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Escolaridade, experiência no trabalho e salários: uma análise do setor de processamento eletrônico de dados no Brasil

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(1)

-r

DADOS NO BRASIL

(Tese de Mestrado)

por Paulo Bvigido Rocha Macedo

(2)
(3)

ESCOLARIDADE,

EXPERIÊNCIA

E

SALÁRIOS:

UMA

ANÁLISE

DO

SETOR

DE

PROCESSAMENTO

ELETRÔNICO

DE

DADOS

NO

BRASIL

TESE

SUBMETIDA

Ã

CONGREGAÇÃO

DA

ESCOLA

DE

PÕS-GRADUAÇÃO

EM

ECONOMIA

(EPGE)

DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA

PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM ECONOMIA

POR

PAULO

BRlGIDO

ROCHA

MACEDO

RIO DE JANEIRO, RJ

(4)

TESE

DE

MESTRADO

APRESENTADA

À

EPGE

POR

*-y*"-t .w.

e Oliveira

(5)

C I R C U LAR N9 54

Assunto: Defesa Publica de

Dissertação de Mestrado

Comunicamos

formalmente

a

Congregação

da

Escola

que

esta

marcada

para

dia

6 de

dezembro

de

1982

(2a.

feira

),

às 13:30

h.

,

no

Auditório

Eugênio

Gudin

(109

andar),

a apresentação

e defesa

pública

da

Dissertação

de

Mestrado,

intitulada

"ESCOLARIDADE,

^EXPERIÊNCIA

NO

TRABALHO

E

SALÁRIOS:

UMA

ANALISE

DO

SETOR

DE

PROCESSAMENTO

ELETRÔNICO

DE

DADOS

NO

BRASIL",

do

candidato

ao

título

de

Mestre

em

Economia,

Pau

Io Brígido Rocha Macedo.

Remetemos,

em

anexo,

aos

membros

da

Congregação,

cópia

da

sxjmula

da

referida

Dissertação

para

que

seja

apreciada

pelos

Profes

sores desta EPGE.

A Banca-Examinadora

"ad

hoc"

designada

pela

Escola

será

composta

pelos

professores:

JOSÉ

JÚLIO

DE

ALMEIDA

SENNA

(Presidente)

,

JOSÉ

LUIZ

CARVALHO

e URIEL

DE

MAGALHÃES.

Com

esta

convocação

oficial

da

Congregação

de

Professo

res

da

Escola,

estão

ainda

convidados

a participarem

desse

ato

acadê

mico

todos

os

alunos

da

EPGE,

interessados

da

FGV

e

de

outras

insti

tuições.

K f"M I - "^X.

Rio de Janeiro, 11 de noveabro de 1982,

W EPGE/IBRE

m

O

(6)

LAUDO

Tendo examinado o trabalho "Escolaridade/ Expe

riência

e

Salários:

Uma

Análise

do

Setor

de

Processamento

E-letrônico de Dados no Brasil", submetido pelo Sr. Paulo

Bri-gido

Rocha

Macedo

ã

Congregação

da

EPGE

como

Dissertação

de

Mestrado para obtenção do titulo de Mestre em Economia, reco

mendo

sua

aprovação

como

tal,

conferindo-lhe

o

grau

8

(oito).

Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 1982

arvalho

- EPGE

A-4 Formato Internacional

(7)

LAUDO

Tendo

examinado

a

Tese

de

Mestrado

de

PAULO

BRÍGIDO

ROCHA

MACEDO,

entitulada

"Escolaridade,

Experiência

e

Salá

rios:

Uma

Analise

do

Setor

de

Processamento

Eletrônico

de Da

dos no Brasil", considero se tratar de um trabalho que espe

lha

o

uso

adequado

do

instrumental

de

analise

econômica,

ten

do

sido

realizado

da

forma

mais

abrangente

possível,

a

ponto

de oferecer uma clara visão geral do tema tratado. Em par

ticular,

louvo

a

competência

e

argúcia

relevadas

pelo

candi

dato na abordagem do tema.

Assim,

tendo

em

vista

a

importância

desse

tema

e

o grande esforço de analise realizado pelo candidato, consi

dero

sua

Tese

aprovada

e

atribuo-lhe

o

grau

8,5

(oito

e

meio).

Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 1982.

L

URIEL DE MAJSALHÂES

Professor'da

EPGE

A-4 Formato Internacional

(8)

Como

integrante

da

Banca

Examinadora

instituída

para

exa

minar

a

Dissertação

de

Mestrado

em Economia,

submetida

â

Congrega

ção

da

Escola

de

Pos-Graduação

em

Economia

(EPGE),

por

Paulo

Brigi-do

Rocha

Macedo,

sob

o

título

"Escolaridade,

Experiência

e

Salá

rios:

uma

Análise

do

Setor

de

Processamento

Eletrônico

de

Dados

no

Brasil", apresento o seguinte parecer.

Considerando que:

a)

o

tema

escolhido

para

a

Dissertação

é

relevante,

uma

vez que

a

teoria

de

determinação

dos

salários

ainda

exige

estudos

mais

aprofundados, tanto no Brasil como no Exterior;

b) a dissertação foi desenvolvida com habilidade, envolvendo exaus

tivo trabalho empírico acerca da influência das chamadas "varia

veis

de

capital

humano"

sobre

os

salários

de

mercado,

no

setor

de processamento eletrônico de dados no Brasil;

c) os resultados encontrados são úteis para ajudar a compreender o

processo de formação de salários num importante segmento da eco

nomia brasileira;

d)

o

Autor

demonstrou

sólidos

conhecimentos

de

teoria

econômica

e

dos

instrumentos

de

análise

empírica;

recomendo

a

aprovação

da

referida

Dissertação,

atribuindo-lhe

a

no

ta

ou

grau

nove

( 9 )/

e

que

seja

outorgado

o

título

pretendido

pelo

candidato e autor do trabalho.

A-4 Formato Internacional

210x297mm

Rio de Janeiro, 06 de dezembro 1982

José/Júlio de Almeida Senna

Prof>ess5or da EPGE/FGV e Presidente

(9)

CAPITULO

I

Introdução 001

CAPÍTULO

II

Fundamentos Teóricos e Descrição dos Dados 009

II. 1. Introdução 009

11.2.

Função

Salário:

Desenvolvimento

Analítico

010

II.2.1. O Modelo de Escolaridade 010

II.

2 .2

. Investimento

Após

a

Escola

015

II.2.3.

O

Modelo

de

Função

Salário

Segmentada

....

023

11.3. Mercado de Trabalho e Sinalização 02 8

11.3.1. Introdução 028

11.3.2. Interação Mercado de Trabalho X

Indivíduo

0 30

11.3.3. 0 "sinal" educação: Um exemplo de ajus

tamento

possível

no

mercado

de

trabalho 034

11.3.4. Modelo de Sinalização Comparado ao da

Função

Salário

037

II. 4. Os Dados 0 39

II .4 .1. Recursos Humanos em p.e.d 0 39

II.4.2.

Níveis

de

Agregação

042

CAPÍTULO

III

Resultados

Empíricos

044

111.1. Introdução 044

111.2.

Escolaridade

e

Salários

045

(10)

111.5 . Mercado de Trabalho em p.e.d. no Brasil 106

III.6.

Ensino

Superior

Brasileiro:

Evolução

Recente 116

CAPÍTULO

IV

Resumo e Conclusões 124

APÊNDICE

BIBLIOGRAFIA

(11)

FIGURAI 011

FIGURA 2 0 33

(12)

TABELA 01: Quantificação da Escolaridade Informada 041

TABELA

02:

Critério

adotado

pela

CAPRE

p/divisões

do

país em

regiões

043

TABELA

03:

Lei

dos

2/3,

CAPRE-Agregado,

CAPRE-S.Público

e

CAPRE-S.Privado 047

TABELA

04:

Nordeste,

Minas

Gerais

e

Espírito

Santo,

Rio

de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e

Santa Catarina 049

TABELA 05: Analistas e Programadores: Estimação do

Modelo em Função do Porte da Instalação 052

TABELA 06: Quadro de Pessoal por Porte de Instalação

(Distribuição Percentual) 053

TABELA 07: Estimação do Modelo Segundo o Ramo de Ativi

dade da Instituição Empregadora 056

TABELA 08: Quadro de Pessoal por Ramo de Atividade

(Distribuição Percentual) 058

TABELA

09:

Relação

entre

Funcionários

de

Processamento

de

Dados

e

Total

de

Funcionários,

por

Ramo

de Atividade das Empresas/Instituições

(valores

médios)

059

TABELA 10: Estimação do Modelo Segundo a Natureza da

Formação Superior (Analistas e Programadores)... 062

TABELA 11: Grau de Escolaridade no Brasil 064

TABELA

12:

Lei

dos

2/3,

CAPRE-Agregado,

CAPRE-S.Público

e CAPRE-S.Privado 066

TABELA

13:

Escolaridade

e

Experiência

no

Trabalho:

Rio de Janeiro e São Paulo 070

(13)

TABELA 15: Estimação do Modelo em Função do Porte da

Instalação 075

TABELA 16: Analistas e Programadores: Estimação do

Modelo

em Função

do

Porte

da

Instalação

0 76

TABELA 17: Forma de Recrutamento de Programadores e

Analistas

079

TABELA 18: Participação Relativa de Programadores e

Analistas

080

TABELA 19: Estimação do Modelo Segundo o Ramo de

Atividade da Instituição Empregadora 082

TABELA 20: Estimação do Modelo Segundo a Natureza da

Formação

Superior

087

TABELA 21: Ensino Superior - Movimento Escolar nos

Cursos

de

Graduação,

segundo

às

Áreas

de

Conhecimento - 1976 088

TABELA 22: Estimação do Modelo Segundo a Natureza da

Atividade do Programador 0 89

TABELA 2 3: Estimação do Modelo para Profissionais

de Programação 092

TABELA 24: Forma de Recrutamento dos Programadores 093

TABELA 25: Estimação do Modelo para Analistas de

Sistemas de Aplicação e Analistas de Suporte

de

Sistemas

094

TABELA

26:

Salários

Médios

e

Investimento

em

Capital

Humano

100

TABELA

27:

Correlação

Simples

entre

Variáveis

Selecionadas 103

TABELA

28:

Salários

Médios,

Escolaridade

e

Concentração Industrial 105

(14)

TABELA 30: Distribuição Atual dos Graduados

dos Programas por Ano de Formatura

(Situação Atual) 114

TABELA

31:

Relação

entre

Ãrea

de

Pesquisa

e

Campo

de Atividade Profissional 115

TABELA

32:

Ensino

Superior

-

Evolução

do

Número

de

Vagas Oferecidas pelos Estabelecimentos

1968/1978 - 117

TABELA

33:

Ensino

Superior

-

Evolução

do

Número

de

Alunos Matriculados - 1968/1978 118

TABELA

34:

Ensino

Superior

-

Participação

do

Setor

Público

na

Matricula

Global

1968/1978

119

TABELA 35: Ensino Superior - Relações entre Conclusões

de Curso de 29 Grau, Inscrições no Vestibular,

Vagas

Oferecidas

e

Matrícula

Geral

1968/1978 120

(15)

Aos

professores

José

Júlio

Senna,

José

Luiz

Carvalho

e

Uriel

de

Magalhães,

membros

da

banca,

pela

orien

tação

e

apoio

que

possibilitaram

a

conclusão

deste

trabalho.

A

Carlos

Alberto

de

Almeida,

da

CAPRE

(atual

Secretaria

de

Estado

de

Informática)

e

Harlei

Coelho

da

Sil

veira,

do

IBGE,

que,com

boa

vontade

incomum,

tornaram

dispo

níveis

de

forma

plena

e confiável

os

dados

coletados

na pes

quisa

empreendida

pela

CAPRE

em 1976.

A

Leila

Raposo

Cotta

que

se

encarregou

da

datilografia

em

todas

as

etapas

do

trabalho.

A todos que, de uma forma ou de outra, aju

(16)
(17)

E"

difícil

imaginar

hoje,

na

maioria

dos

paí

ses

, atividades econômicas

em

que

não

exista

alguma

partici

pação

dos

equipamentos

de

processamento

automático

de

dados.

0

primeiro

computador

digital

de

uma

série

produzida

em

es

cala comercial foi o UNIVAC I, instalado no Bureau de Censo

dos Estados Unidos no ano de 1951; desde então se sucederam

3

gerações

de

maquinas

cujos

circuitos

lógicos,

em

termos

de

realização

física,

evoluíram

de

válvulas

para

transitores

e

circuitos integrados.

Por ocasião de lançamento das primeiras uni

dades produzidas em serie, parcela ponderável dos cientistas

e

técnicos

envolvidos

no

desenvolvimento

dos

computadores

a-creditava

que

um

número

limitado

deles

seria

suficiente

para

atender

às

necessidades

do

país

inteiro.

Esta

convicção

es

tava

baseada

no

fato

de

que,

naquela

época,

a

justificativa

(18)

para

uma

decisão favorável

â

instalação

de

um

computador

se

apoiava

na

idéia

de

que

a mecanização

de

tarefas

tradicio

nais em processamento de dados permitiria sua execução com

maior rapidez e menor custo . Entre as atividades admi

nistrativas

tipicamente

apropriadas

a

mecanização

podem

ser

citadas, entre outras, o processamento de folhas de pagamen

to,

conta

corrente

bancaria,

controle

orçamentário

e

contro

le de estoques.

0

crescimento

da

indústria

de

computadores,

entretanto,

superou

as

expectativas

mais

otimistas.

0

mero de instalações nos Estados Unidos se elevou de cerca

de 5.000 em 1960 para pouco mais de 30.000 em 1965 e 90.000

em 1973. Dentre os fatores que podem ser assinalados como

contribuição relevante a este desempenho, merecem destaque a

progressiva e substancial redução de custos dos equipamentos

e

o

desenvolvimento

das

chamadas

"Linguagens

de

alto

nível

"

ou seja, linguagem de programação voltadas para as aplica

ções

dos

usuários.

Este

desenvolvimento

possibilitou

a

des-(1) Deve ser observado que o critério "redução de custos" foi progres

sivamente superado por "incremento nos lucros" como elemento funda,

mental na decisão de instalar um computador na empresa. Muitas ve

zes as reduções de pessoal, espaço utilizado ou de estoques nao

(19)

vinculação do uso do computador com a necessidade de conhe

cimento

da

maquina

ao

nível

de

execução

dos

comandos

de

ari^t

mêtica

e

lógica

mais

elementares.

Com

relação

aos

custos

dos

computadores

ê

interessante

observar

que

o preço

médio

vigen

te

em

1965

era

de

aproximadamente

10%

de

preço

médio

de

1954*-

-*.

Paralelamente,

a crescente

capacidade

de

armazena

mento

de

dados

e

velocidade

de

execução

de

instruções

de

a-ritmêtica

e

lógica

tornaram

possíveis

aplicações

de

programa

ção

linear,

analise

do

caminho

crítico,

modelos

de

previsão

e

simulação

de

sistemas

em

escala

antes

não

imaginável.

Pa

ra este tipo de aplicações administrativas tradicionais as

sim como

para

as

aplicações científicas,

o

desenvolvimento

de

linguagens

de

programação

específicas

teve

um grande

efei^

to estimulador no uso dos computadores. Antes do surgimento

de FORTRAN e COBOL, os usuários dos computadores utilizavam

linguagens que exigiam conhecimento completo do "modus

operandi" de cada equipamento; o resultado disto era o pe

queno interesse de muitos usuários em potencial na

mecaniza-(2) Schnee, J.E. Government Programs and the growth of high

tecnology industries. Research Policy, Amsterdam, North

(20)

ção

das

suas

aplicações.

Os fatores acima assinalados bem como a pró

pria evolução de engenharia do produto fizeram surgir um mer

cado de trabalho dinâmico e competitivo com demanda firme por

profissionais

de

bom

nível

de

qualificação.

Este

fato,

jun

tamente

com

a

redução

histórica

nos

preços

dos

equipamentos,

teve

como

conseqüência

uma

participação

cada

vez

mais

subs

tancial

dos

custos

com

pessoal

no

custo

total

dos

centros

de

computação.

No

início

da

década

de

70,

as

despesas

com

pes

soal

se

elevaram

a

55%

do

total

de

dispêndio

com

a

instala

ção nos Estados Unidos enquanto os custos do equipamento e

sua

manutenção

atingiam

a 301^

.

Um

confronto

de

experiência

de

disseminação

do uso de computador na economia norte-americana com o mes

mo processo na economia brasileira revela semelhanças em

muitos aspectos e pelo menos uma diferença importante. En

tre

as

semelhanças,

o

crescimento

explosivo

no

número

de

ins

talações.

A

primeira

instalação

de

porte

médio

no

Brasil

da

(3) Davis, Gordon - Computer Data Processing, New York: Mac

(21)

ta de 1960; 5 anos mais tarde, segundo informações dos fa

bricantes,

havia

89

sistemas

instalados.

Em

julho

de

1976,o

número

de

computadores

em

operação

se

elevaria

a

5.118.

Por outro lado, levantamento efetuado pela

Comissão

Coordenadora

das

Atividades

de

Processamento

Ele

trônico

de

Dados

- CAPRE

revelava

que

53,6%

da

despesa

total

com processamentos de dados no Brasil em 1976 se referia a

pessoal enquanto 27,5% se relacionava a equipamentos e sua

- Í4~)

manutenção^ J. Estes algarismos sao sensivelmente próximos

aos

resultados

norte-americanos

para

o

início

da

década

de

70 (551 e 30%, respectivamente) citados anteriormente.

Entretanto,

a

incorporação

do

progresso

téc

nico representado pelo computador ao processo produtivo nos

EUA tem registro histórico de evolução bastante distinto do

caso brasileiro. A disseminação do computador nos EUA se

originou do seu desenvolvimento em instituições de pesquisa,

onde

também

se

formavam

o

núcleo

da

futura mão

de

obra

a

ser

utilizada pelas empresas que viriam a adquirir o equipamento,

(22)

bem

como

os

grupos

de

usuários

das

aplicações

mais

refina

das.

Desta

maneira,

paralelamente

a

ocupação

extensiva

do

mercado

representado

pela

mecanização

das

aplicações

tradi

cionais

em

processamento

de

dados,

a

indústria

de

computado

res

também

atendia

a

demanda

crescente

das

aplicações

de

no

vas

técnicas

agora

disponíveis

a custos

bastantes

inferiores1-

.

A introdução do computador no Brasil, ao con

trãrio,

foi

um

caso

típico

de

importação

de

tecnologia

cuja

oferta

se

expandia

por

diversos

países

,a

partir

do

sucesso

obtido pelos fabricantes nos seus próprios mercados inter

nos.

Duas

conseqüências

importantes

deste

fato

devem

ser

assinaladas. Primeiramente, por falta de conhecimento das

potencialidades

do

equipamento

e

ausência

de

tradição

de

en

sino

e

pesquisa

em

técnicas

administrativas

mais

intensivas

em

métodos

quantitativos,

a maioria

dos

usuários

de

sistemas

de

computação

no

Brasil

se

contentaria

com

aplicações

que

en

volveriam apenas a mecanização das atividades tradicionais

(5) Conforme citação anterior, programação linear, modelos

(23)

na rotina de processamento de dados da empresa. Em segundo

lugar,

o

treinamento

da

mão

de

obra

requerido

pelo

crescente

número

de

instalações

foi,

em

uma

etapa

inicial,

responsabi

lidade

exclusiva

dos

fabricantes^

, a divisão

desta

atri

buição

com

as

grandes

empresas

públicas

caracterizaria

um

estagio seguinte. Diferentemente do ocorrido nos EUA, por

tanto, somente em uma fase posterior do processo as univer

sidades

e

centros

de

pesquisa

científica

viriam

a

contri

buir,

de

maneira

sistemática,

na

formação

de

pessoal

quali

ficado

em

processamento

eletrônico

de

dados.

0 presente trabalho tem como objetivo anali

sar alguns aspectos de mercado de trabalho dos profissionais

de

processamento

eletrônico

de

dados

no

Brasil.

0

Capítulo

II apresenta os fundamentos teóricos que respaldarão esta

a-bordagem, bem como uma descrição dos dados a serem utiliza

dos

na

analise

empírica.

0

Capítulo

III

traz

uma

ampla

des

crição

dos

resultados

empíricos

e

um

histórico

da

evolução

do

(6) Segundo o documento "Strategies and Policies for

Infor-matics" publicado em 1978 pelo Intergovernmental Bureau

for Informatics UNESCO, esta ê uma situação freqüente em

(24)

mercado

de

trabalho

em

processamento

eletrônico

de

dados

no

Brasil.

Finalmente,

no

Capítulo

IV

ê

desenvolvido

um

resumo

do material apresentado e são elaboradas as considerações f_i

(25)

II.1.

Introdução

Neste

capítulo

serão

discutidos

aspectos

bá-sicos de duas propostas de interpretação do comportamento dos

indivíduos

no

mercado

de

trabalho.

Em

ambas,

a

elaboração

se

fundamenta

na

idéia

de

que

os

indivíduos

encaram

a

educa

ção

como

investimento;

em

ambas,

adquire

consistência

a

assertiva

de

que

maiores

índices

de

escolarização

correspon

dem,

em geral,

a maiores

níveis

de

salários.

Entretanto,

o mo

delo da função salário se fundamenta na idéia de que os efeitos dos gan

nhos de produtividade realizados com o investimento em educação se refl£

tem

diretamente

nos

salários;o

modelo

da

sinalização,

ao

contrário

susten

ta

a hipótese

de

que

os

efeitos

da

produtividade

nos

salá

rios derivam, fundamentalmente, das diferenças da habilida

de

entre

os

indivíduos.

Neste

caso,

o

nível

educacional

se

ria o elemento condutor de informação relevante sobre os

(26)

tributos

individuais

desejáveis

pelos

empregadores.

A

seção

2

deste

capítulo

contêm

os

aspectos

essenciais

do

desenvolvimento

analítico

da

função

salário.

A

seção

3

apresenta

a

conceituação

básica

do

modelo

da

sinali

zação

no

mercado

de

trabalho.

Finalmente,

a

seção

4

traz

u-ma

breve

descrição

dos

dados

que

serão

utilizados

na

analise

empírica.

II.2.

Função

Salário:

Desenvolvimento Analítico^

-*

II.2.1. 0 Modelo da Escolaridade

Dentre os modelos de capital humano que tra

tam do problema da distribuição da renda do trabalho o mais

simples

ê

o modelo

da

escolaridade.

Segundo

essa

abordagem

o período

de

escolaridade

formal

seria

o

fator

determinante

das

diferenças

salariais

entre

indivíduos.

A

idéia

subja

cente no modelo de escolaridade que explica o salário de ca

da

indivíduo

pelo

numero

de

anos

de

escolaridade

ê

que

o

in

vestimento

em

educação

formal

adia

a

entrada

do

indivíduo

no

(7) Ver Jacob Mincer, Schooling, Experience and Earnings, op

(27)

mercado

de

trabalho,

representando

esse

adiamento

um

custo

indireto

que

se

torna

o

principal

componente

dos

custos

to

tais

do

investimento.

Uma

representação

diagramãtica

como

a da figura ajuda a esclarecer a questão.

FIGURA 1

Salários

/\

A

D

B

-^ Tempo

Se

um

indivíduo

investe

1 ano

em

educação

du

rante

o período

de

tempo

0-1

isso

representa

para

ele

num

custo

de

01BA,

isto

e,

salário

não

recebido.

Os

benefícios

deste

investimento

se

materializarão

na

forma

de

um

salário

mais

elevado

Y.

relativamente

ao

salário

inicial

Y~

do

indi

víduo

sem

escolarização.

A

expressão

dos

custos

igualados

(28)

Y - Y

v

-

1

O

Y0

rO

Yi

= Yo

sendo

r~

a

taxa

interna

de

retorno

do

investimento.

Por

ou

tro

lado,

se

o

indivíduo

ao

nível

de

1

ano

de

educação

for

mal

concluída

resolve

investir

um segundo

ano

em

escolariza

çao

durante

o

período

de

tempo

1-2

isso

representa

para

ele

a

perda

12ED

de

salário

não

recebido.

A

igualação

dos

cus

tos

ao

valor

presente

de

benefícios

no

ano

1

permite

escre

ver:

2 " Yl

rl

sendo

r,

a

taxa

interna

de

retorno

do

investimento

realizado

durante

o

ano.

Para

S

anos

de

escolarizaçao,

pode-se

escre

ver a seguinte igualdade:

Ys

=

= Yo(l+ro)(l+r1)(l+r2)

(29)

retor-no,

a

relação

acima

pode

ser

rescrita

na

forma:

Ys

=

Aplicando-se

logarítimo

aos

dois lados

de

igualdade, tem-se:

£n Y = In Yn + In (1+r ) S

Dado que para valores muito pequenos (ate 0,15),

£n (1+r ) = r a expressão assume a forma final:

In Ys = £n YQ + rg.S (1)

onde

Yç.

e

Y

representam

os

níveis

de

salário

de

indivíduos

com zero e s anos de escolaridade, respectivamente, Se o

número

de

anos

de

educação

formal

e

r

e

a

taxa

media

do

re

torno do investimento em educação formal.

Deve-se observar que a representação

diagra-mãtica

que

possibilitou

o

desenvolvimento

analítico

acima

contêm

simplificações

que

merecem

ser

detalhadas.

A primeira observação diz respeito a

hori-zontalidade da função salário ao longo do tempo. Nas pala

(30)

"Assim

como

o

treinamento

formal

pode

ser

me

dido

pela

extensão

do

tempo

gasto

na

escolaT

a outra j>arte do processo de treinamento

a

experiência

pode

ser

introduzida

no

mo

delo

teórico

em

termos

de

quantidade

de

tem

po gasto no trabalho".

Dessa

maneira,

alguma

inclinação

positiva

de^

ver

ser

esperada

na

função

salário.

Alem

do

mais,

deve

-

se

admitir

que

a experiência

influencie

a produtividade

de

ma

neira

mais

acentuada

naqueles

trabalhos

que

requeiram

maior

treinamento.

Mas,

se

a

elevação

do

salário

se

da

ao

longo

do

tempo,

na

medida

em

que

habilidade

e

experiência

sejam

ad

quiridas,

não

ha

dúvida

de

que

o passar

dos

anos

também

a-carreta

uma

certa

desvalorização

do

estoque

de

capital

humano

pro

ximamente

ao

fim

da

vida

útil

com

a

deterioração

do

desempe

nho

da

produtividade

e

conseqüente

declínio

na

função

salá

rio,

particularmente,

nos

trabalhos

em

que

esforços

físicos

ou

habilidades

estejam

envolvidos.

Assim,

o

ciclo

de

vida

da

função

salário

deve

exibir

uma

forma

de

U

invertido

de

crescimento

e

declínio

típico

de

muitas

outras

curvas

de

crescimento.

Para

a

finalidade

do

desenvolvimento

analítico

(31)

plificações

acima

se

tornam

válidas

desde

que

as

limitações

do

modelo

estejam

bem

claras

para

aqueles

que

dele

se

utili

zam.

II.2.2. Investimento Apôs a Escola

As hipóteses estabelecidas no modelo ante

rior

poderão

agora

ser

relaxadas.

Trata-se,

em

primeiro

lu

gar,

de

admitir

a

inclinação

positiva

na

função

salário

ao

longo

do

tempo

na

medida

em que

a

habilidade

e

experiência

adquiridas ao longo do tempo implicam uma elevação do salá

rio

com

o

passar

dos

anos;

alem

do

mais

ê

bastante

provável

que

os

indivíduos

invistam

em

capital

humano

apôs

a

escola-rização

formal;

o

próximo

objetivo

ê,

então,

introduzir

no

modelo as premissas acima descritas.

Aqui

ê

importante

acentuar

que

a

expressão

"investimento apôs a escola" abrangera tanto os treinamentos

formal e informal como aquilo que se chama normalmente de

"learning

by

doing",

ou

seja,

a

influência

da

idade

e

expe

(32)

pro-fissionais.

A

partir

dessa

colocação

e

de

maneira

análoga

ao

modelo

da

escolaridade,

a

abordagem

inicial

do

problema

se

centra

na

questão

dos

custos

dos

investimentos.

Surge,

então,

o

problema

da

disponibilidade

de

informações

sobre

custos:

no

que

diz

respeito

a

investi

mentos

apôs

a

escola,

esse

ê

um

problema

crítico.

Para

su

pera-lo

deve-se

fazer

considerações

a

respeito

da

natureza

desses

custos.

Sabe-se,

por

exemplo,

que

ha

custos

diretos

para

as

firmas

que

fornecem

equipamentos

sujeitos

a

depre

ciação,

instrutores

com

salários

incidindo

sobre

a

folha

da

firma

e,muitas

vezes.financiamento

de

parte

dos

custos

indi

retos

para

os

indivíduos

que

recebem

treinamento.

Por

outro

lado,

ha

para

os

indivíduos

os

custos

de

renda

sacrificada.

Se se

considera,

entretanto,

relevante

a

componente

de

trei

namento geral nos investimentos apôs a escola ( treinamento

geral esse entendido segundo o conceito desenvolvido por Ga

ry

Becker),

então

pode-se admitir

que

os

trabalhadores

que

estejam

sendo

treinados

recebem

menos

do

que

a

plena

utiliza

(33)

supõe

que

o treinamento

eleve

sua

produtividade

individual

em

qualquer

firma.

Os

custos

indiretos

para

os

indivíduos

po

dem, portanto, ser tomados como o componente principal nos

custos de investimentos apôs a escola.

Supondo-se

que

um

indivíduo

apôs

j

anos

de

entrada no mercado de trabalho resolva se submeter a algum

tipo

de

treinamento,

o

custo

serã

expresso

pela

diferença

en

tre

seu

salário

potencial

(E)

e

o

salário

efetivamente

aufe

rido

durante

aquele

período

(Y.)

C. = E. - Y.

3 3 3

Se

um

indivíduo

investe

C,,

no

seu

treinamen

to

logo apôs

sua

saída

da

escola,

a

expressão

do

seu

salário

ê

dada

por:

C0

= Ys

" Y0

uma vez que E = Y . Supondo-se que o investimento tenha

u-ma

taxa

de

retorno

r~

o

salário

no

ano

seguinte

deve

incor

porar

uma

parcela

rnCn

que

corresponde

aos

benefícios

aufe

ridos pelo investimento.

= y + r C

(34)

Se,

entretanto,

o

indivíduo

resolver

inves

tir

a

custo

C^

em

treinamento

no

novo

período

a

expressão

do

salário

seria

reescrita

na

forma:

Yl

" Ys

+ r0C0

" Cl

" El

" Cl

Generalizando-se:

Yl

= Ys

+

E

rtCt

~ Cj

= Ej

" Cj

C2D

t=0

Definindo-se K como a fração de salário po

tencial dedicada a investimento em cada ano apôs a escola:

Kf = , t = 0, 1 , j-l (3)

Et

cj-i=

Vi*

ej-i

(4)

A

expressão

do

salário

potencial

apôs

j

anos

de

saída

da

escola

pode

ser

colocada

de

maneira

a

englobar

uma parcela de retorno do investimento pos-escola feito no

anterior:

Ej

' Ej

Introduzindo (4) em (5) pode-se escrecer

(35)

Generalizando-se:

j-l

E = E ff (1+rK) (6)

>

s

t=0

Z Z

onde

Eg

representa

o

salário

potencial

do

indivíduo

logo

a-pos

a

saída

da

escola.

As

expressões

(3)

e

[6)

permitem

que

se

de

senvolva

a

equação

(2)

nas

formas

abaixo:

Y. = E.(1-K.)

3 3 V

3-1

Y = E tt (1 + r K ) (1 " K

3

s

t=Q

z z

3

Admitindo-se

que

r.

seja

a

taxa

media

de

re

torno

o

investimento

apôs

a

escola,

fazendo-se

Y

=

E

e

to-mando-se

os

logarítimos

com

o valor

de £n

Y

dado

pela

equa-ção

(1)

chega-se

a:

j-l

in

Y

=

inY»+r

S+r.

E

K

+

in(l-K.)

(7)

3 u s 3 t=Q t j

vez

que

An(l+rtKt)

~

rtKt

(para

valores

de

r

ate

0,15).

uma

Na

equação

(7)

Y.

ê

o

salário

líquido,

YQ

ê

o salário

original

sem

escolarizaçao,

r

é

a

taxa

media

de

retorno

a

educação

formal,

S

representa

o

n9 de

anos

de

es

(36)

a

escola

e

K

ê

a

fração

do

salário

potencial

dedicada

a

in

vestimentos

nos

anos

indicados

pelos

índices.

Nesse

ponto

cumpre

observar

que

as

frações

K

não

são

dados

disponíveis.

Portanto,

para

superar

essas

dificuldades algumas hipóteses devem ser feitas para que um

tratamento

analítico

permita

a

manipulação

dos

dados

real

mente observados.

A primeira hipótese a ser feita esclarece que

a

fração

K

,

ê

uma

fração

decrescente

do

tempo.

Duas

obser

vações podem ser feitas em favor dessa hipótese: em primeiro

lugar,

a medida

em

que

a

idade

do

indivíduo

aumenta

menor

ê

o

tempo

de

vida

ütil

que

lhe

resta para

a

recuperação

dos

custos de investimentos adicionais tornando-os cada vez me

nos atraentes; por outro lado, com o passar dos anos a acu

mulação

de

experiência

acarreta

o

aumento

da

produtividade

marginal

e

do

salário

do

invivíduo

tornando

maior

o

seu

cus

to

de

oportunidade

e

menor

a

tendência

para

investir.

A segunda hipótese a ser estabelecida diz

(37)

da-da pela expressão:

Ko

= KQ

- -f-

t

(8)

onde

K~

ê

a

fração

de

investimento

no

primeiro

ano

de

expe

riência

no

mercado

de

trabalho

e T

o período

de

investimento

líquido

positivo.

Na substituição de (8) em (7) deve-se ter em

mente que uma das parcelas a serem desenvolvidas e uma

pro-~ - K

gressão

aritmética

de

J

termos

onde

a,

=0,

a

=(j-l)

.__0

e

T

r = Kq/T. Sendo assim, tem-se:

£nY.

= £nYQ

+ rsS+r..KQ.J

L-

.J2

+ £n(l-K.)

(9)

Finalmente,

desenvolvendo-se

a

última

parce

la da equação (9) segundo os dois primeiros termos de

expan-2

sao de Taylor (£n(l-K.) = K. - K./2), encontra-se uma ex

pressão do tipo:

£nY-

= aQ+b1S

+ b2J

+ b2J2

(10)

sendo

Y.

o

salário

observado

do

indivíduo

com

j

anos

de

ex

periência

no

mercado

de

trabalho,

S

representa

o

número

de

(38)

mercado de trabalho.

Os

coeficientes

correspondem

âs

igualdades

a

seguir:

aQ = inYQ - K0(l + KQ/2)

bl

=

= r..K0 + KQ/T (1 + K

= |r;j.K0/2T

+ KQ2/2T2

0

coeficiente

b,

da

variável

escolaridade

ê

a própria taxa media de retorno a educação formal que, as

sim,

e

obtida

diretamente

quando

da

estimação

da

equação

(10)

A

obtenção

dos

outros

parâmetros

do

modelo

se

faz

de

maneira

indireta

desde

que

se

atribua

um

valor

a

T

que

ê

o

período

de

investimentos

líquidos

positivos.

Como observação final cabe lembrar que, da

das

as

hipóteses

do

modelo

os

sinais

dos

coeficientes

são,

b.. > 0, b?> 0 e b_< 0 configurando uma função salário pa

rabólica que exprime retornos sempre positivos mas decres

centes ao longo do tempo,para investimentos em educação for

(39)

II.2.3.

O

Modelo

de

Função

Salário

Segmentada

0 modelo a ser apresentado permite a divisão

da

variável

que

capta

os

efeitos

da

experiência

no

trabalho

em dois segmentos J, e J~ representativos, respectivamente,

da

experiência

no

trabalho

atual

e

da

experiência

acumulada

nos

empregos

anteriores.

Se

a

experiência

anterior

tiver

im

portância

significativa

como

e

de se

esperar,

então

a

hipó

tese

da

relevância

da

componente

de

treinamento

geral

ficará

confirmada.

Para

começar

ê

feita

uma

decomposição

da

e-quação

(7)

da

forma

seguinte:

£nY. = £nY +r .S+r, E K +r9 E K +£n(l-K. ) (11)

-1 u s i Q tx z Q t2 j2

_L Li

sendo 1, o numero de anos acumulados de empregos anteriores,

j2

o número

de

anos

de

experiência

no

trabalho

atual,

r,

e

r2 as taxas de retorno a investimentos pos-escola nas expe

riências

de

trabalho

anteriores

e

atual,

respectivamente,

K

h

e K

as

frações

de

investimento

relativas

ãs

opções

de

invés-timento

quando

de

experiências

de

trabalho

anteriores

e

(40)

Diferentemente da educação do modelo ante

rior

não

se

faz

aqui

hipótese

sobre

um

período

T

de

investi

mentos

líquidos

positivos

onde

a

taxa

de

crescimento

linear

da

fração

do

salário

dedicada

a

renda

ao

longo

do

tempo

se

ria representada por:

K0

Kt

= Ko

- ~y-

t

sendo

KQ

a

fração

de

investimento

líquido

positivo

quando

da

saída

da

escola.

A

suposição

agora

é

que

as

frações

K

e

tl

K

sejam

também

funções

que

decresçam

linearmente

ao

longo

do

tempo

mas

segundo

taxas

de

declínio

61

e

B9

que

permitem

escrever:

\

Kt9

L

= Ko?

L

h-1

0 termo rn E K pode ser desenvolvido

1

t1=0

rl

substituindo-se

a

variável

K

pelo

seu

valor

dado na

equa-rl

ção

(12).

Aqui

deve-se

ter

em

mente

que

uma

das

parcelas

do

somatório

ê

uma

progressão

aritmética

de

j,

termos

onde

a,=0,

(41)

considera-çoes tem-se:

r-

=

Z

K

= r

(Kn

J.

±-

J

)

(14)

J

t1=0

rl

1

Ux

1

2

l

Analogamente:

Substituindo-se

(14)

e

(15)

em

(11)

£nYj

= ^nYo

+ rss

+ VKOlJi

" ~y-

Ji

) +

r2CK0

z

U2

2

J2

2

J2

Dado

que

quanto

mais

cedo

tenha

se

empregado

o indivíduo

no

emprego

atual

maior

ê a

probabilidade

da

úl

tima

ocupação

conter

mais

investimento,

Kn

descresce

com

o

U2

aumento

de J1

que

representa

o

tempo

dedicado

a

todas

as

ex

periências

de

trabalhos

anteriores.

Supondo-se

que

a

rela

ção

seria

linear,

pode-se

escrever:

KQ = a - XJ1 (17)

Voltando

a

equação

(16),

a

sua

última

parce

la pode ser expandida da maneira seguinte:

£n(l-K. ) = An(l-K0 + 32J2) = Jln(l

(42)

Substituindo-se (18) e (17) em (16) e, apôs

a realização dos desenvolvimentos adequados chega-se a uma

expressão da forma:

AnY.=ao+b1S+b2J1+b3J^+b4J1.J2+b5J2+b6J2

(19)

onde:

aQ = n YQ - a (20)

bl

=

(22)

b3

="ri-e1/2

(23)

b6

= "r2'

(24)

= r2. a + e2 (25)

Da mesma maneira que no modelo anterior, Yn

e

Y

representam

os

salários

líquidos

com

zero

e

j

anos

de ex

periência

no

mercado

de

trabalho,

respectivamente,

S ê

núme

ro de

anos

de

escolaridade,

J,

representa

o

número

de

anos

de

experiência

em

empregos

anteriores,

J-

ê

o

número

de

anos

no emprego atual, r a taxa de retorno para investimentos em

(43)

-mentos

nos

dois

períodos

de

experiência

no

mercado

de

traba

lho,

£..

e

3-?

as

taxas

de

declínio

das

frações

de

salário

po

tencial

dedicados

a

investimentos

põs-escola

K

e

K

e a

e

tl

t2

A

são

parâmetros

da

função

que

relaciona

a

fração

de

inves

timento inicial

Kn

no

emprego

atual

ao

número

de

anos

J,

da

U2

L

experiência

anterior.

A

exceção

da

equação

(21)

que

possibilita

a

obtenção

imediata

da

taxa

de

retorno

â

escolarizaçao,

as

outras

6

equações

são

insuficientes

para

a

determinação

das

8

incógnitas

restantes.

Entretanto,

a

comparação

dos

coefi

cientes

b~

e

b

, por

exemplo,

permite

que

se

tenha

uma

idéia

da

importância

relativa

de

um

e

outro

dos

períodos

de

expe

riência

no

mercado

de

trabalho

representados

no

modelo.

Dado

que

todos

os

parâmetros

presentes

nas

e_

quações

(20)

a

(26)

são

positivos

e

tendo-se

em

mente

as

hi

póteses do modelo, os sinais dos coeficientes b. ficam de

terminados. Os sinais positivos de bn , b? e b^ indicam que

os

salários

devem aumentar com

a

escolarizaçao,

a

experiên

(44)

atu-ai.

Os

sinais

negativos

de

b^

e

b,

expressam

os

rendimentos

decrescentes

com

os

anos

de

experiência.

Por

ultimo,

o

si

nal

negativo

do

coeficiente

b.

do

produto

cruzado

J-iJ?

re

flete

o

fato

de

que

os

efeitos

da

experiência

no

emprego

atu

ai

são

tanto

maiores

quanto

menor

é a

experiência

adquirida

nos empregos anteriores.

II.3.

Mercado

de

Trabalho

e Sinalização^

'

II.3.1. Introdução

Com

respeito

â

interação

salários

X

educação

formal,

Michael

Spence

apresentou

um

enfoque

alternativo

com

ênfase

especial

na

estrutura

Ínformacional

do

mercado

de

trabalho.

Na

realidade,

a

idéia

de

Spence não

se

limitaria

a

interação

salário

X

educação

no

mercado

de

trabalho:

sua

proposta abrange o estudo geral dos mercados nos quais a si

nalização

tem

lugar

e

as

fontes

primarias

de

"sinalização"

vão

ao

mercado

de

maneira

infrequente.

Dentre

os

fenômenos

ocorridos em mercados (ou quase-mercados) onde a "sinaliza

ção"

estaria

presente,

merecem

destaque

os

procedimentos

de

(45)

admissão de candidatos a emprego, promoções dentro das orga

nizações

e

os

empréstimos

e

crédito

ao

consumidor.

Entre

tanto, a argumentação do autor se orienta no sentido de que

a estrutura informacional do mercado de trabalho o caracte

riza como paradigma desta abordagem.

A

idéia

fundamental

da

hipótese

de

sinaliza

ção

no

mercado

de

trabalho

é a

de

que

a

contratação

de

mão

de

obra,

do

ponto

de

vista

do

empregador,

é

um

investimento

efetuado em condições de incerteza. Existem custos associa

dos a obtenção de informações relativas a produtividade do

futuro

empregado

sendo,

portanto,

de

suma

importância

para

o

empregador a identificação de elementos capazes de permitir

uma

avaliação

mais

correta

daquela

variável.

No

texto

que

se

segue

serão

discutidos

os

pectos

básicos

do

conceito

de

sinalização.

0

material

a

ser

apresentado

enfatiza,inicialmente,

a interação

entre

indivíduos

e o mer

cado de trabalho a partir do estabelecimento de ciclos informa,

cionais

fundamentados

no

sinal

"nível

educacional".

0

tópi

(46)

mercado

de

trabalho

com

o

"sinal"

nível educacional.

Um

co

mentário

relativo

aos

modelos

de

sinalização

e

da

função

sa-lãrio,

com

respeito

às

respectivas

possibilidades

de

expli

cação

da

realidade

do

mercado,

encerra

a

seção.

II.3.2.

Interação

Mercado

de

Trabalho

X

Indivíduo

0 conjunto de atributos pessoais apresentado

pelo candidato a emprego permite ao empregador, juntamente

com sua experiência anterior no mercado, inferir a provável

capacidade

produtiva

do

futuro

empregado.

O

processo

ê

di

nâmico

e

a realimentaçao

tem

papel

fundamental

pois

os

atri

butos

são

continuamente

confrontados

com

a

capacidade

produ

tiva real dos empregados que, apôs a contratação, se vai dan

do a conhecer progressivamente. Como resultado, se

delinea-- ... - *

ra nova distribuição de probabilidade associada a capacidade produtiva

dos

empregados

e

condicionada

aos

sinais

e

índices

apresen

tados .

Entre os atributos pessoais destacados por

Imagem

TABELA 30: Distribuição Atual dos Graduados
FIGURA 1 Salários /\ A DB -^ Tempo

Referências

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