• Nenhum resultado encontrado

Resistência à insulina em crianças e adolescentes obesos .

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Resistência à insulina em crianças e adolescentes obesos ."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

www.jped.com.br

ARTIGO

ORIGINAL

Insulin

resistance

in

obese

children

and

adolescents

,

夽夽

Monica

Cristina

dos

Santos

Romualdo

a,∗

,

Fernando

José

de

Nóbrega

b

e

Maria

Arlete

Meil

Schimith

Escrivão

c

aEscolaPaulistadeMedicina,UniversidadeFederaldeSãoPaulo(UNIFESP),SãoPaulo,SP,Brasil

bDepartamentodePediatria,EscolaPaulistadeMedicina,UniversidadeFederaldeSãoPaulo(UNIFESP),SãoPaulo,SP,Brasil

cDepartamentodePediatria,DisciplinadeNutrologia,EscolaPaulistadeMedicina,UniversidadeFederaldeSãoPaulo(UNIFESP),

SãoPaulo,SP,Brasil

Recebidoem14denovembrode2013;aceitoem28demarçode2014

KEYWORDS

Child; Adolescent; Obesity;

Insulinresistance; Riskfactors; Metabolicsyndrome

Abstract

Objective: Toevaluatethepresenceofinsulinresistanceanditsassociationwithother meta-bolicabnormalitiesinobesechildrenandadolescents.

Methods: Retrospectivestudyof220childrenandadolescentsaged5-14years.Anthropometric measurementswereperformed(weight,height,andwaistcircumference)andclinical(gender, age,pubertalstage,anddegreeofobesity)andbiochemical(glucose,insulin,total choleste-rol,andfractions,triglycerides)datawereanalyzed.Insulinresistancewasidentifiedbythe homeostasismodelassessmentforinsulinresistance(HOMA-IR)index.Theanalysisofthe dif-ferencesbetweenthevariablesofinterestandtheHOMA-IRquartileswasperformedbyANOVA orKruskal-Wallistests.

Results: Insulinresistancewasdiagnosedin33.20%ofthesample.Itwasassociatedwithlow levelsofhigh-densitylipoproteincholesterol(HDL-C;p=0.044),waistcircumference measure-ment(p=0.030),andthesetofclinicalandmetabolic(p=0.000)alterations.Insulin-resistant individuals had higher mean age (p=0.000), body mass index (BMI; p=0.000), abdominal circumference(p=0.000),mediantriglycerides(p=0.001),totalcholesterol(p≤0.042),and low-density lipoprotein cholesterol (LDL---C; p≤0.027); and lower HDL-C levels (p=0.005). TherewasanincreaseinmeanBMI(p=0.000),abdominalcircumference(p=0.000),andmedian

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.03.005

Comocitaresteartigo:RomualdoMC,deNóbregaFJ,EscrivãoMA.Insulinresistanceinobesechildrenandadolescents.JPediatr(Rio J).2014;90:600---7.

夽夽EstudoconduzidonaPós-Graduac¸ãoemNutric¸ão,UniversidadeFederaldeSãoPaulo(UNIFESP),EscolaPaulistadeMedicina(EPM),São Paulo,SP,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:monica.nutricardio@hotmail.com(M.C.d.S.Romualdo).

(2)

triglycerides (p=0.002) asthe valuesofHOMA -IRincreased,with theexception ofHDL-C, whichdecreased(p=0.001).Thosewiththehighestnumberofsimultaneousalterationswere betweenthesecondandthirdquartilesoftheHOMA---IRindex(p=0.000).

Conclusion: Theresultsconfirmedthatinsulinresistanceispresentinmanyobesechildrenand adolescents,andthatthisconditionisassociatedwithalterationsthatrepresentanincreased riskfordevelopingmetabolicdisordersinadulthood.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

PALAVRAS-CHAVE

Crianc¸a; Adolescente; Obesidade;

Resistênciaàinsulina; Fatoresderisco; Síndromemetabólica

Resistênciaàinsulinaemcrianc¸aseadolescentesobesos

Resumo

Objetivo: Avaliar apresenc¸a de resistência à insulinae suarelac¸ãocom outrasalterac¸ões metabólicas,emcrianc¸aseadolescentesobesos.

Métodos: Estudoretrospectivode220crianc¸as eadolescentesde5a14anos. Foram reali-zadasavaliac¸õesantropométricas(peso,estaturaecircunferênciaabdominal),clínicas(sexo, idade,estágiopuberalegraudeobesidade)ebioquímicas(glicemia,insulina,colesteroltotale frac¸ões,triglicerídeos).AresistênciaàinsulinafoiidentificadapeloíndiceHOMA-IR.Aanálise dasdiferenc¸asentreasvariáveisdeinteresseeosquartisdoHOMA-IRfoirealizadapelostestes ANOVAouKruskal-Wallis.

Resultados: A resistênciaà insulinafoi diagnosticadaem 33,20% daamostra. Associou-se a níveisbaixosdeHDL-C(p=0,044),medidadacircunferênciaabdominalaumentada(p=0,030) eaoconjuntodealterac¸õesclínicasemetabólicas(p=0,000).Osindivíduosresistentes apresen-tarammaioresmédiasdeidade(p=0,000),IMC(p=0,000),medidadacircunferênciaabdominal (p=0,000)emaioresmedianasdetriglicerídeos(p=0,001),colesteroltotal(p≤0,042), LDL--C(p≤0,027)emenoresdeHDL-C(p=0,005).HouveaumentodasmédiasdeIMC(p=0,000), medidadacircunferênciaabdominal(p=0,000)emedianadetriglicerídeos(p=0,002)àmedida que osvalores doHOMA-IR seelevavam,comexcec¸ão dosníveis deHDL-C quediminuíram (p=0,001).Aqueles queapresentaram omaiorconjunto dealterac¸õessimultâneas estavam entreosegundoeterceiroquartisdoHOMA-IR(p=0,000).

Conclusão: Osresultados confirmaramquearesistênciaàinsulinaestápresente emmuitas crianc¸aseemmuitosadolescentesobesos,equeestacondic¸ãoestáassociadaaalterac¸õesque representamaumentodoriscopara odesenvolvimentodedistúrbiosmetabólicosna maturi-dade.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos reservados.

Introduc

¸ão

Aobesidadeéumadoenc¸acrônicadeetiologiamultifatorial. Suaocorrênciaestáassociada aoaumentoda morbimorta-lidadee àdiminuic¸ãodaexpectativadevida. Nainfância e adolescência costuma acarretar alterac¸ões metabólicas

importantes que, dependendo da durac¸ão e gravidade,

podem determinar o desenvolvimento das doenc¸as crôni-casnãotransmissíveisnafaseadulta.1,2Nesse contexto,a

resistênciaàinsulina(RI)temsurgidocomoimportante

dis-túrbioentrepopulac¸õesjovens.Estudostêmdestacadoque

osportadoresdeRIapresentammaiorpredisposic¸ãoparao

desenvolvimentofuturodesíndromemetabólica(SM),

dia-betes tipoII e doenc¸a cardiovascular. Foramidentificadas

correlac¸ões entre RI e alterac¸ões clínicas e metabólicas,

principalmenteentrecrianc¸aseadolescentesobesos,

apon-tando a obesidade como importante gatilho para o seu

estabelecimento.3---7

OsmecanismospelosquaisaRIocorrenãoestão

total-mente esclarecidos. É caracterizada essencialmente pela

reduc¸ãodacapacidade deconcentrac¸õesnormaisde

insu-linaplasmáticapromoveremaadequadacaptac¸ãoperiférica

de glicose, manterem a glicogênese hepática em

equilí-brioe inibiremaproduc¸ãodelipoproteínademuitobaixa

densidade.8 Diagnosticara RInãoéfácil, devidoà

inexis-tência de um único método capaz de estimar o grau de

sensibilidadeindividualàinsulina.

Dentreosdiferentesmétodos encontram-seosdiretos,

queprocuram analisar osefeitos de umaquantidade

pré--determinadadeinsulinaadministrada(testedetolerância

àinsulina,testedesupressãodainsulinaeclampeamento),

eos indiretos,que avaliamo efeitoda insulinaendógena

(insulinemia de jejum, HOMA [homeostasis model

asses-sment] e o teste de tolerância oral à glicose [TTOG]).

O padrão ouro é o clamp euglicêmico hiperinsulinêmico,

masa complexidade do método e o elevado custo

invia-bilizam o seu uso na prática clínica diária e em estudos

epidemiológicos.9Ohomeostasismodelassessmentfor

insu-linresistance(HOMA-IR)éumíndicebastanteutilizadoem

(3)

meiodacomparac¸ãocomíndicesfundamentadosnotestede

tolerânciaoralàglicoseecomoclampeuglicêmico

hiperin-sulinêmico.

Algunsautoresapontamque pontosdecortecom

valo-res ao redor de três são capazes de identificar RI nesta

populac¸ão.10---15 A RI é uma das mais importantes

reper-cussõesencontradasem portadoresdeobesidadeeparece

ser o fator que propicia o desencadeamento das demais

alterac¸õesmetabólicas.Assimsendo,opresenteestudoteve

comoobjetivoavaliarapresenc¸adeRIeasuarelac¸ãocom

outrasalterac¸ões metabólicasem crianc¸as eadolescentes

obesos.

Métodos

Estudo transversal retrospectivo com coleta de dados

primários de crianc¸as e adolescentes atendidos em um

Ambulatório de Obesidade, no município de Osasco, São

Paulo,noperíododeabrilde2010ajaneirode2012.Foram analisados220pacientesde5a14anosdeidade,quenão haviam passado por intervenc¸ão para reduc¸ão de peso. O tamanho mínimo exigido para a amostra (201 crianc¸as eadolescentes) foicalculado levando-se em considerac¸ão o desfecho de RI nessa populac¸ão, nível de significância de 5% (␣=0,05), poder estatístico de 95% (1-␤=0,95) e 20%deeventuaisperdas.

Naavaliac¸ãoantropométricaforamutilizadasmedidasde peso,estaturaecircunferênciaabdominal(CA).Opesofoi obtidopor meiode balanc¸a do tipoplataforma damarca Filizola(Filizola,SãoPaulo,Brasil),colocadaemsuperfície lisa,comcapacidadeparaaté150kgeprecisãode100g.Os indivíduosestavamdescalc¸osecomroupasleves, posiciona-dosnocentrodabalanc¸a,noplanovertical.Aestaturafoi aferidaemposic¸ãoereta,pésdescalc¸oseunidosem para-lelo,utilizando-secomoinstrumentoumestadiômetrocom resoluc¸ãode1mm.Paraaclassificac¸ãodoestadonutricional dascrianc¸asedosadolescentesfoiutilizadooescore-zde IMC,deacordocomoscritériospropostospelaOrganizac¸ão MundialdaSaúde,16eosindivíduosforamcategorizadosem

obesos (Z IMC > +2 ≤ +3) ou obesos graves (Z IMC > +3).

ACAfoimensuradacomoindivíduoemposic¸ãovertical,no

pontomédioentreamargeminferiordaúltimacostelaea

bordasuperiordacristailíaca,noplanohorizontal,comfita

métricainextensívelgraduadaemmilímetros.ACAfoi

con-sideradaaumentadaquandooseuvalorestavanopercentil

90ouacimadeste,segundoosexoeaidade.17

O grau de maturac¸ão sexual dos indivíduos foi

ava-liado por pediatra endocrinologista e classificado pela

comparac¸ão com as planilhas de Tanner.18 Dessa forma,

foram considerados pré-púberes quando estavam no

estágio 1, púberes nos estágios 2, 3 e 4, e pós-púberes

noestágio5.Osexameslaboratoriaisforamsolicitadosna

rotinado Ambulatóriode Obesidadee incluíram dosagem

séricadecolesteroltotalefrac¸ões,triglicerídeos,insulina

eglicemiadejejum.

As amostras de sangue foram coletadas por meio de

punc¸ão venosa, após jejum de 12 horas. A coleta foi

realizadaemtuboavácuocontendogelseparadorsem

anti-coagulante. Após a coleta o sangue foi centrifugado por

10minutosa3.000rpmparasepararosorodosdemais

com-ponentes,eeste foiutilizado paraefetuarasanálises. Os

níveis de colesterol total, triglicerídeos, HDL-C e glicose

foramdeterminadosutilizandokitcalorimétricoenzimático

processadonoaparelhoAutohumalyzerA5,(HumanGMBH,

Kaiserslautern,Alemanha). A insulinafoi determinadaem

equipamento ACS-180AutomatedChemiluminescense

Sys-tem (Ciba Corning,DiagnosticsCorp; Medifield,EUA)e os

níveis deLDL-Cforamcalculadospormeiodaequac¸ãode

Friedewaldetal.19

Osresultadosforamcomparadoscomosvaloresde

refe-rência para a infância e adolescência da I Diretriz de

Prevenc¸ãodaAterosclerosenaInfânciaenaAdolescência.20

OíndiceHOMA-IRfoiutilizadoparaavaliaraRI,tendosido

obtidocomocálculodoprodutodainsulinaplasmáticade

jejum(␮U/mL)e daglicemiadejejum(mmol/L) dividido

por 22,5. O pontode corteutilizado foi maior ouigual a

3,43paraambosossexos,segundoGarcíaCuarteroetal.15

Foram consideradas alterac¸ões clínicas e

metabóli-cas: glicemia de jejum ≥ 100mg/dL, insulina de jejum

≥15 microU/mL, colesterol total ≥ 170mg/dL, LDL-C

≥130mg/dL,HDL-C≤45mg/dL,triglicerídeos≥130mg/dL

eamedida dacircunferênciaabdominal≥P90.Para cada

indivíduofoidefinidoumconjuntodealterac¸õesclínicase

metabólicasdeacordocomo númerodecondic¸ões

preva-lentes,quevarioude0(nenhumaalterac¸ão)até7(presenc¸a

detodasasalterac¸ões).Oprojetofoisubmetidoeaprovado

peloComitêdeÉticaemPesquisadaUniversidadeFederal

de São Paulo --- UNIFESP.A coleta dos dadosfoi realizada

após o consentimento escrito e informado da instituic¸ão

onde foirealizadooestudo. Osdadosforamdigitadosem

planilhas Excel 2010 (Microsoft, Washington, EUA) e

ana-lisados no programa SPSS 19.0 (IBM Company, New York,

EUA).Asvariáveiscontínuasforamtestadasquantoà

norma-lidadedadistribuic¸ãopelotestedeKolmogorovSmirnov.As

diferenc¸asparaestasvariáveisforamanalisadaspeloteste-t

ouMann-Whitney,deacordocomadistribuic¸ão.Asvariáveis

categóricasforamavaliadaspelotesteQui-quadrado(com

correc¸ãopelotesteexatodeFisher).Paraavaliac¸ãodaRIea

suarelac¸ãocomasvariáveisclínicasemetabólicas,oíndice

HOMA-IRfoidistribuídoemquartiseasdiferenc¸asentreos

valoresdestas variáveisforamavaliadaspelotesteANOVA

ouKruskal-Wallis,deacordocomadistribuic¸ão.Paratodas

asanálisesconsiderou-sesignificânciaestatísticaovalorde

pmenorque0,05.

Resultados

Foramincluídosnoestudo220crianc¸aseadolescentes obe-sos (50% meninas, 54,1% crianc¸as, 46,4% obesos graves e 51,8%pré-púberes)commédiadeidadede9,13±2,11anos. Percentuaisexpressivos dealterac¸õesclínicas e metabóli-casforamencontrados:aumentodamedidadaCA(89,5%), hiperinsulinemia(42,3%),hipercolesterolemia(35%),LDL-C elevado(23%)eHDL-Cbaixo(55,9%).Observou-sealterac¸ão deglicemiadejejumemumacrianc¸aeoitoadolescentes. A tabela 1 mostra os valoresabsolutos e percentuais das

característicasclínicasemetabólicasdascrianc¸asedos

ado-lescentes.Asmaioresfrequênciasdeindivíduospós-púberes

(18,2 vs. 2,7%, p=0,005), alterac¸ão da insulina de jejum

(52,7 vs. 31,8%,p=0,002) e RI (41,8vs. 24,5%, p=0,007)

foram observadas entre asmeninas. A glicemiade jejum

(4)

Tabela1 Valoresabsolutosepercentuaisdascaracterísticasclínicasemetabólicasdascrianc¸asedosadolescentesobesos, segundoosexoeoíndiceHOMA-IR

Sexo pa ÍndiceHOMA-IR pa

Variáveis Masculino

n(%)

Feminino n(%)

HOMA≤3,43 HOMA≥3,43

Faixaetária

Crianc¸a(5a9anos) 53(48,2) 66(60) 0,052 94(63,9) 25(34,2) 0,000

Adolescente(10a14anos) 57(51,8) 44(40) 25(34,2) 48(65,8)

Estágiopuberal

Pré-púbere 67(60,9) 47(42,7) 0,005 91(61,9) 23(31,5) 0,000

Púbere 40(36,4) 43(39,1) 54(36,7) 40(54,8)

Pós-púbere 3(2,7) 20(18,2) 2(1,4) 10(13,7)

Graudeobesidade

Obesidade 52(47,3) 66(60) 0,058 81(55,1) 37(50,7) 0,536

Obesidadegrave 58(52,7) 44(40) 66(44,9) 36(49,3)

Glicemia100mg/dL 4(3,6) 5(4,5) 0,500 ---

---Insulina15U/mL 35(31,8) 58(52,7) 0,002 ---

---CT170mg/dL 44(40) 33(30) 0,079 53(72,6) 20(27,4) 0,101

LDL-C130mg/dL 12(10,9) 14(12,7) 0,417 64(87,7) 9(12,3) 0,869

HDL-C45mg/dL 58(52,7) 65(59,1) 0,208 25(34,2) 48(65,8) 0,044

Triglicerídeos130mg/dL 26(23,6) 24(21,8) 0,436 51(69,9) 22(30,1) 0,087

CAaumentada 103(93,6) 94(85,5) 0,076 8(11,0) 65(89) 0,030

RI 27(24,5) 46(41,8) 0,007 ---

---Alterac¸õesclínicasemetabólicas

0 2(1,8) 2(1,8) 0,991 0(0) 0,000

1 19(17,3) 17(15,5) 2(2,7)

2 40(36,4) 36(32,7) 14(19,2)

3 23(20,9) 27(24,5) 25(34,2)

4 17(15,5) 18(16,4) 22(30,1)

5 8(7,3) 9(8,2) 9(12,3)

6 1(0,9) 1(0,9) 1(1,4)

HOMA-IR,homeostasismodelassessmentforinsulinresistance;CT,colesteroltotal;LDL-C,lipoproteínadebaixadensidade-colesterol; HDL-C,lipoproteínadealtadensidade-colesterol;CA,circunferênciaabdominal;RI,resistênciaàinsulina.

a TesteQui-quadradocomcorrec¸ãopelotesteexatodeFisher.

embora não tenha havido diferenc¸a significativa entre os sexos(p=0,500).

Meninos e meninas foram semelhantes em relac¸ão à

faixa etária (p=0,052), ao grau de obesidade (p=0,058), ao aumento daCA (p=0,076) e àsalterac¸ões de coleste-rol total(p=0,079), LDL-C(p=0,417),HDL-C (p=0,208)e triglicerídeos(p=0,436).Identificou-seque15,5%dos meni-nos e 16,4% das meninasapresentavam quatro alterac¸ões clínicasou metabólicassimultâneas, aindaque nãotenha sidoobservadadiferenc¸aentreossexos(p=0,991).ARIfoi diagnosticadaem33,20%daamostra(valormédiodoíndice HOMA-IR=3,26±2,67).AsmaioresfrequênciasdeRIforam observadas entre os adolescentes (65,8%) e os indivíduos púberes(54,8%).Foramencontradasassociac¸õesentreRIe níveisbaixosdeHDL-C(p=0,044),medidadaCAaumentada (p=0,030)eonúmerodealterac¸õesclínicasemetabólicas (p=0,000)(tabela1).

Natabela 2observamosque osindivíduos resistentes à

insulinaapresentarammaioresmédiasdeidade(9,97±1,88

vs. 8,71±2,10, p=0,000), IMC (27,67±25 vs.18±3,14,

p=0,000),medidadaCA(90±10,04cmvs.81,82±8,87cm,

p=0,000)emaiormedianadetriglicerídeos(85mg/dL

(30-246mg/dL) vs. 106mg/dL (41-293mg/dL), p=0,001), em

comparac¸ão com aqueles que não tinham RI. Excec¸ões

foram observadas em relac¸ão à mediana de colesterol

total (153,35±32,64mg/dL vs. 162,70±29,99mg/dL, p

≤ 0,042), LDL-C (87,40mg/dL (24,20-175,60mg/dL) vs.

98mg/dL(29,20-167mg/dL),p≤0,027)eHDL-C(41mg/dL

(26-67mg/dL) vs.44mg/dL(28-83mg/dL),p=0,005), que

diminuíram na presenc¸a da RI.Na distribuic¸ão das

variá-veisclínicasemetabólicasdascrianc¸asedosadolescentes

segundo os quartis do HOMA-IR, observou-se também o

aumento das médias de IMC (p=0,000), medida da CA

(p=0,000)emedianadetriglicerídeos(p=0,002)àmedida

queosvaloresdoHOMA-IRelevavam,comexcec¸ãodosníveis

deHDL-C,quediminuíram(p=0,001).

Não houve diferenc¸as significantes entre os valoresde

colesteroltotal(p=0,242)eLDL-CeosquartisdoHOMA-IR

(p=0,444) (tabela 3). Aqueles que apresentaram o maior

conjuntodealterac¸õesclínicase metabólicassimultâneas

estavamentreo segundoe oterceiro quartisdoHOMA-IR

(5)

Tabela2 Valoresdetendênciacentraledispersãodasvariáveisclínicasemetabólicasdecrianc¸aseadolescentes,segundoa ausênciaouapresenc¸aderesistênciaàinsulina

Resistênciaàinsulina

Ausente Presente p

Variáveis

Idade(anos) 8,71±2,10 9,97±1,88 0,000a

IMC(Kg/m2) 25,18±3,14 27,67±3,35 0,000a

CA(cm) 81,82±8,87 90,00±10,04 0,000a

CT(mg/dL) 161(97-244) 149(82,6-250) 0,042b

LDL-C(mg/dL) 98(29,20-167) 87,40(24,20-175,60) 0,027b

HDL-C(mg/dL) 44(28-83) 41(26-67) 0,005b

Triglicerídeos(mg/dL) 85(30-246) 106(41-293) 0,001b

IMC,índicedemassacorporal;CA,circunferênciaabdominal;CT,colesteroltotal;LDL-C,lipoproteínadebaixadensidade-colesterol; HDL-C,lipoproteínadealtadensidade-colesterol.

aTestet:valoresexpressosemmédia(DP).

b Mann-Whitney:valoresexpressosemmediana(Vmín---Vmáx).

Tabela3 Perfilclínicoemetabólicodecrianc¸aseadolescentesobesos,segundoosquartisdoíndiceHOMA-IR HOMA-IR

Variáveis ≤1,49 1,50-2,64 2,65-4,23 ≥4,24 P

IMC(Kg/m2) 24,01±2,62 25,33±2,60 26,30±3,39 28,35±3,42 0,000a

CA(cm) 77,50±8,10 83,34±7,54 85,43±8,76 91,85±10,06 0,000a

CT(mg/dL) 160(99-244) 158(97-232) 163(83-235) 149(82,6-250) 0,242b

LDL-C(mg/dL) 94,40(43,6-145) 98(29,2-167) 93,80(42-151,8) 87,80(24,2-175,6) 0,444b

HDL-C(mg/dL) 47(31-83) 46(28-66) 43(26-84) 41(26-67) 0,001b

Triglicerídeos(mg/dL) 77(30-232) 86(45-214) 93(47-246) 106(41-293) 0,002b

HOMA-IR, homeostasis modelassessment for insulinresistance; IMC, índice demassa corporal; CA,circunferência abdominal;CT, colesteroltotal;LDL-C,lipoproteínadebaixadensidade-colesterol;HDL-C,lipoproteínadealtadensidade-colesterol.

aTesteANOVA:valoresexpressosemmédia(DP).

b TesteKruskal-Wallis:valoresexpressosemmediana(Vmín---Vmáx).

5 fatores (17) 4 fatores (35)

3 fatores (50) 2 fatores (76)

1 fator (36) 0 fator (4)

≥ 4,23 2,66-4,22

1,50-2,65 5,50%

25,50% 41,8%

16,40%

9,00%

1,80%

1,80% 34,50%

16,40%

16,40%

47,30%

18,20%

14,50%

3,60% 3,60%

5,50%

1,80% 20%

34,50% 34,50%

3,60% 41,80%

1,80% 0,00%

≤ 1,49

Figura1 Prevalência desimultaneidadede alterac¸ões clínicas emetabólicasemcrianc¸ase adolescentesobesos,segundo os quartisdoíndiceHOMA-IR.

P=0,00-Testequi-quadradocomcorrec¸ãopelotesteexatodeFisher.

(6)

Discussão

A infância pode ser considerada um período crítico para o princípio ou constância da obesidade e ponto de par-tidaparaosurgimentoeo desenvolvimentodealterac¸ões

clínicas e metabólicas importantes que, dependendo da

durac¸ãoedagravidade,podemgerardanosàsaúdenaidade adulta.21 Aoavaliaroestadonutricionaldecrianc¸ase

ado-lescentes, torna-seimportante nãosó o conhecimentoda

idadecronológica,mastambémograudematurac¸ãosexual,

especialmente para avaliac¸ão do risco de persistência da

obesidadeedasmorbidadesassociadas,jáque a

probabi-lidade de uma crianc¸a obesapermanecer obesa na idade

adulta variade 20a 50% antesdamaturac¸ãosexual e de

50a70%apósapuberdade.22

Em nossoestudo observamos que 42,7% dos indivíduos

já haviam iniciado a puberdade e que a maioria destas

crianc¸aseadolescentes,alémdaobesidade,apresentavam

alterac¸õesclínicasemetabólicasimportantes,semelhantes

ao encontrado em outros estudos que demonstraram que

oaumentodoIMCpotencializaosurgimentodefatoresde

riscometabólicosnestapopulac¸ão.Oachadodenovecasos

deglicemiadejejumalterada(umcasoentrecrianc¸aseoito

entreadolescentes)é preocupantepelaprecocidade,uma

vezqueessaalterac¸ãoraramenteéverificadaemcrianc¸ase

adolescentes,mesmoemamostrascompostassóporobesos.

Asprevalênciasdealterac¸õesnainsulinadejejumenas

frac¸õeslipídicasHDL-CeLDL-Csãorelevantes,umavezque

estudos têm demonstrado que a hiperinsulinemia é fator

deriscoindependenteparaodesenvolvimentodedoenc¸as

cardiovascularesporpotencializarosurgimentode

dislipi-demia.Nessasituac¸ãoocorrediminuic¸ãodacapacidadeda

insulinadeestimularautilizac¸ãodaglicosepelomúsculoe

pelotecidoadiposo,gerandoprejuízosàsupressãoda

lipó-lise,condic¸ãoqueelevaacirculac¸ãodeácidosgraxoslivres

ealteraaindamaisotransportedeglicoseparaos

tecidos--alvo,inibindoaac¸ãodainsulina.ARIconduzaoaumento

daoxidac¸ão deácidosgraxos, provê substratoparaa

sín-tesedetriglicerídeoseaumentaaliberac¸ãodeLDL-Cpara

o soro.23,24 Estudo que avaliou por oitoanos osníveis de

insulinaséricadecrianc¸asde5a9anoseadultosjovensde

17a23anosmostrouque,entreaquelesqueapresentavam

hiperinsulinemia,oscasosdedislipidemiaforamtrêsvezes

maiores.25

Serranoetal.observaramqueadolescentescomexcesso

depesoapresentavamchance4,5vezesmaiordeteroíndice

HOMA-IRalterado,equeosseusvaloreserammaioresnas

adolescentescommaiorpercentualdegordura.26 Costaet

al.pesquisaramoagrupamentodefatoresderisco

cardio-vascularesentre118crianc¸aseadolescentesdeacordocom

osquartisdeIMCeverificaramqueoexcessodepesoesteve

associadoaoaumentodapressãoarterial,dostriglicerídeos,

doíndiceHOMA-IRedoHDLcolesterolbaixo,configurando

perfil pró-aterosclerótico nesta populac¸ão.27 No presente

estudo,aprevalênciadeRIidentificadaéconsistentecom

a encontrada por outros autores em estudos nacionais e

internacionais,econfirmaagravidadedoproblema.4,6,7Esta

condic¸ão associou-se ao sexo feminino, aos adolescentes,

aosindivíduos púberes,àdiminuic¸ãodos níveisséricos de

HDL-C,ao aumentodacircunferênciaabdominaleao

con-juntodealterac¸õesclínicase metabólicasencontradasno

grupo.

A literatura mostra que ainda não existe consenso em

relac¸ãoaospontosdecortedoHOMA-IRparaavaliac¸ãode

crianc¸aseadolescentes,umavezqueestesvalorestendem

avariarduranteestasfasesdavida.Paraoestabelecimento

dacorrelac¸ãoentreopontodecorteeoriscoassociadoé

necessárioodesenvolvimentodeestudosprospectivosque

considerem,entreoutrosaspectos,queosvaloresde

insu-linadejejumvariamduranteainfânciae aadolescência,

oquedemandalongoperíododeobservac¸ão.Noentanto,

existeconcordânciadequepesquisassobrearelac¸ãoentre

obesidadee RI,em crianc¸as e adolescentes,podem

favo-recer a identificac¸ão precoce de fatores que influenciam

osurgimento dedoenc¸as cardiovasculares ediabetes tipo

II.11---15Nesteestudo,paraatenderàRIfisiológicaqueocorre

duranteafasedaadolescência,optou-seporutilizaroponto

decortedoHOMA-IRde3,43sugeridoporGarcíaCuartero

etal.,15 queavaliaramcrianc¸aseadolescentescomidades

entre1mêse18anos,levandoemconsiderac¸ãoasvariac¸ões

desteíndiceporidadeesexo,observandotambémo

esta-diamentopuberalsegundooscritériosdeTanner.18

Em nosso estudo, quando avaliamos o comportamento

dos valores das variáveis clínicas e metabólicas destas

crianc¸as e adolescentes frenteàpresenc¸a ouausênciade

RI,observamos que aquelas que eram resistentes à

insu-linaapresentarammaioresvaloresdeIMC,CA,triglicerídeos

ediminuic¸ãodoHDL-Cem concordânciacom outros

estu-dos que também destacaram a relac¸ão existente entre

obesidade,RI e alterac¸ões dometabolismo de crianc¸as e

adolescentes.

Mieldazisetal.,aoinvestigaremarelac¸ãoentreoIMC,

HOMA-IR e a insulinemia em um grupo de crianc¸as pré

púberes, concluíram que existe forte associac¸ão entre o

hiperinsulinismoeaobesidade,e quequantomaioro IMC

maior será o valor de HOMA.3 Madeira et al., ao

ana-lisarem o impacto da obesidade sobre componentes da

síndromemetabólica(SM)emcrianc¸as,verificaramque as

obesasapresentavamdiferenc¸as nasmédiasdoHDL

coles-terol, do índice HOMA-IR, da insulina sérica, da relac¸ão

glicose/insulina e da circunferência abdominal,

evidenci-ando que a obesidade apresentou influência importante

sobreometabolismodascrianc¸asavaliadas.13

Lavradoretal. observaram,em amostra de80

adoles-centesobesospós-púberesdivididosemobesoscommenor

emaiorgraudeobesidade,queaquelescommaiorgraude

obesidadeapresentavammaioresfrequênciasdealterac¸ões

paraglicemia,HOMA-IR,triglicerídeos,HDLepressão

arte-rial,demonstrandoqueograudeobesidadeinfluenciouno

aparecimentodealterac¸õesclínicasemetabólicas.28

Dife-rentementedonossoestudo,quenãoencontroudiferenc¸as

significativasentreograudeobesidadeporsexoepresenc¸a

deRI.Ométododedistribuiraamostra,segundoosquartis

doíndice HOMA-IRdascrianc¸asedos adolescentes

avalia-dos,confirmouquequantomaioresosvaloresdoHOMA-IR,

maioreseramosvalores deIMC, medidadaCA e

triglice-rídeos, e menores os valores de HDL-C, em consonância

com outros estudos,como o de Ferreira et al., que

ava-liou a associac¸ão do IMC e da RI com a SM em crianc¸as

brasileiras.ASMidentificadaentreasobesasemuitosdos

fatores de risco que a compunha estavam acima do

ter-ceiro quartil do índice HOMA-IR. Esses achados reforc¸am

a provável participac¸ão da obesidade e RI no

(7)

fatores eram mais elevados nos percentis mais altos de

IMCe HOMA-IR.7Em estudode casocontrole, queavaliou

a relac¸ão de fatoresde risco para doenc¸a cardiovascular

com RI em 52 crianc¸as, observou-se que as obesas

apre-sentavam alta prevalência de SM. Aquelas com maior RI

exibiram mais fatores de risco metabólico. A SM esteve

presente em 17,3% das crianc¸as investigadas. No mesmo

estudo,a média do índice HOMA-IRfoi significativamente

diferenteparaosexofeminino(3,8±2,2,IC2,9-4,8,95%)

em comparac¸ão ao masculino (2,6±1,3, IC95%, 2,1-3,1),

p=0,016.6

Em nosso estudo, a frequência de simultaneidade de

alterac¸õesclínicasemetabólicasestevemaispresenteentre

osegundoeoterceiroquartis.Noentanto,osvaloresmédios

doíndiceHOMA-IRdesteestudoforamsuperioresao

encon-trados por Medeiros et al.5 (2,4), Ferreira et al.6 (3,2),

Weissetal.29(3,12a8,69,deacordocomograude

obesi-dade)eHirschleretal.30(2,76),diferenc¸asestasquepodem

ser parcialmente explicadas pela obesidade. Outros

fato-res que não foram abordados no presente estudo, como

o tempo de exposic¸ão à obesidade e o hábito alimentar,

podemexercerfortecontribuic¸ãoparaaRI.Muitoembora

nãohajaconsensosobreodiagnósticodeRIemcrianc¸ase

adolescentes,recomenda-sequeasocorrênciasisoladasou

associadasdealterac¸õesclínicase metabólicasdevamser

monitoradasprincipalmenteemobesos,vistoqueoexcesso

degorduracorporaléomaisimportantefatorderiscopara

odesenvolvimentodedoenc¸as crônicas nãotransmissíveis

namaturidade.

Defato,opresenteestudoconfirmadadosdaliteratura

aomostrarqueaRIestápresenteemcrianc¸aseadolescentes

obesos,e que esta condic¸ão associa-se aalterac¸ões

clíni-casemetabólicas.Apesar daslimitac¸õesimpostasatodos

osestudosde delineamentotransversal,no quese refere

àdificuldade emdefinir asequênciatemporaldalinhade

casualidade,osresultadosencontradoscontribuemparao

melhorentendimentodarelac¸ãoentreaRIe as

repercus-sõesmetabólicasfrequentementeobservadasemcrianc¸ase

adolescentesobesos.Caberessaltarquearelac¸ãoobservada

entreaRIe asvariáveisanalisadas,nesteestudo, aponta

paraoaumentodoriscoparaodesenvolvimentodedoenc¸as

cardiovasculares,diabetestipoIIeSM,namaturidade,para

estegrupo.

Oacompanhamentodessapopulac¸ão,comreavaliac¸ões

periódicas dos parâmetros analisados, poderá fornecer

maior consistência aos resultados encontrados. A

obesi-dadeéumadoenc¸acrônicacomimportantesrepercussões,

quetendem apiorar coma persistência e agravidade do

excesso de peso. Assim, o tratamento deve ser realizado

de forma adequada, com equipe multidisciplinar e

sem-pre com a inclusão da família. Devem ser estabelecidas

metaspossíveisdentrodarealidadedecadapaciente,com

o objetivo de conseguir a reduc¸ão progressiva do IMC e

a manutenc¸ão dos resultados alcanc¸ados, em relac¸ão ao

estado nutricional e à melhora das alterac¸ões clínicas e

metabólicas.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

Nossos agradecimentos especiais à equipemultidisciplinar doProgramadeObesidadeInfantildaprefeiturade Osasco--SP,pelavalorosacontribuic¸ãocomesteestudo:Dra.Bianca

Souza Maas, Coordenadora do Programa; Dra. Ana Paula

PaianoFranco,Pediatra;CéliaReginaMotaG.Santos, Assis-tenteSocial;eSilvanadeJesusBaptistaAlegret,Psicóloga.

Referências

1.Deshmukh-TaskarP,NicklasTA,MoralesM,YangSJ,Zakeri I, BerensonGS.Trackingofoverweightstatusfromchildhoodto young adulthood:the BogalusaHeart Study. EurJClinNutr. 2006;60:48---57.

2.Mendes PL, Maciel MS, Pinto LF,Souza DO, Conti LS, Mello BV, etal. Thechild-adolescent obesity and theimpactfrom childhood to adult life: a systematic review of scientific literature in the period 1997-2007. Pediatria (São Paulo). 2009;31:260---73.

3.Mieldazis SF, Azzalis LA, Junqueira VB, Souza FI, Sarni RO, FonsecaFL.Hyperinsulinismassessmentinasampleof prepu-bescentchildren.JPediatr(RioJ).2010;86:245---9.

4.Bahíllo-Curieses MP, Hermoso-López F, Martínez-Sopena MJ, Cobreros-GarcíaP,García-SasetaP,Tríguez-GarcíaM,etal. Pre-valenceofinsulinresistanceandimpairedglucosetolerancein asampleofobeseSpanishchildrenandadolescents.Endocrine. 2012;41:289---95.

5.MedeirosCC,RamosAT,CardosoMA,Franc¸aIS,CardosoAdaS, GonzagaNC.Insulinresistanceanditsassociationwith metabo-licsyndromecomponents.ArqBrasCardiol.2011;97:380---9. 6.FerreiraAP,OliveiraCE,Franc¸a NM.Metabolicsyndromeand

riskfactorsfor cardiovascular diseaseinobese children:the relationshipwithinsulinresistance (HOMA-IR).JPediatr (Rio J).2007;83:21---6.

7.Ferreira AP, Nóbrega OT, Franc¸a NM. Associac¸ão do índice de massa corporal e da resistência à insulina com sín-drome metabólicaem crianc¸as brasileiras. Arq BrasCardiol. 2009;93:147---53.

8.DamianiD,KubaVM,CominatoL,DamianiD,DichtchekenianV, MenezesFilhoHC.Metabolicsyndromeinchildrenand adoles-cents:doubtsaboutterminologybutnotaboutcardiometabolic risks.ArqBrasEndocrinolMetabol.2011;55:576---82.

9.AmericanCollegeofEndocrinology:Insulinresistancesyndrome (position,statement).EndocrPract.2003;9:9---21.

10.ReinehrT,deSousaG,AndlerW.Longitudinalanalysesamong overweight,insulinresistance,andcardiovascularriskfactors inchildren.ObesRes.2005;13:1824---33.

11.AlmeidaCA,PinhoAP,RiccoRG,PepatoMT,BrunettiIL. Deter-mination of glycemia and insulinemia and the homeostasis modelassessment (HOMA) in schoolchildren and adolescents withnormalbodymassindex.JPediatr(RioJ).2008;84:136---40. 12.ChandrasekharT,SuchitraMM,SachanA,BitlaAR,SrinivasaRao PV.Indicesofinsulinresistanceinpaediatricobesity.JClinSci Res.2014;3:7---13.

13.MadeiraIR,CarvalhoCN,GazollaFM,deMatosHJ,BorgesMA, BordalloMA.Cut-offpointforhomeostaticmodelassessment forinsulinresistance(HOMA-IR)indexestablishedfromreceiver operatingcharacteristic(ROC)curveinthedetectionof meta-bolicsyndrome inoverweightpre-pubertalchildren.ArqBras EndocrinolMetabol.2008;52:1466---73.

(8)

15.GarcíaCuarteroB,GarcíaLacalleC,JiménezLoboC,González VergazA,CalvoReyC,AlcázarVillarMJ,etal.TheHOMAand QUICKIindexes,andinsulinandC-peptidelevelsinhealthy chil-dren.Cutoffpointstoidentifymetabolicsyndromeinhealthy children.AnPediatr(Barc).2007;66:481---90.

16.WorldHealthOrganization(WHO).TheWHOchildgrowth stan-dards.[cited2012Dec16].Availablefrom:http://www.who. int/childgrowth/en

17.FreedmanDS,SerdulaMK,SrinivasanSR,BerensonGS.Relation ofcircumferencesandskinfoldthicknessestolipidandinsulin concentrationsinchildrenandadolescents:theBogalusaHeart Study.AmJClinNutr.1999;69:308---17.

18.TannerJM.Growth atadolescence.The Developmentofthe ReproductiveSystem.2nded.Oxford(UK):BlackwellScientific Publications;1962.p.28---39.

19.Friedewald WT, Levy RI, Fredrickson DS. Estimation of the concentrationoflow-densitylipoproteincholesterolinplasma without use of the preparative ultracentrifuge. Clin Chem. 1972;18:499---502.

20.BackGiulianoIdeC,CaramelliB,PellandaL,DuncanB,Mattos S,FonsecaFH,etal.Iguidelinesofpreventionofatherosclerosis inchildhoodandadolescence.ArqBrasCardiol.2005;85:4---36. 21.RiccoRC,RiccoRG,AlmeidaCA,RamosAP.Comparativestudy ofriskfactorsamongchildrenandadolescentswithan anthro-pometricdiagnosisofoverweightorobesity.RevPaulPediatr. 2010;28:320---5.

22.SweetingHN.Gendereddimensionsofobesityinchildhoodand adolescence.NutrJ.2008;7:1.

23.GarcésC,Gutierrez-GuisadoJ,BenaventeM,CanoB,Viturro E, Ortega H, et al. Obesity in Spanish schoolchildren: rela-tionship with lipid profile and insulin resistance. Obes Res. 2005;13:959---63.

24.Pinhas-HamielO,Lerner-GevaL,CoppermanNM,JacobsonMS. Lipidandinsulinlevelsinobesechildren:changeswithageand puberty.Obesity(SilverSpring).2007;15:2825---31.

25.Bao W, Srinivasan SR, Berenson GS. Persistent elevation of plasmainsulinlevelsisassociatedwithincreased cardiovascu-larriskinchildrenandyoungadults.TheBogalusaHeartStudy. Circulation.1996;93:54---9.

26.Serrano HM, Carvalho GQ, Pereira PF, Peluzio MdoC, Fran-ceschiniSdoC,PrioreSE.Bodycomposition,biochemicaland clinicalchangesof adolescentswithexcessive adiposity. Arq BrasCardiol.2010;95:464---72.

27.CostaGB,HortaN,ResendeZF,SouzaG,BarretoLM,Correia LH,etal.Bodymassindexhasagoodcorrelationwith proathe-roscleroticprofileinchildrenandadolescents.ArqBrasCardiol. 2009;93:243---8.

28.LavradorMS,AbbesPT,EscrivãoMA,TaddeiJA.Cardiovascular risksinadolescentswithdifferentdegreesofobesity.ArqBras Cardiol.2011;96:205---11.

29.WeissR,DziuraJ,BurgertTS,TamborlaneWV,TaksaliSE,Yeckel CW,etal.Obesityandthemetabolicsyndromeinchildrenand adolescents.NEnglJMed.2004;350:2362---74.

Imagem

Tabela 1 Valores absolutos e percentuais das características clínicas e metabólicas das crianc ¸as e dos adolescentes obesos, segundo o sexo e o índice HOMA-IR
Tabela 3 Perfil clínico e metabólico de crianc ¸as e adolescentes obesos, segundo os quartis do índice HOMA-IR HOMA-IR Variáveis ≤ 1,49 1,50-2,64 2,65-4,23 ≥ 4,24 P IMC (Kg/m 2 ) 24,01 ± 2,62 25,33 ± 2,60 26,30 ± 3,39 28,35 ± 3,42 0,000 a CA (cm) 77,50 ± 8

Referências

Documentos relacionados

Neste trabalho iremos discutir a importância do Planejamento Estratégico no processo de gestão com vistas à eficácia empresarial, bem como apresentar um modelo de elaboração

Assim, através de um uso deturpado do poder (que só existe pelo não-uso do direito enquanto ciência, enquanto crítica), o Estado de Direito perdeu seu caráter de garantia

Costa (2001) aduz que o Balanced Scorecard pode ser sumariado como um relatório único, contendo medidas de desempenho financeiro e não- financeiro nas quatro perspectivas de

In a study in the eastern Amazon, the use of RIL techniques reduced substantially the effect of the selective cut on the residual AGB, favoring the increase of AGB recovered over

Contribuição das células-tronco na cicatrização de enxertos ósseos Como a cicatrização de um enxerto ósseo cortical passa por um período crítico durante a incorporação, em que

A pneumonia eosinofílica crónica idiopática (PECI) é uma entidade clínica rara, caracte- rizada por infiltração alveolar e intersticial de eosinófilos, de etiologia desconhecida,

1 Instituto de Física, Universidade Federal de Alagoas 57072-900 Maceió-AL, Brazil Caminhadas quânticas (CQs) apresentam-se como uma ferramenta avançada para a construção de

REGULAMENTO PARA SELEÇÃO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR O Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (SEPESD) do Ministério da Defesa (MD), no uso de suas