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Proteção à indústria nascente, mercados oligopolizados e a informática no Brasil

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(1)

EPGE

-PROTEÇÃO À INDUSTRIA NASCENTE, MERCADOS OLIGOPOLIZADOS E A INFORMÂTICA NO BRASIL

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA

A

CONGREGAÇÃO DA ESCOLA DE PCS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA (EPGE)

DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM ECONOMIA

POR

JOSELITO BARROS SCHIAVON

(2)
(3)

TESE DE MESTRADO

1

APRESENTADA À

EPGE

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(4)

C I R C U L A R N9 66

'Assunto: Apresentação e defesa pública de Dissertação de Mestrado em Eoonania.

Comunicamos formalmente à Conqregação da Escola que está marcada para o dia 09 de dezembro de 1987 (4a. feira) às l5:00h, no Auditório Eugenio Gudin (109 andar), a apresentação e defesa publica da Dissertação de Mestrado, intitulada: "PROTECÃO

À INDÚSTRIA NASCENTE, MERCADOS OLIGOPOLIZADOS E A INFORMÂTICA NO BRASIL", do candidato ao título de Mestre em Economia, JOSELITO BARROS SCHIAVON.

Anexamos uma sumula dessa Dissertação de Mestrado para seu prévio estudo, recentemente através da Circular n9 49.

A Banca Examinadora "ad hoc" designada pela Escola

~

sera composta pelos doutores: Carlos Geraldo Langoni, carlos Ivan Simonsen Leal, Armínio Fraga Neto e Mario Henrique Simonsen (pre sidente) •

Com esta convocaçao oficial da Congregação de Pro-fessores da Escola, estão ainda convidados a participarem desse ato acadêmico os alunos da EPGE, interessados da FGV e de outras instituicões.

~~/F''''V

Lru.y;

Rio de Janeiro, 02 de dezembro de 1987

~;1.~L-­

/a~~enrigUe

~

(5)

RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22,200

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado pela EPGE para julgar a dissertação de mestrado, intitulada "PROTEÇÃO À INDÚSTRIA NASCENTE, MERCADOS OLIGOPOLIZADOS E INFORMÁTICA NO BRASIL", do candidato ao título, Sr. Joselito Barros Schiavon, apresento as seguintes ponderações que justificam meu parecer e voto:

1. A dissertação demonstra grande competência técnica na área escolhida, assim como amplo conhecimento do campo em geral.

2. O tema é da maior relevância e foi desenvolvido com clareza. O candidato foi capaz de combinar elementos de diversas teorias)de forma a examinar um problema novo, para o qual não havia um arcabouço teórico disponível.

Assim, sou de parecer que a referida Tese seja aprovada e outorgado o título pretendido pelo candidato e autor deste trabalho.

A-4 Formato Internacional

210X29'hnm

Rio de Janeiro, 09 de Dezembro de 1987.

(6)

LAUDO SOBRE DISSERTACÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado

pela

EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada "PROTEÇÃO

À

INDOSTRIA NASCENTE', MERCADOS OLIGOPOLIZADOS E INFORMÁTICA

NO

BRASIL", do candidato ao título Sr. JOSELITO BARROS SCHIAVON,

a-presento as seguintes

ponderações~

que justificam meu parecer e vo

to:

1) A Dissertação apresenta excelente nível técnico.

2) O Tema é de interesse nacional e o estudo feito apresenta c1a

reza de raciocínio e um brilhantismo ímpar.

3)

O candidato é um dos mais brilhantes alunos desta FPGE.

Assim, sou de parecer que a referida Tese seja aprovada

e outorgado o título pretendido pelo candidato e autor deste tra

ba1ho.

A-4 Formato Internacional

210X297mm

Rio de

Professor da EPGE

de 1987.

(7)

RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.2~0

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Corno integrante da Banca Examinadora, designada pela EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada·-nPROTEÇÃO

À INDÚSTRIA NASCENTE, MERCADOS OLIGOPOLIZADOS E A INFORMÂTICA NO BRASIL", do candidato ao título Sr. JOSELITO BARROS SCHIAVON, a-presento as seguintes ponderações que justificam meu parecer e vo-to:

1) ~ urna tese extremamente atual, o problema de proteção a indús-tria nascente com ênfase no setor de informática;

2) Foi desenvolvida a partir de sólida fundamentação teórica,reve-lando esforço considerável de pesquisa e leitura;

3) Foi bem sistematizada e trabalhada,sendo escrita de forma clar~

precisa e objetiva;

4) As suas conclusões serao extremamente úteis para o aprimoramen-to da política brasileira de informática.

Assim e nessas condições, sou de parecer que a refe-rida Dissertação seja aprovada e outorgado o título pretendido pe-lo candidato e autor deste trabalho.

A-t Formato InternaCIonal

210xtrrmm

Rio de Janeiro, 09 de dezembro de 1987

Q

CL-~

_ _ _ _ _ _ _ _

(8)

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designada pela

EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada

"PROTEÇÃO

À

INDUSTRIA NASCENTE, MERCADOS OLIGOPOLIZADOS E A INFORMÁTICA

NO

BRASIL", do candidato ao titulo, Sr. JOSELITO BARROS SCHIAVON,

a-presento as seguintes ponderações que justificam meu parecer e

vo-to:

1) Trata-se de trabalho original, de extremo interesse para a atua

lidade brasileira.

2) O candidato usou habilmente novas contribuições da teoria do co

mércio internacional com mercados imperfeitos.

3) O candidato mostra boa percepção na associação entre desenvolvi

mento, externalidades e prQKresso tecnológico.

Assim e nessas condições, sou de parecer que a

refe-rida Dissertação seja aprovada e outorgado o título pretendido

pe-lo candidato e autor deste trabalho.

Rio de Janeiro, 09 de dezembro de 1987

j ,

,(L ..

v1.-"

/ ttL/

,--~io

Henrique

Diretor da

.

Simonsen

EPGE e

(9)
(10)

Aos professores e colegas da Escola de Pós--Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas, ~

responsa-veis diretos pela minha formação acadêmica.

Aos meus orientadores Mario Henrique Simonsen, Armínio Fraga Neto, Carlos Ivan Simonsen Leal e Carlos Geral-do Langoni, pela constante dedicação, sugestõ~s, incentivos e, sobretudo, pela paciência com que me assistira~ durante a elaboração desta dissertação.

Aos dedicados leitores Sérgio Ribeiro da Costa Werlang e João Carlos Borges da Silva, por suas valiosas e

abnegadas contribuições.

Ao desenhista Jomilson e à datilógrafa Maria das Graças Vargas da Silva, responsáveis pela apresentação final deste trabalho.

A grande amiga Emília e a meus familiares que com sua inabalável confiança foram fonte de estímulo cons-tante.

(11)
(12)

INTRODUÇÃO

...

~

... .

01

1. A TEORIA TRADICIONAL DE COM.t:RCIO INTERNACIONAL . . . 06

1.1 - Introdução . . . 06

1.2 - A Estrutura 1.3 - Otimalidade do Livre Comércio 1.4 - Distorções e PolIticas Ideais 1.4.1 - Ausência de distorções . . . . 1.4.2 - Distorções domésticas 1.4.3 - Monopólio no Comércio Internacional .. 11 15 19 22 25 29 1.4.4 - Objetivos não econômicos . . . • 33

1.5 - Nota Final . . .

1...

36

2. PROTEÇÃO A INDÚSTRIA NASCENTE... 38

2.1 - Introduçao . . . 38

2.2 - Conceituação . . . • . . . • . . . . • . . . . 40

2.3 - A Necessidade da Proteção . . . 43

2.4 - A Forma de Proteção Adequada . . • • . • . . . 51

2.4.1 - Externalidades Tecnológicas . . . • 53

2.4.2 - Externalidades de Propriedade . • . . . 55

2.4.3 - Insuficiência de Informações •.. ~ . . . 57

2.5 - Conclusao . . . 59

(13)

3.2 - Retornos Crescentes de Escala, Concorrência Imperfeita e os Padrões do Comércio

Interna-cional . . . 66

3.3 - O Efeito Mercado Doméstico . . . • • . . . • . • • . . . . 72

3.4 - O Efeito Mercado Doméstico: Uma

Reavalia

ao . . . 83

3.5 - Domínio Tecnológico, Reserva de Mercado

e Empres"a Nacional . . . 86

3.6 - Empresas Multinacionais . . . • . . . • • . . . 91

CONCLUSÃO 100

AP~NDICE •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 114

(14)

INTRODUÇÃO

Os debates sobre o tratamento que deve ser

dispensado à indústria nascente em geral e à de

informáti-ca em particular em nosso pais ganharam muito mais terreno

no campo politico-ideológico do que no campo

sócio-econômi-co. Ora, à ciência econômica nao cabe ditar gostos

indivi-duais ou escolhas sociais, mas qualquer escolha seja a

ni-vel individual ou social deve ser por .esta informada.

Este trabalho tem como objetivo desvendar,

identificar e localizar no campo da teoria econômica os

fundamentos das principais argumentações que,

deturpadamen-te ou nao, vem sendo esgrimidas pelas várias correndeturpadamen-tes nas

discussões a respeito da melhor maneira de se desenvolver

a indústria de informática no Brasil. Não há de nossa

par-te a prepar-tensão de exaurir o par-tema, apenas lançar alguma luz

e contribuir para uma maior postura cientifica no trato da

matéria. Para isto é importante que descrevamos as

(15)

teoria de comércio internacional e desenvolvimento

econômi-co mais afeitas a este debate e que nos parece fornecem os

pilares das várias argumentações. De um modo informal

iden-tificamos três grandes blocos teóricos que se sucederam e

se complementaram ao longo do tempo. são eles: a teoria

tradicional de comércio construída por Adam Smith, Ricardo

e os neoclássicos do início deste século, o argumento da

indústria nascente e os trabalhos recentes envolvendo o

co-mércio internacional baseados na concorrência imperfeita e

rendimentos de escala.

A teoria das vantagens comparativas de

Ri-cardo, conquanto possa parecer hoje pouco adequada à

dis-cussão de uma política ótima para a informática, e exposta

no capítulo I por duas fortes razoes. Antes de tudo por ser

a base sobre a qual se fizeram os.refinamentos posteriores;

assim, um completo entendimento de suas proposições é

ne-cessário para a compreensao dos demais capítulos; mesmo

porque vários de seus princípios e recomendações permanecem

(16)

de-monstra a pareto-superioridade das políticas que vao direto

ao alvo por minimizarem os indesejáveis efeitos colaterais.

A segunda razao e que várias vezes se formulam propostas

para a informática supostamente baseadas na teoria clássica

mas que são apenas o resultado de uma ma interpretação, nao

sancionada pela mesma. Ao examinarmos esta teoria nao

pode-mos deixar de ter em mente que nossa indústria de

informá-tica, por situar-se em um mercado

oligopolizado,constitui--se em uma das exceç5es ãs hip6teses básicas da teoria, que

a mesma admite como válida, e

é

tratada no t6pico 1.4.3.

o

segundo capítulo trata do caso da proteção

à indústria nascente, um conceito dinâmico, que nao é

en-globado no corpo central da teoria tradicional mas e uma

característica essencial da nossa informática. Seus

resul-tados nao chegam a se contrapor frontalmente aos principais

"insights" enunciados no capítulo 1; na maior parte das

ve-zes apenasos complementa. Sua principal conclusão e que o

tradicional teste da vantagem comparativa nao é

(17)

desenvol-vimento econômico de um país. Em urna perspectiva dinâmica,

algumas indústrip.s que nao possuíam vantagem comparativa

po-dem passar a tê-la, a um custo menor que os benefícios

ge-rados pela implantação destas indústrias. Existe então

es-paço para urna política econômica ativa, de apoio à

indús-tria nascente que se revele compensadora corno

investimen-to social, ao contrário das conclusões do primeiro

capítu-lo de que o governo deveria se limitar a corrigir as

dis-torções existentes no sistema econômico. Não obstante, a

melhor maneira de se apoiar urna indústria nascente

conti-nua a ser o subsídio direto, justificando-se a intervenção

no comércio internacional apenas em caso de concorrência

imperfeita conforme as conclusões do capítulo anterior.

No terceiro capítulo analisaremos modelos

que têm a concorrência imperfeita e rendimentos crescentes

de escala entre suas hipóteses fundamentais - e não corno

exceçoes conforme a teoria clássica. Veremos que a

intro-dução destas hipóteses altera qualitativamente algumas

(18)

Não acreditamos que qualquer destas

aborda-gens isoladamente ou mesmo em conjunto - iluminem todo

o fenômeno; a pretensão do conhecimento deve ser

comparti-lhada e cada construto teórico situado de forma a

poder-mos identificar que parte do fenômeno ele ilumina e o que

deixa obscuro. De uma forma geral os enfoques mais

recen-tes qualificam os anteriores e em parte os contradizem, mas

nao são completament~ antagônicos.

Não e possível no atual estágio de

desenvol-vimento da teoria divisarmos uma síntese que conduza ao

el-dorado científico de um paradigma. Contudo, nao e apenas

possível, mas até mesmo desejável e imperioso: que casos

particulares como a situação da informática brasileira

se-jam examinados pelas várias óticas, cada qual, certamente

enriquecerá a nossa percepção do fenômeno em algum aspecto

em particular. 'Elaboramos uma visão integrada das diversas

estruturas, orientadas pelas características próprias da

indústria de informática brasileira, procurando sempre

(19)

A TEORIA TRADICIONAL DECOMlr:RCIO INTERNACIONAL

1.1 - INTRODUÇÃO

A idéia de que o comércio entre naçoes e

mu-tuamente benéfico é bastante antiga e várias tentativas de

explicá-la sucederam-se ao longo do tempo. A razao central,

fácil de ser entendida, situa-se no aumento do conjunto de

possibilidades de consumo ocasionado pelo comércio e a

con-seqüente elevação do bem-estar, visto que ao relaxamento de

restrições corresponde um máximo maior ou no mínimo iguala0

anterior.

As raízes históricas remontam pelo menos a

Adam Smith e sua conhecida versab do comércio como fruto das

vantagens absolutas na produção de algum bem que cada país

deteria. Um refinamento considerável, base da teoria daí por

diante,foi o princípio das vantagens comparativas

(20)

mente formulado por David Ricardo. Existem vantagens

compa-rativas quando os preços relativos dos bens diferem em

ca-da país agindo autarquicamente. A diferença de preços

rela-tivos, resultado de conjuntos de possibilidades de produção

diversos (fruto da interação dotações/tecnologias) e/ou

di-ferentes hierarquizações de preferências Dor parte dos

in-divíduos, acarreta ganhos bilaterais com o comércio.

Tomemos, ilustrativamente, o caso de um país

pequeno, isto é, que toma os preços internacionais como

da-dos e que produza e consuma dois bens. Autarquicamente,

oon-forme pode ser visto no gráfico 1, o conjunto de

possibili-dades de consumo se restringe ao conjunto de

possibilida-des de produção OAB e o nível máximo de bem-estar

alcancá-vel é

uI.

A abertura comercial alarga as fronteiras do con-sumo possível para OCD e permite um nível de bem-estar mais

elevado U

2. (vide gráfico 1 na próxima página) .

As característica básicas dos modelos da

teo-ria tradicional de comércio internacional são a preocupaçao

(21)

hipóte-ses e conclus5es, a 6tica de equilIbrio geral e a adoçio do

princIpio das vantagens comparativas. As hip6teses

essen-ciais: mundo competitivo sem distorç5es ou incertezas,

tec-nologias com retornos constantes de escala, dotações de

fa-tores corno variáveis exógenas e plena mobilidade de bens

entre paIses e fatores de produçio entre os setores da

eco-nomia, isto e, sem custos de transporte. As principais

con-clusões positivas desta teoria, celebrizadas nos livros

tex-tos, sao os teoremas de Heckscher-Ohlin, Rybczynski,

stolper-Samuelson e o teorema da equalizaçio do preço dos fatores

gerados inicialmente em um contexto de dois paIses, dois

-fatores e dois bens finais via comparaçoes estáticas de

equilIbrios.

bem Y

b d bem x

(22)

o

padrão do comércio conforme

Heckscher--Ohlin (H.O.) se estabeleceria com cada país produzindo

mais, eventualmente especializando-se, e exportando o bem

intensivo no fator em que ele é relativamente mais

abundan-te. Para tanto, além das hipóteses já citadas, supuseram

também que haveria mobilidade interna, mas nao externa, dos

fatores, que as tecnologias de produção se equivaleriam

pa-ra todos os países, e que ao longo da fronteipa-ra de produção

nao haveria reversao da intensidade relativa dos fatores na

composição final dos bens.

Rybczynski verificou que dentro dos

pressu-postos estabelecidos por H.O. e havendo diversificacão na

produção em todos os países, um aumento da dotação relativa

de um fator aumentaria mais que proporcionalmente a

produ-çao do setor que o usa intensivamente, diminuindo a do

ou-tro.

Ainda baseando-se nos parâmetros H.O., Stolper

e Samuelson enunciaram o efeito magnificação: o aumento do

(23)

~roporcional-mente a remuneraçao do fator usado mais intensiva~roporcional-mente

nes-te bem, reduzindo o retorno do outro fator. Finalmennes-te, se

a produção de qualquer bem e estritamente positiva em ambos

os países, o livre comércio estabeleceria remuneraçao

idên-tica para os fatores de produção nos dois países.

Interessa-nos porem, mais de perto, examinar

as conclusões normativas desta teoria e as hipóteses sobre

as quais se baseia. A estreita interrelação

hipótese-con-clusão nos permitirá nos capítulos próximos qualificar ou

mesmo alterar substancialmente tais prescrições na busca de

uma maior aderência à realidade.

Os modelos que se seguem neste capítulo

(24)

1. 2 - A ESTRUTURA

Vamos formalizar as hipóteses tradicionais

das teorias de comércio e sua clássica proposição do livre

comércio como a melhor alternativa. Trabalharemos com um

modelo Walrasiano de equilíbrio geral competitivo, em um

ambiente livre de incertezas e distorções, onde prevaleça

a plena mobilidade de produtos e insumos e onde todos os

agentes econômicos individualmente tomem preços como dados,

embora os governos reconheçam o poder de monopólio no

co-mércio internacional e apliquem tarifas ótimas. As

tecnolo-gias exibem retornos constantes de escala em todas as

ati-vidades e, embora o modelo nos permita contemplar a

possi-bilidade de diversos estágios de produção, nao a

examinare-mos eppecificamente.

Notação

(25)

ve-torial, e sua respectiva significação.

c consumo doméstico agregado (quantidade)

g consumo do governo (quantidade)

e dotações iniciais dos agentes econômicos (quantidade)

b transferências diretas líquidas (valor)

m importações líquidas (quantidade)

x produção doméstica (quantidade)

~

com a usual convençao xi < O ~ xi e um insumo.

i - relativo ao i-ésimo agente econômico

t - indica bens transacionáveis com o

ex-superscritos

terior

n - bens nao transacionáveis

subscritos relativos ao bem.

p vetor de preços domésticos ao consumidor

(26)

r vetor de preços internacionais na fronteira do país.

Assim:

- se relativo ~importações representará preços C I F

antes de tarifas.

- se relativo às exportações representará preços F O B

com tarifas.

L vetor de tarifas; sera uma taxa quando Lk mk > O

se-rá um subsídio quando Lk m

k <

O.

a vetor de impostos sobre o consumo doméstico.

8

vetor de subsídios à produção doméstica.

TI vetor de preços internos dos bens transacionáveis.

Observe-se que pelas definições dadas: t _ t + t

TI

=

r L

q - TI +

8

p - TI + a

p - q -

8

+ a

O Conjunto de Possibilidades de Produção

(27)

de produção da economia como F(X) ~ O; F(O)

=

O, onde F é uma

função convexa, homogênea do 19 grau, refletincb retomes

cons-tantes de escala e taxas marginais de transformação

decres-centes. No caso de querermos distinguir entre diferentes

fir-mas ou atividades de produção empregaremos o superscrito j .

Deste modo Fj (xi) diz respeito ao vetor produção xi da firma j.

o

Conjunto de Importações Líquidas Factíveis na Ausência de

Transferências Unilaterais

A curva de oferta do resto do mundo para um

.,. ~ h' 1 t t O

pals pequeno e o lperp ano r m

= .

E o conjunto de

im-- . , . .,. t t t

portaçoes factlveis para este pals G(m )

=

r m ~ O.

I lustrando para o caso de apenas dois bens

teríamos:

(28)

A curva é negativamente inclinada e convexa devido a

supo-sição de taxas marginais de transformação via comércio

de-crescentes e passa pela origem pela suposição de ausência

de transferências unilaterais.

1.3 - OTIMALIDADE DO LIVRE CO~RCIO

Ao examinarmos em que condições o livre

co-mércio

é

a melhor opçao para uma naçao estaremos

-

argumen-tando sempre em termos de ganhos agregados. Todavia

é

for-çoso reconhecer que ganhos agregados nao necessariamente

significam ganhos para todos. Em verdade, uma maior

aber-tura da economia" acarreta mudança de preç?s relativos, a

qual, sem ambigüidades, nos termos estabelecidos por

Stolper-Samuelson~ leva a maiores remuneraçoes para

deter-minados fatores e menores para os demais. Não obstante,

desde que haja uma adequada redistribuição de rendas (via

impostos diretos e transfer~ncias por exemplo) ~

e sempre

(29)

agregados e ganhos para todos.

Para analisarmos a conveniência de uma maior

abertura comercial, sem preocupaçoes acerca de como os

ga

-nhos sao apropriados, vamos introduzir o conceito de

pre-ferência revelada. Seja ck o vetor de consumo escolhido aos

k

preços p ; entio uma condiçiQ suficiente para que uma si-A A A B tuaçio A seja preferível a uma outra B e que p c ~ p c .

A interpretaçio é simples: aos preços p A c B era factível

mas cA foi escolhido, logo cA revolou-se preferível a c . B

Tomemos uma economia livre de externalidades

na produçio ou consumo e comparemos duas opçoes ~

.

passlvels

de serem adotadas:

A livre comércio sem distorções domésticas (==} aA =

rl

= O)

com os gastos do governo sendo financiados por

impos-tos direimpos-tos (-b).

B qualquer outro conjunto de políticas factíveis tais

como: nao comerciar, comércio com tarifas ou outras

barreiras com ou sem subsídios e taxas internas à

(30)

Para que A seja preferível a B

é

suficiente

termos:

( 1) P A (c A - c ) B ~ O

Observando que

temos:

(2 )

Vamos supor

(3)

Uma vez que

A A B A A B A B A

P

(x - x ) +

P

(m - m ) +

P

(g - g ) ~

O

A B

g =g

"'*

A A B A A B

P

(x - x ) +

P

(m - m ) ~

O.

A

ex. e

como as empresas maximizam lucros qA.xA ~ qA x B . Portanto,

A sera preferível a B se:

(31)

A

ou seja, se ante os preços p os

m

A B

preferir a m .

consumidores

Como pelo equilíbrio da balança

cial r A m A

=

r B m B

=

O

e a hipótese de livre

em A

~

pA

=

rA de (4) temos:

(5)

(6) (r A - r ) m B B ~ O

revelarem

come

r-comércio

Concluímos portanto que a adoção do livre

comércio só é ruim se provocar uma piora nos termos de

tro-~ A

ca. Para um pals pequeno r

=

rB e o livre comércio é uma

situação ótima.

Podemos encarar também a opçao B como livre

comércio e A apenas uma anpliação (maior número de bens

tran-sacionáveis)de B . Concluiremos que o aumento do número de

bens livremente transacionáveis só nao sera ótimo se levar

a uma piora dos termos de troca dos bens transacionáveis

(32)

1.4 - DISTORÇÕES E POLíTICAS IDEAIS

Precisamos agora investigar quais as

respos-tas ideais às possíveis distorções e restrições que se

fa-çam presentes na economia. Estabelecido o livre comércio

corno a melhor opção em um mundo sem distorções, e natural

que todas as recomendações de política econômica tenham

por objetivo eliminar a distorção provocando a mínima

in-terferência possível.

Situa-se neste espírito o princípio do

"targeting" de Bhagwati-Johnson. Este princípio pode

po-pularmente ser assim enunciado: se quiser corrigir urna

dis-torção, ou mesmo se desejar introduzir urna distorção (corno

um objetivo não econômico) faça-o diretamente. A maneira

de fazê-lo diretamente, corno veremos adiante, é utilizar

um subsídio (ou taxa) direto sobre o conceito marginal

re-levante.

O melhor entendimento do assunto se dá

(33)

eficiên-cia de Pareto. Esta condição espec!fica que a taxa marginal

de substituição (TMS) deve ser igual à taxa marginal de

transformação (TMT) e, para uma economia aberta, ambas

de-vem igualar-se a taxa marginal de transformação via ~

comer-cio (TMC). Desta forma torna-se claro que externalidades na

produção, ou quaisquer outras distorções domésticas, devem

ser corrigidas por tributos e subsídios domésticos, sendo

condição necessária para a justificação de uma tarifa que

haja distorções no comércio internacional.

Formalmente

sumidor e W(u

l , u 2 ' •.• ) a função bem estar social. O pro-blema e maximizar W(.) sujeito as restrições:

( 1)

L

ci

~

L

ei +

L

xj + m - g

i i j

(restrição orçamentária agregada dos consumidores)

(34)

(conjunto de produção líquida factível da empresa j, onde

xj

=

vetor de produção da empresa j)

(3 )

(conjunto das importações factíveis)

o

Lagrangeano se escreve:

Descartando-se soluções de canto temos como condi-a

çoes de 1. ordem para um bem ~

(4)

(5)

(6)

<1>.

J

é'lG

é'lm~

é'lui

i

é'lc~

t

= Tr

t

=

TI.Q,

=

TI~

(se ~ for um bem transacionável)

i

=

1, 2, . . .

(35)

Tomando as razoes entre as condições 4, 5 e 6

pa-ra um bem ~ e um bem k temos:

dFj/dX~

dFj/dX

j

k

=

para todo i, j, k e ~, ou seja

TMS

=

TMT

=

TMC

=

=

vejamos agora qual é a política tributária ótima na ausen-

-cia de distorções e quando existirem distorções domésticas

ou externas.

1.4.1 - Ausência de distorções

Suponhamos uma economia que nao apresente

qualquer distorção estática, isto é, que seja pequena no

-mercado internacional e nao possua externalidades na

produ-çao e no consumo.

(36)

dentro de seus limites orçamentários fará coincidir as

ra-zoes entre os preços de dois bens e suas utilidades

margi-nais:

(8)

i i

au /ac,q,

i i

au /ack

=

Cada firma maximizará lucros ao atuar em seu

cone de produção tornando igual as razoes entre os preços ao

produtor de dois bens e suas produtividades marginais:

(9)

aFi/ax~

aFi/axt

=

E por nao haver situações monopolísticas no

comércio' internacional desta economia

(10)

=

logo a condição de otimalidade requer

qualquer ,q, e k.

(37)

devemos ter p

=

q

=

TI

=

r portanto T

=

ex

=

8

=

O.

Conclui-se que a atuação tributária ótima do

governo nesta economia limita-se ao campo da redistribuição

de rendas utilizando-se de transferências diretas positivas

e negativas.

Nas primeiras dicadas do siculo atual

acen-tuou-se entre as naçoes um comportamento protecionista

na-da condizente com a pregaçao do livre comircio feita pelos

economistas clássicos. Talvez estimulados pela revolução

Keynesiana, mas especialmente preocupados com a

verossimi-lhança de s~as prescrições, os estudiosos da teoria do

de-senvolvimento e comircio internacional foram, logo apos a

2~ guerra, firteis na produção de trabalhos onde de

diver-sas formas procuravam justificar tais práticas

protecionis-tas como necessárias à correçao de v,irtuais distorções do

sistema econômico.

As razoes alegadas podem ser classificadas

primariamente em econômicas (relacionadas à maximização do

(38)

ótica de equilíbrio parcial e tinham objetivos nao

identi-ficados com o bem-estar global. Os argumentos econômicos

por sua vez assentavam-se na correçao de distorções de

ca-ráter estático - externalidades na produção, no consumo,

monopólio no comércio internacional - e externalidades

di-nâmicas, notadamente a defesa da proteção tarifária à

in-dústria nascente. Este último será terna do próximo

capítu-lo. Examinemos por ora a relação entre os argumentos de

ca-ráter estático e a conveniência do protecionismo.

1.4.2 - Distorções domésticas

O livre funcionamento do mercado "per se"

pode revelar-se incapaz de levar urna economia pequena

in-ternacionalmente a um equilíbrio eficiente no sentido de

Pareto. A existência de externalidades na produção e/ou

con-sumo distorce a atuação da "mão invisível" que passa a

ca-recer da atuação visível da mão governamental na aplicação

(39)

in-ternalizar as externalidades. A questão pode ser melhor

vi-sualizada pela proposição de um exemplo. Devido ao

parale-lismo existente entre uma externalidade na produção e no

consumo e entre as politicas ideais para extingui-las,

tra-temos apenas de um exemplo do primeiro caso.

Suponhamos que o vetor de produção da firma

2

2, x , seja afetado por seu congenere da firma 1,

-

x • 1 Ent:3.o

F2(x2, xl)

~

O e a nova restrição enfrentada pela firma 2.

A maximização da função bem-estar social W(.) resultará,

pa-ra o bem xl, na seguinte condição de

l~

ordem:

( 11)

onde

TI

~--

-~l

2

F 1

x

Entretanto a firma 1 trata de maximizar seu

próprio lucro e nao o bem-estar social. Neste intuito ela

nao leva em conta a externalidade que causa ~ firma 2 e irá

produzir até o ponto onde:

(12)

=

TI

=

q

(40)

Confrontando (11) com (12) e supondo rendimentos

decres-centes de escala conclui-se que a firma 1 está produzindo

além do ótimo social.

~ óbvio que qualquer onus que se agregue à

produtividade marginal da firma 1 forçará a redução de sua

produção e encurtará a distância entre o objetivo social

(12) e o ótimo privado (11). Mas medidas tarifárias

puniti-vas, sob o pretexto de se corrigir uma distorção, podem

ocasionar outras novas. Certamente deixaremos de obter a

equalização da TMC às TMS e TMT para todos os bens e, tendo

em vista que nas condições de nosso modelo uma tarifa ~

e

idêntica a um subsídio à produção e um imposto ao consumo

(por exemplo T= 0,5; ex. =s =0 equivale a ex. =S = 0,5, T= O)

podemos perturbar também para alguns bens a alocação ótima

de recursos na produção e no consumo (TMT ~ TMS). ~ fácil

visualisarmos graficamente que a introdução de uma tarifa

gera uma perda líquida no caso de um país que toma os

(41)

p

p'=r+T

p=r

o

x c M

sd

=

oferta doméstica Dd

=

demanda doméstica

Gráfico 3: Tarifa e Perda de Bem-estar.

A perda do consumidor pfbp I em parte é

compensada pelos ganhos do produtor pcapl e do governo

(receita tarifária) deba porém as areas cda e

efb representam perdas líquidas do sistema econômico.

A melhor correçao desta anomalia exigirá que

se imponha

à

firma 1 uma taxação marginal

S

=

<P2 F l' 2

x

de

modo que sua maximização do lucro coincida com o objetivo

social de termos Esta taxa

inter-naliza a externalidade e leva ao "first-best optimum".

Ne-nhuma outra condição e afetada. Em particular não se

(42)

Bhagwati-Johnson.

1.4.3 - Monopólio no Comércio Internacional

Suponhamos que uma economia internamente

a-justada consiga influenciar preços em algum setor de seu

comércio internacional, seja pelo lado da oferta (poder de

monopólio) seja pelo lado da demanda (poder monopsonista).

Neste caso os preços internacionais irão divergir do custo

de oportunidade interno e uma tarifa e o instrumento ótimo

para se corrigir esta distorção.

Tomemos um caso particular de 2 bens:

então

Para que o ótimo social seja atingido devemos ter

(43)

=

=

o que implica

=

-Como pelo equilíbrio da balança comercial

=

temos

=

Escolhendo o bem 2 para ter tarifa zero

(7T2 =r2) podemos definir a tarifa "ad valorem" ótima

que deve incidir sobre o bem 1:

(13) TI

(44)

No caso geral temos

logo:

(14)

=

r t

+

RI

m

t

m

t

m

onde: Gm

=

aG

am

é

RI m

=

a transposta da matriz das

deri-vadas

-1E~,

k e t bens transacionáveis

am

t

Escolhendo à escala de preços de modo a

ter-mos y = 1, de (6) temos: TI t - G

m = O

e por (14) TI T - r t - RI m t

=

O

m

o que acarreta

(15)

(45)

Novamente fica evidenciado que para pequenos

países (~= O) a política ótima é o livre comércio Receita Tarifária

Renda Real

Livre

carércio

--'--Renda Real

t

(T =0).

I

I

I Sem Comércio

: Receita Tarifária

o

Tarifa Gráfico 4: Receita Tarifária e Renda Real

o

nosso ângulo de análise para a questão da

tarifa ótima foi o ponto de vista de um país. De fato, para

o mundo como um todo tarifas causam queda do bem estar por

duas razoes. A primeira delas é que a imposição tarifária,

ao criar uma divergência entre os preços domésticos relati~

vos dos países, torna necessariamente desiguais suas taxas

marginais de transformação o que impede o mundo de operar

na fronteira de seu conjunto de possibilidades de produção.

(46)

diversos países os indivíduos nao consumirão ao longo da

curva de contrato, ou seja, a alocação de bens no consumo é

~

ineficiente. Sob a perspectiva mundial a tarifa e apenas um

segundo melhor instrumento de redistribuição de rendas

en-tre os países; a política ideal seria manter o livre

comér-cio e redistribuir ganhos através de transferência diretas.

~ possível, pelo exposto, que a imposição de

uma tarifa origine uma retaliação. Neste caso nao se pode

assegurar que mesmo uma tarifa ótima venha a propiciar

ga-nhos a um país, pois em uma batalha protecionista qualquer

resultado pode ocorrer. Retornaremos ao assunto para

abor-darmos as retaliações que têm sido feitas contra a política

de informática brasileira.

1.4.4 - Objetivos nao econômicos

Um objetivo não econômico equivale a

intro-duzir urna distorção na economia. A melhor maneira de

(47)

Exemplo I

Se por razão de segurança nacional ou

qual-quer outra razao nao econômica deseja-se que a produção de

Xl ~. Xl' deve-se introduzir esta restrição diretamente no

Lagrangeano.

L

=

W (.) + TI ( . ) + <P ( . ) +

ç;

(Xl - Xl)

A condição de la. ordem nos dá o valor do

subsídio ótimo à produção

ç;

=

<Pj dF j

j

dX

I

tra condição de la. ordem e afetada.

Exemplo 2

- TI e nenhuma

ou-I

Suponhamos que desejássemos que a produção

doméstica de xl suprisse ao menos 75% do consumo, isto ~

e,

xl ~ 0,75 cl • Sendo

ç;

o multiplicador de Lagrange desta restrição, a política ótima constará de um subsídio ã

pro-dução igual a

ç;

e uma taxação ao consumo da ordem de 0,75

ç;.

A não coincidência dos valores do subsídio à

(48)

resultado possa ser alcançado por uma tarifa. Esta para

cumprir a meta desejada deveria ter seu valor entre O,75s e

s mas, neste caso, iria desencorajar o consumo mais e

enco-rajar a produção menos que o ótimo, constituindo-se em uma

alternativa Pareto-inferior

à

primeira.

Uma maneira trivial de se cumprir a meta ~

e

impor uma quota relativa, fazendo com que cada produtor

do-méstico tenha o direito de importar I unidade para cada 3

produzidas internamente. Assim, cada unidade vendida pode

ser vista como 25% importada e 75% produção doméstica. A

concorrência ao ditar lucro zero obrigará

=

0,25

rI +

+ O, 75ql ~ PI - rI

=

0,75 (ql - rI) exatamente a combinação

tributária ótima anteriormente obtida.

Registre-se que no âmbito do equilíbrio

ge-ral Walrasiano quaisquer barreiras não tarifárias ao

comér-cio (tais como quotas, taxas de câmbio diferenciadas,

acor-dos etc.) têm seus respectivos preços-sombras e podem ser

convenientemente traduzidos em barreiras tarifárias. ~ pois

(49)

construtos, para lidar com as mesmas.

1.5 - NOTA FINAL

A teoria neoclássica de comércio

internacio-nal baseada nos conceitos fundamentais de custo de

oportu-nidade e indiferença social legou-nos uma das contribuições

mais enraizadas da teoria econômica normativa: a

proposi-ção do livre comércio como uma opçao melhor que o

protecio-nismo. As argumentações protecionistas alicerçadas em

dis-torções domésticas nao sao sustentáveis pois levam a

equi-líbrios sub-ótimos; distorções internas corrige-se via

tri-butos internos.

Muito embora razoes nao econômicas possam as

vezes ter na tarifa seu instrumento de execuçao ótimo, em

uma análise estática o único argumento econômico pró-tarifa

e a existência do monopólio em algum mercado internacional.

Este e precisamente o caso da indústria de informática

(50)

Note-se portanto que a defesa do livre comércio nesta

in-dústria baseado na teoria clássica é uma falácia.

Recomen-da-se assim a adoção de uma tarifa sobre importações de pnr

dutos desta indústria e que, para nao se prejudicar o

se-tor, os recursos arrecadados sejam reinvestidos no mesmo,

preferencialmente em apoio a pesquisa e formação de

(51)

PROTEÇÃO Â INDUSTRIA NASCENTE

2. 1 - INTRODUÇÃO

Uma das primeiras hipóteses questionadas na

teoria clássica de comércio foi a consideração estática da

conjunto de possibilidades de produção de um país. De fato,

dotações e tecnologias não sao imunes ao fator tempo, antes

resultam hoje de opçoes alocati vas pretéritas. Portanto

tor-na-se essencial abordar o princípio das vantagens

compara-tivas sob um enfoque dinâmico. O próprio John Stuart Mill

(1904), um clássico, já observava que:

"The only case in which, on mere principIes of poli tical economy, orotecting duties can be defensi-ble, is when they are imposed temporarily (especially

in a young and rising nation) in hopes of naturalizing a foreing industry, in itself perfectly suitable to the circunstances of the country. The superiority of one country over another in a branch of production often arises only from having begun i t sooner. There may be no inherent advantage on one part, or disad-vantage on the other, but only a present superiority of acquired skill and experience. A country which has this skill and experience yet to acquire, may in other respects to be better adapted to the production than those which were earlier in the fieldi and

(52)

sides, i t is a just remark of Mr.Rae, that nothing has a greater tendency to promote improvement in any branch of production, than its trial under a new set of conditions. But i t cannot be expected that individuaIs should, at their own risk, or rather to certain loss, introduce a new manufacture, and bear the burden of carrying i t on, until the producers have been educated up to the leveI of those with whom the processes are traditional. A protecting duty, continued for a reasonable time, will sometimes be the least inconvenient mode in which the nation can tax itself for the support .of such an experimento But the protection should be confined to cases in which there is good ground of assurance that the industry which i t fosters wilÍ after a time be able to dispense wi th i ti nor should the donestic producers ever be allowed to expect that i t will be continued to them beyond the time necessary for a fair trial of what they are capable of acomplishing".

(pgs. 403/404).

Mais tarde Bastable complementaria as

obser-vaçoes de Mill adicionando que nao basta uma indfistria vir

a tornar-se competitiva. Para validar-lhe a proteção é

ne-cessário ainda que, eventualmente, ela possa gerar uma

que-da de custos suficiente para compensar a economia pela

per-da sofriper-da durante o período em que a proteção foi

neces-sária.

A exposição que acabamos de fazer ficou

co-nhecida como "The Mill-Bastable dogma" e foi a base dos

de-bates até os anos 50, quando uma grande polêmica se

instau-rou e autores como Scitovsky, Meade, Coase, Kafka, Kemp,

(53)

Trataremos aqui não de um enfoque histórico mas antes da

visao mais acabada que o tópico hoje permite.

2.2 - CONCEITUAÇÃO

O conceito econômico de indústria nascente

conquanto guarde um certo paralelismo com sua conotação

po-pular, no sentido de geralmente aplicar-se a setores da

economia cuja implantação está sendo gestada ou se deu em

passado recente, nao deve ser com esta confundida, pois

inexiste na teoria econômica tabelas etárias para

enqua-drar-se indústri~ corno infantis (tradução literal do termo

inglês "infant industry") adolescentes ou adultas. A li

tera-tura econômica tem reputado' o adjetivo nascente àquelas

in-dústrias que possuem economias de aprendizado(*) (economias

LBD), isto e, cuja curva de custo médio de longo prazo

des-loca-se para baixo ao longo do tempo corno conseqüência do

aumento da eficácia de seus fatores de produção devido a

(54)

um maior domínio das técnicas envolvidas.

C Me

=

-o

T

GRÂFICO 5: Economias LBD. CMe(q,r,t) ;

~CMe>O

aCMe at

< O,

q

=

vetor produção (quantidade)

r

=

vetor preço dos insumos

> O e aCMe

at

=

O ==9

t

=

tempo decorrido desde a implantação da indústria.

~ importante notarmos que economias LBD

po-dem transbordar de uma firma ou indústria para a economia

como um todo. Podemos portanto falar de LBDs intra-firma e

inter-firmas ou mesmo inter-indústrias.

A natureza da economia LBD, essencialmente

(55)

estáti-cas de escala, supostas normalmente em mercados

oligopoli-zados, largamente discutidas na literatura recente e

obje-to do próximo capítulo. A presença destas últimas importa

considerar a curva de custo médio de longo prazo da firma

ou da indústria como negativamente inclinada no domínio

re-levante. No campo normativo, o caráter temporário da

in-dústria nascente requer intervenção governamental

temporá-ria, enquanto externaliqades estáticas como já vimos, por

constituírem uma caracterIstica permanente de uma

tecnolo-gia de produção, irão requerer intervenção

permanente.

CMe

o

Q

GRÂFICO 6: Economias Estáticas de Escala.

CMe (q , r , t) i

====) q* > ,O,

aCMe

aq " O i

CMe > O.

> Oi e

governamental

aCMe aq

=

(56)

Obviamente a existência de economias LBD nao

exclui a possibilidade de que, em qualquer ponto do tempo,

a curva de CMe apresente-se com um formato normal;

inclusi-ve exibindo economias estáticas de escala.

Não obstante a relativamente fácil

caracte-rização teórica, o conceito de indústria nascente e, no c~

po empírico, fonte de abundantes controvérsias em razao de

sua natureza prospectiva.

2.3 - A NECESSIDADE DA PROTEÇÃO

Afora as controvérsias ideológicas que

per-meavam o debate, os argumentos arrolados pró ou contra a

proteção podem ser enquadrados em duas categorias:

- os racionais maximizadores, relacionados ao bem

estar social, a renda nacional.

- os nao maximizadores tais corno segurança

(57)

vi-vendi", maximização do bem-estar de sub-conjuntos da

popu-lação, auto-suficiência, aumento da arrecadação pública,

-enfim toda sorte de argumentos que nao visem diretamente a

maximização do bem-estar social.

Não e objetivo da ciência econômica ditar

-gostos e opçoes pessoais ou coletivos, mas apenas procurar

a maneira mais racional de satisfazê-los. Assim é que os

argumentos da la. categoria estão tipicamente situados no

âmbito das atribuições da ciência econômica. Quanto aos do

29 tipo ou se lhes consegue um embasamento econômico e

veremos no capítulo próximo que sob determinadas condições

isto e possível para alguns - ou resta-nos apenas lembrar

o princípio do "targeting": urna distorção é melhor

intro-duzida no sistema econômico se o for diretamente. ~

bas-tante clarificadora a afirmação de Johnson (1972, pC]. 144)

quanto aos argumentos econômicos em favor da proteção à

in-dústria nascente:

"Since the incurring~of costs for period in return for future benefits is a investment,. the infant industry argurnent an assertion that freecompetition would sbcially inefficient allocation of resources".

a limited type of is essencialy

(58)

Na busca do máximo bem-estar global e tendo

em vista a escassez de recursos ante a multiplicidade de

opções, um país irá hierarquizar suas prioridades de

inves-timento, implementan.do inicialmente as indústrias em que

possua maiores vantagens comparativas. Dentro deste prisma

um país investirá em dado momento do tempo em uma indústria

se esta lhe proporcionar retornos maiores que qualquer

ou-tra opçao. No entanto, o conceito de retorno pode ser

vis-to tanvis-to sob o ângulo privado quanvis-to sob o ângulo social.

Na medida em que estes conceitos se equivalham é

desneces-sária a intervenção governamental para que a trajetória

óti-ma se verifique. Sendo óti-mais preciso, dado T, o horizonte de

programação do país, estabelecido em função dos horizontes

de programaçao de seus habitantes bem como do montante e

perfil dos recursos disponíveis, proteger a indústria I e

socialmente ótimo se ocorrerem ambos:

(59)

bS(I)

=

benefícios associados à indústria I, diretos e

in-diretos.

cS(I)

=

custos associados à indústria I, diretos e

indire-tos.

i

=

custos de oportunidade social do çapi tal.

Isto e, se o valor atual do fluxo dos benefícios sociais

líquidos da indústria I for positivo e maior do que o

mes-mo para qualquer outra indústria 11.

Os benefícios indiretos estão associados às

externalidades tecnológicas e os custos indiretos ao onus

da proteção, que além do custo específico do subsídio ~

a

produção inclui a temporária perda de bem-estar devido a

violação da condição de l~ ordem estática de eficiência de

pareto.

(2) >

f

e-jtnf'(I) - J'(I) )dt

O

onde os superescritos s e p indicam respectivamente social

~

e privado e j e o custo de oportunidade do capital privado.

(60)

benefícios sociais líquidos for estritamente maior do que o

valor atual do fluxo dos benefícios privados líquidos.

Caso (1) não se verifique é preferível

in-vestir em

r'.

Caso (1) se verifique mas (2) nao, o investi-

-mento e privadamente compensaaor e a firma so necessitará

de um bom mercado de capitais para estar apta a financiar

os baixos lucros de curto prazo e os custos explícitos do

aprendizado.

Em um sistema econômico competitivo, livre

de imperfeições estáticas, os retornos privado e social só

podem diferir na medida em que uma indústria apresente

eco

-nomias LBD e que, ao menos em parte, esta nao seja

apro-priável pela firma. Vamos mostrar que na presença de

econo-mias LBD inter-indústrias a livre concorrência node

produ-zir uma alocação ineficiente dos recursos, ficando

caracte-rizada a necessidade da proteção governamental a esta

in-dústria nascente.

Do ponto de vista de um país pequeno quando

(61)

produção será tal que a taxa marginal de transformação

en-tre dois bens quaisquer x e y deverá igualar a razao

en-tre seus preços internacionais: TMT,y = (vide ponto

a do gráfico 7). Se a indústria de x apresenta economias

de aprendizado, dinamicamente a livre concorrência

maximi-zando produzirá até o ponto onde TMT,y = + fluxo

des-contado dos ganhos oriundos da economia LBD intra-firmas

(ponto b do gráfico

71.

Contudo, o ótimo social se dá no

ponto c quando TMTx,y

=

+ fluxo descontado da

econo-mia LBD intra e inter-firmas. Fica portanto evidenciada a

necessidade de algum tipo de intervenção.

y

a

~;

+

LBD INTRA-FIRMAS

+

LBD TOTAL

o

x

(62)

Conforme Johnson (1972, pg. 147):

"the most potent argument against infant industry protection is that the infant industries in fact never grow up, but instead continue to require protection. The argument overlooks the possibility that, although the continuance of protection i s a poli ti cal fact, it is notalways an economic necessi ty: protection may be continued even though intr~ginal

firms orunits of production do not require it, and the country may gain from infant industry protection even though such protection continues indefinitely".

Ademais note-se que para uma indústria nascente merecer

proteção nao e necessário que a mesma venha a se tornar

competitiva em algum ponto do tempo. A existência de

ca-sos extremos de indústrias possuidoras de alto

coeficien-te de economias LBD inter-indústrias capazes de tornar

atraente seu retorno social mesmo sendo negativo seu

retor

-no privado nao pode ser descartada .

. 0 aprendizado pela exneriência em indústrias

din~micas, possuidoras de fortes "backwards and forwards

linkages", complementa a educação formal ao gerar uma

pro-visão de capacidade técnica essencial para o urosseguimento

(63)

presumem que as economias LBD inter-indústrias assumem um

caráter marcante em países subdesenvolvidos, chegando

mes-mo a ser tão importantes qu~nto as economias de

aorendi-zado intra-indústria. Estas suposições aliadas a

obser-vaçoes empíricas genéricas têm levado vários economistas

a declararem merecedoras de proteção a maioria das

indús-trias localizadas em ~aíses subdesenvolvidos. Todavia é

preciso que se atente para os altos custos de decisões

erradas a que estão sujeitos estes países, geralmente

possuidores de estruturas"econ5micas mais rígidas, com

bai-xa elasticidade de substituição dos bens na produção e

no consumo o que os torna visceralmente dependentes do

comércio internacional, e especialmente em função da

gran-de carência gran-de poupanças e da urgência do desenvolvimento

que encurtam significativamente o horizonte de

programa

(64)

2.4 - A FORMA DE PROTEÇÃO ADEQUADA

Todas estas contendas, de difícil solução,

-nao respondem ao problema crucial de qual e a melhor forma

de proteção quando esta se faz necessária. Pelo gráfico 7

tanto uma tarifa

à

imoortação quanto um subsídio

à

produção

de x são instrumentos capazes de deslocar a produção do

ní-vel sub-ótimo (b) para o níní-vel ótimo (c). Até a década de

50 era crença generalizada, na linha do raciocínio

Mill-Bastable que a proteção a indústria nascente constituia

jun-to com a concorrência imperfeita em mercados externos as

únicas exceçoes teoricamente válidas ao livre comércio.

En-tretanto, conforme argumentaremos seguindo Baldwin (1969),

a proteção tarifária fracassa no objetivo de alocar

efi-cientemente os recursos produtivos e, ao distorcer o padrão

de produção/consumo, pode mesmo resultar em queda do

bem--estar social.

Um dos argumentos utilizados em favor da

(65)

subsí-dios seriam fontes de gastos. Trata-se de urna falácia, ou

melhor, de um argumento não maximizador. Sob urna abordagem

de equilíbrio geral o tamanho do orçamento governamental em

si não é elemento gerador de bem-estar. A menos de

incer-tezas urna tarifa tem efeito idêntico de um subsídio a

pro-dução e um imposto ao consumo. A imposição de urna tarifa é

apenas urna maneira particular de financiar o subsídio, de

fato superfinanciá-lo, e a taxação ótima nao pode ser pior.

Também argumenta-se que os custos iniciais

são maiores na indústria doméstica em implantação do que na

similar estrangeira já madura; assim, durante o período em

que os custos da indústria doméstica superassem os custos da

indústria estrangeira, seria socialmente desejável imputar

urna tarifa como um meio de financiar o investimento inicial

necessário para competir-se internacionalmente. Corno

de-demonstraremos, este raciocínio encontra-se eivado de

im-propriedades. Antes de tudo, se a firma tiver corno

apro-priar-se integralmente das externalidades geradas, ela irá

(66)

lí-qui das futuras compense o investimento inicial. Caso

con-trário esta indústria nao reflete vantagens comparativas e

implementá-la nao é socialmente desejável.

Pode ocorrer no entanto que informações

im-perfeitas por parte de empresários, trabalhadores, ou

agen-tes financeiros os levem a superestimar riscos e a nao

in-vestir nesta indústria. Ou ainda que a firma nao possa

-

a-propriar-se de todo o "know-how" gerado pela sua

experiên-cia. Cuidemos inicialmente do último caSOi LBDs inter -

fir-mas ocorrem em razao de externalidades tecnológicas no

am-bito do capital físico ou externalidades de propriedade

(trabalhadores nao sao escravos) no âmbito do capital

huma-no.

2.4.1 - Externalidades Tecnológicas

A empresa teme nao ter como impedir que

ou-tras firmas se apropriem de graça, ou a um custo menor, do

(67)

remu-neração dos fatores ou abaixaria o preço do produto,

tor-nando impossível para a l~ empresa recuperar seus custos

iniciais.

A tarifa, por elevar o preço ao produtor

doméstico, torna mais lucrativo para a indústria corno um

todo investir em conhecimento, mas o empresário individual

ainda se ve diante do mesmo dilema existente antes da

tari-fa. Estabelecer urna tarifa tão alta de modo a fazer com que

as receitas correntes cubram inclusive os. custos com

pes-quisa nao e racional pois tornará. lucrativa a produção em

bases tecnológicas socialmente ineficientes e as firmas que

-mais investem em "know-how" serao suplantadas pelas que nao

investem por terem custos maiores.

A política ideal seria aquela capaz de

in-ternalizar estas externalidades tecnológicas, garantindo o

direito de propriedade do conhecimento para a firma que o

gerou. Poderia ser um sistema de patentes/direitos autorais

ou um subsídio à firma igual à externalidade social que a

(68)

2.4.2 - Externalidades de Propriedade

Argumenta-se que o custo com treinamento de

mão-de-obra é irrecup~rável pois inexiste o direito de

pro-priedade sobre trabalhadores. Este

é

um assunto muito bem

estudado pela teoria do capital humano (Becker e Schulz).

Duas situaç~es diversas são reconhe6idas:

a) Treinamento específico

A firma pode arcar com os custos de

treina-mento e mais tarde ressarcir-se pagando salários

inferio-res à produtividade marginal (agora mais alta) da mão -

de--obra. Os trabalhadores nao terão porquê abandonar seus

em-pregos, já que seu treinamento nao se presta a outras

fir-mas e eles ganhariam menos se saíssem.

b) Treinamento nao específico

Neste caso corno é o trabalhador que se

apro-pria do benefício do treinamento é ele quem deve arcar com

(69)

1) os trabalhadores aceitam um salário menor

duran-te o período do treinamento, pago pela firma.

2) Os trabalhadores se financiam no mercado de

ca-pitais. Alternativa menos razoável já que o

ca-pital humano não é aceito como colateral.

Este será o caminho ótimo para o trabalhador

e para a economia, desde que o valor atual dos rendimentos

futuros seja maior com o treino do que com qualquer outra

alternativa. caso contrário, investir nesta indGstria nao

é

socialmente ótimo.

Se por algum motivo os trabalhadores nao

ar-carem com os custos de treinamento, uma tarifa nao levaria

a firma a fazê-lo pois a competição obrigaria o pagamento

dos salários pela produtividade marginal. Nenhuma empresa

que arcar com estes custos terá como se ressarcir.

Novamen-te, estabelecer uma tarifa suficientemente alta para tornar

lucrativa a produção mesmo sem treinamento apenas criaria

uma indGstria socialmente ineficiente no país. A melhor

Imagem

Gráfico  2:  O  Conjunto  de  Importações  Factíveis.
Gráfico  3:  Tarifa  e  Perda  de  Bem-estar.
Gráfico  7:  A  necessidade  de  proteção
Gráfico  8:  O  efeito  mercado  doméstico

Referências

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