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Finanças públicas municipais: análise da municipalização do ensino fundamental no estado de São Paulo

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(1)

1199901121

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11111111111111111111111111111111111" 11I

30

FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS:

Análise da Municipalização

do Ensino Fundamental no Estado de São Paulo

Banca Examinadora:

Prof. Orientador:

_

Prof.

_

(2)

FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS:

Análise da Municipalização

do Ensino Fundamental no Estado de São Paulo

Banca Examinadora:

(3)

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

DE EMPRESAS DE SÃO PAULO

ROSEL Y KIYOMI

TAKARA

FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS:

Análise da Municipalização

do Ensino Fundamental no Estado de São Paulo

Dissertação apresentada ao Curso de

Pós-Graduação

da FGV IEAESP

como requisito para obtenção do

título de mestre em Administração

Pública e Governo

Área de Concentração: Planejamento

e Finanças Públicas

Orientador: Prof Leonardo F.C.Basso

SÃO PAULO

1999

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Fundação Getulõo Va<gas .' eacota de AdminislTaçao .~

t

~ de Empresas de São Paulo

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m

(4)

SP_00013585-6

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

T AKARA, Rosely Kiyomi. Finanças Públicas Municipais: análise da municipalização

do ensino fundamental no Estado de São Paulo. São Paulo: EAESPIFGV,

1999. 95p.

(Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Administração Pública e Governo

da EAESPIFGV, Área de Concentração: Planejamento e Finanças Públicas).

Resumo: Dentro das finanças da educação pública, trata especificamente

o

financiamento da municipalização

do ensino fundamental no Estado de São Paulo,

analisando os recursos vinculados para a educação pública no Brasil através da

Constituição Federal de 1988 e a lei 9424/96 que dispõe sobre o Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino Fundamental e de Valorização do

Magistério.

(5)

Introdução

Capítulo 1: ContextoedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

íN D IC E

Página

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1

2

6

19

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

20

23

24

25

27

30

32

93

Capítulo 2: Marco Teórico e Analítico

Capítulo 3: Metodologia do Trabalho

Parâmetros

Os Cenários

Resultados

Cenário 1

Cenário 2

Cenário 3

Capítulo 4: Conclusões

(6)

A G R A D E C IM E N T O S

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Aos meus pais e meus irmãos, que sempre me ensinaram o valor da

vida, a necessidade de aprender em todas as situações e ainda assim ser

otimista.

Ao meu orientador, prof. Leonardo Basso, que sempre foi acessível

e compreendeu

meus problemas, sem

aumentar

minhas

neuroses

de

orientanda.

Aos meus amigos de faculdade e de mestrado, que sempre

acrescentaram

outros

pontos

de

vista

e

que

possibilitaram

a

minha

compreensão de que

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

é

preciso conviver com as diferenças, com exceção às

diferenças sociais, que devem ser sempre combatidas.

As minhas sempre amigas Janete e Tania, que me ensinaram a

amar a viver e a ser feliz por mim mesma.

Ao Geraldo, que foi meu companheiro fiel para todas as horas e que

fez a gentileza de ler o texto inteiro, dando sugestões.

Aos meus alunos, que são a satisfação de minha vida profissional.

Um agradecimento especial cheio de saudades para o meu segundo

pai, prof. Moriz Blikstein, que me incentivou a tentar o mestrado, que sempre

abriu-me as portas e me ensinou a ensinar; e me ensinou principalmente a ter

esperanças no ser humano e a ter esperanças no Brasil.

A CAPES, que financiou e possibilitou meus estudos durante a fase

(7)

íN D IC E

D E T A B E L A S

E G R Á F IC O S

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Página

Tabela 1 - Classes do Ensino de 1

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

0

Grau por dependência administrativa

7

Tabela 2 - Número de crianças na faixa etária de 7 a 14 anos que não

17

freqüentam a escola

Tabela 3 - Lei 4320/1964, Função 8: Educação e Cultura

22

Tabela 4 - Simulação anterior ao Fundo - custo aluno/ano por ordem de

40

custo

Tabela 5 - Simulação dos valores redistribuídos para as prefeituras com

47

rede de ensino fundamental

Tabela 6 - Simulação dos valores após o Fundo de Manutenção e

55

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do

Magistério

Tabela 7 - Simulação da variação dos recursos municipais para a

62

educação por ordem crescente de variação

Tabela 8 - Simulação dos valores redistribuídos para as prefeituras com

70

rede de ensino fundamental (somente com recursos

municipais)

Tabela 9 -

Simulação dos valores após o Fundo de manutenção e

77

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do

Magistério (somente com recursos municipais)

Tabela 10 - Simulação da variação dos recursos municipais para a

84

educação por ordem decrescente de variação

Quadro 1 - Análise das despesas na função educação em relação às

37

despesas totais por função

Gráfico 1 - Proporção de gasto em Educação e Cultura em relação ao total

38

de gastos - média dos municípios do Estado de São Paulo

(8)

LISTA DE ABREVIATURAS

CIE - Centro de Informações Educacionais

FNDE - Fundação Nacional para o Desenvolvimento

da Educação

FPE - Fundo de Participação dos Estados

FPM - Fundo de Participação dos Municípios

IBGE - Instituto Brasileiro Geografia e Estatística

ICMS -Imposto

sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços

IGP-DI - índice Geral de Preços - Disponibilidade

Interna

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU -Imposto

sobre Propriedade Territorial Urbana

IPVA -Imposto

sobre a Propriedade de Veículo Automotivo

ISS - Imposto sobre Serviços

MEC - Ministério da Educação e Cultura

SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados

(9)

IN T R O D U Ç Ã O

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Por tomar os seres humanos mais capazes de adquirir e utilizar

informações, a educação aprofunda o conhecimento que eles

têm em si mesmose do mundo, enriquece-lhesa mente através

de uma maior variedade de experiências e os habilita a fazer

melhores opções como consumidores, produtores e cidadãos.

(BancoMundial,1991, p.63)

A educação é considerada essencial para o desenvolvimento

do

indivíduo e a sua capacitação para o trabalho e exercício da cidadania. Numa

economia globalizada, o potencial para a solução de problemas, a busca de

alternativas e a concepção de planejamento estratégico é cada vez mais

valorizado, em um conceito de empregabilidade.

Neste contexto, o poder público é cada vez mais cobrado no sentido de

possibilitar para todos os cidadãos o acesso

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

educação fundamental, ou seja,

o ensino da 1

a.

a 8

a.

série. No Estado de São Paulo, o ensino fundamental tem

sido

prestado

predominantemente

pelo

governo

estadual,

mas

várias

alterações efetuadas na sociedade, na economia, nas leis e até mesmo na

Constituição; ocorrências principalmente da década de 80, responsabilizaram

os Municípios como os prestadores oficiais deste nível de ensino.

O presente estudo analisa o financiamento do ensino fundamental

público no Estado de São Paulo. A pergunta feita foi: os municípios paulistas

são capazes de arcar com os dispêndios decorrentes do ensino fundamental

público? Para esta análise, o trabalho está dividido em quatro capítulos:

O 1

°

capítulo traz a contextualização e apresentação do tema, bem

como a hipótese a ser estudada.

No 2° capítulo, são colocados os marcos teóricos e analíticos, que

embasam a discussão do financiamento da educação para o Estado de São

Paulo.

O 3° capítulo apresenta a metodologia utilizada para o estudo, bem

como a forma efetuada para a análise dos dados.

(10)

C A P íT U L O

1 :

C O N T E X T O

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A sociedade brasileira evidencia a importância da educação desde a

época do império, mas somente na década de 60 houve uma expansão

significativa da oferta deste serviço por parte do poder público com o intuito de

universalizar a educação.

No Estado de São Paulo, a oferta de vagas foi centralizada pelo

governo estadual, sob a coordenação do governo federal. Porém, na década

de 70 o governo federal deu o primeiro passo no sentido de descentralizar a

educação sinalizando o governo municipal como principal responsável pela

educação pré-escolar. Somente a partir de 1982 existiram condições políticas

e administrativas mais favoráveis para a sua devida implantação, em função da

troca do Executivo estadual, com novas propostas e um discurso de "resgate

da dívida social". Houve esforços significativos para a descentralização do

processo

decisório

como forma

de torná-lo

mais transparente

e,

por

conseqüência, mais democrático. Estimulava-se, assim, a participação da

população nas questões de seu interesse.

O cenário econômico dificultava o processo devido a diminuição da

atividade econômica decorrente da crise dos anos 80, desdobrando-se em

menor arrecadação de impostos e um aumento na demanda por bens e

serviços públicos, principalmente por educação e saúde. Isto porque, na

década de 80, o Brasil foi marcado por grandes acontecimentos, como a crise

econômica e financeira do Estado, o processo de redemocratização e a

promulgação da Constituição Federal em 1988.

A crise econômica e financeira do Estado brasileiro repercutiu na

política e na sociedade, aumentando os esforços para a implementação das

mudanças necessárias. Os aspectos da crise econômico-financeira do Estado

brasileiro afetou diretamente a oferta de bens e serviços públicos, sendo que

as áreas sociais foram as mais prejudicadas; até mesmo em razão dos debates

(11)

No Brasil, a economia sofreu com as distorções trazidas pelas altas

taxas de inflação, que dificultou a manutenção do padrão de intervenção do

Estado e deteriorou os serviços públicos de um modo geral. Fez-se necessário

mais do que nunca a racionalização da aplicação dos recursos e também a

coordenação de projetos e ações nas três esferas de governo.

A promulgação da Constituição Federal em 1988 alterou a relação

Estado - Sociedade, ampliando os direitos dos cidadãos e os deveres do

Estado, como a universalização do atendimento

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

saúde e o objetivo de acabar

com o analfabetismo, além de diminuir a exclusão e evasão escolar.

No caso da educação, a vinculação dos gastos públicos está prevista

constitucionalmente, tentando garantir um montante de recursos um pouco

mais estável, ou que pelo menos não fosse diminuído em função dos planos

de cada governo. Apesar disso, a qualidade do sistema no Brasil continua em

níveis insatisfatórios, apresentando também evasão e exclusão educacional,

fazendo com que seja imprescindível a análise da composição dos gastos

públicos neste setor, para que seja possível um melhor controle da sociedade

sobre a gestão dos recursos públicos.

Segundo PERRIN citado em DRAIBE e HENRIQUE (1988), é preciso

"examinar as políticas sociais frente

à

crise e pressões sociais e políticas no

sentido de uma utilizacão mais humana. racional e democrática dos recursos,

assim como de uma satisfação equilibrada das necessidades".(grifo meu)

A burocratização como característica do Estado brasileiro apresenta

desdobramentos na provisão de bens e serviços públicos, principalmente no

que se refere ao montante de gastos e pouca eficiência e efetividade do

sistema. Além disso, o fenômeno da burocratização tende, no processo de

implementação

de

políticas

públicas,

a

deixar

esse

processo

menos

transparente - o que dificulta o

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

social accountabílity

(FARAH, 1994).

(12)

quozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

da estrutura existente. O governo dispunha de recursos suficientes para a

criação dessas novas instituições e para a manutenção da estrutura existente,

mesmo que as ações fossem descoordenadas e difusas.

De fato, há um montante de recursos considerável para as despesas

decorrentes das áreas sociais, porém, como é colocado por DRAIBE e

HENRIQUE (1988) na citação abaixo, é o gerenciamento de recursos que é

necessário ser revisto.

"O problema

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

é

menos o de uma crise financeira dos programas

sociais do govemo e sim o da necessidade de reorientá-Ios no

sentido de constituírem, de fato, em mecanismos efetivos de

solução dos problemas da pobreza e da desigualdade sociais

[...] a expansão do aparelho social do Estado, a burocratização

excessiva dos programas sociais e a centralização exagerada

dos

processos

decisórios

(constituem)

[...]

os

elementos

principais que inibem ou obstaculizam a democracia". (DRAIBE e

HENRIQUE, 1988.)

Neste contexto, existe a preocupação de melhor utilizar os recursos

referentes

à

educação, determinando as atribuições de cada esfera de

governo. As prefeituras ficam, preferencialmente, com a educação pré-escolar

e o ensino fundamental e o governo estadual com o segundo grau. Nos casos

em que as prefeituras que não conseguirem prestar o serviço de forma

adequada

(não entrando no mérito da qualidade de ensino e sim na

quantidade de vagas) o governo estadual entrará em ação, prestando o

serviço de forma suplementar.

(13)

"A

descentralização

no

Brasil

(é)

uma

questão

extremamente

complexa, que exige muita pesquisa empírica para avaliar como os

municípios estão desempenhando suas novas tarefas, e como estão

utilizando os recursos financeiros que lhe foram concedidos pela

Constituição de 1988".(MARTINS, 1995, p.33)

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

a

presente estudo trabalhou

a hipótese de capacidade

de

financiamento da educação pública pelos governos locais diante do

processo

de

municipalização

do

ensino

fundamental.

a

trabalho

pretendeu esclarecer

se realmente os governos

locais

receberam

recursos sem a devida atribuição de prestação de serviços. No caso da

educação pública

é

interessante notar que há a vinculação de recursos,

facilitando a discussão de financiamento do setor.

(14)

C A P í T U L O 2 : M A R C O T E Ó R I C O E A N A l í T I C O

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Desde meados da década de 70, o governo federal já sinalizava uma

reestruturação descentralizadora

na educação - pública. Neste período, o

movimento foi mais expressivo na educação pré-escolar, que deveria ser

mantida pelos governos estaduais e municipais, conforme determinações da

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas do Ministério da Educação

e Cultura (MEC).

As condições políticas e administrativas mais favoráveis para a sua

implantação só apareceram em 1982 e as ações foram intensificadas entre

1983/86. As ações do governo estadual visaram combater principalmente a

evasão e exclusão escolar (rural e urbana) e para isso, delineou-se uma

estratégia que incluiu a valorização dos recursos humanos, a descentralização

de recursos (físicos e financeiros) e a readequação do projeto pedagógico,

entre outros.

Buscou-se

uma alteração

no

padrão

de

intervenção

da

política

educacional, que incluiu a expansão -da rede tísica, reforma administrativa,

municipalização da merenda, descentralização das construções escolares e a

municipalização do ensine. Nest-e quadro, -eoís tipos de dificuldades foram

consideradas: o centralismo (decisório e administrativo) e o financiamento,

pois com a crise da -década de

-aO

e -a-dtrnmutção-da atividade -econômica, os

recursos públicos diminuíram enquanto a demanda por bens e serviços

públicos aumentaram por toda a -sociedace.

(15)

impostos dos Estados, Distrito Federal e Municípios, e que deveriam ser

destinados para a manutenção e desenvolvimento do ensino.

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, não apenas os

recursos para a educação pública foram determinados, mas também a

atribuição de cada esfera de governo com a finalidade de otimizar os esforços

do

poder

público.

Esta

racionalidade

era

buscada

através

de

ações

coordenadas nas três esferas de governo com o intuito de manter e expandir

cada nível de ensino, com mecanismos e fontes de recursos próprios. Sendo o

ensino fundamental público paulista de competência predominantemente

estadual, como mostra a tabela 1, a própria Constituição Federal sinalizava

uma tendência

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

municipalização deste nível de ensino.

edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

T a b e la

1 -

C la s s e s

d o E n s in o d e 1 ° G ra u ,

p o r D e p e n d ê n c ia

A d m in is tra tiv a

A n o d e 1 9 8 8

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Estadual

unicipal

articu

ar

18 a 48

58 a 88

18 a 48

58 a 88

18 a 48

58 a 88

série

série

série

série

série

série

COGESP

35670

21782

8076

4393

7816

4898

ORE CAP1

3383

2393

1943

1053

863

528

ORE CAP2

6752

4333

3366

1821

1184

709

ORE CAP3

6869

4269

2734

1495

3972

2569

ORE NORTE

3677

1994

O

O

282

140

ORE LESTE

2650

1404

18

15

213

128

ORE SUL

5965

4002

12

9

819

518

ORE OESTE

6374

3387

3

O

483

306

CEI

43819

29387

1594

894

5004

3135

ORE SANTOS

2742

1692

609

370

727

437

ORE SJ CAMPOS

4743

3037

241

175

692

392

ORE SOROCABA

5489

3393

45

38

422

251

ORE CAMPINAS

11109

7324

515

215

1428

974

ORE RIBEIRÃO

6513

4130

122

64

719

459

ORE BAURU

2236

1524

53

27

260

161

ORE SJ RIO

3430

2595

9

5

252

144

PRETO

ORE ARAÇATUBA

1869

1459

O

O

175

101

ORE

2443

1863

O

O

122

84

P.PRUOENTE

ORE MARíLIA

2388

1756

O

O

176

111

ORE

REGISTRO

857

614

O

O

31

21

M

P

.

I

(16)

A municipalização

do ensino compreende

a educação

pré-escolar,

que

atende

crianças

de zero a seis anos de idade (o processo

neste nível de

ensino já estava bastante avançado devido às políticas das décadas de 70 e

80) e o ensino fundamental,

que engloba

todo o 1

0

grau, da 1

8

a 8

8

série, nas

zonas rural e urbana. Além disso, o município deve, inclusive, ofertar o ensino

fundamental

àqueles que não tiveram acesso a ele, conforme

o art. 60

das

Disposições Transitórias

da Constituição

Federal de 1988 transcrito a seguir.

Nos dez primeiros anos da promulgação da Constituição, o Poder

Público desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os

setores organizados da sociedade e com a aplicação de, pelo

menos, 50% dos recursos a que se refere o artigo 212 da

Constituição, para eliminar o analfabetismo e universalizar o

ensino fundamental.

Apesar

do

final

do

prazo

acima

estabelecido,

sabe-se

que

o

analfabetismo

ainda não foi eliminado.

Mesmo com os esforços

do governo

federal

através

daqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Alfabetização

Solidária

e outros programas,

ainda há um

grande

número

de pessoas

analfabetas

no país, além de crianças

fora da

escola.

A

responsabilidade

pela

universalização

do

ensino

fundamental

pertence à esfera municipal, como pode ser observado

no artigo 30, inciso VI

da Constituição

Federal de 1988 e no artigo 240 da Constituição

do Estado de

São Paulo de 1989, transcritos

abaixo.

É claro que muitos

municípios

não

estão articulados

com seu respectivo

estado e menos ainda com o Ministério

da Educação

no sentido de manter e desenvolver

o ensino fundamental.

Um

grande

obstáculo

a

ser

enfrentado

pelo

governo

federal

é

a falta

de

racionalização

de esforços entre os diferentes níveis de governo.

"Art.

30 -

Compete aos Municípios:

(17)

"Art. 240 - Os Municípios responsabíüzar-se-ão

prioritariamente

pelo ensino fundamental, inclusive para os que a ele não tiveram

acesso na idade própria, e pré-escolar, só podendo atuar nos

níveis mais elevados quando a demanda naqueles níveis estiver

plena e satisfatoriamente atendida, do ponto de vista qualitativo e

quantitativo."

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

modelo centralizado utilizado somado à crise dos anos 80 fez com

que o governo não conseguisse sustentar esse serviço de modo eficiente e

eficaz, sendo flagrante a falta de qualidade da educação. Nesse sentido, uma

das alternativas seria a descentralização, onde o governo central abriria mão

do poder político, distribuiria os custos da crise e possibilitaria a abertura de

um espaço político mais democrático e participativo.

O poder público teve dificuldades em implementar políticas homogêneas

para municípios de características heterogêneas, e na política educacional

paulista não foi diferente. Assim, era necessário estabelecer alguns critérios

para a diferenciação entre os municípios e simplesmente o tamanho da

população não seria adequado nem suficiente.

A descentralização e a municipalização do ensino trouxeram a tona a

discussão da eficiência dos gastos públicos em razão da capacidade de

respostas mais rápidas à demanda, além da adaptação às peculiaridades

locais.

É

claro que o governo local precisa estar bem articulado, além de

possuir capacidade técnica e financeira para a prestação desse serviço com

qualidade. Porém, o governo local nem sempre apresentou uma estrutura

administrativa racionalizadora em relação às políticas sociais.

(18)

década de 60, a estrutura criada apresentava características contingenciais.

Porém, esta nova estrutura foi criada sem que se desmontasse a primeira,

deixando duas estruturas complexas e paralelas, com aumento de dispêndios

e ações difusas, dificultando o controle por parte da sociedade.

Assim, na década de 80 era comum o esforço contrário ao centralismo

instalado no Brasil em 1964 com os militares e tudo que fosse caracterizado

como anti-democrático. Buscava-se um novo arranjo federativo em prol da

descentralização e do fortalecimento da capacidade decisória das instâncias

subnacionais de governo.

Segundo

MELO

(1996),

o

debate

sobre

descentralização

ficou

polarizado entre os

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

defensores dos governos locais,

em razão da eficiência

alocativa que diminui as "patologias institucionais" da estrutura centralizada; e

os

defensores do governo central,

em razão do clientelismo e da ineficiência

administrativa

dos

governos

locais.

Outro

argumento

colocado

era

a

irresponsabilidade fiscal dos municípios, em especial a falta de esforço

tributário próprio.

De fato, a descentralização como uma tendência modernizante da

gestão pública atende tanto aos discursos de natureza liberal-conservadora no

sentido de ganhos de eficiência e diminuição do aparato público central, como

a?s discursos de natureza social-democrata pois privilegia a gestão local e

possibilita o controle social e a democratização.

As justificativas econômicas de eficiência alocativa como são colocados

por MELO a seguir, incluem maiores possibilidades para heterogeneidade e

variabilidade

de

serviços,

inovações,

aprendizado

organizacional

e

(19)

As vantagens [...] da autonomia local, inclusive financeira, são

apontadas pelo modelo do federalismo fiscal. Segundo este

modelo normativo das finanças públicas, cada tipo de bem

público deve ser promovido pelo nível de govemo que tiver maior

vantagem

comparativa.

[...] A

teoria

do federalismo

fiscal,

portanto, justifica a existência de um grande número de govemos

subnacionais, de forma a expressar adequadamente a variedade

de preferências por bens públicos. Portanto, uma estrutura

govemamental descentralizada minimizaria os riscos de os bens

públicos ofertados não corresponderem

às preferências

dos

cidadãos ou ainda de os benefícios relativos por um grupo serem

arcados por outro. (MELO, 1996, p. 13)

Porém, nas décadas

de 80 e 90 a crise econômica

desdobrou-se

em

dificuldades

na

manutenção

dos

serviços

públicos,

facilmente

flagradas

através da diminuição da qualidade da saúde e da educação e que evidenciou

a incapacidade

do governo

para

a manutenção

e financiamento

desses

serviços

públicos.

A

coordenação

de

esforços

era

então

uma

medida

indispensável

para a sobrevivência

da educação pública.

Simultaneamente,

a

sociedade

e

principalmente

as

instâncias

subnacionais

de governo demandavam

uma maior autonomia,

como sinônimo

de melhor gerenciamento

dos bens e serviços públicos e como transparência

para

todos

os

processos,

como

o

primeiro

passo

para

a

garantia

da

democracia.

Os discursos da década de 80 colocaram

em pauta a descentralização

como fator crucial para a democracia

e o engajamento

da sociedade

civil em

assuntos

públicos,

que por duas décadas

foram dificultadas

em função

do

autoritarismo

e da centralização

instalados

pelo

regime

militar.

Porém,

a

própria história recente do Brasil mostrou que a descentralização

por si mesma

não é suficiente para transformar a sociedade no sentido de torná-Ia mais ativa

e crítica. Ao contrário, alguns problemas ficaram claros com a má gestão dos

recursos públicos.

(20)

desde conceituações econômicas sobre a natureza dos bens públicos até

razões de ordem política sob a forma de princípio federativo e mesmo a

necessidade de "aliviar

a agenda

decisória

do governo

central

e do

Congresso". (ARRETCHE, 1996)

"...a descentralização no Brasil

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

é

modelada de forma clara pelo

sistema federalista consolidado historicamente no país e que tem o

Município como sujeito final da descentralização vertical das ações

do Estado. O auge do discurso intemacional sobre descentralização

e fortalecimento dos Governos locais encontra o Município brasileiro,

como em nenhum outro país, constituído com plena autonomia nos

aspectos políticos, administrativos e financeiros. Por estas razões,

talvez, o processo de descentralização no Brasil se direcionou mais

no sentido da reforma das relações fiscais intergovemamentais, do

que no da criação de instâncias de governo descentralizadas ou de

reformas institucionais".(RABI, 1993), grifo meu.

De acordo com RABI, pode-se verificar uma tendência de interpretação

da descentralização

como o repasse de recursos financeiros

para os

Municípios. Segundo DAIN, apud KHAIR, a participação dos municípios na

receita tributária de fato aumentou 4% (de 13% para 17%) em razão das

transferências

colocadas

pela

Constituição,

refletindo

diretamente

nos

recursos vinculados. Ainda assim, os recursos tributários municipais poderiam

ser majorados através do esforço tributário próprio, principalmente com a

revisão da planta de valores para a cobrança de

edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

IP T U

e a fiscalização em

torno do ISS.

Diante deste quadro, era necessário que o Estado de São Paulo se

tornasse um agente que realmente fosse capaz de implementar a mudança na

política educacional e de integrar os municípios e a sociedade como um todo,

conferindo operacionalidade

à

municipalização do ensino.

O governo estadual abordou o aspecto administrativo apresentando

uma estratégia de reorganização das escolas, com o objetivo de separar as

crianças da 1

a

a 4

a

séries, os pré-adolescentes da 5

a

a 8

a

séries e os

(21)

que algumas dificuldades apareceram, principalmente no que diz respeito a

localização das escolas, que muitas vezes separou irmãos que poderiam

estudar na mesma escola, ou ainda distanciou o acesso

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

escola de alguns

bairros.

A reorganização das escolas visava diminuir o impacto nas finanças

públicas locais causado pela municipalização do ensino, tornando o processo

planejado e gradativo. Inicialmente, a municipalização necessitava de uma

adequação entre a Prefeitura, o E.stado e a sociedade representada para o

planejamento. O processo era realizado em partes: primeiro o antigo primário,

que compreende da 1

a

a 4

a

séries, através de parcerias de cada município

com a Secretaria Estadual da Educação; e somente depois o antigo ginásio,

ou seja, da 5

a

a 8

a

séries. Dificuldades apareceram, principalmente pela falta

de recursos humanos qualificados

na esfera municipal, falta de dados

estatísticos e de um Plano Geral.

Outras medidas utilizadas

pela Secretaria

Estadual de Educação

visavam diminuir a repetência, a evasão e a distorção entre sérielidade de

alunos através dos programas

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Escola nas Férias

e

Classes de Aceleração.

O

objetivo da proposta era diminuir a repetência e assim diminuir também os

índices de evasão escolar, além de aumentar a oferta de vagas principalmente

para as primeiras séries, facilitando o atendimento à demanda.

O aspecto financeiro já era caracterizado pela vinculação de recursos

para a educação. O direito tributário brasileiro proíbe a vinculação de tributos

para um determinado fim, no sentido de onerar o contribuinte para uma

prestação de serviços específico. Este tipo de procedimento é colocado pelas

taxas e contribuições de melhoria. Porém, desde 1985 a lei Calmon vinculou

não um tributo e sim uma parte das receitas tributárias em prol exclusivamente

da educação. Isto para que a educação pública tivesse uma política de

investimentos e gastos mais estável, não deixando que esses recursos

variassem em função dos planos de governo de cada chefe do executivo.

(22)

Federal os valores começaram a ser realmente respeitados. Os valores

previstos referem-se à receita tributária própria mais transferências: 18% no

caso da União e 25% para os Municípios, Estados e Distrito Federal.

Outro fator que dificultava a análise dos gastos realizados em educação

eram as distorções dos períodos de altas taxas de inflação: os valores nem

sempre correspondiam aos 18

Q/Q

e 25% dos tributos mais transferências

porque não raro a dotação e execução orçamentária aconteciam em períodos

diferentes. Assim, somente após a implantação do Plano Real as análises

poderiam ser mais realistas.

Uma discussão muito comum era de que a Constituição Federal havia

colocado metas gerais em relação às atribuições de cada esfera de governo

para a educação pública, mas sem grandes detalhamentos pois esses

deveriam esperar pelas leis complementares. Um dos pontos discutidos sobre

os recursos transferidos para as instâncias subnacionais de governo era de

que faltava esclarecer os respectivos deveres. Como grande parte dos

municípios apresentava uma demanda reprimida em relação à educação

infantil e pré-escolar, podemos verificar que muitas vezes o recurso foi

destinado para essas contas, mesmo porque o ensino fundamental já era

oferecido pelo governo estadual. Desta forma, as despesas eram desviadas

para outras rubricas da educação. Não cabe neste estudo o julgamento desses

procedimentos nem a discussão de sua necessidade como básica ou não.

Outra distorção comum da vinculação de recursos resultava do perfil

econômico de cada município. O nível da atividade econômica reflete na

receita tributária e, por conseqüência, nos recursos vinculados à educação.

Assim, o gerenciamento financeiro da educação pública no Estado de São

Paulo foi dificultado porque preconiza a implementação de uma política de

financiamento uniforme para municípios desiguais.

(23)

modificou a captação e a distribuição dos recursos no âmbito de cada Estado

através da contribuição financeira deste e de todos os seus Municípios.

O Fundo é constituído

por recursos provenientes

do

Fundo de

Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos Municípios (FPM),

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre a Circulação de

Mercadorias e Serviços (ICMS) em cada Estado e a distribuição desses

recursos é feita em função das matrículas na rede pública de ensino

fundamental.

Portanto, os Municípios que não possuem rede municipal de

ensino fundamental público não recebem os recursos do Fundo, apenas

devem gastar os 25% dos demais impostos não incluídos para a formação do

fundo: Impostos sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Propriedade Territorial

Urbana (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotivo (IPVA) entre

outros e os 10% restantes dos componentes do Fundo, pois a vinculação

constitucional continua vigorando.

Outra grande inovação refere-se

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

aplicação especificada dos recursos

do Fundo: pelo menos 60% dos recursos devem ser destinados para os

profissionais do Magistério em efetivo exercício de suas atividades no ensino

fundamental regular, ou seja, professor em sala de aula. As outras despesas

consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino são descritas

no artigo 70 da Lei 9394 de 20/12/96. Podemos observar alguns itens:

"I _ remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais

profissionais da educação;

11 _ aquisição,

manutenção,

construção

e

conservação

de

instalações e equipamentos necessários ao ensino;

111

- uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;

IV _ levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando

precipuamente ao aprimoramento da qualidade e

à

expansão do

ensino;

V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento

dos sistemas de ensino;

VI - concessão de bolsas de estudos a alunos de escolas públicas

e privadas;

VII _ amortização e custeio de operações de crédito destinadas a

atender ao disposto nos incisos deste artigo;

(24)

A Lei 9424/96 visa diminuir o efeito perverso da vinculação dos recursos

sem a especificação do seu destino efetivo. No caso do Estado de São Paulo,

como a maior parte do ensino fundamental foi oferecido predominantemente

pelo governo estadual, ainda que os recursos estivessem vinculados à

educação pública, muitos municípios não conseguiam aplicá-los de uma forma

satisfatória no que se refere

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

melhoria ou mesmo manutenção da qualidade

do

ensino

fundamental

público,

pois

tratava-se

de

um

serviço

de

responsabilidade do governo estadual. Pode-se dizer que não foi rara a

dispersão desses recursos em outros projetos enquanto ainda havia uma

grande demanda reprimida por educação especial, pré-escolar e até mesmo

fundamental regular que o governo estadual não conseguia suprir.

Conforme dados publicados pelo MEC apresentados na tabela 2 na

página seguinte, no ano de 1996 a proporção de crianças na faixa etária de 7

a 14 anos que não freqüentavam a escola era de 3,39% no Estado de São

Paulo, o que correspondeu a 186.471 crianças. Proporcionalmente, apenas

dois estados apresentaram índices menores: Rio de Janeiro (2,17%) e Goiás

(2,45%), além do Distrito Federal (2,46%). Porém, em número de crianças fora

da escola, o Estado de São Paulo foi o segundo colocado, atrás somente do

(25)

Tabela 2

Número

de crianças

na faixa etária de 7 a 14 anos que não freqüentam

a escola

Brasil

e Unidades

da Federação

- 1996

Unidade da Federação

Total

I

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

%

em relação

à

População de 7 a 14 anos

1.833.343

6,42%

Brasil

Bahia

São Paulo

Minas Gerais

Pemambuco

Maranhão

Ceará

Pará

Alagoas

Paraná

Paraíba

Amazonas

Rio Grande do Sul

Piauí

Santa Catarina

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

Espírito Santo

Sergipe

Rondônia

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Acre

Tocantins

Distrito Federal

Amapá

Roraima

216.952

186.471

151.130

134.882

134.600

116.161

110.082

96.767

82.270

73.541

70.496

63.943

62.778

45.755

42.942

38.683

30.986

30682

29.392

25.164

24.168

19.779

18.195

10.279

7.707

5.340

4.198

8,17%

3,39%

5,20%

9,29%

10,66%

8,53%

9,17%

17,73%

5,37%

10,64%

13,55%

4,22%

10,77%

5,46%

2,17%

7,68%

6,01%

9,23%

11,42%

7,06%

5,49%

2,45%

16,95%

4,53%

2,46%

6,32%

7,94%

Fonte:

MEC IINEP

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I

SEEC

IBGE

Na

análise

dessas

informações,

pode-se

dividir

a

quantidade

de

crianças fora da escola em dois grupos: aquelas que já freqüentaram

a escola

(que

demonstra

a evasão

escolar)

e aquelas

que

nunca

a freqüentaram

(crianças que foram excluídas do processo).

(26)

Estes

dados

explicitaram

a

existência

de

déficit

educacional

principalmente nas primeiras séries do ensino fundamental, causado pelo

excesso de matrículas em função das taxas de repetência, dificultando o fluxo

escolar.

(27)

CAPíTULO

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

3:

METODOLOGIA DO TRABALHO

o

presente trabalho analisou se o financiamento do ensino fundamental

poderá ser efetuado pelos municípios paulistas, sem causar desequilíbrios em

suas contas públicas. O método utilizado baseou-se no estudo das contas

públicas municipais, que são regidas pela lei 4320/64; analisadas através dos

dados disponíveis para o ano de 1996.

O parâmetro utilizado

partiu das despesas

efetuadas

na função

Educação e Cultura de cada município, ressaltando-se que, em situação limite,

teria sido este o valor utilizado pelas prefeituras para o atendimento do ensino

público de primeiro grau. Em um segundo momento, a análise foi efetuada a

partir da receita tributária de cada prefeitura. Os valores utilizados foram

aqueles mais significativos em relação ao montante arrecadado: a quota-parte

do ICMS, a cota parte do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), a

quota-parte do IPI e a quota-parte do IPVA, bem como a arrecadação do IPTU

eISS.

Com

o

Fundo

de

Manutenção

e

Desenvolvimento

do

Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério em dezembro de 1996, houve

uma grande alteração nos recursos disponíveis para a educação. Isto porque o

Fundo tem caráter redistributivo em função do número de alunos matriculados

no ensino fundamental público (municipal e estadual). Os recursos destinados

para esse Fundo que são provenientes das prefeituras são os 15% dos

repasses referentes ao FPM, 15% da quota-parte do IPI e 15% da quota-parte

do ICMS.

(28)

escolas funcionam podem não garantir melhoria significativa no setor.

edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

P A R Â M E T R O S

A análise dos dados será efetuada a partir de alguns indicadores,

baseados

em

informações

educacionais

e

financeiras

fornecidas

pelo

Ministério da Educação e Cultura (MEC), Ministério da Fazenda, Centro de

Informações Educacionais (CIE) da Secretaria Estadual da Educação (SEE) e

Fundação Sistema de Análise de Dados Estatísticos (SEADE). Todos os

valores monetários utilizados foram corrigidos para reais de 1997 pelo IGP-DI

da Fundação Getúlio Vargas.

A s p e c to s

E d u c a c io n a is

As

informações referem-se ao

número de matrículas

no ensino

fundamental público, nas esferas estadual e municipal de governo, por

município. A capacidade instalada frente às demandas, inclusive ao potencial

incremento na demanda por vagas, decorrentes do desaquecimento da

economia neste final da década de 90 serão consideradas.

A taxa de crescimento demográfico decrescente e em muitos municípios

até mesmo negativa, vem sendo verificada no Estado de São Paulo nos

últimos anos, conforme dados do IBGE. Este fato aumenta a possibilidade de

atendimento à demanda no setor de educação pública, principalmente em

relação ao número de vagas ofertadas. Assim, o crescimento da demanda só

poderia ser explicado em função da crise econômica e conseqüente migração

de alunos da rede particular para a rede pública.

O trabalho possui uma limitação em relação à disponibilidade de dados

pois alguns municípios não apresentaram dados completos e por isso não são

elementos da análise. Os dados do MEC em relação às crianças fora da

escola são estimativas do governo e foram utilizados para investigar a

(29)

A s p e c to s

F in a n c e iro s

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Os dados financeiros

são imprescindíveis

para a análise da capacidade

de os municípios

paulistas

arcarem ou não com as despesas

referentes

ao

ensino fundamental

público. De uma forma geral, a despesa foi analisada de

acordo com a lei 4320 de 1964, colocada sob funções conforme a tabela 3, e a

receita apresentou

as vinculações

previstas na Constituição

Federal de 1988

e os recursos redistribuídos

pela lei 9424/96.

Em primeiro

lugar, foi analisada

a despesa

mínima,

ou seja, aquela

garantida

pelo texto constitucional:

25% de receita tributária

própria mais as

transferências,

para o caso dos municípios.

(30)

T a b e la 3 : L e i 4 3 2 0 /1 9 6 4

F u n ç ã o 8 : E d u c a ç ã o e C u ltu ra zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

41 - Educação da criança de O a 6 anos

185 - Creche

190 - Educação pré-escolar

42 - Ensino Fundamental

187 - Erradicação

do analfabetismo

188 - Ensino Regular

43 - Ensino Médio

196 - Formação para o setor primário

197 - Formação para o setor secundário

198 - Formação para o setor terciário

199 - Ensino polivalente

44 - Ensino Superior

205 - Ensino de graduação

206 - Ensino de pós-graduação

207 - Extensão universitária

208 - Campus universitário

209 - Ensino de curta duração

45 - Ensino supletivo

213 - cursos de suplência

214 - Cursos de suprimento

215 - Cursos de qualificação

216 - Cursos de aprendizagem

217 - Treinamento

de recursos humanos

46 - Educação física e desportos

223 - Educação física

224 - Desporto amador

227 - Desporto profissional

228 - Parques recreativos

e desportivos

47 - Assistência

a educandos

234 - Associativismo

estudantil

235 - Bolsas de estudos

236 - Livro didático

237 - Material de apoio didático

238 - Residência

para educandos

239 - Transporte

escolar

240 - Restaurante

universitário

48 - Cultura

246 - Patrimônio

histórico, artístico e

arqueológico

247 - Difusão cultural

49 - Educação especial

252 - Educação compensatória

(31)

O S C E N Á R IO S

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

trabalho com cenários foi efetuado com o intuito de ampliar a análise

com diferentes possibilidades. Para isso, foram colocados o diagnóstico do

período 1980 a 1996 de forma genérica e os cenários, que foram montados a

partir dos dados disponíveis para o ano de 1996.

O cenário 1 apresenta a situação anterior ao Fundo, o cenário 2

considera a existência do Fundo na forma da lei 9424/96 e o cenário 3 coloca

a possibilidade de se montar o Fundo apenas com recursos municipais, sem a

participação dos recursos do governo estadual.

O objetivo do diagnóstico do período de 1980 a 1996 foi identificar a

variação do gasto em educação no intuito de explicitar o aumento da

importância desta área no período estudado. A análise utilizou as despesas

totais por função e as despesas realizadas na função Educação e Cultura

efetuadas pelos municípios paulistas.

É

possível que os gastos em educação tenham apresentado um

comportamento crescente neste período, devido a importância do setor na

década de 80, explicitada principalmente pela Constituição Federal de 1988.

O diagnóstico do ano de 1996 pretendeu analisar os recursos para a

educação, conforme o piso estabelecido pela vinculação constitucional. A

dificuldade de financiamento do setor pelo governo estadual, o montante de

recursos do governo municipal e as responsabilidades de cada instância de

governo

descritos

na Constituição

de

1988 acabaram

pressionando

a

educação

pública

na

direção

da

municipalização

do

ensino

público

fundamental. Neste contexto, é imprescindível avaliar a seguinte questão: os

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

municípios paulistas são capazes de arcar com

as

despesas referentes

ao

número de vagas do ensino fundamental ofertado pela rede pública?

(32)

constitucionais, mas não havia um controle no sentido de verificar se os gastos

eram efetuados de fato no ensino fundamental; mesmo que este serviço

prestado pelo governo estadual ainda apresentasse problemas em relação

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

demanda reprimida, evasão e repetência.

Nesse sentido, a pressão para a municipalização do ensino fundamental

configurou um esforço para a utilização mais racional dos recursos existentes,

pois o governo municipal recebeu mais recursos através das transferências

garantidas

pelo

texto

constitucional,

mas as

atribuições

não

estavam

claramente determinadas devido à ausência de leis complementares.

Assim, justifica-se a análise através da utilização de cenários, pois esta

estratégia

visa

melhorar

a

compreensão

do

financiamento

do

ensino

fundamental público, enfatizando a importância dos recursos das diferentes

esferas do governo. Em cada cenário a análise será efetuada na hipótese

limite, isto é, considerando que a totalidade de recursos vinculados

à

educação do município seja gasta na Função 8, Educação e Cultura, mais

especificamente no programa "Ensino Fundamental", tendo como primeiro

parâmetro o valor de R$ 300,00 aluno/ano para o ano de 1997. Este valor é

fixado pelo MEC e pode ser alterado anualmente através de decreto-lei.

RESULTADOS

(33)

período.

Uma limitação dos dados é que esses representam os gastos na função

8, isto é, contas relativas à Educação e à Cultura, sem uma maneira de

separá-Ias. Outro ponto a ser considerado é que as despesas por função

resultam de várias outras receitas, que podem inclusive ultrapassar as receitas

tributárias próprias e transferidas - que são ponto de análise para a vinculação

de recursos e assim apresentar um valor menor que os 25% estipulados pela

Constituição Federal.

edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

C e n á rio

1 - a n te s d o F u n d o

UNIÃO

18% Receitas

Tributárias

Próprias

MUNiCíPIOS

25% Receitas Tributárias

Próprias + Transferências

ESTADOS

E DF

25% Receitas Tributárias

Próprias + Transferências

Antes de existir o Fundo de Valorização e Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério, os valores vinculados para a

educação consistiam em 25% da receita própria mais transferências dos

Municípios, Estados e Distrito Federal e 18% da receita tributária da União,

conforme o esquema acima. Porém, não havia uma regra direcionando esses

recursos de forma específica para os subprogramas do ensino fundamental.

Assim, a utilização dos recursos disponíveis variava de acordo com os planos

de governo de cada chefe do Executivo, não necessariamente iguais às

pretensões da Constituição Federal de 1988 e do MEC.

Neste cenário calculou-se os recursos vinculados a partir de 25% do

(34)

principais componentes: IPTU e ISS, bem como os 25% dos recursos

transferidos: quota-parte do IPVA, quota-parte do IPI, quota-parte do ICMS e o

quota-parte do FPM. O valor vinculado de cada município foi dividido pelo

número de alunos matriculados na respectiva rede municipal de ensino

fundamental (se existente), pelo número de alunos matriculados na rede

estadual de ensino fundamental e depois pelo total de alunos do ensino

fundamental público da localidade (matrículas estaduais e municipais).

Apesar de a análise considerar que o recurso vinculado fosse gasto

somente no ensino fundamental público, municipalizando-o totalmente,

tomou-se essa alternativa como possível, dado que os municípios recebem outros

recursos, principalmente através de programas e projetos do FNDE para o

financiamento de material didático, treinamento de professores, diminuição da

exclusão e evasão de alunos, além de investimentos (construção e reformas

de escolas, aquisição de veículos, mobiliários e outros equipamentos, entre

outros). O estudo avaliou, neste sentido, o potencial limite de financiamento do

ensino fundamental público pelos municípios paulistas.

Esta estratégia para o financiamento do ensino fundamental público foi

uniforme para todos os municípios do Estado de São Paulo, apresentando as

mesmas distorções de receitas tributárias decorrentes da atividade econômica

de cada município. Assim, foi possível identificar na tabela 4, que a coluna de

custo de aluno/ano acaba ilustrando grandes variações entre as redes

municipal e estadual, principalmente porque o processo de municipalização do

ensino ainda estava em fase inicial, apresentando muitos municípios apenas

com a rede estadual de ensino fundamental.

(35)

econômicos diferentes.

O maior valor pertence ao município de Paulínia, que se destaca dos

demais municípios em função de sua principal atividade econômica, ligada à

derivados de petróleo que se traduz em altos valores de recursos tributários. O

segundo é o município de Águas de São Pedro, com quase a metade do valor,

ou seja, R$ 1.858,43. A variação entre o maior valor (Paulínia) e menor valor

(Francisco Morato) ultrapassa 4.000%.

edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

C e n á rio 2 - C o m o F u n d o

EDUCAÇÃO

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

7

I

Ensino Fundamental

l

~~

100%

25%

ICMS

IPI

FPE

Fundo de Manutenção

e

Demais

FPM

15%

•..

Desenvolvimento

do

(quotas

Ensino Fundamental

e de

impostos

municipais

e

Valorização

do Magistério

estaduais e

estadual)

municipais

(36)

1.171,45 conforme pode ser calculado pelas informações da tabela 5.

A tabela 5 apresenta os valores recebidos pelos municípios paulistas

referentes ao repasse de FPM, ICMS e IPI. Do total apresentado, 15% é

resgatado pelo Fundo e redistribuído aos municípios e governo estadual em

função do número de alunos matriculados em ensino fundamental público.

Assim, municípios que apresentaram apenas a rede estadual, não recebem

recursos do Fundo e estes são repassados para o governo estadual, detentor

das matrículas no ensino fundamental. Sendo os recursos do Fundo retirados

dos repasses para os governos municipais, isto significa

que aqueles

municípios que não apresentam rede municipal de ensino fundamental

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

perdem

recursos.

Neste cenário o governo estadual dispôs ao Fundo R$ 14.662.061,05

referentes

a

15%

do

Fundo

de

Participação. dos

Estados

e

R$

2.613.902.976,45 referente a 15% da sua quota-parte de ICMS e recebeu o

montante de R$ 5.796.111.989,07 devido ao número de alunos matriculados

na rede estadual de ensino fundamental, recentralizando esses recursos,

como demonstra a tabela 6. O cálculo considerou 25% dos recursos que não

pertencem ao Fundo, como o IPTU, o ISS e o IPVA. Acrescentou os recursos

repassados pelo Fundo (para os municípios que apresentam uma rede

municipal de ensino fundamental) e esse valor foi dividido pelo número de

alunos matriculados em rede municipal de ensino fundamental como pode ser

observado pela coluna aluno/ano municipal. O valor recentralizado pelo

Estado foi resultante do custo aluno/ano calculado pelo Fundo, ou seja, R$

1.171,45 multiplicado pelo número de alunos matriculados na rede estadual.

(37)

A tabela 7 foi calculada a partir do valor anterior ao Fundo, ou seja, os

25% da receita tributária mais transferências. Após o Fundo, as colunas

apresentadas são: 25%, que representa apenas os recursos que não entram

no Fundo, mas continuam vinculados: IPTU, ISS e IPVA. O repasse é o valor

recebido por alguns municípios, em virtude das matrículas na rede municipal

de ensino fundamental. A coluna de 10% apresenta os 1'0% restantes dos

recursos que são vinculados, considerando que já foram alocados 15% do

valor ao Fundo, ou seja, continuam os 25% de vinculação de recursos para a

educação pública. A comparação é efetuada a partir dos totais destinados às

educação pública antes e após o Fundo. A análise pretendeu mostrar a

variação de recursos para cada município e assim verificar o novo cenário

implantado

pelo

Fundo de

Manutenção

e

Desenvolvimento

do

Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério.

Na simulação com os dados de 1996, poucos municípios receberam

recursos do Fundo. Os municípios com rede municipal de ensino fundamental

tiveram uma perda menor se comparados àqueles que não apresentam rede

municipal de ensino. A tabela 7 explicita a variação de recursos para a

educação, em ordem decrescente.

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

É

interessante notar que as características tributárias de cada município

também podem influenciar na análise de variação de recursos. As localidades

sem rede municipal de ensino fundamental, destacadas com pequena variação

negativa de recursos, possivelmente apresentam um perfil de receita tributária

diferenciado, sendo que os impostos que compõem o Fundo não são tão

significativos se comparados à situação dos demais municípios.

Em relação à estimativa do MEC, de 186.471 crianças fora da escola

somente no Estado de São Paulo, é possível considerá-Ias contabilmente para

recalcular o novo custo aluno/ano. Dos municípios que apresentaram dados

completos para efeitos de análise deste estudo, o número de alunos é de

3.154.374 crianças e passaria então, para 3.340.845 crianças e o custo se

alteraria de R$ 1.171,45 para R$ 1.106,06.

É

importante ressaltar que a

(38)

completos. Muitos municípios do Estado de São Paulo que não entraram na

análise fazem parte da lista dos novos municípios que, em sua grande maioria,

apresentam um baixo nível de atividade econômica, que implica pequenas

receitas tributárias. Assim, com a inclusão desses municípios, é possível que o

valor de aluno/ano seja mais baixo do que o apresentado neste estudo.

edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

C e n ã rio 3 - s e m re c u rs o s e s ta d u a is

I

ENSINO FUNDAMENTAL

I

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~OO%

FPM

Fundo de Manutenção

e

IPI

15%

•..

Desenvolvimento

de Ensino

ICMS

..

Fundamental

e de Valorização

do

(quotas municipais)

Magistério

o

objetivo da montagem deste cenário é avaliar a importância dos

recursos estaduais para o financiamento do ensino fundamental público no

Estado de São Paulo. Isto porque o fato deste nível de ensino ser prestado

predominantemente

pelo

governo

estadual

pode

ainda

estar

gerando

dependência de recursos, mesmo que a Constituição Federal de 1988 tenha

colocado

o governo

municipal como o atual

responsável

pelo

ensino

fundamental. A ação do Estado se restringiria aos casos de impossibilidade de

algumas prefeituras em ofertar este serviço.

(39)

número de alunos matriculados no ensino fundamental da rede pública.

O resultado pode ser visualizado nas tabelas 8 e 9 - e diante deste

quadro fica claro que as localidades que não possuem rede municipal de

ensino fundamental acabam perdendo recursos para outras prefeituras e até

mesmo para o governo estadual. O custo do aluno/ano apurado foi de R$

338,15 e caso fossem consideradas as crianças fora da escola, o novo custo

seria de R$ 319,27, ou seja, valores dentro do parâmetro estipulado pelo MEC.

Em virtude de o governo estadual ter sido detentor da maior parte das

matrículas verificadas em 1996, a simulação evidencia a recentralização de

recursos, no montante de R$ 1.673.095.188,50 - sem que o governo estadual

houvesse destinado recursos para o Fundo. Este fato pode ser demonstrado

pela tabela 10, na qual praticamente todos os municípios perderam recursos.

Outro fator a ser considerado é a existência dos pequenos municípios

que não apresentaram dados completos e, portanto, não foram incluídos na

análise. Em função da grande possibilidade destes municípios apresentarem

um montante baixo de receita tributária, é possível que o resultado final do

custo de aluno/ano seja inferior ao valor apresentado, podendo até mesmo ser

menor que o valor estipulado pelo MEC.

A grande diferença do resultado verificado entre os cenários 2 e 3

demonstraram

que

os

recursos

estaduais

são

importantes

para

o

financiamento do ensino fundamental público, porque, mesmo que o valor

calculado para o custo de aluno/ano estiver dentro dos parâmetros estipulados

pelo MEC, este valor pode ser considerado insuficiente para manter uma rede

Imagem

Gráfico 1: Proporção de Gastos em Educação e Cultura em Relação ao Total de Gastos
TABELA 4: Simulação anterior ao Fundo - custo aluno/ano por ordem de custo
TABELA 4: Simulação anterior ao Fundo - custo aluno/ano por ordem de custo
TABELA 4: Simulação anterior ao Fundo - custo aluno/ano por ordem de custo ano de 1996 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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