UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA ANÁLISE DE CRESCIMENTO VEGETAL*
A . A . L u c c h e s i * *
RESUMO
E s t e t r a b a l h o tem por f i n a l i d a d e f o r n e c e r elementos para a u t i l i z a ç ã o da a n á -l i s e q u a n t i t a t i v a de c r e s c i m e n t o vege¬ t a l , a qual se c o n s t i t u e em um v a l i o s o complemento na a n á l i s e e x p e r i m e n t a l no campo de F i t o t e c n i a , p r i n c i p a l m e n t e em p e s q u i s a s l i g a d a s a p r o d u t i v i d a d e v e g e -t a l .
INTRODUÇÂO
Ao e f e t u a r s e um e x p e r i m e n t o , dependendo dos o b j e -t i v o s a serem a l c a n ç a d o s , a s -t é c n i c a s u -t i l i z a d a s para ob_ t e r - s e os dados e a e s c o l h a dos dados a serem o b t i d o s va_ riam b a s t a n t e .
* Entregue para p u b l i c a ç ã o em 2 7 / 0 9 / 8 * 1 .
Os dados o b t i d o s em experimentos na á r e a de F i t o -t e c n i a , normalmen-te são os r e l a -t i v o s a número, -tamanho e q u a n t i d a d e dos d i f e r e n t e s ó r g ã o s , t e o r e s dos componentes m e t a b ó l i c o s b á s i c o s e produção i n i c i a l , i n t e r m e d i á r i a s e
f i n a l , dos v e g e t a i s que e s t a r i a m sendo a n a l i s a d o s .
Os métodos e t é c n i c a s u t i l i z a d o s vão desde os mais simples a t é u t i l i z a n d o equipamentos os mais s o f i s t i c a d o s p o s s í v e i s , normalmente importados e , consequentemente , mui to o n e r o s o s .
Um método que vem sendo u t i l i z a d o , e que é r e l a t i * -vamente r e c e n t e em nossas c o n d i ç õ e s , é a u t i l i z a ç ã o de a n á l i s e q u a n t i t a t i v a de c r e s c i m e n t o v e g e t a l .
Um v e g e t a l de i n t e r e s s e econômico, como uma p l a n -ta de c u l t i v o anual em c r e s c i m e n t o , a p r e s e n t a d i f e r e n t e s f a s e s . No i n í c i o , como depende de r e s e r v a s c o n t i d a s nas sementes, o c r e s c i m e n t o é l e n t o ; p o s t e r i o r m e n t e , após o desenvolvimento do s i s t e m a r a d i c u l a r e a emergência das f o l h a s , tem um r á p i d o c r e s c i m e n t o a t r a v é s da r e t i r a d a de água e n u t r i e n t e s do s u b s t r a t o onde e s t á e a t r a v é s da sua a t i v i d a d e f o t o s s i n t é t I c a . Após a t i n g i r o tamanho de f i n i t i v o , e n t r a para a f a s e de s e n e s c ê n c i a , que r e s u l t a em um decréscimo no acúmulo de m a t é r i a . s e c a . GREGORY
(1926) c i t a que um v e g e t a l a n u a l , em condições e c o l ó g i c a s adequadas, ocupa, no p e r í o d o t o t a l de c r e s c i m e n t o , em termos de porcentagem, 10 para g e r m i n a r , 6 para e m e r g i r , 51 no grande p e r í o d o de c r e s c i m e n t o , 15 para r e p r o d u ç ã o , 8 na maturação e 10 a t é a c o l h e i t a .
P e l o v i s t o , durante o s e u d e s e n v o l v i m e n t o , o v e g e -t a l ocupa, nas d i f e r e n -t e s f a s e s , d i f e r e n -t e s p e r í o d o s de c r e s c i m e n t o e , consequentemente, s e r i a de fundamental
importância o conhecimento dos e f e i t o s dos d i f e r e n t e s t r a tamentos nas p l a n t a s a serem a n a l i s a d a s , durante o t r a n s
c o r r e r de um determinado e x p e r i m e n t o . ~
-mentos que e s t ã o sendo e f e t u a d o s , v i s t o que e s s e t i p o de a n á l i s e fundamenta-se na medição s e q ü e n c i a l do acúmulo de m a t é r i a o r ç i n i c a , t a n t o em uma ou v á r i a s f a s e s de c r e s c ^ mento, como durante o c i c l o todo da p l a n t a em q u e s t ã o .
A r e f e r i d a a n á l i s e foi i n i c i a l m e n t e d e s e n v o l v i d a p e l o s f i s i o l o g i s t a s v e g e t a i s BLACKMAN ( 1 9 1 9 ) ; BRIGGS e t a l i i (1920) e p o s t e r i o r m e n t e por BLACKMAN ( 1 9 6 8 ) , e é c o n s i d e r a d a i n t e r n a c i o n a l m e n t e como método padrão para o b t e r s e a e s t i m a t i v a da p r o d u t i v i d a d e b i o l ó g i c a das c o -munidades v e g e t a i s (MAGALHÃES, 1979).
TIPOS DE PRODUTIVIDADE
Como foi s a l i e n t a d o , a a n á l i s e q u a n t i t a t i v a de c r e s c i m e n t o v e g e t a l e s t i m a a p r o d u t i v i d a d e b i o l ó g i c a das comunidades v e g e t a i s e para um melhor entendimento dos d i f e r e n t e s c o n c e i t o s r e l a c i o n a d o s com o termo p r o d u t i v i -dade, sao c i t a d o s , a s e g u i r , os p r i n c i p a i s :
P r o d u t i v i d a d e B r u t a : q u a n t i d a d e t o t a l de m a t é r i a or gani ca p r o d u z i d a em um determinado tempo por um n í v e l tro f i c o ( n í v e l a l i m e n t a r ) , i n c l u i n d o a q u a n t i d a d e de matéria degradada p e l o s fenômenos r e s p i r a t ó r i o s . É também deno-minada de f o t o s s í n t e s e t o t a l ou a s s i m i l a ç ã o t o t a l , quan do se t r a t a dos s e r e s a u t õ t r o f o s .
P r o d u t i v i d a d e l í q u i d a : q u a n t i d a d e de m a t é r i a o r g â n i c a p r o d u z i d a em um determinado tempo por um n í v e l t r ó f i c o , e x c l u i n d o o que foi degradado nos fenômenos r e s p i -r a t ó -r i o s . Pa-ra os s e -r e s a u t ó t -r o f o s s e -r i a a f o t o s s í n t e s e a p a r e n t e , ou a f o t o s s í n t e s e l í q u i d a . P o r t a n t o , a l í q u i -da c o r r e s p o n d e r i a ã b r u t a menos a r e s p i r a ç ã o . Com r e l a çao aos v e g e t a i s , é chamada também de p r o d u t i v i d a d e b i o
t a l ) , por unidade de á r e a de s o l o , em um determinado i n -t e r v a l o de -tempo. Mo c a s o de s e r c o n s i d e r a d a só a p a r -t e de i n t e r e s s e econômico, ou s e j a , a armazenada em o r g a o s , como semente, f r u t o , t u b é r c u l o s , f o l h a , c a u l e , r e c e b e r i a o nome de p r o d u t i v i d a d e e c o n ô m i c a , ou a g r í c o l a .
C o n s i d e r a n d o - s e os s e r e s a u t ó t r o f o s c l o r o f i 1 i a n o s , u t i l i z a - s e normalmente o termo p r o d u t i v i d a d e p r i m á r i a pa_ ra os mesmos. P r o d u t i v i d a d e s e c u n d á r i a é a dos r e p r e s e j i t a n t e s dos o u t r o s n í v e i s t r ó f i c o s , os h e t e r ó t r o f o s , ou s e j a m , os consumidores e os d e c o m p ô s i t o r e s .
DAJOZ (1973) compara, a t r a v é s de t r a b a l h o s de R I LEY ( 1 9 5 7 ) , THOMAS e HILL (19*»9)e ODUM ( 1 9 5 7 ) , as p r o d u t i v i d a d e s p r i m á r i a s b r u t a e l í q u i d a e c o n c l u i que em e c o s s i t e m a s n a t u r a i s a r e s p i r a ç ã o corresponde a p r o x i m a d a mente a 50¾ da p r o d u t i v i d a d e b r u t a ; em c o n d i ç õ e s e x p e r i -m e n t a i s , a 38¾; e e-m p l a n t a s no p e r í o d o de c r e s c i -m e n t o , a 12,5¾ da p r o d u t i v i d a d e b r u t a . A média da p r o d u t i v i d a -de b r u t a u t i l i z a d a na r e s p i r a ç ã o é -de 30¾.
Convém, a i n d a , d i f e r e n c i a r d o i s termos muito u t i 1 i zados e que geralmente se confundem: produção e p r o d u t i -v i d a d e . Produção s e r i a o -v a l o r a b s o l u t o d a q u i l o que foi p r o d u z i d o ou f a b r i c a d o , e p r o d u t i v i d a d e s e r i a a r e l a ç ã o da produção com algum p a r â m e t r o , como tempo, á r e a , e t c .
UTILIZAÇÃO EM PESQUISAS
A t u a l m e n t e , muitos s ã o os p e s q u i s a d o r e s que tem u-t i l i z a d o a a n á l i s e q u a n u-t i u-t a u-t i v a cie c r e s c i m e n u-t o nos mais d i v e r s o s e x p e r i m e n t o s com v e g e t a i s . E s s e método a n a l i s a as c o n d i ç õ e s m o r f o - f i s i o l ó g i c a s do v e g e t a l a d i f e r e n t e s
Os elementos necessários na utilização desse neto1 do de análise são o peso da matéria seca e a área foliar respectiva, da planta a ser analBsada, em sucessivas épo cas de amostragem.
0 peso da matéria seca é mais utilizado e é signl-ficativo, pois determina o aumento de material acumulado na formação de um órgão» ou da planta toda» semi levar eim consideração o conteúdo em água. Mb caso de u t i l i z a r o peso fresco, este não é aconselhado, visto que é muito
influenciado pelo conteúdo em água, o qual varia com o teor de umidade ambiental. Para a obtenção do peso da matéria seca exige-se uma estufa de circulação de ar quente até 100°C e uma balança de precisão. Todos os te c i d o s v e g e t a i s são submeta dos a «uma ttempe ratL unira de 70°C a t é peso c o n s t a n t e e posterioirmeimtte são pesados ob t e n «to-se , con«to-sequentemente, o peso da nmatérfia «to-seca do material em e s t u d o .
Ho caso da área f o l i a r , a s u a determinação pode s e r obtida através de diferentes métodos, fadem ser u t i
lizados equipamentos mais sofisticados (células fotoele-tricas) como o Automatic Area Meter ou Portable Area Me-ter; ou através de planímetro; ou ainda em métodos basea dos na comparação do peso de una área conhecida de papel
(ATNAH n? 1) com o peso dos recortes dos perímetros das folhas, desenhados sobre o mesmo papel.
Em diversas pesquisas tem si ido utilizado o método de estimar a área f o l i a r usando um per furador de folhas e tomando amostras dos discos de tecido foliar de área conhecida e relacionando o peso da matéria seca da área conhecida dos discos de tecido f o l i a r com o peso da maté
ria seca do restante da folha (BLACKMAN e WILSON, 1951).
f o l h a s de m i l h o , usando a e q u a ç ã o : 0, 7 5 x comprimento fo l i a r x Largura média f o l i a r . Outros a u t o r e s u t i l i z a r a m métodos da á r e a da seção média da f o l h a , como Y00N ( 1 9 7 1 ) em f o l h a s de c a n a - d e - a ç ú c a r . JOHNSON (1967) e RHOADS e BL00DW0RTH (196*0 u t i l i z a r a m também métodos de a v a l i a ç ã o f o l i a r e s p e c í f i c o s para f o l h a s mais r e c o r t a d a s como as do a l g o d o e i r o .
£ ó b v i o que o método a s e r u t i l i z a d o na d e t e r m i n a -ção da á r e a f o l i a r v a i depender da p r e c i s ã o e x i g i d a na p e s q u i s a , d i s p o n i b i l i d a d e de m a t e r i a l e do t i p o de f o l h a ,
l e v a n d o - s e em conta a forma, a e s p e s s u r a e a d i s t r i b u i ç ã o das d i f e r e n t e s p a r t e s c o n s t i t u i n t e s do t e c i d o f o l i a r .
A t r a v é s da á r e a f o l i a r é p o s s í v e l a q u i l a t a r - s e a e f i c i ê n c i a das f o l h a s da p l a n t a em e s t u d o , na c a p t a ç ã o da e n e r g i a s o l a r , na produção de m a t é r i a o r g â n i c a e na i n f l u ê n c i a sobre o c r e s c i m e n t o e o desenvolvimento da p l a n t a .
CALCULO DOS PARÂMETROS UTILIZADOS MA ANALISE
com-ponentes m o r f o l ó g i c o s , e a TAL, a TCR, a TCFR, a TPriS e a Ec são componentes f i s i o l ó g i c o s de c r e s c i m e n t o vegetal.
í n d i c e da Area F o l i a r ( I A F )
E s t e parâmetro é determinado a t r a v é s da f ó r m u l a : IAF = A F / S , onde
AF = á r e a f o l i a r da p l a n t a , em dm^
S = á r e a de s o l o d i s p o n í v e l á p l a n t a , em dm^. E l e a v a l i a a c a p a c i d a d e ou a v e l o c i d a d e com que as p a r t e s a é r e a s do v e g e t a l ( á r e a f o l i a r ) ocupam a á r e a de s o l o , ou de á g u a , d i s p o n í v e l à q u e l e v e g e t a l . Em deternij_ nadas c i r c u n s t â n c i a s , além das f o l h a s , o u t r a s p a r t e s do v e g e t a l devem também s e r i n t e g r a d a s â á r e a f o l i a r , como p s e u d o - c a u l e s , p e c í o l o s , b r á c t e a s , e t c , os q u a i s também podem p a r t i c i p a r da a t i v i d a d e f o t o s s i n t é t i c a . Um IAF
i g u a l a 5 s i g n i f i c a 5 m^ de á r e a f o l i a r ocupando 1 m^ de s o l o (ou de á g u a , no caso de v e g e t a i s a q u á t i c o s ) .
S a b e s e que o a c r é s c i m o de m a t é r i a seca em uma á rea c u l t i v a d a depende do desenvolvimento de sua á r e a f o -l i a r . As f o -l h a s vão cobrindo pouco a pouco a á r e a d i s p o n í v e l , aumentando gradualmente a capacidade do v e g e t a l em a p r o v e i t a r a e n e r g i a s o l a r .
A i n t e r c e p t a ç ã o da luz por uma s i o e r f í c i e é inf1uen_ c i a d a p e l o seu tamanho, forma ângulo de i n s e r ç ã o e orien_ t a ç ã o a z i m u t a l , s e p a r a ç ã o v e r t i c a l e a r r a n j o h o r i z o n t a l , e p e l a a b s o r ç ã o por e s t r u t u r a s não f o l i a r e s (LOOMIS e W I L L I A M S , 1968; MONSI e S A E K I , 1953; e MONTE I TH, 19ó5;cj^ tados por YOSHIDA, 1 9 7 2 ) . 0 â n g u l o f o l i a r é um parâmetro importante na produção; f o l h a s e r e c t a s são mais e f i c i e n -t e s para a f o -t o s s í n -t e s e máxima, quando o IAF é grande.
f o t o s s í n t é t i c a média por unidade de á r e a f o l i a r d e c r e s c e . À medida, que o IAF aumenta, as f o l h a s i n f e r i o r e s são mais sombreadas e , consequentemente, a taxa f o t o s s i n t é t j _ ca média de toda a á r e a f o l i a r é diminuída.
S a b e - s e que a forma c ô n i c a de p l a n t a induz um maior p o t e n c i a l p r o d u t i v o que a g l o b o s a , pois reduz o autossom breamento. P l a n t a s c u l t i v a d a s possuem suas f o l h a s mais o b l i q u a m e n t e , enquanto que as e s p é c i e s s e l v a g e n s dessas nesmas p l a n t a s as possuem mais na h o r i z o n t a l . 0 a r r o z , c u l t i v a r I R- 8 , é um caso t í p i c o de p l a n t a de a l t o p o t e n -c i a l p r o d u t i v o , p o i s possue suas f o l h a s numa d i s p o s i ç ã o bem e r e c t a . T a l informação mostra que t r a b a l h o s de me-lhoramento nesse s e n t i d o c o n t r i b u i r ã o s e n s i v e l m e n t e para uma maior p r o d u t i v i d a d e das p l a n t a s c u l t i v a d a s . P l a n t a s a s s i m melhoradas recebem o nome de p l a n t a s i d e o t f p i c a s , ou s e j a , i d e a l i z a d a s para desenvolverem a t i v i d a d e f o t o s -s í n t é t i c a -s u p e r i o r , em pequeno e-spaçamento.
Experimentos mostram que e x i s t e m IAF r e l a t i v a m e n t e i d e a i s para determinadas c u l t u r a s , a s s i m o IAF ótimo é de 3 , 2 para s o j a , 5 para o m i l h o , 6 a 8,8 para t r i g o , k a 7 para a r r o z (YOSHIDA, 1 9 7 2 ) .
Informações e x i s t e m sobre t r a b a l h o s com f o r r a g e i r a s (caso de gramíneas) q u e , com o p a s s a r do tempo, o a u t o s -sombreamento t o r n a - s e muito preponderante e , e n t ã o , quan do o IAF e s t e j a em torno de 3 a 5 , c o r t a - s e para a produ ção de f e n o , ou simplesmente c o l o c a - s e os animais para p a s t a r ; nesse e s t á g i o há i n c l u s i v e uma maior p a l a t a b i l i -da de para o gado.
mui-to a l t a s ; em milho o rendimenmui-to em grãos f o i p o s i t i v a n e n t e r e l a c i o n a d o somente a t é a densidade p o p u l a c i o n a l de 4,8 p l a n t a s por metro quadrado.
ALVIM (1975) comenta que devido a exuberância da f l o r e s t a amazônica, e s t a tem r e c e b i d o de alguns a u t o r e s , a denominação de "pulmão do mundo", como se sua produção f o t o s s i n t é t i c a realmente p u r i f i c a s s e o a r ou e n r i q u e c e s se a atmosfera com o x i g ê n i o . A t r a v é s da F i g u r a 1 o b s e r v a s e que a produção de o x i g ê n i o em uma comunidade v e g e -t a l , por s e r conseqüência da f o -t o s s í n -t e s e l í q u i d a , -torna - s e p r a t i c a m e n t e nula quando e s s a comunidade a l c a n ç a o s e u c l i m a x .
Quando se estuda a e v o l u ç ã o em uma sucessão e c o l ó g i c a v e g e t a l , o b s e r v a s e que há um aumento da p r o d u t i v i -dade b r u t a e da r e s p i r a ç ã o , e uma g r a d a t i v a diminuição da p r o d u t i v i d a d e l í q u i d a , a p a r t i r do climax na s u c e s s a o ( F ^ gura l ) . P o r t a n t o , v o l t a n d o ao caso da f l o r e s t a amazônj_ c a , s e houvesse n e c e s s i d a d e de aumentar o teor de o x i g ê -n i o -na a t m o s f e r a , uma s o l u ç ã o s e r i a c o r t a r p a r t e das p l a £
tas das r e g i õ e s em e s t á g i o c l i m a x , para que crescessem no vãmente, v o l t a n d o ao e s t á g i o no qual apresentassem a l t a
i n t e n s i d a d e f o t o s s i n t é t i c a l í q u i d a ou o aumento da b i o -massa.
Taxa de A s s i m i l a ç ã o L í q u i d a (TAL)
Também denominada Taxa de A s s i m P a ç ã o Aparente(TAA); e l a demonstra a s a l t e r a ç õ e s na quantidade de m a t e r i a l or_ g a n i c o formado com a e n e r g i a luminosa r e c e b i d a , em peso de m a t é r i a seca por unidade de á r e a f o l i a r , por unidade de tempo. E o b t i d a a t r a v é s da e q u a ç ã o :
TAL - (P2 " P 1 M 2 - A i ) . (Log e A2 - Log e
A ] / t 2
- t i )?2 '- peso da m a t e r i a seca t o t a l do v e g e t a l c o l h i d o na segunda amostragem;
P-| = peso da m a t é r i a seca t o t a l do v e g e t a l c o l h i d o na p r i m e i r a amostragem:
Log e » logarftmo n e p e r i a n o (Log e = logarftmo d e -cimal m u l t i p l i c a d o por 2,30258);
A2 = á r e a f o l i a r do v e g e t a l no tempo t 2 ; A] = área f o l i a r do v e g e t a l no tempo t\;
t2 e t j = d i a s da segunda e p r i m e i r a amostragens , r e s p e s c t i v ã m e n t e (número de d i a s d e c o r r i d o s en t r e as duas a m o s t r a g e n s ) .
No d e c o r r e r do c r e s c i m e n t o de uma p l a n t a , sua capa_ c i d a d e de produção aumenta (maior IAF) mas a sua TAL di -minue, em v i r t u d e do auto-sombreamento ( F i g u r a 2 ) . A TAL depende dos f a t o r e s a m b i e n t a i s , p r i n c i p a l m e n t e da ra d i a ç ã o s o l a r , mas uma p l a n t a com baixa TAL, não é n e c e s -s a r i a m e n t e uma p l a n t a pouco p r o d u t i v a . 0 c a f e e i r o e o c a c a u e i r o são p l a n t a s com baixa TAL, e l a s possuem baixo ponto de compensação, ou s e j a , com pouca e n e r g i a s o l a r .recebida possuem uma a t i v i d a d e f o t o s s i n t é t i c a muito boa
(ponto de compensação s e r i a a i n t e n s i d a d e luminosa r e c e -b i d a , em aue a f o t o s s f n t e s e "compensa" p e r f e i t a m e n t e a
respi r a ç ã o ) .
Ma F i g u r a 2 o b s e r v a - s e a v a r i a ç ã o da TAL durante a ontogênese do v e g e t a l ( c r e s c i m e n t o e d e s e n v o l v i men t o , d e s de a germinação a t é a s e n e s c ê n c i a ) , observando-se que de v i d o ao auto-sombreamento, a TAL diminui (com o aumento da á r e a f o i i a r ) .
Taxa de Crescimento R e l a t i v o (TCR)
A TCR r e l a c i o n a a q u a n t i d a d e de ma t e r i a o r g â n i c a formada, em r e l a ç ã o ao peso i n i c i a l , e é o b t i d a a t r a v é s
da e q u a ç ã o : _^
TCR = Log
e ?2 ~
Log e P i
/ t 2 ~
t1
»
e m9-9 • d i a "
Os termos dessa equação possuem os mesmos s i g n i f i -cados v i s t o s na equação da Taxa de A s s i m i l a ç ã o L í q u i d a
( T A L ) .
A TCR geralmente diminue ã medida que a p l a n t a c r e s c e , em v i r t u d e , como no caso da TAL, do auto-sombreamenr to das f o l h a s . V a r i e d a d e s mais p r o d u t i v a s , geralmente , são as que crescem mais r a p i d a m e n t e ; v e r i f i c a - s e que p l a n t a s com maior TCR, geralmente são também as que d e -senvolvem mais rapidamente o s e u í n d i c e de Area F o l i a r
( I A F ) . P o r t a n t o , o e f e i t o da TCR e x e r c e maior i n f l u ê n c i a d u r a n t e a f a s e de d e s e n v o l v i m e n t o da á r e a f o l i a r . Quan-do a l c a n ç a um IAF r e l a t i v a m e n t e e l e v a d o , a c o r r e l a ç ã o ejn t r e TCR e a p r o d u t i v i d a d e econômica, se reduz.
Taxa de Crescimento F o l i a r R e l a t i v o (TCFR)
A TCFR, u t i l i z a d a por BUTTERY e BUZZELL ( 1 9 7 0 . a -v a l i a o r e l a t i -v o c r e s c i m e n t o da p l a n t a , em termos de mat é r i a seca formada na p a r mat e a é r e a ( á r e a f o i i a r ) em f u n -ção do peso i n i c i a l . É o b t i d a a t r a v é s da e q u a ç ã o :
TCFR • Loo e A2 - Log e A ] / t 2 ~ t j , em dnr . dm L . d i a Os termos dessa equação possuem os mesmos s i g n i f i -cados v i s t o s na equação da Taxa de A s s i m i l a ç ã o L í q u i d a
Razão ou R e l a ç ã o dc Area F o l i a r (RAF)
A razão de á r e a f o l i a r é c o n c e i t u a d a como o quoc i e n t e e n t r e a s u p e r f í quoc i e f o l i a r e o peso da m a t é r i a s e -ca da p l a n t a .
RAF - A / P , em dm2 . g "1
Esse parâmetro a v a l i a o d e s e n v o l v i m e n t o da á r e a f o l i a r r e l a c i o n a d a c o m o d e s e n v o l v i m e n t o da p l a n t a t o d a . Tal como no caso do í n d i c e de Area F o l i a r ( I A F ) , a RAF é determinada em cada época de amostragem.
Taxa de Produção de M a t é r i a Seca (TPMS)
A Taxa de produção de m a t é r i a seca (TPMS) a v a l i a o c r e s c i m e n t o do v e g e t a l , r e l a c i o n a n d o a q u a n t i d a d e de m a t e r i a l o r g â n i c o acumulado, em função da ã r e a de s o l o d i s p o n í v e l ( S ) , por unidade de tempo'. £ o b t i d a a t r a v é s da e q u a ç ã o :
TPMS » ( P2 - P ^ / S / ( t2 - t j ) , em. g . m "
2 . d i a "1 E um dos parâmetros mais i m p o r t a n t e s , p o i s r e t r a t a incremento de m a t é r i a s e c a , por unidade de á r e a do s o -l o , por unidade de tempo, e n t r e cada duas a m o s t r a g e n s . É a p r o d u t i v i d a d e p r i m á r i a l í q u i d a propriamente d i t a .
Razão ou R e l a ç ã o P a r t e A é r e a / S i s t e m a R a d i c u l a r ( R P A S R )
p a r t e a é r e a no sistema r a d i c u l a r dos v e g e t a i s . A RPASR é o b t i d a a t r a v é s da e q u a ç ã o : RPASR = PSPA / PSSR , onde:
PSPA » peso da m a t é r i a seca da p a r t e a é r e a , em <gra_ mas, e
PSSR = peso da m a t é r i a seca do sistema r a d i c u l a r , também em gramas.
P a r a que o c r e s c i m e n t o t o t a l do v e g e t a l possa s e r e s t i m a d o , o sistema r a d i c u l a r deve s e r c o n s i d e r a d o como
um Importante componente da p l a n t a . G e r a l m e n t e , devido a d i f i c u l d a d e de r e t i r a d a do sistema r a d i c u l a r , essa par_ te da p l a n t a normalmente não é considerada nos c á l c u l o s da a n á l i s e de c r e s c i m e n t o , e consequentemente a RPASR não é ut i 1 i zada.
Esse í n d i c e , determinado em cada época de amostragem, a v a l i a o c r e s c i m e n t o e desenvolvimento das d i f e r e n -tes p a r t e s do v e g e t a l ( p a r t e a é r e a e sistema r a d i c u l a r ) , i n f l u e n c i a d o s p e l o s d i f e r e n t e s tratamentos a que o v e g e -t a l e s -t a r i a sendo subme-tido, É mui-to impor-tan-te quando na pesquisa que e s t á sendo e f e t u a d a , o que mais importa s e r i a a p a r t e a é r e a , ou o sistema r a d i c u l a r ; é o caso de se t r a b a l h a r com h o r t a l i ç a s , de r a í z e s ( b e t e r r a b a , cenoju
r a , e t c ) ou de f o l h a s ( a l f a c e , c o u v e , e t c ) .
E f i c i ê n c i a de Conversão da E n e r g i a ^ o l a r ( E c )
A t r a v é s da a t i v i d a d e f o t o s s i n t é t i c a , p a r t e da ene£ g i a s o l a r é acumulada na p l a n t a e é u t i l i z a d a para o c r e s c i m e n t o . A E c a v a l i a a produção de m a t é r i a o r g â n i c a em unidades de e n e r g i a , c o n s i d e r a n d o - s e que a r a d i a ç ã o so
A E c , também denominada de E f i c i ê n c i a f o t o s s in té tj^ ca ( E F ) , . é uma r e l a ç ã o e n t r e a r a d i a ç ã o f i x a d a p e l o vege t a l e a r a d i a ç ã o i n c i d e n t e no mesmo. É o b t i d a a t r a v é s da equação:
Ec = (TPMS . QE/RS . 0,*»5) . 100, onde
TPMS = taxa de produção de m a t é r i a s e c a , em g . m '2. d "1
QE = quantidade de e n e r g i a c o n t i d a em uma grama de m a t é r i a s e c a . S e r i a o c a l o r de combus-tão de uma grama de m a t é r i a s e c a , que v a r i a de 3,5 a ^ , 8 K o a l . As e s p é c i e s lenhosas atingem em média **,7 e as herbãceas k Kcal por grama ( L I E T H , 1968). Tem s i d o u t i l i z a -do o v a l o r 3,733 ou 3 , 7 Kcal por grama que é um v a l o r médio, de acordo com BERNARD(195$ RS = r a d i a ç ã o s o l a r i n c i d e n t e , por unidade de so
l o , por unidade de tempo, em Kcal m~2.dia~T; e s s e s dados normalmente são tomados em Actj_ n ó g r a f o , c o l o c a d o no l o c a l do e x p e r i m e n t o . 0,^5 = f r a ç ã o da r a d i a ç ã o s o l a r t o t a l , que pode s e r
a p r o v e i t a d a para a r e a l i z a ç ã o de f o t o s s í n t e s e .
Alguns estudos da e f i c i ê n c i a da u t i l i z a ç ã o da r a d i a ç ã o s o l a r mostram que c u l t u r a s convertem l t da r a d i a -ção s o l a r ; MAGALHÃES (1979) c i t a que f e i j o e i r o , c u l t i v a r c a r i o c a , a p r e s e n t o u uma Ec máxima em torno de 2% em c o n -d i ç õ e s -de r a -d i a ç ã o s o l a r mé-dia -de *»50 c a l . c m- 2. d i a " ' . LUC CHESI e MINAMI (1980) t r a b a l h a n d o com f l t o - r e g u l a d o r e s em c u l t i v a r e s de morangueiro, observaram que houve a l t a Ec
(1,2
Um dado i n t e r e s s a n t e é a q u e l e o b t i d o a t r a vés da TPMS x Q E , ou s e j a , a Taxa de produção de matéria* seca m u l t i p l i c a d a p e l a q u a n t i d a d e de e n e r g i a c o n t i d a em uma grama de m a t é r i a seca (em média 3 , 7 ) , p o i s a t r a v é s de
l e obtém-se Kcal de a l i m e n t o p o t e n c i a l , por unidade de s o l o , por unidade de tempo.
CONSIDERAÇÕES F I N A I S
O c o n j u n t o de informações que a a n á l i s e q u a n t i t a t l va de c r e s c i m e n t o v e g e t a l f o r n e c e a quem d e l a se u t i l i -z a r , amplia em muito o conhecimento dos e f e i t o s dos d i f e r e n t e s t r a t a m e n t o s de um determinado experimento conduzi do.
Esse t i p o de a n á l i s e se c o n s t i t u e em mais uma " f e £ ,ramenta" q u e , bem u t i l i z a d a , é um complemento de grande
u t i l i d a d e na a n á l i s e e x p e r i m e n t a l no campo da F i t o t e c n i a . E l a t o r n a - s e muito importante nas pesquisas l i g a d a s a p r o d u t i v i d a d e v e g e t a l , t a n t o em r e l a ç ã o às c a r a c t e r í s t i -cas i n t r í n s e c a s de uma determinada v a r i e d a d e , como na a v a l i a ç ã o das d i f e r e n ç a s i n t e r v a r i e t a i s e i n t e r e s p e c í f i
cas sob a i n f l u ê n c i a dos f a t o r e s a m b i e n t a i s ou de t é c n i -cas c u l t u r a i s .
P a r a e x e m p l i f i c a r melhor, as F i g u r a s 3 e k mostram, a t r a v é s de g r á f i c o s , a f a c i l i d a d e de st i n t e r p r e t a r o que o c o r r e u nas d i f e r e n t e s épocas de amostragens ( F i g u r a
3, com o I A F ) e o que o c o r r e u no p e r í o d o e n t r e as amosu t r a g e n s ( F i g u r a k, c o m a E c % ) . Neste t r a b a l h o , LUCCHESI e MINAMI (198O), estudaram a i n f l u ê n c i a de d i f e r e n t e s fj^
SUMMARY
PRACTICE UTILIZATION OF QUANTITATIVE ANALYSIS OF PLANT GROWTH
The o b j e c t i v e of t h i s work is to determlne elements f o r u t i l i z a t i o n of q u a n t i t a t i v e a n a l y s i s on p l a n t growth, which i s a v a l u a b l e complement o f experimental a n a l y s i s
in crop s c i e n c e , mainly p l a n t p r o d u c t i v i t y r e s e a r c h .
LITERATURA CITADA
ALVIM, P . T . 1 9 7 5 . A g r i c u l t u r a nos t r ó p i c o s úmidos: po-t e n c i a l i d a d e e l i m i po-t a ç õ e s . IICA, OEA, EMBRAPA, Cenpo-tro de P e s q u i s a s do C a c a u , I l h é u s , B a h i a , 11p.
BERNARD, E . A . 1 9 5 6 . Les termes normaux de l ' e q u a t i o n du b i I a n d ' n e r g i e . In: Le determinisme de l'evapora¬ t i o n dans l a n a t u r e . INEAC, S e r i e S c i e n t i f i c n° 68 , p. 64-104.
BLACKMAN, V . H . 1 9 1 9 . The compound i n t e r e s t law and p l a n t growth. Annals o f B o t a n y , 3 3 : 3 5 3 - 3 6 0 .
BLACKMAN, G . E . & G . L . WILSON. 1 9 5 1 . P h y s i o l o g i c a l and
e c o l o g i c a l s t u d i e s i n the a n a l y s i s o f p l a n t e n v i r o n m e n t . Annals o f B o t a n y , 1 5 : 6 3 - 8 4 .
BLACKMAN, G . E . 1968. The a p p l i c a t i o n o f the concepts of
growth to the assessment o f p r o d u c t i v i t y . I n : F u n c t i o n i n g o f t e r r e s t r i a l ecosystems a t t h e primary
p r o d u c t i o n l e v e l . UNESCO, P a r i s , 2 4 3 - 2 5 9 .
BURR, G . O . ; C . E . HARTT; W . H . BRODE ; T. TANIMOTO; H . P . KORTSCHAK; D. TAKAHASHI; F . M . ASHTON & R . E . COLEMAN.
1957. The sugar cane p l a n t s . Annual Review o f P l a n t P h y s i o l o g y , 8:275-308.
BUTTERY. B . R . & R . I . BUZZELL. 1972. Some d i f f e r e n c e s between soybean c u l t i v a r s observed by growth a n a l y s i s . Canadian J . P l a n t . S c i . , 5 2 ( 1 ) : 1 3- 2 0 .
DAJ0Z, R. 1972. E c o l o g i a G e r a l . Tradução de F . M . Guima-r ã e s . E d i t o Guima-r a Vozes L t d a . , P e t Guima-r ó p o l i s e EDUSP, São P a u l o , p . 3 3 5 - 3 8 3 .
FRANCIS, C . A . ; J . N . RUTGER & A . F . E . PALMER. 1969.A r a p i d method f o r p l a n t l e a f a r e a e s t i m a t i o n i n maize (Zea mays L . ) . Crop S c i e n c e 9:537-539.
GREGORY, F . G . 1926. The e f f e c t o f c l i m a t i c c o n d i t i o n s on the growth o f b a r l e y . Annalys o f B o t a n y , 4 0 : 1 - 2 6
JOHSON, R . E . 1967. Comparison o f methods f o r e s t i m a t i n g c o t t o n l e a f a r e a . Agronomy Journal 59:493-494
L I E T H , H. 1968. The measurement o f c a l o r i c v a l u e s of b i o l o g i c a l m a t e r i a l and t h e d e t e r m i n a t i o n o f e c o l o g i -c a l e f f i -c i e n -c y . In: F u n -c t i o n i n g of t e r r e s t r i a l e-cosys¬ terns a t the primary p r o d u c t i o n l e v e l . UNESCO, P a r i s , 233- 2 4 2 .
LUCCHESI, A . A . & K. MlNAMI. 1980. A n á l i s e q u a n t i t a t i v a de c r e s c i m e n t o v e g e t a l em c u l t i v a r e s de moranqueiro ( F r a g a r i a s p p . ) , sob a i n f l u ê n c i a de f i t o - r e g u l a d o r e s de c r e s c i m e n t o . Anais da E . S . A . " L u i z de Queiroz", Pi¬ r a c i c a b a , S P ,
37
:555-593.
RH0ADS, F . M . S M . E . BLOODWORTH. 1964. Area measurement of c o t t o n l e a v e s by a d r y - w e i g h t method. Agronomy J o u r n a l 5 6( 5 ) : 5 2 0 - 5 2 2 .
W I L L I A M S , R . F . 1946. The p h y s i o l o g y o f p l a n t growth w i t h s p e c i a l r e f e r e n c e to the concept of Net a s s i m i l a t i o n r a t e . Annals o f Botany 10:41-72
YOON, C . N . 1 9 7 1 . Growth s t u d i e s on s u g a r c a n e . I . Dry m a t t e r p r o d u c t i o n . The M a l a y s i a n A g r i c . J. 4 0 ( 2 ) : 47-59.