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Ergodicidade em cadeias de Markov não-homogêneas e cadeias de Markov com transições raras

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Academic year: 2017

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(1)

Centro de Ciˆencias Exatas e da Terra

Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica

Antonio Marcos Batista do Nascimento

Ergodicidade em Cadeias de Markov

ao-Homogˆ

eneas e Cadeias de Markov com

Transi¸c˜

oes Raras

(2)

Antonio Marcos Batista do Nascimento

Ergodicidade em Cadeias de Markov

ao-Homogˆ

eneas e Cadeias de Markov com

Transi¸c˜

oes Raras

Trabalho apresentado ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento com as exigˆencias legais para obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre.

´

Area de Concentra¸c˜ao: Probabilidade e Estat´ıstica

Orientador:

Prof. Dr. Juan Alberto Rojas Cruz

(3)

UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede. Catalogação da Publicação na Fonte.

Nascimento, Antonio Marcos Batista do.

Ergodicidade em cadeias de Markov não-homogêneas e cadeias de Markov com transições raras / Antonio Marcos Batista do Nascimento. – Natal, RN, 2014.

73 f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Juan Alberto Rojas Cruz.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Pós-Graduação em Matemática Aplicada e Estatística.

1. Cadeias de Markov não-homogêneas - Dissertação. 2. Ergodicidade fraca e forte - Dissertação. 3. Cadeias de Markov com transições raras - Dissertação. 4. W-grafo - Dissertação. I. Cruz, Juan Alberto Rojas. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

(4)

Antonio Marcos Batista do Nascimento

Ergodicidade em Cadeias de Markov

ao-Homogˆ

eneas e Cadeias de Markov com

Transi¸c˜

oes Raras

Trabalho apresentado ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento com as exigˆencias legais para obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre.

´

Area de Concentra¸c˜ao: Probabilidade e Estat´ıstica

Aprovado em: / /

Banca Examinadora

Prof. Dr. Juan Alberto Rojas Cruz - UFRN Presidente

Profa. Dra. D´ebora Borges Ferreira - UFRN Examinador Interno

Profa. Dra. C´atia Regina Gon¸calves - UnB Examinador Externo

(5)
(6)

Agradecimentos

Neste momento de t˜ao grande importˆancia para minha vida e de tanto significado

para aqueles que me cercam, quero agradecer imensamente a Deus por ter me

propor-cionado esta conquista e colocado pessoas maravilhosas no meu caminho.

Agrade¸co aos meus pais, Jos´e e Josefa, pelo apoio e motiva¸c˜ao manisfestados ao

longo desses anos. Saibam que me orgulho muito de vocˆes. N˜ao poderia esquecer-me

de meus irm˜aos Alexandre, Alex, Paula e Jo˜ao, que sempre me estimularam a seguir em

frente e buscar realizar meus sonhos e objetivos, `a vocˆes meu profundo agradecimento.

Amo muito todos vocˆes!

A Dona F´atima e Seu Tavares, al´em da minha “irm˜a” Willima, que me acolheram

em sua casa no in´ıcio dessa jornada. Vocˆes agora fazem parte da minha fam´ılia.

Ao Professor Orientador Juan Alberto pela confian¸ca em mim depositada, por sua

paciˆencia, pela experiˆencia repassada, pela ajuda nos momentos dif´ıceis e pelos

impor-tantes conselhos dados. Para mim, foi um privil´egio incomensur´avel tˆe-lo conhecido.

Serei eternamente grato.

A todos os meus professores do Ensino B´asico, Gradua¸c˜ao e P´os-Gradua¸c˜ao. Esta

conquista deve-se `a dedica¸c˜ao e conhecimentos repassados por todos vocˆes.

A Jucimeire pelo apoio, amizade, ensinamentos, conselhos e principalmente, pela

ajuda na postula¸c˜ao do mestrado.

A todos os meus amigos e colegas com quem compartilhei sonhos e objetivos, em

particular, aos meus colegas de mestrado Anna Rafaela, Andressa Siroky, Allyson

Fer-nandes, Bruno, Elvis, Hudson, Wesley, F´abio, Hebert, Eduardo, Wenia, Renato e

Ru-menick.

(7)
(8)

Resumo

O objetivo central de estudo em Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas ´e o conceito de

ergodicidade fraca e forte. Uma cadeia ´e erg´odica fraca se a dependˆencia da distribui¸c˜ao

inicial desaparece com o tempo, e ´e erg´odica forte se ´e erg´odica fraca e converge em

distribui¸c˜ao. A maioria dos resultados te´oricos sobre a ergodicidade forte sup˜oe algum

conhecimento do comportamento limite das distribui¸c˜oes estacion´arias. Neste trabalho,

reunimos alguns resultados gerais sobre ergodicidade fraca e forte para cadeias com

espa¸co de estados enumer´avel, e tamb´em estudamos o comportamento assint´otico das

distribui¸c˜oes estacion´arias de um tipo particular de Cadeias de Markov com espa¸co de

estados finito, chamadas Cadeias de Markov com Transi¸c˜oes Raras.

Palavras-chave: Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas, Ergodicidade Fraca e Forte,

Cadeias de Markov com Transi¸c˜oes Raras, W-grafo.

(9)

The central objective of a study Non-Homogeneous Markov Chains is the concept

of weak and strong ergodicity. A chain is weak ergodic if the dependence on the

initial distribution vanishes with time, and it is strong ergodic if it is weak ergodic and

converges in distribution. Most theoretical results on strong ergodicity assume some

knowledge of the limit behavior of the stationary distributions. In this work, we collect

some general results on weak and strong ergodicity for chains with space enumerable

states, and also study the asymptotic behavior of the stationary distributions of a

particular type of Markov Chains with finite state space, called Markov Chains with

Rare Transitions.

Keywords: Markov Chains Non-Homogeneous, Weak and Strong Ergodicity,

Mar-kov Chains with Rare Transitions,W-graphs.

(10)

Sum´

ario

1 Introdu¸c˜ao 1

2 Resultados Assint´oticos em Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas 3

2.1 Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas `a Tempo Discreto . . . 3

2.2 Resultados de Aproxima¸c˜ao em Cadeias com Espa¸co de Estados

Enu-mer´avel . . . 9

2.3 Ergodicidade Fraca e Forte: Condi¸c˜oes para Equivalˆencia . . . 19

3 Resultados Assint´oticos em Cadeias de Markov com Transi¸c˜oes Raras 29

3.1 W-grafos . . . 30 3.2 Teoremas para Cadeias de Markov Irredut´ıveis . . . 32

3.3 Resultados Assint´oticos para o Tempo M´edio e Distribui¸c˜oes Estacion´arias 46

4 Conclus˜oes 53

Referˆencias Bibliogr´aficas 55

A Resultados e Propriedades Gerais 57

B Algumas Demonstra¸c˜oes 59

(11)

Introdu¸c˜

ao

In´umeros problemas pr´aticos nas mais diferentes ´areas do conhecimento tˆem sido

modelado matematicamente por Cadeias de Markov. Muitos desses modelos usam os

conceitos de cadeias n˜ao-homogˆeneas, onde as probabilidades de transi¸c˜ao mudam de

acordo com o tempo.

Nos ´ultimos anos, o interesse pela busca de condi¸c˜oes que garantam o

comporta-mento erg´odico de Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas vem sendo impulsionado pelo

estudo da convergˆencia de algoritmos aleat´orios que buscam estimar pontos ´otimos

glo-bais (m´ınimos ou m´aximos) de fun¸c˜oes. Como exemplos, podemos citar o Simulated Annealing e o Algoritmo Gen´etico.

Neste sentido, o objetivo desse trabalho ´e reunir alguns resultados assint´oticos gerais

em Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas, os quais s˜ao utilizados com frequˆencia no

estudo da convergˆencia de algoritmos aleat´orios.

O trabalho est´a dividido em duas partes. Na primeira, revisamos alguns resultados

gerais sobre a ergodicidade fraca e forte e sobre condi¸c˜oes que garantam a equivalˆencia

entre ambas usando como fundamenta¸c˜ao te´orica os artigosApproximation Results for Non-Homogeneous Markov Chains and some Applications e Ergodicity in Parametric Nonstationary Markov Chains: An Application to Simulated Annealing Methods de Dorea e Cruz [3] e Anily e Federgruen [1], respectivamente. Destacamos ainda, o

Corol´ario 2.2.1 que ´e de nossa autoria.

Na segunda parte do trabalho, revisamos alguns resultados assint´oticos em uma

classe particular de Cadeias de Markov, chamadas de Cadeias de Markov com

(12)

2

si¸c˜oes Raras. Mais especificamente, revisamos resultados sobre o comportamento

as-sint´otico das distribui¸c˜oes estacion´arias, que foi recentemente utilizado no estudo da

convergˆencia do Algoritmo Gen´etico (veja Suzuki [10]), e do tempo m´edio de entrada

em um subconjunto arbitr´ario n˜ao vazio de estados usando o conceito de W-grafo, do qual se obt´em uma forma alternativa para determinar a ´unica distribui¸c˜ao estacion´aria

de uma Cadeia de Markov Homogˆenea irredut´ıvel. Para este estudo, utilizamos como

referencial te´orico o artigo Simulated Annealing Algorithms and Markov Chains with rare transitions de Catoni [2]. Nesta parte, destacamos o c´alculo da distribui¸c˜ao esta-cion´aria da Cadeia de Markov associada ao modelo de Ehrenfest, como aplica¸c˜ao da

(13)

Resultados Assint´

oticos em Cadeias

de Markov N˜

ao-Homogˆ

eneas

Neste cap´ıtulo, reunimos alguns resultados gerais sobre a ergodicidade de Cadeias

de Markov N˜ao-Homogˆeneas com espa¸co de estados enumer´avel, bem como algumas

nota¸c˜oes e terminologias que s˜ao usadas nesta disserta¸c˜ao. Dois tipos de ergodicidade

em Cadeias de Markov s˜ao estudadas: a ergodicidade fraca e a ergodicidade forte.

Intuitivamente, uma cadeia ´e erg´odica fraca se a dependˆencia da distribui¸c˜ao do estado

inicial desaparece com o tempo, e ´e erg´odica forte se ´e erg´odica fraca e converge em

distribui¸c˜ao. Naturalmente, a ergodicidade forte implica em ergodicidade fraca. De

forma mais espec´ıfica, discutimos brevemente sobre cadeias n˜ao-homogˆeneas `a tempo

discreto, onde relembramos alguns resultados cl´assicos sobre ergodicidade. Abordamos

os resultados de aproxima¸c˜ao estabelecidos por Dorea e Cruz [3] e finalizamos com as

condi¸c˜oes para equivalˆencia entre os conceitos de ergodicidade estudadas por Anily e

Federgruen [1].

2.1

Cadeias de Markov N˜

ao-Homogˆ

eneas `

a Tempo

Discreto

Uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea ´e descrita por uma sequˆencia de matrizes

de probabilidades de transi¸c˜ao, ou simplesmente matrizes de transi¸c˜ao {P(n)}n∈N

de-finidas sob o mesmo espa¸co de estados S finito ou infinito enumer´avel. No tempo n a

(14)

2.1 Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas `a Tempo Discreto 4

cadeia move-se do estadoi para o estado j com probabilidade pij(n).

Nota¸c˜oes Importantes:

S, espa¸co de estados da cadeia;

i, j, k, l, . . ., elementos de S;

{P(n)}, sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao, com n∈N;

P(n,n+1) =P(n) = (pij(n))(i,j)S×S;

P(k,k+n) =P(k)P(k+ 1). . . P(k+n−1), k∈N.

O estudo do comportamento assint´otico de Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas,

isto ´e, o que acontece a P(k,k+n) quando n → +∞ para k = 1,2, . . . envolve as no-¸c˜oes de ergodicidade fraca e ergodicidade forte em rela¸c˜ao a alguma norma matricial

apropriada.

Neste trabalho, adotaremos a norma

kPk= sup

i

X

j

|pij|, (2.1)

sendoP = (pij).

Defini¸c˜ao 2.1.1. Uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea com sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao{P(n)}´e dita erg´odica fraca (Ef ) se para cada k ∈Nexiste uma sequˆencia

de matrizes estoc´asticas constantes1 {Qn(k)} tal que

lim

n→+∞kP

(k,k+n)Q

n(k)k= 0. (2.2)

Defini¸c˜ao 2.1.2. Diz-se que uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea com sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao{P(n)}´e erg´odica forte (EF) se existe uma matriz estoc´astica constante Q tal que, para todo k ∈N,

lim

n→+∞kP

(k,k+n)Qk= 0. (2.3)

Exemplo 1. A Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea com a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao {P(n)} dada por

P(2n−1) =

1 2

1 2

1 0

eP(2n) = 0 1

1 0

!

,

(15)

para todon ∈N ´e Ef.

De fato, se k ´e par e n ´e tal que k+n−1 ´e par, temos que

P(k,k+n)=P(k)·P(k+ 1)· · ·P(k+n−1) =

  1 2 1 2 0 1  

n−1 2

e, por indu¸c˜ao, podemos verificar que

  1 2 1 2 0 1  

n−1 2 =    1 2

n−1 2

1−

1 2

n−1 2 0 1   . Definindo,

Qn(k) =

0 1 0 1

!

,

temos que

P(k,k+n)−Qn(k) =

   1 2

n−1 2

1−

1 2

n−1 2 0 1   − 0 1 0 1 ! =    1 2

n−1 2

1 2

n−1 2 0 0   , donde obtemos lim

n→+∞kP

(k,k+n)Q

n(k)k= lim n→+∞2·

1 2

n−1 2

= 0.

Se k ´e par e n ´e tal que k+n−1´e ´ımpar, ent˜ao

P(k,k+n) = P(k)·P(k+ 1)· · ·P(k+n−2)

| {z }

·P(k+n−1) =    1 2

n−1 2

1−

1 2

n−1 2 0 1   ·   1 2 1 2 1 0   =    1− 1 2 n+1 2 1

(16)

2.1 Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas `a Tempo Discreto 6

Definindo

Qn(k) =

1 0 1 0

!

,

temos que

P(k,k+n)−Qn(k) =

   1− 1 2 n+1 2 1

2 n+1 2 1 0   − 1 0 1 0 ! =    − 1 2 n+1 2 1

2 n+1 2 0 0   , e da´ı, lim

n→+∞kP

(k,k+n)Q

n(k)k= lim n→+∞2·

1 2

n+1 2

= 0.

Para k´ımpar, utilizamos argumentos similares para verificar que

lim

n→+∞kP

(k,k+n)Q

n(k)k= 0,

nos casos em que k+n−1´e ´ımpar e par.

Portanto, conclu´ımos que {P(n)} ´e Ef. Por outro lado, vemos claramente que

{P(n)} n˜ao ´e EF, j´a que n˜ao existe uma matriz estoc´astica constante Q satisfazendo (2.3), para todo k≥1.

Al´em da norma definida em (2.1), outras normas podem ser utilizadas no estudo do

comportamento limite de Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas. Por exemplo, Hajnal

[5], em seu estudo sobre ergodicidade fraca em Cadeias de Markov com espa¸co de

estados finito, faz uso da norma

kPkH = max i,j∈S|pij|,

que ´e equivalente `a normak · k, se S ´e finito.

A propriedade chave que justifica o uso da normak · k ´e dada pela seguinte

propo-si¸c˜ao.

Proposi¸c˜ao 2.1.1 (Isaacson e Madsen [6]). Para quaisquer matrizes P e Q, vale a desigualdade

(17)

Para a classe de matrizes estoc´asticas temos ainda a seguinte desigualdade.

Proposi¸c˜ao 2.1.2 (Dorea e Cruz [3]). Dadas duas sequˆencias de matrizes estoc´asticas

{P(n)} e {Q(n)}, temos que

kP(k,k+n)−Q(k,k+n)k ≤

n−1

X

j=0

kP(k+j)−Q(k+j)k, k≥1. (2.5) Como vimos no Exemplo 1, n˜ao ´e um procedimento f´acil mostrar que uma Cadeia

de Markov N˜ao-Homogˆenea ´e Ef ou EF diretamente da defini¸c˜ao. Nestes casos, a

prin-cipal dificuldade ´e encontrar uma express˜ao fechada que represente P(k,k+n) e, assim, estudarmos seu comportamento limite. Enunciaremos na sequˆencia alguns teoremas

cl´assicos que estabelecem condi¸c˜oes necess´arias e/ou suficientes para uma cadeia ser Ef

ou EF.

Uma maneira equivalente de caracterizarmos a ergodicidade fraca de uma cadeia

n˜ao-homogˆenea ´e dada usando o coeficiente erg´odico de Dobrushin

δ(P) = 1 2i,ksup∈S

X

j∈S

|pij −pkj|, (2.6)

por meio do seguinte teorema.

Teorema 2.1.1 (Isaacson e Madsen [6]). Uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea ´e Ef se, e somente se, para todo k≥1

lim

n→+∞δ(P

(k,k+n)) = 0. (2.7)

Para cadeias homogˆeneas, ou seja, quando P(n) = P para todo n ∈N, Isaacson e

Madsen [6] apresentam um resultado semelhante para a Ef.

Teorema 2.1.2 (Isaacson e Madsen [6]). Uma Cadeia de Markov Homogˆenea com matriz de transi¸c˜ao P ´e Ef se, e somente se, δ(Pk)<1 para algum k.

(18)

2.1 Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas `a Tempo Discreto 8

´e a equivalˆencia entre a ergodicidade 2 e a ergodicidade fraca em cadeias homogˆeneas

com espa¸co de estados finito. Essa equivalˆencia ´e assegurada pelo seguinte resultado.

Teorema 2.1.3 (Isaacson e Madsen [6]). Uma Cadeia de Markov Homogˆenea finita com matriz de transi¸c˜ao P ´e erg´odica se, e somente se,δ(Pk)<1 para algum k.

A proposi¸c˜ao seguinte enumera algumas das principais propriedades do coeficiente

erg´odico.

Proposi¸c˜ao 2.1.3 (Isaacson e Madsen [6]). Sejam P, Q e R matrizes estoc´asticas. Ent˜ao:

(i) 0≤δ(P)≤1, (ii) δ(P Q)≤δ(P)δ(Q),

(iii) k(P −Q)Rk ≤ kP −Qkδ(R), (iv) |δ(P)−δ(Q)| ≤ kP −Qk.

Decorre imediatamente do item (ii) da proposi¸c˜ao anterior que, dada uma sequˆencia de matrizes estoc´asticas{P(n)}, temos:

δ(P(k,k+n)) = δ(P(k)P(k+ 1). . . P(k+n−1))≤

k+n−1

Y

j=k

δ(P(j)).

Assim, pelo Teorema 2.1.1, para determinarmos a ergodicidade fraca de uma cadeia

n˜ao-homogˆenea ´e suficiente mostrar que

k+n−1

Y

j=k

δ(P(j))→n 0,∀k.

Em particular, se a cadeia ´e homogˆenea, ent˜ao ´e suficiente verificar se δ(P) < 1, uma vez que

δ(Pn)≤[δ(P)]n.

2Dizemos que uma Cadeia de Markov Homogˆenea com matriz de transi¸c˜aoP e espa¸co de estados

S´e erg´odica se, para todoj ∈S,

lim

n→+∞

pnij=πj,

independentemente dei∈SeX

(19)

Vale ainda ressaltar que se P eQ s˜ao matrizes estoc´asticas 2x2, ent˜ao vale a igual-dade no item (ii) da Proposi¸c˜ao 2.1.3 (veja Apˆendice B).

Teorema 2.1.4(Paz [8]). Seja {P(n)}a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea. SeP(n) = V(n) +R(n), sendo {R(n)} uma sequˆencia de matrizes estoc´asticas constantes, ent˜ao {P(n)}´e Ef se, e somente se,

lim

n→+∞kV

(k,k+n)k= 0, k.

A seguir, enunciamos alguns dos principais resultados sobre ergodicidade forte de

Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas.

Teorema 2.1.5 (Isaacson e Madsen [6]). Seja {P(n)} a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea Ef. Se existe uma sequˆencia de distribui¸c˜oes estacion´arias {π(n)} associada `a {P(n)} satisfazendo

X

n≥1

kπ(n)−π(n+ 1)k<+∞.

Ent˜ao{P(n)} ´e EF.

Teorema 2.1.6 (Isaacson e Madsen [6]). Seja {P(n)} a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea e suponha que para cada n a matriz de transi¸c˜ao P(n) admite uma distribui¸c˜ao estacion´aria π(n). Se existe uma matriz estoc´astica P Ef tal que kP(n)−Pk→n 0, ent˜ao a cadeia ´e EF.

2.2

Resultados de Aproxima¸c˜

ao em Cadeias com

Espa¸co de Estados Enumer´

avel

Seja {P(n)} a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea com espa¸co de estados S={1,2, . . .}. A an´alise do comportamento

erg´o-dico de Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas, geralmente, exige a existˆencia da

sequˆen-cia de distribui¸c˜oes estacion´arias {π(n)}, bem como, o conhecimento de seu compor-tamento limite. Nesta se¸c˜ao, veremos alguns resultados de aproxima¸c˜ao para cadeias

(20)

2.2 Resultados de Aproxima¸c˜ao em Cadeias com Espa¸co de Estados Enumer´avel 10

Teorema 2.2.1(Dorea e Cruz [3]). Se{P(n)}e{Pˆ(n)} s˜ao as sequˆencias de matrizes de transi¸c˜ao de duas Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas satisfazendo

X

n≥1

kP(n)−Pˆ(n)k<+∞, (2.8)

ent˜ao elas possuem o mesmo comportamento erg´odico, isto ´e, se {P(n)} ´e Ef (EF) ent˜ao {Pˆ(n)} tamb´em ´e Ef (EF).

Demonstra¸c˜ao. De (2.8) e do Crit´erio de Cauchy para s´eries temos que, dado ǫ >0

existek0 ∈N tal que

n−1

X

j=0

kP(k+j)−Pˆ(k+j)k ≤ǫ, (2.9)

quaisquer que sejam k ≥k0 e n ≥1.

Da Proposi¸c˜ao 2.1.2 e de (2.9), obtemos

kP(k,k+n)−Pˆ(k,k+n)k ≤

n−1

X

j=0

kP(k+j)−Pˆ(k+j)k ≤ǫ, (2.10)

para todok ≥k0 e n≥1, donde conclu´ımos que

lim

n→+∞kP

(k,k+n)Pˆ(k,k+n)k= 0, para todok ≥k0.

Suponhamos que {P(n)} ´e Ef. Ent˜ao existe n0 ∈N tal que

δ(P(k,k+n))≤ǫ, ∀k≥1en≥n0. Da Proposi¸c˜ao 2.1.3 e (2.10), vem que

|δ(P(k,k+n))−δ( ˆP(k,k+n))| ≤ kP(k,k+n)−Pˆ(k,k+n)k ≤ǫ,∀k≥k0 en≥n0. e da´ı,

δ( ˆP(k,k+n))≤ǫ, ∀k ≥k0 en≥n0. Mas, para cada k≤k0,

(21)

Logo,

δ( ˆP(k,k+n))≤ǫ, ∀k≥1en ≥n0. E portanto, {Pˆ(n)} ´e Ef.

Agora, suponhamos que {P(n)} ´e EF e consideremos k ≥ k0. A ideia ´e mostrar que{Pˆ(k,k+n)} ´e uma sequˆencia de Cauchy na norma k · k.

De fato, se {P(n)}´e EF, ent˜ao

lim

n→+∞P

(k,k+n)

existe independentemente de k. Logo, para algum n1 ≥1

kP(k,k+m)−P(k,k+n)k ≤ǫ, ∀m, n≥n1. (2.11) Usando (2.10) e (2.11) temos que

kPˆ(k,k+m)−Pˆ(k,k+n)k ≤ kPˆ(k,k+m)−P(k,k+m)k+kP(k,k+m)−P(k,k+n)k

+kP(k,k+n)−Pˆ(k,k+n)k

≤ 3ǫ,

para todok ≥k0 e m, n≥n1.

Logo,{Pˆ(k,k+n)}´e uma sequˆencia de Cauchy, e portanto lim

n→+∞

ˆ

P(k,k+n) existe inde-pendentemente de k.

Seja Q a matriz estoc´astica tal que

lim

n→+∞k

ˆ

P(k,k+n)−Qk= 0.

Assim, existe n2 ∈N tal que

|δ( ˆP(k,k+n))−δ(Q)| ≤ kPˆ(k,k+n)−Qk< ǫ,∀n≥n2, ou seja,

lim

n→+∞δ( ˆP

(k,k+n)) =δ(Q). Mas, {Pˆ(n)}´e Ef, isto ´e, lim

n→+∞δ( ˆP

(k,k+n)) = 0, k. Logo, pela unicidade do limite, segue que δ(Q) = 0, e portanto Q ´e uma matriz constante.

(22)

2.2 Resultados de Aproxima¸c˜ao em Cadeias com Espa¸co de Estados Enumer´avel 12

Observa¸c˜ao. Segue da demonstra¸c˜ao do teorema anterior que se {P(n)}´e EF e con-verge para uma matriz constante Q, ent˜ao {Pˆ(n)} tamb´em ser´a EF e ter´a a mesma matriz limite Q.

Exemplo 2. Sejam {P(n)} e {Q(n)} as sequˆencias de matrizes de transi¸c˜ao de Ca-deias de Markov N˜ao-Homogˆeneas com

P(n) =

 

1−2/n2 1/n2 1/n2

1/n2 0 1−1/n2

0 1−1/n2 1/n2

eQ(n) =Q= 

 

1 0 0 0 0 1 0 1 0

 .

Observe que

Qn=

(

I sen´e par

Q sen´e ´ımpar , sendo I a matriz identidade.

Como δ(I) = δ(Q) = 1, segue que n˜ao existe k ∈ N tal que δ(Qk) <1. Logo, pelo

Teorema 2.2.1 {Q(n)} n˜ao ´e Ef. Por outro lado, temos que

P(n)−Q =

 

1−2/n2 1/n2 1/n2

1/n2 0 1−1/n2

0 1−1/n2 1/n2

  −   

1 0 0 0 0 1 0 1 0

   =   

−2/n2 1/n2 1/n2

1/n2 0 −1/n2

0 −1/n2 1/n2

 ,

implicando,

kP(n)−Qk= 4

n2. Logo,

X

n≥1

kP(n)−Qk=X

n≥1

4

n2 <+∞,

consequentemente, pelo Teorema 2.2.1, a cadeia{P(n)} tamb´em n˜ao ´e Ef, e portanto, n˜ao pode ser EF.

Teorema 2.2.2(Dorea e Cruz [3]). Suponhamos que{P(n)}seja a sequˆencia de matri-zes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea Ef e que existam matrimatri-zes estoc´asticas constantes R(1), R(2), . . . e R tais que

X

n≥1

(23)

e

lim

n→+∞kR(n)−Rk= 0. (2.13)

Ent˜ao{P(n)} ´e EF com matriz limite R.

Demonstra¸c˜ao. Defina V(n) =P(n)−R(n+ 1). Como R(1), R(2), . . . s˜ao matrizes estoc´asticas constantes, segue da Proposi¸c˜ao A.0.2 que

R(n)P(n)−R(n+ 1) = R(n)P(n)−R(n)R(n+ 1) = R(n)[P(n)−R(n+ 1)] = R(n)V(n),

e

V(k)R(l) = [P(k)−R(k+ 1)]R(l) = P(k)R(l)−R(k+ 1)R(l) = R(l)−R(l)

= 0,

quaisquer que sejam n, k, l. De

V(k)V(k+ 1) =V(k) [P(k+ 1)−R(k+ 2)] =V(k)P(k+ 1),

temos ainda que

V(l,l+n) = V(l). . . V(l+n−2)V(l+n−1) = V(l). . . V(l+n−2)P(l+n−1)

...

= V(l)V(l+ 1)P(l+2,l+n)

= V(l)P(l+1,l+n).

Por (2.12), dado ǫ >0 existek0 ∈N tal que

X

l≥m

kR(l)V(l)k=X

l≥m

(24)

2.2 Resultados de Aproxima¸c˜ao em Cadeias com Espa¸co de Estados Enumer´avel 14

Assim, usando o fato que kP(l+1,l+n)k= 1, obtemos

X

l≥m

kR(l)V(l,l+n)k (2=.14) X

l≥m

kR(l)V(l)P(l+1,l+n)k

(2.4)

≤ X

l≥m

kR(l)V(l)k

(2.14)

≤ ǫ, (2.15)

para todon ∈N.

Como {P(n)} ´e Ef, segue do Teorema 2.1.4 que existe n0 =n0(ǫ) tal que

kV(k,k+n)k ≤ǫ, n≥n0. (2.16)

Vejamos ainda que

P(k,k+n)

= [V(k) +R(k+ 1)][V(k+ 1) +R(k+ 2)]P(k+2,k+n)

= [V(k)V(k+ 1) +V(k)R(k+ 2)

+R(k+ 1)V(k+ 1) +R(k+ 1)R(k+ 2)]P(k+2,k+n)

= [V(k,k+2)+V(k)V(k+1,k+2)+R(k+ 2)]P(k+2,k+n)

...

= V(k,k+n)+

k+n−1

X

l=k+1

R(l)V(l,l+n)+R(k+n)

≤ V(k,k+n)+ X

l≥k+1

R(l)V(l,l+n)+R(k+n).

Dessa forma,

kP(k,k+n)−R(k+n)k ≤ kV(k,k+n)+ X

l≥k+1

R(l)V(l,l+n)k ≤ kV(k,k+n)k+ X

l≥k+1

kR(l)V(l,l+n)k (2.15)

≤ kV(k,k+n)k+ X

l≥k+1

(25)

Se k ≥k0, segue de (2.15) e (2.16) que

kP(k,k+n)−R(k+n)k ≤2ǫ, n ≥n0, implicando

lim

n→+∞kP

(k,k+n)R(k+n)k= 0,

e como kR(n)−Rk→n 0, conclu´ımos que {P(n)} ´e EF com matriz limite R. Caso k < k0, tome n′ =n+k−k0. De kP(k,k0)k= 1 temos que

P(k,k+n)−R(k0+n′) = P(k,k0)P(k0,k+n)−R(k0+n′)

= P(k,k0)[P(k0,k0+n′)R(k

0+n′)]

⇒ kP(k,k+n)−R(k0+n′)k = kP(k,k0)[P(k0,k0+n

)

−R(k0+n′)]k

≤ kP(k0,k0+n′)R(k

0+n′)k. e da´ı, basta tomar n tal que n′ ≥n0.

Observa¸c˜ao. Se supusermos que a cadeia {P(n)}admite a existˆencia de uma sequˆen-cia de distribui¸c˜oes estacion´arias {π(n)} satisfazendo

X

n≥1

kπ(n)−π(n+ 1)k<+∞, (2.17)

ent˜ao o Teorema 2.1.5 torna-se consequˆencia imediata do teorema anterior. Para ver-mos isto, basta tomarver-mos as linhas da matrizR(n) iguais ao vetor π(n), isto ´e, tomar

Rij(n) = πj(n), ∀i, j. Da´ı, teremos que

X

n≥1

kR(n)P(n)−R(n+ 1)k=X

n≥1

kπ(n)−π(n+ 1)k.

Como (2.17) implica na existˆencia de π tal que kπ(n)−πk→n 0, obtemos

kR(n)−Rk→n 0,

sendo R a matriz constante com Rij =πj, ∀i, j.

Teorema 2.2.3 (Dorea e Cruz [3]). Seja {P(n)} a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea. Suponha que exista uma matriz estoc´astica

Q Ef tal que

lim

(26)

2.2 Resultados de Aproxima¸c˜ao em Cadeias com Espa¸co de Estados Enumer´avel 16

Ent˜ao{P(n)} ´e EF.

Demonstra¸c˜ao. Sendo Q fracamente erg´odica, dado ǫ >0 existem n0 =n0(ǫ) e uma matriz estoc´astica constante Q∞ tal que

kQn−Q∞k ≤ǫ,

para todon ≥n0.

Observe que para n suficientemente grande

kP(k,k+n−n0)Qn0 Q∞k = kP(k,k+n−n0)Qn0 P(k,k+n−n0)Q∞k

= kP(k,k+n−n0)(Qn0 Q

∞)k

(2.4)

≤ kQn0 Q∞k

≤ ǫ.

E pela Proposi¸c˜ao 2.1.2

kP(k,k+n)−P(k,k+n−n0)Qn0k = kP(k,k+n−n0)(P(k+n−n0,k+n)Qn0)k

≤ kP(k+n−n0,k+n)Qn0k

n0−1

X

j=0

kP(k+n−n0 +j)−Qk. Seja ǫ′ = ǫ

n0

. Ent˜ao, de (2.18) existe n1 =n1(ǫ′) tal que

kP(m)−Qk ≤ǫ′,

para todom ≥n1.

Logo, tomando n∈N tal que k+nn0 n1, temos que

n0−1

X

j=0

kP(k+n−n0+j)−Qk ≤n0ǫ′ =ǫ, donde conclu´ımos que

kP(k,k+n)−Q∞k ≤ kP(k,k+n)−P(k,k+n−n0)Qn0k+kP(k,k+n−n0)Qn0 Q∞k

≤ 2ǫ,

(27)

Observa¸c˜ao. Observe que o teorema anterior ´e mais forte que o Teorema 2.1.6, j´a que n˜ao foi necess´ario assumir a existˆencia de uma sequˆencia de distribui¸c˜oes estacion´arias.

Como consequˆencia do Teorema 2.2.3, enunciamos o seguinte corol´ario, v´alido

so-mente para cadeias com espa¸co de estados finito.

Corol´ario 2.2.1. Seja {P(n)} a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea com espa¸co de estados finito tal que

P(n) =

(

P1(n), n∈I

P2(n), n∈P

,

sendoIePos conjuntos dos n´umeros ´ımpares e pares positivos, respectivamente.

Supo-nha ainda, que existam matrizes estoc´asticasP eQEf ’s com distribui¸c˜oes estacion´arias iguais tais que

lim

n→+∞kP1(n)−Pk= limn→+∞kP2(n)−Qk= 0. (2.19)

Ent˜ao a cadeia{P(n)} ´e EF.

Antes de demonstrar este corol´ario, apresentamos o seguinte lema.

Lema 2.2.1. Sejam P e Q matrizes estoc´asticas finitas Ef ’s e suponha que ambas possuem mesma distribui¸c˜ao estacion´aria. Ent˜ao P Q e QP s˜ao Ef ’s e ambas tˆem mesma distribui¸c˜ao estacion´aria que P e Q.

Demonstra¸c˜ao. Pelo Teorema 2.1.3, para mostrar que P Q e QP s˜ao Ef ’s, basta mostrar que elas s˜ao erg´odicas.

Seja π a distribui¸c˜ao estacion´aria de P e Q, isto ´e,

π =πP =πQ.

Logo,

π =πQ= (πP)·Q=πP Q,

e

π =πP = (πQ)·P =πQP.

Ou seja, P Q e QP s˜ao Ef ’s e tˆem mesma distribui¸c˜ao estacion´ariaπ.

(28)

2.2 Resultados de Aproxima¸c˜ao em Cadeias com Espa¸co de Estados Enumer´avel 18

Demonstra¸c˜ao (do Corol´ario 2.2.1). Defina, para todo n ≥1,

V(n) = P(k+ 2n−2)P(k+ 2n−1), k ≥1

e observe que

V(1,n2+1) = V(1)V(2). . . V

n

2

= P(k)P(k+ 1)P(k+ 2)P(k+ 3). . . P(k+n−2)P(k+n−1) = P(k,k+n),

para todon, k ≥1. Al´em disso, veja que

lim

n→+∞kV(n)−P Qk= limn→+∞kP(k+ 2n−2)P(k+ 2n−1)−P Qk= 0,

se k ∈I. E,

lim

n→+∞kV(n)−QPk= limn→+∞kP(k+ 2n−2)P(k+ 2n−1)−QPk= 0,

se k ∈P.

Por hip´otese, P e Qs˜ao Ef ’s (erg´odicas, j´a que S´e finito), ent˜ao existe uma ´unica

matriz estoc´astica constante π∞ satisfazendo

lim

n→+∞kP

nπ

∞k= lim

n→+∞kQ

nπ

∞k= 0.

Assim, elo Lema 2.2.1 temos que P Q e QP s˜ao Ef ’s e

lim

n→+∞k(P Q)

nπ

∞k= lim

n→+∞k(QP)

nπ

∞k= 0. (2.20)

Se k ∈I tem-se que kV(n)P Qkn 0. Logo, de (2.20) e do Teorema 2.2.3 segue

que

lim

n→+∞kP

(k,k+n)π

∞k= 0.

Se k ∈ P tem-se que kV(n)QPk n 0. Da´ı, por (2.20) e pelo Teorema 2.2.3

obtemos

lim

n→+∞kP

(k,k+n)π

∞k= 0.

Como π∞ ´e tal que

lim

n→+∞kP

(k,k+n)π

(29)

para todok ≥1, segue da Defini¸c˜ao 2.1.2 que {P(n)} ´e EF.

Exemplo 3. A Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea com sequˆencia de matrizes de tran-si¸c˜ao{P(n)} dada por

P(2n) =

      

1/2 1/4 1/4 1−2/n 1/n 1/n

0 1/2 1/2

      

eP(2n−1) =

 

1/2 0 1/2

1 0 0

0 1 0

 .

´e EF.

De fato, observe que

lim

n→+∞kP(2n)−Pk= limn→+∞kP(2n−1)−Qk= 0,

sendo P =     

1/2 1/4 1/4

1 0 0

0 1/2 1/2

   

eQ=

   

1/2 0 1/2

1 0 0

0 1 0

     .

Note ainda que P e Q s˜ao Ef’s (por serem erg´odicas, pois o espa¸co de estados ´e finito) e convergem para a matriz estoc´astica constante

π∞=

   

1/2 1/4 1/4 1/2 1/4 1/4 1/2 1/4 1/4

   

Ent˜ao, pelo Corol´ario 2.2.1{P(n)} ´e EF.

2.3

Ergodicidade Fraca e Forte: Condi¸c˜

oes para

Equivalˆ

encia

(30)

2.3 Ergodicidade Fraca e Forte: Condi¸c˜oes para Equivalˆencia 20

a matriz de transi¸c˜ao P(n) admite uma distribui¸c˜ao estacion´aria π(n), isto ´e, π(n) =

π(n)P(n). Para verificarmos a EF de {P(n)}, geralmente, verificamos se {P(n)} ´e Ef e, em seguida, se a sequˆencia{π(n)} satisfaz a condi¸c˜ao

X

n≥1

kπ(n)−π(n+ 1)k<+∞. (2.21) Esta ´ultima condi¸c˜ao ´e frequentemente a parte complicada nessas verifica¸c˜oes,

especi-almente nos casos em que o termo geral π(n) n˜ao pode ser obtido de forma fechada. Nesta se¸c˜ao, estudamos algumas condi¸c˜oes suficientes para equivalˆencia entre os

conceitos de ergodicidade estabelecidas por Anily e Federgruen [1]. Em resumo,

es-tudamos algumas condi¸c˜oes sobre as entradas pij(n) de modo a garantir que (2.21)

sempre ocorra.

Observa¸c˜ao. E interessante observar que os conceitos de ergodicidade fraca e forte´ s˜ao equivalentes se existe uma matriz estoc´asticaP Ef tal que

lim

n→+∞kP(n)−Pk= 0.

Entretanto, a maioria das matrizes limite das sequˆencias de matrizes de transi¸c˜ao

associadas `a algoritmos aleat´orios n˜ao satisfazem a hip´otese da observa¸c˜ao anterior. Em

geral, quando existe tal matrizP, ela ´e igual a identidade, e a identidade, obviamente, n˜ao ´e Ef, tornando este resultado inaplic´avel nessas situa¸c˜oes.

A ideia inicial proposta por Anily e Federgruen [1] consiste em dois passos:

1o

) Escrever o Teorema 2.1.5 em termos de extens˜oes cont´ınuas das entradas das

ma-trizes de transi¸c˜ao das Cadeias de Markov N˜ao-Homogˆeneas.

2o

) Verificar que a condi¸c˜ao (2.21) ´e equivalente `a existˆencia de um vetor-fun¸c˜ao

cont´ı-nuoh(c) de varia¸c˜ao limitada no intervalo (0,1] com a seguinte propriedade: para alguma sequˆencia real (cn) ↓ 0, h(cn) ´e uma distribui¸c˜ao estacion´aria da matriz

f(cn) =P(n), para todo n ≥1.

Para usarmos a propriedade de “varia¸c˜ao limitada”, precisamos, primeiramente,

(31)

Isto ent˜ao nos motiva `as seguintes defini¸c˜oes:

Defini¸c˜ao 2.3.1 (Extens˜ao cont´ınua de uma sequˆencia de matrizes estoc´asticas). Seja

{P(n)} uma sequˆencia de matrizes estoc´asticas finitas. Dizemos que a fun¸c˜ao

f : (0,1] → Mr×r

c 7→ f(c) = (fij(c))

´e uma extens˜ao cont´ınua de{P(n)}, se existir uma sequˆencia de n´umeros reais positivos

(cn)↓0 tal que f(cn) =P(n), ∀n ≥1.

Exemplo 4. Considere a sequˆencia de matrizes estoc´asticas {P(n)} com

P(n) = 1−1/n 1/n 1/n2 1−1/n2

!

.

Ent˜ao, a fun¸c˜ao f : (0,1]→M2x2 definida por

f(c) = 1−c c

c2 1−c2

!

´e uma extens˜ao cont´ınua de {P(n)}, pois f(cn) =P(n) para todon ≥1, com cn=

1

n.

Evidentemente h´a, em geral, diversas extens˜oes cont´ınuas de uma mesma sequˆencia

de matrizes estoc´asticas{P(n)}.

Nota¸c˜oes Importantes:

f(c), extens˜ao cont´ınua da sequˆencia {P(n)};

h(c), extens˜ao cont´ınua da sequˆencia {π(n)};

Defini¸c˜ao 2.3.2 (Fun¸c˜ao de varia¸c˜ao limitada). Dizemos que uma fun¸c˜ao

f : (0,1] → Mr×s

c 7→ f(c) = (fij(c))

´e de varia¸c˜ao limitada se, para todo i∈ {1,2, . . . , r} e j ∈ {1,2, . . . , s},

sup

( X

n≥1

|fij(cn)−fij(cn+1)|;∀(cn) com 0<· · ·< cn <· · ·< c1 = 1 ecn ↓0

)

<+∞.

(32)

2.3 Ergodicidade Fraca e Forte: Condi¸c˜oes para Equivalˆencia 22

Teorema 2.3.1 (Anily e Federgruen [1]). Sejam {P(n)} a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea Ef e {π(n)} a sequˆencia de dis-tribui¸c˜oes estacion´arias associada `a {P(n)}. Considere f(c) uma extens˜ao cont´ınua de {P(n)} correspondente a alguma sequˆencia real positiva (cn)↓0.

1. Se h(c) ´e uma extens˜ao cont´ınua de varia¸c˜ao limitada de {π(n)} satisfazendo

h(c) =h(c)f(c). Ent˜ao {P(n)}´e EF. 2. Se

X

n≥1

kπ(n)−π(n+ 1)k<+∞, (2.23)

ent˜ao existe uma extens˜ao cont´ınua h(c) de {π(n)} de varia¸c˜ao limitada.

Demonstra¸c˜ao. Por defini¸c˜ao, temos

h(cn) =π(n), ∀n (2.24)

e, sendo h(c) uma extens˜ao de varia¸c˜ao limitada, temos para cada i∈S

sup

( X

n≥1

|hi(cn)−hi(cn+1)|,0<· · ·< cn < . . . < c1 = 1 ecn ↓0

)

<+∞ (2.25)

Usando (2.24), (2.25) e o fato de S ser finito, vem:

X

n≥1

kπ(n)−π(n+ 1)k = X

n≥1

N

X

i=1

|πi(n)−πi(n+ 1)|

= X

n≥1

N

X

i=1

|hi(cn)−hi(cn+1)|

=

N

X

i=1

X

n≥1

|hi(cn)−hi(cn+1)|

N

X

i=1

sup

( X

n≥1

|hi(cn)−hi(cn+1)|

)

| {z }

<+∞

< +∞.

Portanto, segue do Teorema 2.1.5 que{P(n)}´e EF, o que completa a demonstra¸c˜ao de (1).

(33)

Assim,

+∞

X

i=2

kh(ci)−h(ci−1)k

=

+∞

X

i=2

kπ(⌊c−i 1⌋)−π(⌊c−i11⌋)k

=

+∞

X

i=2

kπ(ni)−π(ni−1)k

=

+∞

X

i=2

kπ(ni)−π(ni−1) +π(ni−1) +· · ·+π(ni−1+ 1)−π(ni−1)k

+∞

X

i=2

kπ(ni)−π(ni−1)k+kπ(ni−1)−π(ni−2)k

+· · ·+kπ(ni−1+ 1)−π(ni−1)k

=

+∞

X

i=2

kπ(ni)−π(ni−1)k+· · ·+

+∞

X

i=2

kπ(ni−1+ 1)−π(ni−1)k

+∞

X

n=2

kπ(n)−π(n−1)k+· · ·+

+∞

X

i=2

kπ(n+ 1)−π(n)k.

De (2.23) conclu´ımos que

+∞

X

i=2

kh(ci)−h(ci−1)k<+∞.

Como vimos anteriormente, se uma cadeia n˜ao-homogˆenea ´e Ef e admite uma

sequˆencia de distribui¸c˜oes estacion´arias com extens˜ao cont´ınua de varia¸c˜ao limitada,

ent˜ao ela ´e EF. Com esta conclus˜ao, formulamos a seguinte quest˜ao: Que propriedades

as entradas das matrizes de transi¸c˜ao devem satisfazer para garantir que a sequˆencia

{π(n)} tenha sua extens˜ao de varia¸c˜ao limitada?

Naturalmente, nossa primeira ideia ´e assumir que todas as pij(n) sejam tais que

suas extens˜oes cont´ınuas fij(c) sejam de varia¸c˜ao limitada no intervalo (0,1]. Por´em,

(34)

2.3 Ergodicidade Fraca e Forte: Condi¸c˜oes para Equivalˆencia 24

Exemplo 5. Seja a sequˆencia de matrizes estoc´asticas {P(n)} com

P(n) = 1−e

−n e−n

e−nsin2nπ 2

1−e−nsin2nπ 2

!

.

Considere a sequˆencia num´erica cn = 1/n ↓ 0. Ent˜ao, a fun¸c˜ao f : (0,1] → M2x2 dada por

f(c) = 1−e

−1/c e−1/c

e−1/csin2π 2c

1−e−1/csin2π 2c

!

´e uma extens˜ao cont´ınua de{P(n)}e, al´em disso, f ´e de varia¸c˜ao limitada no intervalo

(0,1].

Com efeito, calculando a derivada de f, obtemos

df dc =    −e −1/c

c2

e−1/c

c2

e−1/c

2c2 [1−cos(π/c)−πsin(π/c)]

e−1/c

2c2 [πsin(π/c) + cos(π/c)−1]

 

e, como

lim

c↓0

df dc =

0 0 0 0

!

segue que f′ ´e cont´ınua em todo o intervalo (0,1]. Logo, f ´e de varia¸c˜ao limitada no

intervalo (0,1].

Para determinar o termo geral da sequˆencia {π(n)} basta resolver o sistema de equa¸c˜oes

(

π1+π2 = 1

(1−e−n)π1+

e−nsin2nπ 2

π2 =π1

.

Resolvendo, encontramos que

π(n) = 1 1 + sin−2 nπ

2

, 1

1 + sin2 nπ

2 ! . Como lim

n→+∞π(2n−1) = (1/2,1/2)e n→lim+∞π(2n) = (0,1),

ent˜ao, segue da Proposi¸c˜ao A.0.1 que, X

n≥1

(35)

Defini¸c˜ao 2.3.3. Dizemos que uma fun¸c˜aog : (0,1]→R´e assintoticamente mon´otona

se existe um n´umero real c∗ >0 tal que g(c) ´e mon´otona∀c < c∗.

O resultado a seguir apresenta uma condi¸c˜ao suficiente para queh(c) seja de varia¸c˜ao limitada.

Lema 2.3.1. Seja h(c) ∈ C1 uma extens˜ao cont´ınua da sequˆencia {π(n)}. Se h(c) ´e assintoticamente mon´otona, isto ´e, se cada hi(c) (i = 1,2, . . . , N) ´e assintoticamente

mon´otona, ent˜ao h(c) ´e de varia¸c˜ao limitada no intervalo (0,1].

Um problema que podemos observar no Exemplo 5 est´a em quocientes de entradas

pij(n) obtidos no c´alculo do termo geral π(n), que podem n˜ao possuir extens˜oes

con-t´ınuas de varia¸c˜ao limitada, mesmo com todas as entradas da matriz P(n) possuindo extens˜oes cont´ınuas de varia¸c˜ao limitada.

Duas classes de fun¸c˜oes definidas sobre o intervalo (0,1] apresentam propriedades de regularidade sob as quais a condi¸c˜ao de extens˜ao de varia¸c˜ao limitada `a h(c) pode ser provada.

Defini¸c˜ao 2.3.4 (Classe de Fun¸c˜oes Assintoticamente Mon´otonas - CAM). A classe

F ⊂ C1 de fun¸c˜oes definidas no intervalo (0,1] ´e uma classe de fun¸c˜oes assintotica-mente mon´otonas se

• f ∈F ⇒f′ ∈F e −f ∈F;

• f, g ∈F ⇒(f +g) e (f·g)∈F;

toda f ∈F muda de sinal finitas vezes em [0,1].

Defini¸c˜ao 2.3.5 (Classe de Fun¸c˜oes Racionais de Varia¸c˜ao Limitada - CRVL). Diz-se que uma classe F de fun¸c˜oes definidas em (0,1]´e uma classe de fun¸c˜oes racionais de varia¸c˜ao limitada se

• f ∈F ⇒f ´e de varia¸c˜ao de limitada em (0,1];

• f ∈F ⇒ −f ∈F;

• f, g ∈F ⇒(f +g) e (f ·g)∈F;

(36)

2.3 Ergodicidade Fraca e Forte: Condi¸c˜oes para Equivalˆencia 26

Defini¸c˜ao 2.3.6 (Extens˜ao Cont´ınua Regular). A sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao

{P(n)} de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea ´e dita ter extens˜ao cont´ınua regular

f(c), se existe um n´umero real c∗ >0tal que a cole¸c˜ao de sub-cadeias def(c)s˜ao iguais para todoc < c∗.

Teorema 2.3.2 (Anily e Federgruen [1]). Sejam {P(n)} a sequˆencia de matrizes de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov N˜ao-Homogˆenea Ef comSfinito e f(c)uma

exten-s˜ao cont´ınua regular de{P(n)} tal que todas as fun¸c˜oes fij(c) com i, j ∈ {1,2, . . . , N}

pertencem a

1. Classe de fun¸c˜oes assintoticamente mon´otonas, ou

2. Classe de fun¸c˜oes racionais de varia¸c˜ao limitada.

Ent˜ao {P(n)} ´e EF e, para n suficientemente grande, cada P(n) tem uma ´unica dis-tribui¸c˜ao estacion´aria π(n).

Demonstra¸c˜ao. Primeiramente, iremos provar que para n suficientemente grande, cada P(n) tem ´unica distribui¸c˜ao estacion´aria π(n) ou, de maneira equivalente, que para c suficientemente pequeno, f(c) possui ´unica distribui¸c˜ao estacion´aria h(c). Para isso, basta concluirmos que f(c) tem uma ´unica sub-cadeia.

Com efeito, suponhamos que existam dois subconjuntos de estados S1 e S2, tais que

S1 e S2 formam sub-cadeias emf(c). Como f(c)´e uma extens˜ao regular, ent˜ao existe

c∗ >0 tal que S1 e S2 s˜ao sub-cadeias iguais, para todo c < c∗, isto ´e, existe k ≥1 tal queS1 e S2 s˜ao sub-cadeias iguais em P(n), ∀n ≥k. Entretanto, note que

∀i∈S1, lim

n→+∞

X

j∈S1

Pij(k,k+n) = 1e∀i∈S2, lim

n→+∞

X

j∈S1

Pij(k,k+n)= 0,

contradizendo a ergodicidade fraca da cadeia. Logo, cada P(n) possui uma ´unica sub-cadeia e, portanto ´unica distribui¸c˜ao estacion´aria π(n).

Seja h(c), para todocsuficientemente pequeno, a ´unica distribui¸c˜ao estacion´aria de

f(c) e note que h(c) ´e obtido como a solu¸c˜ao ´unica do sistema:

          

         

h1(c) =

N

X

i=1

hi(c)fi1(c) ...

hN(c) = N

X

i=1

hi(c)fiN(c)

h1(c) +. . .+hN(c) = 1

(37)

Escrevendo o sistema anterior em sua forma matricial (na formaAx=b), obtemos      

1−f1,1(c) · · · −fN−1,1(c) −fN,1(c)

... . .. ... ...

−f1,N−1(c) · · · 1−fN−1,N−1(c) −fN,N−1(c)

1 1 · · · 1 1

     

| {z }

A ·      

h(c)1 ...

h(c)N−1

h(c)N

     

| {z }

x =       0 ... 0 1      

| {z } b

.

Usando a regra de Cramer para resolu¸c˜ao de sistemas lineares, temos que

h(c)i =

Qi(c)

Q(c), i= 1,2, . . . , N,

sendo Qi(c) (i = 1,2, . . . , N) o determinante da matriz obtida de A substituindo-se a

i-´esima coluna pelo vetor b, e Q(c) o determinante da matriz A. Note que Qi(c) (i=

1,2, . . . , N) e Q(c) s˜ao somas (ou diferen¸cas) finitas de produtos finitos de fun¸c˜oes

fij(c).

Se as fun¸c˜oes fij(c) pertencem `a classe CRVL, ent˜ao todas as fun¸c˜oes hi(c) ser˜ao

de varia¸c˜ao limitada e pelo Teorema 2.3.1, segue que {P(n)} ´e EF.

Se as fun¸c˜oes fij(c) pertencem `a classe CAM, ent˜ao podemos escrever a derivada

de h(c)i por

h′(c)i =

Q′

i(c)Q(c)−Qi(c)Q′(c)

Q2(c) ,

o qual o numerador ´e, agora, a diferen¸ca de duas somas finitas de produtos finitos das fun¸c˜oes fij(c). Como hi′(c) muda de sinal finitas vezes no intervalo (0,1] e s˜ao

assintoticamente mon´otonas, segue que h(c) ´e de varia¸c˜ao limitada. Novamente pelo Teorema 2.3.1 {P(n)} ´e EF.

A seguinte proposi¸c˜ao enumera algumas classes de fun¸c˜oes definidas no intervalo

(0,1] que s˜ao CAM e/ou CRVL.

Proposi¸c˜ao 2.3.1 (Anily e Federgruen [1]). As seguintes classes de fun¸c˜oes definidas no intervalo (0,1] s˜ao CAM e/ou CRVL.

1. Dos polinˆomios (CAM e CRVL);

2. Das fun¸c˜oes racionais (CAM e CRVL);

(38)

2.3 Ergodicidade Fraca e Forte: Condi¸c˜oes para Equivalˆencia 28

4. Das fun¸c˜oes racionais exponenciais (CAM).

Dessa forma, se {P(n)} ´e uma cadeia Ef com extens˜ao regular f(c) com c∈(0,1] e com suas componentes pertencentes a alguma das classes de fun¸c˜oes acima, ent˜ao a

(39)

Resultados Assint´

oticos em Cadeias

de Markov com Transi¸c˜

oes Raras

Seja F = ({Xn}n∈N,S, Pβ)β∈R+ uma fam´ılia de Cadeias de Markov Homogˆeneas

com espa¸co de estadosS={1,2, . . . , N}e matrizes de transi¸c˜ao Pβ tais que para todo

i, j ∈S

lim

β→+∞−

1

β logPβ(Xn=j|Xn−1 =i) = V(i, j), (3.1)

sendoV :S×SR+3∪ {+∞}. Neste caso, a fam´ılia F ´e dita terTransi¸c˜oes Raras.

Cadeias de Markov com Transi¸c˜oes Raras aparecem nos mais variados contextos,

inclusive, na otimiza¸c˜ao estoc´astica via algoritmos aleat´orios como, por exemplo, o

Simulated AnnealingGeneralizado (veja Catoni [2], Trouv´e [11]) e o Algoritmo Gen´etico (veja Suzuki [10]). Muitas quest˜oes foram estudadas sobre essa classe de Cadeias de

Markov, entre elas est´a o comportamento limite de suas distribui¸c˜oes estacion´arias,

recentemente usado por Suzuki [10] no estudo da convergˆencia do Algoritmo Gen´etico,

e a distribui¸c˜ao do tempo de entrada em um subconjunto n˜ao vazio de estados.

Neste cap´ıtulo revisamos os resultados sobre o comportamento assint´otico das

dis-tribui¸c˜oes estacion´arias (pr´e-requisito para qualquer outro estudo sobre esse tema) e o

tempo m´edio de entrada em subconjuntos de estados em Cadeias de Markov com

Tran-si¸c˜oes Raras usando o conceito de W-grafo, m´etodo gr´afico desenvolvido por Freidlin e Wentzell [4] do qual se obt´em express˜oes fechadas para a distribui¸c˜ao estacion´aria

e o tempo m´edio de entrada em um subconjunto n˜ao vazio de estados de Cadeias de

3R

+= [0,+∞)

(40)

3.1 W-grafos 30 Markov Homogˆeneas irredut´ıveis. Destacamos neste cap´ıtulo, o c´alculo da distribui¸c˜ao

estacion´aria da Cadeia de Markov associada ao modelo de Ehrenfest, como aplica¸c˜ao

do conceito deW-grafo.

3.1

W

-grafos

Sejam E um conjunto finito de elementos, W ⊂ E um subconjunto n˜ao-vazio de

E e Wc seu complementar. Um W-grafo ´e um grafo orientado com v´ertices em E que n˜ao cont´em nenhuma aresta partindo dos v´ertices emW e ´e tal que, para todoi∈Wc

existe um ´unico caminho no grafo ligando i a algum j ∈W. Veja a Figura 3.1.

i

j W

Figura 3.1: Exemplo de umW-grafo

Nota¸c˜oes Importantes:

g, grafo orientado emE;

(i→j), aresta partindo dei para j em g;

Defini¸c˜ao 3.1.1. Para todo grafo orientado g em E e i∈E, definimos

(41)

e

gn(i) = [

j∈gn−1(i)

g(j) ={j ∈E; (i=i1 →i2 → · · · →in=j)∈g}.

Em outras palavras,g(i) representa o conjunto de elementos deE que est˜ao ligados com i por exatamente uma aresta partindo de i e gn(i) ´e o conjunto de elementos de

E ligados com i por um caminho de exatamente n arestas saindo de i.

Defini¸c˜ao 3.1.2 (W-grafo). Seja W um subconjunto n˜ao-vazio arbitr´ario de E. Um grafo orientadog com v´ertices em E ´e dito um W-grafo se, e somente se

1. Nenhuma aresta inicia em v´ertices de W e exatamente uma aresta inicia em cada v´ertice de Wc;

2. Para todo i∈E tem-se que i /∈Og(i), sendo Og(i) =

+∞

[

n=1

gn(i) a ´orbita do v´ertice

i no grafo g. Em outras palavras, n˜ao h´a ciclos em g. Equivalentemente, podemos substituir a condi¸c˜ao 2 por:

2’. Para todo i ∈ Wc tem-se que Og(i)∩W 6= ∅, ou seja, para todo i ∈ Wc existe

um caminho orientado para algum j ∈W.

Nota¸c˜oes Importantes:

G(W), conjunto de todos os W-grafos;

G(i), conjunto de todos os {i}-grafos;

Observa¸c˜ao. Segue da defini¸c˜ao anterior que, para todoi∈Wc existe um ´unicoj ∈E

tal que (i→j)∈g, ou seja, g(i) ´e ´unico.

Defini¸c˜ao 3.1.3 (Grafos Gi,j(W)). Para todo i∈E e j ∈W, definimos

Gi,j(W) =

  

 

{g ∈G(W);j ∈Og(i)}, se i∈Wc;

G(W), se i=j;

∅, se i∈W\{j}.

Ou seja, Gi,j(W) representa o conjunto de todos os W-grafos que cont´em um

ca-minho ligando o v´ertice i ao v´ertice j. Assim, para todo i ∈ E e j ∈ W tem-se que

Gi,j(W)⊆G(W).

Exemplo 6. Suponhamos um conjunto E com quatro elementos quaisquer, digamos

(42)

3.2 Teoremas para Cadeias de Markov Irredut´ıveis 32

j

k k

i i k

i

j

k

l

i

j

k

l i

j

l

k i i

l j l

j

k

l

k

l

i

l

j j

g1 g2 g3

g4 g5 g6

g7 g8 G(W)

Figura 3.2

Assim, ter´ıamos os conjuntos Gl,i(W) = {g1, g2, g6, g7}, Gk,j(W) = {g4, g5, g6, g8}, entre outros.

3.2

Teoremas para Cadeias de Markov Irredut´ıveis

Seja{Xn}n∈Numa Cadeia de Markov Homogˆenea irredut´ıvel4com espa¸co de estados

S= {1,2, . . . , N} e matriz de transi¸c˜ao P = (pij)(i,j)S×S. Nesta se¸c˜ao, abordamos os

resultados que estabelecem f´ormulas para o c´alculo das distribui¸c˜oes estacion´arias de

Cadeias de Markov Homogˆeneas irredut´ıveis, bem como para o valor esperado para a

primeira visita da cadeia a um subconjunto n˜ao vazio de estados.

Defini¸c˜ao 3.2.1. SejamP a matriz de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov Homogˆenea

4Uma Cadeia de Markov Homogˆenea com matriz de transi¸c˜aoP ´e dita ser irredut´ıvel se, para todo

(43)

com espa¸cos de estados S e W S n˜ao-vazio. Definimos P restrita `a Wc×Wc por

P|Wc×Wc = (pij)(i,j)Wc×Wc,

Exemplo 7. Considere uma Cadeia de Markov Homogˆenea com espa¸co de estados

S={1,2,3,4} e matriz de transi¸c˜ao

P =

   

0 1 0 0

1/2 0 1/4 1/4

0 0 0 1

0 0 1 0

   

.

Seja W ={3}. Logo, Wc ={1,2,4} e

P|Wc×Wc =

 

0 1 0

1/2 0 1/4

0 0 0

 .

Defini¸c˜ao 3.2.2. Sejam W ⊂ S n˜ao vazio e g G(W). Definimos a probabilidade

p(g) por:

p(g) = Y

(i→j)∈g

pij =

Y

(i→j)∈g

P(Xn=j|Xn−1 =i),

sendo (i→j)∈g a aresta partindo do v´ertice i para o v´ertice j no grafo g.

´

E imediato que se uma Cadeia de Markov ´e irredut´ıvel, ent˜ao para todo W ⊂ S

n˜ao vazio existe um grafo g ∈G(W) tal que

p(g)>0.

O teorema a seguir, estabelecido por Catoni [2], ´e usado para escrever as f´ormulas

para o tempo m´edio de entrada em subconjuntos arbitr´arios n˜ao vazios de estados e

para a distribui¸c˜ao estacion´aria da matriz de transi¸c˜ao P. Antes, demonstraremos o lema a seguir, que ser´a usado na demonstra¸c˜ao do teorema.

Lema 3.2.1. Sejam P a matriz de transi¸c˜ao de uma Cadeia de Markov Homogˆenea irredut´ıvel com espa¸co de estados S, W S n˜ao vazio e i, j Wc. Consideremos os

conjuntos C1 ={(k, g);k ∈ {i}c, g ∈Gi,j(W ∪ {j})} e C2 ={(k, g);k ∈Wc ∩ {i}c, g ∈

(44)

3.2 Teoremas para Cadeias de Markov Irredut´ıveis 34

(a) Se i6=j, ent˜ao a fun¸c˜ao ξ1 :C1 →C2 dada por

ξ1(k, g) =

(

(k, g) seg ∈Gk,j(W ∪ {j})

(g(i),(g∪ {(i→k)})\{(i→g(i))}) seg /∈Gk,j(W ∪ {j})

´e bijetiva e

X

(k,g)∈C1

p(g)pik =

X

(k,g)∈C2

p(g)pik.

(b) Se i=j, ent˜ao a fun¸c˜ao ξ2 :C1∩C2c →G(W) dada por

ξ2(k, g) =g∪ {(j →k)} ´e bijetiva e

X

(k,g)∈C1∩C2c

p(g)pik =

X

g∈G(W)

p(g).

Demonstra¸c˜ao. Suponhamos i6=j. Para verificarmos que ξ1 ´e bijetiva veremos que, para todo(k, g)∈C2 existe um ´unico par (ˆk,ˆg)∈C1 tal que ξ1(ˆk,gˆ) = (k, g).

De fato, dado (k, g)∈C2, temos que k ∈Wc∩ {i}c e g G

k,j(W ∪ {j}). Observe,

neste caso, quek pode ser j, pois j /∈W e j 6=i, e da´ı, Gk,j(W ∪ {j}) =G(W∪ {j}).

Se j ∈Og(i), ent˜ao g ∈Gi,j(W ∪ {j}).(veja ilustra¸c˜ao na Figura 3.3).

W∪ {j}

i k

j

Figura 3.3

(45)

(ˆk,gˆ)∈C1 e

ξ1(ˆk,gˆ) = (k, g).

Se j /∈ Og(i), ent˜ao g /∈ Gi,j(W ∪ {j}). Neste caso, considere o ´unico v´ertice g(i)

tal que a aresta(i→g(i))∈g, e note que g(i)∈ {i}c (veja ilustra¸c˜ao na Figura 3.4).

W∪ {j}

j

k

i

g(i)

Figura 3.4

Tomando ˆk=g(i)egˆ= (g∪ {(i→k)})\{(i→g(i))}, temos que gˆ∈Gi,j(W∪ {j})

(veja ilustra¸c˜ao na Figura 3.5).

W∪ {j}

j

k

i

g(i)

(46)

3.2 Teoremas para Cadeias de Markov Irredut´ıveis 36

Assim, o par (ˆk,gˆ)∈C1 e

ξ1(ˆk,gˆ) = (k, g).

Observe que, em ambos os casos, o par (ˆk,ˆg) ∈ C1 foi obtido de maneira ´unica. Logo, segue queξ1 ´e bijetiva.

Do fato de ξ1 bijetiva, temos que

X

(k,g)∈C1

p(g)pik ξ1

= X

(k,g)∈C2

p(g)pik,

donde conclu´ımos a verifica¸c˜ao de (a).

Agora, suponhamosi=j. Para provarmos que ξ2 ´e bijetiva verificaremos que, para todog ∈G(W)existe um ´unico par(k,gˆ)∈C1∩C2c tal queξ2(k,gˆ) = g. Ou seja, vamos encontrar um ´unico par(k,gˆ)∈ {(k, g)∈(W∩ {i}c)×G(W∪ {i});g /∈Gk,i(W∪ {i})}.

Com efeito, dado g ∈ G(W) considere o ´unico v´ertice g(i) tal que a aresta (i →

g(i)) ∈ g (veja ilustra¸c˜ao na Figura 3.6). Observe, neste caso, que g(i) ∈ W ∩ {i}c, poisi∈Wc.

i

W

g(i)

Figura 3.6

Assim, tomando (k,gˆ) = (g(i), g\{(i → g(i))} teremos (k,gˆ) ∈ C1 ∩ C2c, pois

ˆ

(47)

i

W ∪ {i}

g(i)

Figura 3.7

Como ξ2(k,gˆ) =g e (k,gˆ) ´e ´unico, por consequˆencia de g(i) ser ´unico, conclu´ımos queξ2 ´e bijetiva.

De ξ2 ser bijetiva, temos que

X

(k,g)∈C1∩C2c

p(g)pik =

X

(k,g)∈C1∩Cc2

p(g∪ {(j →k)})

ξ2

= X

g∈G(W)

p(g),

o que conclui a prova de (b).

Teorema 3.2.1 (Catoni [2]). Sejam {Xn}n∈N uma Cadeia de Markov Homogˆenea

ir-redut´ıvel com matriz de transi¸c˜ao P e espa¸co de estados S finito. Dados W S n˜ao

vazio e i, j ∈Wc temos que

(I|Wc−p|Wc×Wc)−1 ij =

+∞

X

n=0

pnij|Wc×Wc

!

=

P

g∈Gi,j(W∪{j})p(g)

P

g∈G(W)p(g)

,

(48)

3.2 Teoremas para Cadeias de Markov Irredut´ıveis 38

Demonstra¸c˜ao. Dados i, j ∈Wc, defina

mij =

X

g∈Gi,j(W∪{j})

p(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

. (3.2)

Vamos mostrar que

(I|Wc−P|Wc×Wc)m=I|Wc,

ou seja,

X

k∈Wc

(Iik−pik)mkj =Iij, ∀i, j ∈Wc. (3.3)

Note que a express˜ao (3.3) ´e equivalente a

 X

(k,g)∈C1

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

=Iij+

 X

(k,g)∈C2

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

,

sendo C1 = {(k, g);k ∈ {i}c, g ∈ Gi,j(W ∪ {j})} e C2 = {(k, g);k ∈ (W ∪ {i})c, g ∈

Gk,j(W ∪ {j})}.

De fato, usando a igualdade pii= 1−

X

k∈{i}c

pik, a express˜ao (3.3) ´e reescrita por

X

k∈Wc

(Iik−pik)mkj =Iij

⇒ (Iii−pii)mij +

X

k∈Wc∩{i}c

(Iik−pik)mkj =Iij

⇒ mij −(1−

X

k∈{i}c

pik)mij +

X

k∈Wc∩{i}c

(Iik−pik)mkj =Iij

⇒ X

k∈{i}c

pikmij =Iij −

X

k∈Wc∩{i}c

(Iik−pik)mkj.

Como Iik = 0 para todo k ∈(W ∪ {i}c), vem que

X

k∈{i}c

pikmij =Iij +

X

k∈(W∪{i})c

(49)

e da´ı, substituindo (3.2) em (3.4), obtemos

X

k∈{i}c

pik

X

g∈Gi,j(W∪{j})

p(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

=

Iij +

X

k∈(W∪{i})c

pik

 X

g∈Gk,j(W∪{j})

p(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

  −1 , ou seja,   X

(k,g)∈C1

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

=Iij +

 X

(k,g)∈C2

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

,

(3.5)

Pelo Lema 3.2.1(a) temos que

 X

(k,g)∈C1

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

  −1 =   X

(k,g)∈C2

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

,

donde conclu´ımos que Iij = 0 quando i6=j.

Por outro lado, podemos reescrever a equa¸c˜ao (3.2) por

 X

(k,g)∈C1∩C2c

pikp(g) +

X

(k,g)∈C2

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

=

Iii+

 X

(k,g)∈C2

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

,

quando i=j. Logo, temos que

 X

(k,g)∈C1\C2

pikp(g)

 

 X

g∈G(W)

p(g)

−1

=Iii.

Pelo Lema 3.2.1(b), segue que

Iii= 1.

Defini¸c˜ao 3.2.3. Sejam {Xn}n∈N uma Cadeia de Markov Homogˆenea com espa¸co de

Imagem

Figura 3.1: Exemplo de um W -grafo

Referências

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