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A política industrial da retomada do conhecimento

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Academic year: 2017

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ESCOLA DE P6S-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

C I R C U L A R N2 36

Assunto: Seminários de Pesquisa Econômica 11 (lª parte)

Coordenadores:

Profs. Fernando Holanda Gregório Stukart

Convidamos V.Sa. a participar do Seminário/EPGE a ser

realizado na próxima 5! feiia:

Data: .

Horário:

Local:

Tema:

26 de julho de 1990

MMMMMMMMMMMMMMMMセM⦅N⦅セ@

l5:30h

Auditório Eugênio Gudin

"A POLíTICA INDUSTRIAL DA RETOMADA DO CRESCIMENTO"

(por Helson C. Braga e vゥイセョ・@ Matesco) - Helson C. bイ。セ。@

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Rio de Janeiro, 20 de julho de 1990

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A POLl '1'1 CA !NDUSTRIAL DA retomadQセ@ DO CRESCIMENTO

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He1son C. BrD.gé

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Virene J-.ja tesco

1 - INTRODUÇÃO

05 anos 80 já podem ser considerados, para o Brasi 1, ume década perdiàa em termos de crescimento ・セッョ￴ュゥ」ッ@ c, em

particu-lar, de crescimento industrial: no período 1981/88, o PIE aumen-tou

ã

taxa média anual de 2,6% e o produto industrial a apenas 1,4%.1 Entre os principais fatores responsáveis

セッイ@

esse fraco desempenho encontram-se: a) as sucessivas crises de estabiliza-ção econômica, em grande parte produzidas por choques externos; b) a insuficiência dos mecanismos de financiamento do desenvol-vimento, provocada pelas dificuldades financeiras do governo e ーセ@

la interrupção dos fluxos voluntários de capital do exterior; e c) o esgotamento do modelo de industrialização posto em prática desde o pós-guerra.

Por motivo de espaço, apanas esta filtima questão sera tratada neste artigo. Mais especificamente, pretende-se: a) iden-tificar as ::L incipais características, resultados e imperfeições

do ュッセセセッ@ utilizado; セセ@ delinear o quadro internacional atual e

suas tendências, Pセ・@ condicionario, em grande medida, a natureza

e as possi: . .:1 lH.iades de sucesso de um novo padrão de ゥョ、オウエイゥ。ャゥコセ@

çao; c) analisar, criticamente, o que tem sido feito, mais recen-temente, em termos de política industrial; e d) indicar as linhas gerais de uma política industrial coerente com o diagnóstico do modelo atual e com a avaliação dos condicionantes externos.

*

Do Instituto.de Pesquisas da IPEA. Os autores agradecem os co

ュ・ョエ£イゥッセ@ feitos a uma primeira versão do trabalho por Sonia

Da-hab, Hégis Bonelli, Renato Baumann e os participantes de um semi-nário no INPES/IPEA.

1Na 、セ」。、。@ anterior, essas taxas foram de 8,7% e 9,4%, respec-tivamente.

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2 - O MODELO DE INDUSTRIALIZAÇAO BRASILEIRO: UM DIAGNOSTICO

As duas caracteristicas mais importantes do ュセ、」ャッ@ de ゥセ@

dust.rializaçÊÍ.o brasileiro adotado no pós-guerra foram: a) a gU'5: ralizé1dó (' extremament.e elevada proteção concedida à irldúslria ↑セ@

mêstica contra a 」ッョ」ッイイセョ」ゥ。@ estrangeira, mediante tarifas e di-verSOE tipos de barreiras não-tarifãriar; c セI@ a ー。イエNゥ」ェー。￧セッ@

ei

reta do Estado no suprimento da infra-estrutura econ5mica (ener-gia e transportes) e no desenvolvimento de alguns setores 」ッョウゥ、セ@

rados prioritãrios (mineração, petroquimica e siderurgia).

Ao contrário do que sugere uma interpretação bastante di fundida da natureza desse modelo, seu traço 」。イ。」エ・イゥウエゥ」ッュ。ゥウゥセ@

portante não foi o papel desempenhado pelo Estado em impulsionar esse processo - que foi, obviamente, bastante ativo -, mas os ゥョセ@

trumentos e os meios empregados com essa finalidade. Como se vera mais adiante, essa distinção tem enorme relevância do ponto de vista da definição de mna nova estratêgia de desenvolvimento in-dustrial. Enquanto a primeira visão, diante do atual ・ウァッエ￴セ・ョエッ@

do modelo brasileiro de industrialização, conduz, algo vagamente,

à conclusão de que se precisa "recuperar a capacidade .de interven

ção do Estado", a segunda interpretação recomenda, mais simples-mente, que são o estilo e os instrumentos de intervenção que de-vem ser alterados.

Apesar de as rest;içõec as ゥューッイlセ[Pセウ@ se terem origina-do, concretamente, da recorrente e (quase sempre) aguda ョ・」・ウウゥ¢セ@

de de administrar um limitado orçamento de divisas estrangeiras, a politica protecionista sempre teve a sustentá-la o respeitãvel argumento teórico da proteção a indústria nascente e a recomenda-ção cepalina de se transferir para o mercado domêstico o centro dinãmico do crescimento econômico, no marco do que se convencio-nou chamar de estratégia de industrialização substitutiva de im-portaç5es (ISI).2

2ver Prebisch (1959).

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importante ter presente que as elevadas barreiras às ir

portaç5es 3 SP ュセョエゥカ」イ。ョャ@ como o traço'mais carBcter5stjco e

permanente do modelo de industrializaçio, mesmo quando, a partir

de meados dos anos 60, houve a superposiçio da política de

promo-çao àE. c>:F-,orÜ.içôC:5 (PE). J.. protEção continuou c)eVô.àél e a PE

ar,r:-nas teve o efeito de compensar Hセ。イ」ゥ。ャュ・ョエ・I@ ,o カゥセウ@

antiexporta-dor produzido pela estrutura protecionista. Não houve, portanto,

a substituiçio de uma estratigia de industrializacio por uma

ou-tra, mais "aberta" e de cunho liberalizante. Em sua essincia, o

modelo continuou "fechado" e autarquizante.

Na literatura especializada, a ISI e a PE costumam ser

apresentadas como estratégias alternativas de industrialização. O

argumento defendido aqui é de que, no caso brasileiro, a PE nao

chegou a configurar urna estratégia distinta: ela consistiu,

funda-mentalmente; em um conjunto de medidas destinadas a corrigir uma

distorção provocada pela ISI. Essas medidas tiveram por finalida-de recuperar a capacidafinalida-de finalida-de realização finalida-de importações essenciais

(máquinas, equipamentos e insumos não disponíveis no mercado domés tico) e, assim, permitir o aprofundamento - certamente, a um ritmo

mais lento - da estratégia de ウオ「ウエゥエオゥ￧セッ@ de ゥューッイエ。￧￵・セN@ O

ele-mento definidor desta política - a proteção generaliLdda - foi

preservado.

Na prática, o modelo de industrialização desde o ーッウMァオ・セ@

ra caracterizou-se pela concessão de reserva de mercado a toda a

atividade industrial, indiscriminadamente. Com isso, as ・ューイ・Uセウ@

- nacionais e estrangeiras - foram se instalando e passando a pro-quzir para atender um mercado com limitadas opções de abastecimento do exterior. Naturalmente, a simples concessão da reserva de

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cado não era suficiente para assegurar a montagem de um parque in

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.-dustrial completo. A implantação de determinados investimentos

エゥーゥ」。ュ・セエ・L@ os relacionados com a infra-estrutura e as

indGstri-as de bindGstri-ase - requeria montantes de recursos e/ou ョゥカセゥウ@

tecno16-gicos inicialmente nã6 dispon5veis internamente. Por ・ウセ。@ raz§o,e

mais o desinteresse (ou/em alguns casos, a proibição de ー。イエゥ」ゥーセ@

ção) de investidores estrangeiros,4 o Estado tomou a si a

respon-sabilidade pela implantação

、・ウウセウ@

setores.5

Há Uirt c:erto consenso de que, no inicio dos anos 80, a €.§.

trutura industrial brasileira já estava completa e integrada. n・セ@

sa época, tinha entrado em operação a maioria dos investimentos

nos setores de bens de capital e de insumos básicos, que vinham sendo implantados desde meados da década anterior, quando se pro-moveu um round de substituição de importações particularmente in tenso nessas áreas. Ao longo desta década, também avançou

bastan-te a produção de bens de informática menos sofisticados tecnologi

camente.

o

alto grau de 。オエッMウオヲゥ」ゥセョ」ゥ。@ atingido pela nossa

in-dGstria - que pode ser facilmente constatado em simples visita aos

modernos shopping centers nas grándes cidades brasileiras, ッョ、・イセ@

ramente se カセ@ exposto algum prodBto importado - costuma provocar

um incontido entusiasmo nos defensores do modelo de ゥョセオGMセイゥ。ャゥコ。@

ção 。オエセイアオゥ」ッL@ que foi adotado 。エセ@ agora. Para ・ウエセセL@ so falta

aprofundar a 。オエッMウオヲゥ」ゥセョ」ゥ。@ na ãrea de ゥセヲッイュ£エゥ」。@ e desenvol

ver os dois outros setores considerados "tecnologicamente de pon-ta", a biotecnologia e os novos materiais. Ai, teremos alcançado o

ideal de economia 。オエッMウオヲゥ」ゥ・ョエ・セ@ completa e integrada.

4Esse desinteresse se devia aos longos per iodos de maturação

(caso de infra-estrutura), à reduzida dimensão do mercado domésti

co (caso das indústrias de base) e à política de controle de tarT fas de bens e serviços públicos - que deprimiam as taxas espera-das de retorno dos investimentos.

5Na ウ・ァセョ」ゥ。L@ a intervenção direta do Estado na economia avan

çou muito 。ャセュ@ do que seria justificável por crit&rios estritamen

te econômicos.

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Este modelo de industrializacio produziu, entretanto,

dois tipos

de

resultados indesejados, que precisam

ser

levados em

conta na definiçio da nova ・ウサイ。エセァゥ。@ a ser seguida: uma ind0stria

com a) baixos niveis de ・ヲゥ」ゥセョ」ゥ。@ produtiva e b) altamente con

centrada .

o

estilo de jndllstrialj;u:,ção à base da oCllpaçúo de iエ」ウーセ@

ços vazios" não exigia uma atenção especial quanto ao aspecto ァオセ@

litativo do crescimento. Uma vez que os produtos sc destinavam

a um mercado virtualmente fechado à concorrência estrangeira, a

eficiência produtiva não chegava a constituir uma preocupação

re-levante para as empresas que iam se instalando. セ@ certo que para

uma grande variedade de produtos - notadamente entre os de consu-mo durável e não-durável - o mercado doméstico já atingiu um ta-manho suficiente para não comprometer os ganhos de escala.

Deve-se esperar エ。キセ←ュ@ que tenha ocorrido uma significativamelhoriada

eficiência como 」ッョウ・アセョ」ゥ。@ do processo de aprendizado (learning

by doing). Entretanto, para uma boa parte da produção industrial

-e isso é verdade sobretudo para os bens de capital eosinsumos bá

sicos - a limitação do mercado doméstico ainda impõe,urna

dramáti-ca restrição à melhoria da produtividade. 6

(', segundo resultado dessa estrat,égia de industrialização, est"-.<.:'tamente assoc·;.ddo ao anterior, foi a formação de uma

estru-Nセ@ . ., . t d 7 C b

tura セョ。オウエyセ。⦅@ t A \..l. t:!llldmente concen ra a. orno se sa e, a

con-」・ョエイ。セSッ@ industL:2\ tem implicaç5es sobre a alocação de recursos

na economia, a distribuição de renda e a concentração do poder po lítico, que não podem ser negligenciadas, se se pretende uma eco-nomia eficiente, equitativa do ponto de vista distributivo e

ope-d d ' t - . 8

ran o num contexto emocra 1CO.

6 1 A gumas ・カセ@ . d-enC1as esses resu a os sao apresen a as em ra-. d lt d t d B

ga e Rossi (1986 e 1988) •

7ver , a esse respeito, Braga e Mascolo (1982).

Buma discussão dessas quest6es pode ser encontrada em Braga

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A par do fato de ter ーイッ、オコセ、ッ@ tais resultados, esse mo-delo de 'industrialização encontra-se praticamente esgotado. Quan-to a isso, há um certo consenso entre os analistas das mais diver sas tendências, embora existam divcrgEncias significativas a res-peito da natureza precisa dCEte esgotamento c, muito mais ainda, quanto ãs politicas requeridas para a necessária correção de ru-mo.

Em que sentido, então, o modelo está esgotado? Primeiro, porque acabou a fase de crescimento meramente quantitativo - selO a preocupação com a eficiência -, uma vez que os "espaços vazios ti

já foram quase totalmente ocupados. O crescimento da indústria vai depender, agora, do aumento da produção de bens que já são produ-zidos no pais. E para escapar da atual limitação imposta pelo ta-manho (e pela taxa de 」イ・セ」ゥュ・ョエッI@ do mercado interno, uma

parce-la

crescente dos aumentos de produção deverá ser destinada às

ex-portações. 9 Na verdade, além de acomodar acréscimos de produção e permitir ganhos de escala, as exportações desempenharão um pa-pel central na nova estratégia de industrialização, ao induzir a elevação dos padrões de qualidade e proporcionar as divisas re-queridas pela necessária liberalização das importações. E, por mo

tivos que serão discutidos mais adiante, o aumento das exportações dependerá cada vez mais da eficiência produtiva e cada vez menos da concessão de subsidios às exp;-':.. tações e/ou rompressão da absor ção doméstica.

Segundo, porque uma ・ウエイ。セ←ァゥ。@ voltada fara a

recupera-çao do crescimento industrial que priorize sua dimensão qualitatl va vai requerer instrument,os distintos dos que foram empregados numa fase em que predominava a visão quantitativa. Conforme tam-bém será mostrado mais à frente, constitui um erro muito grande

9Existe, certamente, espaço para alguma expansão do mercado do méstico, mediante elevação de salários e outras políticas reOlS-tributivas, sem comprometer a eficiência do sistema. Os limites ao emprego dessa alternativa são det.erminados pela necessidade _de ーイセ@

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imaginar que os novos problemas poderio ser satisfatoriamente

re-solvidos com os mesmos mEtodos da etapa antecedente.

Terceiro, porque a crise financeira em que カゥカセ@ ュ・イァオャィセ@

do o Setor PúbJico eJimina él ーッウセ[ェ「ゥjゥ、。、」NZ@ de que EJe venhê:l a li

derar F nos velhos moldes I a retomada do· crescimento industrial. l\;él

riova fase de desenvolvimento, a liderança dos investimentos tcr§

que caber ao setor privado, para o que serão exigidas uma 、ゥヲ・イ・セ@

te postura por parte do Governo e uma definição mais clara das re

gras do jogo. Isso, totalmente à parte da questão da

(in)eficiên-cia do Governo, tanto na gerên(in)eficiên-cia das atividades produtivas como

na seleção dos objetivos da politica industrial.

Hã, por último, o novo quadro internacional, onde se pr2

cessara mudanças de ext.raordinãrio nlcance, como conseqüência da

revolução tecno16gica em curso e da emergSncia de novos atores de

peso no cenário econômico mundial. () legí·tirno desejo de fazer paE. ter, no menor tempo possIvel, do grupo de paises que se encontram

na dianteira do 、・ウ・ョカッャカゥョセョエッ@ econômico, requer a decidida ゥョエセ@

graçao da economia brasileira nesse "bonde do progresso tecno16gi

co 11 • O exato significado dessa integração será discutido já na ーイセ@

xima seção. O que importa destacar aqui セ@ quP 2 alternativa a

to-mar esse bonde, desde que aceita a premissa da determinação de che

gar ao mesmo destino, so passa ."'. ;'azer sentido ":iSO se aàmi ta que

também seremos capazes de che·;?:!:" J Ç., AG」[ッイイーョᄋセセ@ "! ;:--;:"" Isto serve

para ilustrar o ponto de vista d0 que o ャャゥセZセセセ@ 2utãrquico - onde

praticamente não existe concorrência externa, abundam restrições

ao capital estrangeiro e ã transferência de tecnologia e o esforço

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tecnol6gico doméstico é irrisoria, pelos padroes 1nternaC10na1S

- não oferece uma perspectiva de tornarmos a indústria brasileira. competitiva, internacionalmente.

Finalmente, セ@ importante ressaltar que o fato de o

mode-lo ter-se esgotado e de ele ter produzido alguns resuJtados

inde-

._---lOsobre essas questões" ver Braga (l987), Braga e !,-jatesco (1986

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sejados n50 implica sua condenação como ・ウエイ。エセァゥ。@ de

desenvolvi-mento industrial. Apesar das freqüentes criticas ao modelo 151 (e

a associada apologia do modelo PE) teratura recente sobre cstrat0gias

encontradps em boa ーセイエ」@ da li

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cc lndustrla]lzaçao,-- ha um

crescente r0conhccimC'nto de' que, pelo lTtc::;)os em se trataLdo de eco

nomias em desenvolvimento de certo tamariho, a 151 não somonte 」ッョセ@

tituiu, no seu tempo, uma ・セエt。エVァゥ。@ correta, como foi uma preco: dição indispensável para o sucesso da posterior fase de PE, já a

t · セ@ b . d t . 1 ' d' . f' -, 12

par-Ir ae uma ase In us -rIa razoavelmente lverSl -lcada.

De qualquer forma, pode-se dizer que o modelo cumpriu S"-lél

missão. A questão que se coloca agora セ@ de que, nas condiç5es ・クセ@

minadas anteriormente, ele nâo mais oferece uma resposta

adeaua-da ãs necessiadeaua-dades do presente. Por isso, precisa ser muadeaua-dado.

3 - O COH'I,'EX'l'Q INTERNACIONAL E AS LIÇ()ES RELEVl\N'rES

o

contexto internacional que deverã balizar a definição

e as yossiblidades de sucesso de um novo modelo de

desenvolvimep-to industrial para o Brasil tem as seguintes principais

caracte-risticas (sem obedecer ordem de importância):

a) a イ・・ウエイオエオイ。￧セッ@ das economias capitalistas 。セャ。ョ￧ゥャBB@

das r a consolidação do Japão eomr ;"d.)tência industrial e a ・ュ・イァ・Aセ@

eia do!:; ョセセセ}NZNy⦅NゥAャ、ZエZNセLウエイゥセ[lゥセセNNAZセセN@ ,,;ountries (NICr} asiáticos,

b) a crise da divid<a e G ZZ、|セZNZZ。ュ・ャZGL⦅u@ ·::;;.:;-í-rutural dos ー。■セ@

ses em 、・ウ・ョカッャカゥュ・ョエッセ@

c) o redirecionamento dos fluxos de capital dos paises desenvolvidos para os pr6prios paiscs desenvolvidos;

d) a revolução tecnológica com base na microeletrôniea, e

e) a tendência

ã

formação de grandes blocos econ6micos.

tom alguIDRs djferenças de €nfase e de estrat&gia t a maio

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po::: exemplo, ,Jclmes et a1ii (1987) e Balassa el a1ii(1986).

12Ve:c I por e):cmpJo, '1'(>:1 'u'] c 'l'houwi (1986) •

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ria dos paises desenvolvidos vem promovendo B reestrutureç50 de

SUê':lS セ_G」サZュッュIGLZQウ@ ao que sャセ@ convencionou df2nominor i'ia crise dos anos

70tt .13 ·or var18S razoes -p セN@ - ・ョセイ・@ , 85 qUB1S, . a cspe aeu ar e)pva-t 1

￧セッ@ do preço do petr61co, o explosivo aumento da liguidez ゥョエ・イセR@

cional e a U。エオャセ￧セo@ do padrEo 60 consumo vigente desde a 、{イセ」ャセ@

de 50 - aqueles palses ー。ウウ。イセュ@ B registrar altas taxas de

infla-çao e de desemprego, bem como urn6 preocupante ァセ・、。@ de

produtivi-dade. ?'i consciéncia ãe que se tratava de uma cri se com forte 」HIューセ@

nenteestrutural levou ao emprego de medidas 。}セュ@ das normalmente

utilizadas em programas de estabilização de curto prazo tais 」ッセッ@

privatizacão de empresas pGblicas, reduçEo de impostos, desreaula

ment&ção econÔMica e concessão de subsidias fiscais e crediticios

para atividades com contefido tecno16gico elevado c/ou onde

eX1S-tiam vantagens comparativas.

Como agravantes da crise, os paises inóustrializados

(0-cidentG'.is) tiveram ainda que· enfrentar a intensa cOl'r:petição ーイッュセ@

vida pelo Japfio e os NICs asiãticos nos seus pr6prios mercados do

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-ュセウエゥ」ッウN@ Esta competição, que se iniciou com manufaturados . ャ セM

'-ves; estendeu-se para produtos de maior densidade tecnológica e pos em cheque parcelas crescentea dos setores industriais

daque-les países. A política industrial, nesr3e caso, tentOU as fonna.s de

ajuda para recu.perar a corr,peti tiv:i dade dos setores mais at!c" ェゥ」ャMZMェセZ[@ i

promover a エイ。ョウヲ・イセョ」ゥ。@ de recursos para outras 。エゥBGセ。、・ウ@ セ。ゥウ@

カゥセカ・ゥウ@ e, mais freqüentemente, medidas para conter ゥューッイエセ￧V・ウ@

Embora essas reE.>trições tenham sido adotadas visando, ヲエZゥャ[イセ_ュ・hGゥZ。ャ@

mente r ao Japão e I enl me!10r escala, aos NICs asiáticos, uma pa.rcela

significativa das exportaç6es brasileiras mais dinãmicas エ。ュ「セイ@

foi a·tingida.

Num contexto mai s amplo, a ameaça dos NICs e111 geral (aí,

incluídos os latino-americanos e a nsegunda geraçfio" deNICsasiá

---_.--_

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_---13 Esta foi basicamente uma crise dos paises industrializados,

que reduziram para 3,lt ao ano sua taxa de crescimento, contrE セセ@

da dõcada de 60. Os paises em desenvolvimento, por sua vez,

cres-ceram a 5,4% no perIodo 1970/80/ em grande parte recorrendo ao ・セ@

div iÓê,:rlE:JILo t'xter no, que :[ oi a pr inc ip''>.1 Nイ。セッ@ da es tagnução r;ü d.Ê. cada seguinte. Ver World Bank (19BB), pp. 13-14.

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ticos), tal como visuBlizoda pelos paises desenvolvidos, passou a incluir B possivel saturação de Deus mercados dom&sticos (que nEo

. lá

teriam conc3j ções de Bbsorver as crescentes eXFlortaçõcs dos NJCs) .

€ à ーイ・セN^{L ̄ッ@ que E:ssa multiplicidade de poJos de desenvolvimento in

dustrial colocaria sobre os recursos

セ。エオイ。ゥウ@

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ュ・ゥッ。ュ「ゥ・ョエ・スセ@

No fundo, セ@ a 、・ウ」ッョヲッイエセカ・ャ@ U・ョウ。￧セッ@ de que a 「セウ・@ f1sica do セャセ@

neta nEo comporta a イ・ーイッ。オᅦセッ@ ァセョ」イ。ャゥコ。、。@ do estilo de desenvo]

vimento que garantiu o atual ー。、イセッ@ de カゥ、セ@ dos paises mais

avan-çados.

Quanto a crise da divida externa dos países em

desenvol-vimento, o aspecto relevante a destacar, do ponto de vista desta

anãlise,

&

o seu efeito inibidor do cresci.menta. A dIvida, 」セュッ@ se

sabe, fói um produto do já mencion,s.do excesso de liquidez ゥョエ・イョNセ@

cional e da subseqtlente elevação das taxas de juros, provocada ーセ@

la política macroecon6mica dos Estados Unidos, no firial dOE anos

70. Isso não isenta, por§m, de boa parcela de responsabilidade,

tanto os países endividados como os bancos 'internacionais que

prosseguiram com essas operações bem além do que recomendavam a

prudência e o bom senso.

Com a interrupção dos fluxos voluntãrios de capital

pos-1982: pC.<:::S países tornaram-se pagadores líquidos e, corno não dis

ーオイZGセョ@ de イ・ウ・イカ。セN@ tiveram que gerar vultosos superãvits comerei

ais para servi.'" ;:1 divida. Dada a impossibilidade de melhorar rilpl:

da e suセ@ . .:õtalicialrnen;"e ? competi tivi oade de suas exportações e

de-frontando-se com o protecionismo dos paises industrializados, os paises endividados tiveram de garantir os saldos comerciais medi-ante cortes profundos nas importaç5es. O impacto recessivo desse tipo de ajustamento está refletido nZl. virtual estagnação econômi-·

ca registrada por esses paises, no restante da 、セ」。、。N@ Que a

con-tinuidade dessa situação セ@ absolutamente ゥョウオウエ・ョエセカ・ャ@ foi,

afi-1.1 .

'Ver Cline (1982) .

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nal, reconhecida recentemente pe19 governo americano. t pouco

ーイッカゥカセャL@ entretanto, Que um acordo visando セ@ イ・、オ￧セッ@ do montante

da divida e/ou ao estabelecimen1:.r> de condições mais favoráveis de

pagamento venha a di spcnsar él i mplementa ção de po15 ti Cél S (h, ('1 j u

s-tamento, ョャ￳ェセL@ (lU ュ」ョッAGセ@ profundas, nos países endividéc3üf.

Em grande parte devido ao quadro de estagnaçâo indicado

acima, os países em desenvolvimento - em particular, os ャ。NエェョッM。イョセ@

ricanos - viram deteriorar-se ainda mais sua capacidade de atrair

capitais de risco, que ェセ@ vinha piorando desde meados da 、セ」。、。@

16

passada. A tendência que se observa fi: de uma concentração dos

fluxos desses capitais nos pr6prios paises desenvolvidos e, subsi diaria.mente, nos NICs asiáticos. O Japão tornou-se o mai.or

supri-dor mundial de capitais de riscor tendo a büa participação passa!!

do de 19% para 35% I' entre 1975/i9 e 1980;83 [OECD (1987)

J.

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ca,-セゥエ。ゥウ@ japoneses se dirigem sobretudo para os Estados Unidos, em

virtude do fortalecimento do iene e da necessidade de amenizar as

sêrias e freqüentes disputas comerciais entre os dois paises. O

fluxo de capitais, das mais variadas procedincias, para a

Comuni-da de Econornica Européia tem sido justificado, por sua vez, como

uma estratêgia de ganhar posições na tlEuropa sem barreiras tarifá

rias", a partir de 1992.

Como parte dos ・ウヲッイsセ、@ para イ・カ・イエウセ@ a エ・ョ、セョ」ゥ。@ de アオセ@

da da produtividade dos 。ョPセ@ 70, Pセ@ ー。iセー」@ セセセセセエイゥ。ャゥコ。、ッウ@ mais

avançados aumentaram ウオ「ウエ。ョ」ゥセャュedエ・@ 0 セM[ッイセッ@ de pesquisa e

de-.

senvolvimento (P&D), particularmente nos setores de alta

tecno-logia. Os Estados UnidoseoJapão aplicavam, em 1985, 2,13%. do PIB

nessa atividade, enquanto a Alemanha Ocidental destinava 2,7%, a França 2,4% e a Grã-Bretanha 2,2%. Naquele mesmo ano, os Estados Unidos mantinham 790 mil cientistas e engenheiros ocupados emP&D,

o j。ーセッ@ 381 mil, a Alemanha Ocidental 135 mil, a França 98 mil

e a Grã-Bretanha 90 mil. Todos, i exceção deste filtimo pais,

au-16A parcela de investimentos diretos estrangeiros provenientes

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dos palses 」。ーャエ。ャャウセ。ウ@ esenvo V1UOS que 101 BJSOrVl0a peas ー。セ@ ses em desenvolvimento caiu de TQLXセ@ em QYWセ@ para QVLXセL@ em 198G.

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rnentaram o esforço tccno169ico desdt: 1961, havendD mesmo a expc.c-tativa de que, na virada da dicada, o percentual de P&D sobre o PIB chcgBrfi B 3%, nos Estados Unidos, Jap50 e Alemanha Ocidental

IOECD (1988)).

Em particular, os resultados deste esforço na ãrea micro eletr6nica tem sido t50 notãveis que ェセ@ se estaria configurando,

na カセウ。ッ@ de alguns autores. um novo "paradigma 'tecnológico",

cen-trado na microeletr6nica barata, da mesma forma como o petr61eo,

o aço, o carvao e o transporte a baixo custo propiciaram as revo-luç6es tecnológicas anteriores.17Uma conseqüência fundamental des-·te novo paradigma é o aumento do conteúdo de ri infm:mac5.o" nos rnai s

diferentes produtos, relativamente セッウ@ conte6dos de energia e de matfrias-primas. aャセュ@ de reduzir custos e de facilitar a

adminis-tração de grandes e complexas organi:r.ações, a introdução de

equi-pamentos eletr5nicps programâveis estã redefinindo a questão de

escala de produção. O modelo (fordista) de produção em massa estã cedendo espaço para a planta flexIvel, multiprodutora e de menor escala [Lahera (1988), p・セ・コ@ (1986)] .

Do ponto de vista dos paises em desenvolvimento, o impac to liquido dessa revolução tecnolõgica

i,

em pri.ncipio, amblguo. Por UJ:'; lado, ela contribui para 'dimi nuir as vantagens dessps

paí-SE,S (vis-à-vis os mais desenvolvidos) resultantes da ^ᄋNセッイ@

dispo-セゥ「ゥャゥ、。、・@ relativa de mão-de-obra barata e イ・」オイウ」セ@

Por outro lado, essas mudanças podem significar um ali",.;., }):"'I"Cü.· da restrição do mercado 、ッュセウエゥ」ッL@ quase sempre insuficiente para sustentar escalas ótimas de produçâo. Para isso, entretanto, sera necessário tornar o sistema industrial mais permeável a introóu'"

çâo dos avanços tecnol6gicos nessa ãrea.

17ver Dosi (1982) I Perez (1986) e Freeman e Perez (1986).

181550 terã, certamente, facilitado o イ・エッイョセ@ de alguns

capi-tais a seus paises H、・ウセョカッャカゥ、qウI@ de origem.

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61timo aspecto caracterizador do Quadro internacional,

relevante para D novo modelo 、セ@ industrializaçio brasileiro i diz

respeito セ@ エ・ョ、セョ」ゥb@ de Bmplioç5o e consoJidaç§o de blocos

econ6-micos, dentro dos quais serao elirninéloas ó.s rest.rições à livre ャtエセ@

カゥュ」ョエ。￧セッ@ de bens, serviços, pessoas e 」。ーェエセゥeN@ Interessa,

par-ticularmente, examinar o passivel significado, para o 」ッュセイ」ゥッ@ ・セ@

terior brasileiro, do Acordo de Livre Com6rcio Estados Unidos-Ca-nadã, da criaçâo de um Mercado Europeu Unificado, a partir de1992,

e do estreitamento dos laços econ6micos entre os paises da イ・ァゥセッ@

Asia-Pacifico, sob a hegemonia do Japâo (embora sem um acordo for

mal).

Com relação ao acordo Estados Unidos-Canadã, o impacto de vera ser pouco expressivo, não só porque nenhum desses países con corre com as exportações brasileiras no mercado do outro, como ーッセ@

que aInbos já praticavam uma signi ficativa integração econômica.-a meconômica.-aior peconômica.-arte do comércio mú.tuo se processa sem pagamento de tari fas - mesmo antes da formalização do acordo .

Uma situação semelhante ocorre também com o bloco asiáti

co. Em partey porque não há uma セウウッ」ゥ。￧ ̄ッ@ formal entre aqueles

países e, por essa razao, a integração se processa mais

lentamen-1 セN@

te i e 1 em part.e. porque a estrutura de comércio do Bras.; セ@ Gセ[oitゥ@ ca

da um daqueles países (e com o Japão, em particular) >:'0 sofre con

セPイイセョ」ゥ。@ significativa dos demais.

Receios maiores 50 se justificam no caso da unificação da

セGeオイッー。@ dos 12". Os beneficios econômicos para os paises--membros

parecem bastante óbvios; エイ。エ。セウ・、・@ um mercado de 320 milhões de

ronSunUdores de aI to poder aquisi ti vo (contra 230 dos Estados Uni-dos e 120 do Japão), que permitirá substanciais economias de

es-cala na produção e na 、ゥウエイゥ「オゥ」セッN@

se ・ウエセッ@ verificando

va-19 . eセッイ。@ .1_ o Japao veJa na cooperaçao e no esenvo Vlrnenco • - • .. - 、ャᄋセN@ li na "

região Asia-Pacifico um dos vetores das "medidas de correç5o dos

、ーセ・。オゥャゥ「イゥッウ@ econ6mjcos globais e da イ・カゥエ。}ゥコ。￧セッ@ da economia

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o-cesso de preparação para & セ。ウ・@ de mercado unificado. Estima-se que, após um per; ndo ôe trans i ção (de cerca d l ' Sc,ü; üJ1DS), o T'NT3 dú

cッュオョゥ、セ、・@ estarã de 4,5 a 7 pontos percentuais acima do que esta

ria na 。オウセョ」ゥ。@ da integraç50 [N511ing (1988)).

As preocupaçoes surgem do lado dOE parceiros comerciais

dos paises europeus, que temem, .simplesmente, o' deslocamento das

fronteiras do protecionismo - tanto no que se refere

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po) í tica cs;:.

mercial アオセョエョ@

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defesa dos setores de alta tecnologia - do nível

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naC10na _ para o supranac10na. Por ou ro _a o, la entre os

eu-ropeus quem preveja as empresas americanas, alemãs e japonesas

reproduzindo, anivel europeu, o mesmo セッュゥョゥッ@ que vem estabelecen

do a nível das economias nacionais da CEE. Essas 、ゥカ・イァセョ」ゥ。ウ@ su

gerem que, apesar da aparente irreversibilidade da オョゥヲゥ」。」セッ@ da

CEE, trata-se de um processo extremamente complexo! que não se com

- d · - d d' f"'·1 1 セ@

21--pletara rapidamente nem sem pro UZ1.r tensoes e 3. l.CJ. so uçao.

No caso do Brasill

, em particular, deve-se esperar a

per-da de alguns mercados para os paises ゥ「セイゥ」ッウ@ e/ou mediterrâneos

da CEE, cuja estrutura de produção apresenta alguma interseção com

a pauta de exportações 「イ。ウゥャ・ゥイセウ@ para aqueles mercados. No que

concerne ao movimento de capitais, o mais provãvel セ@ que ocorra

urna diminuição dos fluxos de investimentos ・ウエイ。ョァ・ゥイッセM que se

sentirão mais atraI dos pela nova dimensão do mercadv europeu.

o

Brasil nao dispõe de uma alternativa semelhante de

in-tegração econômica. A nossa proximidade geográfica é com

pai-ses de nível de desenvolvimento inferior, que uão sugerem

ga-nhos expressivos pela via セ。@ integração. Os resultados' ゥョウ。エゥウヲセM

20Em uma palestra proferida no Institute for International eセY@

nomice, o s・セイ・エ ̄イゥッ@ do Tesouro americano advertiu que a criaçuo

de um mercado 6nico que hreservassé a Europa para os europeus

se-ria prejudicial para a Europa, para os Estados Unidos e para o

sistema econ6mico multilateral" [citado em N611ing (1988)] •

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tór i 01::; até agora alcançados na integração ャ。エゥョッMキキセイゥ」。ョエャウ@ sao me

nos uma conseqüência de 、ゥカ・イァセョ」ゥ。ウ@ politicas dos paises da reg! io do que da 。オウセョ」ゥ。@ dos ーイFセイ・アオゥウゥエッウ@ que fizeram o sucesso da

CEE. A ゥョエ・ァイ。￧セッ@ continental constitui, assim, um objetivo a ser

perseguido, mas que ョセッ@ tem condiç6cs de desempenhar um papel cen

tral na definição de uma ・ウエイ。エセァゥ。@ de desenvolvimento .

4 - A NOVA POL1TICA INDUSTRJAL

Durante os ül timos três anos, depois de oito tentativas2 2

de se formular uma politica industrial para o Brasil surgiu

fi-nalmente, em meados de 1988q a chamada Nova polItica Industrial

23

(NPI) do governo. Apesar desse prolongado processo de gestação,

a 」ッョ」・ー￧セッ@ de politica industrial embutida'na NPI セ@ bastante res

trita: ela

é

composta de três tipos de programas - os prograluas

setoriais integrados (PSI), os programas de desenvolvimento tecn,2

,16gico industrial (PDTI) e o antigo programa especial 、セ@

exporta-ção (BEFIEX), agora tornado mais flexível - e da イ・セッイイオ。@ tarifã-ria.

Os programas da NPI consistem essencialmente

na

conces-sao セ・@ incentivos fiscais (isenção e/ou redução de alíquotas de

impostos, principalmen'te) para a importação de máquinas:

equipa-mentos e セ@ ::-,';..unos previstos em projetos individuias (PDTI e BEFIEX)

ou 」ッセイセゥカッウ@ (PSI) i セセセッカ。、ッウ@ pelo Conselho de Desenvolvimento In

dustrial. Os bene':: çi05 dos PSI são extensivos a toda a "cadeia

produtiva セセイュ。、。@ pelas atividades principais do setor". Afora es

se aspecto agregativo e alguns detalhes específicos de cada um, os

programas se distinguem, naturalmente, pelo objetivo a que se des

tinam: os PSI sao programas ァ・ョセイゥ」ッウ@ de modernização, que nao re

---22Essas tentativas foram: O COPAG (jan./85); o l!PND/Nk

(nov./8S): as quatro vers6es de documentos do MIe H。ァッセOXUL@ dez./

85, jul./86 e fev./87); o Plano de Metas (1986) i e um Relatório

de política Industrial, elaboradO por um grupo interministerial

[Suzigan( 1988}

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querem, como contrapartida algum compromisso com o governo; os

PDTI se destinam fi "criacSo e manutençSo de estrutura de gestio tecno16gica ー・イュ。ョ・ョエ・セセ@ e, finalmente, o beセiexL@ que セ@ um progr! ma de modernização vinculado セ@ exportação de produtos

manufatura-dos.

Excetuando-se o BEFIEX, que vem funcionando regularmen-te há 17 anos, não se regularmen-tem noticia (passado quase um ano desde sua

criação) de aprovaçao de algum PSI ou PDTI. Importa pouco

especu-lar se essa demora se deve a dificuldades t6cnicas de

implementa-cio, ã estruturação do orgao responsãvel pela anãlise dos

progra-mas ou ao desinteresse das empresas/setores industriais. Confonne se argumenta mais ádiante, existem problemas mais sérios de con-cepçao desses programas, enquanto instrumentos de politica indus-trial.

A exposição de motivos (EM) que acompanha os decretos--leis

da NPI faz um diagn6stico parcialmente correto, tanto do estigio

atual do nosso desenvolvimento industrial como do contexto mundi-al em que esti inserida a economia brasileira. A indfistria, ape-sar de "diversificada e integrada", apresenta-se aip-da tecnologi-camente atrasada e operando com baixos niveis de ・ヲゥ」ゥセョ」ゥ。@ e pro

dutividade - requerendo, portanto, a modernização 。エイ。カセウ、ッウpsiN@

Como, além disso, as "empresas y,::.J têm sido 」[NIセZ[GイAZエZZ・ウ@ de criar

tec-nologia própria" - donde a i.''?i::> 00'3 PDTI -; ""' oC't? ssgotado o ftpE.

drão de financiamento do setor fセLセャゥ」cGLiiL@ :'<_.,::--'--:.::'lT, ·se a "busca de no

-vos caminhos" e a "completa revisão dos instrumentos de açao do governo" •

A EM reconhece que o mundo lã fora vive urna revolução tecnológica, que csti "modificando profundamente as técnicas (de

produção) e os custos econômicos". A participação do Brasil nes te cenário é vista como "imperativa fi e eBセクゥァ■ョ、ッ@ "uma maior abertu

ra da ・」ッョッュゥ。セ@ - que seria, ・ョエセッL@ o objetivo da reforma

tarifã-ria.

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lha em estabelecer corretamente a ordem de piecedência entre as·

duas caracteristicas principais do modelo de

industrializaçio,

a

セイッエ・￧ゥッ@ e a intervenção direta do Estado. Contribui pouco para a compreensão da verdadeira natureza do processo de

industrializa-ção brasileiro constatar, simplesmente, que ele se realizou sob

alto grau de intervenção direta e indireta (incluindo-se,nesta

6!

tima, a concessão de estimulas de toda ordem, inclusive a ーイッエ・￧セッ@

ã indGstria 、ッュセウエゥ」。I@ do Estado. Tanto a extrema diversificação

como o baixo nivel de eficiência da indGstria brasileira sao com-pativeis com quaisquer graus de participação direta do Estado.

rrais

resul

t.ados exigem, porém - e

são

sua conseqüência mais imedi

ata -, altos niveis de proteção contra a concorrincia

estrangei-ra. Assim, se se pretende resolver o problema da baixa

produtivi-dade do setor industrial, é o instrumento da proteção que precisa

. t . , 1 24

ser イ・カセウMッL@ em ーイセュ・Qイッ@ ugaro

Esta falha de diagnó,stico conduz ao primeiro equívoco da

política industrial: a de que é possível elevar a eficiência da in

I

dústria mexen'do apenas marginalmente com a estrutura protecionis-ta e permitindo a imporprotecionis-tação seletiva e espasmódica de máquinas e

equipamentos estrangeiros - que

é

a visão da modernização da

in-dústria - e concedendo incentivos para o desenvolvimento

tecnoló-gico. 25 Se o objetivo último

セ@ エッイセ。イ@

a indústria competitiva

in-cernacionalmente - o que significa conseguir uma 。ーイックゥpセ[Gセ、o@ com

GZGセ@ lideres da corrida tecnológica -, a soluçaQ autárqui ... Cl, bv f;4.Z

sentido se formos capazes de imprimir um r i tmo superior ao セセBIウ@ >"}5

50S concorrentes estrangeiros. Dada a disparidade existente de re

24A redução do tamanho do Estado (através de privatização) é ne .

cessãria por outras razões (reservar mais espaço para osetorpri

vado ou contribuir para a diminuição do déficit público), mas

is-so não altera a natureza do modelo de industrialização, nem torna

o sistema necessariamente mais eficiente.

25A EM lamenta, com alguma surpresa, que as empresas "nio

te-nham sido capazes de criar tecnologia própria". Sem pressão 」ッューセ@

titiva para ヲッイ￧セMャ。ウ@ a isso e enfrentando as mais variadas

res-trições para contratação de tecnologia estrangeira, o curioso se

ria encontrar um quadro diferente.

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cursos - ュ。エ・イゥ。ゥウセ@ financeiros e humanos - aplicados em P&D,

aqui e li fora, tal hip5tese não parece particularmente realista.

A16m disso, conforme mencionado na Seção 3, hâ uma

res-trição temporal nessa estratégia I que recomenda uma certa

urgcrJ'-eia quanto à decisão de tomar ou não o "bonde do desenvolvimento

tecno16gico".

E

que hâ um custo, possivelmente nâo recuperâvc],

ao postergar-se indefinidamente essa decisão, ainda que se admita ser viãvel chegar lã contando s6 com os pr6prios meios. Seguramen te, não caberão todos os países no paraiso do primeiro mundo.

necessário, portanto, assegurar UJI1 bom lugar na fila •

Em grande parte, a crença na viabilidade do modelo a1..1tár quico estã lastreada na interpretação equivocada de que fóram o dirigismo estatal e o esforço tecno16gico domãstico os principais fatores responsáveis pelo sucesso da industrialização dos países

asiãticos, especialmente do Japão.

E

certo que o Estado, naqueles

países, teve um papel importante, como foi, de resto, o caso do Brasil. Pode-se até admitir que fizeram escolhas mais acertadas e

que dispunham de burocracias tecnicamente melhor equipadas.

Po-rãm, esses fa·tores não teria.m feito toda a diferença se os asiáti cos não apresentassem uma taxa de poupança, uma disposição para o trabalho e um investimento em educação muito :::uperior ao nosso e.§. forço. Fr;:.;.;em só aqueles fatores que contassem, deveríamos

espe-rar (':6empenhos ウゥュセ@ ::'ares por parte dos países latino·-americanos,

que sem?re se di" ,-.;nguiram por urna elevada participação do Estado

");.-,

na econorni セセ@ . '" ...

Isso significa que o Japão, como os demais NICs asiãti-cos, nao representam modelos de industrialização factíveis para o

Brasil. Podemos, é claro, aproveitar algumas experiências ou

ins-trumentos utilizados com sucesso naqueles paises, com as óbvias e

necessãrias adaptações. Mas a verdade

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que nos faltam certos

in-gredientes mais fundamentais para simplesmente イ・ーャゥ」セイ。アオ・ャ。ウ@ ・セ@

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periências 、ヲセ@ industrialização. E ・ョエセョ、・イ@ isso já é um grande pelE.

60 para desenhar uma

estratigia viãvel

e

realista

para o pais.

Al&m desses equivocas de concepção, a NPI apresenta

ou-tros, relativos セ@ selcç50 de instrumentos e セ@ implementação dos

programas. Apesar das mencionadas referências i "busca de novos

caminhos"'e à "completa revisão de instrumentos de ação", o que se

verificá é que a NPI recorreu ao mesmo estilo dé política

indus-trial que teve seu auge (e sentido) na fase de ocupação dos es

paços vazios, ã base de distribuição de beneficios para ーイッェXャッセ@

ou setores escolhidos. Se algo mudou foi a orientação prevista ーセ@

ra os PSI, de substituir a distribuição individual dos incentivos

pela extensão dos beneficios a toda a "cadeia produtiva" o

que quer que isso venha a significar, e supondo que esta possa ser

d· l' . e セュセ@ t a a. d 27

o

problema de implementação, por sua vez, estã ャッ」。ャゥコセ@

do na necessidade de apresentação de projetos para utilização dos benefícios do PDTI. Como se trata de um dispositivo da legislação do imposto de renda da pessoa jurídica, seria muito mais simples (para os potenciais usuãrios) dispensar a apresentação de proje-tos e garantir o correto emprego do incentivo mediante programas

especiais de fiscalização, que a Receita Pederal está acostumada a

fazer. A aplicação de penas ・ク・ュセセセイ・ウ@ aos ウッョ・Pセ、ッイ・ウ@ reduziria

o estimulo a prãticas ウッ」ゥ。ャュセdエ・@ ゥョ、・ウセェ ̄カ・セウ@ .

Quanto ã reforma エセイゥヲ ̄イャ。L@ apesar de a EM lhe ter atri

buido o papel de instrumento da "gradual liberalização da

econo-mia brasileira", os エセ」ョゥ」ッウ@ encarregados de sua execuçao se

pro-puseram a alcançar resultados bem mais modestos: apenas "adequar

a estrutura tarifãria atual às características da indústria nos

dias de hOje".28 Vista sob este ângulo, a reforma representou um

27A cadeia produtiva "abrange as atividades principais do

se-tor, as que com elas se articulem e as que lhe dão apoio nos

cam-pos do 、・セ・ョカッャカゥュ・ョエッ@ tecno16gico,"da formação de recursos

huma-nos e de serviços de infra-estrutura" (Art. 2Q do D.L. nQ 2.433,

de 19/5/88).

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