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Dermatologia comparativa.

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Academic year: 2017

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Recebido em 17.05.2004.

Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 07.08.2004.

* Trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (RS) - Brasil

1 Professor Adjunto de Dermatologia da Universidade Federal de Pelotas e do Mestrado de Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas (RS).

©2005byAnais Brasileiros de Dermatologia

Dermatologia comparativa

*

Comparative Dermatology

*

Hiram Larangeira de Almeida Jr

1

Resumo: Demonstra-se o quadro exuberante dos angiofibromas faciais em paciente do sexo masculino, de 32 anos, com esclerose tuberosa, os quais podem ser comparados com amoras. Palavras-chave: Angiofibroma; Dermatoses faciais; Esclerose tuberosa

Abstract:The impressive facial angiofibromas, from a 32 year-old male patient, with the

classical features of tuberous sclerosis, were compared with mulberries. Keywords: Angiofibroma; Facial dermatoses; Tuberous sclerosis

An Bras Dermatol. 2005;80(3):307-8.

Iconografia

307

ANGIOFIBROMAS MORIFORMES

A esclerose tuberosa, pertencente ao grupo das enfermidades neurocutâneas, também é denominada doença de Bourneville, quem primeiro relacionou as lesões cutâneas com o acometimento neurológico.1

O termo epilóia também é utilizado, embora com menos aceitação na literatura anglo-saxã.1

O quadro cutâneo clássico refere-se aos múl-tiplos angiofibromas na face, equivocadamente cha-mados de adenomas sebáceos, cujas localizações preferenciais são os sulcos nasogenianos, regiões malares e mento. Máculas hipomelanóticas em forma de folha, fibromas periungueais e placas fibróticas na região lumbossacra completam o qua-dro dermatológico.1

O defeito genético foi descrito nos gens TSC1 e TSC2, e é possível detectar a mutação responsável em 90% dos casos,2

levando o acometimento do gen TSC2 a quadros clínicos mais severos. O gen TSC1 encontra-se no cromossoma 9 e codifica a hamartina; o TSC2 codifica a tuberina e é localizado no cromossoma 16.3

Essas duas proteínas interagem, de forma ainda não completamente conhecida, sendo supres-sores tumorais;4

a ausência ou disfunção de uma ou de outra leva ao quadro da esclerose tuberosa. Já foi demonstrado que a expressão aumentada dessas pro-teínas inibe a proliferação celular e que animais mutantes, que não as expressam, apresentam encur-tamento do tempo de mitose.4

Da mesma forma, foi

demostrada menor expressão dessas duas proteínas nos pólipos fibroepiteliais, estando provavelmente envolvidas em outras enfermidades com hipertrofia / hiperplasia tecidual.5

Examinou-se um paciente branco, do sexo masculino, de 32 anos, com quadro clínico

(2)

tico da esclerose tuberosa, cujos angiofibromas apa-receram na infância, tendo a localização típica no sulco nasogeniano (Figura 1) e mento (Figura 2), porém bastante exuberantes, adquirindo aspecto moriforme, podendo ser perfeitamente comparados

com os frutos da amoreira (Figura 3). Esse paciente apresentava também convulsões com desenvolvimen-to neuropsicomodesenvolvimen-tor normal, sendo conhecida a falta de paralelismo entre o quadro cutâneo e o neurológi-co,1

como visto nesse paciente.

308 Almeida Jr HL.

FIGURA2: Angiofibromas no mento FIGURA3: Fruto da amoreira (Morus nigra)

An Bras Dermatol. 2005;80(3):307-8.

5. Wu J, Khalil FK, Keehn CA, Saeed S, Morgan MB. Hamartin and tuberin immunohistochemical expression in cutaneous fibroepithelial polyps. J Cutan Pathol. 2004; 31: 383-7.

REFERÊNCIAS

1. Short MP, Adams RD. Neurocutaneous diseases. In: Fitzpatrick T, Eisen AZ, Wolff K, Freedberg IM, Austen KR, editors. Dermatology in general medicine. 4th ed. New York: McGraw-Hill;1993. p. 2249-90.

2. MacCollin M, Kwiatkowski D. Molecular genetic aspects of the phakomatoses: tuberous sclerosis complex and neurofibromatosis 1. Curr Opin Neurol. 2001; 14: 163-9. 3. Narayanan V. Tuberous sclerosis complex: genetics to

pathogenesis. Pediatr Neurol. 2003; 29:404-9.

4. Hodges AK, Li S, Maynard J, Parry L, Braverman R, Cheadle JP, et al. Pathological mutations in TSC1 and TSC2 disrupt the interaction between hamartin and tuberin. Hum Mol Genet. 2001; 10: 2899-905.

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA:

Prof. Dr. Hiram Larangeira de Almeida Jr. Departamento de Medicina Especializada Faculdade de Medicina da UFPEL

Av. Duque de Caxias, 250 96030-002 Pelotas RS

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