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Importância do diâmetro das gotas de pulverização na deriva de defensivos agrícolas em aplicação aérea.

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PLANTA DANINHA II(1): 33-39, 1979

IMPORTÂNCIA DO DIÂMETRO DAS GOTAS

DE PULVERIZAÇÃO NA DERIVA DE

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS EM

APLICAÇÃO AÉREA

L.S.P. Cruz*; A. McCracken** e Y. Ozeki***

* Pesq. Científico, Instituto Biológico, Caixa, Postal 70 - 13.100 Campinas, SP.

** Eng.° Agr.°, FMC do Brasil S.A., S. Paulo, SP. *** Eng.° Agr.°, Serraria S.A. de Aviação Agrícola, São Paulo, SP.

Recebido para publicação em 23.4.1979.

RES UMO

Foi conduz ido um experime nto no munic í-pio pau lis ta de Bar ra Bonita , com apl icaçõe s aéreas, onde foram compar adas as dis tância s de deriva apresentadas por bicos de diversos tipos pos icion ado s em ângulos dife rentes . As apl ica-çõe s foram fei tas com uma solução de água con-tendo 0,1% de corante Lis sam ine Turque sa, com gas to de 30 1/ha.

Os resultado s mos tra ram a influênc ia do ângulo formado pelos bicos em sua colocação na barra de pul verização e a influênc ia do diâ metro das gotas de pul verização no efeito da deriva.

Os bicos côn icos D8- 45 montados com capa -•Ra ind rop - red uziram signi ficativamente o tamanho das gotas, o mesmo acontecend o com o bico <•Solid Stream, pos icionado a 45° .

UNI TERMOS: Gotas de pulverização, apl ica -ção aérea, deri va.

SUM MARY

This pap er deals wit h the drople t sizes and spray distribuitio n with several types of spr ay nozzles and diffe rent noz zle s angle s. The res ults were obt ained by fli ght tests using a coloured dye .

It was clearly demonstrated that nozzle an -gle has a very gre at effec t on dro ple t size and hence spray dri ft.

Among the nozzle s tested the D8 -45 with the Raindrop cap offered the gre ate st advant age s in red ucing the number of sma ll droplet and hence the r isk of dri ft. Good results pre sen ted by the sol id stream noz zle at 45° angle, too. KEY WORDS: droplet size, aer ial app lic ation,

dri ft.

INTROD UÇÃO

Um esforço raz oável foi levado a efeito no passado para a compar ação de der iva e objetiv os a sere m alc ançados entr e apli caç ões aéreas e terrestre s (3). Os res ulta dos alc ançados por War e et al. (6) mostraram que hav ia mai ores possibili dades de se con seg uir uma pulv erizaç ão no alv o, por tant o com pouc a deriva, atra vés de apl ica ções com equipamento ter rest re e dur ant e as primeir as horas da manh ã. Por ém, muit as vêz es ess a apli caçã o terr estr e torna-se impraticável , como é o cas o de loc ais com clima mui to úmi do que não permite a utiliz ação de equipa mento terrestre, ou inset os e doença s que req uerem um can-tro le ime diat o, ou ainda, a falta de mão de obr a trei nad a. Esses fat ores existem nas cond ições da agri cult ura brasile ira, como em cult uras de soja . Conv ém sa-lientar que 90% dos inseticid as empr e-gad os na agri cult ura no estado de Ari-zon a, EUA, são apli cado s com avi ão (2). No Bra sil, vem sen do mui to empr egada a pulveriza ção aér ea de her bici das, princi palm ente em cana-de-açúcar; de arb usticidas, em past agens; e, de desse-cantes, em soj a.

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Neste tra balh o foi medi da e com -par ada a variaç ão de tamanh o das go-tas e port anto , a ten dên cia de deriva dos div ersos tip os de bic os posiciona -dos em diferen tes ângulos .

MAT ERIAIS E MÉTODOS

Com fai xas de deposi ção de 10 m de larg ura, com pass agem do apar

e-L.S.P.CRUZ, A.McCRACKEN& Y.OZEKI

lho em seu sentido vertical, foi conduzi do um ensaio em 11 de junho de 1976, no município de Barra Bonita, SP.

Os tratamentos constaram da pulverização de uma solução de água com 0,1% de corante Lissamine Turquesa, com gasto de 30 1/ha, com diferentes bicos de pulverização, posicionados em ângulos também diferentes, e sob as se-guintes condições:

As pulveri zações foram feitas com avião do tipo Cessna Ag- wagon, modelo «C», munido de sistema hidráulico de aplicação de líquido, com barra de pul-verização e bicos.

Durante todo o período de aplicação as condições climáticas permanece ram estáveis, sem inversão. Muita ne-bulosidade e muita umidade do ar. As velocidades do vento foram registr adas a 2,5 m de altura. A direção do vento formava um ângulo de 90° com a linha de vôo.

A amostragem de gotas foi obtida colocando -se, em linha formando ângu lo de 90° com a direçã o do vôo, pequenos bastões de madeira com cartões de papel ,,kromekote» de 2,50 x 0,80 m, grampeados em sua parte superior.

Para a análise dos resultados foram tomadas duas áreas de 0,01 m2 onde se fez a contagem e a medição das gotas. O tamanho das got as foi estimado utilizando-se um gráfico adequado para a relação mancha de gota/tamanho de gota.

RES ULTA DOS E DISCUSS ÃO

Os res ultados de núm ero de gotas , por centag em de gotas reunid as por gru po de tam anho e por centag em de vol ume de pulv eriz ação por grupo de tam anho encontr am-se nos quadro s 1 e 2 e fig ura 1, res pect ivam ent e.

No quadro 3 são apresen tad as as car acterís ticas de tam anho de got as de div ersos bic os sob cond içõ es de lab ora tór io. A por centag em de vol ume da pul -veriza ção na categor ia de der iv a, i.e. , abaixo de 100 µ de diâ metro, é demonstra da para cada tip o de bic o, seg undo Del avan Manf . Co. (2).

Reu nindo- se em classes de por-centag ens de vol ume os dados da fig ura 1, obte m -se o quad ro 4.

(3)
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38 L.S.P. CRUZ. A. McCRACKEN&Y. OZEKI

Qua dro 3. Com par ação de tamanho de gotas entre qua tro tipos de bicos com taxas de fluxo epre ssão simil are s, em condiçõe s de laborató rio .

Qua dro 4. Porcenta gem do volume de gotas de ens aio com aplicação aérea de defensivos agrícolas com o avião Cessna Agwagon, em Barra Bonita, SP, em 197 6.

Seg undo Seimour e Byrd (5) , a du-raç ão da gota de pulv eriz açã o depen de da tem peratura e da umi dade rel ativ a do ar.

Eic kest edt (4) demonst ra também que com qualqu er aument o de tem pe-rat ura ou red ução de umi dade rel ativ a do ar, a deriva será mais acen tua da.

Do expost o con clu e- se que os da-dos apr esen tad os na figura 1 demons-tra m que o bico «Rai ndrop» prop orciona uma red ução significativa na ten

dên-cia da deriva, assi m como tam bém o bic o «So lid stream ».

Est e estudo conf irm ou o realizado por War e et al. (7) onde fic ou demons -tra do que o bico «Raindrop » deposit ou 25, 7% a mais de pulv eri zaç ão no alv o quando compar ado com os bic os tip o «Fl oodi ng» .

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DIÂMETRO DE GOTAS x DERIVA EM APLICAÇÃO AÉREA 39

quando compar ado com o posici ona -mento a 90°.

Os bic os «Raindrop » e «Solid str eam» oferecem vantag ens especiais na apl icação de her bici da s, ou out ros pro dut os quí micos, onde a der iva possa causar dano s à cult uras vizinh as.

Referências

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