• Nenhum resultado encontrado

Estudo comparativo entre clínica, eletroneurografia e ultrassonografia do nervo ulnar e pacientes com hanseníase multibacilar

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Estudo comparativo entre clínica, eletroneurografia e ultrassonografia do nervo ulnar e pacientes com hanseníase multibacilar"

Copied!
44
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE MEDICINA

Graziela Ferrarezi da Silva Grassi

Estudo comparativo entre clínica,

eletroneurografia e ultrassonografia do

nervo ulnar em pacientes com hanseníase

multibacilar

Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.

Orientador: Prof. Dr. Joel Carlos Lastória

(2)

Graziela Ferrarezi da Silva Grassi

Estudo comparativo entre clínica,

eletroneurografia e ultrassonografia

do nervo ulnar em pacientes com

hanseníase multibacilar

Dissertação apresentada à faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.

Orientador: Prof. Dr. Joel Carlos Lastória

(3)

AGRADECIMENTOS

A Deus, que compreendeu meus anseios e me deu a coragem necessária para

atingir meu objetivo.

Aos meus pais, Izabel e Valdomiro, pelo imenso amor, dedicação, e por não

pouparem esforços para me proporcionar uma educação sólida. São os grandes

responsáveis por este trabalho.

Aos meus irmãos André e Alessandra, grandes amigos e companheiros que me

completam nas nossas diferenças! Obrigado por estarem presentes em cada fase da

minha vida, pelo amparo nas horas difíceis e por compartilhar minhas alegrias.

Ao meu marido Lucas que sempre esteve presente nas horas mais importantes

da minha vida, me ajudando com seus conhecimentos e me apoiando em minhas

(4)

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao Prof. Dr. Joel Carlos Lastória, exemplo de competência e seriedade, por

disponibilizar tempo e paciência na orientação deste trabalho. Obrigado por ter me

recebido e confiado a mim a grande missão de realizar minha dissertação de mestrado.

(5)

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos a todos que contribuíram, de alguma forma,

para a realização deste trabalho, em especial:

À disciplina de dermatologia e radioterapia FMB-UNESP à ótima acolhida no

ambulatório de hanseníase para a realização deste estudo.

Ao Departamento de Saúde Pública, que sempre esteve à disposição para

amparar em quaisquer dificuldades.

Aos profissionais dos setores de Eletroneurografia e Ultrassonografia, em

especial ao Prof.Dr. Luiz Antônio, Prof. Dr. André Petean Trindade, Marcelo, Tiago

e Ellen pela amizade e disposição em ajudar na coleta de dados deste trabalho.

Prof. Dr. Carlos Roberto Padovani, pela grande contribuição no tratamento

estatístico dos dados.

Aos pacientes, essência dessa pesquisa, pela colaboração.

À Fundação Paulista Contra Hanseníase, pelo apoio financeiro na execução do

trabalho.

E, finalmente, aos grandes amigos que tive o prazer de conhecer durante o

(6)

RESUMO

Grassi, G. F. S. Estudo Comparativo entre clínica, eletroneurografia e ultrassonografia do nervo ulnar em pacientes com hanseníase multibacilar.2014. 43 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2014.

Foi realizado estudo transversal, descritivo e observacional de 38 nervos ulnares de pacientes com hanseníase multibacilar, com idades entre 20 e 59 anos, com diagnóstico realizado na disciplina de dermatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB-UNESP). Estes pacientes foram submetidos à palpação, exames de eletroneurografia e ultrassonografia dos nervos ulnares direito e esquerdo com o objetivo de estudar o comprometimento do nervo pela doença e comparar os resultados dos exames. Dos nervos estudados, nove (23,68%) não apresentaram nenhuma alteração nos resultados dos exames. Os que apresentaram alteração em um ou mais dos exames realizados, somaram 29 (76,32%). Os resultados foram comparados, e os que apresentaram alterações de normalidade em dois ou mais, foram denominados compatíveis. Houve compatibilidade de 20,68% entre clínica, eletroneurografia e ultrassonografia. Observou-se que esse fato ocorreu quando o exame ultrassonográfico mostrou valores próximos do dobro da normalidade. Não houve significância estatística entre os resultados apresentados; no entanto, deve-se considerar a correspondência entre os exames clínico, eletroneurográficos e ultrassonográficos.

(7)

ABSTRACT

Grassi, G. F. S. Comparative Study between clinical, electroneurography and ultrasonography of the ulnar nerve in patients with multibacillary. 2014. 44 f. Dissertation (master´s degree) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2014.

A cross-sectional, descriptive, observational study of 38 ulnar nerves of multibacillary patients, aged 20 to 59 years, with diagnosis made in Dermatology course of the Faculty of Medicine of Botucatu (FMB-UNESP). These patients underwent palpation, ultrasound exams and electroneurography ulnar nerve left and right in order to study the nerve disease involvement and compare the test results. The nerves studied, nine (23.68%) showed no change in the results of the examinations. Those who had alterations in one or more of the tests performed, totaled 29 (76.32%). The results were compared, and those with normal changes in two or more, were called compatible. There was 20.68% compatibility between clinical, electroneurography and ultrasound. It was observed that this actually occurred when the ultrasound examination showed values close to double the normal. There was no statistical significance between the results presented; however, one must consider the correlation between the clinical, electroneurographic and ultrasonography.

(8)

LISTA DE ILUSTRAÇÃOES

Figura 1- Palpação do nervo ulnar . . . 18

Figura 2- Imagem ultrassonográfica do nervo ulnar . . . . 18

Figura 3- Imagem ultrassonográfica do nervo ulnar espessado . . 20

Figura 4- Distribuição dos participantes de acordo com o sexo . . 22

Figura 5- Distribuição do estado civil dos participantes . . . 24

Figura 6- Distribuição dos participantes quanto à dor na palpação . . 27

Figura 7- Distribuição dos participantes quanto aos resultados dos exames dentro da normalidade . . . 29

(9)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Distribuição dos participantes de acordo com o sexo . . 22

Tabela 2- Distribuição do estado civil dos participantes . . . 23

Tabela 3- Distribuição dos participantes de acordo com a idade . . 25

Tabela 4- Distribuição da profissão dos participantes . . . . 26

Tabela 5- Distribuição quanto à palpação dos nervos ulnares dos participantes de acordo com a dor. . . 27

Tabela 6- Distribuição de compatibilidade segundo o nervo . . . 30

Tabela 7- Média e desvio padrão das variáveis segundo o nervo . . 33

(10)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

FMB- UNESP Faculdade de medicina de Botucatu- Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

M Leprae Micobacterium Leprae

US Ultrassonografia

ENMG Eletroneuromiografia

ENG Eletroneurografia

(11)

SUMÁRIO

1. Introdução

.

.

.

.

.

.

.

11

2. Objetivos

.

.

.

.

.

.

.

.

17

2.1 Objetivo geral

.

.

.

.

.

.

17

2.2 Objetivos específicos

.

.

.

.

.

17

3.Material e Método

.

.

.

.

.

.

17

3.1 Critérios de Inclusão. .

.

.

.

.

17

3.2 Critérios de Exclusão. .

.

.

.

.

17

3.3 Casuística

.

.

.

.

.

.

18

3.4 Clínica .

.

.

.

.

.

.

.

18

3.5 Avaliação Ultrassonográfica .

.

.

.

19

3.6 Avaliação Eletroneurográfica

.

.

.

20

3.7 Análise estatística .

.

.

.

.

.

21

4. Resultados .

.

.

.

.

.

.

.

22

4.1 Exames

.

.

.

.

.

.

.

.

27

5. Discussão

.

.

.

.

.

.

.

.

34

6. Conclusões .

.

.

.

.

.

.

.

37

7. Referências .

.

.

.

.

.

.

.

38

(12)

1. INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infecciosa inflamatória crônica, causada pelo

Mycobacterium leprae (M. Leprae), com características clínicas polimórficas atingindo

principalmente pele e nervos. É de suma importância na doença a destruição dos

nervos periféricos, resultando em incapacidades irreversíveis. As formas

multibacilares podem comprometer outros órgãos e sistemas. A hanseníase possui

grande impacto social e psicológico, justificando tanto avanços para abordagem

multidisciplinar do paciente, quanto ações de saúde que visem o controle da doença

(Sampaio, 2001; Araújo, 2003; Jambeiro et al., 2008; Castro et al., 2009; Chacha et al.,

2009; Jardim et al., 2009; Chiuchetta e Giublin, 2010; Aridon et al., 2010; Opromolla e

Laurenti, 2011).

O M. leprae tem alta infectividade, porém baixa patogenicidade e virulência. A

maioria das pessoas é resistente ao bacilo, de forma que sua presença no organismo

não significará necessariamente doença. Pode ter longo período de incubação,

variando de alguns meses a 30 anos, em média 2 a 5 anos. As vias aéreas superiores

e/ou pele erodida são a porta de entrada e eliminação do bacilo (Jambeiro et al., 2008).

Urina, fezes, suor, leite materno, secreções vaginais e esperma também são vias

de eliminação dos bacilos, embora não sejam consideradas de importância

epidemiológica (Sampaio, 2001;Opromolla e Laurenti, 2011).

O diagnóstico baseia-se no encontro de um ou mais de três sinais cardinais:

lesões cutâneas hipopigmentadas com diminuição ou ausência da sensibilidade

térmica, dolorosa e tátil; envolvimento do sistema nervoso periférico com

(13)

esfregaço ou biópsia de pele. O exame direto, através da inspeção e palpação,

geralmente propicia informações de grande valor, tal a especificidade do

comprometimento dos nervos, relacionado à forma, volume e consistência. Assim, se o

examinador identificar um nervo espessado, as hipóteses diagnósticas ficam restritas a

poucas patologias. O diagnóstico histopatológico, quando disponível, é considerado

definitivo (Baccarelli, 1998; Pereira et al., 2006; Elias et al., 2009).

Manifestações neuríticas são comuns na Hanseníase Neural Pura (HNP),

apresentando-se como mononeurites ou mononeurites múltiplas, podendo preceder

por muitos meses, as lesões cutâneas, havendo comprometimento nervoso periférico

como primeira manifestação (Garbino et al., 2011).

A hanseníase é uma doença com distribuição mundial. Estima-se um número

de afetados variando em torno de 10 a 15 milhões, principalmente em países em

processo de desenvolvimento. Apesar de apresentar altos índices em países mais

pobres, não se sabe ao certo a influência de variáveis como moradia, estado

nutricional, infecções concomitantes e infecções prévias por outras micobactérias

(Freitas et al., 1998; Werneck et al., 1999; Freitas et al., 2003; Orsini et al., 2008).

Constitui importante problema de saúde pública no Brasil, segundo país em

números de casos no mundo após a Índia. Completam os seis países com maior

prevalência da doença, Nepal, Congo, Moçambique e Madagascar, em ordem

decrescente (Elias et al., 2009; Chiuchetta e Giublin, 2010; Opromolla e Laurenti, 2011).

De acordo com o Ministério da Saúde (2008), a hanseníase apresenta tendência de

estabilização dos coeficientes de detecção no Brasil, mas ainda em patamares muito

(14)

Organização Mundial de Saúde ao final dos primeiros meses de 2010 no Brasil foi de

38.179 casos, com 37.610 casos novos detectados em 2009, sendo 21.414 multibacilares

e 2669 em menores de 15 anos (Lastória et al., 2011).

Estudos mostram que cerca de 20% dos pacientes com hanseníase ou tratados

para hanseníase podem apresentar incapacidades físicas e restrições psicossociais,

chegando a necessitar de algum tipo de intervenção na reabilitação e/ou continuidade

dos cuidados médicos. No Brasil, aproximadamente 23% dos pacientes com

hanseníase apresentam algum tipo de incapacidade após a alta (Gonçalves et al., 2009).

Pereira et al, 2006, afirmam que a resposta imune ao Mycobacterium leprae pode

levar a incapacidade devido a danos nos nervos que ocorrem principalmente durante

os episódios agudos inflamatórios chamados reações.

O comprometimento dos nervos periféricos ocorre através de processo

inflamatório causado pela ação direta do bacilo ou por reações imunológicas do

organismo à presença do mesmo, resultando em alterações sensitivas e motoras,

responsáveis pelas incapacidades e deformidades físicas. O bacilo tem predileção para

infectar regiões mais frias do corpo. Consequentemente, as lesões são vistas nestas

áreas, como por exemplo joelhos, cotovelos, lóbulos de orelhas e troncos nervosos. O

acometimento nervoso aumenta com a evolução da doença, com a idade do paciente e

é maior nas formas multibacilares, além disso, considera-se os episódios reacionais

como sendo os principais fatores para as lesões neurológicas (Garbino et al., 2003;

Soysal et al., 2004; Pereira et al., 2006; Opromolla e Laurenti, 2011; Putinatti et al.,

(15)

Os nervos mais acometidos na hanseníase são facial, trigêmeo e auricular

magno no segmento cefálico; ulnar, mediano e mais raramente o radial nos membros

superiores; fibular comum e tibial nos membros inferiores. No entanto o nervo mais

acometido na maioria dos casos é o ulnar com área crítica ao redor do cotovelo

(Sampaio et al., 2001; Jambeiro et al.,2008).

Diagnóstico correto e tratamento adequado e precoce das reações são de grande

valor para evitar o dano neural e consequente prevenção de incapacidade. A avaliação

da função motora de grupos musculares específicos deve ser feita principalmente nos

pacientes em tratamento, com a finalidade de detecção precoce de incapacidades

(Araújo, 2003; Orsini et al., 2008).

As alterações neurológicas são subjacentes a todas as formas de hanseníase,

exceto na indeterminada (Pimentel et al., 2003).

Os sintomas sistêmicos variam: surgem lesões novas à distância e as neurites

mostram-se frequentes (podendo ser manifestações isoladas da doença). As neurites

podem ser silenciosas, nas quais o dano funcional do nervo se instala sem quadro

clínico de dor e de espessamento do nervo à palpação (Jambeiro et al., 2008).

Existe um consenso de que a cirurgia descompressiva melhora a dor

neuropática, sendo, talvez, uma das únicas indicações estabelecidas para o tratamento

cirúrgico da hanseníase. Mas há questionamentos em relação a quando operar um

paciente portador de neuropatia em hanseníase. A resposta para esta pergunta ainda é

motivo de controvérsia na literatura, uma vez que o melhor momento para

intervenção cirúrgica através da descompressão nervosa não foi estabelecido (Mendes

(16)

Pelos fatores acima citados, faz-se necessário padronizar uma definição mais

clara sobre as características da neuropatia da doença de Hansen, dos métodos

diagnósticos disponíveis e de uma conduta terapêutica acessível e praticável (Garbino

et al., 2003).

Pereira et al. (2006) encontraram relatos de casos na literatura em que o uso da

ultrassonografia (US) foi importante para o diagnóstico de abscessos dos nervos

decorrentes da infiltração pelo Mycobacterium leprae em pacientes com hanseníase e,

nestes casos, foi necessária drenagem cirúrgica. O mesmo autor relata que a US tem

sensibilidade diagnóstica de 74% na hanseníase.

A utilização da US na avaliação da anatomia de nervos periféricos e patologias

de condução, tem sido descrita há cerca de 10 anos. A US de alta resolução tem sido

bem empregada em doenças de nervos periféricos por ser procedimento não invasivo

(Elias et al., 2009).

De acordo com estudos realizados por Elias et al. (2009) a ultrassonografia foi

complementar para identificação da neuropatia do nervo ulnar com pacientes com

hanseníase, reforçando o papel deste exame.

Os estudos de condução nervosa, como parte da eletroneuromiografia (ENMG),

também oferecem oportunidade de diagnósticos precisos das lesões compressivas

agudas. Nos estados compressivos sem interrupção da condução nervosa, onde se tem

paresias e não paralisias, o conhecimento da magnitude do distúrbio de condução nos

canais anatômicos fornece dados importantes para orientar a terapêutica clínica ou

(17)

Os primeiros estudos com eletroneuromiografia na hanseníase foram

publicados na década de 70 por Herskovits (1971) e Sena (1976).

A eletroneuromiografia (ENMG) é extremamente útil e muito importante no

estudo de neuropatias periféricas. Em pacientes com hanseníase, esta técnica pode

fornecer informações relevantes para o diagnóstico clínico podendo demonstrar

anormalidades neurofisiológicas em pelo menos

95% dos pacientes, incluindo aqueles da forma indeterminada, considerada não ter

danos nos nervos (DeFaria et al., 1990; Brasil, 1992).

Em estudo realizado por Khadilkar et al. (2009), a eletroneurografia (ENG) é o

recurso mais sensível para diagnóstico do comprometimento motor em hanseníase.

Segundo Jambeiro et al. (2008), a síndrome compressiva resulta do edema

neural associado ao processo inflamatório infeccioso gerado pela invasão bacilar e

reação imunológica. Estes processos combinados ao espessamento do epineuro, que é

inelástico e impermeável, leva a compressão do seu axônio, quando dá passagem pela

goteira epitróclea olecraneana. Sendo assim, tornam-se relevantes estudos

comparativos entre os métodos. A avaliação por ultrassonografia é estudo anatômico

de imagem, a ENG é estudo funcional e qualitativo. Acoplados aos estudos clínicos,

podem melhorar diagnóstico, terapêutica e prognóstico da doença.

Em relação ao exame clínico do nervo, não há um momento preciso para

indicação de intervenção cirúrgica bem como na ENG e US. No entanto, é possível que

US e ENG indiquem o grau de comprometimento com maior precisão.

Esses exames isoladamente podem não definir adequadamente o grau de lesão

(18)

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Estudar o comprometimento do nervo ulnar em indivíduos portadores de

hanseníase multibacilar, comparando ultrassonografia, eletroneurografia e palpação.

2.2 Objetivos específicos

 Avaliar quantitativamente o espessamento e a condução nervosa motora

do nervo ulnar dos participantes do estudo através dos exames de US e

ENG respectivamente.

 Verificar a equitatividade dos resultados obtidos através dos exames de

US , ENG e palpação.

3. MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional.

3.1 Critérios de inclusão

Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hanseníase nas formas

multibacilares, sem estarem em estado reacional da doença, com diagnósticos feitos na

Disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB-UNESP),

adultos, com idade entre 20 a 59 anos, ambos os sexos.

3.2 Critérios de exclusão

Foram excluídos da pesquisa, indivíduos que relataram ter uma ou mais

doenças associadas como diabetes, hipotireoidismo, intoxicação por veneno e

(19)

3.3 - Casuística

Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana de nossa

Instituição, foram estudados 38 nervos ulnares entre 19 pacientes selecionados. Tais

pacientes foram convidados para realização da palpação dos nervos ulnares, exames

ultrassonográficos e eletroneurográficos, após esclarecimento e assinatura do Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo 1).

3.4 – Clínica (CL)

Os indivíduos foram submetidos à palpação do nervo ulnar como avaliação

clínica. A palpação foi feita comprimindo o nervo de encontro à face posterior do

epicôndilo medial com o antebraço em flexão de 90º em relação ao braço. (Martins,

1995). Como apresentado na figura 1

Figura 1- Palpação do nervo ulnar

(20)

Ao realizar a palpação o examinador respondeu individualmente, às

seguintes questões (Baccarelli, 1998):

1) O nervo está ou não espessado?

2) A consistência do nervo é elástica ou rígida?

3) A superfície do nervo é regular ou irregular?

4) Há dor a palpação?

O exame foi realizado pelo mesmo examinador em todos os casos

3.5 - Avaliação ultrassonográfica

Os mesmos indivíduos foram submetidos à ultrassonografia dos cotovelos. Os

exames foram realizados em aparelhos marca Philips HD7 e Siemens Acuson X300,

com sonda multifrequencial de 8 a 13 MHz, própria para exames de estruturas

superficiais, por médicos imaginologistas colaboradores, com obtenção de imagens em

tempo real, em planos diversos, possíveis por essa modalidade. Foi avaliado a área

transversal do nervo ulnar, posterior à fossa cubital acima do sulco do n. ulnar como

ilustram as figuras 2 e 3.

(21)

Figura 3- Imagem ultrassonográfica do nervo ulnar espessado.

Fonte: Departamento de Ultrassonografia FMB- UNESP

3.6 - Avaliação eletroneurográfica (ENG)

O paciente foi colocado na posição sentada, na sala de exames, para estudos de

condução nervosa motora dos nervos ulnares.

Para estudo da condução motora do nervo ulnar foram utilizados eletrodos

captadores, discos rígidos de platina de 7 mm de diâmetro aplicados sobre o ventre do

músculo primeiro interósseo da mão (G1) e base óssea da primeira falange (G2).

Estímulos elétricos supra- máximos aplicados na região distal do antebraço, na face

medial, adjacente ao osso pisiforme (estímulo distal), no terço proximal do antebraço

(estímulo médio) e acima do epicôndilo medial (estímulo proximal), sobre o trajeto do

nervo ulnar.

Nos estudos de condução e motora todos os estímulos elétricos foram pulsos

quadrados de corrente contínua de 0,2 milisegundos (mSeg) de duração. Foram

(22)

passante de 20 a 3000 Hz. Os eletrodos captadores dos estudos de condução motora

foram aplicados com gel condutor, após limpeza da pele com pasta abrasiva.

Todos os estudos ENG foram obtidos em equipamento Nihon-Kohden

Neuropack II de 2 canais.

3.7. Análise estatística

A descrição da casuística quanto às variáveis sexo, estado civil, idade, profissão,

resposta à palpação dos nervos ulnares quanto ao relato de dor e/ou espessamento,

exames dos casos dentro da normalidade e compatibilidade entre os exames clínico,

eletroneurografia e ultrassom foi realizada por meio da estatística descritiva

envolvendo os respectivos gráficos dos resultados (Norman; Streiner, 2008).

Em relação ao estudo de associação entre o diâmetro e a velocidade nos nervos

espessados ou não, utilizou-se a correlação linear de Pearson (Norman; Streiner, 2008),

(23)

4. RESULTADOS

Os resultados obtidos em relação ao sexo se encontram na tabela 1.

Tabela 1 - Distribuição dos participantes de acordo com o sexo

Sexo Frequência Absoluta Frequência Percentual

1 (feminino) 8 42,1

2 (masculino) 11 57,9

Total 19 100,0

Fonte: Ambulatório de dermatologia FMB-UNESP

Observou-se que 57,9% da amostra foi do sexo masculino e 42,1% do sexo

feminino.

Graficamente, esses resultados também estão expressos na figura 4.

Figura 4 - Distribuição dos participantes de acordo com o sexo.

Legenda:

(24)

A faixa azul representada na legenda pelo número um, corresponde à

distribuição de participantes do sexo feminino. A laranja, legenda dois, corresponde

ao sexo masculino. Existe certo equilíbrio quanto ao sexo, com predominância do sexo

masculino, com 57,9% dos participantes como apresentado graficamente na figura 5.

A tabela 2 representa os resultados quanto ao estado civil.

Tabela 2 - Distribuição do estado civil dos participantes

Estado civil Frequência Absoluta Frequência Percentual

Casado 17 89,47

Solteiro 2 10,52

Total 19 100,0

Fonte: Ambulatório de Dermatologia FMB-UNESP

(25)

Graficamente, esses resultados estão expressos na figura 5.

Figura 5 - Distribuição do estado civil dos participantes

Legenda: 1: SOLTEIRO 2: CASADO

A figura 5 representa a distribuição quanto ao estado civil dos participantes. A

faixa azul, representada pelo número um, indica a porcentagem de indivíduos

solteiros, o que corresponde à 10,52%. Houve predominância de indivíduos casados,

89,47%, como representado na figura, cor laranja, legenda dois.

A tabela 3 apresenta as idades dos participantes do estudo, e o percentual de

casos que apresentaram- se alterados em um ou mais dos exames realizados (ENG, US

(26)

Tabela 3 - Distribuição dos participantes de acordo com a idade

IDADE (anos) PACIENTES ALTERADO NORMAL

20- 29 1 (5,26%) 1 (100%) Ø

30- 49 7 (36,84%) 5 (71,42%) 2 (28,51)

≥ 50 11 (57,89%) 10 (90,90%) 1 (9,09%)

TOTAL 19 (100%) 16 (84,21%) 3 (15,78%)

Fonte: Ambulatório de Dermatologia FMB-UNESP

Observa-se na tabela 3 que 16 (84,21%) dos pacientes apresentaram alteração no

nervo ulnar em um ou mais dos exames, sendo que a grande maioria, 10 (90,90%),

pertencia à faixa etária maior ou igual a 50 anos.

(27)

Tabela 4 - Distribuição da profissão dos participantes

Profissão Frequência Absoluta Frequência Percentual

Serviços Gerais 2 10,5

Comerciante 1 5,3

Costureira 2 10,5

Do Lar 3 15,7

Trabalhador rural 3 15,7

Mecânico 1 5,3

Mestre de Obras 1 5,3

Motorista 1 5,3

Ordenhador 1 5,3

Saqueiro 1 5,3

Servente Pedreiro 2 10,5

Vigilante 1 5,3

Total 19 100,0

Observa-se na tabela 4 que as profissões apresentaram-se diversificadas, mas

(28)

4.1 Exames

Dos 30 pacientes selecionados, 11 acabaram informando aparecimento de

diabetes, intoxicação por veneno ou alcoolismo, o que implicou na exclusão dos

mesmos. Assim, foram avaliados 38 nervos ulnares (19 pacientes) quanto à Clínica,

ENG, e US.

Entre os nervos examinados à palpação clínica, dentro dos parâmetros das

técnicas utilizadas, todos se apresentaram de forma regular na região cubital, ou seja,

sem nodulações. Destes, 26 (68,42%) apresentaram consistência elástica à palpação e 12

(31,57%) consistência rígida, utilizando a mesma técnica.

A tabela 5 apresenta o resultado de pacientes que responderam à dor no

momento da palpação do nervo ulnar.

Tabela 5 - Distribuição quanto à palpação dos nervos ulnares dos participantes de acordo com a dor

Dor Frequência Absoluta Frequência Percentual

Não 8 42,1

Sim 11 57,9

Total 19 100,0

(29)

Figura 6 - Distribuição dos participantes quanto à dor na palpação

Legenda:

1: AUSÊNCIA DE DOR 2: PRESENÇA DE DOR

Na figura 6, a cor azul, legenda 1, corresponde ao percentual dos participantes

que não relataram dor no momento da palpação (42%). Houve predominância de dor

(58%), representada pela cor laranja, no momento da palpação independentemente

dos nervos estarem espessados ou não. Entre os 38 nervos palpados, cinco (22,72%)

dos que encontravam-se espessados não relataram dor. No entanto dos que relataram

dor à palpação, três (5,17%) não apresentaram espessamento.

A figura 7 demonstra graficamente a distribuição dos participantes quanto aos

(30)

Figura 7 - Distribuição dos participantes quanto aos resultados dos exames

dentro da normalidade (US, CL e ENG).

Legenda: 1: NORMAIS 2: ALTERADOS

Dos resultados dos exames realizados, nove (23,68%) representado pela cor azul

na figura 8 apresentaram-se normais, sem alteração em nenhum deles. 29 (76,32%) dos

nervos examinados, apresentaram alteração em um ou mais dos exames de US, ENG e

Cl.

A tabela 6 apresenta presença (+) ou ausência (-) de alteração nos exames de

(31)

Tabela 6 - Distribuição de compatibilidade segundo nervos

Nervos Clínica Eletroneurografia Ultrassom

1 + _ _

2 + _ _

3 _ _ _

4 + + +

5 + _ _

6 + _ _

7 + + _

8 _ _ _

(32)

31 32 33 34 35 36 37 38 + + _ _ _ _ + + _ _ + + _ _ + + + + + + _ _ _ +

Nesse estudo comparativo foram utilizados como parâmetros os nervos que

apresentaram medidas iguais ou superior 0,1 cm² de diâmetro ao exame de

ultrassonografia. À ENG, medidas de velocidade de condução inferiores à 50m/s e

quanto à clínica, indivíduos que apresentaram alteração tanto no espessamento quanto

à dor no momento da palpação nervo ulnar.

Mostraram-se compatíveis com as alterações, os exames que apresentaram dois

ou mais sinais positivos (+) correlacionados na tabela 6, sendo a compatibilidade dos

alterados em vermelho (04, 07, 09, 12, 17, 19, 20, 23, 24, 25, 26, 29 33, 34 37 e 38),

representando 42,10%. Os que apresentaram resultados normais nos três exames, estão

expressos na cor azul.

Houve compatibilidade dos exames considerando-se os três parâmetros em 15

(39,47%) dos casos, destes nove (60%) normais (3, 8, 10, 13, 14 ,16, 30, 35 e 36) e seis

(40%) alterados (04, 23, 24, 25, 26 e 38).

A Figura 8 representa graficamente os estados de compatibilidade, entre os

(33)

Figura 8 - Distribuição dos exames quanto à compatibilidade entre os

resultados apresentados.

Legenda:

1: ENG, US e CLÍNICA 2: ENG E US

3: CL E ENG 4: CL E US

Entre os exames que apresentaram alterações, houve compatibilidade plena

quando os resultados se mostraram fora do parâmetro de normalidade estimados para

os exames de ENG, US e Clínica (CL), em seis casos (20,68%), representados na figura

5 pela cor azul, legenda 1.

Os exames de EMG apresentaram compatibilidade de dois casos (6,89%)

quando comparados aos exames de US, representados pela cor laranja, legenda 2.

Clínica e ENG são compatíveis em sete (24,13%) dos exames representado pela

(34)

Três (10,34%) dos exames de ultrassom se mostraram compatíveis com a

clínica representados pela cor amarela, legenda 4.

Os resultados de média e desvio padrão para as variáveis velocidade de

condução e diâmetro segundo nervo ulnar, estão representados na tabela 7.

Tabela 7 - Média e desvio padrão das variáveis segundo nervo

Variável Nervo espessado Valo p

Não Sim

Velocidade

Diâmetro

52,25 (7,10)

0,087 (0,024)

47,11 (8,63) p>0,05

0,126 (0,086) p>0,05

Observa-se na tabela 7, que os exames de velocidade de condução e diâmetro,

nos nervos não espessados ao exame clínico, mostrou correspondência com a

normalidade (50 m/s e 0,08 cm2). Em relação aos nervos espessados observa-se que

também houve correspondência de alteração na velocidade e diâmetro. No entanto,

considerando-se o conjunto dos nervos examinados, a velocidade e o diâmetro dos

nervos não espessados e espessados, observou- se que não houve significância

estatística.

A tabela 8 apresenta a associação linear entre diâmetro e velocidade segundo

(35)

Tabela 8 - Medida de associação linear entre variáveis segundo nervo

espessado de acordo com a ENG (velocidade) e US (diâmetro)

Associação Nervo espessado

Não Sim

Diâmetro x Vel. - 0,378 (p>0,05) -0,140 (p>0,05)

A associação linear entre o diâmetro e a velocidade de condução do cotovelo,

mostrou-se não significativa em nervos não espessados e espessados.

Em ambos os casos, a relação apresentou resultado negativo, mostrando que

nos diâmetros maiores encontravam-se as menores velocidades e vice-versa, porém

essa resposta é mais acentuada nos nervos não espessados.

5. DISCUSSÃO

A opção pelo nervo ulnar para a realização dos exames clínico,

eletroneurografia e ultrassonografia, foi baseado no fato de ser considerado o mais

comumente afetado entre os troncos nervosos que podem ser acometidos na

hanseníase (Jambeiro et al., 2008; Sampaio et al., 2001).

Este tipo de estudo está pautado pela factibilidade do seu desenvolvimento,

tendo como desvantagem a sua suscetibilidade em razão das diferenças entre os

participantes.

Apesar de nos dias atuais não haver discriminação do sexo em relação ao tipo

(36)

esteja mais ligado ao sexo masculino. Assim, o comprometimento neural certamente

estará influenciando a atividade laborativa dos indivíduos.

Como observado na tabela 4, a maioria dos casos no sexo masculino está

relacionada ao tipo de trabalho que depende mais do esforço físico, sendo que 15,7%

era entre trabalhadores rurais. Evidentemente, esse tipo de trabalho exige mais do

indivíduo, sendo muito importante nos casos de acometimento neural.

Em relação ao estado civil, os indivíduos casados, na maioria das vezes

encontram-se na situação de sustento da família, inclusive com a responsabilidade

sobre os filhos. Essa situação predominou consideravelmente, com 89,47% dos casos,

demonstrando a importância do dano neural sob esse aspecto.

A idade média dos participantes foi de 47 anos, sendo a maioria (57,89%), como

apresentado na tabela 3, com idade igual ou superior a 50 anos. Embora nessa faixa

etária, nos dias atuais, considera-se que os indivíduos se encontram em plena

atividade laborativa.

Apesar de alguns autores (Valerio et al., 2004) considerarem que a velocidade

de condução possa estar diminuída após os 50 anos, acreditamos que essas alterações,

no presente estudo, estejam relacionadas à hanseníase pelo fato de haver

correspondência com o exame clínico e ultrassonografia.

Os estudos de eletroneurografia medem a média das velocidades das fibras

mais rápidas, sendo considerado 50m/s o valor de referência em seu limite inferior,

para membros superiores (Garbino, 1997). Dos resultados deste exame, 16 dos 38

(37)

Dos pacientes estudados inicialmente, 11 foram excluídos por diferentes

causas como alcoolismos, diabetes melitus e intoxicação por veneno de lavoura, que são

fatores que podem provocar neuropatia ou polineuropatia, que às vezes pode

interferir com exames relacionados à alteração que ocorreu na hanseníase,

principalmente ao exame de eletroneurografia.

Observou-se que os parâmetros espessamento à palpação e velocidade de

condução diminuída, embora sem significância estatística, apresentaram

compatibilidade com aumento do diâmetro do nervo. Como apresentado na tabela 8, a

associação linear entre velocidade de condução e diâmetro, apresentou resultados

negativos, o que significa que quanto maior o diâmetro do nervo, menor sua

velocidade de condução e vice-versa.

Do ponto de vista ultrassonográfico, em estudo realizado por Frade et al. (2013),

os padrões de diâmetro considerados normais oscilam entre 0,06 e 0,07 cm² de

diâmetro do nervo ulnar na região cubital. No presente estudo, a maior parte dos

exames, 28 dos 38 nervos examinados (73,68%), apresentou ao ultrassom medidas

acima desse valor, sendo que 8 em 28 (28,57%) chegaram a apresentar espessamento

duas vezes ou mais acima do considerado normal.

Em vista disso, no estudo foram utilizadas medidas de diâmetro ≥ 0,1 cm², uma

vez que os resultados não apresentaram compatibilidade quando utilizadas medidas

próximas a 0,06 e 0,07.

Mauad e Mauad (2010) relatam que na literatura não existe nenhum consenso

em relação ao valor da área do nervo cubital do qual o nervo ulnar é considerado

(38)

Nesse sentido, observou-se que quando os valores de US foram próximos do

dobro dos valores de normalidade, houve compatibilidade com os demais.

Assim, cremos que de acordo com esses resultados esses valores de medida são

os que realmente podem corresponder para uma melhor consideração sobre a

terapêutica a ser realizada.

Mais uma vez, discute-se que isoladamente, esses exames podem não

apresentar correspondências e que a somatória dos três poderia induzir à melhores

resultados.

A indicação ou não de cirurgia é uma decisão bastante difícil, inclusive na

dependência da não resposta ao tratamento clínico. A não significância observada

entre os valores relacionados ao exame clínico, eletroneurografia e ultrassom, mostra

que o processo inflamatório é variável de indivíduo para indivíduo, o mesmo

podendo-se dizer da lesão neural. Há aumento da possibilidade cirúrgica quando

todos os padrões mostram correspondência.

6.

CONCLUSÕES

Pelos resultados observados, pode-se concluir que:

1. Pode não haver correspondência entre os parâmetros clínico, eletroneurográfico e ultrassonográfico.

2. Deve-se considerar a correspondência entre os três parâmetros.

(39)

7. REFERÊNCIAS

Araújo MG. Hanseníase no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2003; 36(3):373-82.

Aridon P, Ragonese P, Mazzola MA, Terruso V, Palermo A, D´Amelio M, et al. Leprosy: report of a case with severe peripheral neuropathy. Neurol Sci. 2010; 31:75-7.

Baccarelli R. Estudo do ramo superficial do nervo radial, através do exame clínico pela palpação e anatômico (macro e microscopicamente), em contribuição ao diagnóstico da Hanseníase [tese]. Botucatu: Universidade Estadual Paulista; 1998.

Brasil-Neto JP. Electrophysiologic studies in leprosy. Arq Neuropsiquiatr. 1992; 50(3):313-8.

Castro RNC, Veloso TC, Filho LJS, Coelho LC, Pinto LB, Castro AMNC. Avaliação do grau de incapacidade física de pacientes com hanseníase submetidos ao Dermatology Quality Life Index em Centro de Referências e Unidades Básicas de Saúde de São Luis, MA. Rev Bras Clin Med. 2009; 7:390-2.

Chacha JJ, Sotto MN, Peters L, Lourenço S, Rivitti EA, Melnikov P. Sistema nervoso periférico e pressupostos da agressão neural na hansenísase. An Bras Dermatol. 2009; 84(5):495-500.

Chiuchetta FA, GIiublin ML. Neuropatia hansênica. Relatos de casos e revisão de literatura. Rev Dor. 2010; 11:343-6.

DeFaria CR, Silva IM. Electromiography diagnosis of leprosy. Arq Neuropsiquiatr. 1990; 48(4):403-13.

Elias J Jr, Barbosa MHN, Feltrin LT, Furini RB, Foss NT, Marques W Jr, et al. Role of ulnar nerve sonography in leprosy neuropathy with electrophysiologic correlation. Am Inst Ultrasound Med. 2009; 28:1201-9.

(40)

Freitas MRG, Nascimento OJM, Freitas MR, Hahn MD. Isolated superficial peroneal nerve lesion in pure neural leprosy: case report. Arq Neuropsiquiatr. 2004; 62(2b): 535-9.

Freitas MR, Nascimento OJ, Quaglino EA, Oliveira A, Hahn MD. Small-fiber polyneuropathy in leprosy without skin changes: study of 17 cases. Arq Neuropsiquiatr. 2003; 61(3A):542-6.

Freitas MR, Nascimento OJ, Drago MJ, de Freitas AR, Hahn MD. Ulnar nerve palsy in leprosy without skin changes: biopsy of the superficial branch of the ulnar nerve in the hand. Arq Neuropsiquiatr. 1998; 56(3B):585-94.

Garbino JA. Eletroneuromiografia em hanseníase. In: Durksen F, Virmond M. Cirurgia reparadora e reabilitação em hanseníase. Greville: ALM INternational, 1997. p. 93-104.

Garbino JA, Nery JA, Virmond M, Stump PRN, Baccarelli R, Marques Jr W. Hanseníase: diagnóstico e tratamento da neuropatia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Hansenologia, Academia Brasileira de Neurologia, Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica; 2003.

Garbino JA, Jardim MR, Marques JRW, Antunes SL, Soares CT, Heise CO. et al. Hanseníase neural primária. Proj. Dir. 2011; 01-26.

Gonçalves SD, Sampaio RF, Antunes CMF. Fatores preditivos de incapacidades em pacientes com hanseníase. Rev Saúde Pública. 2009; 43(2):267-74.

Herskovits E, Chamoles N. Neuro-leprosy: value of electromyography. Arq Neuropsiquiatr. 1971; 29(3):337-40.

(41)

Jardim MR, Vital R, Illarramendi X, Antunes SLG, Nery JAC, Sales AM, et al. Ulnar neuropathy as a first sign of HIV infection: A diagnostic chellenge for leprosy endemic countries. Arq Neuropsiquiatr. 2009; 67(3a):726-9.

Khadilkar SV, Benny R, Kasegaonkar PS. Proprioceptive loss in leprous neuropathy: A study of 19. Neurology India. 2008; 56(4):450-5.

Lastória JC, Abreu MAMM. SBD- RESP na busca ativa de casos de hanseníase. An Bras Dermatol. 2011; 86(3): 613-8.

Martins CF. Exame palpatório de nervos periféricos (espessados na hanseníase) e suas vias anatômicas. An Bras Dermatol. 1995;70(3):247-50.

Mauad FF, Mauad FM. Coletânea de tabelas aplicadas em ultrassonografia. Ribeirão Preto: Pyramid Medical Systems; 2010. p. 85.

Mendes PD, Telles C, Parise M, Acioly MA, Plínio D. O papel da cirurgia descompressiva no tratamento da neuropatia em hanseníase. Rev Hosp Univ Pedro Ernesto. 2011; 10:49-56.

Norman GR, Streiner DL. Biostatistics: the bare essentials. 3. ed. St Louis: Mosby Year Book; 2008. p. 393.

Opromolla PA, Laurenti R. Controle da hanseníase no Estado de São Paulo: análise histórica. Rev Saúde Pública. 2011; 45(1):195-203.

(42)

Pereira HLA, Ribeiro SLE, Ciconelli RM, Fernandes ARC. Avaliação por imagem do comprometimento osteoarticular e de nervos periféricos na hanseníase. Rev Bras Reumatol. 2006; 46 Supl 1:30-5.

Pimentel MIF, Borges E, Sarno EM, Nery JAC, Gonçalves RR. O exame neurológico inicial na hanseníase multibacilar: correlação entre a presença de nervos afetados com incapacidades presentes no diagnóstico e com a ocorrência de neurites francas. An Bras Dermatol. 2003; 78(5):561-8.

Polisono centro de diagnóstico [on line]. Campinas, Brasil; 2010. [capturado 13 de out. 2014] disponível em: http//www.polisono.com.br/exames/eletroneuromiografia.asp

Putinatti MSMA, Lastória JC, Padovani CR. Prevention of repeated episodes of type 2 reaction of leprosy with the use of thalidomide 100 mg/day. An Bras Dermatol. 2014; 89(2):266-72.

Ministério da Saúde. Programa de Controle de Hanseníase. Vigilância em saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil. Brasília; 2008. p. 2-12.

Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. 2nd ed. São Paulo: Artes Médicas; 2001. p. 467-88.

Sena PG. Electromyographic and neurological aspects of leprosy. Study of 100 cases. Arq Neuropsiquiatr. 1976; 34(1):1-17.

Soysal A, Atay T, Ozu T, Arpaci B. Electrophysiological evaluation of peripheral and autonomic involvement in leprosy. Can J Neurol Sci. 2004; 31(3):357-62.

Valerio BCO, Nóbrega JAM, Tilbery CP. Condução nervosa em nervos da mão e o fator fisiológico idade. Arq Neuropsiquiatr. 2004; 62(1):114-8.

(43)

ANEXO 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o

Sr.(a)_____________________________________________________________, portador da cédula de

identidade _________________________, após leitura deste documento, devidamente explicado pelos

profissionais em seus mínimos detalhes, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido,

não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO concordando em participar da pesquisa: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE

CLÍNICA, ELETRONEUROGRAFIA E ULTRASSONOGRAFIA DO NERVO ULNAR EM PACIENTES COM HANSENÍASE MULTIBACILAR, sob a responsabilidade de Graziela Ferrarezi da Silva (CREFITO-3 125851-F) que tem por objetivoavaliar o comprometimento de um dos nervos do braço em

pacientes com hanseníase multibacilar, comparando a avaliação clínica com resultados de

eletroneurografia e ultrassom.

Através de seleção de prontuários, os quais tivemos acesso na Faculdade de Medicina de

Botucatu, você será submetido a uma avaliação clínica, na qual realizaremos a palpação do trajeto do

nervo do cotovelo. A seguir, você será submetido ao exame de ultrassom e eletroneurografia. Os

exames não causam dor, apenas um ligeiro desconforto. Os dados coletados ficarão armazenados

podendo ser reutilizados em futuras pesquisas, mediante apresentação ao CEP com um novo TCLE que

será por você assinado. Na divulgação dos dados da pesquisa sua identidade será mantida em sigilo.

Caso você queira apresentar reclamações em relação a sua participação na pesquisa, ou qualquer

dúvida adicional, poderá entrar em contado com o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da

FBM/UNESP, no endereço: Distrito de Rubião Junior- Botucatu- São Paulo, ou pelo telefone:

(14)3880-1609. Fica claro que o sujeito da pesquisa ou seu representante legal pode, a qualquer momento, retirar

seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e deixar de participar desta pesquisa sem

penalização e que todas as informações prestadas serão confidenciais e guardadas por força de sigilo

profissional. Lembrando que não haverá qualquer forma de indenização e/ou ressarcimento.

Este documento após aprovação do CEP será elaborado em 2 vias, sendo uma entregue a você e

outra será mantida em arquivo pelo pesquisador.

Por estarem de acordo assinam o presente termo.

Botucatu, ______ de ___________________ de __________.

________________________________ _________________________________

Assinatura do Sujeito da Pesquisa Assinatura do Pesquisador Responsável

Orientador: Joel Carlos Lastória Pesquisadora: Graziela Ferrarezi da Silva

(44)

ANEXO 2

FICHA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Data: ______/______/______ Dados pessoais

Nome: __________________________________________________sexo:______ Data de nascimento:_______/______/______ idade:

Estado civil:_________________________________________________________ Endereço: ___________________________________________________________ Telefone (s) :_________________________________________________________ Profissão:____________________________________________________________

Diagnóstico clínico:___________________________________________________

Avaliação física do nervo ulnar

MSD MSE

NERVO ESPESSADO Sim

Não

CONSISTÊNCIA DO NERVO Elástica

Rígida

SUPERFÍCIE DO NERVO Regular

Irregular

DOR À PALPAÇÃO Sim

Não

Entrevista

Referências

Documentos relacionados

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

Quadro 26A - Análise comparativa das microrregiões eficientes e ineficientes, segundo o nível médio de alguns indicadores técnicos e econômicos das áreas subcosteiras.

Em que pese a redação do artigo 329, II, do Código de Processo Civil, na verdade veremos que há algumas exceções em que mesmo após o saneamento haverá a possibilidade de

Contudo, não é possível imaginar que essas formas de pensar e agir, tanto a orientada à Sustentabilidade quanto a tradicional cartesiana, se fomentariam nos indivíduos

A teoria do crime como ofensa ao bem jurídico, a despeito da crítica que lhe é dirigida principalmente no âmbito do Nebenstrafrecht, ainda se faz absolutamente indispensável como

Para conhecer os efeitos de um sistema integrado de gestão nas Instituições Federais de Ensino Superior – IFES – sobre a utilização da informação contábil, o Departamento

Sun et al., “Evidence for the complemen- tary and synergistic effects of the three-alkaloid combination regimen containing berberine, hypaconitine and skimmian- ine on the

Portanto, o preço de transferência, pelo valor à vista de mercado, representa um procedimento justo, pois mede a receita e o custo de oportunidade, respectivamente, para quem