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FRAÇÕES CONTÍNUAS - UM ESTUDO SOBRE "BOAS" APROXIMAÇÕES

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Academic year: 2017

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(1)

Centro de Ciênias Exatas e da Natureza

Programa de Pós-Graduação em Matemátia

Mestrado Prossional em Matemátia em Rede Naional - PROFMAT

Frações Contínuas - um estudo

sobre boas aproximações.

por

Rafael Tavares Silva Bezerra

sob orientação do

Prof. Dr. Carlos Boker Neto

TrabalhodeConlusãodeCurso

apresen-tadoaoCorpoDoentedoMestrado

Pro-ssionalemMatemátia emRede

Naio-nal- PROFMAT -CCEN -UFPB, omo

requisito parial para obtenção do título

deMestre em Matemátia.

Fevereiro/2016

João Pessoa -PB

(2)

B574f Bezerra, Rafael Tavares Silva.

Frações contínuas: um estudo sobre boas aproximações /

Rafael Tavares Silva Bezerra.- João Pessoa, 2016.

71f.

Orientador: Carlos Bocker Neto

Dissertação (Mestrado) - UFPB/CCEN

1. Matemática. 2. Frações contínuas. 3. Números

racionais. 4. Números irracionais. 5. Resolução de problemas.

(3)
(4)

Primeiramente, gostaria de agradeer a Deus, pois, sem ele não estaria vivendo

essemomento,porter meguiadopelosmelhoresaminhos, omtantasidasevindas

aJoão Pessoa e a Bayeux. Por meoneder onheimento,oragem, determinação

epaiênia.

Agradeço a minha esposa Daniele Apareida por medar inentivo, apoio,

om-preensão pelas noitesde estudoe viagenssemanais. Porompartilharjuntoamim,

osmomentos de alegrias eos de angustias.

Aos meus pais, José Carlos e Ely Duarte, e minha irmã Juliana Tavares, que

sempreme apoiaram nos estudos, dando apoiomoral e onheimentos valiosos que

pudeutilizar durante minhavida aadêmia.

Momento de agradeer a todos os meus grandes amigos, que foram de grande

valia para minha onstrução ognitiva e pessoal, que serão eternamente lembrados

nessa dissertação emminhasmemórias.

Em espeial gostaria de agradeer a Ítalo Gusmão, Sebastião Alves e Franiso

Nogueira,que sempre estiveram ao meu lado nos momentos aadêmios e não

aa-dêmiostambém. AFabianoCastro, CarlosJr,LinolnPereiraeFrankWerlly,por

seremtambémompanheirosde repouso.

Semesqueerlaro,dosgrandesprofessores mestresedoutoresquezeramparte

de minha formação: Gilmar Correia, Lizandro Challapa, Carlos Boker, Bruno

Ri-beiro, EduardoGonçalves, Napoleon Caro, SérgioSouza, LenimarNunes e

Alexan-dre Simas.

Gostariade agradeeraomeuorientadorProfessorDr. CarlosBokerNeto, pela

(5)

Dediado aos meus familiares, meu pai

José Carlos, minha mãe Ely, minha

irmã Juliana, mas prinipalmente

a minha esposa Daniele, que esteve

(6)

O estudo das frações ontínuas terá iniio om alguns fatos histórios, visando

uma melhorompreensão do tema. Traremos adenição de frações ontínuas para

umertonúmero

α

real,apresentandoadeniçãopara

α

raionalepara

α

irraional.

A disussão será entrada em resultados importantes para o álulo de reduzidas

e boas aproximações de números irraionais, visando também a determinação do

erro entre a reduzida e o número irraional. Traremos um estudo sobre as frações

ontínuasperiódias,omenfaseaoteoremade Langrange,querelaionaumafração

ontínua periódia e uma equação do segundo grau. Finalizando om enfoque na

resolução de problemas,omo oálulo de frações ontínuas de númerosirraionais

daforma

a

2

+

b

,assim omoaprovadairraionalidadede

e

através doálulode

sua fração ontínua.

Palavras-have: FraçõesContínuas; Números Raionais;Números Irraionais;

(7)

The study ofontinued frations will startwith some historialfats,aiming at

a better understanding of the subjet. We will bring the denition of ontinued

frations for a number

α

real, with the denition for

α

rational and

α

irrational.

The disussion will fous on meaning results for the alulation of redued and

good approximations of irrational numbers, also aimed at determining the error

betweenthereduedandtheirrationalnumber. Wewillbringastudyoftheperiodi

ontinued frations, with emphasis on Lagrange theorem, whih relates a periodi

ontinued fration and a quadrati equation. Finishing with a fous on problem

solving, as the alulation of ontinued frations of irrational numbers of the form

a

2

+

b

, aswell asproof of the irrationality of

e

by alulating its ontinued.

(8)

1 Denindo Frações Contínuas 2

1.1 Fatos Histórios sobre FraçõesContínuas . . . 2

1.2 Algoritmo daDivisão de Eulides . . . 6

1.3 Denição de FraçãoContínuade Números Reais . . . 6

1.4 Interpretação Geométriado Desenvolvimentoem FraçõesContínuas 7

1.4.1 Caso Raional . . . 7

1.4.2 Caso Irraional . . . 9

2 Boas Aproximações de Números Reais por Frações Contínuas 11

2.1 Teoremas e Proposições. . . 11

2.2 Reduzidas e Boas Aproximações . . . 21

2.3 Boas Aproximaçõessão Reduzidas. . . 25

3 Frações Contínuas Periódias 27

3.1 Irraionais Quadrátios . . . 27

3.2 Teorema de Lagrange . . . 30

3.3 A equação de Pell . . . 35

4 Resolvendo Problemas 40

(9)

Notações Gerais

• 6

=

diferente.

e

= 2

,

718281828

· · ·

número de Euler (número irraional).

π

= 3

,

14159

· · ·

númeropi(razãoentre oomprimentode uma irunferênia

eseu diâmetro).

φ

= 1

,

61803

· · ·

número phi (número de ouro, proporçãoáurea).

XIX

= 19

número em algarismoromano.

2

raiz quadrada de 2.

• ∼

=

aproximadamente.

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+...

representação da fração ontínuade

a

2

+

b

.

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+

.

.

.

representação da fração ontínua de

a

2

+

b

.

a

+

K

i

=1

b

2

a

representação de fração ontínuade

a

2

+

b

.

[

a

0

;

a

1

, a

2

,

· · ·

, a

m]

representação de uma fração ontínuasimples nita.

[

a

0

;

a

1

, a

2

,

· · ·

]

representação de uma fração ontínuasimples nita.

(10)

tg

(

x

)

tangente de

x

.

arctg

(

x

)

aro tangentede

x

.

• ⌊

α

parte inteirade

α

.

N

onjuntodos números naturais.

Z

onjuntodos números inteiros.

R

\

Q

onjunto dos números reais sem os números raionais (números

irraio-nais).

• ∈

pertene.

mdc

(

p, q

)

mínimo múltiploomum entre osnúmeros

p

e

q

.

• ∀

para todo

(11)

Este trabalhovisa a ompreensãodos teoremas e a resolução de problemas sob

asfraçõesontínuas. Estetema ébastanteimportanteeutilizadoemdiversasáreas

damatemátia. Porexemplopodemosresolveraequação

x

2

2

x

1 = 0

om

x

6

= 0

,

de uma maneiranão onvenional,enontrandouma fração ontínuaomo solução.

x

2

= 2

x

+ 1

x

= 2 +

1

x

x

= 2 +

1

2 +

1

x

x

= 2 +

1

2 +

1

2 +

.

.

.

Observe quenesseaso,temos queasoluçãodessa equaçãofoiexpressaporuma

fração ontínua simples, pois os numeradores são iguais a 1, e também temos uma

fração ontínua innita, veremos posteriormente que isso india que o valorde

x

é

irraional. Notaremostambémquese

x

forraionalteríamosquesuafraçãoontínua

serianita, queserá provado omo auxiliodoalgoritmodadivisãode Eulides. Os

Gregos utilizavam essa ideia para omparar frações, pois eles sempre trabalhavam

om fraçõesunitárias,ujo o numerador é1. Como porexemplo:

289

135

= 2 +

19

135

= 2 +

1

135

19

= 2 +

1

7 +

2

19

= 2 +

1

7 +

19

1

2

= 2 +

1

7 +

1

9 +

1

2

Ouso das fraçõesontinuas revoluionou o álulodas asas deimaisde

núme-ros irraionais, através das suas onvergentes, ver proposição 2.1. Como exemplo

temos

2 = 1

,

41421

· · ·

,

π

= 3

,

14159

· · ·

,

e

= 2

,

71828

· · ·

e o

φ

= 1

,

61803

· · ·

.

Com o uso das frações ontínuas de

π

, através de suas onvergentes, foi

possí-vel determinar aproximações muito boas, omo por exemplo:

22

7

= 3

,

14285

· · ·

e

333

106

= 3

,

14150

· · ·

. Noteque

333

106

< π <

22

7

, essa propriedade será abordada na

(12)

transformouesse assuntonoentrodas atenções. Essa mudançaoorreupara todos

osmatemátios, a partirdo séulo

XIX

, que, segundo [10℄ foi onsiderada aidade

dourada das frações ontínuas.

Paraumamelhorompreensãodoonteúdo,organizamososeguintetrabalhoem

quatro apítulos.

No apítulo 1 será abordada o ontexto histório e as denições sobre frações

ontínuas, através do algoritmo de Eulides para divisão, para o aso de números

raionaise também para os números irraionais. Apresentaremos também uma

in-terpretaçãogeométria das frações ontínuas.

Já oapítulo 2será destinado aos teoremas eproposições, inluindoas

proprie-dadesdas onvergentes, fatorimportantenesseestudo,auniidadedarepresentação

em fração ontínuade númerosirraionais, o teoremade Hurwitze Markov.

No apítulo 3, será abordado o tema frações ontínuas periódias, que tem a

mesmaideia de dízima periódia, omo exemplo, onúmero

2 = [1

,

1

,

2]

, onde

1

,

2

éaparteperiódiadafração ontínuade

2

. Estudaremosoteoremade Lagrange,

querelaiona asraízes irraionaisde uma equação om uma fração ontínua

perió-dia, estudaremosa equação de Pell.

Para nalizaro trabalho, teremosum apítulodestinado a resolução de

proble-mas,sobreatransformaçãode númerosraionaiseirraionaisemfraçõesontínuas,

assim omo a generalização de algumas raízes, omo

a

2

+ 1

. Também teremos

a demonstração, não trivial, da fração ontínua do número

e

= 2

,

71828

· · ·

.

As-sim omo, apliações prátias, das aproximações de números irraionais dadas por

(13)

Denindo Frações Contínuas

Este apítuloserá dediado a apresentação história e denição de frações

on-tínuas, formando uma base para o andamento oerente e progressivo da leitura,

visando uma melhorompreensão sobreo onteúdo viveniadoneste trabalho.

1.1 Fatos Histórios sobre Frações Contínuas

A origem exata da primeira utilização de frações ontínuas é impreisa, mas

é possível armar que a sua utilização não é reente. Já que, foram enontrados

relatos de sua utilização há pelo menos 2000 anos. Este ampo da Matemátia

é bastante agradável e trás uma nova ferramenta para representação de números

reais, possibilitandofailmenteidentiar seum determinadonúmero é raionalou

irraional, que será visto mais a diante neste apítulo. Conforme Nasimento [5℄

(2013,p. 39- 41),matemátiosomooindianoAryabhata(476-550) utilizaramesse

onheimento para resolver equações diofantinas, porém sem utilizar de métodos

gerais para resolve-las, apenas utilizando-se delas em situações espeías. Assim

omo, Rafael Bombelli (1526-1572), que não se dediou ao estudo aprofundado do

tema,porém,em seu ano de morte mostrou uma aproximação de

13

, dada por:

13

= 3 +

4

6 +

4

6

=

18

5

.

Observe que

13

= 3

,

60555

e

18

(14)

bastanterazoável.

Outro matemátio que obteve aproximaçõesde raízes por meio de frações

on-tínuas foi Cataldi(1548-1626) que, em1613, obteve uma fração ontínua para

18

e foi onsiderado o desobridor das frações ontínuas. Porém, infelizmente, assim

omoBombellinão prosseguiu om seus estudos.

18 = 4 +

2

8 +

2

8 +

2

8 +

2

8 +

.

.

.

Que é um aso espeial dafórmula

a

2

+

b

=

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+

.

.

.

.

Que será demonstrada, no apítulo 4, sendo utilizada também na resolução de

exeríios.

Observeque estaformade esreveréapenasuma dasutilizadasemdiversos

tra-balhos,omooutrosexemplos,noasoinnitotemos:

a

2

+

b

=

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+

b

2

a

+ ...

,

também temos

a

2

+

b

=

a

+

K

i

=1

b

2

a

. No aso de frações ontínuas simples

aindapodemos esrever

[

a

0

;

a

1

, a

2

,

· · ·

]

.

Conforme[6℄(p. 5-7),onome"fraçãoontínua" foiintroduzidopelaprimeiravez

porJohn Wallis (1616-1703), emseu livro "Opera Mathematia"(1695), onde

tam-bémexpliouomoalularon-ésimoonvergenteedesobriualgumaspropriedades

desuas propriedades. Foiatravésde seu livroArithmetia Innitorium"(1655),que

as frações ontínuas se transformaram em um ampo de estudo, quando ele

apre-sentou aseguinteidentidade

4

π

=

3

×

3

×

5

×

5

×

7

×

7

×

9

× · · ·

(15)

Uma desoberta importante para o número

π

= 3

,

14159

· · ·

foi feita por Lord

Brounker (1620-1684),o presidente daRoyal Soiety of London, transformando a

identidade de Wallis em

4

π

= 1 +

1

2

2 +

2

2

2 +

3

2

2 +

4

2

2 +

5

2

2 +

.

.

.

= 1 +

1

2

2

+

3

2

2

+

4

2

2

+

5

2

2

+ ...

.

Christiaan Huygens (1629-1695) foi o primeiro a utilizar as frações ontínuas

para resolver problemas prátios. Seu trabalho era voltado na onstrução de um

planetário meânio. A utilizaçãodas onvergentes de uma fração ontínua

permi-tiu enontrar as melhoresaproximações raionais para o número orreto de dentes

de uma oroa dentada.

Sóa partir dos estudos de Leonard Euler (1707-1783), Johan Heinrih Lambert

(1728-1777) e Joseph Louis Lagrange (1736-1813) om frações ontínuas que esse

ampo omeçou aganhar o devido destaque.

O trabalho "De Frationlous Continious"(1737) esrito por Euler mostrou que

todo número raional pode ser expresso omo fração ontínua simples e mostrou

umaexpansãoemfraçõesontínuas donúmero

e

, queserádemonstradanoapítulo

4deste trabalho.

e

= 2 +

1

1 +

1

2 +

1

1 +

1

1 +

1

4 +

1

1 +

.

.

.

.

Mostrando assimque,

e

e

e

2

(16)

onúmero

e

, foi generalizadoem 1766,porJ.H. Lambert, que mostrouque

e

x

1

e

x

+ 1

=

1

2

x

+

1

6

x

+

1

10

x

+

1

14

x

+

.

.

.

.

Ele também desenvolveu, no ano de 1768, frações ontínuas para as funções

log

(1 +

x

)

,

arctg

(

x

)

e

tg

(

x

)

. Como exemplo:

tg

(

x

) =

1

1

x

1

3

x

1

5

x

1

7

x

.

.

.

.

Usando essas expressões para mostrarque

e

x

e

tg

(

x

)

são irraionaisse

x

for

ra-ional.

Parte do trabalho realizado por Lagrange será disutido nesta dissertação no

Capítulo 3, mostrando que os números quadrátios irraionaissão dados por uma

fração ontínuaperiódia.

Os matemátios do séulo XIX que se destaaram pelo trabalho prestado a

esse tema foram Karl Jaobi (1804-51), Oskar Perron (1880-1975), Charles

He-mite(1822-1901),Karl FriedrihGauss (1777-1855),Augustin Cauhy(1789-1857)

eThomas Stieltjes (1856-94),elevando oonheimento iniiadoporWallis.

Embora, o tema fraçõesontínuas tenha demorado bastante tempopara ser

ex-plorado,rapidamenteseobteve resultadosrelevantes, queimpulsionaramvárias

ou-tras áreas,omo porexemplo: algoritmospara omputação,resoluções de equações

(17)

1.2 Algoritmo da Divisão de Eulides

Dados

m, n

númerosnaturaisom

n

6

= 0

. Existem dois úniosinteiros

q

e

r

tais

que

n

=

mq

+

r

, om

0

r < m

. Esse algoritmo riado por Eulides no ano de

300 a.. será útil para adenição epara o alulode frações ontínuas de números

raionais. Veja o Exemplo 4.1.

1.3 Denição de Fração Contínua de Números Reais

Denição 1.1 Dado um número real

α

, denotaremos por

α

a parte inteira de

α

,

queé denida omo o maior inteiro menor ou igual a

α

. Por exemplo, temos

4

,

3

= 4;

⌊−

5

,

3

=

6;

3

= 3;

e

= 2

Seja

x

6

= 0

um número real, deniremos afração ontínuade

x

, de forma reursiva,

daseguinte maneira

α

0

=

x, a

m

=

α

m

e, se

α

m

/

Z

,

α

m

+1

=

1

α

m

a

m

para todo

m

N

Se, para algum

m

N

,

α

m

=

a

m

temos

x

=

α

0

= [

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m]

def

=

a

0

+

1

a

1

+

1

a

2

+

1

a

3

+

.

.

.

+

1

a

m

Nesse aso dizemos que a fração ontínua é nita, mais adiante veremos que esse

aso está ligadoom o fatode que

x

ser um número raional. Se para todonúmero

m

natural,

α

m

6

=

a

m

, dizemos que a fração ontínua é innita, ou seja,

x

é um

númeroirraional.

x

=

α

0

= [

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

]

def

=

a

0

+

1

a

1

+

1

a

2

+

1

a

3

+

.

.

(18)

No apítulo2 veremos que esse limite está bemdenido eé igual a x.

1.4 Interpretação Geométria do Desenvolvimento

em Frações Contínuas

1.4.1 Caso Raional

Considere

x

umnúmeroraional,entãoexistemnúmeros

p

e

q

inteirosom

q

6

= 0

,

tais que

x

=

q

p

, onsidere sem pera de generalidade que

mdc

(

p, q

) = 1

, pois aso

ontrário, se

mdc

(

p, q

) =

k

, então existem números

a

e

b

inteiros, taisque

p

=

ak

e

q

=

bk

, nesse aso utilizaríamosos números

a, b

om

mdc

(

a, b

) = 1

.

Consideremosumretânguloomlados

p

e

q

,onde

p

e

q

númerosinteirospositivos

om

p < q

,queremosenontraronúmeromáximodequadradosdelado

p

quepossam

seronstruídos sobreo ladode omprimento

q

,essa quantidadeserá hamadade

a

0

eserá a parte inteira dafração

x

=

α

0

=

q

p

, ouseja,

a

0

=

x

.

Figura1.1: Representação Geométria daFormaRaional

Temos que

(19)

Dividindoa equaçãoa ima por

p

temos

x

=

q

p

=

a

0

p

p

+

α

1

p

q

p

=

a

0

+

α

1

p

.

(1.2)

Da gura 1.1temos tambémque

p

=

a

1

α

1

+

α

2

,

0

α

2

< α

1

.

(1.3)

Substituindo(1.3) em (1.2) temos

x

=

a

0

+

α

1

a

1

α

1

+

α

2

.

(1.4)

Em(1.4) observe que

α

1

a

1

α

1

+

α

2

=

a

1

1

α

1

+

α

2

α

1

=

1

a

1

+

α

2

α

1

.

fazendo adevida substituição, temos

x

=

a

0

+

1

a

1

+

α

2

α

1

.

(1.5)

Observemos em (1.5) que

a

1

signia a quantidade máxima de quadrados om

lado

α

1

quepodem ser onstruídos sobre o lado de omprimento

p

.

Da gura 1.1podemosobservar que

α

1

=

a

2

α

2

+

α

3

,

0

α

3

< α

2

.

(1.6)

Substituindo(1.6) em (1.5),temos

x

=

a

0

+

1

a

1

+

α

2

a

2

α

2

+

α

3

.

(1.7)

Observe que

α

2

a

2

α

2

+

α

3

em(1.7) é equivalente a

1

a

2

α

2

+

α

3

α

2

=

1

a

2

+

α

3

α

2

.

Substituindoem (1.7) temosa seguinte relação

x

=

a

0

+

1

a

1

+

1

a

2

+

α

3

α

2

(20)

Como

p

e

q

são números inteiros, temos pelo algoritmo de Eulides, que para

algumnúmero

m

natural, teremosque

α

m

1

=

a

m

α

m

.

Chegando aseguinteonlusão

x

=

a

0

+

1

a

1

+

1

a

2

+

1

a

3

+

.

.

.

+

α

m

a

m

α

m

=

a

0

+

1

a

1

+

1

a

2

+

1

a

3

+

.

.

.

+

1

a

m

.

(1.9)

1.4.2 Caso Irraional

Suponhaagora que

x

seja um número irraional,então podemos denirsua

fra-çãoontínuadaformasemelhanteaoasoanteriorde,onde

x

éumnúmeroraional.

Vamos onsiderar desta vez um retângulo ujo os lados medem omprimentos

1 e

x

(veja a gura 1.2). Determinaremos quantos quadrados, de lado unitário, de

formaa enontrarmos o maior número possível, a essa quantidade hamaremos de

a

0

(parteinteira de

x

), simboliamentetemos

a

0

=

x

.

Figura 1.2: Representação Geométria daForma Irraional

Temos que

(21)

Notena gura1.2 que

1 =

a

1

α

1

+

α

2

,

0

α

2

< α

1

.

(1.11)

Noteque podemossubstituir (1.11) em(1.10) sem alterar a equação

x

=

α

0

=

a

0

+

α

1

a

1

α

1

+

α

2

.

(1.12)

Observequeem(1.12)temos

α

1

a

1

α

1

+

α

2

queéequivalentea

1

a

1

α

1

+

α

2

α

1

=

1

a

1

+

α

2

α

1

.

Substituindoem (1.12)temos

x

=

α

0

=

a

0

+

1

a

1

+

α

2

α

1

.

(1.13)

Novamente nagura 1.2obtemosque

α

1

=

a

2

α

2

+

α

3

,

0

α

3

< α

2

.

(1.14)

Substituindo(1.14) em(1.13) obtemos

x

=

α

0

=

a

0

+

1

a

1

+

α

2

a

2

α

2

+

α

3

.

(1.15)

Calulando oinverso de

α

2

a

2

α

2

+

α

3

obtemos

1

a

2

α

2

+

α

3

α

2

=

1

a

2

+

α

3

α

2

.

Substituindotemos

x

=

α

0

=

a

0

+

1

a

1

+

1

a

2

+

α

3

α

2

.

(1.16)

Nesteasotemosque

x

nãoéumnúmeroraional,logoteremosparatodonúmero

m

natural que

α

m

1

6

=

a

m

α

m

, dessa forma o proesso dado anteriormente pode se

repetir innitamente. Assim, temos:

x

=

a

0

+

1

a

1

+

1

a

2

+

1

a

3

+

.

.

.

(22)

Boas Aproximações de Números

Reais por Frações Contínuas

Seja

x

um númeroirraional,podemosentão fazeraseguintepergunta: será que

existe algum número

y

irraional,talque,

y

=

x

? Se sim, omo enontrar tal

y

? A

resposta daprimeirapergunta ésim. Aresposta dasegunda seráapresentada neste

apítulo através de teoremas, proposições e orolários que possibilitam o álulo

dessas aproximaçõesraionais.

2.1 Teoremas e Proposições

Proposição 2.1 Dada uma sequênia (nita ou innita)

t

0

, t

1

, t

2

,

· · · ∈

R

tal que

t

k

>

0

, para todo

k

1

, denimos as sequênias

(

x

m

)

e

(

y

m

)

por

x

0

=

t

0

,

y

0

= 1

,

x

1

=

t

0

t

1

+ 1

,

y

1

=

t

1

,

x

m

+2

=

t

m

+2

x

m

+1

+

x

m

,

y

m

+2

=

t

m

+2

y

m

+1

+

y

m

para todo

m

0

.

Temos então

[

t

0

;

t

1

, t

2

,

· · ·

, t

n] =

t

0

+

1

t

1

+

1

t

2

+

. .

.

+

1

t

n

=

x

m

y

m

(23)

Além disso,

x

m

+1

y

m

x

n

y

m

+1

= (

1)

m

,

m

0

.

Demonstração: Vamos provar porindução sobre

m

, para oaso

m

= 0

, temos

[

t

0

] =

t

0

1

=

x

0

y

0

(2.1)

Agora, mostraremosque valepara

m

= 1

,

[

t

0

;

t

1

] =

t

0

+

1

t

1

=

t

0

t

1

+ 1

t

1

=

x

1

y

1

.

(2.2)

Mostraremos quevalepara

m

= 2

,

[

t

0

;

t

1

, t

2

] =

t

0

+

1

t

1

+

1

t

2

=

t

0

+

1

t

1

t

2

+ 1

t

2

=

t

0

+

t

2

t

1

t

2

+ 1

=

t

0

t

1

t

2

+

t

0

+

t

2

t

1

t

2

+ 1

=

t

2

(

t

0

t

1

+ 1) +

t

0

t

1

t

2

+ 1

=

t

2

x

1

+

t

0

t

1

t

2

+ 1

=

x

2

y

2

.

(2.3)

Mostraremos agoraque vale para

m

= 3

,

[

t

0

;

t

1

, t

2

, t

3

] =

t

0

+

1

t

1

+

1

t

2

+

1

t

3

=

t

0

+

1

t

1

+

1

t

2

t

3

+ 1

t

3

=

t

0

+

1

t

1

+

t

3

t

2

t

3

+ 1

=

t

0

+

1

t

1

t

2

t

3

+

t

1

+

t

3

t

2

t

3

+ 1

=

t

0

+

t

2

t

3

+ 1

t

1

t

2

t

3

+

t

1

+

t

3

=

t

0

t

1

t

2

t

3

+

t

0

t

1

+

t

0

t

3

+

t

2

t

3

+ 1

t

1

t

2

t

3

+

t

1

+

t

3

=

t

3

(

t

0

t

1

t

2

+

t

0

+

t

2

) +

t

0

t

1

+ 1

t

3

(

t

1

t

2

+ 1) +

t

1

=

t

3

(

t

2

(

t

0

t

1

+ 1) +

t

0

) +

t

0

t

1

+ 1

t

3

(

t

1

t

2

+ 1) +

t

1

=

t

3

(

t

2

x

1

+

t

0

) +

x

1

t

3

y

2

+

y

1

=

t

3

x

2

+

x

1

t

3

y

2

+

y

1

=

x

3

y

3

(24)

Suponha agoraque valha para um

m

+ 2

. Vamos mostrarque valepara

m

+ 3

.

Primeiro, observe que, para a fração ontínua

[

t

0

;

t

1

, t

2

,

· · ·

, t

m

+2

]

temos que

x

m

+2

=

t

m

+2

x

m

+1

+

x

m

e

y

m

+2

=

t

m

+2

y

m

+1

+

y

m

, valepara um determinado

m

+ 2

.

Segundo, temos que

[

t

0

;

t

1

, t

2

,

· · ·

, t

m

+2

, t

m

+3

] = [

t

0

;

t

1

, t

2

,

· · ·

, t

m

+2

+

1

t

m

+3

]

, pois

podemos onsiderar o último termo da igualdade, do lado esquerdo, sendo a soma

doseu penúltimo elementoaoinverso do últimodo ladodireito, dessa formaolado

direitoda igualdade possui omesmo número de elementosde

[

t

0

;

t

1

, t

2

,

· · ·

, t

m

+2

]

.

Assim, temos que

[

t

0

;

t

1

, t

2

,

· · ·

, t

m

+2

+

1

t

m

+3

]

será dada por

(

t

m

+2

+

1

t

m

+3

)

x

m

+1

+

x

m

(

t

m

+2

+

1

t

m

+3

)

y

m

+1

+

y

m

=

t

m

+2

x

m

+1

+

1

t

m

+3

x

m

+1

+

x

m

t

m

+2

y

m

+1

+

1

t

m

+3

y

m

+1

+

y

m

=

t

m

+2

t

m

+3

x

m

+1

+

x

m

+1

+

t

m

+3

x

m

t

m

+3

t

m

+2

t

m

+3

y

m

+1

+

y

m

+1

+

t

m

+3

y

m

t

m

+3

=

t

m

+2

t

m

+3

x

m

+1

+

x

m

+1

+

t

m

+3

x

m

t

m

+2

t

m

+3

y

m

+1

+

y

m

+1

+

t

m

+3

y

m

=

t

m

+3

(

t

m

+2

x

m

+1

+

x

m) +

x

m

+1

t

m

+3

(

t

m

+2

y

m

+1

+

y

m) +

y

m

+1

=

t

m

+3

x

m

+2

+

x

m

+1

t

m

+3

y

m

+2

+

y

m

+1

=

x

m

+3

y

m

+3

.

(2.5)

Mostraremos agora asegunda parte,porindução.

Queremos mostrarque

x

m

+1

y

m

x

m

y

m

+1

= (

1)

m

, para todo

m

0

.

Vamos mostrarque valepara o aso

m

= 0

, temosque

x

1

y

0

x

0

y

1

= (

t

0

t

1

+ 1)

t

0

t

1

= 1 = (

1)

0

.

Suponhamos que valha para algum valorde

m

,então

(25)

Mostremosagora quevalepara o aso

m

+ 1

,

x

m

+2

y

m

+1

x

m

+1

y

m

+2

= (

t

m

+2

x

m

+1

+

x

m)

y

m

+1

(

t

m

+2

y

m

+1

+

y

m)

x

m

+1

=

t

m

+2

x

m

+1

y

m

+1

+

x

m

y

m

+1

t

m

+2

x

m

+1

y

m

+1

y

m

x

m

+1

=

(

x

m

+1

y

m

x

m

y

m

+1

) =

(

1)

m

= (

1)

m

+1

.

A partir de agora,

x

= [

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

]

será onsiderado um número real, e

p

m

q

m

m

N

dada por

p

m

q

m

= [

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m]

será a sequênia de reduzidas da

fração ontínuade

x

.

Corolário 2.1 As sequênias

(

p

m)

e

(

q

m)

satisfazem as reorrênias

p

m

+2

=

a

m

+2

p

m

+1

+

p

m

e

q

m

+2

=

a

m

+2

q

m

+1

+

q

m

para todo

m

0

om

p

0

=

a

0

,

q

0

= 1

,

p

1

=

a

0

a

1

+ 1

,

q

1

=

a

1

.

Além disso,

p

m

+1

q

m

p

m

q

m

+1

= (

1)

m

para todo

m

0

.

Demonstração: As sequênias

(

p

m)

e

(

q

m)

denidas pelas reorrênias aima

satisfazem,pela proposição 2.1, as igualdades

p

m

q

m

= [

a

0

;

a

1

, a

2

,

· · ·

, a

m]

e

p

m

+1

q

m

p

m

q

m

+1

= (

1)

m

,

m

0

.

Como

p

m

+1

q

m

p

m

q

m

+1

= (

1)

m

, para todo

m

N

, temos que

(

p

m)

e

(

q

m

)

dados pela reorrênia a ima são primo entre si. Além disso, também segue da

reorrêniaque

q

m

>

0

, para todo

m

0

.

Corolário 2.2 Temos, para todo m

N

,

x

=

α

m

p

m

1

+

p

m

2

α

m

q

m

1

+

q

m

2

e

α

m

=

p

m

2

q

m

2

x

q

m

1

x

p

m

1

(26)

Demonstração: Primeiroobserveque

x

podeseresritoomo

[

a

0

;

a

1

, a

2

,

· · ·

, a

m

1

, α

m]

,

pelaproposição 2.1podemos esrever

x

=

α

m

p

m

1

+

p

m

2

α

m

q

m

1

+

q

m

2

.

Para demonstrar a segunda equação, temos que

(

α

m

q

m

1

+

q

m

2

)

x

=

α

m

p

m

1

+

p

m

2

α

m

q

m

1

x

+

q

m

2

x

=

α

m

p

m

1

+

p

m

2

α

m

q

m

1

x

α

m

p

m

1

=

q

m

2

x

+

p

m

2

α

m(

q

m

1

x

p

m

1

) =

p

m

2

q

m

2

x

α

m

=

p

m

2

q

m

2

x

q

m

1

x

p

m

1

.

Proposição 2.2 Temos

x

p

m

q

m

=

(

1)

m

(

α

m

+1

+

β

m

+1

)

q

m

2

,

onde

β

m

+1

=

q

m

1

q

m

= [0;

a

m

, a

m

1

, a

m

2

,

· · ·

, a

1

]

.

Em partiular,

1

(

a

m

+1

+ 2)

q

m

2

<

x

p

m

q

m

=

1

(

α

m

+1

+

β

m

+1

)

q

n

2

<

1

a

m

+1

q

m

2

.

Demonstração: Primeiroobserve que

α

m

+1

se dápeloorolário2.2 e segue pela

proposição 2.1 que

β

m

+1

=

q

m

1

q

m

=

q

m

1

a

m

q

m

1

+

q

m

2

=

1

a

m

+

q

m

2

q

m

1

, de forma

(27)

Notepeloorolário2.2que

x

=

α

m

+1

p

m

+

p

m

1

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

x

p

m

q

m

=

α

m

+1

p

m

+

p

m

1

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

p

m

q

m

=

(

α

m

+1

p

m

+

p

m

1

)

q

m

(

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

)

p

m

(

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

)

q

m

=

α

m

+1

p

m

q

m

+

p

m

1

q

m

α

m

+1

q

m

p

m

p

m

q

m

1

(

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

)

q

m

=

p

m

1

q

m

q

m

1

p

m

(

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

)

q

m

=

(

p

m

q

m

1

p

m

1

q

m)

(

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

)

q

m

.

Pelo orolário2.1temos

x

p

m

q

m

=

(

1)

m

1

(

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

)

q

m

=

(

1)

m

(

α

m

+1

q

m

+

q

m

1

)

q

m

=

(

1)

m

(

α

m

+1

+

q

m

1

q

m

)

q

2

m

=

(

1)

m

(

α

m

+1

+

β

m

+1

)

q

m

2

.

Empartiular, observe que

x

p

m

q

m

=

1

(

α

m

+1

+

β

m

+1

)

q

m

2

,

e omo

α

m

+1

=

a

m

+1

e

0

< β

m

+1

<

1

, pois,

β

m

+1

= [0;

a

m

, a

m

1

, a

m

2

,

· · ·

, a

1

]

,

além disso note que,

a

m

+1

< α

m

+1

< a

m

+1

+ 1

, assim temos que

a

m

+1

< α

m

+1

+

β

m

+1

< a

m

+1

+ 2

,omo

q

m

>

0

,podemosmultipliarpor

q

2

m

semalterar a

desigual-dade, obtendo

a

m

+1

q

2

m

<

(

α

m

+1

+

β

m

+1

)

q

m

2

<

(

a

m

+1

+ 2)

q

m

2

. Temos desta última

desigualdadeque

1

(

a

m

+1

+ 2)

q

2

m

<

1

(

α

m

+1

+

β

m

+1

)

q

m

2

<

1

a

m

+1

q

2

m

(28)

Observação 2.1 Segue imediatamente desta proposição que

lim

m

→∞

p

m

q

m

=

x,

pois

limm

→∞

q

m

= +

, tendo que

(

q

m)

é estritamente resente, assim faz sentido

esrever

x

= [

a

0

;

a

1

, a

2

,

· · ·

]

, ou seja,

x

é irraional.

Corolário 2.3 (Teorema de Dirihlet) Para todo

α

irraional, a desigualdade

α

p

q

<

1

q

2

possui innitas soluções

p

q

.

Demonstração: Segue imediatamentedaproposiçãoanterior, pois

α

m

+1

1

.

Proposição 2.3 Para todo

k

0

, temos

p

2

k

q

2

k

p

2

k

+2

q

2

k

+2

x

p

2

k

+3

q

2

k

+3

p

2

k

+1

q

2

k

+1

Demonstração: Observe quea proposiçãoaima indiaque

x

é maiorque todas

asreduzidaspares (onvergentes pares)e

x

émenorquetodas asreduzidas ímpares

(onvergentes ímpares). Primeiro vamos mostrar que as reduzidas pares formam

uma sequênia resente

p

0

q

0

p

2

q

2

p

4

q

4

p

6

q

6

≤ · · ·

, enquanto as reduzidas

ím-pares formam uma sequênia deresente

p

1

q

1

p

3

q

3

p

5

q

5

p

7

q

7

≥ · · ·

. Considere

(29)

p

m

+2

q

m

+2

p

m

q

m

=

a

m

+2

p

m

+1

+

p

m

a

m

+2

q

m

+1

+

q

m

p

m

q

m

=

(

a

m

+2

p

m

+1

+

p

m)

q

m

(

a

m

+2

q

m

+1

+

q

m)

p

m

(

a

m

+2

q

m

+1

+

q

m)

q

m

=

a

m

+2

p

m

+1

q

m

+

p

m

q

m

a

m

+2

q

m

+1

p

m

q

m

p

m

(

a

m

+2

q

m

+1

+

q

m)

q

m

=

a

m

+2

p

m

+1

q

m

a

m

+2

q

m

+1

p

m

(

a

m

+2

q

m

+1

+

q

m)

q

m

=

a

m

+2

(

p

m

+1

q

m

q

m

+1

p

m)

(

a

m

+2

q

m

+1

+

q

m)

q

m

.

Pelo orolário2.1temos

p

m

+2

q

m

+2

p

m

q

m

=

a

m

+2

(

1)

m

q

m

+2

q

m

.

(2.6)

A igualdade (2.6) nos diz que

p

m

+2

q

m

+2

p

m

q

m

0

se

m

forpar e

p

m

+2

q

m

+2

p

m

q

m

0

se

m

for ímpar.

Logo,

p

m

+2

q

m

+2

p

m

q

m

se

m

= 2

k

paratodo

k

0

e

p

m

+2

q

m

+2

p

m

q

m

se

m

= 2

k

+1

k

0

.

Pela proposição 2.2temos que

x

p

m

q

m

=

(

1)

m

(

α

m

+1

+

β

m

+1

)

q

n

2

.

Destaigualdadetemos que

x

p

m

q

m

0

se

m

= 2

k

paratodo

k

0

e

x

p

m

q

m

0

se

m

= 2

k

+ 1

para todo

k

0

.

Logo

x

p

m

q

m

se

m

= 2

k

para todo

k

0

e

x

p

m

+2

q

m

+2

se

m

= 2

k

+ 1

para todo

k

0

.

Podemosonluir que

p

2

k

q

2

k

p

2

k

+2

q

2

k

+2

x

p

2

k

+3

q

2

k

+3

p

2

k

+1

q

2

k

+1

(30)

Proposição 2.4 Sejam

a

0

, a

1

,

· · ·

, a

m

inteiros om

a

k

>

0

, para todo

k

1

, e seja

p

k

q

k

k

0

a sequênia de reduzidas da fração ontínua

[

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m]

. Então

o onjunto dos números reais uja representação por frações ontínuas omeça om

a

0

, a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m

é o intervalo

I

(

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m) =

p

m

q

m

[

{

[

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m

, α

]

, α >

1

}

=

p

m

q

m

,

p

m

+

p

m

1

q

m

+

q

m

1

se m é par

p

m

+

p

m

1

q

m

+

q

m

1

,

p

m

q

m

se m é ímpar

.

Além disso, a função

G

: (1

,

+

)

I

(

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m)

dada por

G

(

α

) =

[

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m

, α

]

é monótona, sendo resente para

n

ímpar e deresente

para

n

par.

Demonstração: Peloorolário2.2 eproposição 2.2temos,

G

(

α

) = [

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m

, α

] =

αp

m

+

p

m

1

αq

m

+

q

m

1

=

p

m

q

m

+

(

1)

m

(

αq

m

+

q

m

1

)

q

m

,

logo

G

é resente se

m

for ímpar e deresente se

m

forpar.

Observe que

G

(1) =

p

m

+

p

m

1

q

m

+

q

m

1

eque

lim

α

+

∞G

(

α

) =

p

m

q

m

, então

G

((1

,

+

)) =

p

m

q

m

,

p

m

+

p

m

1

q

m

+

q

m

1

se mé par

p

m

+

p

m

1

q

m

+

q

m

1

,

p

m

q

m

se mé ímpar

.

Assim, temos,

I

(

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m) =

p

m

q

m

[

{

[

a

0

;

a

1

, a

2

, a

3

,

· · ·

, a

m

, α

]

, α >

1

}

=

p

m

q

m

[

G

((1

,

+

))

=

p

m

q

m

,

p

m

+

p

m

1

q

m

+

q

m

1

se mé par

p

m

+

p

m

1

q

m

+

q

m

1

,

p

m

q

m

Imagem

Figura 1.1: Representação Geométri
a da Forma Ra
ional
Figura 1.2: Representação Geométri
a da F orma Irra
ional

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