FUNGOS CONTAMINANTES Ε PRODUTORES D E AFLATOXINAS EM CASTANHA DO PARÁ(Bertholletia excel sa HUMB.& BONPL 1808). (*)
Aurelia Lopes Castrillσn (**) Adhemar Purchio (***)
RESUMO
Cem amoòthcu, de ca^tanhaò do Paha, psiocedenteá dos Eòtadoi do Amazona* e São Pau-lo, fipham anatíbadoA mico lógico e. toxicologicamcnte pana. afila.toxina& Β 7 £G1. íòoloa-òe 312
colÔyU&ò de. fiungoò, òcndo 9 7 do gêne.ho AòpeAgMuò, S3 do ghio.no PeiiicÂHÁim caAhCAtan
td, incluída* cm 23 gene.ho* difiche.nte*. Enthe Μ amo&tfiaò de k&pchgilZuA, 26 ficham a fila
toxígênlcoò, di6thihul.doi> cm 3 còpccícò: AApchgilfju filaviA Link (7S); AòpeAgilIuA ραΛα
òiXicaí» Speahe. (7) c AòpeAgillu* fifieAcvUi Subiam (/). ΌΟΔ 100 ext.hatoò de caòtanha* ana li*adoò3 fio ham poA<ctivo6 paxá afilat.oxi.na.
INTRODUÇÃO
A castanha Ho Pará (castanha do Brasil) durante toda a sua trajetσria comercial so fre açγo depredator ia. 0 atrito das sementes por ocasiγo do transporte, produz racha duras na casca. 0 clima e o grau pluviomιtrico na ιpoca da safra,sγo fatores que favo
recem a penetraçγo de insetos, parasitas e microorganismos atuando junto a amκndoa dete riorandoa total ou parcialmente. Dentre os microorganismos responsáveis, os fungos fi lamentosos saprσfitas, sao os que mais participam do processo. Presentes no solo, água, vegetais e veiculados pelo ar, encontramse em permanente contato com o produto, const_[ tuindose em principal ameaça γ sua integridade.
Com referκncia a deterioraçγo da castanha do Pará, Bitencourt (19^9), examinando os danos nas amκndoas, isolou diversas espιcies f٥ngicas inclusive Aspergillus fia vus. Posteriormente, Almeida & Azevedo (1950) assinalam a sensibilidade do produto ao ataque dos Aspergillus, citando as espιcies A. flavus e A . orizae como responsáveis.
Lin ( I 9 7 6 ) , analisando castanhas, isolou culturas do grupo A. flavus, aflatoxige nicos encontrando maior prevalκncia em A . parasiticus.
(*) Parte da tese apresentada para obtençγo do título de Doutor em Ciκncias, area de Microbiologia e Imunologia, no Instituto de Ciκncias Biomιdicas da USP SP: (**) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazτnia CP 478, Manaus AM.
A presença de fungos nos alimentos alertou o s países importadores de grγos, no sentido de fiscalizar mais intensamente estes produtos adgu i r i dos , estabelecendo ao ir.es τ α tempo, padrões fixando a tolerância d o s níveis de contaminaçγo.
A c j S T r U i h a do Para, que e mais consumida no estrangeiro, começou a sofrer metíí
das restritivas apσs o evento de I960 na Inglaterra, em parte, por ser o alimento pro veniente do Brasil (Lira, 1376).
Considerandose a importância dos fungos nos p r o c e s s o s de deterioraçγo nos produ tos alimentícios e de eventual produçγo de aflatoxinas nas amκndoas, alimento básico da
regiγo Amazτnica e fonte de divisas do psís, tornase necessário a realizaçγo de pi.i.qur sas sobre as espιcies f٧ngicas con Lain i nan t es e um estudo sobre a, f requeue ia de Aspergil lus snp. produtores de aflatoxinas nÊS^ç. s^rbj trato.
MATERIAL Ε MΙTODOS
0 material para a realizaçγo da pesquisa foi proveniente de usinas de bentficiamen to, de mercados, feiras1ivres, propriedades particulares e de supermercados existentes na regiγo da grande Sao Paulo.
As castanhas armazenadas procederam de regiões adjacentes dos chamados rios produ tores da Amniτnia onde estγo localizados os castanhais: Purus, Solimoes, fíioNegroe ain da dos pertencentes a algumas localidades da Bolívia.
As amostras originárias de Manaus, faziam parte das safras de 1973/1983. As pro cedentes dos supermercados de Sao Paulo nao foi possível determinar,
Usinas de benef i c i emento fornecedoras: CIEX (henef i c i aire π to e depσsito: America na, Londrina e Canadense); COIMEX (beneficiamento COIMtX); I.B. Sabba); Rubem Me I o Cia, Ltda. (beneficiamen to Rubem Melo); propriedades particulares; Co I onia San to Antτnio(sí tio Rosa de Maio/Manaus); Antonio Faustino; Mercado CEASA (Manaus) e Supcrmecados de Sac Paulo e Municípios vizinhos.
As usinas de beneficiamen to sao instaladas em grandes armazιns de alvenaria com pe direito alto, aeraçao natural, temperatura ambiente variando entre 26 a 38°C , Para evitar maior concentraçγo de umidade, as sementes sao reviradas f reqiien temen te, sistema que diminui a contaminaçγo por fungos e outros mi croorgan i sriros ,
Todas as amostras foram identificadas segundo os locais de procedκncia, tipo, qua 1i dade e sa fra.
Grupo I: Castanhas de usinas de beneficiamen to desidratadas em casca esem cas ca (50 amostras). Qe depσsitos naturais em casca (10 amostras), qualidade boa e mis tas ;
Grupo II: Castanhas de fe i ras1 i vres recιm colhidas, em casca (1 5 amos t ras) , gua_ 1i dade mi sta;
Grupo IV: Castanhas de Supermercados naturais em casca ( 1 0 amostras), qualida de mista.
Meios utilizados para o isolamento dos fungos
AgarSabouraudglicose (Difco), acrescido de cloranfenicol (l00mg/l.000ml) p.H
5 . 6 ; ágarCazpeck (Difco), p.H 7 - 3 ; ágarbatata (Difco), p.H 5.6-, meio de ADM (Aspergillus differencial medium), para a detecçγo de fungos produtores de aflatoxinas empregouse o meio Yes (2¾ de extrato de levedura; 20¾ de sacarose) segundo Davis et al.
Culturas padrão
Aspergillus flavus n° 3 5 1 7 e Aspergillus parasiticus n° 135 utilizadas na pes quisa como modelo, cedidas pela micoteca do Setor de Micologia do Instituto de Ciκncias Biomιdicas da Universidade de Sao Paulo.
As amostras do padrγo qualitativo de aflatoxinas BI e Gl foram cedidas pelo labo ratσrio de Micotoxinas do Instituto de Ciκncias Biomιdicas da Universidade de Sγo Paulo.
Os fungos foram estudados em cultivo e características micromorfolõgicas, fisiolσ gicas e identificaçγo final, segundo Raper et a l . ( 1 9^ 9 ) , Riddel (1950), Gilman ( 1 9 5 7 ) , Raper & Fennel 1 (Ί9 6 5 ), Barnet & Hunter (1972); Ainsworth et a l . (1973) , Bothast&Fennell
( 1 9 72
· ) , von Arx (197*0, Pitt (1979), Cole et al . < 1981) , Lacaz et al . (1984) e Lodder (1970).
A extraçγo das toxinas foi segundo o mιtodo observado no Programa Nacional de Mo nitoraçγo e Controle de Micotoxinas (PMC Micotoxinas), Sao Paulo, com base no mιtodo de Lee U 9 & 5 ) e quantificadas de acordo com o mιtodo de Coomes & Feuell ( 1 9 6 5 ) .
As amostras de castanha em granel eram compostas de 1,0 kg e 5 ouriços de cada ori cem. Depois de trituradas sem processo de desengorduramento, de cada uma delas foi to mado uma alíquota de 1,0 g, e transferiuse assepticamente, para um tubo de ensaio con tendo 20 ml de água destilada eagitaçγo por 10 minutos. Apσs 30 mi nutos de repouso, 0,lml do sobrenadante era colocado em placas com γgarSabouraudglicose, acrescido de cloran fenical (100 mg/1.000 ml). A partir de 2A horas ate 10 dias de incubaçγoa28°C, as pia cas eram examinadas. Das colτnias isoladas, retirouse fragmentos, para o exame micros cσpico entre lâmina e lamínula, com o corante lactofenol azul de algodγo e foram feitos repiques em tubos com ágarSabouraudglicose (inclinado) para estudo morfolσgtco poste rior.
Para a produçγo de aflatoxinas por Aspergillus sp. semeouse fragmentos do fungo no meio Y e s . Incubaçγo de 10 a 20 dias a 28°C, prazo suficiente para o crescimento da colτnia. A seguir, filtrouse o meio de cultivo em algodγo hidrτfilo livre de impurezas utilizandose um frasco de Erlemineyer de 250 ml.
Conforme a necessidade da exclusγo de interferentes nos extratos, utilizouse, i s o ladamente ou em combinaçγo os mιtodos: precipitaçγo com acetato de chumbo neutro a 20Ύ, coluna da silicagel (Pons et al ., 1966), pur í f i caçγo dli reta na placa cromatográf i ca, rea_ lizando um primeiro desenvolvimento com ιter etílico (Nabney & Nesbitt, 1965).
Para confirmar a análise, efetuouse a cromatográfia de camada delgada bidimensio nal (Schuller et al., 1973) e pela aspersγo de soluçγo de ácido Sulf٥rico a 501 sobre as manchas fluorescentes da amostra e do padrγo. Os sistemas de solventes: Clorofσrmioace
tona (90:10) e benzenoacetato de etilaetanol ( 6 0 : 3 9 : 1 ) .
RESULTADOS
Os resultados demonstram que das 100 amostras analisadas 3 foram positivas para aflatoxinas BI e Gl. Na tabela I observase que procediam: da Usina Londrina ( U L- 3 ) ,
castanhas desidratadas sem casca, qualidade boa; Usina 1.3. Sabbá (UIBS- 3 ) , castanha na tural em casca, qualidade mista, pertencentes ao Grupo I e amostra de Supermercados (SEL) de Sao Paulo, natural em casca, qualidade mista, integrada no Grupo IV.
Λ análise dos extratos revela que os níveis variam de 0,1 a 2 , 2 5 ppm de aflatoxi na BI e de 0 , 0 7 5 a 1,5 ppm de aflatoxina Gl. 0 nível em termos de aflatoxinas, foi con siderado elevado, muito elevado a baixo ou negativo, Tabela 1.
Das 100 amostras foram isoladas 3 1 2 colτnias de fungos, sendo de 23 gκneros dife rentes, Tabela 2 .
Na Tabela 3 , estγo demonstrados os percentuais <^os gκneros de fungos isolados de 85 amostras referentes ΰs usinas ( 6 0 ) , feiras-1ivre (10) , CEASA ( 5 ) e Supermercados(10).
Observase que houve predominância cios gκneros Aspergillus sp. e Penici Ilium sp. A Tabela h, referese as amostras em ouriços (15) sob as designaçoes Camo ( 5 ), CSA
( 5 ) e a AF ( 5 ) , das quais foram isoladas, predominantemente, Aspergillus sp., Penicil-lium sp. e Cephalosporium sp.
0 gκnero Aspergillus spp. foi prevalente com 91 culturas pertencentes a sete gru pos (flavus, niger, nidulans, fumigatus, ochraceus e w e n t i i ) . 0 gκneroPenici11ium apre sentou freq٧κncia significativa com 83 culturas e a segu i r, Absídia sp. ( 2 7 ) , Paecilomy_ ces sp. (18) e Cephalosporium sp. (13), Tabela 2 . Observouse que, o n٥mero de le_ veduras, foi baixo, se comparado com o dos fungos filamentosos (Tabelas 2 , 3 6 Ύ ) .
Ana 1isandose as 91 culturas de Aspergi1lus sp. verificouse que 26 ( 2 8 , 5 7 ¾ ) eram espιcies aflatoxigκnicas, entretanto, apenas 24 (26,37¾) foram positivas.
Por outro lado, notase que das lh amostras aflatoxigκnicas, todas produzi ram afia toxina BI (100Ύ) e somente 15 (62,50Ύ) foram aflatoxinas Gl positivas, Tabela 5 .
DISCUSSÃO
Para a identificaçγo dos Aspergillus, alιm dos meios convencionais, empregouse o meio ADM (Aspergillus differencial medium) utilizado na determinaçγo da espιcie A. fla-vus. Entretanto, o resultado demonstrou que o ADM nao mostrouse eficiente; tanto o A . flavus, A. parasiticus (grupo flavus) como o A . fresenii (grupo ochraceus), produziram pigmento, variando apenas na intensidade da cor. Assim, essa peculiaridade nγo ι exclti siva na denominaçγo de espιcie, como já foi demonstrado que outras espιcies do grupo fia vus e espιcies de outros grupos podem apresentar esse pigmento (Bothast& Fennel 1, 197*0. Alιm das análises da presença de fungos e amostras tσxicas, verificouse tipos de deterioraçγo na castanha e alterações nas propriedades organolσpticas: observouse que os Zigomycetes, consomem a amκndoa totalmente, deixando a casca revestida internamente, por uma camada miceliar branca e ΰs vezes cinza, segundo o gκnero presente. Outras es pιcies em conjunto, inclusive Dematiaceos, produzem deterioraçγo negra, crostosa e ino dora. A associaçγo de bactιrias e fungos, em geral, altera a cor da castanha (cinza es_ curo) e consistκncia (gelatinosa). Os gκneros Fusaríum sp. e Cephalosporium sp. danífj_ cam a amκndoa, modificando a sua consistκncia (mucõide), o cheiro (odor p٥trico) e a de terioraçγo parda que sσ foi detectada depois de cortar a castanha, produz odor ran_ coso, e na maioria destas amostras, ísolouse AspergíIlus sp. e Penícíllíum sp.
Detectouse nos ouriços, a presença de larvas de inseto pertencente ΰ família Cur culionidae que, alιm de estragar a entrecasca (tornandoa quebradiça epu1veru1enta) pro move sulcos rasos no mesocarpo.
Os resultados relativos aos extratos das amostras, demonstraram que a de Supermer cado apresentou nível de toxidez "muito elevado" para aflatoxinas BI e Gl,diferindo das amostras oriundas de usinas que em termos de af 1 atoxina foi para BI, bai xo a mιd io epara Gl baixo ouneqat i vo. Assim, na ocorrκncia das trκs amostras positivas cons ide rouse: tempo de estocagem, tipo de tratamento do produto e sanidade das amκndoas. Nas de supermercado, período de estocagem desconhecido, naturais (sem beneficiamento) n٥mero elevado de con taminaçγo; as de usinas, com tempo de estocagem conhecido, contaminaçγo moderada, e tra tamento adequado.
A contaminaçγo maciça verificada em algumas amostras, por fungos do gκnero Asper-gillus, produtores de aflatoxinas BI e Gl, apresentaramse isentas destas micotoxinas.
Concluise neste trabalho que a castanha do Pará, diante de todas as agressões a que ι submetida e considerandose as suas propriedades nutritivas, nγo correspondeu ΰs espectativas de ser um substrato favorável γ produçγo de aflatoxinas. Pesquisas devem ser efetuadas para verificar, os fatores intrínsecos do produto na interferκncia de pro duçγo de aflatoxina.
SUMMARY
One hundred *amptc* ofi Biazil nut* (ftom the State* ofi Amazona* and São Pauto, wexc
twztvz fiungi wziz isolated oi wkíck 91 ΜΖΊΖ Ο{ thz genua ^pzAgUlxii-, S3 o& th.ZQznu.oPe. niccti-iiun and thz lemaindzh. included 23 dif^eAe.nt geneAa. AmongòttheAòpeAgi^Iuà òamptzò,
26 ωζΛΖ pioduceAÁ α^ΙοΧαχλη, diAtAÁbutzá into tkuzz òpiLdizi: khpzfigHUiiib ^£αυα6 Link
[IS); AópzAgif&iA paAaA-vtícuò Spzc/Λζ (7) and AòpzAgittuò ^Kz&zniÃ. Subiam (7). 0/) the 100
ex٧iacXς of) analyòzd nutb, thh.zz WZAZ a&latoxÁn-poòitÁ.ve..
Tabela 1 . Análise quantitativa de aflatoxinas BI e Gl em farelo de amostras de castanhas do Pará.
Amostras Concentração de aflatoxinas (mg/kg)
BI Gl
UL 3 0 , 1 0 , 0 7 5
UIBS 3 0 , 2 5 0 , 8 7 5
SEL 7 2,25 1,5
UL 3: Usina Londrina. UIBS 3: Usina t ,B, Sabbγ. SEL 7 Supermercado Eldorado.
Tabela 2. Freq٧κncia dos fungos encontrados nas amostras de castanha do Pará segundo o total de culturas isoladas.
Gêneros N9 Colônias de fungos iso lados
Freqüênc i a
Absidia sp. 27 8,65
1
Aspergillus sp. 91 29,16 %
Candida sp. 3 0, 3 7 %
Cephalosporium sp. 13 4,16 %
Cireineila sp. \ 0,32 Ύ
Cladosporium sp. 3 0,97 %
Cuninghamella sp. k 1,29 %
Fusa ri um sp. 8 2,56 %
Geotrichum sp. 2 0,64 %
Humicola sp. k 1 , 2 9 %
Monascus sp. 2 0,64 %
Mucor sp. 6 1 , 9 2 %
Neurospora sp. 1 0,32 %
Paecilomyces sp. 18 5,76 %
Penicl11ium sp. 83 26,60 %
Phlalophora sp. 3 0,97 %
Gêneros N9 Colônias de fungos íso lados
Freqüência
Rhodotorula sp. 3 0 , 9 7 %
Rhízopus sp. 5 1,60 %
Saccha romyces s ρ. 5 1 ,60 %
Syncephalastrum sp. 8 2,56 %
Torulopsis sp. 3 0 , 9 7 %
Trichoderma sp. 8 2,56 %
VerticiIlium sp. 5 1 , 6 0 %
FN 1 6 1 , 9 2 1
Total 312 100 %
FNI = Fungos nao identificados.
Tabela 3 . Freq٧κncia de fungos isolados em castanha do Pará, procedentes de usinas de beneficiamento, feiras1ivres, CEASA (MAOAM) e Supermercados (Grande Sγo Pau lo).
Gêneros Usina Fei ra-1ivre Ceasa Supermercados Total %
Absidia sp. 16 6 1 h 2 7 31, 7 6
Aspergillus sp. 63 h h 12 83 97,64
Cand•da 1 1 2 2 , 3 5
Cephalosporium sp. 7 1 9 1 0 , 5 8
Circinella sp. 1 1 1,17
Cladosporium sp. 2 2 2 , 3 5
Cuninghamella sp. 3 1 t» 4,70
Fusarium sp. 5 ] i 7 8,23
Geotrichum sp. 1 1 1,17
Hunicola sp. k k 4,70
Monaseus sp. 2 2 2 , 3 5
Mucoi sp. h 1 1 6 7 , 0 5
Neurospora sp. 1 1 1,17
Paec i1omyces s ρ. 11 k 3 18 21,17
Penici11ium sp. bb 5 6 δ 87,60
Phialophora sp. 1 2 2 , 3 5
Rhodotorula sp. 2 1 3 3 , 2 9
Rhízopus sp. 3 1 1 5 5 , 8 8
Gêneros Usina Fei ra-1ivre Ceasa Supe rme rcados Total %
Syncephalastrum sp. 6 1 1 8 9,41
Torulopsis sp. 1 1 2 2 , 3 5
Trichodenma sp. i 2 4 7 8 , 3 5
Verticillium sp. 1 2 3 3 , 5 2
FN 1 2 1 1 i 5 5 , 8 8
Total 165 27 14 33 239
FNI = Fungos nγo identificados
Tabela 4 . Freq٧κncia de gκneros de fungos isolados de castanhas do Pará em ouriço, pro venientes de diversas localidades de Manaus (AM).
Gênero Local idades
CAMO CSA AF
Total
Aspergillus sp. Candida sp. Cephalosporium sp Cladosporium sp. Fusarium sp. Geotrichum sp. Penici1lium sp. Phialophora sp. Torulopsis sp. Trichoderma sp. Vertici11ium sp.
FNI
Total
3
I o
1
6
]
1
2
I
15
8 53,33
1 6 , 6 6
4 26, 6 6
l 6 , 6 6
1 6 , 6 6
1 6 , 6 6
9 6 0 , 0
1 6 , 6 6
1 6 , 6 6
1 6 , 6 6
2 13,33
1 6 , 6 6
31
TabeJa 5. Produçγo de aflatoxina BI e Gl por fungos isolados de castanha do Pará (10 a
20 dias de cultivo em meio de Y E S , a 2 8°C).
Amostras Fungos Aflatoxina
Bl
(mg/200 ml) Gl
Total
UA 2 Aspergi1 lus flavus 1, 0 0,75 1,75
UA 7 Aspergi1 lus flavus 0,0025 0,0018 0,0043
UL 3 Aspergi1 lus parasiticus 2,0 1,5 3,5
UL 7 Aspergi1 lus flavus 0,01 0,01
UL 9 Aspergi1 lus flavus 2,5 1,87 4,37
U L1
10 Aspergi1 lus parasi ticus 2,5 1,87 4,37 DC 3 Aspergi1 lus parasi ticus 2,5 1,87 4,37
DC 9 Aspergi1 lus flavus 0,66 0,66
UIBS 3 Aspergi1 lus parasiticus 0,01 0, 0 0 7 5 0,175
UIBS 4 Aspergi1 lus parasiticus 0,002 0,002
UCX 3 AspergiI lus flavus
UCX 7 Aspergi1 lus flavus 0, 0 0 1 0,001
UCX 8 Asperg i1 lus flavus 1,0 0,75 1,75
UCX 10 Aspergi1 lus flavus 3,33 1,87 5,2
URM I AspergiI lus parasiticus 0, 2 5 0,25
URM 3 Aspergi1 lus flavus
URM 7 Aspergi1 lus flavus 1,0 1 , o
CMA 4 Aspergi J lus flavus 0, 0 5 0, 0 5
CMO 5 Aspergi1 lus flavus 0,20 0,75 0,95
AF ) Aspergi J Jus fresen i i 0,20 0,20
AF 1 Asperg i1 lus flavus 0,33 0,25 0, 5 8
AF 2 Aspergi1 lus paras ιticus 1 , o 0,75 1 ,75
JEO 1 Aspergi1 lus flavus 0,020 0,075 0,095
SEL 7 Aspergi1 lus flavus 1,0 2, 2 5 3,25
SFM 9 Aspergi1 lus flavus 0, 0 5 0,05
SFM 10 Aspergi1 lus flavus 0, 0 5 1,5 2,0
R e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s
A l m e i d a . , F . i A « « v t ? t l o , P. C. 1950. 0 y v i v fi> A s p e r g i l l u s ν a po J r ί ιΊ.Ί ο <!<, C.ist,ίiiIi.í do P a r i , B e l é m PA. Para" M e d i c o , 30: j a n M s r , , 1 9 * 5 .
A r x , J . A . vi.nl Λ'}7'ι. T h e g e n e r a o f f u n g i s p o r u l a t i n g i n p u r e c u l t u r e . V.kJuk. .Γ. C r a me r . Ή 5 ρ .
D a m e t L , H . 1.. β H u n t e r , Η . Κ . 1 9 7 ? . l l u s t r a t e d g e n e r a ο ί i n p e r l e c t f iiii^i . ! . r d . Min nen. p o l i s , B u r p . e s s . 2/,ι p .
B a r r o n , G . I . . - IS.'72. T h e g e n e r a o f I l y m p h o m y c e L e s f r o m s o i l . Sew Y o r k , Kuberl K . K r i e p e r . 3(v'i p.
B i o l o g y o f c o n i . d i . i l ι'ηην. ί 1 9 3 ! . f;. Τ . C o l e , !;
; . K ^ n J r i c k ( < d . ) , Ncν. · Vwt'U Λ ." '• < "• ':·• i'!'.: . v . 1 . i&5. p .
B i t e n c o u r t , Λ . A . 19Ί 1 . P o d r i d ô c s da c.i;;r.mlu IIO 1 ' a r ã . B i o l ó g i c o , S. I ' . , 7 : 3 0 5 1 1 2 .
B o t h a s t , R, . 1 . Λ V t n n e l l , I ) . 1- 1 9 7 4 . Λ mw^íun For r a p i d irj? π t i f i c o t i o n ei)uPi*ra t i o r
o f A s p e r g i l l u s f l a v u s a n d r o l n t í d d t g an i srns, M y c o l o g i a , η & : " ϊ & 5 3 & 9 ,
C o o m e s , Γ , . ) , í F r u e L I , . 4 . .J, 1 % S . Kiji-onurntlcd p r o c e d u r e s i ( ) r tl>o lit LííC C i o n a n d c s t i m u n i t i o n o f Λ Π ί ΐ ί σ κ ί π fl i n g r o u n d n u t s ami ;> r o n n d n u t πΐ ;.ι 11 • r ί .ι Ί s , T r o p . P r o d . I n s t . R e p . , n . 1 Ν C
D a v i s , Ά. I).; D i e n o r , U. I..; F,l J r i d j v : , ! ) , !'X>f}. P r o d u c t i o n o f uf 1.0 Leo; i n s 13j ;ind (• by " A s p e r g i l l u s r i a v u s " i n α s e m i Sya t h e t it: niptl i υιρ . A p p l . M i c r o b i o l . , 1 4 : 1 7 3 3 0 .
D i f c o L a b o r a t o r i e s 19 7 4 . M a n u a l o f d e h y d r a t e d c u l t u r e m e d i a and r e a g e n t s f o r m i c r o
b i o l o g i c a l a n d c l i n i c a l l a b o r a t o r y p r o c e d u r e s . V. o t l . Del r o i t .
The F u n g i 1973, An a d v a u c c d t r e a L i s e . A i n s v o r t l i , (',, C , S p a r r o w , F. K. (• Λ. S. Sua Sslian (eds.). New Y o r k , AcJ'Jl'niic F r u s s , v . Ί Λ . ft'71 p .
G i l r n a n , J . C. - ) 9 ¾ ? . A r^anual o f s o i l f u n g i . 2 and eú. A r a e s . lot'.i S t a t e Co 1 ΐ e g c P n i ç s . '.Μ ) p .
L a c i i z . , C . S ' 9 7 7 . M i e o l o ^ i a m e d i c a , f u n g o s ; , a c t i n o m i c e t o s c a l g a s d c i u l e r e s . s e m e d i
c o . S o r v i e r , i ]
i d . , ^.le Ι'.ίίΙο. 7 0 2 P.
I.ee, W. V . iyn*j. Q u a n t i I a L i v<> ik> t e rminii t i c?n ui" a 1 ' .31 (Mfi'fl i n ^ r u u n d n u E p r o d u c t s . A n a l y s t . ( L o n d o n ) , 9 0 (lf>7C0 :3 0 5 1 0 7 .
I . i n , '1-, T . 1 y 7 C» Hif.n iiic i d e n c e of, s f 1 at o x i g e n ι r L n hl^ i in f i r . i z i ) . n i : t . F i l o p a L o l o g i a ( L i m a ) , 11 : 2 ] , f r e s u m o ] .
L i r a , M. U. 1 9 7 6 . A c.j • j . c i l v ι 1 Ρ · ri In'. 1 I r I i a t * r t l # i i i ι ' α .ι Γ 1 ;j l η >: ί <. ο ο . I n : A n a i s Οϋ π g r o s s o d e T o x i c o l o g i c T r o p i c a l , l . M a n a u s , p . 1 5 1 - 1 5 3 .
I , o d d e r , . 1 . 1 9 7 0 . T h e y e a s t s : a t a x o n o m i c s t u d y . 2. i d . Asis 11: rd ftm, E i l s f t v i e r . p . 0 0 1 1 3 0 8 .
M c L P a n , J . T . l'J.'f'. Sou.. l.1
11. ί 1 |. iili 1 wni^ m' I Ll L r.jni p n r1
I, ν ;α, ι a i d . ο η : \ ' rt.i r ί ,.ι ΐ i n stei ^ " f r i ρι · Γη ι i ι . . 1 , 1ϊ , Sòc:., A r t s . , / 4 : 1 7 ^ 3 ^ 1 , [apuo1
li í t e.il t*pu Γ t,, A . A . ] 9 ΐ ] ] ,
N a h n i ' y , •). (• : ; í"j
3u, ί! . Κ . Ι 9 ' Λ . Λ t rnpliotomtf t r i c r. • .•' •: • C o r du t e rir, • η i nu l h e a n a t o x i n s . A n a l y s t , 9 0 : 1 5 ^ 1 ^ 0 .
P i t t , , 1 . 1 . 1 9 7 9 . T h e G e n u a Pen i c i 1 li uni a n d i t s t e l e o r a o r p h i c K t a t e s f u p e n i c i 11 ium and T a l a i n o r y c e s , L o n d o n , .
-u\H!enii c PreidS, 6 i'j p .
Pons, W. Λ. Jr.; Cuculu, A. F.; Lee, L. S.; Robertson, J. Α.; Franz, A. 0.; Goldblatt ,1,. A. - 1966. Determination of afla toxins in agricultural products: use of aqueous ace tona for extration. J. Assoc:. Of f ic. Anal Cnem., 49:554-562.
Raper, Κ. Β. & Fennell, D. 1. - 1965. The genus Aspergillus. Baltimore, Williams S Wi_l kins (eds.) 686 p.
Ridell, R- W, - 1 950 . Permanent stained itrycological preparations obtained by slid culture. Mycologia, 42:26 5-270.
Schuller, P. L.; Verhulssonk, C. Α. Η.; Paulsch, W. Ε. - 1973. Analysis of aflatoxin Μ in liquid and powdered milk. Pure A p p l . Chem., 35:291-296.
Tropical Products Institute - 1962. Aflatoxin in groundnuts and groundnuts products: interpretation of physica-clieniical and biological test results. London, Τ. P. I. Mi nistry of Overseas Development, Londres, pg. 1.