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Hanseníase borderline virchowiana.

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Academic year: 2017

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(1)

An Bras Dermatol. 2010;85(6):921-2.

Hanseníase borderline virchowiana

*

Borderline lepromatous leprosy

Christiane Matsuo 1 Carolina Talhari 2

Lisiane Nogueira 3 Renata Fernandes Rabelo 4

Mônica Nunes dos Santos 5 Sinesio Talhari 6

Resumo: É apresentado caso de hanseníase borderline virchowiana com quatro anos de evolução e lesões cutâneas de difícil diagnóstico na rede de saúde. O exame histopatológico mostrando estruturas granulomatosas desorganizadas e múltiplos bacilos álcool-ácido resistentes foi essencial para o diagnós-tico. Casos como o descrito possibilitam a contaminação dos conviventes e o surgimento de novos casos de hanseníase no futuro.

Palavras-chave: Hanseníase; Hanseníase dimorfa; Hanseníase Virchowiana

Abstract: It is presented a case of borderline lepromatous leprosy with 4 years of evolution and cuta-neous lesions of difficult diagnosis in the National Health System. The histopathological evaluation, which was essential for the diagnosis, showed disorganized granulomatous structures and multiple alcohol –acid resistant bacilli. Cases like the one described here are responsible for the contamination of cohabitants and the appearance of new cases of leprosy.

Keywords: Leprosy; Leprosy, bordeline Leprosy, lepromatous

Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 16.07.2010 .

* Trabalho realizado na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas – Manaus (AM), Brasil. Conflito de interesse: Nenhum / Conflict of interest: None

Suporte financeiro / Financial funding: Fundação de Medicina Tropical do Amazonas

1

Especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; dermatologista da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas – Manaus (AM), Brasil.

2 Doutora; professora de dermatologia da Universidade do Estado do Amazonas – Manaus (AM), Brasil. 3 Médica residente em dermatologia da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas – Manaus (AM), Brasil. 4 Médica residente em dermatologia da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas – Manaus (AM), Brasil. 5

Doutora; professora de dermatologia da Universidade do Estado do Amazonas – Manaus (AM), Brasil.

6 Doutor em dermatologia; diretor da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas – Manaus (AM), Brasil

©2010 by Anais Brasileiros de Dermatologia

I

MAGENS EM

D

ERMATOLOGIA

T

ROPICAL

A hanseníase borderlinevirchowiana manifesta-se por grande número de lesões com aspectos variados, tais como: infiltração, placas (algumas com região central aparentemente poupada e bordas externas mal-definidas) e nódulos.1-3As lesões não são

tão simétricas como na hanseníase virchowiana e há

espessamento de grande número de troncos nervosos.1 A baciloscopia é positiva, com numerosos

bacilos.1-3 A classificação clínica dos pacientes borderlineé, muitas vezes, como no caso apresentado (Figuras 1 e 2), difícil. As manifestações cutâneas podem não se enquadrar nos padrões clínicos

921

FIGURA1:Placas e

pápulas eritematosas na face interna do membro superior esquerdo com

qua-tro anos de evolução F

IGURA2:Placa eritematosa, com bordas externas mal-definidas e

(2)

An Bras Dermatol. 2010;85(6):921-2.

922 Matsuo C, Talhari C, Nogueira L, Rabelo RF, Santos MN, Talhari S

REFERÊNCIAS

1. Talhari S, Neves RG, de Oliveira MLW, de Andrade ARC,

Ramos AMC, Penna GO, Talhari AC. Manifestações cutâneas e diagnóstico diferencial. In: Talhari S, Neves RG, Penna GO, de Oliveira MLV, editores. Hanseníase. 4 ed. Manaus: Editora Lorena; 2006. p. 21-58.

2. Foss NT. Hanseníase: aspectos clínicos, imunológicos e

terapêuticos. An Bras Dermatol. 1999;74:113-9.

3. Walker SL, Lockwood DN. Leprosy. Clin Dermatol. 2007;25:165-72.

4. Ridley DS, Jopling WH. A classification of leprosy for research purposes. Lepr Rev. 1962;33:119-28.

Como citar este artigo/How to cite this article: Matsuo C, Talhari C, Nogueira L, Rabelo RF, Santos MN, Talhari S. Hanseníase borderline virchowiana. An Bras Dermatol. 2010;85(6):921-2.

descritos, ou o exame histopatológico não é compatível com a classificação clínica.4,5 Nesses casos

adota-se simplesmente a classificação MHB e trata-se o paciente de acordo com o resultado da baciloscopia (Figuras 3 e 4) ou de acordo com a classificação da

Organização Mundial de Saúde, segundo o número de lesões.1 Pacientes bacilíferos, sem diagnóstico,

evoluindo durante anos, como o aqui relatado, possibilitam a contaminação dos conviventes e o surgimento de novos casos de hanseníase no futuro.1

5. Ridley DS, Jopling WH. Classification of leprosy according to immunity. A five-group system. Int J Lepr Other Mycobact Dis. 1966;34:255-73.

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA/ MAILING ADDRESS: Carolina Talhari

Avenida Pedro Texeira, 25, Dom Pedro 69040 000 Manaus, AM, Brasil. FIGURA3:O exame histopatológico evidencia epiderme atrófica,

faixa de Unna e estruturas granulomatosas frouxas, contendo his-tiócitos vacuolizados (HE, 200x)

FIGURA4:Pela coloração de Wade observam-se numerosos bacilos

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