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Desequilíbrio hormonal e disfunção menstrual em atletas de ginástica rítmica.

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www.rbceonline.org.br

Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

ORIGINAL

Desequilíbrio

hormonal

e

disfunc

¸ão

menstrual

em

atletas

de

ginástica

rítmica

Sabrina

Macedo

Hott

Coelho

a

,

Renata

Duarte

Simões

b

e

Wellington

Lunz

c,d,∗

aEducac¸ãoFísica,CiênciasdaPerformanceHumana,UniversidadeFederaldoRiodeJaneiro(UFRJ),RiodeJaneiro,Brasil bHistóriaeHistoriografiadaEducac¸ão,UniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo,Brasil

cDepartamentodeDesportos,CentrodeEducac¸ãoFísicaeDesportos(CEFD),UniversidadeFederaldoEspíritoSanto(UFES),

Vitória,ES,Brasil

dLaboratóriodeFisiologiaeBioquímicaExperimental(LAFIBE),ProgramadePós-graduac¸ãoemEducac¸ãoFísica,Universidade

FederaldoEspíritoSanto(UFES),Vitória,ES,Brasil

Recebidoem7defevereirode2013;aceitoem17desetembrode2013 DisponívelnaInternetem3dejunhode2015

PALAVRAS-CHAVE

Atletas; Ginástica; Hormônios; Ciclomenstrual

Resumo Objetivou-seavaliaramagnitudedasalterac¸õesdehormôniosreguladoresdociclo menstrual(CM)e testosteronade atletasde ginásticarítmica(GR) dealto rendimento, em período pré-competitivopara a Olimpíada de Beijing. Foram realizadas coletas de sangue em4momentos,comintervalosde7dias.Oshormôniosestrogênio,progesterona,luteinizante (LH),folículoestimulante(FSH)etestosterona forammensuradosporquimioluminescência. Asatletas(n=7)relataramdisfunc¸ãomenstrualehouveexpressivavariac¸ãohormonalintrae entreindivíduos.Dasamostrasdeestrogênio,65%ficaramabaixodovalorreferencialclínico, enquantoqueasconcentrac¸õesdeprogesteronaeLHficarampróximasaolimiteinferior.Para FSHetestosterona,10%e30%dasamostras,respectivamente,ficaramabaixodoreferencial. Conclui-seque atletas de alto rendimento em GR apresentam maiorrisco dedesequilíbrio hormonaledisfunc¸ãomenstrual,oqueinspiranecessidadedeatenc¸ãoclínica.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.

KEYWORDS

Athletes; Gymnastics; Hormones; Menstrualcycle

Hormonal imbalances and menstrual dysfunction in high-performance rhythmic gymnastics

Abstract Thisstudyaimedtoevaluatethebehaviorandmagnitudeofalterationofhormones thatregulatemenstrualcycle(MC)andtestosteronefromOlympic-levelRhythmicGymnastics (RG).ItwasstudiedapopulationofOlympic-level athletesofRGinpre-competitiveperiod totheBeijing OlympicGames.Bloodsamples weretakenatfour opportunities,ofsevenin

Autorparacorrespondência.

E-mail:welunz@gmail.com(W.Lunz). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2013.09.004

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sevendays.Thechemiluminescencetechnicalwasusedtoanalyzetheestrogen,progesterone, luteinizinghormone(LH),folliclestimulatinghormone(FSH)andtestosterone.Allathleteshad menstrual dysfunction. There washigh intra andinterindividualhormonal variation. Tothe estrogen,65%ofthesampleshadresultslowerthanreferenceranges.Theprogesteroneand LHconcentrationswereclosedwiththelowerlimitoftheclinicalreference,and10%and30%of thevaluestoFSHandtestosterone,respectively,werelowerthanreference.Thus,RGathletes showincreasedrisktohormonalimbalancesandmenstrualdysfunctionthatjustifyclinicalcare ©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.

PALABRASCLAVE

Atletas; Gimnasio; Hormonas; Ciclomenstrual

Desequilibriohormonalyladisfunciónmenstrualenatletasdegimnasiarítmica

Resumen Elobjetivofueevaluarlamagnituddelavariacióndelashormonasqueregulanel ciclomenstrual(MC)ylahormonatestosteronaenatletasdeGR.Participarondelestudiouna poblacióndeatletasdealtorendimientoenGRenelpre-competitivoparalosJuegosOlímpicos deBeijing.Lasmuestrasdesangreserecogieronen4periodosconunintervalode7días.Se utilizóelanálisisdequimioluminiscenciadelashormonasestrógeno,progesterona,hormona luteinizante(LH),hormonaestimulantedelfolículo(FSH)ylatestosterona.Todoslosatletas tenían disfunción menstrualy hormonal,y variaciónsignificativadentro yentre individuos. Además,lasmuestrasdeestrógeno,el65%estabapordebajodelvalordereferenciaclínica.Las muestrasdeFSHytestosterona,10%y30%,respectivamente,estabanpordebajodelosvalores dereferencia.Porlotanto,losatletasRGmuestranunaumentodelriesgodedesequilibrios hormonalesydisfunciónmenstrualquemerecenlaatenciónclínica.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todoslos derechosreservados.

Introduc

¸ão

A Ginástica Rítmica (GR) é um desporto praticado exclu-sivamente por mulheres. Esse esporte envolve danc¸as de variadostipos,movimentosemanejodeaparelhos específi-cosquesãorealizadosemharmoniacomamúsicaescolhida. Otreinamentonessamodalidade,devastadificuldade téc-nica,inicia-se precocemente, e é geralmentedirecionado paraoaltodesempenhoeformac¸ãodeatletas,demodoque aspraticantessãosubmetidasaaltascargasdetreinamento (Cac¸ola,2007).

Na busca por melhores resultados,atletas deGR tam-bémconvivemcomelevadoestressepsicológico erigorosa restric¸ãocalóricaparamanterobaixopesocorporal.Esses fatores podem acarretar alterac¸ões no perfil hormonal e, assim, causar disfunc¸ão menstrual (DM) (Bonen, 1994; Manore,2002;MeiraeNunomura,2010).

O sistemareprodutivo femininoé altamente sensível a estresses. De fato, anormalidades reprodutivas, incluindo menarcatardiae amenorreiaocorrementre6% e79% das mulheresengajadasematividadesdealtorendimento (Nat-tiv, 2007). Além de anormalidades de hormônios sexuais, atletascomamenorreiaexibemtambémdistúrbios neuro-endócrinosnoeixohormôniodocrescimento(GH)-fatorde crescimentosemelhanteàinsulina (IGF-I) (Stafford,2005; Waters etal., 2001) e no padrãode lipoproteínas séricas (Fridayetal.,1993).Odesequilíbriodasconcentrac¸õesde hormônios sexuais podeacarretar, entreoutros,prejuízos nadensidademineralenamicroarquiteturaósseacom con-sequente aumento dorisco de fraturas (Ackermanet al.,

2011; Stafford, 2005), infertilidade reversível, reduc¸ão de hormônios secretados pela tireoide e risco aumen-tado de carcinoma no endométrio (Brucker-Davis et al., 2001).

Ociclomenstrual(CM)éreguladopeloeixo hipotálamo--hipófise-ovário.Ohipotálamoestimulaaproduc¸ãodofator de liberac¸ão das gonadotrofinas (GnRH) pela pré-hipófise que,porsuavez,estimulaaproduc¸ãodeLHeFSH.Estes últi-mosestimulamoovárioaproduzirestrogênioeprogesterona (Miller,1999).OCMregularseiniciacomproduc¸ãocrescente deFSHequantidadesmoderadasdeLH.Esseshormôniossão responsáveisporestimularocrescimentodefolículos ovari-anoscomposteriorproduc¸ãodeestrogêniopeloovário.Os estrógenossãoresponsáveisporalterac¸õessequenciais na secrec¸ãodapré-hipófise.Inicialmente,inibemporfeedback

negativoaliberac¸ãodeFSHeLHe,numsegundomomento, sinalizamparaapré-hipófiseproduzireliberarumaabrupta descargadehormôniosgonadotrópicos,principalmenteLH, resultandoemseupicoplasmático(Miller,1999).

Talfenômenoéresponsávelpelorápidodesenvolvimento finaldeumdosfolículosesuaposteriorruptura.Esse fenô-meno,denominado ovulac¸ão, ocorreem torno do 14◦ dia

(3)

Vários estudos têm descrito e investigado disfunc¸ões doCMoudocomportamento dediferenteshormônios em atletasdediferentesmodalidadesesportivas(Fridayetal., 1993; Harber et al., 1998; Hohtari et al., 1988 e 1991; Lindholmetal.,1993;Peltenburgetal.,1984;Pirkeetal., 1990;Rickenlundetal.,2010;Watersetal.,2001e2003). Eemborasesaibaqueoexercíciofísicodealtaintensidade contribuapara irregularidades do CM (Mantoanelli etal., 2002; Stafford, 2005), a magnitude das alterac¸ões dos hormôniossexuaisespecificamenteematletasdeeliteem GR(nívelOlímpico)aindanãofoidescrita. Alémdisso, há uma lacuna na literatura científica quanto aos tipos de hormônios maisafetados pelo treinamento físicointenso, emparticularematletasdeelitedeGR.

Diantedisso,oprincipalobjetivodopresenteestudofoi avaliaramagnitudedasalterac¸õesdehormôniosenvolvidos naregulac¸ãodoCMedohormôniotestosteronaematletas deGRquecompetememnívelOlímpico.

Métodos

Delineamentodoestudo

Oestudoédecaracterísticadescritivacomdelineamentodo tiposériedecasos.Oestudofoirealizadoemumapopulac¸ão de 7 atletas de GR de alto rendimento. O critério para inclusãono estudo erapertencer à selec¸ão de atletasde GR que representaria seu País nas Olimpíadas de Beijing 2008, China.Não houvecritério de exclusãopreviamente estabelecido, entretanto, durante a coleta de dados, os resultadoshormonaisdeduasatletastiveramqueser excluí-dos, umadelas por fazer uso de contraceptivo e a outra portersidoafastadadostreinamentosemvirtudedeuma lesão.Dessaforma,acaracterizac¸ãodaamostrae prevalên-ciadedisfunc¸ãomenstrualenvolveutodapopulac¸ão(n=7), enquantoosdadoshormonaisenvolveram cincoatletas.A coletadedadosfoirealizadanumintervalode30dias(entre maioejunhode2008).Asatletasassinaramtermode con-sentimentolivreeesclarecido,eoestudofoiaprovadopelo ComitêdeÉticaemPesquisadoCentrodeCiênciasdaSaúde daUniversidadeFederaldoEspíritoSanto(CEP008/08).

Coletadedados

Acoletadesanguefoifeitaem4momentosdistintos,sendo aprimeiracoletarealizadanaprimeiraquarta-feiradomês de estudo e as demais realizadas de 7 em 7 dias (datas: 28/05;04/06;11/06;e18/06/2008).Adecisãopelacoleta em4momentosdistintoscomintervalosregularesfoi por-queasatletasnãotinhaminformac¸õesprecisasacerca da periodicidade do CM. Além disso, a variac¸ão de hormô-niosreguladoresdoCMébastanteexpressivaemdiferentes fases do mês e, por esse motivo, a obtenc¸ão de sangue em 4 momentos foi necessária para permitir uma melhor representac¸ãodessavariac¸ãoeobtenc¸ãodovalorhormonal médio.O mêsde coletadedadosrepresentava operíodo pré-competitivoparaasOlimpíadasdeBeijing2008.Acoleta de sangue foi realizada por um profissional treinado. O sanguefoiimediatamenteacondicionadoemambiente refri-gerado e, na sequência, encaminhadopara umcentro de análiseespecializado.

O peso corporal (Balanc¸a Filizola, 100g) e a estatura (estadiômetroFilizola, 0,5cm)tambémforamobtidos nos mesmos dias e periodicidade da coleta de sangue, e a média foi usada no cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC=peso/estatura2).

Análisebioquímica

Os hormônios analisados foram: Estrogênio (pg/ml), Pro-gesterona (ng/dl), Hormônio Luteinizante (LH) (mUI/ml), Hormônio Folículo Estimulante (FSH) (mUI/ml) e Tes-tosterona (ng/dl). A análise hormonal foi realizada por laboratório especializado (Tommasi Laboratório, CRF---ES 644)utilizando-sedatécnicaanalíticade quimioluminescên-ciaquesefundamentanadetecc¸ãodaluzemitidaresultante da reac¸ão química entreo hormôniode interessee subs-tratoquimioluminescente.Osvaloresdereferênciaclínica delimitesinferioresuperiorparaafaixaetáriadeestudo foram: Estrogênio, 18,9-570,8pg/mL; Progesterona, 0,14--22,71ng/mL;LH,1,6-62,0mUI/mL;FSH,1,9-20,0mUI/mL, Testosterona,20-75ng/d,conformeMiller(1999).

Análiseestatística

Os dados foram analisados por estatística descritiva. Os resultados foram apresentados como valores individuais utilizando-se de medida de tendência central (média) seguida por medida de variabilidade (desvio padrão) (média±desviopadrão)ouporvalorespercentuais.

Resultados

Os resultados para idade, estatura, peso corporal e IMC foram, respectivamente, 19,4±1,1 anos, 1,68±0,04m, 52,5±1,4kge18,6±0,7kg/m2(média

±DP).Houvegrande variac¸ãohormonalintraindividualnocursotemporaldomês decoleta.Todas asatletasrelataram disfunc¸ão menstrual (oligomenorreia ou amenorreia). A tabela 1 apresenta os resultadoshormonaisdetodasasatletasobtidosnasquatro medic¸õesintervaladassemanalmente.

Dos20valoresamostraisparaestrogênio(destacadona

tabela1),13(65%)dessesvaloresficaramabaixodolimite inferior do referencial clínico (18,9pg/mL), e a variac¸ão intraindividual e entre indivíduos para esse hormônio foi expressiva.Afigura1apresentaosresultadosemmédia±DP paraaconcentrac¸ãosanguíneadeestrogêniodecadaatleta. Das cinco atletas avaliadas, três apresentaram média de estrogênio inferior ao mínimodo referencial clínico, e as outrasduasatletasapresentaramvaloresbempróximosdo limiteinferiordoreferencial.

Na figura 2 estão apresentados os resultados de pro-gesterona das cinco atletas. Os valores de desvio padrão evidenciamaaltavariac¸ãointraindividual.Tambémestá evi-dente aalta variac¸ão entreindivíduos. Demaneira geral, asmédiasdasconcentrac¸õessanguíneasdeprogesteronase aproximaram muito maisdo limite inferior do referencial clínico(0,14ng/mL), masnenhum valorindividual (tabela 1)ficouabaixodessereferencial.

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Tabela 1 Concentrac¸ão dehormôniosreguladores do ciclomenstrual edo hormônio testosterona deatletas de Ginástica Rítmicaemperíodopré-competitivoparaasOlimpíadasdeBeijing

Atletas Semanas Estrogênio Progesterona LH FSH Testosterona (pg/mL) (pg/mL) (mUI/mL) (mUI/mL) (ng/dL)

A1 1 27,3 0,4 5,4 4,1 24,4

2 83,4 0,7 4,9 1,9 20

3 55 0,7 2 1,1 28

4 16,5 1,9 1,9 1,2 34

A2 1 10 0,2 6,4 7,9 30,2

2 22,4 0,5 4,3 5,7 20

3 17,7 0,5 3,1 4 55

4 14,1 1,3 7,7 5,6 50

A3 1 58,9 0,4 3,2 3,5 20

2 27,4 0,3 2,6 3,5 28,6

3 37,6 0,4 3,5 3,7 20

4 33,8 0,4 4,9 3,7 24

A4 1 10 0,3 2,2 5,1 46,2

2 8,6 0,5 1,7 5,8 20

3 14,2 0,5 1,9 4,7 26

4 12,5 1 2,1 5,1 36

A5 1 28,7 0,5 2,9 8,3 28,2

2 7,3 0,5 2,5 6 20

3 26,8 0,5 2,8 7,3 23

4 8,8 1,6 4 5 35

A1aA5,atletasenumeradasde1a5;LH,hormônioluteinizante;FSH,hormôniofolículoestimulante.

nenhumvalorindividual(tabela1)ficouabaixodesse refe-rencial. Houve também grande variac¸ão intra e entre indivíduosparaestehormônio.

Na figura 4, estão representados os resultados da concentrac¸ãosanguíneamédiadeFSH.Dos20valores amos-trais(tabela1),2(10%)estavamabaixodolimiteinferiorque

94,5

75,6

56,7

37,8

18,9

0,00

A1 A2 A3 A4 A5

(18,9)

Estrog

ê

nio (pg/mL)

(...570,8)

Figura 1 Média e variac¸ão da concentrac¸ão sanguínea do hormônio estrogênio das atletas de Ginástica Rítmica em períodopré-competitivoparaasOlimpíadasdeBeijing.Dados apresentados como média±desvio padrão; A1 a A5=atletas enumeradasde1a5;nasextremidadesinferioresuperiorda setapontilhada(adireitadafigura)estãoapresentados, respec-tivamente,oslimitesinferioresuperiordoreferencialclínico.

éde1,9mUI/mL,ehouvegrandevariac¸ãointraeentre indi-víduos.Umadasatletas,atleta3,nãoapresentounenhuma variac¸ãoimportante paraFSHduranteo mêsdeestudo,o quesedistanciadocomportamentoesperado.

Em relac¸ão aos resultados de testosterona, os valores foramapresentados apenas individualmente (tabela 1), e não como média±DP. Essa estratégia foi necessária por-queatécnicautilizadanãotinhaprecisãodemedidapara

0,00

A1 A2 A3 A4 A5

(0,14)

Progesterona (ng/mL)

(...22,71)

0,14 0,28 0,42 0,56 0,70 0,84 0,98 1,12 1,26 1,40 1,54 1,68 1,82

(5)

0,0

A1 A2 A3 A4 A5

(1,6)

Hor

m

ô

nio luteinizante (mUI/mL)

(...62,0)

1,6 3,2 4,8 6,4 8,0

Figura 3 Média e variac¸ão da concentrac¸ão sanguínea do hormônioluteinizante(LH)dasatletasdeGinásticaRítmicaem períodopré-competitivoparaasOlimpíadasdeBeijing.Dados apresentados como média±desvio padrão; A1 a A5=atletas enumeradasde1a5;nasextremidadesinferioresuperiorda setapontilhada(adireitadafigura)estãoapresentados, respec-tivamente,oslimitesinferioresuperiordoreferencialclínico.

valoresabaixode20ng/dL.Dessemodo,valoresabaixode 20eram identificadoscomo 20ng/dL, que é o valor refe-rencialclínicodelimiteinferior. Comoépossível verificar natabela1,todasasatletasapresentarampelomenosum valorigual(oumenor)a20ng/dL.Houve,aotodo,seis amos-trascomvalorigualoumenora20ng/dL.Portanto,pode-se afirmarque 30% dosvaloresestavam nolimiteinferior ou abaixodovalorreferencial.

Discussão

Foipossívelidentificarqueocomportamentodoshormônios investigadosnopresenteestudo,deatletasdeelitedeGR emumafasepré-competic¸ão,apresentoupadrãodiferente

0,0

A1 A2 A3 A4 A5

(1,9)

Hor

m

ô

nio f

olículo estim

ulante (mUI/mL)

(...20,0)

1,9 3,8 5,7 7,6 9,5

Figura 4 Média e variac¸ão da concentrac¸ão sanguínea do hormônio folículoestimulante(FSH) das atletas de Ginástica Rítmicaemperíodopré-competitivoparaasOlimpíadasde Bei-jing. Dados apresentados como média±desvio padrão; A1 a A5=atletasenumeradasde1a5;nasextremidadesinferiore superior da setapontilhada (a direita da figura)estão apre-sentados, respectivamente, os limites inferiore superior do referencialclínico.

doesperadoparamulheresdemesmaidadeecomCM regu-lar.Defato,oshormôniosreguladoresdoCMeohormônio testosteronaapresentaramvaloresouabaixodoreferencial clínicooumuitopróximos dolimite inferior.Alémdisso, a variac¸ãodos diferenteshormôniosem todasasatletasfoi completamentediferentedoesperado,sugerindo desequi-líbriohormonal,comodiscutidoadiante.

Pôde-se perceber que as atletas apresentaram com-portamento e magnitude de alterac¸ão hormonal com característicasbemindividuais,entretanto,todasasatletas apresentaramoligomenorreiaouamenorreia.Esseresultado permite interpretar que a disfunc¸ão do CM pode ocorrer comdiferentescomportamentosemagnitudesdealterac¸ão hormonal.

Vários estudos investigaram e descreveram disfunc¸ões doCM,prejuízos na respostadediferenteshormônios,na func¸ãoneuroendócrina, noperfil lipoproteicoe de outros parâmetros, de atletas de diferentes modalidades espor-tivas. Peltenburg et al. (1984) compararam ginastas e nadadoras pré púberes, e verificaram que os níveis de estrona,testosteronaeandrostenedionaforammenoresno grupodeginastas,emboraessasdiferenc¸asdesapareceram quandopróximo dapuberdade.Hohtarietal.(1988) veri-ficaramquea capacidadedesecrec¸ãodecorticotropinae endorfinasdeatletasamenorreicasapósumasessãoaguda (80a100%doVO2max)emcicloergômetronãodiferiu

signifi-cativamentedeatletaseumenorreicas,embora,nasatletas amenorreicas,asecrec¸ãodeendorfinaapresentouelevac¸ão nacondic¸ãoderepouso.Posteriormente,essemesmogrupo de pesquisa apresentou resultados sugestivos de resposta prejudicadadoeixohipotálamo-pituitária-adrenalem atle-tasamenorreicas(Hohtarietal.,1991).

Pirke et al. (1990) estudaram 31 atletase verificaram ciclosanovulatóriosem 8 delase prejuízodasecrec¸ãode progesterona durante a fase lútea em outras 9 atletas. As outras 14 atletas apresentaram ciclo normal, entre-tantoosciclosforammaiscurtoseapresentarammenores concentrac¸ões de estradiol, progesterona e LH quando comparadas a sedentárias. Friday et al. (1993) verifica-ramLDLecolesterolaumentadosematletasamenorreicas. Entretanto,nessemesmoestudo,asconcentrac¸õesdeHDL tambémestavamaumentadasnasatletasamenorreicas,de maneiraquearelac¸ãoLDL/HDLnãofoidiferentedogrupo deatletaseumenorreicas.Lindholmetal.(1993)não encon-traram alterac¸ões importantes em hormônios anabólicos de atletasoligomenorreicas, mas encontraram hipercorti-solismo,sugerindodesequilíbriohormonalcompredomínio catabólico.Oshormôniostiroxinaetriiodotironinatambém foramencontradosemmenorconcentrac¸ãoemdesportistas amenorreicas comparadas a eumenorreicas, e o metabo-lismo muscular estava prejudicado no grupo amenorreica (Harberetal.,1998).

(6)

distúrbiomenstrualquandocomparadasaatletasenão atle-tas com ciclo menstrual regular. Esses parâmetros foram normalizadosapóstratamentocomcontraceptivohormonal oral,sugerindoquetaisalterac¸õestinhamcausahormonal. Apesar desses vários estudos supramencionados, eles diferem quanto ao momento da coleta e análise hormo-nal,tipodemodalidadeesportivaepadrãodetreinamento. Sabemos que a concentrac¸ão hormonal varia muito ao longo do CM, e que dependendo do tipo de modalidade esportiva há maior ou menor valorizac¸ão das qualidades físicas forc¸a, flexibilidade, velocidade, agilidade e capa-cidadesaeróbica/anaeróbica.Alémdisso,asperiodizac¸ões de treinamento assumem padrões muito distintos. Diante disso, o confrontamento dos resultados do nosso estudo com os resultados dos estudos supramencionados teriam contribuic¸ão clínica limitada. Diante disso, nesse estudo optamosporumadiscussãoque confrontassenossos resul-tadoscomosvaloresdereferênciaclínica.

Os valores referenciais clínicos foram estabelecidos em adultos saudáveis e são bem conhecidos há décadas (Miller,1999)permitindomelhorcompreenderamagnitude das alterac¸õeshormonais encontradas. Embora os valores referenciaisclínicosminimizemaausênciadeumgrupo con-trole,é precisodestacarqueo delineamentoidealparao presenteestudoseriaumacohortcommedidas‘‘antesvs. depois’’,em que cada atletaseria controlede si mesma. Isso,entretanto,nãofoipossívelporqueasalterac¸õesdoCM dessasatletasprecedeuadataderealizac¸ãodesteestudo. OCMregular,emvirtudedevariac¸õeshormonais espera-das,podeserdivididoem3fases:1afase)Do1ao12dia;

2afase)Do12ao14dia;e3afase)14ao28dia.

Do 1◦ ao 12dia aconcentrac¸ão sanguíneade

estrogê-nioé, inicialmente,2vezesmaiorque deprogesteronae, aofinaldesseintervalo,aconcentrac¸ãodeestrogêniopode alcanc¸ar 12 vezes a de progesterona. Nessa mesma fase, aconcentrac¸ão deFSH éaproximadamente2 vezesmaior que de LH. Do 12◦ ao 14dia, a concentrac¸ão de

estro-gênio nãoultrapassa 7vezesadeprogesterona,enquanto a concentrac¸ão deLH alcanc¸avalores de até2 vezes em relac¸ão a de FSH. Do 14◦ ao 28dia, a concentrac¸ão de

progesterona é até 2 vezes superior à de estrogênio e a concentrac¸ãodeFSHé2vezessuperioraoLH(Miller,1999). No presente estudo, entretanto, a variac¸ão da concentrac¸ão sanguínea de estrogênio e progesterona das atletas apresentou comportamento muito diferente do esperado. De fato, a concentrac¸ão de estrogênio manteve-seentre33 a147 vezessuperior àconcentrac¸ão de progesterona. Esse comportamento foge completa-mente do padrão esperado para qualquer uma das fases supramencionadas(Miller,1999).

Em relac¸ão ao LH e FSH, apenas para a atleta 1 a concentrac¸ãodeLHfoimaior(2,5vezes)queaconcentrac¸ão deFSH, e oesperadoseriaque aconcentrac¸ão deLHem algum momentose apresentassetambém superiorao FSH nasdemaisatletas.Asatletas4e5apresentaram compor-tamentocompletamentediferentedoesperado.Defato,a concentrac¸ãodeFSH alcanc¸ouvaloresaté56 vezesacima daconcentrac¸ãodeLH,oqueéfisiologicamente incompa-tível como padrãoclínico normal.É importante destacar que,pelasconcentrac¸õeshormonais,foiimpossível identi-ficaremquefasedoCMasatletasseencontravam,dadoo comportamentoalteradodasrespostashormonais.

Apesar da grande variac¸ão do comportamento hormo-nalintrae entreindivíduos, osresultadossãoinequívocos quanto ao desequilíbrio hormonal dessas atletas. Embora osresultadostenham sidoconfrontadosapenas com valo-resdereferência clínicaenãocomumgrupocontrole, as alterac¸õeshormonaisforamtãoexpressivasquefacilitaram ainterpretac¸ão.

Esse desequilíbrio hormonalé aparentemente mediado por alterac¸ão na func¸ão do eixo hipotálamo-pituitária--ovário,com perdadasecrec¸ãode LHe,posteriormente, reduc¸ãodaproduc¸ãodeestrógeno(Stafford,2005). Hormô-niossexuaispossuemimportantesfunc¸õesfisiológicascomo, por exemplo, na densidade mineral e microarquitetura óssea(Stafford,2005; Ackermanetal.,2011),fertilidade, secrec¸ão de hormônios da tireóide e proliferac¸ão celular (Brucker-Davis et al., 2001) e síntese de outros hormô-nios(Christo et al., 2008; Nakamura etal., 2011). Dessa forma, a compreensão da magnitude das alterac¸ões hor-monaisé importante para a tomada dedecisão referente àintervenc¸ãoclínica(Stafford,2005).

Estudos têm apontado que a proporc¸ão denão atletas com incidência de DM é muito pequena em comparac¸ão a de atletas (Vigário e Oliveira, 2005; De Souza et al., 2010).Aprevalênciadeamenorreiaem nãoatletaséde2 a5%,enquantoqueematletaspodechegara66%(Vigário e Oliveira,2005).Estudo realizado com atletasde GR da Grécia e do Canadá encontrou prevalência de CM irregu-lares em torno de 61% (Beals e Meyer, 2007). Em outro estudo(DeSouzaetal.,2010)constatou-seprevalênciade func¸ãoovarianaanormal,incluindodeficiêncianafaselútea eanovulac¸ão(ausênciadeovulac¸ão),de52%emmulheres fisicamenteativas,enquantoqueemsedentáriasfoide ape-nas5%.Osautoresdesseúltimo estudodestacamquesão escassososdadossobreaprevalênciadedisfunc¸ões mens-truaissutiscomodeformidadenafaselúteaeanovulac¸ãode mulheresativas,sejaatletaounão.

Éimportantesalientarqueamaioriadosestudos envol-vendoatletasdealtorendimentoavaliouapenasdisfunc¸ões do CM e não a magnitude das alterac¸ões dos hormônios envolvidos na regulac¸ão do CM. Dessa forma, os resulta-dosdopresenteestudosãoimportantesparadimensionaro comportamentodehormôniossexuaisdeatletasdeeliteem GR,eassimoferecersuportedeinformac¸ãoparaclínicose treinadores.Entretanto,aindanãosesabecompletamente oquantootreinamentointensoeexaustivocontribuipara taisdesequilíbrioshormonais.

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percentualdegordura sãoenfatizados (VigárioeOliveira, 2005).AGRseenquadranessepadrão.

Emboraseacreditequeasdisfunc¸õesmenstruaistenham origem multifatorial, de modo que o treinamento físico intenso, estresse psicológico e balanc¸o energético nega-tivo seriam as possíveiscausas, é preciso destacar que a baixa disponibilidadede energia, sejapor restric¸ão ener-gética ou gasto energético excessivo, tem sido apontada porváriospesquisadores(BealseMeyer,2007;Doyle-Lucas etal.,2010;Harber,2004;MeiraeNunomura,2010;Nattiv etal.,2007;Stafford,2005;Wilmoreetal.,2010)comoo principalfatorparaosurgimentodeDM.

De fato, a simples induc¸ão de um balanc¸o energé-tico negativo em mulheres eumenorreicas resultou em alterac¸õeshormonaissignificativasassociadasàamenorreia (Wilmoreetal.,2010),eotreinamentofísiconãomostrou efeitosupressorsobreapulsatilidadedeLHquandoa inges-tãodeenergiafoiaumentadaparacompensarodispêndio energéticodoexercício(Nattivetal.,2007).

Embora o hormônio testosterona não participe da regulac¸ão doCM,o presenteestudo tambémavaliou suas concentrac¸ões sanguíneas por ser um importante hormô-nioanabólicoe, portanto,baixasconcentrac¸õespoderiam sugerirmenorcapacidadeanabólicaederecuperac¸ão mus-culardasatletas.Oestudoverificouque30%dasmedidasde concentrac¸ãodetestosteronaestiveramnolimiteinferiordo referencialclínicoouabaixodessereferencial.Oefeitodo treinamentointensosobreasconcentrac¸õesdetestosterona demulheres aindaé pouco conhecido. Osresultados, até então encontrados,orasugeremque o treinamentofísico por mulheres pode aumentar a produc¸ão de andrógenos, comoatestosterona,eorasugeremquepodemreduzirsuas concentrac¸ões(Eneaetal.,2011;Nakamuraetal.,2011). Pesquisasadicionais,comrígidocontroledevariáveis inter-venientes,serãonecessáriasparaesclareceressesachados divergentes.

Em resumo, conclui-se que o comportamento das concentrac¸ões dos hormônios responsáveis pelo CM e do hormônio testosterona em atletas de GR de alto rendi-mento, em uma fase pré-competitiva, se distanciou de formaexpressivadosvaloresdereferência clínica.A mag-nitudedessas alterac¸õesé de tal grandezaque vislumbra cuidadosclínicos,umavez que podemcausar prejuízona densidademineral e microarquitetura óssea, infertilidade (ainda que reversível), reduc¸ão de hormônios secretados pelatireoidee,atémesmo,riscoaumentadodecarcinoma noendométrio.

Apesar das sugestivas evidências, é preciso ponderar que o estudo apresentou algumas limitac¸ões que devem ser consideradas na interpretac¸ão dos resultados para que não haja imediata extrapolac¸ão dos resultados. Uma dessas limitac¸ões refere-se ao desenho experimental que foi do tipo estudo de casos, e não de acompanhamento, o que permitiria avaliar o curso-temporal dos fenôme-nos estudados. O número de atletas estudadas, apesar de se tratar de uma populac¸ão, também foi pequeno, o que limita generalizac¸ões. A coleta de dados ocorreu no período pré-competitivo, ou seja, numa fase em que possivelmenteocorrasignificativoestressepsicológico.Por último, embora a alimentac¸ão tenha sido prescrita por nutricionista, o ideal seria certificar-se da adequac¸ão do aporte calórico e de micronutrientes. Os novos estudos

sobreotemaprecisarãoconsiderartaislimitesebuscarem estratégiasparasuperá-los.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresses.

Agradecimentos

AMônikaQueirozeJulianaCoradini,peloapoioesuportea execuc¸ãodoestudo.

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