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Percepção e realidade da política de atenção à saúde do idoso nas equipes de profissionais do programa de saúde da família do estado da Paraíba

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Academic year: 2017

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

MARIA DAS MERCÊS OLIVEIRA

PERCEPÇÃO E REALIDADE DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO EM EQUIPES DE PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO ESTADO

DA PARAÍBA

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MARIA DAS MERCÊS OLIVEIRA

PERCEPÇÃO E REALIDADE DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO EM EQUIPES DE PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO ESTADO

DA PARAÍBA

Dissertação apresentada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra

 

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MARIA DAS MERCÊS OLIVEIRA

PERCEPÇÃO E REALIDADE DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO EM EQUIPES DE PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO ESTADO

DA PARAÍBA

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde:

Profa. Dra. Técia Maria de Oliveira Maranhão

BANCA EXAMINADORA

Presidente da Banca Examinadora:

Prof. Dr Ricardo Oliveira Guerra

Prof. Dr Ricardo Oliveira Guerra – UFRN (Orientador)

Profa. Dra. Maria das Graças Rodrigues de Araújo – UFPE

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Aos meus amados filhos JOÃO EMMANUEL

e BELIZE MARIA, por tudo que eles

representam na realização desse trabalho e na minha razão de viver.

A minha estimada tia NICINHA, pela dedicação e bondade, nos momentos mais difíceis incentivando-me a continuar lutando pelos meus ideais, a minha eterna gratidão.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus por acompanhar-me em todos os momentos da construção e conclusão desse trabalho, renovando minha coragem e motivação de seguir em frente.

Ao meu orientador e mestre Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra, um ser humano especial, que me acolheu com tanta generosidade na caminhada da busca de novos conhecimentos e engrandecimento profissional, transmitindo sabedoria, compreensão, competência, solidariedade, alegria, sensibilidade, profissionalismo, disponibilidade e amizade sincera, pela sua preciosa orientação e amizade a minha eterna admiração e gratidão.

Aos colegas professores e funcionários do Departamento do Curso de Fisioterapia da UFPB, meus sinceros agradecimentos.

Aos colegas professores e funcionários do Departamento do Curso de Fisioterapia da UFRN, pelo acolhimento e pelo carinho que a mim dedicaram.

Aos acadêmicos da Graduação e Pós-Graduação do Curso de Fisioterapia da UFRN, Cristiano dos Santos Gomes e Karla Vanessa Rodrigues pela competência e disponibilidade na colaboração do trabalho.

Á todos docentes e funcionários que fazem o Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da UFRN, pela dedicação e compromisso com a pós-graduação.

Aos secretários de saúde, coordenadores e profissionais dos Programas de Saúde da Família dos municípios que colaboraram com o estudo.

Aos professores integrantes da banca do exame de qualificação e da banca examinadora, cujas críticas e sugestões enriqueceram o trabalho.

Aos técnicos da Gerência Executiva de Atenção Básica da Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba pela colaboração na realização da pesquisa.

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“A razão cardeal de toda a superioridade humana é, sem dúvida, à vontade. O poder nasce do querer. Sempre que um homem aplica a veemência e a perseverante energia de sua alma a um fim, ele vencerá os obstáculos, e se não atingir o alvo, fará pelo menos coisas admiráveis”.

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LISTA DE ILUSTRAÇÃO

Figura 1 - Princípios Doutrinários e Organizativos do SUS ... 18

Figura 2 - Níveis Sintetizados de Prevenção ... 20

Figura 3 - Pirâmide de Risco Funcional ... 25

Figura 4 – Linha de Cuidado ao Idoso ... 29

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1 - Municípios das Regiões do Litoral Norte e Sul da Paraíba ... 27

Quadro 2 -Diretrizes Essenciais da Política Nacional de Saúde do Idoso ... 32

Tabela 1 - Distribuição das características sociodemográficas dos profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=120) ... 37

Tabela 2 - Principais prioridades das diretrizes essenciais da PNSI de acordo com os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104)... 39

Tabela 3 - Distribuição da amostra dos fatores determinantes relacionados à percepção frente à realidade política de atenção à saúde do idoso segundo os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104) ... 40

Tabela 4 - Distribuição da amostra dos aspectos referentes aos recursos humanos e recursos estruturais na área de saúde do idoso segundo os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104)... 41

Tabela 5 - Distribuição da amostra da presença de indicadores

multidimensionais sobre as condições de saúde e capacidade funcional dos idosos segundo os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104) ... 42

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LISTA DE SIGLAS

ACE – Acidente Vascular Encefálico ACS – Agente Comunitário de Saúde

AIVD – Atividade Instrumental de Vida Diária AVC – Acidente Vascular Cerebral

AVD – Atividade de Vida Diária CEP- Comitê de Ética em Pesquisa CES – Conselho Estadual de Saúde CIB – Comissão Intergestora Bipartite

CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde CNI – Conselho Nacional do Idoso

DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DM - Diabetes Mellitus

ESF – Estratégia de Saúde da Família/ Equipes de Saúde da Família

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IES – Instituição de Ensino Superior

ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idoso

LOS – Lei Orgânica da Saúde

MS – Ministério da Saúde

NASF - Núcleos de Apoio à Saúde da Família NOB – Norma Operacional Básica

NOAS – Norma Operacional de Assistência a Saúde OMS – Organização Mundial da Saúde

PAC- Programa de Aceleração de Crescimento PACS – Programa de Agentes Comunitários de Saúde PNI – Política Nacional do Idoso

PNSI – Política Nacional de Saúde do Idoso

PNSPI – Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa

PSF – Programa de Saúde da Família

REFORSUS – Reforço a Reorganização do Sistema Único de Saúde REIS - Rede Estadual de Informação em Saúde

RNIS – Rede Nacional de Informação em Saúde

SES/PB- Secretaria Estadual de Saúde do Estado da Paraíba SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica

SPSS- Statistical Package for the Social Science

SUS – Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

LISTA DE ILUSTRAÇÃO

LISTA DE QUADROS E TABELAS

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

1- INTRODUÇÃO ... 12

1.1) Objetivos ... 15

1.1.1) Objetivo Geral...15

1.1.2) Objetivos Específicos...16

2 - REVISÃO DA LITERATURA ... 17

2.1 - O Sistema Único de Saúde – SUS ... 17

2.1.1 - Programa de Saúde da Família – uma nova estratégia de atenção à saúde ... 20

2.2 - O Envelhecimento Populacional Brasileiro ... 22

2.3 - Política de Atenção à Saúde do Idoso no Brasil ... 26

2.4 - Política de Atenção à Saúde do Idoso no Estado da Paraíba ... 30

3- MATERIAIS E MÉTODOS ... 33

3.1 - Caracterização da Pesquisa ... 33

3.2- População... 33

3.3- Amostra ... 33

3.4 - Descrição do Local do Estudo ... 33

3.5 - Instrumento e Procedimentos de Coleta de Dados ... 35

3.6- Análise Estatística ... 36

4 - RESULTADOS ... 37

5 - DISCUSSÃO ... 44

6 - CONCLUSÃO ... 48

REFERÊNCIAS ... 50

APÊNDICES APÊNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ... 55

APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO DIRIGIDO ... 57

APÊNDICE 3 – CARTA DE ANUÊNCIA ... 62

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1.1.2 Objetivos Específicos

• Descrever o perfil dos profissionais por categoria profissional (médico, enfermeiro e odontólogo) que atuam nas equipes do PSF em municípios da zona litorânea do Estado da Paraíba.

• Evidenciar o nível de percepção dos profissionais atuantes no PSF frente à realidade da política de atenção a saúde do idoso nas UBS dos municípios estudados.

(13)

2 . REVISÃO DA LITERATURA

2.1. O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE– SUS

O Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública que acaba de completar vinte anos de existência. Nesses poucos anos, vem sendo construído no Brasil, um sólido sistema de saúde visando à prestação de bons serviços à população brasileira. É um sistema formado por várias instituições das três esferas governamentais (União, Estados e Municípios) e pelo setor privado, com o qual são feitos contratos e convênios para a realização de serviços e ações, como se fosse um mesmo corpo. É único porque tem as suas doutrinas e seus princípios, inspirados na Constituição de 1988 e na Lei Orgânica da Saúde (8.080/90), atuando em todo território nacional e organizado com uma mesma sistemática1.

O SUS incorpora o conceito mais abrangente de que a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes do meio físico (condições geográficas, água, alimentação, habitação), do meio sócio-econômico e cultural (ocupação, renda educação), dos fatores biológicos (idade, sexo, herança genética) e da oportunidade de acesso aos serviços que visem à promoção, proteção e recuperação da saúde. Ainda que esse conjunto de idéias, direitos, deveres e estratégias não possam ser implantados automaticamente e de imediato, é necessário que se estenda a lógica do SUS, como ele deve ser planejado e funcionar para cumprir esse novo compromisso que é assegurar a todos, indiscriminadamente, serviços e ações de saúde de forma equânime, adequada e progressiva2.

Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos princípios doutrinários e princípios organizativos. Os princípios doutrinários correspondem; a

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e recuperação da saúde de forma indivisível e que não podem ser compartimentalizadas. Enquanto os princípios organizativos dizem respeito a; regionalização e hierarquização

onde os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida, a resolubilidade que implica na exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência e a

descentralização que é entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Ainda é garantida constitucionalmente a participação dos cidadãos, através de suas entidades representativas (Figura 1)3, participarem do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o municipal, onde essa participação se da nos conselhos de saúde e nas conferências de saúde.

O SUS despontou como um novo sistema de saúde que se constrói no cotidiano com o objetivo de melhorar a qualidade de atenção à saúde rompendo com um passado de descompromisso social e irracionalidade técnico-administrativa, sendo a imagem ideal que norteia o trabalho do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde4.

Figura 1 - Princípios Doutrinários e Organizativos do SUS

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde3.

Universalidade Equidade Integralidade

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O SUS deve ser gerido nas três esferas do governo, sendo essas entidades encarregadas de fazer com que o mesmo seja implantado e funcione adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias, da lógica organizativa e racionalizado dentro dos princípios anteriormente esclarecidos5.

Nos municípios, os gestores são as secretarias municipais de saúde ou as prefeituras, com as funções de programar, executar e avaliar as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, significando que o município deve ser o primeiro responsável pelo planejamento, execução e controle das ações de saúde na sua área de abrangência. Nos estados, os gestores são os secretários estaduais de saúde responsáveis pela coordenação das ações de saúde do seu estado, seu plano diretor será a consolidação das necessidades propostas de cada município, através de planos municipais, ajustados entre si.

O estado deverá corrigir distorções existentes e induzir os municípios ao desenvolvimento das ações, cabendo também, planejar, controlar o SUS em seu nível de responsabilidade e executar apenas as ações de saúde que os municípios não forem capazes de executar. No nível federal, o gestor é o Ministério da Saúde, e sua função é liderar o conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades nas diferentes regiões para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, responsabilizando-se pela formulação, coordenação e controle da política nacional de saúde, com importante missão no planejamento, financiamento, cooperação técnica e controle do SUS6.

(16)

2.1.1 Programa de Saúde da Família – uma nova estratégia de atenção à saúde

O Programa Saúde da Família denominando-se também de Estratégia Saúde da Família teve início quando o Ministério da Saúde formulou em 1991 o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) com a finalidade de contribuir para a redução das mortalidades infantil e materna, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, através da extensão de cobertura dos serviços de saúde para as áreas mais carentes8,9..

A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais e interdisciplinares em unidades básicas de saúde. Essas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada10,11. Essa estratégia objetiva facilitar o acesso dos indivíduos e possibilitar uma gerência de saúde mais adequada à população atendida, oferecendo serviços de melhor qualidade. No âmbito dessas mudanças, várias políticas municipais têm se organizado a partir do Programa de Saúde da Família, proposta que se insere no nível da atenção básica e que persegue o objetivo final de promover a qualidade de vida e o bem estar individual e coletivo por meio de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde12 (Figura 2).

Figura 2 - Níveis Sintetizados de Prevenção

Fonte: Adaptado de Paim, JS.2

Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária

(medidas inespecíficas ou de (recuperação da saúde) (reabilitação) promoção e específicas ou

(17)

O Programa Saúde da Família está inserido em um contexto de decisão política e institucional de fortalecimento da atenção básica no Sistema Único de Saúde. A implantação do PSF no Brasil teve dois períodos bem definidos: um caracterizado pelo desenvolvimento focalizado em pequenos e médios municípios das regiões nordeste e sudeste, com piores indicadores sociais; outro, com forte expansão dos níveis de cobertura e introdução do programa nas regiões centro-oeste, sudeste e sul, em municípios grandes e capitais com melhores indicadores sociais. No entanto, as intensas desigualdades regionais e as profundas diferenças nos processos de descentralização nos estados e municípios forjaram um cenário heterogêneo e complexo, traduzido, em última análise, numa diversidade de experiências de implementação do programa13,19.

Apesar dessa estratégia ser operacionalizada a partir das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o atendimento pode ser prestado nas unidades ou nos domicílios, todo o sistema deve estar estruturado segundo a sua lógica, pois a continuidade da atenção deve ser garantida, por um fluxo contínuo setorial. A implantação dessas ações vem possibilitando a integralidade da assistência e a criação de vínculos de compromisso e de responsabilidade compartilhados entre os serviços de saúde e a comunidade13,14.

(18)

estabelecer um equilibrado atendimento domiciliar à população, significando portanto, mudança cultural da população e dos profissionais de saúde de forma a respaldar o fortalecimento de uma nova visão de trabalho e da interação dos diversos agentes em torno dos cuidados e da promoção da saúde14,21,22.

Um aspecto ainda vulnerável na organização do trabalho de equipes de saúde refere-se à capacitação dos profissionais, e nesse processo de atender as demandas em educação continuada, as Instituições de Ensino Superior (IES) participam ativamente na formação e educação permanente de pessoal para Saúde da Família através da criação de Pólos de Capacitação, financiados pelo MS, dessa forma renovando as críticas ao aparelho formador em adequar-se às mudanças assistenciais pretendidas e provocando debates e revisão dos currículos dos profissionais da área da saúde 8,13.

Ao Ministério da Saúde cabe investir em parcerias com os gestores municipais, estaduais e IES com o objetivo de promover a capacitação e a qualificação da atenção básica com todos aqueles que lidam com a Estratégia de Saúde da Família, visando fazer com que a atenção básica à saúde do povo brasileiro possa ser competente, humanizada e resolutiva, realidade possível e desejada por todos, acima de tudo pela própria população1,8.

2.2 O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO

(19)

alcançar a velhice, embora já apresentem um perfil demográfico semelhante ao dos países do Primeiro Mundo, os grandes centros populacionais brasileiros ainda não dispõem de uma infra-estrutura de serviços que dê conta das demandas decorrentes das transformações demográficas vigentes24.

Segundo Veras et al 25, o aumento da expectativa de vida nas modernas sociedades é resultado das conquistas tanto no campo de desenvolvimento econômico quanto na saúde pública, essa conquista maior do século XX se transforma, no entanto, em um grande desafio para o século que se inicia. O envelhecimento da população é uma aspiração natural de qualquer sociedade, mas não basta por si só, viver mais é importante desde que se consiga agregar qualidade aos anos adicionais de vida. Sem dúvida, um dos maiores feitos da humanidade foi a ampliação do tempo de vida, que se fez acompanhar de uma melhora substancial dos parâmetros de saúde das populações, ainda que estas conquistas estejam longe de se distribuir de forma equitativa nos diferentes países e contextos sócio-econômicos26. No entanto, qualquer que seja a idade definida dentro de contextos diferentes, é importante reconhecer que a idade cronológica não é um marcador preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento.

Existem variações significativas relacionadas ao estado de saúde, participação e níveis de independência entre pessoas mais velhas que possuem a mesma idade. Os gestores públicos precisam considerar essas variações ao formular políticas e programas para as populações “mais velhas”. Fazer vigorar políticas sociais abrangentes baseadas somente na idade cronológica pode ser discriminatório e contraproducente para o bem-estar da população idosa27.

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gradativamente às doenças crônicas não-transmissíveis, mais complexas e onerosas, típicas das faixas etárias mais avançadas, percebe-se uma necessidade de reformulação na atenção à saúde, de maneira que o alvo a ser atingido possa ser uma velhice livre de incapacidades. Embora o envelhecimento não seja uma enfermidade em si, e a idade avançada não seja necessariamente sinônimo de fragilidade e doenças, o aumento das demandas do setor da saúde torna-se um fato inegável, havendo necessidade de adequação, principalmente dos serviços de saúde, de maneira que as carências dessa população sejam atendidas29.

Manter a autonomia e independência durante o processo de envelhecimento é uma meta fundamental para indivíduos e governantes. O envelhecimento ocorre dentro de um contexto que envolve outras pessoas, como amigos, colegas de trabalho, vizinhos e membros da família. Essa é a razão pela qual a interdependência e a solidariedade entre gerações, ocorre numa via de mão-dupla, com indivíduos jovens e velhos, onde se dá e se recebe e são princípios relevantes para se conseguir um envelhecimento ativo27,29.

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Esta é a mais significante revolução produzida no último século

Figura 3 - Pirâmide de Risco Funcional

Fonte: MS, 200730.

O modelo de atenção à saúde do idoso deve voltar-se para a avaliação de sua capacidade funcional, que pode ser feita em qualquer unidade de saúde ou na própria comunidade e que tenha como objetivos a captação e identificação de risco em grandes grupos de idosos. O conhecimento do estado de saúde do idoso é importante para as políticas de saúde, pois auxilia os planejadores na elaboração de estratégias específicas para essa população31,32. Nesse sentido, há um especial destaque para o desafio das implicações do envelhecimento para o sistema de saúde, principalmente em relação aos cuidados de longo prazo para o idoso frágil e dependente. Torna-se imprescindível para as políticas públicas de saúde elaborar estratégias voltadas para a prevenção da instalação de incapacidade, para manutenção e recuperação da capacidade funcional dos idosos, estabelecendo a integração dos modelos médico e social através de uma aproximação biopsicossocial parecendo ser a visão mais coerente para o entendimento das relações entre as condições de saúde e a incapacidade durante o processo de envelhecimento33.

Ante o exposto, encontrar os meios para incorporar os idosos em nossa sociedade, mudar conceitos já enraizados e utilizar novas tecnologias, com inovação, a fim de alcançar de forma justa e democrática a equidade na distribuição dos serviços e facilidades para o

P i r â m id e d e r is c o f u n c i o n a l

< 1 % v iv e e m I L P I ’s

+ - 2 0 % u m a o u m a i s in c a p a c i d a d e s e m A V D ’s o u A I V D ’s b á s i c a s

4 % a c a m a d o s

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grupo populacional que mais cresce nas últimas décadas, é tarefa de toda a sociedade em pleno século XXI 34.

2.3 POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NO BRASIL

A partir das reivindicações da sociedade em atender a demanda das necessidades da população idosa, o governo instituiu em 1994, a Lei n0 8.842 que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso (PNI) e cria o Conselho Nacional do Idoso (CNI). Essa lei foi regulamentada em 1996, assegurando direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS35,36.

(23)

Diretrizes Essenciais da Política Nacional de Saúde do Idoso

- Promoção do envelhecimento ativo e saudável

- Estímulo à participação do controle social

- Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa

- Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa

- Estímulo às ações intersetoriais visando à integralidade da atenção

- Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área da pessoa idosa

- Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção da pessoa idosa

- Divulgação e informação sobre a PNSPI para profissionais de saúde gestores e usuários do SUS

- Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas

Quadro 1 -Diretrizes Essenciais da Política Nacional de Saúde do Idoso

Fonte: MS,199937.

No ano de 2002, foi proposta a organização e a implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso, tendo como base as condições de gestão e a divisão de responsabilidades definida pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS). Como parte da operacionalização dessas redes, são criadas as normas para cadastramento de Centros de Referência em Atenção à Saúde do Idoso39.

Em 2003, houve grandes avanços com a aprovação do Estatuto do Idoso40, elaborado com intensa participação de entidades de defesa dos interesses dos idosos, ampliando a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população idosa. Embora a legislação brasileira relativa aos cuidados da população idosa seja bastante avançada, a vigência do Estatuto do Idoso e a ampliação da Estratégia Saúde da Família revelam a presença de idosos frágeis e em situação de grande vulnerabilidade social e a inserção ainda incipiente das Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso tornando-se imprescindível a readequação e estabelecimento da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), aprovada em 200641 .

(24)

conjunto de reformas institucionais do SUS na construção do Pacto pela Vida, que é um compromisso pactuado entre as esferas de gestão federal, estaduais e municipais, e tem em torno de suas prioridades apresentar impacto sobre a situação de saúde do idoso42. Essas políticas surgem como uma base sólida para a política de atenção básica á saúde do idoso, e são acompanhadas de ações já contempladas com ferramentas que monitoram a saúde do idoso, como a caderneta de saúde da pessoa idosa e a portaria da internação domiciliar. A caderneta vai permitir o melhor conhecimento dessa população por parte das equipes de Saúde da Família, e através dela será mais fácil identificar idosos que estão com algum risco de saúde e aqueles que já estão com algum agravo instalado.

A internação domiciliar vai fazer com que as pessoas que foram internadas com quadros agudos e que não precisam mais ficar internadas, tenham um acompanhamento após a alta hospitalar em sua residência, ressaltando, que essas pessoas precisam de um atendimento diferenciado nas ações de promoção, prevenção secundária e terciária, além dos demais cuidados especiais para garantir um bom convívio social e boa qualidade de vida 40. O paradigma colocado pela Organização Mundial da Saúde sobre o envelhecimento ativo não focado na doença43, foi assumido na PNSPIcom o propósito de se trabalhar com a capacidade funcional da população idosa em dois grandes eixos: os dos idosos independentes e dos idosos frágeis30 (Figura 4).

(25)

Figura 4 – Linha de Cuidado ao Idoso

Fonte: MS, 200730.

O Brasil organiza-se para responder às crescentes demandas de sua população que envelhece43, entretanto, no contexto atual evidenciam-se questões tais como: falta de diretrizes claras para operacionalizar a PNSPI, de baixo impacto na saúde da população idosa assistida pela atenção básica, de inexistência de relação de fluxo de referência e contra-referência entre a atenção básica e o centro de referência e de falta de avanços legais no Estatuto do Idoso e demais estratégias e ações38,40,41.

É dever das políticas públicas

uma atenção contínua e eficaz para a saúde e o

bem-estar da população idosa nos diferentes níveis de intervenção, adequados às

distintas fases da enfermidade e ao grau de incapacidade,

para que mais pessoas

alcancem as idades avançadas com o melhor estado de saúde possível. O envelhecimento ativo e saudável é o grande objetivo nesse processo, se considerarmos a saúde de forma ampliada tornam-se necessárias mudanças no contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural mais favorável para população idosa42,45,46.

L i n h a d e C u i d a d o a o I d o s o

A ç õ e s :

A t e n ç ã o D o m i c i l i á r i a R e a b i l i t a ç ã o

P r e v e n ç ã o s e c u n d á r i a

A ç õ e s : P r o m o ç ã o P r e v e n ç ã o

R e a b i l i t a ç ã o P r e v e n t iv a A t e n ç ã o B á s i c a

S u p o r t e S o c i a l INTER

S E T OR IALIDA DE ID O S O

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2.4 POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NO ESTADO DA PARAÍBA

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba – SES/PB tem investido na qualificação da gestão do SUS com o objetivo de garantir acesso equânime e universal aos serviços e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com atenção integral aos usuários do SUS. A igualdade e integralidade da assistência á saúde preconizada pela Lei Orgânica da Saúde, se estabelece através da organização de redes articuladas e resolutivas de serviços. A SES/PB procurou dar legitimidade ao processo do Pacto da Atenção Básica á Saúde através da formação de um grupo de condução da atenção básica, que teve como propósito viabilizar o processo de organização da atenção básica, através dos sistemas locais de saúde com base no fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família e dos sistemas de informações relacionados ao aprimoramento da gestão dos serviços e das ações no âmbito da atenção básica1,47.

Na Paraíba, o processo de descentralização da saúde iniciou-se na Secretaria de Saúde do Estado em 1997, através do desenvolvimento de um projeto interinstitucional de apoio à municipalização baseado na Norma Operacional Básica (NOB-01/96), sendo aprovado pela Comissão Intergestora Bipartite – CIB (composta por representantes das secretarias municipais de saúde e secretaria estadual de saúde) e deliberado pelo Conselho Estadual de Saúde (CES), contribuindo para a adequação da política estadual de saúde, nas condições preconizadas pela legislação do SUS, exigindo decisões na direção da descentralização das ações e serviços de saúde48.

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2007, pelo Governo do Estado através da SES/PB. Nesse sentido, a gestão das políticas de saúde pública no Estado, sobretudo as estratégias de ação de saúde do idoso, vem procurando atuar sob o enfoque da necessidade de integrar as diversas realidades municipais em torno de um eixo de forma que possibilite garantir o acesso em todos os níveis de atenção49.

A Paraíba possui hoje a 3ª maior população idosa do País, com cerca de 408 mil pessoas com 60 anos ou mais de idade, representando mais de 10,8% da população do Estado18. O Programa Saúde da Família está presente nos 223 municípios, possuindo cerca de 1.234 equipes de saúde credenciadas e 56 equipes em processo de implantação, com uma cobertura de 100% em todo o Estado48.

As evidências na falta de capacitação profissional na área de geriatria e gerontologia por parte dos profissionais integrantes das equipes de saúde da família vêm inviabilizando o pleno desenvolvimento das diretrizes da Política de Atenção á Saúde do Idoso, principalmente no tocante à avaliação, manutenção e restauração da capacidade funcional dessa população, emergindo o desconhecimento por parte dos profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde35, sobre a saúde e capacidade funcional dos idosos que vivem na região paraibana.

É atribuição fundamental dos gestores de saúde do Estado, incrementar e garantir a efetivação das políticas de atenção básica integral à saúde do idoso, conforme o projeto dinamizador do SUS e como atores pro ativos para estruturação e organização da atenção básica integral à saúde do idoso local50.

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LITORAL NORTE

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO IDOSA

Baia da Traição 591

Capim 469

Cuité de Mamanguape 843

Curral de Cima 776

Itapororoca 1.994 Jacaraú 2.044 Mamanguape 3.989 Marcação 508

Pedro Regis 715

Rio Tinto 2.884

Mataraca 562

LITORAL SUL

Alhandra 1.327 Caapora 1.415

Pedras de Fogo 2.961

Conde 1.615 Pitimbu 1.424

Quadro 2 – Municípios das Regiões do Litoral Norte e Sul da Paraíba.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo do tipo observacional descritivo, realizado no período de Maio a Dezembro de 2008, em dezesseis municípios que compõem a zona litorânea norte e sul do Estado da Paraíba, com um total de 238.455 habitantes, uma população estimada de 24.117 idosos18, e por sua vez, está constituída por oitenta e nove Unidades Básicas de Saúde.

3.2 POPULAÇÃO

A amostra envolvida nesse estudo compreendeu 120 profissionais de saúde tendo como critério de inclusão três categorias profissionais (enfermeiro, médico e odontólogo), sendo 104 respondentes como profissionais e 16 respondentes como coordenadores de equipe atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas estudadas.

3.3 AMOSTRA

Para composição da amostra foi realizado o procedimento estatístico feito por amostragem não aleatória e por conveniência de acordo com o quantitativo de profissionais das equipes do PSF presentes nas Unidades de Saúde dos municípios.

3.4 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO

(30)

municípios: Baia da Traição, Capim, Cuité de Mamanguape, Curral de Cima, Itapororoca, Jacaraú, Mamanguape, Marcação, Pedro Régis, Rio Tinto e Mataraca, e a microrregião do Litoral Sul, teve sua população estimada em 102.988 habitantes e está dividida em cinco municípios: Alhandra, Caaporã, Pedras de Fogo, Conde e Pitimbu.

Figura 5 – Mapa das microrregiões do litoral norte e sul da Paraíba Fonte: IBGE, 200051.

Litoral Norte

Litoral Sul

MATARACA

RIO TINTO

BAIA DA TRAIÇÃO

MARCAÇÃO

MAMANGUAPE ITAPOROROCA

CUITÉ DE MAMANGUAPE

CAPIM CURRAL DE CIMA

JACARAÚ

PEDRO RÉGIS

JOÃO PESSOA

CAAPORÃ ALHANDRA

CONDE

PEDRAS 

DE FOGO 

(31)

3.5 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Antes da coleta de dados foi realizado um estudo piloto para ajuste do instrumento e treinamento dos participantes no momento da coleta. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, Protocolo n0. 0098 em 30/04/2008, após recebimento das cartas de anuência dos secretários de saúde dos dezesseis municípios litorâneos do Estado, com o objetivo de expor o projeto e o detalhamento da pesquisa. Posteriormente foi iniciada a coleta de dados, que ocorreu com os profissionais de saúde presentes nas unidades do PSF de cada município. Essa etapa foi precedida da autorização por parte do profissional participante, ao assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Os dados foram coletados através de um questionário auto-aplicável de avaliação fechada e de questões de múltipla escolha, constituído por duas partes: a primeira, com dados referentes ao perfil sócio-demográfico dos profissionais de saúde das equipes do PSF selecionados, a segunda, com enunciados mais específicos objetivando conhecer o nível de percepção dos profissionais atuantes no PSF frente á realidade política de atenção à saúde do idoso das Unidades Básicas de Saúde da zona litorânea do Estado da Paraíba, e compará-lo com a política de atenção básica a saúde do idoso estabelecida pelo projeto dinamizador do Sistema Único de Saúde, seguindo um modelo adaptado à escala de Likert, com três pontos de medida para ponderações de acordo com o enunciado: concordo totalmente, neutro e discordo totalmente; ou presente, ausente, não sabe responder; ou insatisfeito, pouco satisfeito e totalmente satisfeito; ou nenhum conhecimento, pouco conhecimento, conhecimento básico e total conhecimento. Sendo esses questionários elaborados a partir dos pressupostos da Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI)37 das estratégias do PSF8 e norteadas segundo o estudo de Protti13.

(32)

relacionados com atenção à saúde do idoso no contexto da estratégia da saúde da família junto aos gestores municipais.

3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

(33)

4. RESULTADOS

Entre os 120 profissionais de saúde participantes do estudo, 22,5% eram do sexo masculino, e 77,5% do sexo feminino. A média de idade dos participantes foi de 40,7 anos, variando numa faixa etária de 22 a 78 anos. Na tabela 1 estão apresentados os dados sobre as características sóciodemográficas dos profissionais participantes do estudo. A enfermagem foi a categoria profissional mais prevalente (43,3%). Mais da metade dos profissionais (55,0%) tinha acima de dez anos no tempo de graduação. Um número significativo de profissionais (95,8%) não residia no município onde trabalhavam, e 70,0% deles tinham forma de contrato temporário. O estudo constatou ainda que 88,3% dos profissionais possuem algum tipo de capacitação em saúde pública, e em relação ao tempo de exercício laboral 37,5% possuem entre cinco e dez anos de atividades nos serviços.

Tabela 1 - Distribuição das características sóciodemográficas dos profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=120).

 

Variável n %

Sexo

Masculino 27 22,5

Feminino 93 77,5

Formação acadêmica

Enfermeiro 52 43,3

Médico 29 24,2

Odontólogo 36 30,0

Outros 3 2,5

Tempo de graduado

Menos de 1 ano 2 1,7

Entre 1 a 2 anos 5 4,2

Entre 2 a 5 anos 20 16,6

Entre 5 a 10 anos 21 17,5

Mais de 10 anos 66 55,0

(34)

Nas tabelas 2, 3 e 4 são apresentadas, respectivamente, a distribuição das variáveis relacionadas às questões sobre as diretrizes essenciais da PNSI, os fatores determinantes relacionados frente à percepção da política de atenção à saúde do idoso e os aspectos referentes aos recursos humanos e estruturais na área de saúde do idoso.

De acordo com os dados apresentados na Tabela 2, a escolha dos profissionais relacionadas às principais diretrizes essenciais da PNSI evidenciou três delas, seguindo uma escala de prioridade onde; 87,5% optaram pela promoção do envelhecimento saudável; 81,7% por assistência às necessidades de saúde do idoso que contemple uma humanização de seu atendimento; e 57,7% foram favoráveis pela manutenção da

capacidade funcional.

Tempo de trabalho nesse serviço

n %

Menos de 1 ano 22 18,3

Entre 1 a 2 anos 17 14,2

Entre 2 a 5 anos 44 36,6

Entre 5 a 10 anos 29 24,2

Mais de 10 anos 3 2,5

Não respondeu 5 4,2

Tempo de experiência em saúde pública

Menos de 1 ano 5 4,2

Entre 1 a 2 anos 8 6,7

Entre 2 a 5 anos 28 23,3

Entre 5 a 10 anos 45 37,5

Mais de 10 anos 21 17,5

(35)

Tabela 2 – Principais prioridades das diretrizes essenciais da PNSI de acordo com os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104)

Diretrizes n %

Promoção do envelhecimento saudável 91 87,5

Assistência às necessidades de saúde do idoso que contemple uma humanização de seu atendimento

85 81,7

Manutenção da capacidade funcional 60 57,7

A maioria dos participantes considerou os serviços como organizados no contexto das estratégias de saúde da família no atendimento básico de atenção á saúde do idoso (Tabela 3), no entanto, 64,4% desses concordaram totalmente que os serviços possuem profissionais com dúvidas e desconhecimento sobre as ações e estratégias de intervenção de saúde da população idosa. Foi constatado ainda, que a maioria dos profissionais de saúde considerou que os serviços costumam padronizar as ações considerando as manifestações locais dos problemas de saúde da população idosa, assim como, possui mecanismos de identificação de fatores de risco e planejamento de ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças primárias.

(36)

Tabela 3 – Distribuição da amostra dos fatores determinantes relacionados à percepção frente à realidade política de atenção à saúde do idoso segundo os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104)

VARIÁVEL Concordo totalmente

Neutro Discordo totalmente

n % n % n %

O Serviço encontra-se organizado no contexto das estratégias de saúde da família no atendimento básico de atenção á saúde do idoso

81 77,9 6 5,8 17 16,3

O Serviço possui profissionais com dúvidas e desconhecimento sobre as ações e estratégias de intervenção de saúde da população idosa

67 64,4 10 9,6 27 26,0

O Serviço costuma padronizar as ações considerando as manifestações locais dos problemas de saúde da população idosa

67 64,4 20 19,3 17 16,3

O Serviço possui mecanismos para identificar os possíveis fatores de risco à saúde do idoso

78 75,0 10 9,6 16 15,4

O Serviço possui um planejamento de ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças primárias

103 99,0 1 1,0 -- --

O Serviço promove ações de intervenção nas doenças secundárias e nas ações de reabilitação

75 72,1 14 13,5 15 14,4

O Serviço possui fluxo de referência e contra referência atendimento ao idoso

56 53,8 19 18,3 29 27,9

O Serviço implementa vínculo com os idosos, privilegiando e estimulando a participação e controle social

70 67,3 13 12,5 21 20,2 O Serviço apresenta necessidade de

equipes de reabilitação na rede básica para ajudar a mudar o perfil epidemiológico das deficiências e incapacidades dos idosos

(37)

Na Tabela 4 estão apresentados os aspectos referentes aos recursos humanos e recursos estruturais na área de saúde do idoso. Observou-se que a maioria dos profissionais limitou-se em concordar totalmente com as questões que demonstram condições satisfatórias de trabalho junto as UBS em que atuam.

Tabela 4 – Distribuição da amostra dos aspectos referentes aos recursos humanos e recursos estruturais na área de saúde do idoso segundo os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104)

VARIÁVEL Concordo totalmente

Neutro Discordo totalmente

n % n % n % A UBS promove reuniões com

os demais colegas de equipe para discussão dos processos de melhoria das condições de trabalho

87 83,7 2 1,9 15 14,4

A UBS possui um planejamento de qualificação técnica dos profissionais para atenção integral a saúde do idoso

57 54,8 14 13,5 33 31,7

A equipe do PSF responde na prática a respeito da necessidade dos profissionais trabalharem com uma visão integral e humanizada da saúde do idoso

83 79,8 7 6,7 14 13,5

A equipe do PSF permite trocas de experiências e conhecimentos com o saber popular, através dos Agentes Comunitários de Saúde

91 87,5 2 1,9 11 10,6

A UBS possui as condições adequadas de infra-estrutura física, de equipamentos e de insumos para o atendimento ao idoso

58 55,8 14 13,5 32 30,8

A UBS possibilita o acesso adequado da população idosa aos serviços prestados

72 69,2 16 15,4 16 15,4

A UBS oferece condições de deslocamento para o atendimento a domicílio da população idosa

(38)

Na Tabela 5, são expostos alguns indicadores multidimensionais referentes aos problemas de saúde do idoso e capacidade funcional listados pelos profissionais atuantes no PSF das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba. Destacamos como indicadores prevalentes o diabetes com 100%, seguido da hipertensão 99,0%, ocupando as últimas colocações a incontinência urinária 51,9% e Parkinsonismo com 38,5%.

Tabela 5 - Distribuição da amostra da presença de indicadores multidimensionais sobre as condições de saúde e capacidade funcional dos idosos segundo os profissionais atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=104)

VARIÁVEL

Presente Ausente Não sabe

responder

n % n % n %

Desnutrição 56 53,8 29 27,9 19 18,3

Alcoolismo 65 62,5 21 20,2 18 17,3

Tabagismo 83 79,8 10 9,6 11 10,6

Diabetes 104 100,0 - - - -

Hipertensão 103 99,0 1 1,0 - -

Reumatismo 77 74,0 16 15,4 11 10,6

AVE 86 82,7 7 6,7 11 10,6

Parkinsonismo 40 38,5 36 34,6 28 26,9

Doenças pulmonares 67 64,4 19 18,3 18 17,3

Cardiopatias 89 85,6 7 6,7 8 7,7

Quedas 68 65,4 19 18,3 17 16,3

Incontinência urinária 54 51,9 22 21,2 28 26,9

Osteoporose 72 69,2 17 16,3 15 14,5

Uso contínuo de fármacos 86 82,7 6 5,8 12 11,5

Acamado 95 91,3 5 4,8 4 3,9

(39)

Na Tabela 6 apresenta-se o resultado dos dados dos coordenadores referente às características dos profissionais das equipes sob suas coordenações. Verifica-se que 81,3% estão pouco satisfeito com o desempenho das equipes na atenção básica a saúde do idoso. Quanto à quantidade e qualificação dos recursos humanos, bem como os recursos materiais e insumos para o atendimento à população idosa, os coordenadores demonstraram uma tendência em considerar também como poucos satisfatórios esses indicadores. No que se refere aos mecanismos de alimentação dos sistemas de informação sobre a saúde da pessoa idosa, não foi observado um posicionamento definido entre os coordenadores das equipes de saúde.

Tabela 6 - Distribuição na amostra das características das equipes, segundo os coordenadores atuantes no Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008 (n=16)

VARIÁVEL Insatisfeito Pouco satisfeito Totalmente satisfeito

n % n % n %

Desempenho das equipes na atenção básica a saúde do idoso

1 6,3 13 81,2 2 12,5

Recursos humanos disponíveis para atender a população idosa nos diferentes territórios de abrangência

1 6,3 8 50,0 7 43,7

Qualificação dos profissionais para executarem as ações compatíveis com a atenção básica á saúde do idoso

2 12,5 8 50,0 6 37,6

Recursos materiais e insumos suficientes para atender a população idosa

2 12,5 11 68,8 3 18,7

Mecanismos que alimentam os sistemas de informação sobre a saúde da pessoa idosa

(40)

5. DISCUSSÃO

A pesquisa investigou as políticas públicas de atenção a saúde do idoso, praticadas numa região carente do País, onde as características do processo de envelhecimento são bastante diferenciadas9,10. A transição demográfica atual repercute na área da saúde, em relação à necessidade de (re) organizar os modelos assistenciais. Ao analisar os resultados apontados pelo censo estimativo do IBGE18, a Paraíba tem cerca de 408 mil pessoas com 60 anos ou mais de idade, constituindo um desafio aos gestores públicos a implementarem políticas de saúde com ações de promoção, prevenção secundária e terciária, para que mais pessoas alcancem as idades avançadas com o melhor estado de saúde possível. Se considerarmos a saúde de forma ampliada torna-se necessário alguma mudança no contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural mais favorável para população idosa.

O delineamento de um estudo sobre a percepção e realidade da política de atenção à saúde do idoso em equipes de profissionais do PSF nos municípios litorâneos do Estado da Paraíba foi um desafio metodológico, uma vez que há diferenças nos aspectos subjetivos que envolvem a “percepção”, podendo ocasionar diferentes respostas em decorrência das interpretações dos indivíduos inseridos em diferentes contextos.

Entretanto, o presente trabalho obteve resultados consistentes, apesar de serem escassos os estudos com os mesmos objetivos e mesma abordagem metodológica, que permitissem uma análise comparativa dos resultados sobre esse fenômeno13,45. O tipo de estudo e o instrumento adotados nesse trabalho articulados com a consultoria feita à Gerência Executiva da Atenção Básica em Saúde da Secretaria Estadual tornou possível estabelecerem-se os critérios de melhor conhecer-se o objeto da pesquisa.

(41)

notando-se ainda um elevado percentual referido em todas as categorias de capacitação em saúde pública. Ainda no aspecto sócio-demográfico, constatou-se um fato preocupante, a respeito da maioria dos profissionais não residirem no município, o que a principio, levaria a questionar uma possível falta de vínculo desses com a realidade social e cultural do local de trabalho. Outrossim, a existência de contratos temporários poderia evidenciar essa preocupação.

Quanto às diretrizes essenciais que norteiam a PNSI37, os profissionais priorizaram pela promoção do envelhecimento saudável, pela assistência às necessidades de saúde do idoso que contemple uma humanização de seu atendimento e pela manutenção da

capacidade funcional, não considerando, entretanto, a importância da implementação do

programa de atenção integral e integrado à saúde do idoso para um efetivo envelhecimento ativo. Ainda com relação ao nível de conhecimento sobre a PNSI a maioria dos coordenadores afirmou ter pouco conhecimento da primordial finalidade dessa política que é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde1,3,5.

Sobre os fatores relacionados com a percepção da política de saúde do idoso nos municípios, evidenciou-se, na visão dos profissionais investigados, um significativo favorecimento aos serviços, excetuando-se apenas uma questão em que concordaram com a assertiva dos serviços possuírem profissionais com dúvidas e desconhecimento sobre as ações e estratégias de intervenção de saúde da população idosa.

(42)

contra-referência estadual e com a sistematização da utilização de um protocolo de avaliação e intervenção no atendimento a população idosa. Nesse sentido a SES/PB informa que encontra-se em andamento a implantação de um centro de referência estadual, como também, uma proposta da unificação de um protocolo de atendimento para avaliação e intervenção com a pessoa idosa, para todos os municípios.

No que se refere aos recursos humanos e materiais, a maioria dos profissionais demonstrou um elevado índice de satisfação com as condições de trabalho junto as UBS em que atuam. O estudo constatou através de observação in loco nas unidades de saúde investigadas, condições inadequadas nas instalações físicas, falta de equipamentos e insumos, e difícil acesso para o atendimento a população idosa. Ante essa realidade a SES/PB refere que busca solucionar os problemas, articulando-se com as gestões municipais através de atividades tais como: seminários, troca de experiências exitosas entre os municípios, treinamentos, oficinas integradas, com a finalidade de sensibilizar os gestores para formação de conselhos municipais do idoso e de sugerir os encaminhamentos da demanda para o centro de referência do município de João Pessoa.

Apesar da UBS ser o local de operacionalização da estratégia de saúde, a consolidação dessas ações precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida46. Os achados sobre os indicadores das condições de saúde e capacidade funcional dos idosos do estudo mensuraram a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) com elevada prevalência, seguida das cardiopatias, do acidente vascular encefálico, do reumatismo e da osteoporose. Esses dados são corroborados com estudos epidemiológicos em idosos realizados no Brasil28.

(43)

das doenças, que repercutem na redução ou perda da capacidade funcional. Nos achados da abordagem com os coordenadores evidenciou-se concordância apenas com a questão que trata dos mecanismos que alimentam os fluxos dos sistemas de informação. Com relação às demais questões evidenciaram-se pouca satisfação com o desempenho e operacionalização das ações voltadas para a saúde do idoso que são desenvolvidas pelos profissionais das equipes na estratégia saúde da família dos municípios sob suas coordenações. Tratando-se dos mecanismos que alimentam os sistemas de informação, a SES/PB destacou a adesão ao Programa Reforço à Reorganização do SUS (REFORSUS), que a partir daí integrou-se a Rede Nacional de Informação em Saúde - RNIS adquirindo equipamentos e capacitando recursos humanos para implementação de uma Rede Estadual de Informação em Saúde – REIS-/PB49. Ressaltando-se ainda que, encontra-se em andamento a implantação de duas ferramentas de informação, viabilizadas pelo Ministério da Saúde, correspondendo respectivamente: ao gerenciador de informações locais (GIL) e a avaliação para melhoria da qualidade (AMQ) da Estratégia Saúde da Família.

(44)

6. CONCLUSÃO

Os modelos de serviço de saúde atuais são inadequados para responder às necessidades de populações que estão envelhecendo rapidamente. As metas para se alcançar uma velhice saudável, e minimizar a morbidade, são promover a saúde e o bem-estar durante toda a vida do indivíduo, os avanços na ciência da saúde e tecnologia tornaram possível uma vida com mais qualidade na velhice. Para isso, estratégias de prevenção, focadas em abordagens de efetiva gestão pública, tornam-se importantes para resolver os desafios do envelhecimento e aumentar a expectativa da qualidade de vida da população idosa no Estado da Paraíba.

O Programa Saúde da Família considerado como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde, tem demonstrado potencialidade para provocar um importante movimento de reordenamento do modelo de atenção básica a saúde integral do idoso nos municípios pesquisados no estudo.

Dos resultados encontrados podem ser estabelecidas as seguintes conclusões: 9 Constatou-se o fato da maioria dos profissionais não residirem no próprio

município, caracterizando-se uma falta de vínculo desses com a realidade sócio cultural do local de trabalho;

9 Evidenciou-se uma significativa tendência de “favorecimento” aos serviços por

parte da grande maioria dos profissionais investigados com relação à realidade da política de saúde do idoso praticada nos municípios;

9 Na investigação surgiram duas respostas emitidas pelos profissionais que

(45)

9 O estudo constatou in loco na maioria das unidades de saúde investigadas,

condições inadequadas de estruturas físicas, falta de equipamentos e insumos, além de difícil acesso para o atendimento ao idoso.

A compreensão dos diferentes aspectos relacionados à garantia de um envelhecimento ativo, assegurando ao idoso uma vida funcional e independente, nos remete a reconhecer através dos resultados obtidos nesse estudo, a necessidade de reivindicar uma efetiva inclusão na atenção primária à saúde dos demais profissionais de saúde e de áreas afins e correlatas (Fisioterapeuta; Acupunturistas; Assistente Social; Educador Físico; Farmacêutico; Terapeuta Ocupacional; Fonoaudiólogo; Ginecologista; Homeopata; Nutricionista; Pediatra; Psicólogo e Psiquiatra), através do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que se trata de uma potente estratégia para ampliar a abrangência e diversidade das ações das Equipes SF, lançado desde 2007 e criado pela Portaria GM no 154, de 24 de Janeiro de 2008, possuindo como eixos estruturantes a gestão compartilhada, a responsabilização e apoio à coordenação do cuidado que se pretende, pela saúde da família.

(46)

REFERÊNCIAS

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37. Brasil, 1999. Portaria do Gabinete do Ministro de Estado da Saúde de nº. 1395, de 9 de dezembro de 1999, que aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso dá outras providências. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, nº. 237-E, p. 20-24, 13 dez., seção 1.

38. Brasil, 2006. Portaria do Gabinete do Ministro de Estado da Saúde de nº. 2.528, de 19 de outubro de 2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.

39. Brasil, Ministério da Previdência e Assistência Social. Secretaria de Ação Social. Plano de ação governamental integrado para o desenvolvimento da política nacional do idoso. Brasília, 1996.

40. Estatuto do Idoso: Cadernos de Atenção Básica nº 19 – Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa em <http://dtr2004.saude.gov.br/dab/caderno_ab.php>; Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003; Portaria nº 1.395, de 10 de dezembro de 1999.

41. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Política de Assistência à Saúde do Idoso. Linhas de ação a serem desenvolvidas pelo Serviço de Atenção à Saúde do Idoso. Brasília, 1995.

42. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Apoio á Descentralização. Diretrizes Operacionais: Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão/ Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Coordenação de Apoio á Gestão Descentralizada. – Brasília, 2006.

43. Envelhecimento Ativo: uma política de saúde / World Health Organization; tradução Suzana Gontijo. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.

44. Veras R. Population aging and health information from the National Household Sample Survey: contemporary demands and challenges. Introduction. Cad. Saúde Pública, 2007; 10: 2463-2466.

45. Teixeira INA. O. The perception of health professionals of two definitions of frailty in elderly people. Ciência & Saúde Coletiva, 2008; 13: 1181-1188.

46. Dalla Vecchia R. et al. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Rev.

(49)

47. Paraíba, Governo do Estado. Secretaria Estadual de Saúde – PB. Plano Diretor de Regionalização do Estado da Paraíba, 2003.

48. Paraíba, Governo do Estado. Conferência Municipal de Saúde. Atenção Básica à Saúde, uma Política de Estado, João Pessoa, PB, 2007.

49. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Redes Estaduais de Atenção à Saúde do Idoso: guia operacional e portarias relacionadas / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde –Brasília, 2002.

50. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília, 2006.

51. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico: Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1991, 2000.

(50)
(51)

APÊNDICE - 01

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CEP

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Este é um convite para você participar da pesquisa Percepção e Realidade da Política de Atenção à Saúde do Idoso nas Equipes de Profissionais do Programa de Saúde da Família do Estado da Paraíbaque é coordenada por Maria das Mercês Oliveira.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade.

(52)

Dúvidas a respeito da ética desta pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba no endereço: Campus I - Castelo Branco III, s/n –João Pessoa/PB - CEP: 58.051-900 ou pelo telefone (83) 3216-7791.

Consentimento Livre e Esclarecido

Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa: Percepção e Realidade da Política de Atenção à Saúde do Idoso nas Equipes de Profissionais do Programa de Saúde da Família do Estado da Paraíba.

Participante da pesquisa:

Nome:____________________________________________________________________

Asinatura:_________________________________________________________________

Pesquisadora responsável: Maria das Mercês Oliveira

Assinatura:________________________________________________________________ UFPB Cidade Universitária, Campus I-Castelo Branco - João Pessoa/PB telefone (83) 3216-7183.

(53)

APÊNDICE 02

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

QUESTIONÁRIO DIRIGIDO

PESQUISA: PERCEPÇÃO E REALIDADE DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NAS EQUIPES DE PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO ESTADO DA PARAÍBA.

Município: _____________________________________Data: ______/______/__________

Questionário nº.____________

I- PERFIL PROFISSIONAL:

Idade:_________anos

Sexo: M ( ) F ( )

Formação Acadêmica: Enfermeiro ( ) Médico ( ) Odontólogo ( ) Outra ( ) _______________

Tempo de Graduação:________________

Local onde Reside: _____________________________________________________

Carga Horária de Trabalho:_____________ horas

Forma de Contração: Servidor Público ( ) CLT( ) Cooperativa ( ) Convênio ( ) Outra ( ) _____________________

Tempo de Trabalho nesse Serviço: _______________

Capacitação em Saúde Pública: Possui ( ) Não possui ( )

Tempo de Experiência em Saúde Pública: ______________________

Remuneração Atual (salário mínimo): ( ) Menos de 4 salários ( ) 4 a 5 salários ( ) 6 a 7 salários ( ) 8 a mais salários

II – CONHECIMENTO SOBRE Á POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO IDOSO

1. Sobre á Política Nacional de Saúde do Idoso. Que nível de conhecimento o Sr. (a) tem a respeito desta Política?

1=nenhum conhecimento ( ) 2=pouco conhecimento ( ) 3=conhecimento básico ( ) 4=total conhecimento ( )

2. Á Política Nacional de Saúde do Idoso possui diretrizes importantes para o envelhecimento populacional brasileiro. Na relação abaixo estão expostas às diretrizes essenciais. Indique em sua opinião, as três mais importantes:

( ) Promoção do envelhecimento saudável; ( ) Manutenção da capacidade funcional;

( ) Assistência às necessidades de saúde do idoso que contemple uma humanização de seu atendimento; ( ) Reabilitação da capacidade funcional comprometida;

Imagem

Figura 1  - Princípios Doutrinários e Organizativos do SUS
Figura 3  - Pirâmide de Risco Funcional
Figura 4  – Linha de Cuidado ao Idoso
Tabela 1  - Distribuição das características sóciodemográficas dos profissionais atuantes no  Programa de Saúde da Família das microrregiões litorâneas do Estado da Paraíba, 2008  (n=120)
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Referências

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