradomuito importante em pacientes não portadores da síndrome de Down,nãofoiútilcomocritériodeinstabilidade,poisdentreos novejoelhoscomalturapatelaranormal,cincoeramestáveis. Ométododeavaliac¸ãodaalturapatelarcomousoda superfí-ciearticular(Caton-Deschamps)foiescolhido,poisapresenta resultados maisfidedignos e com melhorcorrelac¸ão entre avaliadores.8Numprimeiromomento,imaginamospoderser um problema decorrente do método de medida escolhido (Caton-Deschamps)edessaformarepetimosasmedidasda alturapatelarcomométododeInsall-Salvati.9Nessasegunda medida,encontramospatelaconsideradaaltaem22joelhos, dez depacientes do grupo consideradoestável,o que cor-roboraoachadodequeaalturapatelarnãoéumamedida adequadaparaindicarinstabilidadefemoropatelarem paci-entescomsíndromedeDown.Arazãodeprevalênciadepatela altaentreospacientesinstáveiseosestáveisfoideapenas1,01 paraoíndicedeInsall-Salvati.
Barnettetal.10analisaramaalturadapatelaemexames de ressonânciamagnética dojoelho emextensãocompleta de 29pacientescomdisplasiade trócleaassociadaà insta-bilidadepatelareobservaramnãohaverrelac¸ãoentrepatela altaeinstabilidade.Acreditamosqueasalterac¸ões muscula-resdasíndromedeDownpossamserresponsáveisporessa retrac¸ãodoquadrícepsquecausariaapatelaaltanamaioria dospacientes,mesmonaquelesindivíduosquenão apresen-taraminstabilidadefemoropatelar.
O ângulodecongruência patelarfoi positivo para insta-bilidadeemnove dos13 joelhosinstáveis eemquatrodos estáveis,oquedemonstraqueessamedidaapresentarazão deprevalênciamaisalta(2,04)nainstabilidadefemoropatelar. Jáasmedidasquedefinemaprofundidadedatrócleaforam claramente positivas para instabilidade femoropatelar nos pacientesquetinhamsuaspatelasluxadasesubluxadas.Dos quatrojoelhoscomalterac¸õesdoângulodatrócleafemoral, todoseraminstáveis.
medidamaisconservadoradoquearazãodeprobabilidade, ouoddsratio.11Comosetratadeumestudotransversalenão umcaso-controleprospectivo,optamospelousodarazãode prevalência.Ocálculodaoddsrationanossaamostra resul-tariaem1,2e0,53para aalturada patelapelosíndicesde Insall-SalvatieCaton-Deschampseem6,75paraalterac¸ãodo ângulodecongruência.Essesdadosreforc¸amnosso entendi-mentodequeaalturadapatelanãoéumíndiceconfiávelpara avaliarainstabilidadepatelarnospacientescomsíndromede Down,enquanto oângulode congruênciapatelaréachado relevantenessespacientes,assimcomooângulodosulco,que foiencontradoalteradoapenasemjoelhosinstáveis.
Acreditamosqueaausênciadapatelanatrócleafemoral impediu a formac¸ão do sulco troclear. Tal fato é suge-rido quando verificamos que pacientes sem instabilidade etambém portadores da síndrome de Down tiveram suas profundidades trocleares normais. Estudos com exame de ressonânciamagnéticademonstramquepacientescom insta-bilidadepatelaratraumáticatêmaltaprevalênciadetrócleas cominclinac¸õesdocôndilolateralinferiora11◦.12,13Anosso ver, isso significa que a tróclea fica maisrasa quando há menorsolicitac¸ão da presenc¸a da patela, o quedetermina ângulosmaiores.Apresenc¸adapatelaalinhadanosulco tro-clearéquedeterminariaasuaprofundidadeeconformac¸ão normal.
Dejouretal.14acreditamqueadisplasiadatrócleaéuma alterac¸ãocongênitaquefavorece,comofatorpredisponente, ainstabilidadefemoropatelar.Seassimfosse,adisplasiada trócleapoderiaserencontradaempacientesjovensquenão desenvolveraminstabilidade,oquenãoocorreunaamostra estudada.Nonossoentendimento,nãopodemosconsiderar queadisplasiadatrócleasejacongênita,pelomenosnos paci-entesportadoresdesíndromedeDown.
Finalmentecabelembrarqueasalterac¸ões osteoarticula-resnasíndromedeDownsãoemgeralmúltiplaseexigem cuidadonatransposic¸ãodessasobservac¸õesparapacientes semsíndromedeDown.
Conclusão
- Pelaamostraestudada,osachadossugeremqueadisplasia detrócleanãoécongênita,massedesenvolveem decorrên-ciadainstabilidadepatelar.
- Asmedidasradiográficasdeprofundidadedatróclea femo-ral demonstramqueapenasnoscasosdeinstabilidade a trócleatinhamaisde150◦(rasa).
- Medidasradiográficasbásicas,comomedidadoângulodo sulcotroclear,secorrelacionamcomainstabilidade femo-ropatelar.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
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