F E R M E N T A Ç Ã O ALCOÓLICA D O C A L D O D A C A N A D E
AÇÜCAR V A R . Co. 290. III. E F E I T O D A A P L I C A Ç Ã O D E
DOSES C R E S C E N T E S D E S U L F A T O D E A M Ô N I O
SÔ-B R E O R E N D I M E N T O ALCOÓLICO (*)
C. G. TEIXEIRA O A . SALATI, engenheiros agrônomos, Laboratório de Microbiologia da Seção
de Tecnologia Agrícola, instituto Agronômico
R E S U M O
O caldo da cana de açúcar var. C o . 290 foi enriquecido c o m doses crescentes de sul-fato de a m ô n i o , para observar a influência dêste sal sôbre o rendimento alcoólico. Obser-vou-se u m acréscimo gradativo q u a n d o foram empregadas doses de sulfato de a m ô n i o variando de 0,25 a 0,75 g / l , sendo esta última a q u e resultou na o b t e n ç ã o dos valores mais elevados para o rendimento alcoólico; doses superiores a 0,75 g / l produziram redução.
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B R A G A X T I A VOL.15,
N . °2
A estirpe de fermento utilizada na fermentação d o caldo demonstrou
exercer influência sobre o rendimento alcoólico (2), sendo as mais eficientes
as culturas d o Instituto Agronômico F-29 e F-34. Por isso foram usadas as
seguintes estirpes de Saccharomyccs cerevisiae Hansen :
F-29 — fermento utilizado na fermentação do melaço, em Java,
American T y p e Culture Collection — 4125 ;
F-34 — fermento utilizado na fermentação d o melaço, " M a g n e
strain" American T y p e Culture Collection — 4132.
Foram feitas três repetições para cada estirpe, perfazendo seis
repeti-ções para cada tratamento.
3 - P R E P A R O D O " M O S T O
caldo da cana de açúcar var. C o . 290 foi diluído de m o d o a se obter
rix entre 16° e 18°. Adicionou-se 1,25 g de farelo de arroz por litro de
caldo diluído. Ajustou-se o p H d o
caldo a um valor entre 4,5 e 4,8 c o m
H
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4a 1 0 % .
O caldo, c o m as diversas doses de
sulfato, foi distribuído em porções de
360 ml em Erlenmeyers de 500 ml, e
autoclavado durante 30 minutos a 15
lb/pol
2(121°C).
Os frascos, depois de resfriados,
foram semeados c o m uma alça de
fer-mento e mantidos durante 70 horas
à temperatura de 30°C.
4 - A N Á L I S E D O M O S T O
D o mosto inicial, sem
fermentar, foram tiradas amostras para d e
-terminação do Brix, acidez, p H e
açú-cares totais.
Para o mosto fermentado
fize-mos as mesmas determinações além
da d o teor alcoólico.
Os dados obtidos estão incluídos
nos quadros 1 e 2.
FIGURA 1. —• Influência da adição de do-ses crescentes de sulfato de amónio sobre o rendimento alcoólico do caldo da cana de açúcar da variedade Co.290.
J a n . , 1956
T E I X E I R A & S A L A T I
F E R M E N T A Ç Ã O D A C A N A . H I .
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S U M M A R Y
L a b o r a t o r y trials were carried out t o observe the influence o f the addition o f increa-sing a m o u n t s of a m m o n i u m sulfate t o the sugar cane juice and their effect o n the alcoholic yield.
T h e alcoholic yields i m p r o v e d w h e n the addition of a m m o n i u m sulfate were in-creased from 0.25 u p t o 0.75 gr/liter then dein-creased for higher concentrations.
T h e experiments s h o w e d that the highest alcoholic yields are obtained when the sugar cane juice of var. C o . 290 is enriched with a m m o n i u m sulfate o n the basis of 0.75 gr/liter.
L I T E R A T U R A C I T A D A
1 . T E I X E I R A , C . G . & S A L A T I , A . Fermentação d o caldo da cana de açúcar
(Saccharum officinarum L . ) var. C o . 290. Influência da adição d e sais de a m ô n i o e farelo de arroz sôbre o rendimento a l c o ó l i c o . Bragantia 13 : [157] - 168. 1954. 2 . F e r m e n t a ç ã o alcoólica d o caldo da cana de açúcar