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Baixa qualidade de dieta entre adolescentes brasileiros com HIV/AIDS.

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Academic year: 2017

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ARTIGO

ORIGINAL

Poor

diet

quality

among

Brazilian

adolescents

with

HIV/AIDS

Luana

Fiengo

Tanaka

a,b,∗

,

Maria

do

Rosário

Dias

de

Oliveira

Latorre

a,b

,

Aline

Medeiros

da

Silva

a,b

,

Thais

Claudia

Roma

de

Oliveira

Konstantyner

a,b

,

Elissa

Caroline

Mendes

a,b

e

Heloísa

Helena

Sousa

Marques

a,b

aFaculdadedeSaúdePública,UniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo,SP,Brasil

bInstitutodaCrianc¸a,HospitaldasClínicas,FaculdadedeMedicina,UniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo,SP,Brasil

Recebidoem21dejaneirode2014;aceitoem11dejunhode2014

KEYWORDS

Adolescent; Foodconsumption; Healthyeatingindex; HIV/Aids

Abstract

Objective: ThisstudyaimedtoassessdietqualityamongadolescentswithHIV/AIDS.

Method: A cross-sectionalstudywasconductedinvolvingpatientswithHIV/Aidstreatedina referralhospitalinSaoPaulo,Brazil.Eighty-eightadolescents(10-19yearsofage)participated inthestudy.Informationondiseasehistoryanduseofmedicationwereobtainedfrommedical records.Theparticipantsrespondedtotwo24-hourdietrecalls.Dietqualitywasassessedby meansoftheHealthyEatingIndex-2005(HEI-2005)adaptedtotheBrazilianpopulation. Pear-son’scorrelationcoefficientswerecalculated.MeanHEI-2005scoreswerecomparedaccording totheindependentvariablesusingeithertheStudent’st-testortheMann-Whitneytest. Results: ThemeanHEI-2005scorewas51.90(SE=0.90).Thecomponentswiththelowestmeans werewholegrainsandsodium.Componentswithhighestmeansweretotalgrainsandoils.No correlationswerefoundbetweentheindependentvariablesandHEIscore.Adolescentslivingin fosterhomeshadhighermeansfortotalfruitandlowermeansformeatandbeansincomparison toadolescentslivingwiththeirfamilies.Girlshadhighermeansformilkandlowermeansfor caloriesfromsolidfats,alcoholicbeverages,andaddedsugarsincomparisontoboys. Conclusions: AdolescentswithHIV/AIDSexhibitedasimilareatingpatterntothatofadolescents inthegeneralpopulation:highconsumptionofaddedsugar,saturatedfat,andsodium,and

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.06.007

Comocitaresteartigo:TanakaLF,LatorreMR,SilvaAM,KonstantynerTC,MendesEC,MarquesHH.PoordietqualityamongBrazilian

adolescentswithHIV/AIDS.JPediatr(RioJ).2015;91:152---9.

Autorparacorrespondência.

E-mail:luanaft@usp.br(L.F.Tanaka).

(2)

insufficient ingestionofwholegrainsandfruits.Specialattentionshouldbepaidtothediet ofadolescentswithHIV/AIDS,whoareatgreaterriskofdevelopingcardiovascularandother chronicdiseases.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

PALAVRAS-CHAVE

Adolescente; Consumoalimentar; Índicedequalidade dadieta;

HIV/Aids

BaixaqualidadededietaentreadolescentesbrasileiroscomHIV/AIDS

Resumo

Objetivo: AvaliaraqualidadedadietadeadolescentescomHIV/Aids.

Método: Estudotransversal queenvolveupacientescomHIV/Aidsatendidosem umhospital de referência em SãoPaulo. Participaram88 adolescentes(10-19 anos).Informac¸ões sobre história clínica e usode medicamentos foramobtidas dos prontuários médicos. Os partici-pantesresponderamadoisrecordatóriosde24horas.Aqualidadedadietafoiavaliadapelo índicedequalidadedadietarevisado(IQD-R)adaptadoparaapopulac¸ãobrasileira. Coeficien-tesdecorrelac¸ãodePearsonforamcalculados.AsmédiasdoescoredoIQD-Rforamcomparadas deacordocomasvariáveisindependentes,comotestetdeStudentouotestedeMann-Whitney. Resultados: AmédiadoIQD-Rfoi51,90(EP=0,90).Oscomponentesdemenoresmédiasforam: cereaisintegraisesódio.Oscomponentesdemaioresmédiasforamcereaistotaiseóleos.Não foramencontradascorrelac¸õesentreasvariáveisindependenteseoIQD-R.Adolescentesque vivememcasasdeapoiotiverammédiasmaioresparafrutastotaisemenoresparacarnese feijãoemcomparac¸ãocomosadolescentesquevivemcomsuasfamílias.Asmeninas apresen-tarammédiasmaisaltasparaleiteemenoresmédiasparacaloriasprovenientesdegorduras sólidas,bebidasalcoólicaseac¸úcaresadicionados,emcomparac¸ãocomosmeninos.

Conclusões: OsadolescentescomHIV/Aidsapresentarampadrãoalimentarsemelhanteàquele dapopulac¸ãogeral:altoconsumodeac¸úcar,gordurasaturadaesódioeingestãoinsuficiente de cereaisintegrais efrutas. Atenc¸ão especial deveser dada àdieta de adolescentescom HIV/Aids, poiselesestãosob maiorriscodedesenvolver doenc¸ascardiovascularese outras doenc¸ascrônicas.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos reservados.

Introduc

¸ão

A introduc¸ão da terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) no tratamento de HIV/Aids alterou o curso da doenc¸a e aumentou a sobrevivência consideravelmente. Entretanto,desde a introduc¸ãoda HAART, tambémforam descritos efeitos colaterais delongo prazo, alguns desses intimamenterelacionadosànutric¸ão,comoanormalidades noperfillipídico.1

Estudos que envolvemcrianc¸as e adolescentesrelatam importantestaxasdeprevalênciadedistúrbiosmetabólicos. DosReisetal.encontraramumaaltataxadeprevalênciade anormalidadesno perfillipídico em crianc¸as e adolescen-tesbrasileiros:81,4%apresentarambaixocolesterolHDLe 35,5%apresentaramaltosníveisdetriglicerídeos.2

A dieta tambémdesempenha umpapel importante no sistemaimunológicodo portador deHIV/Aids, porque são necessáriasquantidadessuficientesdemacroe micronutri-entesparaseufuncionamentonormal.3

Apesar desuaimportância,foramfeitosapenaspoucos estudospara avaliar asdietas decrianc¸as e adolescentes comHIV/Aids.Ospoucosestudosexistentesrelataram die-tasinadequadas.UmestudofeitonosEstadosUnidosavaliou a dieta decrianc¸as com HIV entre 1995e 2004 e consta-touumaingestãoexcessivadeenergia,proteínaseac¸úcar,

bemcomo umaingestãoinsuficientedefibras.4 Damesma

forma,Werneretal.5 constataramumaingestãoexcessiva

deenergianasdietasdecrianc¸asbrasileirascomHIV/Aidsde dois-16anos.Assim,aavaliac¸ãodaqualidadedadietaéum aspectoimportantenomonitoramentoenaavaliac¸ãotanto dotratamentoquantodosquadrosclínicosnessapopulac¸ão. Oobjetivodesteestudofoiavaliaraqualidadedadieta deadolescentescomHIV/Aidsedeterminarfatores associ-ados.

Métodos

(3)

apresentarumaingestãodeenergiaabaixodoprimeiro per-centil e um foi excluído por apresentar uma ingestão de energiaacimado99◦ percentil.6 Assim,apopulac¸ão

estu-dadafinalfoide88adolescentes(71,0%).

As informac¸ões sobre a história clínica e o uso de medicac¸ão foram obtidas de prontuários médicos. As doenc¸asforam definidas com base nos critérios do Minis-tériodaSaúde.7Ospais/responsáveislegaisassinaramuma

declarac¸ãode consentimento informadoe responderam a umquestionáriosobreaspectossocioeconômicos.

Opeso,aalturaeacircunferênciadacinturaforam men-suradosduasvezesporumnutricionistatreinado.Osescores Zdeestaturaporidadeeoíndicedemassacorporal(IMC) poridadeforamcalculadoscomosoftwareAnthroplus, ver-são1.0.3(WHOAnthroPlussoftware,EUA).Osparticipantes foramclassificadosquantoàsituac¸ãonutricionalcombase nosvaloresdecortepropostospelaOrganizac¸ãoMundialde Saúde(OMS).8 Dois recordatóriosalimentares de24 horas

foramaplicadospor umnutricionistatreinado.Foipedido queosparticipantesrelatassemtodososalimentosetodas asbebidaseasrespectivasquantidadesconsumidasnodia anterior.Oprimeirorecordatóriofoiobtidopormeiodeuma entrevistapresencial.Parafacilitarorelatodaquantidade consumida,foimostradoumálbumcomfotosdediferentes tamanhosdeporc¸ões.9Osegundorecordatórioalimentarde

24horasfoiobtidopormeiodecontatoportelefoneemdias nãoconsecutivosapós,aproximadamente,umasemanapara acorrec¸ãonamudanc¸apessoal.10Aentrevistaportelefone

foiempregadaparaminimizarperdaspossíveis.

Os dados da dieta foram inseridos no NutWin, versão 1.5.de2003(DepartamentodeCiênciasdaComputac¸ãona Saúde).ATabelaBrasileiradeComposic¸ãodeAlimentos11é

usadaparaestimaraingestão denutrientes.Osalimentos foramclassificadosemgruposcombasenasDiretrizesparaa Populac¸ãoBrasileira.12Paraaquantificac¸ãodaingestãode

cadagrupo dealimentos,receitasforam decompostasem ingredientesecadaingredienteinseridoseparadamente.

As informac¸ões sobreoíndice deácidosgraxos trans e quantidadedeac¸úcaresadicionadosforamobtidasdatabela decomposic¸ãode alimentosdoDepartamentode Agricul-tura dos Estados Unidos (USDA),13 pois essas informac¸ões

não estão disponíveis no Brasil. Foram escolhidos os ali-mentosdatabeladoUSDAmaissemelhantesaosdatabela brasileiraemtermosdecomposic¸ãomacronutricional.A pla-taformaon-linedoMétododeMúltiplasFontes14 foiusada

paraestimaraingestãohabitualdenutrienteseosgruposde alimentoscomousodemodelosderegressãocombasenas informac¸õesprestadaspelosdoisrecordatóriosalimentares coletados.

Osdadosforamposteriormenteanalisadoscomousodo ÍndicedeQualidadedaDieta(IQD)de2005,adaptadoparaa populac¸ãobrasileira.Aversãoadaptadacontémosmesmos 12itens,porémosvaloresdecortediferemdosdaversão americanaepodemserencontradosemoutrolugar.15 Para

oscomponentesfrutastotais,frutasinteiras,totalde vege-tais,vegetaiselegumesdecorlaranjaeverde-escura,total decereais,cereaisintegrais,leite,carnes,feijãoeóleos,as pontuac¸õesmínimasrepresentamaausênciadessegrupo ali-mentícionadietadoindivíduo,aopassoqueaspontuac¸ões máximas indicam que asrecomendac¸ões foramadotadas. Comrelac¸ãoàgordurasaturada,ao sódioeàscaloriasde gordurassólidas,bebidasalcoólicaseac¸úcaresadicionados,

as pontuac¸ões mínimas são atribuídas aos indivíduos que ingerem quantidades maiores que as recomendadas, pois seuconsumo em excessoestárelacionado aproblemas de saúde.Oopostoéverdadeparaaspontuac¸õesmáximas.15

Apontuac¸ãofinal(somadetodosositens)varioudezero a 100 pontos, com pontuac¸ões mais altas que indicaram melhor qualidade de dieta. Neste estudo, o IQD de 2005 foi analisadocomo umavariávelcontínua.Também foram calculadosospercentuaisdepontuac¸ãomínimaemáxima.

Asanálisesforamestratificadasporsexoelugarde resi-dência(viveremorfanatosemcomparac¸ãocomvivercom asfamílias).

Para a caracterizac¸ão daamostra, a análise descritiva envolveuadeterminac¸ãodetendênciacentraledispersão, bemcomoasfrequênciasabsolutaserelativas.Otestede Kolmogorov-Smirnovfoiempregadoparadeterminara ade-sãodasvariáveisquantitativasàdistribuic¸ãonormal.OIQD de2005foiavariáveldependente.Osdados sociodemográ-ficos, clínicose antropométricos constituíram asvariáveis independentes. Os coeficientes de correlac¸ão de Pearson foram calculadospara variáveis contínuas.Os testes t de StudentedeMann-Whitneyforamusadosparacompararas classificac¸õesdoIQDde2005entreosgrupos.Todasas análi-sesestatísticasforamfeitascomosoftwareSPSS(SPSSInc., versão15.0.Chicago,EUA).

Esteestudorecebeuaaprovac¸ãodoComitêdeÉticadas Faculdades deSaúde Públicae deMedicina (Universidade de SãoPaulo). Todosos participantes e pais/responsáveis forneceramoconsentimentoinformadoporescrito.

Resultados

Atabela1apresentaascaracterísticasdemográficase antro-pométricas da amostra. A maioria dos entrevistados era do sexo feminino (54,4%), não branca (53,4%) e frequen-tava o ensino médio no momento da entrevista (63,6%). Onze(12,5%)viviamemorfanatoseosrestantesviviamcom parentes.Entreosqueviviamcomparentes,63,2%tinham pelomenosumdeseuspaisbiológicose25%tinhamseusavós como cuidadores.Outrosparentestambémforamcitados: paisadotivos(10,5%),tia/madrinha(10,5%)e irmã(2,6%). Trintafamílias viviamcommenosdeUS$500/mês.A mai-oria das famílias dos participantes (77,8%) vivia com US$ 250/mês(saláriomínimobrasileiro)oumenos.Oito partici-pantes(9,1%)tinhamsobrepeso,sete(8%)eramobesose13 (15,7%)tinhamdéficitdeestaturaporidade.Amaioriados participantestinhaumestilodevidasedentário(70,5%).

Noquedizrespeito àscaracterísticasclínicas,maisda metadefoidiagnosticadacomHIVantesdeumanodeidade (56,8%) e a vasta maioria foi infectada verticalmente ---de mãe para filho (95,5%). Dos participantes, 55 (62,5%) tinhamdesenvolvidodoenc¸asdefinidorasdeAidseapenas três(3,4%)eramassintomáticos.Amaioriadosparticipantes tinhasidohospitalizadapelomenosumavez(71,6%).

(4)

Tabela1 Característicasdemográficaseantropométricasdaamostra(frequênciasabsolutaerelativa),InstitutodaCrianc¸a, SãoPaulo,Brasil,2010

Variável Categoria n %

Sexo Masculino 40 45,5

Feminino 48 54,5

Idadenoiníciodoestudo 10-13anos 24 27,3

13-6anos 33 37,5

16-20anos 31 35,2

Etnia Branca 41 46,6

Nãobranca 47 53,4

Residência Comafamília 80 90,9

Orfanato 8 9,1

Cuidadora Paisbiológicos/adotivos 48 63,2

Outrosparentes 28 36,8

Rendafamiliarb <1saláriomínimoc 49 77,8

≥1saláriomínimoc 14 22,2

Escolaridaded Ensinofundamental 8 14,3

Ensinomédio 48 85,7

Estaturaporidadenoiníciodoestudoe Inadequada 13 15,7

Adequada 70 84,3

Situac¸ãonutricionalnoiníciodoestudo Abaixodopeso 6 6,8

Faixaideal 67 76,1

Acimadopeso/obeso 15 17,1

Circunferênciadacintura(cm)noiníciodoestudo 54-68cm 29 33,7

69-76cm 29 33,7

76-104cm 28 32,6

Classificac¸ãodoCDCnoiníciodoestudo N1aB3 57 64,8

C1aC3 31 35,2

Estilodevidasedentário Sim 62 70,5

Não 26 29,5

a Percentualcalculadoem76adolescentes.

b Percentualcalculadoem63adolescentes.

c CombasenosaláriomínimonoBrasilem2010(R$510=cercadeUS$250).

d Percentualcalculadoem56adolescentes

e Percentualcalculadoem83adolescentes.

(cm)noiníciodoestudo(r=0,17;p=0,115).Defato,não foramencontradasassociac¸õesestatisticamente significati-vasentreapontuac¸ãomédianoIQDde2005equaisquerdas variáveisindependentes(tabela2).

A tabela 3 apresenta as pontuac¸ões médias no IQD de

2005deacordocomosexo.Asmédiasforamelevadaspara osseguintescomponentes:totaldecereais,óleos,carnese feijão,totaldevegetaisevegetaiselegumesdecorlaranja e verde-escura. A maiorproporc¸ão dapontuac¸ão máxima foi constatada para óleos (84,1%), seguido de total de cereais(83,0%)evegetaiselegumesdecorlaranjae verde--escura(79,6%).Emcontrapartida,asmenoresmédiasforam constatadas em cereais integrais, sódio, frutas inteiras e caloriasdegordurassólidas,bebidasalcoólicas eac¸úcares adicionados. Os componentes com a maior proporc¸ão de pontuac¸ão mínima (zero) foram sódio (86,4%) e cereais integrais (72,7%). Não foi encontrada diferenc¸a significa-tiva entre os sexos, exceto no que diz respeito a leite e laticínios, para os quais as meninas apresentaram as maiores pontuac¸ões (p=0,038), e ascalorias de gorduras sólidas,bebidasalcoólicaseac¸úcaresadicionados,paraos quaisosmeninosapresentaramaspontuac¸õesmaiselevadas (p=0,005).

Foram identificadas duas diferenc¸as significativas nas análisescombasenolocalderesidência:médiasmais ele-vadasdeconsumodefrutas(p=0,015)emédiasmenoresde consumodecarnes efeijão (p=0,026)entreadolescentes quevivemem orfanatosem comparac¸ãocomaquelesque vivemcomsuasfamílias(tabela4).

Discussão

Nesteestudo,apontuac¸ãomédianoIQDde2005foibaixa entre adolescentes com HIV/Aids e não foi constatada associac¸ãoentreaspontuac¸õesnoIQDde2005easvariáveis independentes analisadas,exceto nas análises estratifica-das.

VáriosestudosempregaramoIQD/IQDde2005para ava-liar a qualidade da dieta de adolescentes na populac¸ão emgeral.16-19Entretanto,foiencontradoapenasumestudo

queavaliaadietadeadolescentescomHIV/Aids.13 Kruzich

etal.20usaramumIQDcomnoveitensemvezdedez,com

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Tabela2 Pontuac¸ãomédianoIQDde2005deacordocomasvariáveisindependentes;InstitutodaCrianc¸a,SãoPaulo,Brasil, 2010

Variável Categoria Média(EPM) valordep

Sexo Masculino 51,90(0,90) 0,459

Feminino 52,63(1,35)

Etnia Branca 50,30(1,22) 0,097

Nãobranca 53,29(1,28)

Residência Comafamília 51,70(0,92) 0,496

Orfanato 53,84(3,68)

Cuidadora Paisbiológicos/adotivos 50,79(1,29) 0,304

Outrosparentes 52,86(1,40)

Situac¸ãonutricionalnoiníciodoestudo Acimadopeso/obeso 52,41(2,69) 0,296 Abaixodopeso/faixaideal 51,79(0,94)

Classificac¸ãodoCDCnoiníciodoestudo N1aB3 51,95(1,14) 0,943

C1aC3 51,81(1,48)

Doenc¸agrave Sim 52,23(1,53) 0,778

Não 51,70(1,12)

Doenc¸amédia/moderada Sim 51,79(0,92) 0,517

Não 55,03(5,15)

Internac¸ão Sim 51,44(1,16) 0,355

Não 53,37(1,45)

Númerodeinternac¸ões Até3 51,26(1,09) 0,306

4oumais 53,25(1,58)

Quimioprofilaxia(Pneumocystisjiroveciou Mycobacteriumtuberculosis)

Sim 52,52(1,02) 0,174

Não 49,39(1,97)

Usodeterapiaantirretroviralnoiníciodoestudo Sim 51,87(0,91) 0,816

Não 53,28(8,02)

Tipodeterapiaantirretroviralnoiníciodoestudo Dupla 49,97(1,41) 0,116 Tripla/quádrupla 52,94(1,14)

Estilodevidasedentário Sim 52,32(1,03) 0,476

Não 50,90(1,83)

EPM,erropadrãodamédia.

aSomenteadolescentesquemoramcomasfamílias(n=80).

foramsódio,colesterol,frutasegordurastotais.Entretanto, nãoépossível comparar colesterole gordurastotais,pois essesdoisitensnãofazempartedoIQDde2005.Arespeito dosódio,esseitemapresentouapontuac¸ãomaisbaixaem ambososestudos.Kruzichetal.encontrarammédias ele-vadas para carnes e total de cereais.20 Neste estudo, as

médiasparaessesgruposestiveramentreasmaiselevadas. Essesachados indicamqueadolescentescomHIVtanto no BrasilquandonosEstadosUnidosapresentamumconsumo adequadodecarnesetotaldecereais,bemcomoingestão inadequadadefrutasesódio.

Estudos ao redor do mundo têm avaliado a qualidade de dieta entre adolescentes não infectados com HIV.16-19

Os estudos de base populacional conduzidos no Butantã (bairrodacidade deSãoPaulo) e noEstadode SãoPaulo usaramoIQDparaavaliaraqualidadededietaentre ado-lescentes e registraram médias de 58,2 e 59,7 pontos, respectivamente,16,17 comparáveis à pontuac¸ão média do

IQD de 2005 constatada para adolescentes com HIV/Aids nesteestudo.

OsdadossobreoconsumodecomidadoTerceiroExame NacionaldeSaúdeeNutric¸ão(NHANESIII)feitonosEstados Unidos,comousodoIQDde2005,encontrouumapontuac¸ão médiade54,8paraadolescentesentre12e19anos.18Um

estudo queempregou omesmo métodoavaliou 1104 ado-lescentesturcosentre14e18anoseencontrouresultados semelhantes(IQD de2005:51,5pontos).19 Ambos os

estu-dos oferecemevidência dequeaspontuac¸ões noIQD/IQD de 2005 sãoumfenômeno global, independentemente da infecc¸ãoporHIV.

A análise individual dos componentes permite a identificac¸ão das principais inadequac¸ões dietéticas de determinadapopulac¸ão.Nestainvestigac¸ão,os componen-tescomasmenoresmédiasforamoscereaisintegrais,sódio, frutas inteiras, frutas totais, calorias de gordurassólidas, bebidas alcoólicas, ac¸úcares adicionados e gordura satu-rada,compatívelcomosvaloresencontradosdescritosem estudosanteriores.18-20OsdadosdaPesquisadeOrc¸amentos

Familiares(POF,2009)revelaramabaixaingestãodefrutas pelapopulac¸ãobrasileira. Mesmoosindivíduos que atingi-ram o 99◦ percentilpara frutas e vegetaisnão atingiram

as recomendac¸ões da OMS de 400g/dia21 e apenas 6,4%

dos adolescentes na cidade de São Paulo seguiram essa recomendac¸ão.22Osestudosfeitosaoredordomundo

tam-bémapresentaramingestãoinsuficientedessesdoisgrupos alimentícios.16-20,23

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Tabela3 Estatísticadescritivadapontuac¸ãodoÍndicedeQualidadedaDietaeseuscomponentes;InstitutodaCrianc¸a,São Paulo,Brasil,2010

Total Meninos Meninas

Componente Média(EPM) %0a %Máx.b Média(EPM) %0a %Máx.b Média(EPM) %0a %Máx.b pc

Frutastotais 2,05(0,19) 21,6 11,4 2,24(0,30) 22,5 15,0 1,89(0,24) 20,8 8,3 0,348 Frutasinteiras 1,66(0,19) 34,1 10,2 1,61(0,29) 32,5 12,5 1,70(0,24) 35,4 8,3 0,742 Totaldevegetais 4,37(0,11) 0,0 60,2 4,33(0,17) 0,0 62,5 4,40(1,38) 0,0 58,3 0,917 Vegetaiselegumesdacor

laranjaeverde-escura

4,51(0,14) 6,8 79,6 4,44(0,19) 5,0 72,5 4,56(0,20) 8,3 85,4 0,155

Totaldecereais 4,92(0,25) 0,0 83,0 4,89(0,04) 0,0 80,0 4,94(0,30) 0,0 85,4 0,435 Cereaisintegrais 0,14(0,05) 72,7 0,0 0,16(0,07) 70,0 0,0 0,13(0,06) 75,0 0,0 0,612

Leite 5,02(0,22) 2,3 2,3 4,53(0,28) 0,0 2,5 5,43(0,31) 4,2 2,1

-Carnesefeijão 9,11(0,17) 1,1 59,1 8,86(0,31) 2,5 60,0 9,32(0,16) 0,0 58,3 0,612 Óleos 9,54(0,14) 0,0 84,1 9,64(0,19) 0,0 87,5 9,46(0,20) 0,0 81,3 0,418 Gordurasaturada 3,78(0,38) 0,0 14,8 3,80(0,57) 0,0 17,5 3,77(0,50) 0,0 12,5 0,840 Sódio 0,37(0,13) 86,4 0,0 0,09(0,05) 90,0 0,0 0,60(0,23) 83,3 2,1 0,279 Caloriasdegorduras

sólidas,bebidas alcoólicaseac¸úcares adicionados

6,43(0,53) 13,6 0,0 8,03(0,77) 7,5 0,0 5,09(0,69) 18,8 0,0

-IQDde2005 51,90(0,90) 0,0 0,0 52,63(1,35) 0,0 0,0 51,29(1,22) 0,0 0,0 0,459

EPM,erropadrãodamédia.

a Percentualdepontuac¸õesmínimas.

b Percentualdepontuac¸õesmáximas.

c Paracompararasmédiasporsexo,foiusadootestedeMann-Whitneyemtodososcomponentes,excetoleite,gordurasaturada,

caloriasdegordurassólidas,bebidasalcoólicaseac¸úcaresadicionadoseapontuac¸ãototaldoIQDde2005,paraosquaisfoiusadoo

testetdeStudent.

Tabela4 Comparac¸ãodasmédiasdoscomponentesdeacordocomolocalderesidência;InstitutodaCrianc¸a,SãoPaulo,Brasil, 2010

Variável Família

Média(EPM)

Orfanato Média(EPM)

pa

Frutastotais 1,91(0,19) 3,45(0,62)

-Frutasinteiras 1,61(0,19) 2,13(0,66) 0,407

Totaldevegetais 4,33(0,11) 4,73(0,19) 0,309

Vegetaiselegumesdacorlaranjaeverde-escura 4,47(0,15) 4,85(0,15) 0,543

Totaldecereais 4,91(0,03) 4,97(0,03) 0,674

Cereaisintegrais 0,14(0,05) 0,20(0,13) 0,390

Leite 4,93(0,23) 5,92(0,49) 0,131

Carnesefeijão 9,19(0,18) 8,27(0,50)

-Óleos 9,56(0,14) 9,40(0,60) 0,864

Gordurasaturada 3,83(0,39) 3,31(1,33) 0,450

Sódio 0,41(0,14) 0,01(0,01) 0,817

Caloriasdegordurassólidas,bebidasalcoólicas eac¸úcaresadicionados

6,41(0,56) 6,59(1,78) 0,948

IQDde2005 51,70(0,92) 53,85(3,68) 0,783

EPM,erropadrãodamédia.

a TestedeMann-Whitney.

comcautela,considerandoacomplexidadedaquantificac¸ão desse micronutriente.24 Receitas padronizadas foram

usa-das nopresenteestudo, o quepodeter causado erros de mensurac¸ão. Entretanto, um estudo conduzido por Sarno et al. com base em dados da Pesquisa de Orc¸amentos Familiaresde2003apontouqueadisponibilidadedosódio nas residências brasileiras é duas vezes maior do que a recomendada.25 Outros estudos que envolveram o IQD

tambémconstataram umaingestãoimportante desódio e relataramumamédiaintermediáriaparaesseitem(variac¸ão de3,7a6,2pontos).16-18Ademais,ousodediferentes

pon-tosdecorteéumahipóteseplausívelparaasdivergências entreosestudos.

(7)

pontuac¸õesentreadolescentesamericanos,conforme rela-tadono3◦NHANES.26Esseachadopoderáserparcialmente

explicadopeloconsumoelevadoderefrigerantesebolachas recheadas, ambos ricos em ac¸úcar. Dados da Pesquisade Orc¸amentosFamiliaresnoBrasil de2009 revelaramque o ac¸úcarcontabilizouquase20%daenergiatotalentreos indi-víduos que consumiam bolachas recheadas; essa pesquisa tambémrelataumaingestãoelevadadebebidasac¸ucaradas (consumomédiodemaisde120gramas/dia),21oqueestáde

acordocomessesachados.Emoutroestudo,50,9%dos ado-lescentesdononoanorelataramterconsumidodoces,37,2% relataram ter consumido refrigerantes e 36,2% relataram terconsumidobolachas em cincooumaisdiasdasemana anterior.27 Oconsumoderefrigerantes,salgadinhos,doces

epizzaéumindicadordedietaspoucosaudáveis relaciona-dasàingestãoinsuficientedefibras,independentementeda situac¸ãodainfecc¸ãopeloHIV.

Em contrapartida com os achados de estudos

anteriores,16-20,26 médias elevadas foram constatadas

paratotal de vegetais, bem como vegetais e legumes de cor laranja e verde-escura. Esses achados poderão ser principalmente atribuídos ao consumo elevado de feijão nessapopulac¸ão.No IQDde2005, ofeijão foi incluídono totaldevegetaise nos vegetaise legumes decor laranja e verde-escura simultaneamente, caso as recomendac¸ões decarnesefeijão fossemseguidas.15 Comoo consumode

carnesfoiadequadoparamuitosadolescentes,ofeijãofoi incluídoemambososgrupos.

Doiscomponentesdiferiramsignificativamentenas aná-lises estratificadas por local de residência. Entre os adolescentesqueviviam em orfanatos,foramconstatadas ingestõesmais altas defrutas e ingestões maisbaixasde carnes e feijão em comparac¸ão com osadolescentes que viviamcomsuasfamílias.MuitosorfanatosnoBrasilrecebem apoiodenutricionistasparaplanejaroscardápioseoperam comfinanciamentogovernamental,doac¸õesdeempresase trabalhovoluntário.26 Emcontrapartida,nãoforam

encon-tradasdiferenc¸asentreaspontuac¸õesmédiasparaositens restantes.Ésabidoqueasinstituic¸õesdeadoc¸ãoenfrentam dificuldades,como alta rotatividadede voluntáriose fun-cionáriosdevidoaos baixossalários eà cargade trabalho excessiva,28 que afetam a qualidade do servic¸o oferecido

aosmoradores.

Não foram encontradas diferenc¸as significativas na estratificac¸ão por sexo. Em estudos anteriores, são apre-sentadosresultadosdivergentes.Aanálisedeadolescentes no Estado de São Paulo de Andrade et al.17 encontrou

pontuac¸õesmédiasmaisaltasentremeninos(cercadedois pontos acima em comparac¸ão com as meninas). A aná-lisede adolescentesamericanos com HIV/Aids de Kruzich etal.20encontroupontuac¸õesmédiasmaisaltasentre

meni-nas (quasedois pontos maisaltas). Akar Tek etal.19 não

encontraramdiferenc¸asentreossexosentreosadolescentes turcos,oquecoincidecomosdadosatuais.

Contudo,aanálisedoscomponentesdedietadeacordo comsexoidentificouduasdiferenc¸as,asaber,leiteecalorias degordurassólidas,bebidasalcoólicaseac¸úcares adiciona-dos.Aspontuac¸õesmédiasmaisbaixasentremeninaspara caloriasdegordurassólidas,bebidasalcoólicaseac¸úcares adicionadossãodevidas a umamaioringestão de alimen-tos altamente processados, geralmente ricos em gordura e ac¸úcar. Um fenômeno semelhante foi observado entre

crianc¸asemidadeescolaravaliadasduranteaPesquisa Naci-onaldeSaúdedoEscolar(PeNSE2009),jáqueoconsumode doces(58,3%)elanches(38,2%)eramaiorentremeninas.De acordocomessapesquisa,42,6%dasmeninastinham consu-midodocesnoscincodiasdasemanaanterioraoestudo.27

O inverso ocorreu com o leite, para o qual os meninos apresentarammédiasmenores.Essadescobertadiferedos resultadosdapesquisamencionada,emqueumaproporc¸ão maiordemeninos(58,3%emcomparac¸ãocom49,4%) con-sumialeiteempelomenoscincodiasdasemana.27

OIQD de 2005não foi associado aqualquer das variá-veisanalisadasnesteestudoenãoháconsensonaliteratura sobre quais variáveis estão relacionadas com esseíndice. Como outros instrumentos, o IQD/IQD de 2005 é muito influenciado pela composic¸ão e pelas características da populac¸ão estudada. Ademais, é difícil mensurar o con-sumodealimentosdevidoàinfluênciadediferentesfatores individuaiseambientais.29Apesardessadificuldade,outros

estudos constataram associac¸ões com o tipo de moradia (barraco em comparac¸ãocom casa/apartamento),17 baixo

níveldeescolaridadedospais19esobrepeso/obesidade.23,30

Éimportantelevaremconsiderac¸ãoalgumaslimitac¸ões desteestudo.Aprimeiraéomodelo.Osestudostransversais fornecemevidênciamaisfracaemcomparac¸ãocomoutros modelos. Entretanto, neste caso, esse modelo de estudo foiútil paradescreveraqualidadedadietade adolescen-tes comHIV/Aidsnoacompanhamentoem umhospitalde referência. Emboranãotenhamsidofeitos procedimentos deamostragem,umapopulac¸ãoestudadarecrutadaemum hospitalcomooInstitutodaCrianc¸a(ICr),quevemtratando umaquantidadesignificativadepacientespediátricoscom HIV/Aidsdetodasasclassessociaisemesmodeoutros esta-dos,desdequeaAidssurgiunoBrasil,éumaopc¸ãorazoável. Concluindo, a avaliac¸ão da qualidade da dieta entre adolescentescomHIV/AidscomousodoIQDrevelou resulta-dossemelhantesaosencontradosnapopulac¸ãoadolescente geral: altaingestão deac¸úcar,gordura saturadae sódioe ingestão insuficientede cereais integrais e frutas. Assim, apesardefazerpartedeumapopulac¸ãoqueexigeatenc¸ão especial,osadolescentescomHIV/Aidsexibemumpadrão alimentar semelhante ao deadolescentes nãoinfectados. Entretanto,amaioriadosadolescentesemtratamentopara HIV/Aidsestáexpostaaoutro fatorderiscoparao desen-volvimentodedoenc¸ascrônicas,asaber,aHAART.Poressa razão,essapopulac¸ãoprecisamanterumadietaadequada. Para atingir esse objetivo, são recomendadas avaliac¸ões periódicas e completas da dieta dos adolescentes com HIV/Aids,deformaqueosnutricionistaspossamidentificar e abordar práticas alimentares inadequadas.Os pediatras e outros profissionais de saúde daequipe multidisciplinar devem enfatizar a importância de uma dieta saudável a seuspacientes paraajudar apreservar a func¸ão imunoló-gica e reduzir osriscosimpostos tanto pela doenc¸a como pelotratamento.

Financiamento

(8)

Conflitos

de

interesse

AlineMSilvatrabalhaparaaJanssenPharmaceutical Com-paniesdaJohnson&Johnsondesdemaiode2012.Osoutros autoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

GostaríamosdeagradeceràequipemédicadaUnidadede Doenc¸asInfecciosasdoInstitutodaCrianc¸a,Dra. Samatha BrasilAndrade,CláudiaMenezes,VeraLúciaMoysesBorelli, MariadeFátimaCarvalhoeNádiaLitvinovportodooapoio. TambémagradecemosaSofiadeFátimadaSilvaBarbosade Oliveira,FláviaMoniqueSantoseElissaCarolineMendespor auxiliaremnacoletadedados.

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Tabela 1 Características demográficas e antropométricas da amostra (frequências absoluta e relativa), Instituto da Crianc¸a, São Paulo, Brasil, 2010
Tabela 2 Pontuac¸ão média no IQD de 2005 de acordo com as variáveis independentes; Instituto da Crianc¸a, São Paulo, Brasil, 2010
Tabela 3 Estatística descritiva da pontuac¸ão do Índice de Qualidade da Dieta e seus componentes; Instituto da Crianc¸a, São Paulo, Brasil, 2010

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