• Nenhum resultado encontrado

Escolhas metodológicas em estudos organizacionais.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Escolhas metodológicas em estudos organizacionais."

Copied!
15
0
0

Texto

(1)
(2)

E

SCOLHAS

M

ETODOLÓGICAS

EM

E

STUDOS

O

RGANIZACIONAIS

Sy l v i a Co n st a n t V e r g a r a * Al k e t a P e ci * *

R

ESUMO

ár ios pesqu isador es t êm se v olt ado par a est u dos or gan izacion ais, pr iv ilegian do t e-m as coe-m o n acion alid ad e d os au t or es r ef er en ciad os, o j eit o b r asileir o d e p u b licar , assu n t o, en foqu e pr edom in an t e, m ét odos de pesqu isa. O pr esen t e est u do in ser e- se n o escopo dest es ú lt im os, in st igado pelas segu in t es qu est ões: Qu e m et odologia t em sido pr iv ilegiada em est u dos or gan izacion ais de au t or es br asileir os e est r an geir os? Hav er á en t r e eles algu m a dif er en ciação? Par a obt er - lh es a r espost a f or am an alisados 1 9 4 ar t igos pu blicados n os an os 2 0 0 0 e 2 0 0 1 em t r ês r ev ist as est r an geir as e t r ês br asileir as, t odas desfr ut ando de gr ande r eput ação: Or ganizat ion St udies, Adm inist r at iv e Science Quar t er ly , Acad em y of Man agem en t Jou r n al, Rev ist a de Adm in ist r ação de Em pr esas, Rev ist a de Ad-m in ist r ação da USP e Rev ist a de AdAd-m in ist r ação Pú blica. Os r esu lt ados da pesqu isa Ad-m os-t ram que, em bora o percenos-t ual não sej a alos-t o, os m éos-t odos os-t radicionais de orienos-t ação posios-t ivisos-t a ain da pr ev alecem em est u dos or gan izacion ais. Os r esu lt ados in st igar am r ef lex ões sobr e su as possív eis cau sas, bem com o a apr esen t ação de m et odologias dif er en t es en con t r adas n os ar t igos an alisados.

A

BSTRACT

iffer en t r esear ch er s h av e been st u died issu es r elat ed t o or gan izat ion al st u dies lik e au t h or ’s n at ion alit y , Br azilian w ay of p u b lish in g , p r ed om in an t t op ics an d in sig h t s, and r esear ch m et hods. This st udy aim s cont r ibut ing t o t his set of issues, invest igat ing: Wh at t y pe of m et h odology h as been pr iv ileged in Br azilian an d for eign au t h or s’ or ganizat ional st udies? Would t hey pr esent any differ ences? 1 9 4 ar t icles published in w ell-k n ow n j ou r n als, liell-k e Or gan izat ion St u dies, Adm in ist r at iv e Scien ce Qu ar t er ly , Academ y of Managem ent Jour nal, Rev ist a de Adm in ist r ação de Em pr esas, Rev ist a de Adm in ist r ação da

USP e Rev ist a de Adm in ist r ação Pú blica, w it hin t he 2000- 2001 per iod, w er e analy zed. The

r esult s show t hat t r adit ional m et hods of posit iv ist ic or ient at ion cont inue t o pr edom inat e in or ganizat ional st udies, alt hough differ ences ex ist w it hin t he j our nals and based on t heir or igins. The r esult s inst igat ed r eflect ions r elat ed t o t heir possible causes, as w ell as t he pr esen t at ion of differ en t m et h odologies fou n ded in t h e r esear ch ed ar t icles.

* Profª Tit ular da EBAPE/ FGV * * Pr ofª Assist ent e da EBAPE/ FGV

V

(3)

I

NTRODUÇÃO

st u d os or g an izacion ais v êm sen d o f oco d e v ár ios p esq u isad or es, p r iv ileg ian -do t em as dif er en cia-dos. Mach a-do- da- Silv a e ou t r os ( 1 9 9 0 ) , por ex em plo, le-v an t ar am o assu n t o d as p r i n ci p ai s p u b l i caçõ es, co n cl u i n d o q u e o en f o q u e pr escr it iv o, por t an t o, fu n cion alist a, pr edom in a; Ber t er o, Caldas e Wood Jr . ( 1 9 9 9 ) t am bém iden t ificar am com o fu n cion alist a a pr odu ção cien t ífica br asileir a; Ber t er o e Kein er t ( 1 9 9 4 ) lev an t ar am a p r od u ção en t r e 1 9 6 1 e 1 9 9 3 p ar a con clu ir q u e os est u d os est ão associad os a m od elos am er ican os; Ver g ar a e Car v alh o Jr . ( 1 9 9 5 ) e Ver g ar a e Pin t o ( 2 0 0 0 ) , d ed icar am - se a lev an t ar a n acion alid ad e d os au t or es r ef er en ciad os p or p esq u isad or es b r asileir os n o p er íod o com p r een d id o en t r e 1 9 8 9 e 1 9 9 8 par a con clu ír em qu e h á h egem on ia am er ican a; Hem ais e Ver -gar a ( 2 0 0 1 ) bu scar am iden t if icar o j eit o br asileir o de pu blicar e con clu ír am qu e br asileir os t en dem a n ão pr iv ilegiar in st ân cia ar gu m en t at iv a e t am bém dão m ais d est aq u e ao q u e é p r od u zid o f or a d o Br asil.

Ou t r os p esq u isad or es f ocalizar am o m ét od o d e p esq u isa. Roch a e Cer et t a ( 1 9 9 8 ) e Lim a ( 1 9 9 9 ) , por ex em plo, debr u çar am - se sobr e a pesqu isa qu alit at iv a; Rod r ig u es e Car r ier i ( 2 0 0 0 ) lev an t ar am assu n t o e m ét od o d os est u d os, p ar a con -clu ír em q u e, em t er m os d e m ét od o, p r ed om in a o est u d o d e caso; Cav ed on ( 2 0 0 1 ) buscou ev idenciar a aplicabilidade da ant r opologia na adm inist r ação; Cur ado ( 2 0 0 1 ) pr opôs pesqu isa h ist ór ica; Cabr al ( 1 9 9 9 ) apr esen t ou a an álise do discu r so, I ch ik aw a e Sa n t o s ( 2 0 0 1 ) a p r e s e n t a r a m a g r ou n d ed t h eor y e Me n d o n ç a ( 2 0 0 1 ) , o in t er acion ism o sim bólico.

O p r esen t e est u d o in ser e- se n o escop o d os ú lt im os t r ab alh os aq u i m en cio-n ad os, p ar a r esp ocio-n d er à seg u icio-n t e q u est ão: Qu e m et od olog ia t em sid o p r iv ileg iad a em est u iad os or g an izacion ais iad e au t or es b r asileir os e est r an g eir os? Hav er á en -t r e eles alg u m a d if er en ciação? Par -t iu - se d a su p osição d e q u e -t an -t o u n s q u an -t o ou t r os t êm p r iv ileg iad o m ét od os d e or ig em f u n cion alist a, o q u e r ev ela u m a or ien -t ação p osi-t iv is-t a. Acr ed i-t a- se q u e, ap esar d e -t od a a cr í-t ica q u e essa or ien -t ação t em sof r id o p or p ar t e d e in ú m er os est u d iosos, ela ain d a é h eg em ôn ica n as p es-q u isas. Os r esu lt ad os aes-q u i ap r esen t ad os r ef er em - se aos an os 2 0 0 0 e 2 0 0 1 .

O ar t ig o est á est r u t u r ad o em seis seções, além d est a in t r od u ção. Na p r im ei-r a aei-r g u m en t a- se sob ei-r e as b ases d a p esq u isa em est u d os oei-r g an izacion ais. A se-g u n d a seção d escr ev e a m et od olose-g ia u t ilizad a n o p r esen t e est u d o, b em com o as p r in cip ais d if icu ld ad es en con t r ad as. Na t er ceir a seção é ex p licit ad a a or ig em d as cat eg or izações ap r esen t ad as. A q u ar t a r ev ela os r esu lt ad os d a in v est ig ação n o q u e con cer n e aos ob j et iv os d as p esq u isas con solid ad as n os ar t ig os, à colet a d e d ad os, aos cor t es t em p or ais e ao t r at am en t o d os d ad os. Na q u in t a seção cam i-n h a- se p ar a além d os r esu lt ad os ei-n coi-n t r ad os i-n a b u sca d e r esp ost a aos p r ob le-m as d a in v est ig ação e ap r esen t ale-m - se alg u le-m as le-m et od olog ias op t at iv as en con t r a-d as n os ar t ig os an alisaa-d os, b em com o ar g u m en t os ex p ost os p or p esq u isaa-d or es qu e as u t ilizam . A ú lt im a apr esen t a as con clu sões a qu e o est u do per m it iu ch egar .

B

ASES DA

P

ESQUISA EM

E

STUDOS

O

RGANIZACIONAIS

Com o Spink & Menegon ( 2000: 64) enfat izam , “ a pesquisa cient ífica, vist a com o

discur so inst it ucionalizado, est á inser ida num sist em a de r egr as paut adas por est r at é-gias de validação há m uit o consagradas pela t radição” . Na d ef in ição d as au t or as, o

m on ism o m et od ológ ico p r eg a a u n id ad e d o m ét od o cien t íf ico p ar a t od os os em -p r een d im en t os d e in v est ig ação, com a f or m u lação e t est e d e h i-p ót eses com b ase em d ad os em p ír icos.

(4)

d e u m a b ase p ar t i cu l ar d e r ef er ên ci a. O q u e é o b ser v ad o e d esco b er t o em u m o b j et o , o u sej a, su a o b j et i v i d ad e, é t an t o p r o d u t o d a i n t er ação co m t écn i cas e f or m as d e op er acion alização, q u an t o d as car act er íst icas d o p r óp r io ob j et o. No en t a n t o , r a r a m en t e o s p r essu p o st o s n o s q u a i s b a sei a m - se a s d i v er sa s p er s-p ect iv as d e an álise social são assu m id os ex s-p licit am en t e. Ar g u m en t a ser im s-p ossí-v el j u lg ar a ossí-v alid ad e ou a con t r ib u ição d e p er sp ect iossí-v as d if er en t es d e p esq u isa e m t e r m o s d e t a i s p r e ssu p o st o s, se n d o q u e o p r o ce sso é a u t o - j u st i f i cá v e l . Mo r g an o f er ece u m a b ase p ar a an al i sar as l ó g i cas d e est r at ég i as d i f er en t es d e p esq u isas, con f or m e q u ad r o a seg u ir .

Nã o ca b e a q u i d i scu t i r o su r g i m e n t o d e co r r e n t e s e p i st e m o l ó g i ca s e m et odológicas dif er en t es do posit iv ism o e obj et iv ism o, m as v ale lem br ar qu e ou -t r as p er sp ec-t iv as ex is-t em e d ir ig em a p esq u isa d e v ár ios es-t u d iosos sociais.

Na i n v e st i g a çã o a q u i r e l a t a d a , e m b o r a se su p u se sse a p r e d o m i n â n ci a d a ab o r d ag em f u n ci o n al i st a, b u sco u se i d en t i f i car a p r esen ça d e d i f er en t es ab o r -d ag en s m et o -d o l ó g i cas e co n f i r m ar se o r eco n h eci m en t o t eó r i co -d a i m p o r t ân ci a d e m u l t i p l i c i d a d e e c o - e x i s t ê n c i a d e a b o r d a g e n s e p i s t e m o l ó g i c a s e m e t o d o l ó g i ca s e n co n t r o u r e sp a l d o e m p e sq u i sa s d a á r e a o r g a n i za ci o n a l . A

BASE PARA A AN ÁLI SE D E LÓGI CAS D E PESQUI SA

Pr essupost os const it ut ivos ( paradigm as)

A racionalidade de um a est rat égia part icular de pesquisa é baseada num a rede de pressupost os im plícit os ou explícit os, r elat iv os à ont ologia e à nat ur eza hum ana que definem o pon t o de vist a do pesquisador sobr e o m undo social. Tais pr essupost os for necem os fundam ent os da pr át ica de pesquisa, inclinando o pesquisador a v er e a int er pr et ar o m undo com base em um a perspect iva, ao invés de out ra. I dent ificando os pressupost os do pesquisador sobr e os ser es hum anos e o m undo nos quais eles v iv em , é possív el ident ificar os par adigm as básicos que ser v em com o fundam ent os da inv est igação.

Post ura

epist em ológica ( m et áforas)

O conhecim ent o cient ífico m olda-se a par t ir da m aneir a pela q ual os pesquisador es t ent am concr et izar os pr essupost os básicos do seu t rabalho. I m agens do fenôm eno social, usualm ent e expr essas em t er m os de m et áfor a favor it a, dir igem a at enção em difer ent es m aneir as. A im agem fav or ece um a post ur a epist em ológica part icular, sugerindo que alguns t ipos de insight s, com pr eensão e ex planação podem ser m ais apr opr iados que out ros. Pressupost os básicos diferent es e as im agens que são r elacionadas e desenvolvidas a par t ir dest es dão início a difer ent es bases de conhecim ent o sobr e o m undo social.

Met odologia favorit a ( solução de quebr a-cabeça)

A im agem de um fenôm eno a ser invest igado oferece a base para a pesquisa cient ífica det alhada, pr eocupada com o ex am e, oper acionalização e m edição, na m edida em que aspect os det alhados da im agem caract erizam o fenôm eno. A im agem gera conceit os específicos e m ét odos de est udo por m eio das quais o fenôm eno possa ser com pr eendido. De fat o, as m et odologias são esquem as de r esolução de pr oblem as que dim inuem a dist ância ent r e a im agem sobr e o fenôm eno e o pr ópr io fenôm eno. Met odologias r elacionam o pesquisador com a sit uação est udada em t er m os de r egr as, pr ocedim ent os e pr ot ocolos ger ais que oper acionalizam a r ede de pr essupost os incor por ados nos par adigm as do pesquisador e a post ur a favor it a e m t er m os epist em ológicos.

A lógica da est r at égia de pesquisa é inser ida nas r elações ent r e t odos os fat or es aqui analisados.

(5)

p esq u i sa a n a l i sa p er i ó d i co s b r a si l ei r o s e t a m b ém est r a n g ei r o s, v i sa n d o à co m -p ar ação . A -p r ó x i m a seção o s ex -p l i ci t a.

M

ETODOLOGIA

E

MPREGADA

NO

P

RESENTE

E

STUDO

A f im d e est ab elecer a com p ar ação en t r e m et od olog ias p r iv ileg iad as em es-t u d os or g an izacion ais d e au es-t or es b r asileir os e eses-t r an g eir os, d ecid iu - se p or esco-lh er t r ês p er iód icos est r an g eir os e t r ês b r asileir os. Um d os cr it ér ios d e escoesco-lh a d os p er iód icos f oi a an álise d as p olít icas ed it or ias. For am selecion ad os aq u eles q u e ab r em esp aço p ar a p u b licação d e p esq u isas n a ár ea or g an izacion al. Ou t r o cr it ér io f oi o r econ h ecim en t o pú blico da ex celên cia de t ais per iódicos.

Os p er iód icos escolh id os p ar a a an álise f or am :

Or g an izat ion St u d ies – OS

Adm inist r at iv e Science Quar t er ly - AQ

Th e Academ y of Man agem en t Jou r n al - AMJ

Rev ist a de Adm in ist r ação de Em pr esas - RAE

Rev ist a de Adm in ist r ação da USP - RAUSP

Rev ist a de Adm inist r ação Pública - RAP

A Tab ela 1 ap r esen t a o n ú m er o d e p er iód icos an alisad os:

Nos 4 9 n ú m er os d e p er iód icos p esq u isad os, f oi an alisad o u m t ot al d e 1 9 4 ar t igos. Selecion ar am - se, n u m a pr im eir a in st ân cia, apen as aqu eles r elat iv os à ár ea d e est u d os or g an izacion ais. A seleção d os ar t ig os ap r esen t ou a p r im eir a d if icu ld a-d e a-d a p esq u isa. Os p er ióa-d icos est r an g eir os car act er izam - se p or u m n ú m er o r ela-t iv am en ela-t e con sid er áv el d e p u b licações d a ár ea or g an izacion al, em con son ân cia com os ob j et iv os ex p licit ad os n os ed it or iais, en q u an t o os b r asileir os escolh id os car act er izam - se por u m a cer t a v isão m u lt idisciplin ar n a escolh a de ar t igos par a a p u b licação. Ab r e- se esp aço n ão ap en as p ar a p u b licações d a ár ea or g an izacion al, com o t am bém par a as de f in an ças, m ar k et in g, econ om ia, polít icas pú blicas e ou -t r as. No caso d a RAE e d a RAUSP, d ecid iu - se escolh er os ar -t ig os com b ase n a classif icação u t ilizad a n a p r óp r ia r ev ist a, ou sej a, selecion ar am - se, ar t ig os d as su b - ár eas r elat iv as a est u d os or g an izacion ais. Mas ou t r os ar t ig os f or am lid os e, q u an d o con sid er ad os p er t in en t es, in clu íd os n a am ost r a d e p esq u isa. Com o ex em -plo, t em - se o caso de u m ar t igo da RAE, n a ár ea de Adm in ist r ação Hospit alar . No caso d a RAP, q u e n ão classif ica seu s ar t ig os em su b - ár eas, t od os os ar t ig os f or am lid os e escolh id os com b ase n a su a ad er ên cia a est u d os or g an izacion ais. Reco-n h ece- se q u e cr it ér ios e escolh as ap r eseReco-n t am lim it ações, e a iReco-n clu são ou Reco-n ão d e u m ar t ig o p od e ser ob j et o d e d iscu ssão. Mas isso n ão ch eg a a cau sar d escon f or -t o, u m a v ez q u e se ad m i-t a o alcan ce lim i-t ad o d a ob j e-t iv id ad e.

Do t ot al de 1 9 4 ar t igos analisados, 6 1 ( 3 1 , 4 4 % ) for am ex t r aídos dos per iódi-cos n acion ais. O n ú m er o m en or de ar t igos an alisados t en do com o f on t e t ais per ió-dicos é dev ido, pr incipalm ent e, ao núm er o consider av elm ent e m aior de ar t igos pu-Ta b e la 1 – N ú m e r o de pe r iódicos pe squ isa dos

An o Organizat ion St udies

Adm inist rat iv e Science Quar t er ly

The Academ y of Managem ent

Jour nal

RAE RAUSP RAP Tot al

2001 4 3 - 4 4 5 2 0

2000 6 4 6 3 4 6 2 9

(6)

b licad os n as r ev ist as est r an geir as, com o con seqü ên cia do f oco dessas r ev ist as em est u dos or gan izacion ais. En qu an t o em cada n ú m er o de r ev ist as br asileir as pode-se en con t r ar em t or n o de t r ês a cin co ar t igos ( ou n en h u m ) r elacion ados a est u dos or gan izacion ais, n as r ev ist as est r an geir as aqu i selecion adas a sit u ação é in v er sa. A Figu r a 1 apr esen t a o n ú m er o de ar t igos an alisados em cada per iódico.

Figu r a 1 – N úm e r o e pe r ce nt ua l de a r t igos a na lisa dos, por r e vist a

Com o se p od e ob ser v ar , f or am an alisad os 5 7 ar t ig os d a OS, 3 3 ar t ig os d a AQ, 4 3 ar t igos da AMJ, 1 5 ar t igos da RAE, 2 6 ar t igos da RAP e 2 0 ar t igos da RAUSP. Em u m a seg u n d a in st ân cia, d o t ot al d e 1 9 4 ar t ig os, selecion ar am - se aq u eles q u e d izem r esp eit o a p esq u isas em p ír icas, em b an co d e d ad os e em d ocu m en -t os, p er f azen d o u m -t o-t al d e 1 4 7 ar -t ig os. For am ex clu íd os os q u e se lim i-t am à p esq u isa b ib liog r áf ica ( 2 4 , 2 2 % ) , sej a com o b ase p ar a r ef lex ão sob r e t eor ias ou r ef lex ão sob r e m et od olog ias; f or am , p or t an t o, ex clu íd os os en saios, cu j a an álise d a m et od olog ia u t ilizad a f og e ao escop o d esse t r ab alh o.

Na an álise d os ar t ig os, p er ceb e- se clar am en t e q u e as r ev ist as n acion ais ab r em m ais esp aço à p u b licação d e ar t ig os b asead os em r ef lex ões sob r e t eor ias, en q u an t o r esu lt ad os d e p esq u isa em p ír ica e ou t r os são p r iv ileg iad os p ar a p u b li-cação em per iódicos est r an geir os, con for m e a Figu r a 2 per m it e v isu alizar .

Figur a 2 - Tipo de a r t igo por pe r iódico OS

AQ AMJ RAE RAP RAUSP

Titulo de Períodico

Pies show counts

29,38% n=57

17,01% n=33 22,16%

n=43 7,73%

n=15

13,40% n=26

10,31% n=20

pesquisa

reflexão teórica reflexão metodológica Artigos analisados

Pies show counts

66,67% 31,58%

OS AQ AMJ

RAE RAP RAUSP

93,94% 6,06%

97,62% 2,38%

57,14% 35,71%

7,14%

53,85% 46,15%

(7)

C

ATEGORIZAÇÃO DA

M

ETODOLOGIA

R

EVELADA NOS

P

ERIÓDICOS SOB

A

NÁLISE

Ten d o em v ist a o p r op ósit o d est e est u d o, er a p r eciso cat eg or izar as op ções m et od ológ icas u t ilizad as n os ar t ig os p esq u isad os. Cat eg or ias d ev em , aq u i, ser en t en d id as com o “ im port ant es est rat égias lingüíst icas ( ...) present es na própria

or-ganização da linguagem ( verbal, escrit a, gest ual, icônica) . Ut ilizam os cat egorias para organizar, classificar e explicar o m undo. Falam os por cat egorias.” ( Sp in k & Men eg on ,

2 0 0 0 : 7 8 ) . Sp in k & Men eg on ( 2 0 0 0 ) d if er en ciam a abor dagem cognit iv ist a d a

discur siva. Na p r im eir a, a ên f ase r ecai n as p r op r ied ad es u n iv er sais e n a r ep r esen

-t a çã o m en -t a l , em b o r a r eco n h ecen d o o p a p el d a cu l -t u r a . A seg u n d a -t r a -t a a cat eg or ização com o con st r u ção em d u p lo sen t id o: con st r u ções cu lt u r ais q u e es-t ão d isp on ív eis p ar a d ar sen es-t id o à ex p er iên cia, e con ses-t r u ções sies-t u ad as, u es-t ilizad as p ar a a co n secu ção d e açõ es.

As aut or as do pr esent e ar t igo av aliar am a possibilidade de t er com o base par a a pesquisa cat egor izações pr é- definidas que, de cer t a for m a, or ient ar iam a classifica-ção dos dados. No en t an t o, adm it in do qu e qu alqu er com pr een são de cat egor ias n ão pode ser desv inculada do uso e da hist ór ia de sua const r ução, decidiu- se abr ir m ão de pr é- definições. Se o obj et iv o er a ident ificar per spect iv as m et odológicas, incluindo as não- funcionais, não ser ia m ais adequado ex plor ar nov as classificações? Par t iu- se, en t ão, par a a ex plor ação, e as cat egor izações for am aqu elas assu m idas pelos pr ó-pr ios aut or es. Os r esult ados são aó-pr esent ados a seguir .

A

PRESENTAÇÃO DOS

R

ESULTADOS

Os r esu lt ad os aq u i ap r esen t ad os con sid er am os ob j et iv os d a p esq u isa, os in st r u m en t os d e op er acion alização, o cor t e t em p or al e o t r at am en t o a q u e os p esq u isad or es su b m et er am os d ad os colet ad os. Ei- los:

O

BJETIV OS DAS

P

ESQUISAS

A

NALISAD AS

No d ecor r er d o t r ab alh o t en t ou - se v er if icar q u ais são os p r in cip ais ob j et iv os q u e d ir ig em a p esq u isa em est u d os or g an izacion ais. Os m ét od os e t écn icas d e p esq u isa q u e o au t or u t iliza são in t im am en t e r elacion ad os com o ob j et iv o d o est u -d o. Por su a v ez, a f or m a -d e p er g u n t ar - se sob r e o ob j et o a-d v ém -d e -d if er en t es post u r as epist em ológicas e on t ológicas qu e, im plícit a ou ex plicit am en t e, dir igem o p en sar e o ag ir d o p esq u isad or ( Mor g an , 1 9 8 3 ) . Por q u ê? Com o? O q u ê? Essas são p er g u n t as q u e d ir ig em a escolh a d os m ét od os d e p esq u isa. O p esq u isad or pode v isar à descr ição do f en ôm en o, t er am bições ex plicat iv as, obj et iv ar a com -p r een são, in t er -p r et ar e assim -p or d ian t e.

Confor m e a Figur a 3 per m it e v isualizar , 5 5 , 3 3 % dos ar t igos buscam ex plicar , 19, 33% ex plor ar , 7, 33% descr ev er , t am bém 7, 33% buscam com pr eender , 2, 67% in t er p r et ar , 1 , 3 3 % in t er v ir n a r ealid ad e, 0 , 6 7 % ap licar , t am b ém 0 , 6 7 % cr iar m et od olog ias e 5 , 3 3 % f or am classif icad as p elas au t or as d o p r esen t e t r ab alh o n a cat eg or ia “ ou t r os” . Nest e ú lt im o caso, t al se d eu p ela ex ist ên cia d e u m a cer t a am b ig ü id ad e, p ela f alt a d e clar eza ou p or q u e o ar t ig o v isav a ao alcan ce d e m ú lt i-p los ob j et iv os. Por ex em i-p lo, n o ar t ig o d a OS Making new sm aker s: conver sat ional

ident it y at work, os au t or es ap r esen t am t r ês ob j et iv os: ( a) n ar r ar alg u n s asp ect os

(8)

Figu r a 3 – Obj e t ivos da s pe squ isa s a n a lisa da s

No con j u n t o d os ar t ig os an alisad os, clar am en t e p er ceb e se a p r ed om in ân -cia da pesqu isa ex plicat iv a. Os f in s ex plor at ór ios, descr it iv os e com pr een siv os lh e seg u em . Em b or a u m a p esq u isa ex p lor at ór ia p ossa, p or ex em p lo, ser t am b ém d es-cr it iv a ou ex plicat iv a assu m iu - se aqu i, com o m en cion ado, a cat egor ia m en cion ada p elo au t or d o ar t ig o sob an álise.

Confor m e cat egor izações assum idas pelos pr ópr ios aut or es, descobr iu- se nos per iódicos est r an geir os com o AMJ e AQ a pr edom in ân cia de pesqu isas com fin s ex plicat iv os, decor r ent es do m ét odo de pensam ent o hipot ét ico- dedut iv o. Hipót eses são const r uídas e t est adas em 8 3 , 3 3 % dos ar t igos da AMJ e 6 7 , 7 4 % dos ar t igos da AQ. OS est á m ais aber t a à pu blicação de pesqu isas com obj et iv os de com pr een são ( 17,95% ) e int er pr et ação ( 7,69% ) , em bor a a pesquisa ex plicat iv a apr esent e o m aior peso ( 4 3 , 5 9 % ) . As publicações analisadas nos per iódicos br asileir os não apr esent a-r am os m esm os a-r esult ados. A ex plicação é o obj et iv o que pa-r edom ina na pesquisa publicada na RAUSP ( 46,67% ) , seguida da pesquisa ex plor at ór ia ( 33,33% ) , enquan-t o a RAP apr esenenquan-t a índices m aior es de pesquisa descr ienquan-t iv a ( 33, 33% ) , seguida da ex plor at ór ia ( 26,67% ) e ex plicat iv a ( 20,00% ) . Das pesquisas apr esent adas na RAE, 5 0 , 0 0 % são ex plor at ór ias, ao lado das pesquisas descr it iv as, aplicadas e com pr een-siv as ( 12, 50% cada) . A Figur a 4 v isualiza os per cent uais encont r ados.

Figur a 4 – Obj e t ivos da s pe squisa s por pe r iódico exploração descrição explicação metodologia aplicação intervenção interpretação compreensão outro

Objetivos de pesquisa

Pies show counts

exploração 19,33%

descrição 7,33%

explicação 55,33% metodologia 0,67%aplicação 0,67%

intervenção 1,33% interpretação 2,67% compreensão 7,33% outro 5,33% exploração descrição explicação metodologia aplicação intervenção interpretação compreensão outro

Objetivos de pesquisa

Pies show counts

15,38% 2,56%

explicação 43,59% 7,69%

17,95% 12,82%

OS AQ AMJ

RAE RAP RAUSP

19,35% 6,45%

explicação 67,74%

6,45% 9,52%

explicação 83,33% 2,38%2,38%2,38%

exploração 50,00% 12,50% 12,50% 12,50% 12,50% 26,67% descrição 33,33% 20,00% 6,67% 6,67% 6,67% 33,33% 13,33% explicação 46,67% 6,67%

I nt erpret ação 2,67% I nt er venção 1,33%

(9)

I

NSTRUMENTOS DE

C

OLETA DE

D

ADOS

Em t er m os d e colet a d e d ad os, os in st r u m en t os m ais u t ilizad os p elos p es-q u isad or es são ap r esen t ad os n a Fig u r a 5 , a seg u ir . Ch am a a at en ção a u t ilização cada v ez m aior de m ais de u m in st r u m en t o. Pr iv ilegia- se a t r ian gu lação – u so com b in ad o d e v ár ios in st r u m en t os d e colet a – q u e v isa su p er ar u m a v isão u n ilat e-r al d o ob j et o d e est u d o, cae-r act ee-r íst ica d os d ad os colet ad os com b ase em u m ú n ico in st r u m en t o. Assim , en t r ev ist as, ob ser v ações, q u est ion ár ios, u t ilização d e b an cos d e d ad os e colet a d e in f or m ações em d ocu m en t os e p er iód icos são u t ilizad os n o d ecor r er d a p esq u isa. Das an alisad as, 2 5 , 8 5 % u t ilizar am t r ês in st r u m en t os, as-sim com o 2 5 , 1 7 % u sar am d ois. Os d ad os d e cad a p er iód ico m ost r am o p eso sig n i-f icat iv o d a t r ian g u lação, con i-f or m e se p od e v isu alizar n a Fig u r a 6 . O q u est ion ár io, con t u d o, p r ev alece en t r e os in st r u m en t os ú n icos d e colet a d e d ad os, t ot alizan d o 1 5 , 6 5 % dos casos. As en t r ev ist as f or am u t ilizadas em 8 , 1 6 % .

Figura 5 : I nst rum ent os de colet a de da dos

Figura 6 – I nst rum ent os de colet a de da dos, por periódico databases

questionários entrevistas

observação

documentos/arquivos

triangulação

periodícos dois

outros

Operacionalização

Pies show counts

databases 10,20%

questionários 15,65%

entrevistas 8,16%

0,68%

documentos/arquivos 2,72% triangulação 25,85%

dois 25,17% outros 8,84%

databases questionários entrevistas observação documentos/arquivos triangulação periodícos dois outros

Operacionalização

Pies show counts

databases 15,79%

entrevistas 10,53%

triangulação 36,84% dois 15,79%

OS AQ AMJ

RAE RAP RAUSP

databases 16,13%

triangulação 32,26%

dois 29,03% questionários 28,57%

triangulação 16,67% dois 28,57%

entrevistas 37,50%

dois 37,50% outros 25,00%

entrevistas

triangulação

dois questionários

(10)

O C

ORTE

T

EMPORAL

Das pesquisas analisadas, 43, 26% for am longit udinais e 55, 32% t r ansv er sais. As dem ais são m ist as e hist ór icas. A Figur a 7 per m it e v isualizar a dist r ibuição por cada per iódico. Pode- se obser v ar que o cor t e longit udinal pr ev alece na OS, RAP e AQ, enquant o o t r ansv er sal pr edom ina nas pesquisas publicadas pela RAUSP, RAE e AMJ.

Figur a 7 – O cor t e t e m por a l na s pe squisa s

T

R ATAMENTO DOS

D

ADOS

C

OLETADOS

Qu an t o ao t r at am en t o d isp en sad o aos d ad os colet ad os, p r ev alece o q u an -t i-t a-t iv o; es-t á p r esen -t e em 5 1 , 0 1 % d os ar -t ig os an alisad os. Os d ad os são -t r a-t ad os q u alit at iv am en t e em 3 7 , 5 8 % d os ar t ig os e o r est o com b in a o t r at am en t o q u an t i-t ai-t iv o com o q u alii-t ai-t iv o. Os d ad os p or p er iód ico ap r esen i-t am - se n a Fig u r a 8 . O t r at am en t o qu an t it at iv o de dados pr ev alece n a AMJ ( 7 8 , 0 5 % ) e AQ ( 7 4 , 1 9 % ) , es-t an do pr esen es-t e es-t am bém n a RAUSP ( 3 3 , 3 3 % ) e n a RAP ( 2 0 , 0 0 % ) . Os ar es-t igos an ali-sados n a RAE pr iv ilegiam o t r at am en t o qu alit at iv o ( 8 7 , 5 % ) ou o m ist u r am com o qu an t it at iv o ( 1 2 , 5 0 % ) . O t r at am en t o qu alit at iv o t am bém pr ev alece n os dois ou -t r os per iódicos br asileir os RAP ( 73,33% quali-t a-t iv o e 6,67% m is-t o) e RAUSP ( 46,67% qu alit at iv o e 2 0 , 0 0 % m ist o) , e n a OS ( 5 1 , 2 8 % qu alit at iv o e 1 5 , 3 8 % m ist o) .

Figur a 8 – Tr a t a m e nt o dos da dos longitudinal

crossectional misto histórico

Tempo

Pies show counts

63,64% 36,36%

OS AQ AMJ

RAE RAP RAUSP

54,84% 41,94%

26,19%

71,43%

25,00%

75,00%

58,33% 41,67%

20,00%

80,00%

quantitativo qualitativo misto

Tratamento

Pies show counts

33,33%

51,28% 15,38%

OS AQ AMJ

RAE RAP RAUSP

74,19% 16,13% 9,68%

78,05% 14,63% 7,32%

87,50%

12,50% 20,00%

73,33% 6,67%

33,33%

(11)

P

ARA

A

LÉM DOS

R

ESULTADOS

E

NCONTRADOS

No in ício d est e t r ab alh o, ap r esen t ou - se o esq u em a con ceit u al d e Mor g an ( 1 9 8 3 ) , q u e an alisa as est r at ég ias d e p esq u isas a p ar t ir d o r elacion am en t o en t r e os p r essu p ost os con st it u t iv os r elat iv os à on t olog ia, p ost u r a ep ist em ológ ica e m et od olog ias f av or it as. At é aq u i, est e t r ab alh o ap r esen t ou ap en as as escolh as r elat iv as às m et od olog ias, en t en d id as est as ú lt im as com o esq u em as d e r esolu -ção d e p r ob lem as q u e v isam d im in u ir a d ist ân cia en t r e a im ag em q u e o p esq u isa-d or f az isa-d e u m cer t o f en ôm en o e o p r óp r io f en ôm en o. An alisar am - se v ár ios asp ec-t os r elacion ad os às m eec-t od olog ias d e p esq u isas, m as n ão se en ec-t r ou em con sid er a-ções sob r e est es p r essu p ost os ex p lícit os ou im p lícit os acer ca d o m u n d o e d o ser q u e, com o Mor g an ( 1 9 8 3 ) d est acou , d et er m in am as escolh as m et od ológ icas.

Mas h av er ia, n os ar t ig os an alisad os, alg u m as m et od olog ias p ou co u t iliza-d a s n a m ainst r eam iliza-d e est u iliza-d os or g an izacion ais? Af in al, n ão são p ou cas as cr ít icas aos m ét od os t r ad icion ais d e se f azer ciên cia. Er a d e su p or - se q u e t ais cr ít icas se ex p r essassem n a u t ilização d e ou t r os m ét od os. Er a d e su p or - se q u e o r econ h eci-m en t o t eór ico d a ieci-m p or t ân cia d e eci-m u lt ip licid ad e e co- ex ist ên cia d e ab or d ag en s ep ist em ológ icas e m et od ológ icas est iv esse en con t r an d o r esp ald o em est u d os or g an izacion ais. A leit u r a d os ar t ig os p er m it iu q u e se en con t r assem v ár ias p es-q u i sas ap oi ad as em ou t r os m ét od os es-q u e n ão aes-q u el es ab r açad os p el a p osi ção f u n cion alist a. E aí, h ou v e, p or p ar t e d as au t or as d est e ar t ig o, o in t er esse em v er if icar com o os p esq u isad or es in t r od u zem e ap r esen t am esses m ét od os p ar a q u e sej am con sid er ad os cien t íf icos e, con seq ü en t em en t e, p u b licad os n os p er iód i-cos an alisad os. Decid iu - se, en t ão, ap r esen t ar aq u i alg u n s d esses ach ad os.

Foi in t er essan t e ob ser v ar q u e q u an d o se t r at a d e ap r esen t ar d if er en t es op ções m et od ológ icas, os au t or es são m u it o cu id ad osos em ap r esen t ar su as r e-f lex ões sob r e os p r essu p ost os b ásicos q u e as or ien t am .

Reed ( 2001) , por ex em plo, r eflet e sobr e a im por t ância do r ealism o cr ít ico, o qu al, n o n ov o cen ár io de r edef in ição das bases t r adicion ais de f azer ciên cia, t en t a incor por ar as cr ít icas r elat iv as ao posit iv ism o e ao det er m inism o, m ant endo v iv os os p r essu p ost os p ar ad ig m át icos n os q u ais t ais p er cep ções d o m u n d o são b asead as. Segu n do Reed ( 2 0 0 1 ) , o r ealism o cr ít ico t em v iv ido u m a r ev it alização n a t eor ia social d os an os r ecen t es. É b asead o n a on t olog ia social ob j et iv ist a q u e p er ceb e a r ealid ad e social com o est r u t u r as sociais ob j et iv ad as q u e ex ist em in d e-p e n d e n t e m e n t e d a s d i f e r e n t e s m a n e i r a s e-p o r m e i o d a s q u a i s e-p o s s a m s e r d iscu r siv am en t e con st r u íd as e in t er p r et ad as p elos cien t ist as sociais. En q u an t o os r ealist as cr ít icos aceit am o f lu x o in er en t e, am b ig ü id ad e e in cer t eza d os ev en t os d o d ia- a- d ia, eles t am b ém in sist em n a ex ist ên cia d e est r u t u r as ou m ecan ism os os q u ais f u n d am en t am e g er am t al in st ab ilid ad e, q u e d ev em d esem p en h ar u m p ap el cen t r al n as m u dan ças qu e podem ou n ão pr odu zir . Tal f or m a de r ealism o r ej eit a a lógica det er m in íst ica e pr edicat iv a da epist em ologia posit iv ist a. Ao in v és, t en t a id en t if icar as t en d ên cias d as est r u t u r as ou m ecan ism os e com o t ais t en d ên cias se ap r esen t am em sit u ações p ar t icu lar es.

Calor i ( 2 0 0 0 ) , por su a v ez, discu t e a abor dagem pr agm át ica. I n t er essam -l h e o s f u n d a m e n t o s e p i st e m o -l ó g i co s d a a b o r d a g e m p r a g m á t i ca d e e st u d o s or g an izacion ais e d esen v olv e u m m ét od o p ar a an alisar e in t er p r et ar o con h eci-m en t o d os p r át icos d a t eor ia or g an izacion al. O au t or con st r ói a eci-m et od olog ia-ep ist em olog ia p r ag m át ica, b asead o n o t r ab alh o d e f ilósof os d a lin h a p r ag m át ica, com o William Jam es. Seu dif er en cial con sist e n o en v olv im en t o dos pr at ican t es n a p esq u isa or g an izacion al, r econ h ecen d o q u e est es ú lt im os p ossu em u m con h eci-m en t o t ácit o sob r e o ob j et o a ser p esq u isad o e t êeci-m eci-m u it o a of er ecer aos t eór icos. Calor i ( 2 0 0 0 ) p er ceb e o m ét od o cien t íf ico com o a in t er ação d e d ois t ip os d e con h ecim en t o: “ conhecim ent o que part e da fam iliaridade” , ou sej a, ex per iên cia, e “ conhecim ent o sobr e” , r esu lt ad o d o p en sam en t o sist em át ico q u e “ elim ina o subj

e-t ivo e as cone-t ingências de experiência e exe-t rai os princípios que encone-t ram - se além do conhecim ent o de fam iliaridade” ( Calor i, 2 0 0 0 : 1 0 3 3 ) . Baseado em William Jam es, o

(12)

A m et odologia pr agm át ica qu e Calor i adv oga é alin h ada com os pr in cípios da

grounded t heory, m as d iv er g e d est a n o q u e con cer n e ao st at u s d os at or es. Na grounded t heory, at or es são su j eit os, ou t est em u n h as, qu e com u n icam su as h ist ór

i-as ou in t er pr et ações par a o pesqu isador , r espon sáv el por dar f or m a à t eor ia e ofer ecer su a in t er pr et ação fin al do fen ôm en o. Ou sej a, grounded t heory é m ét od o in du t iv o de con h ecim en t o cien t íf ico. Na pesqu isa baseada n a epist em ologia pr ag-m át ica, a escolh a d e su j eit os é f eit a coag-m b ase n o seu n ív el d e ex p er t ise e n a v ar ie-dade do gr u po. As en t r ev ist as n ão dev em ser est r u t u r adas sem u m a base t eór ica pr é- ex ist en t e. A m en su r ação da lógica e da con fiabilidade das n ar r at iv as é o pr óx i-m o passo. A seguir , as nar r at iv as são t r aduzidas ei-m i-m apas cognit iv os. A par t ir desses m apas, par t e- se par a a in t egr ação com base n o con h ecim en t o colet iv o.

Po r o u t r o l ad o , a p esq u i sa i n t er p r et at i v i st a, ar g u m en t ad a p o r Wei er t er ( 2 0 0 1 ) , en f at iza os p r ocessos q u e est ão p r esen t es n u m caso esp ecíf ico e q u e d ão sen t id o a ev en t os sig n if icat iv os. Nest e sen t id o, a p esq u isa in t er p r et at iv ist a an alisa as b ases e r ealid ad es q u e d ão f or m a e p ar cialm en t e d ef in em as r elações cau -sais. Os n ív eis in d iv id u ais e or g an izacion ais d e an álise são in clu íd os n a p esq u isa, q u e se b aseia n u m a am ost r a t eór ica ( n ão est at íst ica ou aleat ór ia) , sen d o q u e ist o au m en t a as p ossib ilid ad es d e q u e t od as as r ealid ad es con st r u íd as sej am ex p os-t as ao pesqu isador .

San d b er g ( 2 0 0 0 ) , p or seu t u r n o, ao p r op or u m t r at am en t o alt er n at iv o às ab or d ag en s r acion ais - a in t er p r et at iv a - , u t iliza a f en om en og r af ia p ar a an alisar a com p et ên cia h u m an a n o t r ab alh o. A m et od olog ia in t er p r et at iv a é, p ois, b asead a n a f en om en olog ia. O en f oq u e p r in cip al d a f en om en og r af ia é a est r u t u r a d o sig n i-f icad o d a ex p er iên cia v iv id a, ou sej a, o sig n ii-f icad o q u e u m asp ect o d a r ealid ad e assu m e p ar a as p essoas. O t er m o “ con cep ção” é u sad o p ar a r ef er ir se às d if er en -t es m an eir as p elas q u ais as p essoas v iv en ciam e d ão sen -t id o aos seu s m u n d os. No est u d o d o San d b er g ( 2 0 0 0 ) , con cep ção sig n if ica a r elação in solú v el en t r e o q u e é con ceb id o ( o sig n if icad o con ceb id o d a r ealid ad e) e o com o é con ceb id o ( os at os con ceb ív eis n os q u ais o sig n if icad o con ceb id o ap ar ece) .

C

ONCLUSÕES E

R

EFLEXÕES A QUE

O

E

STUDO

P

ERMITIU

C

HEGAR

O p r e s e n t e t r a b a l h o v i s o u r e s p o n d e r à s s e g u i n t e s q u e s t õ e s : Q u e m et od olog ia t êm sid o p r iv ileg iad a em est u d os or g an izacion ais d e au t or es b r asilei-r os e est asilei-r an g eiasilei-r os? Hav easilei-r á en t asilei-r e eles alg u m a d if easilei-r en ciação?

Par a t an t o, selecion ou t r ês r ev ist as est r an g eir as e t r ês b r asileir as, t od as de r eput ação r econhecida: OS, AQ, AMJ, RAE, RAUSP e RAP. Delas, analisou num pr im eir o m om en t o 1 9 4 ar t igos e, n u m segu n do m om en t o, 1 4 7 qu e pr iv ilegiav am p esq u isa em p ír ica, em b an co d e d ad os e em d ocu m en t os. Ex clu ír am - se os en sai-os, cu j as m et od olog ias f u g iam ao p r op ósit o d o est u d o.

Ten t ou - se descobr ir se o discu r so t eór ico de cr ít ica aos m ét odos t r adicion ais d e f a z e r c i ê n c i a j á e s t á s e n d o i n c o r p o r a d o n a s p e s q u i s a s e m e s t u d o s or gan izacion ais e, dest a f or m a, v er if icar se o r econ h ecim en t o t eór ico da im por t ân -cia de m ult iplicidade e co- ex ist ên-cia de abor dagens epist em ológicas e m et odológicas en con t r ou r esp ald o em p esq u isas d a ár ea.

An alisar am - se asp ect os com o ob j et iv os d e p esq u isas, in st r u m en t os d e co-let a d e d ad os, cor t e t em p or al e t r at am en t o d e d ad os. Os r esu lt ad os d a p esq u isa, con f ir m an d o a su p osição d as au t or as d est e ar t ig o, m ost r am q u e os m ét od os t r a-d icion ais a-d e or ien t ação p osit iv ist a ain a-d a p r ev alecem em est u a-d os or g an izacion ais, em b or a ap r esen t em d if er en ças r elacion ad as aos p er iód icos e à or ig em .

(13)

Em b or a n ão f osse o p r op ósit o d o p r esen t e est u d o, as p esq u isad or as v ir am -se in st ig ad as a b u scar o p or q u ê d est e f en ôm en o. A t r ad ição p ós- m od er n a of er ece in su m os. Tal t r ad ição, q u e q u est ion a a leg it im id ad e e a v er d ad e d os p ar ad ig m as em v igor , r econ h ece a co- ex ist ên cia de m ú lt iplos par adigm as, en cor aj a a r ef lex ão sobr e a con st r u ção de con h ecim en t o. Calas & Sm ir cich ( 1 9 9 9 ) põem em ev idên cia a p r ob lem át ica d a r elação p esq u isad or ob j et o d e est u d o e d iscu t em a com p r een -são d a t eor ização com o u m p r ocesso p olít ico, ao in v és d e u m a op er ação n eu t r a n a b u sca d a v er d ad e. No p ós- m od er n ism o, o au t or é v ist o im er so n u m con t ex t o soci-al, em r elação com os ou t r os ( por ex em plo, u m a com u n idade de acadêm icos) . Fazen d o escolh as ( d e p alav r as) d e f or m a a t or n ar u m t ex t o leg ív el p ar a u m a cer t a com u n id ad e, o au t or t am b ém d eix a d e d izer m u it as ou t r as coisas q u e p ossam t or n ar o t ex t o in com p r een sív el p ar a aq u ela m esm a com u n id ad e. En q u an t o om i-t em - se p alav r as e u sam - se ou i-t r as, os au i-t or es con i-t r ib u em p ar a a p er p ei-t u ação d est e ciclo, f ech an d o o v ocab u lár io p ossív el d e u m a ár ea e ex clu in d o ou t r os sen -t id os. Assim , é p ossív el v er com o a f ix ação d e sen -t id os é con s-t i-t u íd a d en -t r o d e u m sist em a d e r elações d e p od er – u m sist em a d e in clu são e ex clu são – q u e d ef in e com o aceit áv eis ou n ão as m ar cas q u e ap ar ecer ão n u m a p ág in a com o con h eci-m ent o ( Calas &aeci-mp; Seci-m ir cich: 1999) .

Tão im p or t an t e, em b or a p ou co r econ h ecid o, é q u e essas q u est ões são t am -bém r elacion adas com a polít ica in st it u cion al de con st r u ção de con h ecim en t o. No en t an t o, o p ós- m od er n ism o t em aj u d ad o a m ost r ar q u e t ais r elações n ão são n em det er m in adas por im per at iv os est r u t u r ais, n em por u m a or dem m aior de au t or ida-de ou poida-der . Som os r ef én s da pr ópr ia lin gu agem ( Calas & Sm ir cich , 1 9 9 9 ) e dos j og os d o p od er n ela in cor p or ad os; com o con seq ü ên cia d e u m d iscu r so h á t em p o in st it u cion alizado. Assim , o st at u s d o cien t ist a e os m ét od os t r ad icion ais d e f azer ciên cia p er p et u am o con h ecim en t o ad q u ir id o. Os esq u em as d e p od er d a acad em ia in f lu en ciam , em b or a in con scien t em en t e, as escolh as d os au t or es.

Qu an do se an alisam os ar t igos em per iódicos br asileir os per cebe se u m a cer -t a r esis-t ên cia em con s-t r u ir e -t es-t ar h ipó-t eses. Ser á qu e a academ ia br asileir a é m ais aber t a às m et odologias opt at iv as? Ou “ o r igor cient ífico” , t ípico da academ ia an glo- sax ã, n u n ca f oi r ealm en t e in cor por ado n a lin gu agem br asileir a? O qu e é pos-sív el afir m ar , é que os aut or es t am bém est ão inser idos num cont ex t o social e cult u-r al, q u e d iu-r ig e e in f lu en cia as escolh as d os p esq u isad ou-r es e q u e f az com q u e est as ú lt im as apr esen t em dif er en ças. Resgat an do Mor gan ( 1 9 8 3 ) , v ale lem br ar qu e a m et odologia é in t im am en t e r elacion ada à f or m a do pesqu isador per ceber o m u n do e o ser . Tal conhecim ent o é const r uído socialm ent e ( Ber ger & Luck m ann, 2001) .

Out r o r esult ado da pesquisa coloca em ev idência o cr escim ent o da t r iangulação par a a colet a de dados. A t r ian gu lação in cor por a difer en t es for m as de apr ox im ar - se do obj et o de est u do e, pode- se su por , t r az m ais r igor à pesqu isa. Talv ez n est e pon t o sej a possív el r econ h ecer o descon f or t o dos pesqu isador es com as lacu n as que os m ét odos t r adicionais de fazer ciência não conseguem pr eencher .

Os p esq u isad or es est r an g eir os f azem m aior u so d e colet a em b an cos d e d ad os. No Br asil, p ou cos o f azem , t alv ez p or f alt a d e ex ist ên cia d eles ou p ou ca p ossib ilid ad e d e acesso.

Em r elação ao t em p o, é p ossív el ob ser v ar a ex ist ên cia d e est u d os lon g it u d i-n ais e t r ai-n sv er sais, ap r esei-n t ai-n d o d if er ei-n ças q u e d ep ei-n d em d as r ev ist as. Sem dú v ida, os pr im eir os são m ais cu st osos, em t er m os de r ecu r sos f in an ceir os e t em -p or ais, m as t am b ém -p od em a-p r esen t ar o -p ot en cial d e r esu lt ad os m ais sólid os.

O t r at am en t o q u an t it at iv o p r ev alece em r ev ist as on d e os f in s ex p licat iv os p r ed om in am : AQ e AMJ. As h ip ót eses são t est ad as p or m eio d e m od elos est at íst i-cos. Na OS t am bém pr edom in am os f in s ex plicat iv os, por ém n ão o t r at am en t o q u an t it at iv o.

(14)

Na r ef lex ão sob r e a t ot alid ad e d os ar t ig os an alisad os, f oi in t er essan t e ob -ser v ar q u e os au t or es, q u an d o op t am p or m et od olog ias d if er en t es d as t r ad icio-n ais icio-n a p esq u isa or g aicio-n izacioicio-n al, d ed icam m ais esp aço à ar g u m eicio-n t ação sob r e os asp ect os ep ist em ológ icos e at é on t ológ icos d a p esq u isa. Par ece q u e, d e cer t a m an eir a, eles t en t am leg it im ar a n ov a op ção f r en t e ao q u e j á est á con solid ad o e aceit o n o cam p o cien t íf ico, car act er izad o p ela ex ist ên cia d e r elações d e p od er ( Foucault , 1972) .

A ap licação d e m ét od os op t at iv os em p esq u isas d a ár ea r eq u er u m p r oces-so p r év io e d olor ooces-so d e d escon st r u ção d e esq u em as ep ist em ológ icos e on t ológ icos q u e or ien t am as escolh as m et od ológ icas d o p esq u isad or e, p ar alelam en t e, a r econ st r u ção d e n ov os r ef er en ciais q u e or ien t ar ão f u t u r as p esq u isas. Req u er , p or -t an -t o, ab r açar u m g r an d e d esaf io.

R

EFERÊNCIAS

BERGER, Pet er L. ; LUCKMANN, Th o m as. A co n st r u çã o so cia l d a r e a lid a d e . Pet r óp olis: Vozes, 2 0 0 1 .

BERTERO, Car los Osm ar ; KEI NERT, Tân ia M. M. A ev olu ção da an álise or gan izacion al no Br asil ( 1961 1993) . Revist a de Adm inist ra çã o de Em presa s. São Pau lo: Fu n -dação Get ulio Var gas, v . 3 6 , n. 3 , 1 9 9 4 .

BERTERO, Car los Osm ar ; CALDAS, Miguel Pint o; WOOD Jr , Thom az. Pr odução cien-t íf ica em adm in iscien-t r ação de em pr esas: pr ov ocações, in sin u ações e con cien-t r ibu ições p ar a u m d eb at e local. Revist a de Adm inist ra çã o Cont em porâ nea . ANPAD, v. 3, n. 1 , 1 9 9 9 .

CABRAL, Au g u st o Cézar d e Aq u in o. An álise d o d iscu r so com o est r at ég ia d e p es-quisa no cam po da adm inist r ação: um olhar inicial. I n: ENCONTRO ANUAL DA ASSO-CI AÇÃO NAASSO-CI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ADMI NI STRAÇÃO, 2 3 . , 1 9 9 9 , Foz do I gu açu . Anais… Foz do I gu açu : ANPAD, 1 9 9 9 .

CALÁS, Mar t a B. ; SMI RCI CH, Lin da. Past post m oder n ism ? Reflect ion s an d t en t at iv e dir ect ion s. The Aca de m y of M a na ge m e nt Re vie w . Special t opic for u m on t h eor y dev elopm en t : ev alu at ion , r ef lect ion s, an d n ew dir ect ion s. V 2 4 . N2 4 . Oct . 1 9 9 9 .

CALORI , Roland. Or dinar y t heor ist in m ix ed indust r ies. Organizat ion St udies. Berlin; New Yor k : Walt er de Gr u y t er & Co. V 21. N. 6. . nov . / dec. 2000. p. 1031- 1059.

CAVEDON, Neu sa Rolit a. Recu r sos m et od ológ icos e f or m as alt er n at iv as n o d esen -v ol-v im en t o e n a ap r esen t ação d e p esq u isas em ad m in ist r ação. I n : ENCONTRO ANUAL DA ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM AD-MI NI STRAÇÃO, 25. , 2001, Cam pinas.Anais… Cam pin as: ANPAD, 2 0 0 1 .

CURADO, I sab el a. Pesq u i sa h i st o r i o g r áf i ca em ad m i n i st r ação : u m a p r o p o st a m et odológica. I n: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ADMI NI STRAÇÃO, 25., 2001, Cam pinas. Anais… Cam pi-n as: ANPAD, 2 0 0 1 .

FOUCAULT, Michel. A a r que ologia do Sa be r . Lisb oa, Por t o: Vozes, 1 9 7 2 .

HEMAI S, Bár bar a; VERGARA, Sy lv ia Con st an t . O j eit o br asileir o de pu blicar em es-t u d os or g an izacion ais. Re vises-t a Or ga n iza çõe s e Socie da de . Salv ador : Un iv er sida-de Fesida-der al da Bah ia, v . 8 , n . 2 0 , j an / abr 2 0 0 1 .

I CHI KAWA, Elisa Yosh ie; SANTOS, Lu cy Woelln er dos. Apr esen t an do a grounded

t heory: um a nov a per spect iv a de abor dagem qualit at iv a na pesquisa or ganizacional.

(15)

LI MA, Ju v ên cio Br aga de. Pesqu isa qu alit at iv a e qu alidade n a pr odu ção cien t íf ica em adm inist r ação de em pr esas. I n: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ADMI NI STRAÇÃO, 23., 1999, Foz do I guaçu. Anais… Foz do I gu açu : ANPAD, 1 9 9 9 .

MACHADO- DA- SI LVA, Clov is; CUNHA, Ver a Car neir o; AMOBONI , Nár io. Or ganiza-ções: o est ado da ar t e da pr odu ção acadêm ica do Br asil. I n : ENCONTRO ANUAL DA ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ADMI NI STRA-ÇÃO, 1 4 . , 1 9 9 0 , Belo Hor izont e. Anais… Belo Hor izon t e: ANPAD, 1 9 9 0 .

MENDONÇA, José Ricar do. I n t er acion ism o sim bólico: u m a su gest ão m et odológica par t a a pesqu isa em adm in ist r ação. I n : ENCONTRO ANUAL DA ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS GRADUAÇÃO EM ADMI NI STRAÇÃO, 25., 2001, Cam -pin as. Anais… Cam -pin as: ANPAD, 2 0 0 1 .

MORGAN, Gar et h. Be yond m e t hod. St r a t e gie s for socia l r e se a r ch. Lon d on , New Deh li: Sage Pu blicat ion s. 1 9 8 3 .

REED, Mich ael. Or gan izat ion , t r u st an d con t r ol: a r ealist ic an aly sis. Or ga niza t ion St udie s. Ber lin; New Yor k : Walt er de Gr uy t er & Co. Edição especial. Tr ust and cont r ol in or ganisat ional r elat ions. V 2 2 . N. 2 . . m ar ch/ abr il. 2 0 0 1 . p. 2 0 1 - 2 2 9 .

ROCHA, Ru dim ar An t u n es da; CERETTA, Pau lo Sér gio. Pesqu isa qu alit at iv a: u m desafio à ciência social. I n: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ADMI NI STRAÇÃO, 22., 1998, Foz do I guaçu. Anais… Foz do I gu açu : ANPAD, 1 9 9 8 .

RODRI GUES, Su zan a Br aga; CARRI ERI , Alex an dr e de Pádu a. A t r adição an glo-sax ôn ica n os est u dos or gan izacion ais br asileir os. I n : ENCONTRO NACI ONAL DE ESTUDOS ORGANI ZACI ONAI S, 1., 2000, Cur it iba. Ana is. . . Cur it iba: ANPAD, 2000.

SANDBERG, Jor gën . Un der st an din g h u m an com pet en ce at w or k : an in t er pr et at iv e ap p r oach . Academ y of M anagem ent Journal. Cham paingn, I ll.: The Academ y . V43. N1 . j an. / feb. 2 0 0 0 .

SPI NK, Mar y Jane; MENEGON, Ver a Mincoff. A pesquisa com o pr át ica discur siv a: su p er an d o o s h o r r o r es m et o d o l ó g i co s. I n : SPI NK, Mar y Jan e ( o r g ) Pr á t ica s discur siva s e pr oduçã o de se nt idos no cot idia no – ap r o x i m açõ es t eó r i cas e m et od ológ icas. 2 . ed . São Pau lo: Cor t ez, 2 0 0 0 .

VERGARA, Sy lv ia Const ant ; CARVALHO Jr . , Dour iv al de Souza. Nacionalidade dos au t or es r ef er en ciad os n a lit er at u r a b r asileir a sob r e or g an izações. I n : ENCONTRO ANUAL DA ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM AD-MI NI STRAÇÃO, 1 9 . , 1 9 9 5 , João Pessoa. Anais… João Pessoa: ANPAD, 1 9 9 5 .

VERGARA, Sy lv ia Con st an t ; PI NTO, Mar io Cou t o Soar es. Ref er ên cias t eór icas em an álise or g an izacion al: u m est u d o d as n acion alid ad es d os au t or es r ef er en ciad os n a lit er at u r a br asileir a. Revist a de Adm inist ra çã o Cont em porâ nea . ANPAD. Edi-ção Especial 2 0 0 1 , v . 5 .

Imagem

Figu r a  1  –  N úm e r o e  pe r ce nt ua l de  a r t igos a na lisa dos, por  r e vist a
Figu r a  3  –  Obj e t ivos da s pe squ isa s a n a lisa da s
Figura  6  –  I nst rum ent os de colet a  de da dos, por periódico
Figur a  8  –  Tr a t a m e nt o dos da dos

Referências

Documentos relacionados

Os artigos foram categorizados, sendo constatado e discutido a importância do desenvolvimento da aliança familiar já no pré-natal e sua influência no apego ao feto,

Como se vê em meu currículo lattes, venho trabalhando desde 1999 na in- terface entre Estudos Clássicos e Estudos Teatrais, na complementariedade entre pesquisa acadêmica e

O CICV e as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho trabalham em conjunto, como parte de uma rede mundial, para ajudar as pessoas separadas das suas famílias

E finalizando, a característica de fidelização com maior porcentagem de votos foram a performance e a confiabilidade, onde podemos observar que as pessoas estão buscando

B) Con extracción de Agua Caliente Sanitaria - El quemador pasa a funcionar para mantener la temperatura caldera a la temperatura de ACS seleccionada en el mando (4)

Como base de dados para o desenvolvimento da análise foram selecionados os artigos publicados pelo Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em

Conclusão: A experimentação de bebidas alcoólicas e derivados de tabaco foi observado em mais da metade dos trabalhadores e o consumo se manteve elevado nos últimos três

( 1 ) Trabalho apresentado ao I I Encontro de Técnicos em Agricultura, em Cam- pinas, de 24 a 27 de agosto de 1965.. Em ambos os anos não houve incidência de mo- léstias. A análise