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A ordenação do efemero : preceitos elementares em projetos culturais

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(1)

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PeBLICA CADERNOS EBAP

N2 60

OUTUBRO DE 1992

A ORDENAÇÃO DO EFiMERO

Preceitos Elementares em Projetos, Culturais

cadervos EBAP

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CADERNOS EB A P

Publicação da ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PaBLICA da FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS para divulgação, em caráter preliminar, de trabalhos acadêmicos e de consultoria sobre Administração Pública.

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DIRETOR DA EBAP

Armando S. Moreira da Cunha

CHEFE DO DEPT2 DE PESQUISA E PUBLICAÇÕES: Ana Maria Bernardes Goffi Marquesini EDITOR RESPONSAVEL

Deborah Moraes Zouain COMITI EDlTORIÀL

Corpo docente da EBAP EDlTORAçAO:

Grupo Editorial da EBAP

o

texto ora divulgado é de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), sendo permitida a sua reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

Correspondência: CADERNOS EBAP

Praia de Botafogo, 190, .sala 502 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ

CEP 22.253-900

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Estamos atualizando o nosso cadastro para que Voci continue a

recebe~ gratultament€ os CADERNOS EBAP. no endereço de sua preferência.

Caso deseje seguir recebendo a referida publicaçio, solicito o obs~quio de enviar-nos, com a maior brevidad€ poss(vel, os dados abaixo.

O Ed itol"

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I N D I C E

1 - OBJETIVOS

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projeto e o objetivo

Multiprojetos e projetos integrados

2 - TEMPO

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Seqtlência e horizontes

Duração e 1illite

3 - RISCO

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4 - RECURSOS

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Recarsos

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5 - A ORDENAçAO DO EFlMERO

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A ORDENAÇÃO DO EFiMERO: PRBCBU'OS BI· ... CN'tARBS _ PROJB'l'OS CULTURAIS 1

"ermano Roberto Thiry-Chergues

A utilização de técnicas de projetos em iniciativas cultu-rais é, ao mesmo tempo, inadequada e necessária. Inadequada porque nada do que diz respeito à cultura deveria sofrer restrições, constrangimentos ou ordenação. Necessária por-que, na atual configuração dos Estados e das economias, ine-xiste outra forma de atender aos dois propósitos para os quais são formulados os projetos culturais: a obtenção de meios e a gestão de recursos escassos.

Esse paradoxo tornou peculiar ao setor cultural a recorrên-cia de dificuldades de ordem prática. O ensaio a seguir é uma tentativa de esboçar alguns dos elementos dessas difi-culdades e da forma de sua superação.

1 - OBJETIVOS

No prefácio à edição de 1873 de Literature and Dogma(2), Matthew Arnold definiu a cultura como a paixão pela suavidade e pela luz. O relato de projetos culturais e o exame das intenções abandonadas no tempo e nas gavetas,

1 - Este trabalho foi elaborado como aporte ao encontro sobre administração da cultura, a ser realizado em novembro de 1992, em Forth Worth, Texas, EUA

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'---sugerem que a definição de Arnold é uma licença poética, que os responsáveis por projetos culturais preferem a dissensão e a obscuridade.

As fraturas lógicas, a quase impossibilidade de discernir o que pessoas e instituições pretendem, o desconhecimento das técnicas mais elementares de gestão têm condenado ao esque-cimento excelentes idéias, movimentos generosos em favor da cultura. E, no entanto, a regra de ouro na elaboração e na gestão de projetos é, e sempre tem sido, a da ordem, da cla-reza, a da idéia de que um projeto deve corresponder a um, e só a um objetivo transparente e inteligível para todos.

Mas o que seria um objetivo claro e transparente? Antes, o que vem a ser um projeto cultural? São problemas como estes, imediatos, de ordem prática, que pretendemos abordar neste trabalho.

Comecemos com algumas proposições sobre o que constitui um projeto.

Em primeiro lugar, devemos ter claro que um projeto não é um querer difuso, uma vontade de fazer.

São freqüentes, principalmente no campo das artes, propostas do tipo: "o que pretendemos é evidenciar o caráter ...• ", ou, ainda, "temos o projeto de colocar a disposição do pú-blico ••• ". Estas assertivas, ainda que muito bem inten-cionadas, muito articuladas, estão longe de se caracteriza-rem como projetos. São vontades, são intenções, sobre as quais pOde-se ou não constituir um ou vários projetos.

Em um estágio mais avançado, encontramos esquemas do gênero: "começaremos por levantar o número de artesãos ••.• ", ou do tipo: "organizaremos um grande movimento para pressionar as autoridades a ..• ", que, mesmo mais concretos, ainda não são projetos. São apenas ambições articuladas, por vezes

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sas em documentos, mas que estão longe de serem projetos na acepção técnica do termo.

o

PROJETO E o OBJETIVO

o

que é, então, um projeto?

Um projeto é, basicamente, a descrição dos recursos e dos passos necessários para se alcançar um determinado objetivo.

Quando não se informa sobre a origem a quantidade e a quali-dade dos recursos, quando não f icam claras as etapas e a forma de como esses recursos serão aplicados, quando, enfim, o objetivo não é determinado, não é identificável e explicá-vel para qualquer um, pOde-se ter boas intenções, pOde-se ter ambições viáveis, mas não se tem um projeto. Ou, e isto é o mais comum no campo dos projetos culturais, tem-se um projeto incompleto, cujas chances de sucesso são diretamente proporcionais ao grau de precisão alcançado na sua defi-nição.

Pois se difuso, se nebuloso o objetivo, como então será pos-sível determinar os objetivos intermediários, as metas que, somadas, irão viabilizar a iniciativa? E se são vários os objetivos como precisar os recursos necessários?

Isto é simples de se entender. Alvos múltiplos, variados e difusos forçam a segmentação, a aplicação de recursos entre vários objetivos, deixando-os a meio caminho da conclusão. Ou, na impossibilidade de alcançar uma das metas, comprome-tem o esforço global, arrastando para o fracasso o conjunto completo de objetivos.

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Em projetos culturais a ocorrência de objetivos múltiplos tem várias características. Temos, por exemplo, a declaração de objetivos encadeados, do tipo "uma vez conhecido o pú-blico alvo, passaremos a .•.. ". Neste caso, o primeiro seg-mento, conhecer o público alvo, é um objetivo enquanto o se-gundo, "passaremos ... ", é um propósito condicionado ao pri-meiro. Sobre como conhecer o público-alvo podemos traçar um projeto. Sobre o segundo segmento não, pois que teremos que conhecer o resultado do projeto de configuração do pÚblico-alvo para determinarmos o alcance e os recursos necessários

à sua elaboração.

Outra classe de objetivos múltiplos é a de condicionamento simultâneo, do gênero: "enquanto as bandas municipais reali-zam apresentações itinerantes, os músicos farão levanta-mentos sobre o estoque folclórico da região, de sorte que no dia da padroeira seja possível montar um espetáculo em que se combine" .•• etc.

Desde logo, aqui também temos, em primeira instância, dois objetivos: a execução musical e o levantamento do folclore.

À diferença da situação anterior, não são encadeados, vale dizer, um não depende do outro para sua consecução, ainda que dos dois dependa um terceiro objetivo, que é o espetá-culo da festa da padroeira.

O problema fundamental, neste caso, é o da sincronia de me-tas - o levantamento pode demandar muito mais tempo e pre-paro do que simples apresentações - e o da propriedade dos recursos.

Por exemplo, se, como de fato aconteceu em uma progressista região da América Latina, os senhores músicos das briosas bandas forem enérgicos sopradores de tuba que mal saibam ler a pauta, quanto mais registrar ritmo e melodias? Vai-se com o financiamento e a festa da padroeira por água-abaixo. Mais uma vez, o que temos ou bem são dois projetos, um do

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tamento outro da apresentação das bandas - que pode encer-rar-se com uma apresentação no dia da padroeira - ou três projetos, a apresentação vindo a constituir um terceiro

pro-jeto.

MULTIPROJETOS E PROJETOS INTEGRADOS

Claro está que existem situações em que vários objetivos precisam ser cumpridos.

Projetos complexos, seqüenciados ou realizados em paralelo não são freqüentes no campo da cultura, geralmente tão falta de recursos, mas ocorrem. Nestes casos, manda a experiência e a boa disciplina que se constituam programas, isto é, que se aglutinem os projetos, quer sob a forma seqüencial mul-tiprojeto - quer sob a forma de realização simultânea -

pro-jetos integrados.

o

nosso exemplo inicial, de conhecimento do público-alvo, é

tipicamente um caso de multiprojeto. É semelhante à prática de construção de estradas de ferro. Usualmente, uma estrada de ferro é construída de modo a que cada fase seja cumprida por um grupo diferente, dependendo o início de uma etapa da conclusão de outra.

Já o caso das bandas de música está mais próximo de projetos integrados. Projetos integrados são comuns no setor primá-rio, em programas de desenvolvimento rural, quando ativi-dades tão diversas como a eletrificação, a irrigação e, di-gamos, a titulação de terras devem ser concluídas em momen-tos determinados, embora pouco dependam umas das outras para serem desenvolvidas.

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do templo de Abu-Simbel, por exemplo, foi um projeto imenso enquanto o tratamento de um sítio de interesse cultural se-cundário pode implicar em um pequeno programa, em uma série de projetos muito simples, de restauração, de levantamento histórico, de turismo etc.

2 - TEMPO

SEQtltNCIA E HORIZONTE

Examinado o duplo desafio da fixação e da crítica do obje-tivo, vamos nos deter agora sobre o segundo fator em rele-vância para o sucesso de um projeto: o controle da duração, da fixação dos momentos de um modo de organizar cuja princi-pal característica é estar enclausurado no tempo.

Um projeto, à diferença de outras formas de organização do trabalho tem um limite, uma data, em que estará concluído, em que deixará de existir. As organizações em geral, sejam públicas ou da iniciativa privada, operam sobre horizontes temporais, que, como o horizonte físico, nunca são alcança-dos, distanciam-se à medida em que deles nos aproximamos. Os projetos não, os projetos têm, por definição, um limite, um momento para o qual tendem. E este momento único no futuro é determinado a priori, quando da sua elaboração, pela consi-deração dos tempos necessários à conclusão de cada uma das etapas que o irão constituir.

É mediante a limitação do tempo, da duração, que se obje-tiva, que se torna claro e distinto o propósito do projeto, quando a. própria temática, por sua natureza, é difusa e imprecisa.

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de-clare a priori e precisamente a meta final de uma investi-gação, ninguém pretende uma definição do tipo: "nossa in-tenção é a de descobrir a enzima x com tais e tais proprie-dades ... ". Da mesma forma, em muitos projetos da área cul-tural não se pode esperar uma declaração de fim último do projeto. Seria absurda, ilógica uma declaração de que uma investigação poderá resultar neste ou naquele achado ou de que, por exemplo, a reconstituição de um partitura revelará tal peça de estilo completamente desconhecido, etc .. Não, é claro que estas coisas não podem ser conhecidas a priori, isto só se saberá ao término dos trabalhos, da investigação

Como, então, dimensionar o projeto se o objetivo, o objeto para o qual tendem os esforços, não pode ser antecipado? Justamente pela declaração dos seus limites, do tempo e dos recursos que serão colocados à disposição de um esforço, de uma tentativa de alcançar um determinado objetivo. Se conhe-cemos, se declaramos antecipadamente, a duração de um pro-jeto, ainda que não possamos precisar exatamente a qualidade e quantidade de suas metas, temos um ponto de partida para o dimensionamento dos recursos que serão utilizados, uma base para formular a seqüência de atividades e estimar os seus custos.

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DORAçlO E LIMITE

Outra condicionante do tempo é a sucessão de eventos, a ló-gica interna do projeto.

Muito se tem falado e filosofado sobre o tempo. O tempo cul-tural, o tempo psicológico, a duração, etc .. O tempo que li-mita o projeto é mais prosaico. É este que aparece no

reló-gio e no calendário. O projeto é um conjunto-de atividades, de tarefas, ou, se quisermos, de ações, que se dá no tempo. Ações que se lançam sobre o tempo futuro, o tempo por vir

(pro + jetare) para que se encadeiem em momentos precisos, harmônicos, como a dança, como um filme.

As técnicas e saberes acumulados sobre a administração de projetos são de sentido único, quanto mais não seja porque, ao se elaborar um projeto, o que se pretende é atuar prospectivamente, evitar riscos e perdas, eliminar os "se", os "talvez". A ilogicidade, a má definição da seQÜência de eventos, têm o efeito de uma comédia de erros, quando não de opera bufa. Geram perdas: ficou tristemente famoso o caso da igreja que foi destelhada antes que se armasse a necessária cobertura, com o resultado de a chuva ter destruído grande parte do trabalho de restauração.

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3 - RISCO

O RISCO CALCULADO

Ao fixarmos os objetivos, ao estabelecermos com rigor a se-qüência de atividades que o conformam, diminuímos mas não anulamos os riscos do projeto. Aliás, os projetos existem porque existe o risco, o desconhecimento do futuro. Os

pro-jetos nada mais são de que uma tentativa de superar esta in-certeza. Quanto melhor possamos definir o objetivo, a du-ração e os recursos do projeto, menor será o risco envol-vido.

Em empreendimentos comerciais, a análise de risco reduz-se, geralmente, à determinação das condições de possibilidade do retorno do capital envolvido. Isto é verdade também para uma gama significativa de projetos na área cultural, e não só na área de cultura de massa. Espetáculos de música, o cinema comercial, alguns segmentos do teatro, da dança, das artes plásticas são um "bom risco", têm uma forte possibilidade de retorno e multiplicação do capital. Há até quem defenda, não sem razão, que esta classe de projetos não deveria receber apoio oficial; são indústrias, são negócios.

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Mas esta é uma preocupação que transcende o campo da elabo-ração e análise dos projetos. A validação dos objetivos, a apreciação do valor e relevância dos objetivos, está fora e acima do campo de estudo de projetos. A nenhum adminis-trador, a nenhum burocrata pOde-se exigir que esteja apto a um julgamento de valor sobre o escopo de um projeto cultu-ral. Esta avaliação é própria do campo da política cultural

(se e quando há uma política cultural, o que já é outra dis-cussão) .

Inexistindo a possibilidade de mensuração do retorno finan-ceiro, é desejável, é imperativo, que se exponha claramente as despesas envolvidas.

São raros os controllers com senso estético suficiente para apreciarem as assimetrias, o sublime de um projeto conduzido pela emoção. Mas sempre haverá os simpáticos a uma estrutura de custos equilibrada e razoavelmente dimensionada. Em em-preendimentos culturais tem sido útil e fecunda a idéia - a astúcia - de solicitar ajuda diretamente aos especialistas em finanças das instituições patrocinadoras e de obedecer, na medida que possível, à sua ordenação financeira, a seu plano de contas.

RISCO NÃO FINANCEIRO

Para além do aspecto financeiro, o risco dos projetos cultu-rais é inversamente proporcional ao rigor na sua formulação e à capacidade gerencial dos órgãos e pessoas envolvidas.

A incidência de instituições sem base real de operações e de pessoas intelectualmente brilhantes mas sem a mínima con-dição gerencial é particularmente notável no campo da admi-nistração da cultura. Mais do que o dinheiro a fundo per-dido, o que afasta os financiadores, os investidores em

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tura, é o disparate, o descompromisso com resultados, com qualquer resultado.

Quem investe em cultura, seja uma empresa, um particular, o Estado ou uma associação quer (e com todo o direito) saber em que e em quem está investindo. O Estado, sujeito que é a pressões políticas, ideológicas e à dissolução de responsa-bilidades foi - tem sido - o grande incentivador do volunta-rismo desorientado em administração cultural. Mas, em face da recessão mundial, está deixando de ser. Com isto talvez se resolva uma das vertentes da "crise da cultura" que, na verdade, é a crise do dinheiro irresponsável. Gostemos ou não, este é um fato do campo cultural: para sobreviver é

preciso tecnificar, tornar transparentes os processos e os riscos envolvidos.

Infelizmente a solução conservadora é a única encontrada para atenuar este tipo de risco, de probabilidade de insu-cesso em projetos culturais. Conservadorismo que se expressa pela prioridade dada a pessoas e instituições com um histó-rico administrativo, um passado gerencial confiável. Aos iniciantes, às novas organizações, reservam-se os projetos de pequena envergadura, de baixo investimento. Como para to-das as áreas, inclusive a empresarial, em cultura não se pode assumir riscos com recursos escassos.

4 - RECURSOS

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RECURSOS HUMANOS

Comecemos por considerar os recursos humanos.

Da mesma forma que estudamos a gestão dos materiais de sorte a evitar a formação de estoques ou a sua deterioração, e que mantemos o dinheiro aplicado no mercado financeiro até o mo-mento de gastá-lo, os recursos humanos devem ser utilizados a tempo e hora precisos.

Ao contrário do que propõe grande parte dos projetos cul-turais, ninguém deve ser funcionário de um projeto, a menos que sua tarefa seja constante, permanente, ao longo de toda a seqüência de eventos, o que é exceção, e não a regra, em projetos de qualquer gênero.

A correta seleção das especialidades, no nivel e medida requeridos pelas dificuldades a serem enfrentadas, é outro ponto em que fraquejam as atividades na área cultural. A aplicação de técnicas de recrutamento e seleção de pessoal tem-se demonstrando útil em projetos de maior envergadura. O treinamento e desenvolvimento de recursos humanos no âmbito dos projetos, à exceção de projetos de longo prazo ou quando utilizados como instrumento de seleção, são práticas usuais mas de resultados duvidosos, na medida em que as pessoas a serem treinadas são uma esperança, uma promessa e um risco, não um recurso liquido e certo.

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Pode parecer irrealismo, mas, para que as coisas andem de acordo com o previsto, são os recursos humanos que devem es-tar ajustados ao projeto e não o contrário.

RECURSOS MATERIAIS

No campo patrimonial e dos equipamentos, são outras as difi-culdades.

A criatividade dos responsáveis por projetos culturais as-sume estranha tendência ao delírio quando se trata dos bens materiais e de sua disponibilidade. E, no entanto, de todos os elementos que constituem o projeto, o capital tangível, os meios físicos, são os que menos podem ser improvisados. Diferentemente das colaborações gratuitas ou do dinheiro economizado, se o palco é pequeno, a ferramenta errada, o monumento ruiu, dificilmente há como se recuperar o projeto. Nem o maior dos mágicos tiraria coelhos da cartola se eles não estivessem lá.

A gestão patrimonial apresenta uma série de armadilhas. Além das filigranas legais, que sempre envolvem transações com bens, existem as leis específicas - mas nunca claras - sobre o patrimônio cultural. De sorte que as despesas com assesso-ramento jurídico têm se provado de todo justificáveis na ga-rantia de uso e de posse de bens culturais.

Mesmo porque com freqüência estes bens não são exatamente o que se esperava ou, em sendo, não estão disponíveis. Promes-sas, contratos com vícios jurídicos, compromissos de pOlíti-cos não são uma base confiável e, certamente, não resistem à

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políticos como os desígnios divinos e as nuvens do céu -são insondáveis, e que, se a fantasia e o pensamento mágico podem fazer aparecer e desaparecer coisas, o que garante os bens tangíveis são as normas, os contratos.

RECURSOS FINANCEIROS

A modesta intenção deste trabalho não nos permite estender o exame dos problemas de gestão de recursos f inanceiros em projetos culturais. De ordinário, são práticas curiosas que, se atormentam as pessoas de sensibilidade, deixam perplexos os especialistas em finanças.

Lembremos, tão somente, de duas circunstâncias que se repe-tem com frequência no diálogo de surdos em que não raro se transformam as relações entre os responsáveis pela condução dos projetos e as instituições que ~hes dão suporte.

A primeira é de que os demonstrativos financeiros não são peças de imaginação - muito pelo contrário - e devem limi-tar-se à instrumentalidade palmar para a qual foram criados: relatar aonde esteve, está e estará o dinheiro. A linguagem do dinheiro é simples, precisa e universal. Desrespeitar os cânones, a liturgia das rubricas, dos estornos, dos débitos é como produzir um texto só de neologismos: pode ser inte-ressante, mas ninguém irá entender nada.

o

segundo ponto tem a ver com a lógica e com o recato.

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desde que legalmente, para e com o projeto. Ou bem o projeto cultural vale o que custa socialmente e, neste caso, de uma forma ou de outra, a sociedade pagará por ele, ou, então, nada o justificará.

5 - A OODENAÇÃO DO EFÊMERO

Assinalemos, por fim, que se alguma conclusão podemos ex-trair da mal documentada experiência em administração de projetos culturais é a de que nem a erudição nem o domínio técnico-administrativo são garantias de êxito. Como os tons separados que formam os acordes, o equilíbrio entre as duas vertentes, entre o agir e os saberes, parece ser o segredo, a chave dos projetos bem sucedidos.

E é do lado das pessoas de cultura e sensibilidade que se deve exigir maior compreensão, tolerância. Afinal, os crono-gramas, o dimensionamento quantitativo e qualitativo da ad-ministração, mais do que acerbos limites entre os quais são gerados e vivem sua existência os projetos, são a expressão de uma ordem de pensamento, de uma forma de proceder que, ela também, é um legado da civilização ocidental.

Embora possa parecer estranho, há uma lógica, uma harmonia e uma poética em sua estrutura. O projeto é a forma de organi-zação do efêmero, da instituição que assoma para viver seu momento - as vezes trágico - para mudar os rumos dos aconte-cimentos, produzir ou reproduzir a ação humana e desaparecer para sempre.

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micro-lá

cosmo particular. Tem suas exigências, suas peculiaridades.

É uma construção em que pouco cabe ser normatizado, quase nada pode ser transferido de uma experiência a outra.

Por isso preferimos aqui deixar de lado os esquemas técnicos de gestão, os cálculos de taxas de retorno, as mensurações, para nos concentrarmos na vivência comum, em pontos críticos que se repetem em projetos culturais das mais variadas natu-rezas.

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HERMANO ROBERTO THIRY-CHERQUES

- Na Fundação Getulio Vargas:

- Chefe do Departamento de Consultoria Técnica - EBAP/FGV. - Coordenador Geral dos Cursos de Administração de Empresas

- Rio de Janeiro

- Professor do Mestrado em Administração Pública - EBAP; professor e coordenador de projetos desde 1974.

- Consultor de empresas, organizações governamentais e agências internacionais

- Administrador (FGV), mestre em filosofia e sociedade, estudos complementares no Brasil e na Alemanha.

- Areas de interesse: a~nistração estratégica;

produtividade a~nistrativa; ética das oqanizações; fODlação e desenvolv~to de pessoal; gestão de projetos. Principais atividades de estudo e pesquisa 1991/1992:

RADálise .al.ticriterial Da avaliação de recursos bllWlnos R,

RAdainistração da sobrevivência R, RSObre a produti viclade

~nistrativa· (Publicações e Conferências); REtica das

organizações e dos negócios·, ·ADdJ.toria de produtividade· (Cursos e conferências).

- Outras atividades de estudo e pesquisa: REvolução recente e

situação atual das estratégias de organização·

(Seminários); Rcontr~ção ao plano de estabilização da

República da GuiDé Bissau· (Projeto); ·Adw1nlstração

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Série Cadernos EBAP

01. FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR P~BLICO: ALTERNATIVAS EM

DEBATE - 1980

Bianor Scelza Cavalcanti

02. EM BUSCA DE NOVOS CAMINHOS PARA A TEORIA DE ORGANIZAÇÃO

-1990

Anna Maria Campos

03. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GERENCIAL: INFERtNCIA

SOBRE A EXPERIÊNCIA DAS EMPRESAS ESTATAIS NO BRASIL

-1980

Paulo Roberto Motta

04. ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS - 1980

Luciano Zajdsznajder

05. A INTERVENCÃO ESTATAL NO SETOR SA~E: UMA CONTRIBUIÇÃO

PARA A PESQUISA "GASTO P~BLICO EM SA~E" - 1980

Equipe PROASA

06. EDUCAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO P~BLICA: RETROSPECTIVA E

PERSPECTIVA DA EXPERIÊNCIA NORTE-AMERICANA E REFLEXÕES

SOBRE O CASO BRASILEIRO - 1980

(26)

Hector Atilio Possiese

08. A PROPOSTA DE PARTICIPAÇÃO NA TEORIA GERENCIAL: A

PARTICIPAÇÃO INDIRETA - 1981

Paulo Roberto Motta

09. PARTICIPAÇÃO NA GERtNCIA: UMA PERSPECTIVA COMPARADA

1981

Paulo Roberto Motta

10. O RITUAL DA DESBUROCRATIZAÇÃO:

DRAMATICOS E REPRESENTAÇÕES - 1981

Maria Eliana Labra

11. ASSISTtNCIA MEDICO-HOSPITALAR

SEUS

DO

PREVIDENCIARIO BRASILEIRO ATRAV!S DE

CONTRATADOS - 1981

Valéria de Souza

12. MINHA DIVIDA A LORD KEYNES - 1982

Alberto Guerreiro Ramos

CONTEXTOS

SISTEMA

SERVIÇOS

13. UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO POLO NOROESTE - 1982

(27)

14. REPARTINDO TAREFAS E RESPONSABILIDADES NAS ORGANIZAÇÕES:

ALGUNS DILEMAS ENFRENTADOS PELA GERÊNCIA - 1982

Anna Maria Campos

15. AS DISFUNÇÕES DO PROGRAMA NACIONAL DO ALCOOL EM

DECORRÊNCIA DA EXCESSIVA ÊNFASE NA CANA-DE-AÇ~CAR

1982

Fátima Bayma de Oliveira

16. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE SA~E: A VISÃO DE UM

SANITARISTA - 1982

Franz Ru11i Costa

17. O "JEITINHO" BRASILEIRO COMO UM RECURSO DE PODER - 1982

Clovis Abreu Vieira

Frederico Lustosa da Costa

Lázaro Oliveira Barbosa

18. FINSOCIAL: ANALISE DE UMA POLITICA GOVERNAMENTAL - 1983

Paulo Emílio Matos Martins

19. AVALIAÇÃO DE EMPRESAS P~BLICAS EM PAISES EM

DESENVOLVIMENTO: A PERSPECTIVA SOCIAL - 1983

Paulo Roberto Motta

20. REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE TECNIFICAÇÃO DA MEDICINA

(28)

ANALISE ADMINISTRATIVA - 1983 Paulo Roberto Motta

22. O SINDICALISMO NO GOVERNO DE GETcrLIO VARGAS - 1983 Lucival José Siqueira Costa

23. PLANEJAMENTO, PESQUISA E APRENDIZAGEM - 1983 Luciano Zajdsznajder

24. A INFORMAÇÃO DO SETOR P~BLICO COMO FORMA DE OBTENÇÃO DE GANHOS SUBSTANCIAIS DE PRODUTIVIDADE - 1983

José Osmir Fiorelli

25. ANALISE DA ESTRUTURA FORMAL DAS ORGANIZAÇÕES: CONSIDERAÇÕES PRATICAS - 1983

Armando Bergamini de Abreu

26. ALGUNS IMPACTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DA AUTOMAÇÃO NO SETOR BANCARIO - 1983

Samuel Levy

27. O PROGRAMA DE ESTUDOS PROSPECTIVOS SOBRE O IMPACTO SOCIAL DA TECNOLOGIA. UMA PROPOSTA INSTITUCIONAL - 1983

Samuel Levy

(29)

APRENDIZAGEM - 1983

Anna Maria Campos

29. INVESTIGAÇÕES DE CIÊNCIAS SOCIAIS EM SAODE NO BRASIL

-1984

Sonia Maria F1eury Teixeira

30. A PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO

ADMINISTRAÇÃO P~BLICA - 1984

Luis Carvalheira de Mendonça

NAS DECISÕES DA

31. ATENÇÃO PRIMARIA A SAODE - RETROCESSO OU NOVOS RUMOS

PARA A MODERNIZAÇÃO DO SERVIÇO? - 1984

Gleisi Heisler Neves

32. FAMERJ VERSUS BNH: UM ESTUDO DE CASO SOBRE MOVIMENTOS

SOCIAIS URBANOS - 1985

Araci Machado Silvia Porto

Sylvia Constant Vergara

33. A RELAÇÃO ESTADO E TRABALHADORES URBANOS NO BRASIL

1985

Carlos E. Rodriguez Lõpez

Carmem Lúcia L. Veloso de Castro Maria Elide Bortoletto

(30)

José Martins da Silva

35. ADMINISTRAÇÃO DA POLITICA INDUSTRIAL

(RELATORIO FINAL) - 1987

Bianor Scelza Cavalcanti Jorge Vianna Monteiro José Cezar Castanhar

NO BRASIL

36. MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: PROPOSTAS ALTERNATIVAS PARA

O ESTADO LATINO-AMERICANO - 1987

Paulo Roberto Motta

37. RAZÃO E INTUIÇÃO: RECUPERANDO O ILOGICO NA TEORIA DA

DECISÃO GERENCIAL - JUNHO, 1988

Paulo Roberto Motta

38. PARTICIPAÇÃO DIRETA DO EMPREGADO NO PROCESSO DECISORIO

E NIVEL DE PRODUTIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES - JULHO, 1988

Ethel Valéria de Oliveira Raiser

39. IMPACTOS DA RACIONALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA NA CONCESSÃO

DE BENEFICIOS PREVIDENCIARIOS - OUTUBRO, 1988

Maria Eliana Labra

Lenaura de Vasconcellos C. Lobato

40. EM BUSCA DE UM MODELO INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E

(31)

José Eduardo Coelho Messeder

41. AS ORGANIZAÇÕES E O FUTURO: OS ELEMENTOS UTOPICOS DEZEMBRO, 1988

Gabriel Antonio Atalia

42. IMPLICAÇÕES DO CONCEITO DE AUTOGESTÃO DA PERESTROlKA DE GORBACHEV - ABRIL, 1989

Eneida Santos Correia Lima

43. DOMINAÇÃO BURGUESA NO BRASIL: VARIAÇÕES SOBRE O TEMA DE ESTADO E SOCIEDADE - MAIO, 1989

Rezilda Rodrigues Oliveira

Ricardina Maria Menezes dos Santos

44. GERtNCIA DE IDEIAS NOVAS COMO DESPERTAR A

CRIATIVIDADE E VENCER A IMPOTtNCIA DO DESEJO INOVACIONAL - JUNHO, 1989

Paulo Roberto Motta

45. RECURSOS HUMANOS NA ADMINISTRAÇÃO P~LICA MUNICIPAL: MODELO GERENCIAL NA AREA DO BEM-ESTAR EM SÃO PAULO OUTUBRO, 1989

Maria Cecília Pimentel Borto1etto

(32)

47. ESTUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO DO SIDERORGICO - SETEMBRO, 1989

Istvan Karoly Kasznar

SETOR

48. ANALISE DE POLITICA URBANA - O CASO DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO - DEZEMBRO, 1989

Carlos A. de Souza Ribeiro Heliana Marinho da Silva Mercy Escalante Ludena Silvano José da Silva

49. GESTÃO POBLICA INTEGRADA: IMPLICAÇÕES PARA A FORMULAÇÃO DE TEORIAS. MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ENSINO DA ADMINISTRAÇÃO POBLICA - MARÇO, 1990

Bianor Scelza Cavalcanti

50. ADMINISTRANDO A SOBREVIVeNCIA: INDICADORES DE DECLINIO E ESTRATEGIAS DE REVITALIZAÇÃO ORGANIZACIONAL EM AMBIENTE ADVERSO - ABRIL, 1990

Hermano R. Thiry-Cherques

(33)

52. TIPOS DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO - JUNHO, 1990

Sylvia Constant Vergara

53. MUDANÇA ORGANIZACIONAL NO SETOR P~BLICO - JULHO, 1990

Bianor Scelza Cavalcanti

Frederico José Lustosa da Costa

54. 100 DIAS DO GOVERNO COLLOR: AVAL I AçAo DA

ADMINISTRATIVA - AGOSTO, 1990

José Cezar Castanhar

REFORMA

55. IMPACTO DAS NOVAS POLITICAS GOVERNAMENTAIS NA IMAGEM DO

GOVERNO - SETEMBRO, 1990

Rossi Algusta Alves Corrêa Ana Maria B. Goffi Marquesini

56. PRINCIPAIS TRANSFORMAÇÕES POR QUE TEM PASSADO A

ORGANIZAÇÃO GOVERNAMENTAL BRASILEIRA, A PARTIR DA

DECADA DE 30, EM CONSEQUtNCIA DO MODELO DE

DESENVOLVIMENTO E DAS POLITICAS P~BLICAS ADOTADAS PELO

PAIS - OUTUBRO, 1990

Angela Maria Carneiro de Carvalho

57. A GUERRA SEM FIM: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

SETEMBRO, 1991

(34)

Luciano Zajdsznajder

59. A POLITICA INDUSTRIAL E DE COMERCIO EXTERIOR DO GOVERNO COLLOR - JULHO, 1992.

Célia Maria Franco dos Santos Cláudio Roberto Marques Gurgel Flávio Murilo Oliveira Gouvêa Renato Cesar MOller

Sonia Lizabeth G. Fernández

000058513

(35)

N.Cbam. PIEBAP CE 60

Autor: Thiry-Cherques, Hermano R.

Título: A ordenação do efemero : preceitos elementares

058513

Referências

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