• Nenhum resultado encontrado

Aegla rosanae Campos Jr., a new synonym of Aegla paulensis Schmitt (Crustacea, Aeglidae).

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Aegla rosanae Campos Jr., a new synonym of Aegla paulensis Schmitt (Crustacea, Aeglidae)."

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

Aegla rosanae Campos Jr., um novo sinônimo de Aegla paulensis Schmitt (Crustacea, Aeglidae) 1

Georgina Bond-Buckup 2, 3 Ludwig Buckup 2

ABSTRACT. Aegla rosanae Campos Jr., a new synonym of Aegla paulensis Schmitt (Crustacca, Acglidac). The validity of Aegla rosallae Campos Jr. , 1998 as

a new species was analysed. On lhe basis of com pari sons wilh Aegla paulensis Schmitt, A. rosanae was considered its junior synonym.

KEY WORDS. Cruslacea, Aegla, Soulh America, taxonomy

Aegla rosanae foi descrita por CAMPOS JR. (1998), como espécie nova, com base em um macho, coletado na Bacia do Rio Paraíba, Piquete, no Estado de São Paulo, Brasil. O autor da proposta não destaca estrutura morfológica em especial que justifique a criação da espécie.

A área de ocorrência dos anomuros de águas continentais, pertencentes ao gênero Aegla, está restrita a bacias hidrográficas do sul da América do Sul. BOND-BuCKUP & BUCKUP (1994) ao revisarem os Aeglidae verificaram que muitas espécies podem ocorrer em mais de uma bacia hidrográfica, embora a maioria ocorra em bacias de drenagens adjacentes. Os mesmos autores ao examinarem os tipos depositados no USNM (National Museum ofNatural History Smithsonian Instituti-on, WashingtInstituti-on, EUA), propuseram que Aegla paulensis, espécie que SCHMITT

( 1942) havia considerado como subespécie de A. odebrechtii Müller, 1876, fosse elevada ao status de espécie.

O exame de exemplares de Aegla depositados no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, especificamente o holótipo de A. rosanae Campos Jr., 1998, ensejou a comparação dos caracteres específicos que definem a espécie.

MATERIAL E MÉTODOS

Durante as investigações que precederam a publicação da revisão monográ-fica das espécies de Aegla, os autores BOND-BuCKUP & BUCKUP, tiveram a oportunidade de examinar o material tipo de A. palllensis, USNM 80023, holótipo macho, e USNM 169112, parátipo fêmea. A descrição e as representações gráficas dos caracteres de A. palllensis foram comparadas com o holótipo macho (MZSP

11162) de A. rosanae .

1) Contribuição número 351 , do Departamento de Zoologia, Universidade Fede ral do Rio Grande do Sul.

2) Departamento de Zoologia , Instituto de Biociência s, Universidade Fed era l do Rio Gran de do Su l. Avenida Pau lo Gama, 90040-060 Porto A legre, Rio Gra nde do Sul , Bra sil. 3) Bolsista Pesquisador CNPq . E-mail: ginabb@vortex.ufrg s. br

(2)

386 Bond-Buckup & Buckup

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As espécies do gênero Aegla apresentam um conjunto de caracteres morfo-lógicos muitas vezes de dificil e complicada delimitação das características especí-ficas. Aegla paulensis pode ser relacionada com as espécies que apresentam a crista palmar subretangular, escavada, e o rostro linguiforme presentes nos machos adultos. A variabilidade dos caracteres morfológicos dessa espécie é significativa nos jovens, bem destacada por BOND-BuCKUP & BUCKUP (1994: 242).

A diagnose de A. rosanae, segundo CAMPOS 1R. (1998) assemelha-se àdescrita por BOND-BuCKUP & BUCKUP (1994) com exceção de alguns caracteres menciona-dos a seguir. CAMPOS 1R. (1998) destaca que o espinho ântero-lateral da carapaça alcança a base da córnea. No entanto, na observação do exemplar constata-se que os pedúnculos oculares encontram-se inclinados, propiciando uma interpretação errônea dessa medida. O mesmo autor menciona que as proeminências epigástricas são pouco destacadas. No exame do material, constata-se ainda que a descrição não é correta, pois essas estruturas são destacadas e turberculiformes, de maneira que, em vista lateral da porção anterior da carapaça, projetam-se nitidamente. Finalmente, a carac-terística referente a margem interna da face ventral do ísquio do quelípodo que possui, segundo a diagnose de Campos Jr., "dois espinhos cônicos em posição distai", não pode ser observada no quelípodo do exemplar. Essa estrutura possui um espinho cônico distai e dois a três tubérculos em posição mediai e proximal.

Cabe, ainda, um esclarecimento com relação as representações gráficas de A. rosanae. A figura 3, da página 138, relativa ao quelípodo maior está em vista ventral, maneira não usual, o que inviabiliza a identificação da crista palmar, que se apresenta subretangular e escavada, típica de A. paulensis. Por outro lado, BOND-BuCKUP & BUCKUP (1994: 242) destacam com relação a A. paulensis que " ... alguns exemplares possuem a crista palmar separada em lóbulos ... ", o que foi constatado no exemplar examinado. Igualmente está prejudicada nessa repre-sentação gráfica toda a ornamentação da vista dorsal do carpo e da crista carpa!. O desenho 4, na mesma página, relativo ao cefalotórax em vista lateral, também encontra-se pouco representativo, uma vez que o rostro não é deflexo, mas, pelo contrário, na porção apical o rostro é moderamente recurvado para cima.

Com apoio nas características acima destacadas e, considerando, que o exemplar de A. rosanae apresenta o conjunto de caracteres morfológicos que a identificam como nos limitesjá conhecidos da natural variabilidade de A. paulensis, deve-se considerar A. rosanae syn.n. júnior.

AGRADECIMENTOS. Ao Dr. Gustavo S. de Melo, curador da coleção de Crustáceos do Museu de Zoologia da USP, pela cedência dos lotes de Aegla .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOND-BuCKUP, G. & L. BUCKUP. 1994. A Família Aeglidae (Crustacea, Decapoda, Anomura). Arq.

Zool., São Paulo, 32 (4): 159-346.

CAMPOS IR., O. 1998. Nova espécie do gênero Aegla da Bacia do Rio Paraíba. Brasil (Anomura,

Aeglidae). lheriogia, Sér. Zool., Porto Alegre, 85: 137- 140.

SCHMITT, W.L. 1942 The species of Aegla, endemic south americao fresh-water crustaceans. Proc. V.S.

oato. Mus., Washington, 91 (3132): 431-524.

Recebido em 19.VII1.1999; aceito em 10.IV.2000.

Referências

Documentos relacionados

Esse estudo propõe uma reflexão sobre a atuação da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), no município de Caçador em Santa Catarina, por intermédio de

Figura 1: estructura de un PLE. Por tanto, se usan herramientas y servicios para buscar y acceder a información, así como para crear y publicar contenidos y comunicarse con

a) Literacia ambiental nominal – a capacidade para reconhecer muitos dos termos básicos usados na comunicação sobre o ambiente e dar uma definição grosseira dos seus significados.

nucleatum isolates recovered from 30 adult periodontitis patients with periodontal pockets deeper than 5 mm and active bone loss, and 21 from 20 healthy individuals (Clinic

No segundo nível, que é mais profundo, o pesquisador procura compreender a natureza da atividade em termos do significado que o indivíduo dá à sua ação (SANTOS;

Para a descrição do crescimento de machos e fêmeas utilizou-se o modelo de BERTALANFFY (1938): Ct = Coo [1- e -k(t + to)] sendo: (Ct) comprimento médio do cefalotórax dos

Chile: Bío Bío River basin (Malleco River); Budi River basin (Budi Lake); Toltén River basin (Mahuindanche, Donguil, Huiscapi, Curileufu rivers); Lingue River basin (Lingue

A indústria de cartão de crédito passou por grandes mudanças a partir do ano de 2010 após a quebra do monopólio do processamento das transações de cartões das bandeiras Master