CENTRO DE POS-GRADUAÇAO EM PSICOLOGIA
LOCUS VE CONTROLE
E
•
REAÇÃO
A FRUSTRAÇÃO
•
CRISTINA LaCIA MAIA COELHO
FGV/ISOP/CPGP
,
"
CENTRO DE POS-GRA-DUAÇM
EM
PSICOLll.I>IA
LOCUS VE CONT' O LE
E
REAÇÃO Ã FRUSTjRAÇÃO
P°"-•
CRIST1!1A LOCIA MAIA C.OELHO
,
.
Dissertação submetida çomo re 'quisi'to p.arcial para
obtenção do grlu de '
•
MESTRE EM , PSIC!pLOGIA
Rio de Janeiro, Dezembro de 1984
•
•
.
.
Ao Professor FRANCO LO PRESTI SEMINERIO, cuja
」ッョエイゥ「オゥセッ@neste estudo excedeu em muito o pBpel de orientador,
pelo
estImulo. carinho e conhecimentos recebidos.
"A
Professora MARIA ALICE SILVA BOGOSSIAN,
pela amizade,
ゥセ@.
centivo e a cuidadosa
ッイゥ・ョエセセッ@estatIstica.
"A
UNIVERSIDADE CATOLICA DE PETROPOLIS, especialmente
aos
meus ALUNOS. aos
ーイッヲ・ウウッイ・セ@JERONYMO FERREIRA ALVES NETTO.
SERGIO MURILO BARBOZA CARVALHAES, NELSINEIA OUNLEY
eNOR-BERTO DE FREITAS FILHO.
pela
」ッャャャ「ッイ。セッ@na
。ーャゥ」。セッ@dos
ゥョ。エイオュ・ョセッウ@
dessa
、ゥウウ・イエ。セッN@As bibliotecirias FLORIPES CASTILHO SALZANO. LAIS DE
CAS- "
TRO LIMA REIS do ISO? "e ALICE SEIXAS MARTINS do CEPo
pela "
paciência e auxílio prestado.
As companheiras do CEPo
ROSEMARIE. MARTHA, ROSELY e CELIA.
pelo apoio recebido .
"A
IANNY MAGALHÃES e JOSE DE LIMA PRADO JUNIOR. pela
tar.e-fa de
イ・カゥウセッN@"A
FATIMA PINTO
ーセャ。@tarefa de veI'sao.
セ@
ANA LUCIA MOURA SANTOS DE
paulpセN@pelo auxIlio prestado.
E f.inalmente
ã todos .qu e " direta
ClUindiretamente me
apoia-イセュ@ セ・ウエ。@
realizaçio. serei sempre grata.
Este .estudo visa analisar a ゥョエ・イイ・ャ。セッ@ teórica e ・ーゥセ@
temo lógica entre a teoria da aprendizagem social, mais
precisa-mente em termos de seu constructo "lo(:us de controle" de Rotter
e a teoria da frustração, tal como de!Jenvolvida por S . Rosenzweig .
aエイ。カセウ@ de um reestudo das ·teorias da ヲイオウエイ。セッ@ e
pro-posto um .modelo, capaz .de avaliar a influência da percepç.ão
so-cial determinada pela 、ゥイ・セッ@ do "locus de controle" na
rea-çao
à
frustraçéo.sセッ@ examinadas três possíveis explicações teóricas para
determinação das diferenças na ー・イ」・ーセッ@ do . controle. a
primei-ra em função da teoria da aprendizagem, a segunda em têrmos ps!
codinãmicos e a terceira em função de disposições inatas.
E apresentada uma revisão das tentativas e comprovaçoes
experimentais quanto ao constructo "10cu9. de controle " e
à
rea-ção
à
frustração .A verificação empírica do modl:llo aqui proposto '
consis--tiu numa ー・ウアオセウ。@ piloto apta . a comprovar, sob alguns aspectos,
a relação セョエイ・@ a variivel "locus de controle" e a tolerância
à
frustração . Paralelamente foi possíVl:ll examinar o papel da
va-riivel "formação オョゥカ・イセゥエゥイゥ。BN@ Utilizou-se um grupo de
estu-dantee オョゥカセイウゥエ←イゥッウ@ e os resultados ' indicaram que, sujeitos
com "locus interno" apresentam um nível mais amadurecido de エセ@
lerência
à
frustração ーセイ@ revelarem セ。ゥッイ@ persistência .em seus objetivos e capaCidade de iniciativa em situação frustrante. Quanindependentemente da direção do "locus de controle-o
Um exame da influên cia do tipo de situação frustradora.
permitiu concluir que"circunstãncias que envolvem "ameaça do
eu" levam a uma descarga emocional .do tipo culpa.em
detrimen-to da iniciativa e セアオ・ャ。ウ@ ウゥエオ。Uセウ@ em que o sujeito e 「ャッアオ・セ@
The purpose of the present study 19 to analyse the
relationshlp between Rotter's Learning lheory in terms of
"locus of. control", セョ、@ Rosenzweig's Theory of Frustration.
lhe revlew of the exlstlng ' frustratlon theorles イ・ウオャエ・セ@
on a model whlch allowed the evaluat10n of"soclal perception"
interference upon the reaction to frustratlon. We examlned
three of the possible theoretic91 explanations to determine the
differences ッセ@ perception of the "locus of control": the first
one was examined セョ@ terms of the learning theory. the second
one, in terms of character organization and the third one in
terms of temoerament factors.
We also presented a rsvlew of the experimental attempts
and confirmations concerning the construct "locus of control"
and the reaction to' frustration.
The empírical verification of the proposed model consisted
of a pilot research to prove the relatlonshlp between the Hlocus
of control" variable and the ·tolerance to frustration (under
certain aspects). pセイ。ャ・ャャゥN@ we were able to examine the role
of the varlable - · univer.sity education . We ウセオ、ゥ・、@ a group of
unlversfty students and the results indicated that the interns
ーイセウ・ョエ・、@ a move mature levei of エPQセイ。ョ」・@ to frustration. lhe
·s tudents perslstance in attainlng goals and ability to
ゥ Nョャエャ。エゥカセ@ befor·o frustrating sltuat1.ons revealed thls higher
levei of maturity.
-than othars.
lhe analysis Df the lnfluenc8 af the kind affrustrating ウャエセ。エャッョN@ flnally shQwed thet the clrcunstances
involving the "threatening cf the ego" lBd to an emotional
dlscharge Df the gul1ty type In detrl lent to lnltiative. In
addltlon the extrapunitlve reections 'Bre more . motlciable.
during thOSB situations in whlch the subject had its goals
blockaded .
•
Agradecimentos
iv
Resumo
MMMMMMMMMMMMMMMセMMMMMMMMMMMMM vSurnma ry
viii
introduᅦセo@
--- .. ---
o
ICAPITULO 1:
frustraᅦセo@E
agressセo@---
06
CAPITULO 2:
percセpᅦao@SOCIAL (PERtEP ÇAO DE CONTROLE)" ----
16
1. "Lacus de Controle" e "Atribuição de
c。セ@sal idade
.
. 16 "2. "Lacus de controle" pata Orienta ção
De-cis5ria e sua
Determtnaçio . ---
3S
CAPITULO 3: NOV"AS CONTRIBUIÇOES E REVISJiO DE PROVAS
EXPERIMENTAIS _______________________________42
CAPITULO 4:
UMA PESQUISA PILOTO _________________________
80
1. O Problema ---
80
2. Infra-Estrutura Teórica
MMMMMセMMMMMMMMMMMM
81
3. As hip5teses ---
88
4. Tipo de Estudo · --- c---
91
5. Metodologia
B MMMMMMMMMセMMMMMNMMMMMMMMMMMMMM
92
5.2 - Instrumentos ---___________________
93
5.3 - Procedimentos
estatisticos
e resultados __
5.4 - Anãli"se e discussão dos resultados
104
116
6. Limitaçies do estudo
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMセMMMM⦅@
122
CONCLUSAO ---_____________________________
124BIBLIOGRAFIA ---_--- __ "_________________________
126'ANEXOS ---_______________ 134
•
Uma dos principais motlvaçõ8's humanas envolve e
tenta-tiva de ultrapassar 09 limites que a natureza lmp5e a cada uma
。エイ。カセウ@ de um controle crescente sobre os eventos.
A condição' primordial para se alcançar esse domIni.o
é
a 」ッューイ・・ョウセッ@ das causas que produzem tais eventos.
A origem dos fenõmenos i primitivamente atribuida ao
poder de forças externa s ou de enOtipacles.ocultas. entre as quai s
alinha-se o セ、XウエャョッBN@ mss. ー。イ。ャ・ャ。セ・ョエ・N@ ャューbセウ・@ coma crlté
rio de determinação da intençã,o' - como direcionamento proposlt!
vo da conduta própria e alheia.
A atribuição de causalidade re a lizado ー・セ@
•
los individuas. leva-os a perceberem o mundo como mais XウエセカXャN@
controlável e previsível. Segundo Kelley (19B7). o ーイッーV セ ャエッ@ セ@
análise causal e a ' tentativa de conttole ;,obre Q . mundo. 。」イ・ウ」・ョエ。ョ、セ@
ainda. que o s ゥョセャカャ、セッウ@ ao 。セイゥ「オゥイ・ャョ@ causas, エゥセ@ um objetivo
latente que se refere
à
aquisição de conhecimento e a 」ッョウ・アオ・セ@ te manipulação de si mesmo e do meio ambiente.Em termos de realidade objetiva, i õbv16 que os
even-tos envolvendo a vida das pessoas podem ter sua origem em ent!
dades e forças externas B elas. ou em suas capacidades intrínse
caso Entr.etento. as verdadeiras fontes ·de controle de nada ou
quase ョセ、。@ interessam
i
ーウゥ」ッャッセャ。@ sQcial. pois. o que importa. e a percepçao que o sujeito tem das· causas dos fen6menos.
A necessidade de
"controle efetivo" se refere
àten
、セョ」ャ。@ dos indivíduos de perceberem que eles エセュ@ controle sobre
os eventos . . Esse ヲセョVュbョッ@ foi denominado por Snyder (1975) de
"egotlsmo atribuclonal", Muitos estudos エセュ@ sido realizados 50
bre a origem motivacional セbウウ・@ fato (Ml11er. 1978; Ml11er . e Ross. 1979, Weary , 1979, Zuckerman. 1979) .
o
fenômena da atribuição de causalidadeé
explicado sobre dois enfoques te6ricos: a teoria de aprendizagem $oclalde Rotter 0954, 1966) e a teoria da éltribulç';o de Helder 09581.
A teoria da aprendizagem social de Rotter (1954)
ex-plica o comportamento em função da percepçaa da origem do refar
ço , o que deriomlna "locus de contro·le" .
o
constructo " leous dêcontrole" セ@ definido como uma expectativa generalizada da ー・ウセ@
soa quanto ao grau em que o comportamento セ@ 」ッョエイッャセ、ッ@ pela ob- ,
iençio de reforços. De acordo com a análise de Rotter, aque-'
Iss indivíduos que se,consideram capazes de controlar os
fen6-menos, sao chamados internos. e aqueles セオ・@ tipicamente pensam
que nao podem exercer controle, ウセッ@ chamados externos. Rotter
(1966) desenvolveu uma escala para medir as diferenças
indivi-duais de contrqle ゥョエ・イョッM・クエセイョッ N@ ' onde a pessoa indica se
fa-tores externos tais ,como sorte/destino ou internos como
capaci-dade/habilidade contribuem mais pomo determinahtes em certas
situaç6es sociais. Segundo Rotter (1966) . ' a construção de
ex-ー・」エ。セゥカ。ウ@ generalizadas para 」ッョエイッセb@ interno ou externo tem
セューャゥ」。・ウ@ na aquisiçio セ@ desempenho de comportamentos.
セ@ teoría da atribuiçio de causalidade . com raízes
causa-lidade e suas conseqOências comportamentais.
Heider baseou ウ・オセ@ princípios te6ricod na ャ、セゥ。@ de
que existe uma tenaência .natural humana de atribuir
causalida-de aos eventos, com fins causalida-de obter controle e previsibilidacausalida-de ウセ@
bre esses me smos eventos. o processo bãsico se caracteriza
pe-10 reconhecimento ou não da intencionalidade numa realização.
01sso decorre uma dicotomização de causalidade pessoal ou ゥュー・セ@
soaI nas atribuições.
Esses dÓis enfoques te6ricos se distinguem pelos seus
parâmetros básicos: a teoria da atribuição enfatiza as
variá-veis situacionais e a teoria 、セ@ rッエエ・セ@ a variável diferenças in dividuais.
Inúmeras pesquisas já demonstraram que sujeitos com ,
"locus de controle" interno· ou セクエ・イョッ@ diferem ウゥァョゥヲゥ」。エゥカ。ュ・セ@
te . com relaç.ão
à
classe social, etnia, nacionalidade, auto '-acei tação, quantidade da ajuda oferecida a outros (Pittman e Pittman, 1979, Cohen, Rothbart e Phi11ips, 1976), saude, controle
cognitivo, ·conformidade. rendimento acadêmico, suscetibilidade
a influências sociais (Bugental e Henker, 1976),· psicopato1o ...
gla, ·a1coolismo ·, altruismo, en'tre outras (revisão Lefqourt,1976,
· 19811.
Mais recentemente Weiner (1972) apresentou um modelo
ゥョヲャオセョ」ゥ。、ッ@ エセョエッ@ pelas idiias de Heider (1958) como tambêm
guiado pelo constructo "lo?us "da controle". E sugerido que o
resultado de um comportamento é função de quatro elémentos
cau-sais: habilidade. esforço, dificuldade da tarefa e . sorte.
Es-se5 elemeotos eitio セャッ」。、ッウ@ ・ュ ᄋ 、セ。ウ@ dimensões, uma de
Posterlor-mente tais achados ウ・セセッ@ comentados com maior profundidade.
o presente trabalho constitui uma tentativa de Bstabe
lecer uma aproximação da te o ria da aprendizagem social de Rotter
e da frustração de Rosenzweig . Para 1S50 determinou-se dois nl
vais: um teórico e um empíriCO.
o nível
teórico 」ッョUセ。@de uma
reavaliação 、セ@ エセッイ ャ。ウ@ sobre a frustr a ção-agressão e das
teô-rias sobre percepçao social (teoria da atrlbuiçjo e percepçiode
controle) .
Ques t i cna-se à explitaçao 「・ィセカャッイャウエ。@ de Rotter no'
•
que se refere as diferenças individuais de expectativas de eon
trale interno ou externo . são discutidas outras possíveis
ver-tent.es que 'poderiam 、bセ・イュゥョ。イ@ essas tipologias. Uma perspect.!.
va que admite predisposições hereditá'rias ,e outra que
baseia-se em pressupostos psicodlnâmicos .
o outro nível se refere a uma verificação empírica da
relação entre a direção do "l ocus de 6ontrole" e a capaciidade
de tolerância a frustração. Mais especificamente, pretend e - se
comprovar 。エイ。カセウ@ de uma pesquisa de セ。ューッ@ se sujeitos com con
trole interno diferem daqueles com controle externo quanto à
direção e tipo de respostas à ウゥエオセ↑ェ・ウ@ cooflitivas セ@ frustrado
ras.
Através desse teste empírico pretende-se apresentar lITl
modelo em que a variável "locu s de contro le" funciona como
interv eniente, no mecani smo de reaçã o. agressiva
à
ヲイオウエイ。・ウN」セ@lo cando desse modo uma limitação na 」ャ£ウウゥ」セ@ hipótese de Oollard
e Miilcr. a、ャ」ゥッョセャュセョエ・@ serão examinados os efeitos da
çao オョゥカ・イ ウ ャエセイャ。@ dos sujeitos 8 o tipo de sltuaçio frustradora
nas re8çoes dos sujeitos .
CAPITULO 1
frustraᅦセo@
E
agressセo@A monografia frustração e egressao publicada por
001-.
lar e Ml11er (Dollar ・セ@ セQQQN@ 1939). estimulou muito ti pesquisa
empírica, sendo ampliada e reinterppetada muitas vezes. Foi ーッセ N@
tulade que a agressão semprs "é uma conseqüencia da frustração.
Mille r posteriormente esclareceu que a instigação para 。。ァイ・セ@
são inevitavelmente sXァセX@ a frustração, mês que o fato de
8'a-gressão realmente se exprimir. ou nao, depende 、セ@ força
relati-va de instigação 8 inibições .
Um ponto que envolve muita controvérsia e saber se a
teoría supas que ti frustração seja a Gnlea causa de instlgação
-agressiva. Buss (19611 sugeriu que o ataque pode provocar
ln5-tlgação para agressão . Lorenz (1963), entretanto. postula Que
existe o instinto agressivo no homem. Outras explicações
ina-tistas ウセッ@ citadas por Ttbergen, Ardrey e Oesmond Morris (19671.
Ashley Montagu (19761 apresenta fortes comprovações 」ッョセイ。@ esta
idéia, apoiando a concepção segundo a Qual n'enhum c0tTlPortamento
humano espec{ffco é geneticamente determinado, e que a conduta
é
resultado da interação da L・クー・イゥ↑イGA」ェ セ 。@ e c,:,.nstitutção genética.Argumenta ainda, Que セ@ adesão
i
ーッセゥセッ@ inatista daagressivi-.
.
da de parece B」ッョヲッイエセカ・ャB@ na medida ・セ@ Que considera Que os
er-ros, decorrem da inevitável natureza. 'Nessa perspectiva, Montagu
acrescenta Que a passividade' é fato e o :lndiv!duo e mero expecta-
.
"-dor 8 afirma QUB .. acreditar Que os homens são , responsáveis por seus
infor-maçoes sobre a 。ァイ・ウウセカゥ、。、・@ humana ョセ@ pri-hist6ria . Segundo ・セ@
SBS dados. os seres humal10s viveram na maior parte da história de
sua evolução de modo bastante altruístico B pacífico . E citado
que a cultura Esquimó
é
comparattvame r te
pacIfica ecaracteri-セ。、。@ pela ajuda mútua como deve ocorrer para permitir a ウッ「イセ@
vivincia no clima rigoroso do Círculo Polar Artico. jセ G 。@
cultu-Ta ョッイエ・M。ュbイャGセ・ョ。@
é
maLs ,belicosa. 」。イ。」エXイャコ。、セ@ pela intensacompetição entre grupos . As diferenças, aponta' Montagu, decor
rem dos valores das duas culturas.
A teoria psicanalítica de Freud considere que num mun
d6 puritano, a motlvação N「セウャ」。@ humana
é
o sexo e a 。ァイ・ウウゥカゥ、セ@de; esta última vista como instinto de morte. Montagu
comba-te esta doutrina afirmando que ウ・オセ@ conceitos sao baseados em
juizos "morais .
Alguns estudos com animais mostraram que estimulos. do
lorosos. como choques ・ャセエイャセッウN@ podem resultar em agressao. Ou
tros autores sustentam que tais estImulos caem na definiçio
do grupo de Vale. de uma frustração. como · uma. interrupção de
u-ma seqOincia na direção de um ッ「ェ・エゥカセN@
Ber:kovttz (19621 apresentou uma セ・ウエイゥ ̄ッ@ a hip6tese
de Oollard e Miller que foi sintetizada 。エセ。カセウ@ do seguinte ュッセ@
delo:
R) (raiva . interpretação)
I
s/
. 2
'-...R
2A Hイ・セーッウエ。@ セァイ・ウウゥカ。ャ@
NA (resposta nao セウウゥカ。I@
•
FIG'. 1: セ・。 ̄ッ N@ à Frustração: uma apresentoção gráf.ica do rodeIo de Berkovitz
,
Assim. segundo Berkov!tz, toda ヲイオウエイ。セッ@ leva a
ra!-ve.o que crie uma ーイッョエセ、ゥッ@ para 。エッセ@ agressivos. A ヲイオウエイ。セッ@
pode ou não ser seguida de agressão • . dependendo da
interpreta-çao por parte da pessoa ヲイオウセイ。、。 N@
Rodrigues e Jouval (1969) エ。ュ「セュ ᄋ@ apresentaram uma
11-mitaçio a hlp6tese de Dollard ·8 Miller atravis de experimentos
sobre atribuição de causalidade ao campo específico das イ・ャ。セ@
lnterpessoeis frustrantss. Foi compr'ovado que fatos como a
ln-terpretação dá situação. o elo 。ヲ・エャセqᄋ・ョエイ・@ os sujeitos envol-vidas B atribuição ou nio de intencionalldade ao autor funciona
vam como mediadores do mecanismo frustração-agressão.
Os conceitos de HeideT (1944), citados por Ro dri gues ,
de atr i buição de origem como a procura 、・Lセdカ。イゥ ̄ョ」ゥ。ウ@ ou pro--priedades disposicionais foram considerados aspectos que 'condi
.
cionariam a 'reação
à
frustração. aセウゥュ@ quando uma pessoa se depara com uma situação frustraqora . ela será levada a fazer atri
buições de causa, o que ligará o evento ヲMイオウセイ。、ッイ@ a
invariãn-eias ou propriedades disposicionais da pessoa frustradora.
.
.
Deacordo com os n!veis heiderianos: inicialmente
a
pessoa indagasobre a fonte do evento (atribUição de origem)) em seguida アubセ@
tiona a intenção ou não do agente frustradcir (causalídade
pes-soaI ou impessoal) B em terceiro lugar indaga sobre o "porque"
da int enção do agente frustrador (a razão para o ato
intencio--na 1) . Rodrigues . 」ッョウゥ、・イセ@ Que esta ウ・アdセョ」ゥ。@ de atribuição d!
terá e reação
à
frustração e 」ッョウ・アセ・ョエ・ュ・ョエ・セー・@ a dúvidaso-bre a proposição Bヲイオウエイ。 ̄セ@ leva
ã
aァイ・ウウ ̄ッセN@foi demonstr,ado experimentalmente Que s 'ujeitos que
reagem mais agressivamente que os qUEI atribuem causali.dade
im-pessoal ao mesmo evento .
o
parâmetro atribuição de causalidadedemonstrou ser tambim relevante no que conCBrne a iritensidade
da irritação experimentada pelas pessoas frustradas (mais
res-postas extrapunitivas quando há atrlbLlição de causalidade
pes-50aU (Rodrigues B Jouval. 1969, p. 6-· 7).
Outros resultados indicaram que セュ@ situaç5es ゥョエ・イー・セ@
soais frustrante ,s onde o elo afetivo ・セョエイ・@ as pessoas
envolvi--das
é
negativo, encontram-se maioreS! ínc ices de atribuição de ce.uウ。ャゥ、。セ・@ pessoal, irritação e de "respostas agressivasn • Mas se
o elo
é
positivo, causalid.ade ゥセー・ウウッ・@ 1 é atritiulda .. Em -suma, se"gundo esses autores a 。エイゥ「オゥセッ@ de causalidade pessoal e ッーイゥセ@
cipal イ・ウーッョウセカ・ャ@ pela イ・。セッ@ agressiva.
.
-oオエイ。セ@ pesquisas ウッ「イセ@ frustração , focalizaram fatores
que influenciam na quantidade de ヲイオウ「イ。セッ@ percebida.
'trariedade da
ウゥエセ。ゥッ@
e O fato、セ@ ゥョ セ ゥvゥ、オッ@
acreditarA
arbi--ou nao
que terá uma oportunidade para (Thibaut e . Caules, 19?7)
-estão entre as varIáveis que
Embora a , hipótese básica considere a a2reSSBO sempr e
-como オセ。@ conseqUincia da frustração, observa-se · em muitosa-dultos e mesmo em crianças, a frustração seguida prontamente por
uma aparente aceitação da situação e um reajustamento a ela. De
ve-se lembrar, que uma das primeiras ャゥセ・ウ@ na vida social, e
suprimir ,e controlar nossas イ・。セU・ウ@ agressivas. Entretanto,
a--firma o grupo de Vale, doャャ。イセL@ mゥャャ・ セ L@ . Doob,·
(1939), ' que tais reaç5es embora
ーッウ
セ 。ュ@
ser、ゥウヲセイ。、。ウ@ sao muitas vezes des,viada·s de
Mowrer e Sears,
retardadas ou
seu objetivo
1:.
significa uma interferincia ョ。 G ウ・アオセョ」ゥ。@ de um comportamento ッセ@
jetivo e セ@ agressão. considerada アセ・ャャセオ・イ@ ウ・ アセセョ」ゥ。@ de 」ッューッイエセ@
mento セ@ qual a resposta ッ「ェ・エゥカ セ@ j a Z lョェセイゥ。@ da pessoa a qual
se dirige.
Montagu apresenta diversas formas de agressividade
entre as quais . pode-se citar:
- a predatória: provocada pela presença de uma presa;
- a 。ョエゥーイ・、。エイセ。Z@ provocada pela presença de um
predador;
a territorial : defesa de uma região;
- a de domínio: provocada pe lo desafio a posição de
um animal no grupo ou a seu desejo de possuir .
•
tntretanto a que se assemelha aos pressupostos de Dollar e Mil
l e r i o tipo de agressão produzida ー・ャセ@ medo. Montagu afirma que esta agresseo
.é
gerada pela prese lnçe de. um agentefrustra-dor ou pela ゥューッウウゥ「ゥセゥ、。、・@ de escapar.
Gray (1978) considera Que frustr Clção tem o
mesmo sentiJo que o medo. Seus postulados derivam de
pesqui-sas que indicam que ウゥエオ。V・セ@ que provocam medo" ou frustrações
resultam nos mesmos efeitos .
E
admitido que existem diferenças quantitativas e não カ。イゥセ・ウ@ em gênero no estado funcional · efisiológico despertado tanto após a omissão de recompensa
espe-rada (frustração) ou um estímulo aversivo .
Montagu defende a posição de que fatores ambien ..
que pesquisas realizadas por Sheldon e Glueck na Universidade
de Hav ard indicam a existência de uma incidência de comporta
--mento agressivo no lar ー。エセイョッ@ muito maior entre rapaz es delin
quent es que os ョセッ@ delinqUentes. E ainda acrescentado que
quando o comportamento 。ァセ・ウウゥカッ@
é
fortemente desencorajadq, 」セ@ mo ocorre entre os irmãos "h ute istas", os "Amish" e os índio sHopi, praticamente nao ocorre .
Embora possa-se admitir a elação entre ヲイオウエイセ ̄ッ@ e
agressao. os fatos indicam que a frustração não é a única
çon-dição para a agressividade. A pr6pris teoria de, Dollard e
Mil-ler considerou que nem todas as frustrações provocam agr essao
manifesta . Ações ' agressivas podem ser inibidas e o grau de
inibição varia positivamente com a quantidade de castigo
pre-.
visto como consequência des se ato . dセウウッ@ se conclui que quanto
maior a previsão de castigo pa:: a detelr'minado ato de agr essao , m,!
ョセウ@ provivel é a ocorrência do ato . Foi elabo rado também na
teoria citada, o conl?sito. de frustração adicional. Tal tipo de
frustr ação decorre da interrupção de lima agressão direta
forte-mente ihstigada por uma frustração inicial. ' Essa ウオ」・ウセ ̄ッ@ ten
-de a rep etir - se enquanto seguidos atos de agressao sofrem in
terferência. Disto decorre que quanta maior o grau de ゥョゥ「ゥセッ@
específica de um ato · jTlais direto de .ag;ress ãQ., mais provável a
ocorrên cia de atos indiretos de agressão (atos não dirigidos
ao a tente frustradorl.
Em suma, a inibição de qualquer ato de agressao é con
gundo se supoe, reduzir a instigação para agressao . Na termino
logia ーウゥ」。ョ。ャヲエゥ」セN@ essa liberação セ@ denominada "catarseu
•
En-tão. qualquer liberação de agressão : l'eduz a instigação para
ou-tras respostas agressivas.
A seguir serao apresentados os postulados básicos da
teoria da ヲイオセエセ。ゥッ@ de Roserizweig. por relacionar-se
fundamen-talmente com os objetivos principais deste estudo .
Rosenzweig estabeleceu em sセ。@ teoria o conceito de to
lerãncia i ヲイオウエイ。セ ̄ッGアオ・@ se refere a capacidade dos individuai
de não comprometerem seu ajustamento psicológico frente a situa
ções frustrantes. Desse modo. um ma :lor grau de tolerincia
sig-nifica a não utilizaçãp de modos inaejequados de respostas e
es-tã estreitamente relacionada セ@ habil :ldad. da lidar
objetivamen-te com as frustrações .
Sua teoria , com fundamentos psicobiológicos . ーッセエオャ。@
que a frustração ocorre quando há um obstáculo no caminho que
conduz i satisfação de qualquer neCB1:isida.de vital. Foi conside
redo que entre os níveis de defesa ー ゥ h」ッ「セッャァゥ」。L@ o nível ウオーセ@
rior ou de defesa do ego. defende a ー・セウッョ・ャゥ、。、・@ de agressoes
psicológicas . Entre os fatores que condicionam a frustração, foi'
citado por Rosenzweig. o nível de interesse na açao . ou seja.
crença no resultado ou êxito. Outro fator. se refere ao espetá
culo do pró.ximo que triunfa donde temos fraCassado .
,
-rッウセョコキ・ゥァ@ nao se fixou muito na explicaçao da
condu-ta agressiva mas fundamencondu-talmente se baseou nos d i ferentes
ti-pos
B
direções da reação. Foi estabelecido que · muitos sujeitos • ao invés de se adaptarem as si tuações .fructrantes, reagem comウッャオセ・ウ@ negativas atacando ou fugindo. Isso se daria porque
o obstãculo dominou ·a 」セョ、オエ。@ do sujeito .
Neste aspecto observa-se オセ。@ aproximaçio com o que fui
postulado por Dollard e Miller. Os sujei tos que cost uma m
rea-gir desse modo, cita Rosenzweig. 58 rogem pela decepção 8
pe-los in convenientes . Seus estudas resultaram em uma
classifica-çao das reaç5es sob diferentes perspectivas:
1) セb。V・ゥ@ de ー・イセゥウエセョ」ゥ。@ da necessidade: essas rea ç6es objetivam satisfazer a necessidade específica
frust r .ada . Correspande aos conceitos ーウゥ」。ョ。ャ■エゥセ@
cas da nsublimaçio e da conversio n . A エ ・ョ、セョ」ゥ。@ da
resposta à dirigida para a solução do problema ine
rente A situação frustradora .
2] · Reaç6es de defesa de ego :
dldas em três direç6es:
essas reaçoes sao divi
-a) Respostas extrapunit i vas : correspondem as res
-postas nas quais o indivíduo 。エイセ「オゥ@ agressiva
-,
mente a frustração a pessoas ou coisas
exterio-res . As emoçoes, neste 」。セッ L@ são a cdlera e a
irritação . Convem aqui
-
」ャエセイ@ que a ・セエイ。ーオョゥエゥMv id ade patológica projetiva
ê
ilustrada pela ーセ@ranóia .
b) Respostas ャョエイ。ーオョゥエゥセZ@ sSo respostas nas
quais o indi vÍ"duo atribui agressivamente a frus
traçã6 a 5 1 mesmo . As emoçSes 。セウッ」 ャ 。、。ウ@ a
es-tas renç50s sao.a cu lpa e o remorso.
•
Os mecani s mos pSicanalíticos correspondentes sao a
transferência B o isolamento.
c} G r・ウーッウセ。ウ@ impunitlvas:
A
agressao aqui nao 。ー。イセ@ce como força geradora . Há
uma
tendência a enca--rar a ウセエオ。 ̄ッ@ frustrante de modo conciliador' e omecanismo psicanalítico correspondente i a
repres-sao.
Rosenzwelg cons i derou. que do ponto de vista biológi
.
-co, qualquer reação
à
frustração .i adaptat i va por . envolver umaprocura de restauração ou equilíbrio . Foi ・ウエ。「・セ・」ゥ、ッ@ que as
Teaçoe s mais adaptativas , definidas etn função de um caráter mais
progre ssista . se caracterizem por uma maior perSistência nos ob"
jetivos. apesar dos obstáculos . As イ・。セ・ウ@ ョセッ@ adaptativas d6
tipo de defesa de ego ーッ、セュ@ ser exempl ificada s アオ。ョセッ@ um
sujei-to se acusa de um fracasso que na raa)ldade セ@ provocado por
falta de outrem. Obviémente uma conduta adaptativa, neste caso ,
corresponderia iquelas em que um sujeito se acusa de um
fracas-Uセ@ num empreendimento em que nio apresenta セ Xs@ necessãrias
apti-..
dões .
セッ、・Mウ・@ admitir アオセ@ o concetto de tolerância
à
frus ... traçâo de Rosenzweig se aproxima dos seguintes principias ーウゥセ@cenalfticos: a ーイゥョ」■ーセッ@ da prazer e da realidade e o ーイゥョ」ヲセ@
pio 、セ@ fraqueza de ego. o princípio elo prazer implica na satis
façio ゥセ・、ゥ。エ。@ de todo dS5sjo sendo que, pouco a pouco,em
contacto · com a realidade,o indivíduo aprende a ietardér a sat i sfa
- ̄セ@ e o princípiO da realidade esti dtretamente li gado ü um
rosXョコキセゥァ@ colocou que as イ・セッ・ウ@ inadequadas de
de-fesa do ego. que ・セカッャカ・ュ@ um meio de proteger a personalidade do
desprezar. -se relacionam com o conceito psicanalítico de
fraque-za do ego e significam baixa tolerância
à
frustração .Foi ainda éstabelecido que os níveis de resistência à
frustração se associam à diferenças individuais onde os baixos
l i miares corr8sponderiam a personalidades neuróticas 8 os altos
limiares implicariam num processo lnibit6rio acionado sopre a
tensão gerada pela frustração .
Na esfera intelectual. o conceito de tolerância
à
frustração se refere à capacidade de recusar uma satisfação
imedla-ta;
Hunt
supos que o p.ensamento slrnbôllco implica na retençãode certas impressões, apos a retirada do estímulo e
posta seletiva. depois de certo tempo.
numa res
-Em ambas as esferas, afeti v a e intelectual . há certa
aptidão para a resposta não imediata. quセ@ se desenvolve com a
maturação.
Foram apresentados por Rosenzwe i g dois possíveis
de-エ・イセゥョ。ョエ・ウ@ dQS níveis de tqlerânciEL: fatores somáticos
refe-rentes aos aspectos inatos e os fatores psicológicos ァ・ョセエゥ」ッウL@
entretanto tais 。ウー・」エッセ@ nao foram suficientemente delimitados
CAPITULO 2
percepᅦセo@
SOCIAL
PERCEPÇAO DE CONTROLE
1. "Locus de
Controle"
e Atribuição de Causalidade
A dúvida em torno das caUS6B da conduta própria ou
a-lhe ia pode orientar decls5es desviadas do real. B partir de.
percepçOBS distorcidas .
E preocupaçao bisica da psicologia social a
percep
-çco dos sujeitos sobre a sua 」ッョ、ャセッ@ de セゥ「Xイ、。、・@ e イ・セーッョM
sebilidade pelo seu próprio destino ou e percepçao, no contra
la,por forças e entidades ・クエ・イョ。ウセ@
As oscilações entre esses dCI!s polos na pBrcepçao do
controle correspondente definem atua l mente um campo
promis--ser de indaeaçôes no imbito do estLldo das condutas, tendo se
.
-tornado fonte de novas elaborações セXイゥ」。ウ N@o
constructo percepçao de controle i definido nateo-ria da aprendizagem social como o sentimento que os sujeitos
tem de sentirem -s e capazes de determinar a ocorrência dos
fenômenos, sentindo desse modo. イ・ウpqョウ。「セャゥ、。、・@ por seus
. atos.
A cogniçio de um indivíduo da que um ・カ・ョセッ@ causa
ou-tro . decorra de uma motivação n at ur al do homem em buscar a
0-セゥァ・ュ@ dos fen61nenos e se relaciona com a idiia de poder 90- 4
bre o mundo. Desse modo a necessidade de controle 58 refere a
tendência humana a ' atribuir causalidade aos fatos.
Perceber-s8 como agente intencional e projetar no mun
do essa forma de poder
é
uma etapa típica do 、bウ・セカッャカャュ・ョエッ@ coセ@nitiva . Um destaque a essa ーッセゥ ̄ッN@ antes da conhecida ーオ「ャゥ」セ@
ção de Faucon.ne-t (1928) já aparece BIITI Piaget (1926) se
referin-do a antinomia entre "fenomenismo" como percepçao da
determina-ção impessoal entre fen6menos B a "efi cácia " como sentimento do
pr6prio esforço expandido para o mund o. , Uma concepçaa 「。ウャ」。セ@
mente inspirada em Mains de 8iran (.Z1egler, 19B1).
De Charms (196B) citado por Lefcourt (1976) descreve
esse eficácia em termo.5 motivacionai!: •. Sua interpretação básica
considera:
"man' 6 pll..i.mall!j mo:t..i.va:t..i.ol'la.t pll"Ope.n6..i.:t!j
..i.6
to
be. e..,á.
6ec:t..i.ve.
Úlplloduc..i.ng change.6 .in h.i6
LセョカNゥャャッュ・ョオョ@ (p .269)
1de-correndo portanto que a condição 「セウQ」。@ para tal イ・。ャゥコ。セッ@ e
alcançar um nlvel de controle que ー・jセュゥエ。@ assumir
essencialmen-te sua conduta :
"The. mo:t.ive.
.in
e66el1ee., ..i.6
:to
b e.
ma6.tell
06OI'le.'6
6a:te., :to
be.
oll.<.g..i.n
06 one.'6 be.-ha.v.i.oll".
Em seus estudos. Lefcourt
(1 976)
associou "percepçãode controle" a condiç5es opressivas. 。ヲゥイュセョ、ッ@ que ーセウウッ。ウ@ que .
vivem em contInua ・クーッウゥセ ̄ッ@ a 」ゥイ」オョウエセョ」ゥ。ウ@ 。、カ・イウ。セN@ a vida
nao lhes parece ウセイ@ sujeita a controle pessoal. isto セN@ em
fun-çao de seus esforços. Foi .constatado que ・ウウセウ@ pessoas cr eem que
sbmente uma intervenção externa pode alterar essas ウゥエオ。U・ウ Neセ@
se crença no poder externo. leva ao ウ・ョエゥュ・ョセッ@ de pouco
contro-ャセ@ pessoal e a uma atitude fatalista perante a vida .
Pesquisa s ·conduzidos com negro s revelaram que, mesmo 4
tema" pelas suas dificuldades (Gurin. Gurin . Laa e Beattie , 1969),
Esses autoras sustentam que o fato de pertencer a uma minoria
econ6mica e socialmente prejudicada lava inevitavelmente a ・クーセ@
riências difíceis e a ausência de. sen·time ntos de dignidad p ,
resu lt ando uma tendência a descartar a responsabilidade de condu
-zir a própria existênci.a.
A percepção de controle esti diretamente relacionada
a reell1ações humanas. entre elas os p rocessos de aprendizagem.
desempenho pessoal e ーイッヲセ ウウゥッョ。Nャ@ e se ntimentos de
auto-esti-ma; podendo a percepção da perda deste controle acarretar
oon-
"-sequenclas profundas e duradouras para os Uオェ・ャエッセ@ (Seligman,
1972) •
Alguns experimentos comprovem a inferência da percep
-çao de controle ' pessoal nas reações
à
es"tfmulos aversivos (Staub ,Turky e Schwartz, 1975)' . Foi constatado que os sujeitos, qオ。セ@
do }セ・ウ@ era permitido auto-administrar cho q ues. ou seja. ュセョエセ@
rem controle sobre uma estimulação nociva. relataram ュ・ョッ セ@
des-conforto. mesmo a "um nível alto de 」ィッqオ・セ@ do que aqueles , que
nao exerciam esse tipo de controle. Reações a es tímulos aversi
vos sao portanto. influenciadas pela percepçao dos sujeitos
so-bre sua capacidade para lidar ,com seus efeitos d e bilitant es . A
possibilidade de predizer a estimulação nociv,a afeta as
condi-ções de adaptação a situação 8stressante. Disso decorre que,
quanto mai9r a condição de ーイ・カゥウャ「ゥャゥ、。セ・ N@ maior a habilidade
das pessbas de prepararem seus aparatos sensoriais de rrodo a
mi-nimizar os efeitos dos 82tímulos aversivos.
os efeitos da percepçao de controle. Schulz (1976), num
estu-do em asilos, formou
tris
grupos de idosos com diferentesní-veis de 」ッョエセッャ・@ sobre as visitas que rec ebiam. Os elementos
do grupo que selecionavam seus v i s! tantes . assim como o tempo de
duração, manifestavam mais' esperança !iobre suas vidas .
sentindo-se mais úteis e msnos solitários do que aqueles do grupo que não
tinha essa condição de escolha.
Ainda num estudo com ido sos quanto ao controle p BSS
O-*
aI. Lenger e Rendin (1976J demonstravam アセ・@ grupos a05
eram "delegadas responsabilidades' para tomar decisões com
res-peito as suas vidas mostravam-se slgn :1.f i catlvament!"! mais
aler-tas 8 ativas.
Pode-se admitir. a partir desses resultados . que a
percepçao de controle e um significativo 、・エ・イュゥョ。ョセ・@ do bem es
tar do organismo,como tambim 、セ@ ーイッ、オセッ@ de condutas adaptati-'
vas o
Secundo Lef court quan do um individuo e privado do seu
senso de auto-determinação . torna-se menos capaz de apre'nder
a-través de suas próprias experiências .
A
ー・イ」・ー。セ@ de ゥョ。セゥャゥ、。、・@ para com o destirio. danominada por Sel1gman cャセWWI@ de desamparo constitui resposta natural a
opressao e meio sociais , ho stis , LefcDuI't cita que negros de
baixa ,c l asse socia l oriundos de paises latinos bem como
india-n os e ッオセイッウ@ grupos minoritãrios. sem acesso , as oportunidades
ーッウゥエQカ。 セ@ da sociedade americana . desenvolvem crenças fatali
s--tas de contl'ole externo .
..
Em síntese. grande parte de investigações aponta sis
tematicamente que o meio ambiente altamente punitivo e as
posi-ções ウッ」ゥ。ゥセ@ . geradoras de privações tl3ndem a levar os sujeitos a comportamentos infantis e regressivJs pela falta de percepçao
de controle em suas vidas; enquanto q1ue os sujeitos proveni
.en-tes de alto nível sacio -econômico te l dem a perceber-se como
mais responsáveis pelas ocorrências e os ・ヲ・ ゥセ ッウ@ de sua conduta.
A contribuição mais efetiva no âmbito da 。ーイ・ョセゥコ。ァ・ュ@
social sobre percepção de controle ヲッセ@ イ・セャゥコ。、。@ por Julian Rot
ter(1966) estabelecendo que o comport3mento ーッエ・セ」ゥ。ャ@ de um
in-divíduo nao セ@ estático. muda em função de suas experiincias que
por sua vez determinam mudanças em suas expectativas ou nos va
lo res atribuídos aos イ・セッイッウN@
expectancies for internaI versus externaI contraI of reiforcEment."
Rotter afirma que os efeitos de um . reforço sobre セ@
comporta-me.nto que o precede depandem em parte セッ@ fato de a pessoa
perceber como 」ッョエゥセァ・ィエ・@ ao seu comportamento ou independent e
dele.
o
Assim, o desempenho de um sujeito de acordo com esta
perspectiva j セョヲャオ・ョ」ゥ。、ッ@ pela expectativa adquirida de que · os
fatos são · 、・ー・ョ、・ョエセウ@ do aca$o o u dependentes da sua セ。ー。」ゥ、。、・@
indi vidual .
Em suma,o comportamento das p essoas difere conforme
dependa de situações percebidas com6 decor ri das do acaso. isto
é . sendo atribuído a CnUsas externas. ou de セゥエオ。・ウ@ percebi
Rotter (19GE) estabeleceu que 。ャセュ@ da expectativa
ge-nerallzada, variáveis como o valor dado pelo Uオセ・ャエッ@ ao
refor-ço 8 õ situação psicçllógicél irão determjLnar um comportamento. Tal
proposição foi esquematizada do seguinte modo :
çao
( E)
BP
X 5 R
1 a e
RV
a 5 )1
M • • • O potencial do comportalnento X ocorrer numa situa
I. em relação ao ref.orçamento (R ) é função da expectati.va a
de ocorrência desse イ・ヲッイ。セbョエッ@ セ・ァオゥ、ッ@ a esse 」ッューッイエ。ュ・セ@
to X, na situação 1, e o valor do reforçamento (RV ) na situa
--a ção 1" CLefcourt . 1976, p. 26)
Pode-se ilustrar esse fenômeno da seguinte maneira: セ@
comportamento de um rapaz de se a pr oximar de uma jqvem para "co!!,.
アオゥウエセMャ。セN@ 。エイ。カセウ@ de olhares# sorrisos é ーイ・、ゥセヲカ・ャ@ se 」ッョ ィ・セ@
cermos sua expectativa, de que' essa maneira de se aproximar irá
resultar numa resposta afetiva recíproca por parte dela Hイ・ セ@
forçamentol . Essa expectativa normalmente decorre de suas ・クーセ@
riências prévias com jovens do sexo oposto . , Alem disso . o co
-ョィ・」セュ ・ョエッ@ adicional do grau pelo qual a resposta positiva da
jovem
é
、・セ・ェ。、。@ pel,o rapaz '(valor do reforço) reforça apredi-çao .
Rotter elaborou outros constructos,que convem aqui
se re m comentados , セlゥ 「・イ 、 。、・@ de ュッカゥュXョエッセ@ se refere a expecta
tiva de um indivíduo de obter resultados ーdウゥエゥセッウ@ em função
de seu comportamento , ou seja. a expectativa de ser re forçado
Que traduz o grau de pTeferincia pela ocorrincia de um reforço
se as possibilidades de Dcorrineia deste e de outros reforços
são iguais.
Com freqDência , quando um indivíduo valoriza muito cs!,
t o tipo de r e forço. como por exemplo セイ・」ッョィ・」ゥュ・ョエッ@ sqcial", ーセ@
de, ao mesmo tempd, ter pouca esperança de alcançá-lo. Nesse
ca-50. a baixa "liberdade de movimento" e o ヲッイエセ@ "valor do ce
-forço" (RV) ou necessidade pod e levar a uma variedade セ・@ 」ッューッセ@
tementes defensivos ou psic6patoldgicGs .
Em suma,"liberdade de ュッカゥセ・ョエッ B@ セ@ uma expectativa g!
neralizada de sucessos resultante da habilidade do indivíduo ーセ@
ra lembrar e refletir sobre expectativas especIficas de
sequen-elas cíclicas de comportamento e r8sultadQs anteriores. o Que
se refere a ー・イ」・ーセッ@ de poder que o indivíduo ェセ ャ ァ。@ dispdr
so-bre seu mundo psicossocial . Um ェッカセュ@ depois セ b@ alguns anos de
convivia na escola ウ・」オョ、セイゥ。@ com jovens do sexo oposto ・ウエ。「セ@
l ece uma expectativa bastante ・ウエセカ・ャ@ de sua , probabilidade de
sucesso para despertar o ゥョエ・イ・セウ・@ feminino. Esta estimativa
de sucesso constitui a "liberdade de nlovlme'nto" .
Paralelamente, uma "baixa QQ「・イ、。セ・@ de ュッカゥセ・ョエッh@ se
refere a alta expectativa de puniçio ou . fracasso. comó
resulta-do de ·comportamentos com os quais o sujeito tenta obter
refor-ços, que constitui uma necessidade particu l ar " (Rotter, 1954),
lefcourl distingue percepçao de controle e liberdade
de movimento, afirmando que , a ·primeira se resume na
expectati-va generalizada de controle interno ou ・クエ・イセッ@ de reforçamentos
•
envolvendo uma anilise causal de sucessos e fracassos.
enquan-to que, " liberdade de movimenenquan-to" se d8fine pela ーイッ「セ「ゥャゥ、。、b@
de esperar apenas pelo sucesso .
Uma pessoa pode ter uma alta expectativa de sucesso
(alta . liberdade de movimento] e não a t. ribui. - lo a
caracterIsti-cas internas. セ@ possível que ocorra neste caso uma atribuição
externa, isto s, a um fator impessoal (sorte , p.ex.l pelas
rea-lizações de sucesso. Por outro lado, baixa liberdade de movi
mento pode estar relacionada ao con t role interno. Uma pessoa
pode セウー・イ。イ@ que um エセウオ」・Uウッ@ nas suas realizações decorra de
falta de qualidades pesso.ais e não em função de fatores externos
ou impessoais.
No capítulo tris deste trabalho sao apresentados os
resultados dos principais ・ウエセ、ッY@ イ・ヲ・イ・セエ・ウ@ セウ@ expectativas de
sucesso e fracasso.
Deve ser ressaltado ainda. Que nao e apenas o イ・ァゥウセ@
tro de experiincias 、セ@ ウオ」・Yウセウ@ e fracassos que ャセカ。@ ãs
expec-tativas generalizadas de controle interno e externo mas tambim
as interpretaç5es sobre as causas de tais experiincias .
Rotter (1966) elaborou o constructo オャッセオウ@ de
.contro-ャ・セ@ que se refere a percepçio das pessoas a respeito da fonte de
controle dos eventos . se .pr6prio do sujeito "interno" - ou pe::
tinente a algum elemento fora de si pr6prio "externo", Cabe
clarecer · que i considerada a
・クセセ」エ。エ
エ カ。@
pessoal aセ・ウー」ゥエッ@
85-do
controle do eventos e nao os セ・エ・イュゥョ。ョエ・ウ@ objetivos. ou seja.as
Rotter, resume suas idiias do seguinte modo :
"Quando UI/I Jt.e6oJt.ço
ê.
pe.Jt.ceb,(do pelo fluje.ito como fle. -guido de alguma ação flua, 11Hlfl não flel1do contingente aflua aç:a.o , então I em ョッNセ。@ cr.lltuJt.a,
ê
,tipica.mentepeJt.-cebi.do como Jt.e6ultado de .60ILte, aca.6o . deót.i..no , COmO
flob cont,'Lole. de outJt.a.6 peófloaó detentoJt.a.6 de podeJt, ou
como não pILediz2vel poJt 」。オ \ セ。@ da gILande complexidade
d e 6oILç.a6 que o ceJtcam. QW111do o evento
ê
ゥセャャ・jエーjエ・Nャ。@do a.6óim peto 6ujei,to con.ói.delLa.mO.6 q(te. há. (tma
clt.enç.a-no conlJt.ole exteJtllo . Se a /::Iefl.óoa· peILc ebe. que o even
-to セ@ cont.i.ngente. ao óeu pILõplL.i..O compo.ILtamento ou a
.6uafl caJtac. teJt2flt.i.ca.ó paJLt.i..cu.talLefl Jtela:t.i..vamen:te pe.lLma
nen:te.ó , con.óidelt.amc.ó
uma.
clt.l!nça no c.ol1tlLolein:te.ILno"-11966 , p .
l i.
A mesma inferprotaçio
a
destacada por Lefcourt (1976)" The geneILal.i.zed expectanclj 06 inteILna.l contlLol , Jte6elL
to the peltcep:t.i..OJ1 06 even:t.6 l' whetfi r:' Jt. poóiti.ve ar
nega:t.i..ve , a.6 be.i.ng a confl equence o
6
Olte ' .6 OWn ac.tioYlh aJ1.dthelteby potenuati.y undeIL peILóonal con:tJtol.. Tlt e
ge.neJtctt,i.zed expectancy 06 e;(:telLnal con.tJto! , OH ,lhe
otl1eIL hal1d, lLe6eJtfl to :the pe,ILcept.i..on 06 pOflitive olt.
negat.tve even'tt. a.6 be.i.11g Ul'Vte.la:ted to ane ' fl' own
behaviolL al1 :the.ILeby beyond 'pe,uonal contILollI
ILe6 couIL-t , 1976, p . 291:
Da acordD com a teoria da aprendizagem social ,
quan-do a ウゥエオ。セッ@ j rotulada como determirlada pela habilidade das
pessoas ou "f ator sorte ". menor o papel desempenhado pelas
ex-pectativas generalizadas na determinaç;ão de diferenças
indivi-. duais de comportamentn indivi-. e maior o seu papel em s i tuações ambír
guas e pouco conhecidas cセャッ@ suje ito.
Por se colocar em termos de 。ーイ・ョ、ゥコ。ァ・セ@ o determinis
mo real desta tipologia . FlS expectativas gen.sralizadas sao cons
tru!d as atravjs do processo 、セ@ socia lização セ 。ウ@ p essoas ao ャッョセ@
fracasso . Essa característica ・ウエセカ。ャ@ desenvolvida pode ser
」ッョウゥ、・イセ、。@ mais interna ou mais &xter na .
Conforme já mencionado. disposições ou crenças
desen-volvidas tem muitas implicações no desempenho de comportamen
-tos . A percepção de controle
é
acompanhada da capaCidade de interferir nos reforços , levando os sujeitos a anteciparem recom
pensas e a maior tolerância a frustrações entendida como ー・イウゥセ@
tência em atingir objetivos a longo prazo. As pessoas que
sen-te m esta capacidade de セッョエイッャ・@ se situam no pala ゥョエ・イョ。ャセセセ@
de enquanto aquelas . que
.
. .
nao se sentem capazes disto tendem aatribuir セ@ sorte. ao destino. a 」。オウ。セ@ ゥョ」ッョエイセャ£カ・ゥウ@ ッセ@ ao " ou tro-poderoso" (ver Lefcourt. 198})" a respon sab i lidade pelo que
ャィ セッ」ッイイ・L・ウエ。ウ@ pessoas sao"as que se"situam em direção ao
p5-"
l o "externalidade .
•
o
contínuo irrt-arnalidade/ex teynalidade. afirma Rotter(1966] e uma distribuição aproximadamente . normal e os extremos
estariam associados a desajustamentos pois uma crença exagerada
no controle internD イセウオャエ。@ em" "onipotincia irrealista " e " ·uma
crença exace r bada no controle externo leva a uma atitude
pas-siva e dependente .
Rotter supos que se há uma axpectativa ーセイ。@ um
refor-ço e este nio se segue ao 」ッューッイセ。ュ・ョエッ L セウエ。@ expectativa t ende a se reduzir . Estabelece. outrossim . que se houver
per-cepção de C'ontingência . ou seja , um a p.erper-cepção do p róprio envol
vimento pessoal , a expectativa de reforço ten.de a aumentar .
resultadon possibilita . segundo Rotter, uma compreensao da lnte
ração do indivíduo com o seu meio.
Um desdobramento do concej, to de セッ」オウ@ de controle" foi
realizado por Levenson ( .(.Ier Lefcour : . 1981) e Romero Garcia(1981l
ao proporem a ex ist'ência de dois tipos de sujeitos externos: Bセ@
externos autinticos" ou " congruentes " que perceberiam a origem
do controle como estando rel acionado ao destino, azar. acaso ou
entidades sobrenaturais . sobre as quais não poderiam e.perar
e-xercer controle e os "externos defensivos " ou
"externos/out.ros-poderosos" que perceberiam o controle como estando a cargo de
outras pessoas mas que um dia poderiam .ainda seFem controladas
por eles.
Uma outra vertente . a estudar fi percepçao de contr.ole.
foi a teoria da atribuição de causa lid ade que se.refere ao ーイセ@
cesso cognitivo ou alocação de causas -aos eventos percebi dos ,"pa.!.
cialmente mencionada no cap"ítulo 1.
A teoria da atribu1ção de causalidade tem sua origem
nos estudos desenvolvidos por Heider (1944) sobre p erc'epção
so-cial da causalidade fenomenológica. Seus ーイゥョ」■ーゥセウ@ basearam-se
na idéia de que o homem tende a atribuir 」。オウ。ャゥ、セ、・@ aos
fenô-menos, a fim de adquirir . conheci·mento que tornl. possIvel uma
contemplaçio de um mundo estive l. 」ッ ョエイッャセカ・ャ@ e prodiz{vel.
Desse modo. aG ー・ウセッ。ウ@ セセョ、・イゥ。ュ@ a buscar ゥョカ。イゥセョ」ゥ。 ウ@
entre' causas P. efeitos .. Esse ーイッ」・セ[ウッ@ se traduz quando uma
pes-soa reconhece .intencionaltdade na perpetraçio de uma açio dela
ou de ッオエイ。セ@ pessoas (a ーdウセッ。@ como origem da açio) ou atribui
pesspd no caso sendo' apenas instrument) de forças fora de sua
vontade) . Esses dois tipos de atribudç;o ' de causalidade. sao
considerados fundamentais para o comportamento que se seguirá a
esta percepçao.
Heider desenvolveu conçeitos como propriedades
dispo-sicionais. forç.as pessoais e impessoai'3 ou ambientais na ação da
pessoa e níveis de atribuição. ェセ@ esboçados no capítulQ
anteri-oro
A busca de ' invariâncias [ou \JrOpriedades dis posi
cio-nais) pode ser ilustrada do seguinte 'modo: Uma pesSoa npn ・クーセ@
rimenta uma emoção X agradável e procura ide·ntificar sua causa.
Três hipóteses s;o plausíveis: X ocorlreu por acaso, "pn foi a
causa de " X" ou ainda uma outra pess'oa nO" . . f.oi a causa de X. Ca
so a Gltima seja aceita, np" ゥイセ@ querer saber se nO" teve ou
não intenção·de CaUsar "Xn e ainda ti porqui desta intenção.
A
procura de características ー・ウセッ。ゥウ@ em nO" [trata-se de uma ー・セ@
soa boa. altruista) que justifiquem a :lntençãp constituem as
proprie dades disposicionais que .. tornar/3o inteligível a ação de
"on (citado por Rodrigues, 1979).
Os experimentos de Heider e Simmel (1944), 」セエ。、ッウ@ por
Dela Coleta (1981), comprcvaram a tend.êncía natural das pessoas
a atribuirem causas aos eventos interpeBsoais. Estes autores
u-tilizaram-se de filmes com figuras ァ・ッュセエイゥ」。F@ se movendo . Os
sujeitos eram solicitados a descrever o que haviam visto . Na
maioria dos . qasos . eles fizeram descriç6es 。ョセイッーッュセイヲゥ」。ウ@ das
。エャセゥ、。、・ウ@ das figuras geomjfrlcas, e lestas ' descriç6es
padia-se ver claramente o ヲ・セVュッョッ@ da atribuição de causalidade, Do
•
,
sujeitos atribuiam características pessoais セウ@ figuras e os
mo-\d. mentos イ・セイ・ウ・ョエ。カ。ュ@ ffi.otivos e sent1JTl8ntos . Estes motivos sao
n a verdade. os atributos que organizam os acontec i mentos. dando
u m significado antes inexistente.
Helder posteriormente (1958) apresentou. um modelo
50-bre os elementos fundamentais ,do processo de atrib u ição de
cau-sa l idade
x = f (poder x intenção + ambientel
Desse modo. as 。エイゥ「セゥセV・ウ@ resultariam de forças do ambiente Hセ@ tribuição externa ao ウオェ・セエッ@ envolvido na açao . causas
impes-soais1 ou de características das pessoas (atribuição interna ao
sujeito envolvido na açao. causas pessoais) . As causas ambien
-tais oU ' impessoais compreenderiam tanto características da
si-t uaçio. facilidades que o ambiensi-te proporcionou. assim ·como as
ocorrências devidas ao acaso . As causas relativas aos sujejtos
seriam oriundas ou da ィ。「ゥャゥ、セ、・N@ capacidade (ca u sas estáveis)
ou provenientes de suas motivações . seu esforço . seu empenho
( ca u sas instáveis ) . Esta última distinção foi 'o セゥッイ@ foco de
I
atenção de Heider,que elaborou a classificação: causalidade ー・セ@
soa I e impessoal - onde a primeira caracteriza-se pela intenção
do sujei to e o esforço do indivíduo. e n9 segunda nao ocorre uma
equifin.alidade , ou seja , os efeitos dependem de co ndições
ante-ri ores vaante-riadas.
Embora He i der tivesse chamado a atenção para as pos
-s i ve 1 -s diferença-s entre o -s proc.e-s-so-s de atri!::fuição de cau-salida
d e uti .lizados pelas pes,soBs que prat i caram os atos e aquelas ッセ@
t r aa que apenas ッ「ウ・イカセイ。ュ@ os atos , J onas e Nisbet t ( ver Dela
Co l eta . 1982) ウャウエ・ュ。セゥコ。イ・ュ@ esta 、ャウエゥョセッ@ numa abordagem te6
-r i ca. Seus estudos 'enfatizaram a dlvElrgêncla na percepçao das
causas dos eventos por parte dos 。エッセ・ウ@ e observadores. E os
re-su l tados indicaram que o ator · do comportamento tende a efetuar
atribuições a razões externa!5 para expl:l. car o seu comportamento .
ao passo que o observador tende '6 indicar as disposições 8 ca
--racterístlcas
ao
ator como responsáveis pe l a ocorrência dosfa-tos. Mais especificamente. os " observadores" 。」イ・、ャエ。セ@ que os
"atores " dos Gomportamentos geradores dos efeitos sio portado
--res de traços de personalidade bastante estáveis que determinam
seus comportamentos . Por outro l ado " atores" vêem seus pr6prios
comportamentos como decorrentes das circunstâncias particulares
enfrentadas;
セ・ウオャエ。、ッウ G 、・@ pesquisas demonstram que os
obse!'vado-res 。ーイ・ウ・ョエセュ@ uma tendin6ia a atribuir maiores
responsabilida-des aos atores. e menores a outros fatores . quanto mais severas
as conseqüências de sua atuação no experi·mento enquanto que os
atores atribuem menos responsab: l idades a si ュセウュッウ@ pelo ocorr!
do, e mais a outros fatores Quanto mais aumenta a gravidade das
consequências.
Jonas e Nisbett 3presentaram três explicações básicas '
. pare este fenômeno:
1) Diferenças na obtenção de informaçôes da situação e das pes-
,
soas : セ@ obiervador 50 tem como ゥイゥヲッイュ。セッ@ o comportamento
-montas ficam restritos セ@ expressocs fision6micas. jセ@ os a to re s
tem informações sobre seus estados interiores e sua história. セ@
lim disso. o observador nici tem dados informacionais do passado
do ator .
2) Diferenças no proces sa mento das informaç6os obtidas. Para o
ator. o meio e a situação são ュ。ャセゥ@ pregnantes B ao
observa-dor セ@ a figura do ator que ocupa a poaiçio de destaque .
3) Diferenças motivaclonais - neste aspecto a razao mais
!nflu-ente j a manutenção ou busca de incremento do sentimento de
auto-estima por parte dos elementos envolvidos no processo .
De acordo com pesquisas. nos eventos de efeito negativo . os
itores procuram proteger-se da culpa pelo fracasso , a
-tribuindo a causa do fenômeno às variáveis ao meio, nao se
vendo assim diminui dos por terem sld1J a causa de um evento ョ・ァセ@
ti vo . Os observadores, ーセイ@ outro lado . ao atribuirem a
cau-sal idade de ヲイ。」セウウッウ@ a caracterfsticéS dos atores ・ウエセッ j@ de
certa forma,depreciando a capacidade do ator. o que
signifi-ca manter elevado o seu conceito no gruPQ .
セ。@ ー・イウー・セエゥカ。@ emo .cional pode-se citaro fenô'meno do " 8
gotismo " (Snyder . 1976) que se refere a u ma エ・ョ、セョ」ゥ。@ da ー・セ@
soa observada , a atribuir cridito a ウセ@ pr6prio, sua capacidade,
seu e,sforço , por atos que resu) tem em efe ito positivo . e
evi-ter 。」・セエ。イ@ a própria 」オャセ。@ nos casos de comportamentos que ーイセ@
duziram um efeito neg at ivo. Em 」ッョウ・アオセョ」ゥ。ᄋ、ゥウウッセ@ as pessoas r esit.t i ri"lm em ace itar como causa de IJm comportamento 、ッセ@