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A interferência do contexto assistencial na visibilidade do consumo de drogas por mulheres.

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Academic year: 2017

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A I NTERFERÊNCI A DO CONTEXTO ASSI STENCI AL

NA VI SI BI LI DADE DO CONSUMO DE DROGAS POR MULHERES

Jeane Fr eit as de Oliv eir a1 Mir ian Sant os Paiv a2 Cam ila Mot t a Leal Valent e3

Con sider an do a cr escent e dem an da por assist ência à dr ogadição fem inina e sua in t er nacionalm en t e r econhecida especificidade, est e est udo qualit at iv o, r ealizado em Salv ador - Ba, no per íodo de out ubr o/ 2003 a set em b r o/ 2 0 0 4 , com p r of ission ais d e saú d e, p r op õe in v est ig ar se o con t ex t o assist en cial em q u e eles se encont r am int er fer e na v isibilidade do consum o fem inino de dr ogas. At r av és da obser v ação par t icipant e e da análise de cont eúdo de ent r ev ist as com dezenov e pr ofissionais, r ev elar am - se sit uações específicas quant o à visibilidade de m ulheres usuárias de acordo com o local de at endim ent o ( “ inst it uição” versus “ rua” ) . Diferenças n a p er cep ção d a d em an d a, t ip o d e d r og a u t ilizad o, id ad e, p ap éis sociais d esem p en h ad os e in f lu ên cia d o par ceir o par a início e m anut enção do consum o de dr ogas dem onst r ar am que o cont ext o assist encial influencia n a r epr esen t ação daqu eles pr of ission ais sobr e as u su ár ias de dr ogas, o qu e pode in t er f er ir n as est r at égias assist en ciais im plem en t adas. Recom en da- se a ar t icu lação en t r e os dois con t ex t os assist en ciais n a u n idade est udada e dest a com out r os ser v iços de saúde.

DESCRI TORES: transtornos relacionados ao uso de substâncias; m ulheres; assistência à saúde; identidade de gênero

THE I NTERFERENCE OF THE CARE CONTEXT W I TH THE

VI SI BI LI TY OF THE DRUG CONSUMPTI ON BY W OMEN

I n light of t he incr easing dem and for fem ale dr ug addict ion car e and it s int er nat ionally acknow ledged specificit y, t his qualit at ive st udy was carried out in Salvador, BA, Brazil, from Oct ober 2003 t o Sept em ber 2004. I t aim ed t o in v est ig at e w h et h er t h e con t ex t of car e in w h ich p ar t icip an t s ar e in ser t ed in t er f er es w it h t h e visibilit y of fem ale drug addict ion. Part icipant observat ion and cont ent analysis of 19 int erviews perform ed wit h h ealt h car e p r act it ion er s r ev ealed t h at som e asp ect s of f em ale d r u g ad d ict ion w er e p er ceiv ed d if f er en t ly according t o t he cont ext of care ( inst it ut ion versus out doors) : dem and, kind of drug used, age, social roles and part ner’s influence in t he init iat ion and m aint enance of drug use. Since t he cont ext of care im pact s t he healt h care pract it ioners’ represent at ion of fem ale drug users w hich in t urn can affect t he st rat egies devised for t heir care, w e recom m end t hat not only t he cont ext s of care w it hin t he st udied unit should be art iculat e, but t hese cont ex t s w it h t hose fr om ot her healt h ser v ices as w ell.

DESCRI PTORS: subst ance r elat ed disor der s; w om en; deliv er y of healt h car e; gender ident it y

LA I NTERVENCI ÓN DEL CONTEXTO ASI STENCI AL EN LA

VI SI BI LI DAD DEL CONSUMO DE DROGAS POR MUJERES

Considerando la crecient e dem anda por la asist encia a la drogadicción fem enina y su int ernacionalm ent e r econocida especificidad, est e est udio cualit at iv o, r ealizado en Salv ador - Ba, en el per íodo de oct ubr e/ 2003 a sept iem br e/ 2 0 0 4 , con pr of esion ales de salu d, se pr opon e in v est igar si el con t ex t o asist en cial en el cu al se encuent ran influye en la visibilidad del consum o de drogas en m uj eres. A t ravés de la observación part icipant e y d el an álisis d e con t en id o f u er on en t r ev ist ad as d iecin u ev e p r of esion ales, q u ien es ex p r esar on sit u acion es específ icas en r elación a la v isibilidad de m u j er es con su m idor as de acu er do con el lu gar de at en ción ( “ las inst it uciones” v er sus “ la calle” ) . Difer encias en la per cepción de dem anda, t ipo de dr oga ut ilizada, edad, r oles sociales desem peñados e influencia del com pañero para inicio y cont inuidad en el consum o de drogas m uest ran que, el cont ex t o asist encial influy e en la r epr esent ación de aquellos pr ofesionales sobr e las consum idor as, lo qu e pu ede in t er f er ir en las est r at egias asist en ciales u t ilizadas. Se r ecom ien da la ar t icu lación en t r e los dos cont ex t os asist enciales en la unidad est udiada y de est a con los ot r os ser v icios de salud.

DESCRI PTORES: t rast ornos relacionados al uso de sust ancias; m uj eres; asist encia a la salud; ident idad de género

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I NTRODUÇÃO

A

com plexidade e diversidade dos problem as gerados pelo fenôm eno das drogas, ent endido com o produção, com ércio e consum o, têm gerado im pactos dist int os para as sociedades. Em relação à saúde, os v ár ios pr oblem as decor r en t es do con su m o ( u so e a b u so ) d e d r o g a s t ê m d e m a n d a d o m a i o r envolvim ent o e at enção dos profissionais com vist as a im plant ar e im plem ent ar polít icas públicas e ações visando resolvê- los e/ ou m inim izá- los( 1).

Mu n d ialm en t e, o con su m o d e su b st ân cias psicoativas - SPA, ainda, é m aior entre os hom ens, de acordo com dados apresent ados no Relat ório Mundial sobre Drogas, de 2005(2). Entretanto, a dim inuição da proporção ent re hom ens e m ulheres para as drogas d e u m m od o g er al e a p r ed om in ân cia d o u so d e m e d i ca m e n t o s, m a i s e sp e ci f i ca m e n t e ben zodiazepín icos, est im u lan t es e or ex ígen os, por m ulheres vêm sendo registradas em m uitos países( 3). A tendência à “igualdade de gênero”(4) no consum o de drogas é j ust ificada por m udanças no est ilo de vida das m ulheres ocorridas, sobretudo, no últim o século(5). No Br a si l , d a d o s d o 1 º Le v a n t a m e n t o Dom i ci l i ar sob r e o Uso d e Dr og as Psi cot r óp i cas, r ealizado em 2 0 0 1 , con f ir m am esse pan or am a. O referido levant am ent o foi const ruído com am ost ra de 4 1 , 3 % da população t ot al do país, sendo 5 7 % de pessoas do sexo fem inino. O álcool e o tabaco foram apont ados com o pr oblem as de saúde pública m ais proem inent es no país, com m aior percent ual de uso na vida ent re pessoas do sexo m asculino. O uso, na v i d a , d e m a co n h a ( 6 , 9 % ) , so l v e n t e ( 5 , 8 % ) e or ex ígen os ( 4 , 3 % ) f or am pr edom in an t es en t r e os hom ens. O uso de benzodiazepínicos e anfet am ínicos m ost rou- se t rês vezes m aior ent re as m ulheres( 6).

Em bora inform ações sobre m ulheres usuárias d e d r o g a s sej a m esca ssa s, est u d o s n a ci o n a i s e int er nacionais, r ecent em ent e publicados, dest acam o enfr ent am ent o de bar r eir as de or dem est r ut ur al, sist êm ica, social, cult ural e pessoal pelas m ulheres, na busca e perm anência de t rat am ent o no consum o de SPA( 7). Pr econceit os e discr im inação, sobr et udo por part e dos profissionais de saúde, são apont ados com o as pr incipais bar r eir as( 1). A pouca visibilidade de u su ár ias de dr ogas em ser v iços especializados co n st i t u i p r e o cu p a çã o r e ce n t e n a a g e n d a d e form adores polít icos e órgãos financiadores.

Est udo realizado em Salvador, BA, confirm a a t endência de usuár ias fazer em t r oca de sexo por

d r o g as, m an t er em r el aci o n am en t o s sex u ai s co m hom ens, t am bém usuários, sem uso do preservat ivo e evitarem a busca de assistência à saúde em espaços inst it ucionalizados( 8). Mulheres que consom em álcool e out r as subst âncias t or nam - se m ais v ulner áv eis a contrair infecção pelo HI V, sej a por questões de ordem f i si o l ó g i ca , se j a p o r co n st r u çõ e s so ci o cu l t u r a i s d ir ecion ad as às m u lh er es e à p essoa u su ár ia d e drogas( 8- 10).

O r e co n h e ci m e n t o d e q u e a s m u l h e r e s dependent es const it uem subgr upo difer enciado dos h om en s e com car act er íst icas e n ecessid ad es d e t r at am ent o pr ópr ias e específicas com eça a ganhar r elev ân cia. Recom en da- se at en ção par a sit u ações específicas da condição fem inina tais com o a gravidez, a r espon sabilidade n os cu idados com as cr ian ças, t r a u m a s d e co r r e n t e s d e a b u so f ísi co e se x u a l , experienciados na infância e/ ou adolescência, níveis m ais altos de problem as de saúde m ental em relação aos hom ens e, ainda, o trabalho com o sexo, nas ações assistenciais(11). Especificidades da m asculinidade e da fem inilidade, assim com o a influência das relações de gên er o n o u so de dr ogas in div idu al e em gr u pos, t am bém devem ser cont em pladas( 12).

O p r e se n t e a r t i g o t e m co m o p r o p ó si t o i n v est i g ar se o co n t ex t o assi st en ci al em q u e o s p r of ission ais d e saú d e se en con t r am in t er f er e n a visibilidade do consum o de drogas por m ulheres. Os dados apresent ados t êm com o referência at ividades assist ências dir ecionadas par a pessoas usuár ias de drogas, desenvolvidas por um a unidade de saúde no espaço inst it ucional e de r ua. As discussões est ão em basadas na concepção de que as represent ações sociais - RS - est ão vinculadas a valores, noções e p r át icas in d iv id u ais q u e or ien t am as con d u t as n o cotidiano das relações sociais e se m anifestam através d e est er eót ip os, sen t im en t os, at it u d es, p alav r as, frases e expressões( 13). As RS guiam na m aneira de e sco l h e r e d e f i n i r co n j u n t a m e n t e o s d i f e r e n t e s aspect os da r ealidade diár ia, de in t er pr et ar esses aspect os, t om ar decisões e posicion ar - se fr en t e a eles, às vezes de form a defensiva( 14).

MÉTODOS

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drogas. O proj et o foi aprovado pelo Com it ê de Ét ica do I nstituto de Saúde Coletiva da UFBA e os critérios ét icos pr ev ist os n a Resolu ção n º 1 9 6 / 9 6( 15) for am respeit ados em t odas as et apas da pesquisa.

Trat a- se de est udo ex plorat ór io, de car át er qualit at ivo, realizado no período de out ubro/ 2003 a setem bro/ 2004. A pesquisa de cam po foi desenvolvida em unidade de saúde pública que prest a assist ência a pessoas usuárias de drogas e seus fam iliares, no m u n i cíp i o d e Sa l v a d o r, BA, a t r a v é s d e a çõ e s r ealizadas no espaço inst it ucional e no cont ext o de r u a . As a çõ e s sã o r e sp a l d a d a s, so b r e t u d o , n a psicanálise e na polít ica de Redução de Danos( 16). Profissionais de saúde em at uação na unidade foram t om ados com o suj eit os do est udo.

Os d a d o s f o r a m co l et a d o s p o r m ei o d a s técnicas de observação participante e entrevista sem i-est r u t u r ad a, con sid er ad as ad eq u ad as ao t ip o d e e st u d o d e se n v o l v i d o . D u r a n t e a o b se r v a çã o par t icipant e, buscou- se m aior apr ox im ação com os suj eit os est udados, assim com o o regist ro de dados r e f e r e n t e s a o f l u x o e d e m a n d a d o s cl i e n t e s, ca r a ct e r íst i ca s d a cl i e n t e l a , r o t i n a s e t i p o s d e a t e n d i m e n t o s p r e st a d o s p e l a u n i d a d e . Na s ent revist as, foram enfat izadas quest ões referent es à f o r m a çã o e a t i v i d a d e s d e se n v o l v i d a s p e l o s profissionais, caract eríst icas da população at endida, asp ect os r elacion ad os ao con su m o d e d r og as d a client ela e per cepção sobr e assist ência às pessoas usuárias de drogas.

Ap ó s d o i s m e se s d e o b se r v a çã o , a s entrevistas foram agendadas e realizadas na unidade, de acor do com o hor ár io m ais convenient e par a os dezenove ent revist ados, que at uavam em at ividades int er nas e ex t er nas. O núm er o de pr ofissionais foi d ef i n i d o p el a r ei n ci d ên ci a d e i n f o r m açõ es. Cad a ent r ev ist a t ev e dur ação m édia de quar ent a e cinco m inutos, sendo seu conteúdo transcrito na íntegra. A análise de dados foi r ealizada com base na análise d e con t eú d o t em át ico( 1 7 ). Ap ós v ár ias leit u r as d o conteúdo das entrevistas, os dados foram organizados em duas cat egorias t em át icas: m ulheres usuárias de drogas no cont ext o inst it ucional e m ulheres usuárias de drogas no cont ext o de rua.

RESULTADOS

Dos dezen ov e pr of ission ais en t r ev ist ados, d ez at u av am n o esp aço i n st i t u ci o n al sen d o t r ês

m édicos ( hom em ) , um a assist ent e social ( m ulher) e seis psicólogas ( m ulher ) , com idade ent r e 36 e 50 anos, com tem po de atuação na unidade entre dois e quatorze anos. Todos afirm aram ter outras atividades r em uner adas em ser v iços públicos e/ ou pr iv ados e pós- graduação ( especialização e m estrado) em tem as relacionados às subst âncias psicoat ivas. Salient aram a pouca referência às questões sobre drogas nos seus cur sos de gr aduação.

Os outros nove entrevistados eram redutores de dan os ( qu at r o m u lh er es e cin co h om en s) com i d a d e s e n t r e 2 3 e 5 1 a n o s e m o r a d o r e s e m com unidades onde at uavam . Todos declarar am t er com o ú n ica at iv id ad e r em u n er ad a o t r ab alh o d e r edu ção de dan os e salien t ar am qu e o m esm o se constitui fator significante na m elhoria da própria auto-est im a e cidadania. O t em po de at uação na unidade variou de dezoit o m eses a oit o anos.

D i f e r e n ça s r e l a ci o n a d a s à p e r ce p çã o d a dem anda, ao t ipo de dr oga ut ilizado, à idade, aos p ap éi s soci ai s d esem p en h ad o s e à i n f l u ên ci a d o par ceir o par a início e m anut enção do consum o de d r o g a s, v i n cu l a d a s a o s d i st i n t o s co n t e x t o s assist en ciais, f or am id en t if icad as n os r elat os d os en t r ev ist ados. Du r an t e o pr ocesso de an álise n ão f or am id en t if icad as d if er en ças d e p er cep ção q u e est ivessem at reladas ao gênero dos ent revist ados.

M ULH ERES USUÁRI AS D E D ROGAS N O

CONTEXTO I NSTI TUI CI ONAL

Nas at iv idades do cont ex t o inst it ucional foi percebida dem anda m aior de hom ens com o usuários d e d r og as, p r in cip alm en t e d aq u elas con sid er ad as com o ilegais, em relação às m ulheres. Os profissionais que at uam nas at ividades inst it ucionalizadas afirm am qu e:

... m esm o sem t er dados est at íst icos em m ãos, eu

diria que 90% da população que nos procura é de hom ens. Mulheres

dependent es de cocaína, m ulheres usuárias de m aconha, a gent e

observa m uit o pouco a chegada no Cent ro.

As m u l h e r e s a p a r e ce m , co n t u d o , e m dem anda significat iva na condição de acom panhant es e/ ou fam iliar. Dados que refletem essa realidade foram regist rados em observações na sala de espera e nos grupos t erapêut icos dest inados à client ela at endida.

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reduzida de m ulheres com o usuárias de drogas. Nessa situação específica, a m ulher geralm ente chegava em horário m uit o próxim o à sua hora de at endim ent o e dur ant e o per íodo em que se m ant inha na sala de esp er a con ser v av a- se cab isb aix a e silen ciosa. Na condição de acom panhante e/ ou fam iliar, as m ulheres ger alm ent e m ost r av am - se falant es e ex pansiv as.

Na s a t i v i d a d e s d e g r u p o s, o n ú m e r o d e par t icipan t es h om en s em r elação às m u lh er es er a m a r ca n t e . No g r u p o d e st i n a d o à s p e sso a s consum idor as de álcool e out r as dr ogas, com post o d e cer ca d e v in t e p ar t icip an t es, r eg ist r ou - se, em várias seções, a presença apenas de um a m ulher, a qual dizia fazer uso abusivo de álcool. Nos grupos de tabagism o e de fam iliares, a participação das m ulheres er a pr edom inant e.

De acordo com os profissionais responsáveis p elo g r u p o d e t ab ag ism o, essa sit u ação r ev ela o au m en t o d o co n su m o d e t ab aco p el a p o p u l ação f e m i n i n a . Já o s p r o f i ssi o n a i s r e sp o n sá v e i s p e l a condução do gr upo de fam ília j ust ificam o núm er o significant e de m ulher es dev ido à incor por ação do p a p e l so ci a l e cu l t u r a l m e n t e co n st r u íd o d e “ cuidadoras”. Ressalt am , t am bém , a dificuldade das par t icipan t es em aceit ar a pr esen ça m ascu lin a n o g r u p o, em b or a, em g er al , se q u ei x em d a p ou ca part icipação dos hom ens na educação e no cuidado com os filhos, ...é algo hist ór ico e cult ur al. Most ra a fala de um a das profissionais ent revist adas.

Além disso, os pr of ission ais en t r ev ist ados r essalt am que:

...o papel cult ural, essa função social que a m ulher

sem pre assum iu e m ais recent em ent e, com a inserção da m ulher

no m ercado de t rabalho, as m ulheres lidam com um a sobrecarga

m uit o grande, ent ão, m uit as vezes elas t êm um a dupla, t ripla

j ornada de t rabalho.

Esses fat ores t êm favorecido o consum o de drogas por m ulheres. E, no cont ext o inst it ucional, os en t r ev ist ad os d est acam o u so ab u siv o d e d r og as m edicam en t osas ( an t idepr essiv o, t r an qü ilizan t es e anfet am inas) , do t abaco e do álcool pelas m ulheres e baixa dem anda de consum idoras de drogas ilícit as, sobret udo de cr ack e cocaína. Consideram que:

... as m ulheres no m undo com o o nosso, da m aneira

com o o m undo est á funcionando, est ão sofrendo m uit o m ais.

Ent ão elas est ão usando benzodiazepínicos de um a form a m uit o

abusiv a, só que isso t em sido, m uit as v ezes pr escr it o pelos

m édicos.

Na co n d i çã o d e p r o f i ssi o n a i s d e sa ú d e , r essalt am que o uso de m edicam ent os se dá com o

form a de at enuar sit uações de ansiedades e est resse r esult ant es da car ga de r esponsabilidade at r ibuídas às m ulheres, decorrent es dos vários papéis sociais e cu l t u r a i s e d e p a d r õ e s d e b e l e za f e m i n i n a pr eest abelecidos.

Os p r of ission ais d o con t ex t o in st it u cion al r ev elam :

...que a população atendida é m uito jovem na sua m aioria

em um a faixa dos 15 anos aos 30, 40 anos de idade.

Nesse cont ingent e, as usuár ias de dr ogas, em sua m aioria, t êm idade ent re 24 e 40 anos, são casadas e/ ou com com panheir o fix o, são de classe m édia e da raça negra. A escolaridade varia de m édio a superior.

A iniciação do uso de drogas e a relação do suj eit o com a droga pode- se ver quando esse grupo de profissionais de saúde afirm a:

... em bora as m ulheres apresent em prej uízos com o

uso de drogas, observo que elas usam m enos que os hom ens. E,

elas são m ais preocupadas com o funcionam ent o da fam ília do

que seu parceiro, o qual, na m aioria das vezes, é um usuário de

drogas. Geralm ent e as m ulheres com eçam o uso de drogas ilícit as

via parceiro, m as parece que as responsabilidades e relações que

m an t êm com a fam ília e com a sociedade as t or n am m ais

resist ent es para desenvolver a dependência.

Co n s i d e r a m , p o r t a n t o , q u e a s r espon sabilidades sociais e cu lt u r ais at r ibu ídas às m u l h e r e s em se u s d i v er so s p a p éi s co m o m ã es, d o n a s d e ca sa e esp o sa s sã o a o m esm o t em p o pr edisponent es par a o uso de dr ogas e pr ot et or as par a a sit u ação de depen dên cia. Dest acam qu e a in ser ção cr escen t e d as m u lh er es n o m er cad o d e t r abalho, assum indo, em m uit os casos, a condição de chefes de fam ílias t em aum ent ado a sobrecarga d e a t i v i d a d e s e r e s p o n s a b i l i d a d e s p o r e l a s e n f r e n t a d a s n o d i a - a - d i a , co l o ca n d o - a s m u i t a s v e z e s e m s i t u a ç õ e s d e v u l n e r a b i l i d a d e p a r a div er sos agr av os à saú de, den t r e eles o con su m o de dr ogas.

M ULH ERES USUÁRI AS D E D ROGAS N O

CONTEXTO DA RUA

Nas at ividades desenvolvidas no cont ext o de rua, foi ressalt ado que

... novent a por cent o das m ulheres que at endem os,

t odas elas, ou são usuárias de drogas, ou são parceiras de usuários

de drogas, ou são as duas coisas ao m esm o tem po e o envolvim ento

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Os ent revist ados dest acam que

. . . o n ú m e r o d e m u l h e r e s u su á r i a s d e d r o g a s,

principalm ent e de álcool, sem pre foi grande, m as o que acont ecia

é que elas faziam um uso m ais escondido, hoj e elas querem se

igualar aos hom ens e vão para os bares. Ent ão, o consum o ent re

as m ulheres é m uit o grande não só de álcool, m as, t am bém , de

dr ogas ilícit as.

Eles ev id en ciam a p er cep ção d e q u e, em algum as com unidades t rabalhadas, o quant it at ivo de m ulher es usuár ias super a o de hom ens. De acor do com suas observações, além do aum ent o no núm ero de usuár ias de dr ogas, as m ulher es est ão fazendo uso de drogas em m aior quant idade que os hom ens, ainda resalt am que:

... as m ulheres usavam drogas com nam orado, com

m arido de form a m ais discret a e em locais m ais escondidos e

hoj e elas est ão usando em qualquer lugar, com qualquer pessoa.

Dent r e as dr ogas ut ilizadas pelas m ulher es n o co n t e x t o d e r u a , o c r a c k f o i a d r o g a m a i s d est acad a. Os r ed u t or es d e d an os en t r ev ist ad os infor m am que:

... em algum as das com unidades onde se at ende, o

cont ingent e de m ulheres que usa crack é alt íssim o, m uit o, m uit o,

m uit o alt o m esm o, algum as delas não assum em .

Salient a- se a percepção de que as m ulheres est ão consum indo cr ack em proporção m aior que os hom ens e que esses, por sua vez, têm preferido usar cocaína por ent ender que essa é subst ância m enos danosa que o cr ack. Apont am para o fácil acesso do

crack no m ercado local de drogas, o valor de com pra e a gr ande aceit ação de t r oca de sex o por dr oga, m odalidade essa apontada com o de grande utilização ent r e m ulher es usuár ias, com o fat or es facilit ador es para o consum o de cr ack pelo grupo fem inino.

No cont ext o de rua foram ident ificados t rês grupos dist int os de m ulheres usuárias de drogas: as donas de casa, as profissionais do sexo e as cham adas

p e r i g u e t e s”. Par a cad a g r u p o, o s en t r ev i st ad o s apont am para caract eríst icas que est ão relacionadas, principalm ente, ao tipo de drogas utilizadas e à form a de aquisição das m esm as. Salient am a exist ência de est ig m as e p r econ ceit os d ist in t os p ar a os g r u p os id en t if icad os, os q u ais est ão f u n d am en t ad os em const ruções sociais e cult urais e de gênero.

As m ulheres donas de casa, preferencialm ente, usam m aconha e álcool, as quais são consideradas por elas com o drogas leves. Tendem a fazer consum o de form a oculta, ou seja, dentro do espaço privado da sua casa e m antêm um a rede de uso lim itada ao parceiro, o q u al t en d e a ser o f o r n eced o r d a( s) d r o g a( s)

utilizada(s), especialm ente daquela(s) socialm ente tida com o ilegal. Diante desses com portam entos e, ainda, por desem penhar a função de dona de casa que envolve o cuidado com os filhos e com o m arido, esse grupo de m ulheres usuárias de drogas se m ant ém respeit ado pela com unidade onde m oram .

Com r elação às p r of ission ais d o sex o, os r edut or es de danos apont am par a o fat o de que o con su m o de dr ogas t em gr an de v in cu lação com a at ividade que execut am . Para t ant o, elas t endem a usar, pr efer encialm ent e, m aconha, cr ack e cocaína, substâncias adquiridas diretam ente por elas, nas “bocas d e f u m o”, ou n a m ão d e u m a r ep assad or a, com d i n h e i r o o r i u n d o d o se u t r a b a l h o . Al é m d e ssa s su b st ân cias, eles r ef er en ciam q u e esse g r u p o d e m u l h e r e s co n so m e , a b u si v a m e n t e , á l co o l . Considerando o papel de provedora do lar, os redutores de danos dizem que as m ulheres profissionais do sexo e usuárias de drogas, nas com unidades estudadas são, de algum a form a, respeit adas.

O m e sm o n ã o se d á p a r a o g r u p o d e m ulheres usuárias de drogas denom inado periguet es. Esse g r u p o , d e a co r d o co m o s en t r ev i st a d o s, é car act er ist icam ent e com post o por

... m eninas que est ão se prost it uindo só, sim plesm ent e

por causa da droga, não é nem m ais por causa do dinheiro m as

pela droga em si. Elas norm alm ente m oram em outras com unidades

e vêm para o local onde sabem que a droga est á m ais present e só

para consum ir drogas. E pelas drogas elas se suj eit am a qualquer

coisa, especialm ent e a t rocar sexo por drogas com um ou vários

parceiros ao m esm o t em po. Muit as são bonit as, j ovens.

Consideram , as per igu et es com o veículo de transm issão de doença e am eaça para a com unidade, j á q u e t er m i n am r ed u zi n d o a f r eg u esi a p ar a as p r of ission ais d o sex o e m an t êm r elacion am en t os sex u ais com h om en s u su ár ios de dr ogas, ou n ão, com panheiros das m ulheres m oradoras da com unidade. Nessa conjuntura, os redutores de danos destacam que as periguet es não são respeitadas e tam bém são m ais difíceis de ser abordadas para t rabalho de prevenção por terem interesse m aior na droga.

DI SCUSSÕES

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dem onst ram a influência do cont ext o inst it ucional e de rua na visibilidade de m ulheres usuárias de drogas. A obser v ação par t icipant e e as ent r ev ist as revelaram que, em bora haj a reuniões ent re os dois gr upos, essas são m er am ent e adm inist r at iv as, não havendo discussões sobre as realidades vivenciadas por cada um deles. Dessa form a, pode- se afirm ar que a falta de integração entre as atividades e os profissionais de saúde constitui fator que contribui para a invisibilidade da sit uação est udada. A realidade de cada cont ext o assist encial apont a para a expansão do consum o de dr ogas ent r e m ulher es, sendo salient adas quest ões sociais e culturais que dem arcam desigualdades.

Fica evidente, portanto, que as representações sociais são elaboradas a part ir da realidade de cada su j eit o n o seu am b ien t e( 1 4 ), con t u d o, as RS n ão constituem um a cópia da realidade, m as um a tradução, um a retom ada. Elas se form am com o objetivo de dar sentido para aquilo que é estranho e novo, portanto, a conversão do não fam iliar em fam iliar se const it ui na função prim ordial da represent ação social( 18).

A i d en t i f i cação d e g r u p o s esp ecíf i co s d e usuárias de drogas no contexto da rua ( donas de casa, p r of ission ais d o sex o e p e r i g u e t e s) , as d ist in t as

represent ações que são apont adas para as m esm as e a tendência de utilização do crack revelam situações

d e v u ln er ab ilid ad e p ar a as u su ár ias d e d r og as e lacunas a serem trabalhadas pelos serviços de saúde. Se n d o a ssi m , f i ca e v i d e n t e a n e ce ssi d a d e d a incorporação da perspect iva de gênero nas ações de saú d e com o p ossib ilid ad e d e r econ h ecim en t o d o i m p a ct o so ci o cu l t u r a l e m co n st r u çõ e s d a m asculinidade/ fem inilidade e o descor t inam ent o de h et er ogen eidades de pessoas u su ár ias de dr ogas, rum o à assist ência m ais equânim e( 11).

A ident ificação de especificidades de pessoas usuárias de drogas é ressaltada na literatura( 10). Prega-se que o tratam ento e assistência a pessoas usuárias d e d r o g a s d e v a m co n t e m p l a r p a r t i cu l a r i d a d e s individuais e de grupos( 7- 11). O t rabalho de cam po é r e ssa l t a d o co m o p o d e r o sa f o r m a d e i d e n t i f i ca r peculiaridades e dar visibilidade a pessoas e/ ou grupos de pessoas usuárias, ainda ocult os.

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Os d ad os ap r esen t ad os aler t am p ar a u m im port ant e problem a social e de saúde pública a ser en fr en t ado pelos pr ofission ais e pelos ser v iços de saú d e - o con su m o d e d r og as p or m u lh er es. Ao m e sm o t e m p o , r e ssa l t a m a i m p o r t â n ci a d a m u lt ip licid ad e d e ações p ar a o en f r en t am en t o d o fenôm eno das drogas e salient am a necessidade de int egr alidade das at iv idades r ealizadas, sobr et udo, em dist int os cont ex t os assist enciais de um m esm o ser v iço.

Co m p r e e n d i d a s co m o u m co n h e ci m e n t o so ci a l m e n t e co n st r u íd o e p a r t i l h a d o , a s r epr esent ações sociais dos ent r ev ist ados m ost r am -se a t r e l a d a s à s su a s r e a l i d a d e s e r e f l e t e m co n st r u çõ e s so ci o cu l t u r a i s q u e d e m a r ca m desigualdades, dent r e elas, as r elações de gêner o. Tais const ruções parecem int erferir na elaboração e im p lan t ação d e est r at ég ias d e at en ção à saú d e, direcionada para pessoas usuárias de drogas, assim com o const it ui bar r eir a par a busca e env olv im ent o d e m u l h e r e s u su á r i a s d e d r o g a s e m se r v i ço s especializados. Por t ant o, influenciam na visibilidade d o con su m o d e d r og as p or m u lh er es. Dian t e d os dados apr esent ados r ecom enda- se, a r ealização de nov os est udos na per spect iv a de inv est igar out r os aspect os r elacionados à visibilidade do consum o de drogas por m ulheres.

AGRADECI MENTOS

A t oda equipe do Program a I nt erinst it ucional d e Tr ein am en t o em Met od olog ia d e Pesq u isa em Gênero, Sexualidade e Saúde Reprodutiva e do GEM/ EEUFBA p e l a co l a b o r a çã o n a e l a b o r a çã o e desenvolvim ento do proj eto; ao Prof. Dr. Antonio Nery Filho e t oda equipe pelo apoio e disponibilidade que viabilizaram a realização do estudo. À Fundação Ford, pelo fin an ciam en t o. Ao m est r e e am igo, Hen r iqu e San t os, pelos en sin am en t os e dir ecion am en t os n a elaboração do art igo.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

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Referências

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