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Alterações neuropsiquiátricas na doença de Parkinson

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Alterações neuropsiquiátricas

na doença de Parkinson

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

(2)

Arthur Melo e Kummer

Alterações neuropsiquiátricas na doença de Parkinson

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Neurociências da Universidade Federal de Minas Gerais como pré-requisito para obtenção do Título de Doutor em Neurociências.

Orientador: Prof. Dr. Antônio Lúcio Teixeira Jr.

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas

(3)

043 Kummer, Arthur Melo e.

K96a Alterações neuropsiquiátricas na doença de Parkinson [manuscrito] / Arthur Melo e Kummer. – 2009.

viii, 180 f. : il. ; 29,5 cm.

Orientador: Antônio Lúcio Teixeira Jr.

Tese (doutorado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas.

1. Parkinson, Doença de - Aspectos psicológicos - Teses. 2.

Neuropsiquiatria - Teses. 3. Depressão mental - Teses. 4. Ansiedade - Teses. 5. Fadiga mental - Teses. 6. Suicídio - Teses. 7. Cognição - Teses. 8. Dopamina - Teses. 9. Distúrbios neurocomportamentais – Teses. 10. Transtornos fóbicos. 11. Libido. I. Teixeira Jr., Antônio Lúcio. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Biológicas. III. Título.

(4)

REITOR:

PROF. RONALDO TADÊU PENA

PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO:

PROFa. ELIZABETH RIBEIRO DA SILVA

DIRETORA DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS:

PROFa. MARIA CRISTINA LIMA DE CASTRO

COORDENADORA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS:

PROFa. ÂNGELA MARIA RIBEIRO

COLEGIADO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS:

PROF. ANTÔNIO LÚCIO TEIXEIRA JUNIOR (SUBCOORDENADOR)

PROF. HELTON JOSÉ DOS REIS

PROF. LEANDRO MALLOY DINIZ

PROFª. MIRIAM MARTINS CHAVES

(5)
(6)

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Antônio Lúcio Teixeira Júnior, meu mestre e amigo.

Aos colegas do grupo de pesquisa, pelos debates engrandecedores.

Aos professores do Curso de Pós-Graduação em Neurociências, pelos ensinamentos.

(7)

“Começa a infelicidade do gênero humano quando se identifica o cientificamente conhecido ao próprio ser e se considera não-existente tudo quanto foge a essa forma de conhecimento. A ciência dá então lugar à superstição da ciência, e esta, sob a máscara de pseudociência, lembra um amontoado de extravagâncias onde não está presente nem ciência, nem filosofia, nem fé.”

(8)

SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS...1

RESUMO...3

SUMMARY...5

1. INTRODUÇÃO...7

1.1Fisiopatologia das alterações neuropsiquiátricas da doença de Parkinson...8

1.2Alterações neuropsiquiátricas da doença de Parkinson...9

Artigo 1: Neuropsychiatry of Parkinson’s disease...10

Artigo 2: Parkinson’s disease and obsessive-compulsive phenomena: a systematic review………..47

2. OBJETIVOS………55

3. MÉTODOS………..56

3.1Delineamento do estudo………56

3.2Critérios de inclusão e de exclusão...56

3.3Instrumentos...57

3.4Procedimentos...63

3.5Análise estatística...64

4. RESULTADOS...65

Artigo 3: Frequency of psychiatric disorders in young-onset Parkinson’s disease does not differ from typical-onset Parkinson’s disease...66

Artigo 4: Frequency of social phobia and psychometric properties of the Liebowitz social anxiety scale in Parkinson's disease...70

Artigo 5: Suicidal ideation in Parkinson's disease...76

(9)

Artigo 7: Depression impairs executive functioning in Parkinson’s disease

patients with low educational level...103

Artigo 8: Predictors of fatigue in Parkinson’s disease………..125

Artigo 9: Parkinson’s disease, bipolar disorder and dopamine dysregulation syndrome...146

5. DISCUSSÃO...157

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...163

(10)

LISTA DE ABREVIAÇÕES

ADL - Escala de Atividades da Vida Diária de Schwab e England (do

inglês, Schwab and England Activities of Daily Living Scale)

BDI - Inventário de Depressão de Beck (do inglês, Beck Depression

Inventory)

CID-10 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde – 10ª. edição

DDS - Síndrome de desregulação dopaminérgica (do inglês, Dopamine

Dysregulation Syndrome)

DP - Doença de Parkinson

DSM-IV - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 4ª.

edição

FAB - Bateria de Avaliação Frontal (do inglês, Frontal Assessment

Battery)

Ham-A - Escala de Ansiedade de Hamilton

Ham-D - Escala de Depressão de Hamilton

HZI - Hamburg Obsessive-Compulsive Inventory

HY ou H&Y - Escala de Hoehn e Yahr

LOI - Leyton Obsessional Inventory

MOCI - Maudsley Obsessive-Compulsive Inventory

LSAS - Escala de Ansiedade Social de Liebowitz (do inglês, Liebowitz

Social Anxiety Scale)

Mini-Plus - Mini-International Neuropsychiatric Interview – versão plus

MMSE - Mini-Exame do Estado Mental (do inglês, Mini-Mental State

(11)

NIMH - National Institute of Mental Health

NINDS - National Institute for Neurological Diseases and Stroke

OCD - Obsessive-compulsive disorder

OCS - Obsessive-compulsive symptoms

PD - Parkinson’s disease

PDFS - Escala de Fadiga da Doença de Parkinson (do inglês,

Parkinson’s Disease Fatigue Scale)

PDFS - Escala de Sono da Doença de Parkinson (do inglês, Parkinson’s

Disease Sleep Scale)

SD - Standard deviation

SES - Escala de Atividades da Vida Diária de Schwab e England (do

inglês, Schwab and England Activities of Daily Living Scale)

STOBS - Schedule for Tourette and Other Behavioral Syndromes

TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo

UPDRS - Unified Parkinson’s Disease Rating Scale

(12)

RESUMO

KUMMER, Arthur Melo. Alterações neuropsiquiátricas na doença de Parkinson.

Belo Horizonte, 2008. Tese (Doutorado). Instituto de Ciências Biológicas.

Universidade Federal de Minas Gerais.

A doença de Parkinson (DP) é definida clinicamente por sinais motores.

Entretanto, sintomas não-motores são muito frequentes e, por vezes, mais incapacitantes

do que o quadro motor. Esses sintomas são pouco reconhecidos e inadequadamente

tratados. Eles pioram a qualidade de vida, dificultam o próprio tratamento do quadro

motor e são sinais de mau prognóstico. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a

frequência e a gravidade de transtornos psiquiátricos e outras alterações

comportamentais na DP. Para estudar os quadros neuropsiquiátricos, realizou-se

entrevista estruturada (Mini-Plus) e aplicação de diversos instrumentos avaliando

sintomatologia depressiva e ansiosa, escalas de fadiga e sono, baterias cognitivas

breves, e questionários específicos sobre alterações comportamentais incomuns como

síndrome de desregulação dopaminérgica e punding. Observamos frequência elevada de

transtornos psiquiátricos, mas não houve diferença em relação à idade de início da

doença. Ansiedade social ocorreu em 50% dos participantes, estando associada à

depressão e à ansiedade. Depressão maior ocorreu em cerca de um terço da amostra.

Ideias de morte e ideação suicida são comuns na DP, mas tentativas de suicídio são

raras. Cerca de 65% dos pacientes tinham perda de libido. Na DP, sintomas depressivos

são os maiores preditores de perda de libido, mas gênero feminino e idade avançada

também são relevantes. Observou-se que pacientes com DP apresentam alterações

cognitivas mesmo em fases iniciais da doença. A depressão piora déficits de funções

(13)

Aproximadamente metade dos pacientes sofre de fadiga clinicamente significativa.

Gênero feminino, sintomas depressivos e sonolência excessiva diurna são preditores de

fadiga. Concluindo, distúrbios neuropsiquiátricos são muito frequentes na DP. Seu

estudo é de grande importância clínica e teórica, contribuindo para a compreensão

desses transtornos fora do contexto da DP.

PALAVRAS-CHAVE: Doença de Parkinson, neuropsiquiatria, transtornos

psiquiátricos, início precoce, depressão, ansiedade, fobia social, libido, suicídio,

(14)

SUMMARY

KUMMER, Arthur Melo. Neuropsychiatric disorders in Parkinson’s disease. Belo

Horizonte, 2008. Thesis (Doctorship). Instituto de Ciências Biológicas. Universidade

Federal de Minas Gerais.

Parkinson’s disease (PD) is clinically defined by its motor signs. Nevertheless,

non-motor symptoms are very frequent and probably more impairing than the motor

signs. These symptoms are seldom recognized and often inadequately treated. They

worsen the quality of life, complicate the treatment of motor signs and are predictors of

a bad prognosis. The main objective of this study was to evaluate the frequency and

severity of psychiatric disorders and other behavioral changes in PD. A structured

interview (Mini-Plus) was used to study neuropsychiatric disorders, as well as several

instruments assessing depressive and anxiety symptoms, fatigue and sleep scales, brief

cognitive batteries and some specific questionnaires about uncommon behavioral

changes such as dopamine dysregulation syndrome and punding. We observed a high

frequency of psychiatric disorders, but there was no statistical difference with regard to

age of disease onset. Social anxiety disorder occurred in 50% of participants, and it was

associated with depression and anxiety. Major depression occurred in nearly a third of

the sample. Death ideas and suicidal ideations are common in PD, but suicide attempts

are rare. Nearly 65% of patients had loss of libido. In PD, depressive symptoms are the

main predictor of loss of libido, but female gender and advanced age are also relevant.

We observed that patients with PD present cognitive impairments even at initial stages

of disease. Depression impaired executive functioning, especially in those patients with

(15)

fatigue. Female gender, depressive symptoms and daytime sleepiness are predictors of

fatigue. In conclusion, neuropsychiatric disorders are very frequent in PD. It is of great

clinical and theoretical importance to study these disorders, contributing to the

comprehension of these syndromes beyond the context of PD.

KEY-WORDS: Parkinson’s disease, neuropsychiatry, psychiatric disorders, early onset,

depression, anxiety, social phobia, libido, suicide, cognition, fatigue, dopamine

(16)

1. INTRODUÇÃO

A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais

comum, com prevalência no Brasil estimada em 3,3% nos idosos com mais de 64 anos,

sendo então a principal causa de parkinsonismo nessa população (1). Costuma acarretar

incapacidade significativa com a evolução da doença e o impacto social e financeiro é

elevado.

A DP é definida patologicamente pela perda progressiva dos neurônios

dopaminérgicos na pars compacta da substância negra e por acúmulo de agregados

proteicos citoplasmáticos conhecidos por corpos de Lewy nos neurônios remanescentes

(2). Entretanto, outras estruturas cerebrais também são comumente afetadas, como locus

ceruleus, área tegmentar ventral e núcleo dorsal do vago (2). Clinicamente a DP é

caracterizada pelos sinais motores de bradicinesia, tremor de repouso, rigidez muscular

e instabilidade postural (3). Outras características como o início gradual e a assimetria

dos sinais motores, bem como uma boa resposta às drogas dopaminérgicas, reforçam o

diagnóstico de DP.

Além dos sinais motores, as alterações neuropsiquiátricas da DP são de especial

relevância. Certos sintomas não-motores na DP são muito frequentes, comumente

limitando a efetividade do tratamento dos sintomas motores e levando a uma crescente

incapacidade e baixa qualidade de vida (4). Algumas dessas alterações podem anteceder

a doença por vários anos (5). Esse fato constitui um dos indícios de que o próprio

processo neurodegenerativo está envolvido na gênese das alterações neuropsiquiátricas

(17)

1.1Fisiopatologia das alterações neuropsiquiátricas da doença de Parkinson:

As alterações neuropsiquiátricas da DP são decorrentes essencialmente do

próprio processo neurodegenerativo, dos medicamentos para tratar a DP e da vivência

subjetiva do paciente frente à doença (4). A visão tradicional da relação entre

neurodegeneração e sintomas não-motores afirma que a perda de neurônios

dopaminérgicos da substância negra é a pedra angular da fisiopatologia desses sintomas.

Essa visão tradicional e reducionista foi recentemente questionada pelos trabalhos de

Braak e colaboradores (6). Para esses autores, o processo degenerativo afetaria

inicialmente os núcleos motores dorsais do glossofaríngeo e do vago e o núcleo anterior

do nervo olfatório. Em um segundo estágio, núcleos das porções inferiores do tronco

cerebral, como núcleos da rafe, formação reticular e complexo cerúleo/subcerúleo,

seriam afetados. O diagnóstico é raramente realizado neste momento e, por isso, esses

estágios iniciais são chamados de pré-clínicos em virtude da ausência de sinais motores.

Entretanto, essas são alterações-chave para a compreensão de sintomas não-motores que

frequentemente antecedem os sinais motores da DP, como as alterações de olfato, os

distúrbios autonômicos, as alterações do sono e os quadros depressivos e ansiosos. As

alterações degenerativas no tronco cerebral tomam em seguida um curso ascendente,

com discreta variação entre os indivíduos afetados, e finalmente afetam áreas

mesencefálicas, em particular a pars compacta da substância negra. Em estágios

posteriores, há envolvimento prosencefálico, que se inicia no córtex temporal

antero-medial para em seguida atingir as áreas neocorticais.

No entanto, os trabalhos de Braak e colaboradores têm sido questionados por se

basearem apenas na distribuição dos corpos de Lewy e de neuritos com alfa-sinucleína,

(18)

Braak e colaboradores necessita de confirmação por sua hipótese não explicar a

heterogeneidade dos quadros parkinsonianos, como os que cursam com alterações

cognitivas e alucinações precocemente (5).

Outra questão relevante quanto à neurodegeneração, é a relação de sua

etiopatogenia com as alterações neuropsiquiátricas. Necessita-se de estudos para

verificar até que ponto as alterações genéticas e as causas ambientais da DP, incluindo

os processos inflamatórios associados, relacionam-se com os sintomas não-motores. Na

seção seguinte, as questões fisiopatológicas particulares de cada transtorno

neuropsiquiátrico da DP serão aprofundadas.

1.2. Alterações neuropsiquiátricas da doença de Parkinson:

Artigo 1: Kummer A, Teixeira AL. Neuropsychiatry of Parkinson’s disease. Arquivos

de Neuropsiquiatria 2009; 67(3-B): 930-939.

Artigo 2: Kummer A, Teixeira AL. Parkinson’s disease and obsessive-compulsive

(19)

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral:

- Estudar a frequência de alterações neuropsiquiátricas na DP e fatores

associados.

2.2. Objetivos específicos:

- Comparar a frequência de transtornos psiquiátricos na DP de início precoce e

na DP de início habitual;

- Analisar características sócio-demográficas e clínicas associadas à presença de

alterações neuropsiquiátricas na DP;

- Verificar as propriedades psicométricas de alguns instrumentos utilizados para

(20)

3. MÉTODOS

3.1. Delineamento do estudo:

Foi realizado um estudo transversal com pacientes portadores de DP de ambos

os gêneros examinados consecutivamente. Todos os pacientes são acompanhados na

Clínica de Distúrbios do Movimento do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas

da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Este estudo foi aprovado no Comitê

de Ética em Pesquisa da UFMG (processo nº. ETIC 048/2006).

3.2. Critérios de inclusão e de exclusão:

Incluíram-se pacientes com DP diagnosticada segundo os critérios do Banco de

Cérebros da Sociedade da Doença de Parkinson do Reino Unido (7) e que assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido.

Todos os pacientes foram submetidos a uma entrevista inicial e a exames

psiquiátrico e neurológico. Cem pacientes portadores de DP foram convidados a

participarem do estudo, tendo assinado o termo de consentimento. Dez desses pacientes

haviam se submetido a procedimentos neurocirúrgicos e/ou estavam com

comprometimento cognitivo significativo, sendo excluídos da maior parte das análises.

Em apenas um estudo, os dados desses pacientes foram incluídos e analisados com o

(21)

3.3. Instrumentos:

3.3.1. Instrumentos de Avaliação Neuropsiquiátrica:

3.3.1.1. Mini-International Neuropsychiatry Interview (MINI-PLUS):

O Mini-Plus é uma versão mais detalhada do Mini-International

Neuropsychiatry Interview (Mini) e constitui em uma entrevista diagnóstica estruturada

breve (15-30 minutos), compatível com os critérios do DSM-IV e CID-10(8, 9). Este

instrumento foi utilizado para o diagnóstico de transtornos psiquiátricos na população

em estudo e considerado o padrão-ouro neste trabalho com relação ao diagnóstico de

transtornos psiquiátricos. Uma das seções do Mini-Plus é destinada a avaliar risco de

suicídio para o qual é dada uma pontuação que varia de 0 a 33. De acordo com a

pontuação neste item, o risco de suicídio pode então ser considerado como baixo (1-5),

moderado (6-9) e alto (igual ou maior que 10).

3.3.1.2. Escala de Depressão de Hamilton (Ham-D):

A Ham-D(10) é o instrumento de avaliação de sintomas depressivos mais

utilizado no mundo. A versão originalmente proposta possui 21 itens(10), tendo sido

proposta posteriormente uma simplificação para 17 itens em virtude da pouco

ocorrência dos 4 últimos itens da escala original, a saber, variação diurna, sintomas de

desrealização/despersonalização, sintomas paranoides e sintomas

obsessivos-compulsivos. A versão de 24 itens inclui, além dos 21 itens originais, questões sobre

desamparo, desesperança e baixa autoestima. A Ham-D já mostrou possuir boas

propriedades psicométricas, validade e confiabilidade na DP, tanto na versão de 17

(22)

para avaliar a gravidade da depressão em pacientes com DP (13, 14), nenhum estudo

validou o instrumento ou verificou suas propriedades psicométricas nesta população.

Utilizamos a versão de 24 itens, cujo escore máximo é 78, por acreditarmos que a

versão de 24 itens possa diminuir o peso dos sintomas somáticos da Ham-D,

aumentando sua especificidade. São sugeridos os pontos de corte 9/10(15) e 11/12(11)

para identificar quadros depressivos e os pontos 13/14(11) e 15/16(15) para depressão

maior, com sensibilidade, especificidade, valores preditivos negativo e positivo

aceitáveis para ambos os pontos de corte. Entretanto, optamos por utilizar a Ham-D

como instrumento destinado apenas a avaliar gravidade de transtorno depressivo,

seguindo a proposta original do instrumento(10).

3.3.1.3. Inventário de Depressão de Beck (BDI):

O BDI(16) é a escala de auto-avaliação de sintomas depressivos mais utilizada

no mundo e também já foi validada na DP(17-19). Possui 21 itens e tem um escore

máximo de 63. De acordo com o critério de pontos de corte do Center for Cognitive

Therapy, os escores são classificados como: menor que 10 = sem depressão ou

depressão mínima; de 10 a 18 = depressão de leve a moderada; de 19 a 29 = depressão

moderada a grave e de 30 a 63 = depressão grave(20). Entretanto, ressalta-se que os

pontos de corte dependem das características dos pacientes e do propósito dado ao

instrumento. Diferentes pontos de corte têm sido sugeridos para o seu uso na depressão

da DP. Visser et al. recentemente sugeriram que um ponto de corte em 13/14 produziria

sensibilidade e especificidade aceitáveis na DP(17). Estudos brasileiros que utilizaram

este instrumento na DP sugeriram um ponto de corte de 17/18 para detecção de

(23)

3.3.1.4. Escala de Ansiedade de Hamilton (Ham-A):

A Ham-A(23) foi elaborada como um instrumento de avaliação de gravidade de

sintomas ansiosos pelo examinador. A escala consiste em 14 itens, cada um incluindo

uma série de sintomas como ansiedade, medos, tensão, inquietação, irritabilidade,

humor deprimido, insônia e sintomas somáticos. Cada item é mensurado em uma escala

de 5 pontos, variando de 0 (sem sintomas) a 4 (incapacitante). Na DP, há moderada

correlação da Ham-A com escalas de auto-avaliação de ansiedade (24). Apesar de ter

sido desenvolvida especificamente para “estados neurótico-ansiosos” e de faltar dados

psicométricos essenciais sobre a Ham-A na DP, é uma escala considerada como

“sugerida” para o uso na DP (25).

3.3.1.5. Escala de Fobia Social de Liebowitz (LSAS):

A LSAS(26) foi uma das primeiras escalas desenvolvida para a avaliação da

fobia social. Consiste em 24 itens que avaliam situações de desempenho social e de

interação social que os indivíduos com transtorno de ansiedade social possam evitar ou

temer. A LSAS é dividida em duas subescalas: interação social (11 itens) e desempenho

social (13 itens). O avaliador pontua os sintomas fóbicos segundo uma escala Likert de

quatro pontos (0 a 3). Na codificação, consideram-se seis subescalas (medo geral, medo

de interação social, medo de desempenho, evitação geral, evitação de interação social e

evitação de desempenho) e o escore total é a somatória dessas subescalas. Suas

qualidades psicométricas são satisfatórias e a LSAS foi validada

(24)

3.3.1.6. Escala de Fadiga da Doença de Parkinson (PDFS):

A PDFS(28) foi desenvolvida para avaliar fadiga especificamente em pacientes

com DP. O instrumento deriva de experiências pessoais de portadores com DP e os

autores tiveram a preocupação de excluir itens que se sobrepusessem com outros sinais

e sintomas motores e não-motores. A PDFS consiste em um instrumento auto-aplicável

em que o indivíduo manifesta o seu grau de concordância com as 16 afirmações da

escala. A PDFS já havia sido traduzida, utilizada e validada em diversos países, mas não

no Brasil.

3.3.1.7. Escala de Sono da Doença de Parkinson (PDSS):

A PDSS(29) é uma escala de 15 itens que avaliam uma variedade de distúrbios

do sono comumente associados à DP. Os pacientes marcam as respostas sobre seu sono

na última semana em uma escala analógica visual que varia de sempre (0) a nunca (10)

ou de péssimo (0) a excelente (10). Escores baixos na PDSS devem levar o clínico a

investigar causas de distúrbios do sono na DP como apneia obstrutiva do sono,

transtorno comportamental do sono REM, pernas inquietas, sonolência excessiva diurna

ou outra condição que esteja afetando a qualidade do sono do paciente. O instrumento já

foi traduzido e validado internacionalmente e, recentemente, sua validação também foi

(25)

3.3.1.8. Escala de Sonolência de Epworth (ESS):

A ESS(31) é o questionário mais usado para avaliar sonolência excessiva diurna

em virtude de ser um instrumento de fácil uso e, apesar de breve, com moderada

correlação com um teste objetivo de sonolência conhecido como teste de latência

múltipla do sono(32). A escala possui oito itens em que o paciente avalia a

probabilidade de adormecer em oitos situações com capacidades diferentes de induzir

sono. A maioria das situações se refere a episódios de sono involuntário e as respostas

variam de 0 (nenhuma probabilidade) a 3 (alta probabilidade de adormecer). A ESS tem

sido amplamente utilizada na DP para avaliar sonolência excessiva diurna(33).

3.3.1.9. Mini-Exame do Estado Mental (MMSE):

O MMSE(34) é uma bateria de testes cognitivos utilizada no rastreio de

comprometimento cognitivo. Praticamente todos os seus itens sofrem influência do

nível educacional. Vários estudos no Brasil propuseram diferentes formas de aplicação e

diversos pontos de corte ou dados normativos, sendo a proposta de Brucki et al. a mais

consensual(35). O MMSE tem sido utilizado na identificação da demência da DP(36)

em virtude de ser um instrumento simples e de utilização universal, que pode ser fácil e

rapidamente utilizado pelo clínico no consultório ou na beira do leito. Entretanto,

geralmente são propostos pontos de corte mais elevados para a demência da DP em

virtude da baixa sensibilidade do MMSE para disfunção executiva(36). Não existem

(26)

3.3.1.10. Bateria de Avaliação Frontal (FAB):

A FAB(37) é uma bateria breve destinada a avaliar funções do lobo frontal. Ela

consiste de seis testes que exploram conceitualização, flexibilidade mental,

programação motora, sensibilidade a interferência, controle inibitório e autonomia

ambiental(37). A bateria tem correlação com o MMSE e a maioria dos subtestes

também sofre influência da escolaridade. O instrumento já foi utilizado previamente na

DP(38-40) e uma versão brasileira da FAB foi apresentada recentemente (41).

3.3.2. Instrumentos de Avaliação Neurológica:

3.3.2.1. Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS):

A UPDRS foi introduzida em 1987 e é a ferramenta padrão-ouro para se avaliar

os sintomas, assim como as incapacidades da doença em ambientes de pesquisa e

clínicos(42). Apesar de ter sido desenvolvida para avaliar diferentes aspectos da doença,

como sintomas não-motores, motores, atividades de vida diária e complicações do

tratamento, reconhece-se que a UPDRS falha em avaliar adequadamente os aspectos

não-motores da DP(42).

3.3.2.2. Escala Hoehn e Yahr (HY):

A HY é uma escala amplamente utilizada e aceita para avaliar os estágios da

DP(43, 44). Suas limitações se referem principalmente ao fato de que valoriza mais as

(27)

importância de outras alterações motoras e não levando em consideração os sintomas

não-motores.

3.3.2.3. Escala Schwab e England (SES):

A SES tornou-se um instrumento padrão para avaliar o impacto da DP nas

atividades de vida diária(45, 46). O instrumento consiste em uma escala dividida em

percentis, com 100% representando um funcionamento completamente normal e 0%

representando completa dependência de terceiros, com dificuldade inclusive para a

realização de algumas funções vegetativas.

3.4. Procedimentos:

O pesquisador responsável pelas avaliações neuropsiquiátricas compareceu

semanalmente à Clínica de Distúrbios do Movimento do HC-UFMG. Os pacientes que

preenchessem os critérios de inclusão do estudo eram convidados a participar da

pesquisa. Os pacientes que aceitaram o convite foram entrevistados em sala disponível

para consultas individuais. Cada avaliação durava entre uma hora e meia e duas horas e

meia, dependendo do estado clínico do paciente. Eram realizadas uma ou duas

avaliações por dia de trabalho conforme o número de pacientes disponível e o tempo de

entrevista do primeiro participante.

A avaliação psiquiátrica de todos os pacientes foi realizada pelo mesmo

investigador, o qual foi treinado para aplicação dos instrumentos de pesquisa pelo Prof.

Dr. Antônio Lúcio Teixeira. Esse também foi o responsável pelas avaliações

(28)

UPDRS, HY e SES. Não foram realizados testes estatísticos para verificar a

confiabilidade entre examinadores, pois um mesmo pesquisador realizou todas as

avaliações neuropsiquiátricas e o outro, os exames neurológicos dos pacientes.

3.5. Análise estatística:

Todas as análises foram realizadas com o programa estatístico SPSS v15.0 para

Windows. Um valor de p bilateral menor que 0,05 foi adotado como nível de

significância estatística para os testes. A descrição detalhada dos testes utilizados em

(29)

4. RESULTADOS

Artigo 3: Kummer A, Cardoso F, Teixeira AL. Frequency of psychiatric disorders in

young-onset Parkinson’s disease does not differ from typical-onset Parkinson’s disease.

Parkinsonism and Related Disorders 2009; 15(2): 153-155.

Artigo 4: Kummer A, Cardoso F, Teixeira AL. Frequency of social phobia and

psychometric properties of the Liebowitz social anxiety scale in Parkinson's disease.

Movement Disorders

Artigo 5: Kummer A, Cardoso F, Teixeira AL. Suicidal ideation in Parkinson's disease. 2008; 23(12): 1739-1743.

CNS Spectrums

Artigo 6: Kummer A, Cardoso F, Teixeira AL. Loss of libido in Parkinson's disease. 2009; 14(8): 431-436.

Journal of Sexual Medicine

Artigo 7: K

2009; 6(4): 1024-1031.

ummer A, Harsányi E, Dias FM, Cardoso F, Caramelli P, Teixeira AL.

Depression impairs executive functioning in Parkinson’s disease patients with low

educational level. Cognitive and Behavioral Neurology

Artigo 8: Kummer A, Scalzo P, Cardoso F, Teixeira AL. Predictors of fatigue in

Parkinson’s disease. (Submetido; em revisão).

2009; 22(3): 167-172.

Artigo 9: Kummer A, Dias FMV, Cardoso F, Teixeira AL. Parkinson’s disease, bipolar

disorder and dopamine dysregulation syndrome. Revista Brasileira de Psiquiatria (in

(30)

5. DISCUSSÃO

Fatores de risco para transtornos psiquiátricos na DP não foram claramente

definidos, mas são relatados com maior frequência: gênero, idade, idade de início da

doença, duração da doença, maior déficit cognitivo, maior gravidade da doença, formas

rígido-acinéticas e instabilidade postural, sintomas motores não-responsivos à l-dopa e

história familiar de DP ou de transtornos mentais(4, 5). Em decorrência de uma possível

diferença genética, neuropatológica e mesmo psicossocial, alguns autores alegavam que

a idade de início da DP seria fator de risco e também fator de proteção para alguns

transtornos psiquiátricos e alterações cognitivas. Acreditava-se que os pacientes

portadores de mutações no gene parkin, que é uma causa frequente de DP de início

precoce e responsável por cerca de 50% dos casos de parkinsonismo familiar(47),

teriam com maior frequência transtornos do comportamento, mas raramente

desenvolveriam demência(48). Entretanto, como exposto no artigo 3, não foram

observadas diferenças na frequência de transtornos psiquiátricos entre a DP de início

precoce e de início habitual. Estudos recentes também demonstram que mesmo os

portadores de mutações no gene parkin não diferem dos pacientes sem esse tipo de

mutação quanto ao perfil psiquiátrico ou neuropsicológico(49). Na análise inicial, a

idade de início dos sintomas se correlacionou com a performance cognitiva no MMSE

(artigo 3). Entretanto, quando a análise de correlação foi controlada pela idade, não

houve correlação entre idade de início da doença e a performance na FAB (p=0.214) e

no MMSE (p=0,361), corroborando os dados mais recentes da literatura de que não

haveria diferença no desempenho cognitivo dos pacientes com início precoce da DP.

Apesar de não ter sido observada diferença quanto à frequência de transtornos

(31)

frequência de alguns transtornos psiquiátricos em ambos os grupos foi bastante elevada

em relação àquela esperada na população geral. O achado de que 50% dos pacientes

com DP apresentavam transtorno de ansiedade social (ou fobia social) foi alarmante.

Não obstante essa frequência elevada, a fobia social é um quadro negligenciado na DP e

muito pouco explorado. Nenhum trabalho da literatura havia se dedicado

exclusivamente a esse tema e nenhum instrumento para avaliar fobia social havia sido

utilizado na DP. Alguns dos motivos para a negligência da fobia social incluem uma

dificuldade dos próprios pacientes com ansiedade social em relatar suas queixas e uma

alegada compreensibilidade do fenômeno fóbico frente aos sintomas motores.

Entretanto, as evidências apresentadas no artigo 4 demonstram que a ansiedade social

não se restringe às situações de performance, nem se correlaciona com a gravidade dos

sintomas motores. Por outro lado, pacientes com ansiedade social são mais deprimidos,

têm mais transtorno do pânico e TOC.

A neurobiologia da fobia social é pouco compreendida e o nosso trabalho pode

trazer algumas contribuições quanto a isso. Alguns trabalhos têm sugerido que

anormalidades do sistema dopaminérgico possam estar relacionadas ao

transtorno(50-52). Essa hipótese é sustentada por observações clínicas de que antagonistas

dopaminérgicos usados para tratar síndrome de Tourette ou esquizofrenia têm sido

associados a maior retraimento social ou a sintomas similares à fobia social(53),

possivelmente devido a inibição das vias dopaminérgicas mesolímbicas. Além disso,

estudos de neuroimagem mostram diminuição da recaptação estriatal de dopamina(51) e

menor ligação aos receptores D2 no estriado de pacientes com ansiedade social(52).

Estudo recente com ressonância magnética funcional forneceu evidências adicionais

para a teoria da disfunção estriatal na fobia social(54). Modelos experimentais de fobia

(32)

maior ansiedade e timidez(55, 56). Alguns traços de personalidade e padrões de

comportamento relacionados à fobia social também têm sido associados à disfunção

dopaminérgica(56). A elevada frequência de fobia social na DP e o padrão generalizado

da fobia (não restrita a situações de desempenho) fornecem evidências adicionais do

envolvimento das vias dopaminérgicas na fobia social. Entretanto, essa relação causal

deve ser ponderada em virtude da não correlação dos sintomas ansiosos com a

gravidade dos sinais motores, que são marcadores clínicos objetivos do déficit

dopaminérgico,

Como demonstrado no artigo 3, os transtornos depressivos na DP também

possuem frequência elevada, dado corroborado por estudos anteriores da literatura (4,

5). Sabe-se que depressão maior, algumas doenças crônicas, idade avançada e sexo

masculino são fatores de risco para suicídio (57). Dessa forma, pacientes portadores de

DP estariam sob risco aumentado de suicídio, por se tratar de uma doença crônica,

progressiva, debilitante, que acomete frequentemente homens de idade avançada e com

elevada frequência de comorbidades psiquiátricas. Além disso, como foi exibido no

artigo 5, a frequência de ideias de morte e ideação suicida é bastante elevada nessa

população. Paradoxalmente, planejamento suicida, comportamentos auto-agressivos e

tentativas de suicídio são raros em portadores de DP. Ressalta-se que ideação suicida foi

mais comum em pacientes mais jovens e com início mais precoce da doença. Esse dado

sugere que, apesar da frequência de transtorno depressivo não se associar com idade ou

idade de início da doença, as manifestações psicopatológicas entre os pacientes mais

jovens e com início mais precoce da DP podem diferir em relação àqueles mais idosos e

com início mais tardio da DP. De toda forma, análise de regressão logística demonstra

(33)

Depressão também é o principal preditor de perda de libido, como demonstrado

no artigo 6. O dado sobre perda de libido foi extraído do BDI e correlacionado com

diversas variáveis demográficas e clínicas. Nesse artigo, observou-se que 65,6% dos

pacientes com DP sofrem de perda de libido e 42,6% dos homens possuem disfunção

erétil. Apesar da frequência bastante elevada desse sintoma, as disfunções sexuais

também são comumente negligenciadas tanto do ponto de vista clínico quanto

científico, sendo escassos os estudos que se dedicaram a esse tema na DP.

O artigo 7 avaliou a performance cognitiva de pacientes com DP

não-demenciados. Utilizaram-se a Bateria de Avaliação Frontal (do inglês, FAB) e o

Mini-Exame do Estado Mental (do inglês, MMSE) para avaliação cognitiva e o BDI para

avaliar sintomatologia depressiva. Foi observado que baixo nível educacional, idade

avançada, início tardio da doença e maior gravidade da doença se associaram a uma pior

performance cognitiva. Sintomas depressivos se correlacionaram com pior desempenho

na FAB, mas não no MMSE. Curiosamente, ao se dividir os pacientes em grupos de

acordo com o nível educacional, essa associação entre sintomas depressivos e disfunção

executiva se demonstrou verdadeira apenas no grupo com baixo nível educacional. A

hipótese levantada para esse achado é a de que os pacientes com menos nível

educacional têm menor reserva cognitiva e, desse modo, seriam mais suscetíveis ao

efeito deletério de sintomas depressivos.

O artigo 8 investiga a presença e a gravidade de fadiga na DP, bem como

possíveis fatores associados. Novamente, sintomas depressivos avaliados pelo BDI

foram grandes preditores de fadiga, além de gênero feminino e sonolência excessiva

diurna. De nota, fadiga correlacionou-se não apenas com o componente somático do

(34)

Escala de Fadiga da Doença de Parkinson (PDFS) (58) exibiu excelente consistência

interna (alfa de Cronbach de 0.939).

Esses trabalhos ressaltam a importância e a variedade dos quadros

neuropsiquiátricos na DP. Além dos acima descritos, algumas outras alterações se

destacam por sua alta frequência e grande impacto na vida dos portadores de DP, como

as alterações de sono. Os dados da literatura sugerem, por exemplo, que todos os

pacientes com DP terão algum distúrbio de sono ao longo da doença(59). Dessa forma,

foram desenvolvidos instrumentos para se avaliar adequadamente os distúrbios de sono

na DP. A Parkinson’s Disease Sleep Scale (PDSS) (60) foi aplicada em nossa amostra

de pacientes com DP e em futuro breve esperamos concluir a análise desses dados.

Além disso, investigamos síndromes incomuns na DP, mas de grande

repercussão clínica e teórica. A síndrome de desregulação dopaminérgica (DDS)

consiste em abuso de drogas de ação dopaminérgica associadas a alterações

comportamentais e de humor marcantes(61). Ocasionalmente esses pacientes

apresentam ainda outra alteração comportamental conhecida por punding,caracterizada

por comportamentos repetitivos e despropositados(62). A DDS tem sido alvo de grande

interesse por parte de pesquisadores em virtude de uma suposta relação neurobiológica

com o transtorno bipolar do humor(63, 64). Os dados de nossa amostra sobre esses

quadros são apresentados no artigo 9.

Concluindo, a importância clínica dos quadros neuropsiquiátricos na DP é

evidente: costumam dificultar o tratamento do próprio quadro motor, frequentemente se

associam a pior qualidade de vida e são preditores de institucionalização(65-67). Além

disso, são de particular interesse às Neurociências em virtude de a DP se constituir um

interessante modelo de investigação da neurobiologia dos transtornos

(35)

predominantemente neurônios dopaminérgicos. Entretanto, conforme relatado pelos

trabalhos de Braak et al., o comprometimento de outros sistemas de neurotransmissão e

outras estruturas cerebrais não pode ser negligenciado (6). Ressalte-se ainda que a DP é

relevante para as Neurociências não apenas por suas contribuições aos modelos

monoaminérgicos, mas do ponto de vista psiconeuroimunológico. Temos como hipótese

que os transtornos depressivos, muito frequentes na DP e que podem a anteceder em até

7 anos(68), possivelmente compartilham mecanismos inflamatórios responsáveis pela

degeneração nigroestrital(69). Como perspectiva futura, esperamos poder explorar essa

(36)

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69. Kummer A, Teixeira AL. Depressive disorders in Parkinson's disease may be

due to a shared immune-mediated neurodegenerative process. Med Hypotheses 2008;

(44)

ANEXO 1:

Produção científica:

1. Kummer A, Cardoso F, Teixeira AL. Frequency of psychiatric disorders in

young-onset Parkinson's disease does not differ from typical-onset Parkinson's disease.

Parkinsonism Relat Disord 2009; 15:153-155.

2. Kummer A, Cardoso F, Teixeira AL. Loss of libido in Parkinson's disease. J

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18. Harsányi E, Kummer A. Intervenções de Integração Sensorial em Autismo no

Ambulatório de Terapia Ocupacional do Centro Psíquico da Adolescência e

(46)

ANEXO 2:

Depressive disorders in Parkinson’s disease may be due to a shared

immune-mediated neurodegenerative process.

Arthur Kummer, Antonio L Teixeira.

Referências

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