UNIVERSIDADE
DE
SÂO PAULO
t
NsrtrtJTo
DE
GloctÉrucl¿s
ÁCUA
SUBTERMT¡EA
EM
JOINVILLE
- SC
-Avaliaçäo h¡drogeológica do
aqüífero
fraturado
sÉNEIO
BENJAMIN
BAGGIO
Orientador: Prof.
Dr.
Aldo da Cunha
Rebouças
DrssERTnçÄo
DE
MESTRADo
T
À4ot
coMtssÃo.lul-cADoRA
-L
z
Nome
Prestdente:
Prof.Dr.
Aldo da cunha RebouçasExaminadores:
oÉ
eOa Freitas de QuadrosProf.
Dr.
José Milton Benetti Mendes{'.q. 6-ti
/2*t),
.
seo
pnuuo
UNIVERSIDADE DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Ácu,l
suBTEnnÂNnA
EM
JoINVILLE
-
sc
Avaliação
hidrogeológica
do
aqüífero
fraturado
Sérgio Benjamin
Baggio
Orientador:
Prof.
Dr. Aldo
daCunha
Rebouçast't '/..'
i i'rr trr \
i;
f
n4o8
' )-LJ
'' l-/ r, t t'
, r'.
DISSERTAÇÃO
NE
MESTRADOPrograma de Pós Graduação
em
Recursos Minerais e HidrogeologiasÃo
paulo
- sP1997
DEDALUS-Acervo-lGC
ililil tilil ililt ilil iltil ilil ilil iltil ]u lilt tililtil ilt
Ao,¡ meu,¡ Ptti:;,
Santu Atlurle|I ct
l)uggio
e
SUMAIìIO
Índice de Figr"rras .... Ínclice <le l'atrelas,...
Índice cJe Anexos . ... Agradecrnentos. .... .
Iìesunro... Abstrao1... ... ...
I
_tN.t.t{Ot)t,ÇÀo...
. ...i . 1 - Considerações sobl'e a ¿irrea cle esludo .... ...
1.2 - Considcrações sotrre o estudo dese¡rvolvido...
1 .2. 1 - ( thjctivos
L2.2 - Metodologia aplicada.,.,,,
I
-^lìlrA
I)¡r
lrS I t1DO... . ..2.I
- Localrzuçâo2.?- - Caructerí sticas sócio-econôr¡icas... 2.3 - Âspcctos fi siográ ficos...
2.3.
I
- Ceornor lologra ... 2.3.2 -Ilclrografìa
3.2 - Análise da geologia estrutural ... 3.3 -
(ìcologia
1oca1...4 - IìI]CURSOS HÍDRIC]OS DO MTJN]CÍP]O
4.1 - Considerações geraìs
4.2 - Uülização alual dos rocursos hídrioos ., .,. ,...., .,
4.2.
I
- Sisteina de abasteoimento de água "CìASAN4.2.2 - Sistemas independentes de abastecinento de água subterrânea 4.3 - Abastecinronl.ô de água.: soluções e alteÌtìativas, ,,.,
., . ..
vii
...viii
...ix
.. ... ... x xì
Página ,
.
..
I, . .. . I
...2
.. ...2
.
.. ,.3...4
... 4
.,'.'.''
6....1
.7
. ... 8
...
..9.... ...9
,,. ',.
i
l
,'',,. 1l
...
12 .,.... t 3.
..14...,14
.
.16..
.16..
.l8
s -
rìAr
^N(to
ilrDRtco
5.I
- L'onsidclaçôcs gcrais5.2 - Análise do balanço hídrioo da Llacia do
Rio
Caclioeira,5.2.1 - Avaliação da p)uvrometria
5.2..2
-
Avaliação da descargafluvral
... 5.2.3-
Avaliaçit<) da evapotr¿Ìrlspiração potencial ... 5.2.4 - Cálculo do balarrço híclrico ...,.,...,,.5,3 - Análise clo balanço hídrico da
llacia
doRio
Cubatão . ... 5.3.1 - Àvaliação da pluviometria-5.3.2 - Avaliação da descarga
fluvial
...,..,..,..,..,....,,.., 5.3.3 - Avaliação da eva¡rotranspiração potencial... 5.3.4 - Cálculo do tralanço híclrrco5.4 - Análise do balanço híclrico da Bacia do Rro do.Túlio
/
Ìtapoeu2inlio...,..,.,..,. 5.4.I
- Avaliação da pluviornclria5.4.2 - Avaliaçào cla dcscalga
lluvial
... 5.4.3 - Avaliação cla evzrpotranspilação potenciâ1., 5.4.4 - Cálculo tlo balanço hídrico...5.5 - Análisc do balarrço hidrico da llacra do Rio Pirai ... 5.5.1 - Avaliaçào da 1;luvronrctria
5.5.2 - Avaliaçâo da dcscalga flLrvral ... 5.5.3 - Avaliação da evapotranspiração potencial . 5.5.4 - Cálculo do lralanço hídrico...
6 - SISI
LMA
^Q[lit,trR(
) tiRA t-t tRADO..6.
I
- Aspcclos gcrais...6.2 - Aspeofos hidráulicos...
7 -
ANÁLtSll
t-ilDRocBolÓctcA
Do
AeùÍFEIlo
t:RA]'uRADo Dtj JotNVII-Lì:l
7.1 - Aspectos gerais...22
.,,22
...25
...25
.
....
29...30
...33 . .. ... 33
.... ..35
..
.
.36...
36. Jô
7.3.2 - lnstalação de coluuas de revestitnenlo e seções de fiItro...
7,3,3 - Protrlemas em oolunas de revestirnento e fil1ros...,..., 7.3.4 - Cinrentação do espaço anular pala pr:oteção sanitária... 7.4
- llidráulica
dos poço:...7.4.1-Vnzircs...
7.4.2 - Nrvcl ùsr á1ico...
7.4.3 - Iì.ebaixalnentos do nível estático... 7.4.4 -
Nívcl
d inànr ico...7 .4.5
-
Capacìdade específica...7.4.3 -
Prolindidade
das erllradas de água ... 7.5 - Ânálisc dos lir¡carnt'r11os7.5.1 - Ilxtensão clos linea.mentos 7.5.2 - Direção dos lineamentos
7.5.3 - Relação entre lineâmentos e produtivic1acle,.,.,,...,,.,...,.,, 7.6 - I-lidroquírnica das águas sublerrâneas
dc.loinvillc...
7,6,1 - l-cgislação pertinente
7.6.2
-
Interação entre meiofisico
e a composição clas águas... 7.ó.3 - I'r'oplicdadcs lisica s...7.6.4 - l'ropricdadcs quirn icas
7 .6.4.1 ^ Corlponentes olgânìcos...
7.().4.) - Co¡rponcnlL's lnolgân icos
 lcalinidadc, Acidcz, pl L...
Sólitlos
l'otais
Dissolvidos...s4
...5ó
,
,57
... J0
...58 ..,59 ...59
. ,60 ...6 t ...61 . .62 ...63
. .6:ì
..
66 67 ...61 ...67..69
..71
...711)
...73 '74 74 14l5
76 76 77 7"1 77 77 78 Sulfatos. ... ... ...Clloretos .. .. ...
Nitratos,.,..,. ...,, F'erro...,...
l)ureza ... ...
Metaìs pesados...,.. 7.6.5 - Concentlação química Sódio.. ..
Potássio.. Magnésio
Cálcio,...
Gás car't¡ônico 1ivre...
Si1ica...,
IJicarbonafos...
7 lì 6 - ('ârâclcnsticas lrrológicas 7.7 - Análtse da locação dos poços...
7.8. - Ploposta de áreas favoráveis para a ¡relfuração de poços..
CONCLTJSÕES
Iì lr lrl rR l.lNC
l^
SANI:XOS
...7{l
..80
...
81.. ¿!-)
INDI(]Ê
DIl]IIGI
JIìASN,"
FIG, 'IÍTULO
PÁCìFigura.
I
- l,ocalização geográl'ica do rnunroípio deJoinville
- SC... ... ...,4Figura 2 - Localização da área de esfudo
...,..
.,....,....,....5 Fígura 3-
l,ocalização geográfica das bac¡as hidlográficas e das estações plr"rviométricas elìuviourétricas
Figura 4 - Variação média rnensal da pluviosidade. Estação RVPSC -
DNAElr,...
Irigula 5
-
Variação urédia rnensal da pluviosidade. Estação lìes. Norte -DNAlill
Figura 6 - Variação nrédia nrcnsal da pluviosidade. Estação lì1'T'...l'rigura 7 - Valiação rnédia rnensal cla evapcf.ranspi::ação. Ëstação
[iT1'...
. .Irigura.8 - C'omportamenlo hídrico anuâl na Bâcìa do Rio Caohoei¡a
Ii'igura 9 - Variação módia mensal da pluviosidacle. Estação
DNAì-IÌ
Salto 1 ...Irìgura
l0
- Variação nrédia mensal da pluviosidade. I:ìsta.ção DNAì--ìLIQuiliri...
Figura 11 - Variação rnédia rirensal da descarga
lluvlal.
[ìs1ação Salto i . . . .lìigura
12 - Variação média r¡cnsal da eva¡:otra.nspiração. llstâção Salto 2...,.Ijigura
l3
- Compoflanìenlo hídrico ânuâlra
Bâcia do Rio Cubatão,lìigura
14 - Varração nrédia nrcnsal da pluvìosidacle. EstaçãoDNAtì)Il
...Figuta
l5
- Variação inédia nlensal da descargafluvìal.
llslaçãoRio
do Júlio ...Irigura
l6
- Variação média mensal da pluviosidade. Rstação.DNAEE
lìigura
l7
- Variação média lnensal da descargafluvial.
Ilio
Pirai...Figura
l8
- Variação rnédia mensal da evapotranspiração, Gaplan ( 1986)...lrigura ì 9 - Irrequôncìa das per'l'urações cxecutadas no período de 1970 a 1996 .. ..
Figura 20 - Frequência das espessul'as do ura¡rto intenrperizad<1. ..
Figula
2l
- Iìreguência das prolùndidades dos poços...ltigra
22 - Iìrcquôncia dosdiânetros iniciais
das pcrlurações....,..lr'igula 23 - Flec¡uôncia dos cliâmetlos úteis.,...
Figura24 - Frequência dos intervalos de instalação dos
filtros
Iììgura 25 - llutradâs de águax
instalação de fìlt1os...Figura 26 - Irrequênoia da proÍundidade da cirlrentação do espaço anular' .,.,,.,...,,.
l'igura J7 - Ircquòncia das vaziics. . . .
Irigura 28 - Frecluência do nível estático dos poços lubulares ¡rrofundos...
F'tgura 29 - Fr-ec¡uência do rebaixarlrlnto de nível ... ... ..
Figur:a 30 - Iìrequôncia do nível
dìnârrico
dos poços tubulares profundos....
z)
.26 27 .30
3l
.34 .34 .35 .36 31 Jó .39 .41 42 .43 50 .51 .52 53 .54 .55 55 .51.5 tì
59
Iriguta3I
- Frequência dos vâlort;s de capacìcladc eslreoilìca ...l'igura
32 - Flequôucia das profundidades clas entradas de água ...lìigura 33- Frequência cla extcnsão dos lineamentos fotointerpretados .. .
Figula 34 - Iirequôncia das dlreções dos lineal¡eutos fotointerprefados.. Figura 35 - Dìagrarna cle roseta dos lineamentos fotoínterpretados... Frgura 36 - Frequência das direções a N.11 ... ... .. .
Figura 37 - Frequência das dircções a NW...
Figura 38 - Correlação entrc o 1.eor de cloretos e a cotrdulividade elétrica. Irigura 39 - Iirequêncla dos valores cle collrpostos orgânicos
Figura 40 - Frequôncia dos valores de
plì...,..,.,..
Figula.41 - Freqr-rênoia clos valores de lerro total nas análises de água... Figura 42 - Iìrequôncra dtis valol es de dure2a. .,. .. ... ..
Irigura 43 - l)iagrama de Piper clas águas dos poços tubnlares
ól
62
tl-)
b4 64 65 65 70 72
73 75
INI)ICLì Dl
l'l'Alilrl-As
N,"'IAB, ]'JTTJI,O
PÁG'Ì-abela
I
- Atividade induslrìal deJoinville...
... (r'Iabcla 2 - Ploduçâo
agricoìi.t...
. .
.
ô 'labela 3 - Atividade mineral deJornville...
... óTabela 4 - Ii'atores que af'etaur as águas
subtelrâneas...
... l 5 'I'alrela 5 - l)enranda de água projetad a alé 2030-.loinvìlle-SC.,...,...,...
l6
"l"abela 6 - Reservatórios de rlgua
de.loinville
-SC.,.,.,..,..,...
... 17'l-abela 7 - Oferta e
déficit
de água tratada para oonsulno hurnano. .lotnville - SC.,.,..,... 17l'atrcla
[ì - Deurandas, pcrdas edéficif
do sisterna de âbastccinrcnfo de água. ...l8
l'abeÌa 9 - lJtilização da água subl.errânea enrJoinville
- SC ..,.,,..,.,..,...,.,.,.., 19'labela
1 1 - Estações utilìzadas para determinar o balanço hídrico da bacra do Cachoeila.... 25Tabela 12 -
Altulas
de chuvas extremâs oalculadas nos estudosde
sìmulaçãode
escoainent<¡ do Rio Cachoeira 29 TaL¡ela l 3 - Vazões de oheias para a ßacia doRio
Cachoeira ..,.... ....,... ... ... ... .. ... ... .... ,,.,, ,29Tabela 14 - Volumes de âgua clo balanço hídrrco da
llacia
do Rio Cachoeirâ..,.,..,.,....,... 3 I 'l'abela 15 - lìstações ufilizadas pâra determinar o balanço hídrico da Bacia doRio
Cubatão 33 Tabelal6-
l)escargafluvial
dallacia
do RioCubatão
.,.,..,...,...,...,...35'l-abela 17 -Ììstações utrlizaclas para deterrninar o balanço hídrico t1a
llacia
dol{io
do Jú1io 3tì 1-abela 18 -Volurres
de água do balanço hídrico da Bacia do Rio do .lúlio ...,...,...,. 40Tabela 19 - IÌstações utilizacias parâ
dete
¡inar
o balanço hídrico da Bacia do Riol']irai...4l
'I'abela 20 - Volunros de á.gua do balanço hídrico da Llacia clollio
Pirai...,...43T'abela
2l
- Problemas e¡Ìl revestimcntos efìltros
... 57'labela 22 -
I{elação
entre
extensão,drreção
e
produtividade
dos
poços
locaclos
sobrelilrcar¡crr1os...
..
. .. . (rlr 'l'abela 23 -l,egislação
e
regulamentâçãodos valores máximos permitidos
pâra
consumohurnano...
... ó8 Tabela24 - Resultado das análises de água dos poços lubularesprofundos...
,
,,
,. .69'ì"abela 25 - Corrponentes orgânicos natulais e decolrentes cfa ação antr'ó¡rica...'11
'T'abela 26 - Caracteristicas quírricas dos cour¡rouentes inorgânicos do poço
n'09...77
INDICIì
D]]
ANEXOSN.'ANI]XO
TÍTIjI,O
Anexo
I
-
Mapa geológiÇo da área de estudcrAnexo 2
-
Mapa de lineârrentos e dc áreas làvoráveis â locação de poçosfubulares profirndos
AGììAI)I,CIMFiNTOS
Expresso
meu
sincero
agradecimentoa
todas âs
pessoasque
colaborararn
para
ar ealì zação deste trabalho.
A
minha esposaElaine
que seûrpte incentivou este tratralho econtribuiu
positivarnente para que fosse concluído.A
meus farniliares pelo consfante apoio e incentivo.Ao
Instituto de Geociências daljniversidade
de São PauloAo
Orientado¡Prol. Dr. Aldo
da
Cunlrallebouças pela
orientação,visitas
a
calnpo e palestras profbridas para a comunidade .loinvilense e Associação de Geólogos de Joiuville,Ao
Prof,Dr.
Urìel Duarfc pelo
intenso apoioe
visitasa
campo durantea
execução do trabalho.Ao
Professor e amigoDr.
Paulo César Soares, cla IJFPR,o
pritneit'o aincentivar¡ne
¡ro carninho do apcrlciçoarncnto L' pcsqursa.As
empresas de 1:erfuraçãode
poçosKupersul e Flidropel
que,a pedido da
PrelèifuraMunicipal
deJoinville,
cederam inforrnações valiosas para o desenvolvìmento deste trabalho. As empresas hoteleiras, industriais econelciais
deJoinville
À
colega Mônica Lo¡res pelas inúrneras discussões técnicas e revisão de textos,À
FundaçãoMunicipal
do
Meio
Ambiente
deJoinville - FUNDEMA.
À
ex-PresidenteEng.
Agr, Marìa
Andreis Cadorine
à ex-DiretoraAdrninistrativa
Osnildallachtöld
pelo apoioofelecido
paraa
execução deste trabalho durante os anosde
1995e
1996. Agradeço ainda aoatual Secretário cla
Agricultura
eMeio
Ambiente Dr. Bráulio Barbosa, ao Presidente da FundemaCel. Silvro
Paulo Casali, aol)iretol
Adrninistlativo
Luiz
l,opes e aoDiretor lécnico
Décio
deOliveira
Cabral pelo total apoio à conclusão deste trabalho.Aos
colegas da FTJNDEMA:Adriano Stirnan,iglio,
Irabiana Sehnem, .Iarnes Schroeder',Jamil
trl
Khaitib,
Luiz
Camargo,Maria
CristinaM.
da Silva, NaumA.
Santana, pelas diversas disoussões téonicas que auxiliaranr a elucidar algunras questões aqui desenvolvìdasÀ
Lucélia Karnladt, pela elaboração dos rnapas, e à Sérgio F. G.Diniz
pela arte final.Às
estagiárias da FUNDÈìMAMárcia,
Sandra, Rosa, Andréac
Alessandra pclas saídas acarnpo para coleta de dados,
Ao
CNPq (prooesso 8301l8/96-9)
pelo apoio financeiro recebido duranfe oúltimo
ano, oIìESlJMO
As águas
sutrte
âneas são nossas reservas mais importantes e representâl.r] 97oÁ da ijgua docc dislronível no mundo.Joinville
é ulna cidade ern que a precil)itação pluvionrétrica é urna cias rnais altas do Pa.ís,eln torno de 2.000 r¡rn/ano, A rirédia anual de ooorrônoia de chuvas está em torno de 200 dias.
Apesar deste
aporte
hídrico,
a
distribuição
de
água apreserìtasérios problerras,
e
oraoionalnento ou a falta de água, ainda é urna constante no dia a dra dos habitantes da cidade dc
.loinville.
Na
região as /ìguâs subterrâneas estão acumuladas no Ac¡üífèrolìaturado,
replesentad<r geologicarl)ente por lìochas do Liscudo Cìatarinense, <lrrdeo
rlanfo
de intemlrerisnro âtinge cnì rnédia 40 rn de espessula.Este ac¡üíf'ero está compaltìmentâdo ern duas drleções plinoi¡rais N30-401t e N20-30W.
A
produtividadc dos 1roços bem locados está eln torno de 10 metros cúbrcos por hora.A
recarga da água estooada no aqüífèr'o f'r'aturado atualmente alcança aproximadaurente3l
rnilhões de m3 por ano.A
explotação atual de água subterrâ.nea atingo aproxiuradarnente 3r¡iilrões
de
nretros cúbrcosllor
ano
o
qur: roprcsenta 10o/t,da
recarga. Paraa
lSaciado
Rro Cubatão a recarga estimacla chega a 325 milllões de uretros cúbrcos de água por arro.Com
relaçãoa
qualidade da água, as análises reaiizadaspelo Instituto l-ecnológico
do Paraná-
TECPAR, mostrarr que as
águas sutrtenâneasde.loinville
podcrr ser
localurente del'jnidas como águas alcalinas bicartronatadas, e ainda não existenr problerras de contanrinação sanitária.Bste aqüífelo
é
umanova
altel'nativa cornplernentalao
recursohídrico
superl'ioial. É estrategicameÍrte amaior
reserva cle ágLra potável da cidade e fepresenta uura excelente opçào,AIlSltì.AC
t'The groundwater are tlre
rïost
lmportanl. reserves artd tepresents 97o/oof
theftesh
watelin the rvorld.
'['he increasing necessily
ol'good quality
water
rs, andwill
be,the
reasonl'or a
largenurnber
of
stuches and investnrents.-l-he
city o1'.loinville
is
located northeasternol
the
stâteof
Santa C-'atarinahoring
thcgeografrc coordenates
26ultÌ'05"
Southl,atitude
ancl48"50'38"
L,ongitudeWesl
o1'C¡eenwich Meridian,'Ihe
localpluvìal
precipitation is oneof
thc highestin lìrazrl,
about 2,000rrnr/year.
l'lic
ânuual rairl
plecipitation
distrìlrulion is about 200 days.In
spite ol'sr.rch water surplusits
rrreguialdistribution
presenls serous ¡rloblems and thelack of, and rationing
ol'
water arestill
a constant nowadays among theoity's
population.ìn ils
legìon
the
groundwater
is
situated
in lile
fissured
rooh
zones,
geologicalyreprescnted
by
rooks, ol'Dsoudo Catarínensc, where tho rveathelecl zones reaches at about 40rn length.Such aquifer is located in fractuled zones into two rnain direclìons: N30u- 40u8 and
N20"-30"w.
l'hc wcli
ploductiorr is arourrd l.U - 3.0 rnì/h. duc tolhc
lackol'cntcrious
l'orits
location.'l'his amount ooul<j be 10 rn3/h
ìf
imploved hydrogeologroal stuclies.'fhr:
amount
o1'water utilized
fiorn
the
l'issured
ar¡uif'eious reaches approxinratell, 3 000 000 rnt/year',With
relation to the water c¡uality,the analyses rnade by the Paraná '.1-ecnological lnstitute(lnstituto
'ì ecnológico do Paraná-
IBCP.AIì) shows thatJoinville's
groundwater can Lre dcf irred as a r.nineral water and there's no problernsol'olganrc
contalnìnalion yet.'['hel'e are no doubts that the
aquifer
is
a needed alternâtiveto
theRivers
Cubatão and1, -
rN',flìoDrJÇÃo
1.1 - Considelações sobre a área de estudo
A
cidadede.loinville
ó atuahnenfe o mâior oentro inclustrial e a urais populosa cidade dollstado de Santa Catarira.
Como
em
outras
ciclades c¡uc,a
exernplo
de
.lornville ta¡nbétr estão
eln
fianco desenvolvimento, a ufilização dos lecursos hídricos apresenta tendôncia de cresoimento a cadaano,
e
de
acor<jo corno
plano
cliletor: dr: abastecil.nentode
águae
csgotarrentosanitário
deJoinville
de 1994, este clescimento é de a¡rroxitnadamentc 47o ao ano.Em
lìnhas gerais
a
utilização
dos
recursos
hídrioos
do
nrunicípio estão
assil¡ direoionados:os
rnanaucìaissupellÌciais,
in
ttdlLt'u,
esfão destinadosprincipahrenle
para
aagrícultura
e
após tratâmento,para
consumopela
população.Por
sua
vez,
os
mananciais subterrâneos são, na sua grandel¡aioriâ,
utilizados pelo setor industrial e turístico,A busca
clìtiva
pela utilização dos lnananci¿ris sutrten'âneos por elrptcsas, data de 1970 c setrrpre r:stevc âssociadaà
necessidadetle
água
no
processoindustlral, consuuìo
intemo
e princrpalnrente à dinrinuição de custos operacionaìs e financciros.Apesar
do
município
apresentarum
grandenúnrelo
de
poçostubularcs
prolìndos,
aclivulgação das suas caractcrísticas airrda encontra resistência enr algumas olnpresas perlur:adoras que se acl]arn no direito de mantê-las conlo trunfos de ìnl'ornração para
o
mercado.O
balanço hídrico, que
scrádescrilo
nestetrabalho, nìostla que
apeas
um
pequenopcrcenfual
do
potcncial
hidrogeológico
de
Joinville
está
suldo
atuÍìlnle1ltc
utiiizado.
Oconhecil¡e¡rto
destainlòrrlação,
poder'áfbnrentar
locaçõesurais
oorrefasde
poços
c
r"ulramaxirnização deste recurso, influenciando positivân'ìente nas lonradas d.e decisões a respeito de uso do
lerritór'io
quantlo da instalação de novas inclústrias ou novos cenlros de desenvolvinlcntourbano.
A
preocupaçãocorr o
gerenciamentoe
proteção dos reoursos híclricos abrange as trôs esf'eras governarnentais.A
nível
lèderal
a
lei
9.433
de
.laneirode
1997instifuíu
a
política
nacional de gerenciamento de recursos hídrioos.
A
leì estadual de Santa Clatari¡ra, núnrero 9.748complenlenfâr n." 029
de
1410611996instífuiu
o CódigoMunicipal
do Mero Anrbiente.A
partirda
aplovação desta lc;irirunicipal,
a ITIJNDEMA
-
FundaçãoMunicipal do Meio
An-rbiente recebeua
delegaçãode
cadastra¡ as inlÌrrrnações peftinentesao rrunrcípio
cJeJoinville,
bemconro
analisarprojetos de
novos poços,controlar os
selvìços relerentesa
água subterrânea,fiscalizar,
monitorar,disciplinar
e outorgaro
uso clas águas subterrâneas, denfro dos pleccitosdas três legislações,.
1.2 - Considerações sotrle o estuclo desenvolvido
1.2.1-Objetivos
Os olrjetivos
a
serem aloançados nestetlabalho
estãodefinidos
nositeus que
seguem al'raixo:o
Cadastrar os poços tubulares ¡rroíìndos ernforna
de lSanco de Dacios.u
lìealizar
análise hidrogeológìea dos poços câdastlados apaltìr
de inlormações bibliográ.l.ìcas e infottnações do cadastro (profundidades, espessuras dor¡anto
de intemperism<1, entradas de água, vazões e aspectos construtivos dos poços).o
Iìealizar análise estlufural do aqúílèro fiaturadoe
Realizar
balanço
hídrico
a
partir
dos
dados coletados
das
estaçõespluviométricas
e fluviométricas.ø
Gerat
ulx
rnâpa
dos
lineamentos l'ofointerpretadosde
parte da
área urbana
enr
escalal:50
000.o
Indìcar áreas mais protrissolas para locação de poços para ¡rrodução de água subtelrânea eur1.2.2 - Melodologia aplìcada
A
ntetodologia aplicada parao
desenvolvinrento desta dissertação envolveu as sc.guirrtcs ações:6
l-cvaÍìtameulos biìrliográl'icos.
Trabalhos de carnpo e ievantanrenlo geológico-estlutural,"
Cadastramcnto de poços e ctiação de um banco de dados eur fornrato Access,.
Análise das iul'orrnações e proccssamcnto estalistieo,'
lnterpretação dos resultacl.os e discussões técuicas,^
A.nálise i: rnterpretâção de fofos aéreas e imagens de satélite,z.-
ÁnEn
DEESTUDo
2.1 -Localização
O
município de
Joinville
localiza-sena
região nordestedo
Estadode
Santa Catarina(figura
l)
a
172
Km da
capital
do
Estado,Florianópolis.
A
cidadetem
como
coordenadasgeográficas'.26'
18'05"
de Latitude Sule
48o -50'38"
de Longitude a Oeste de Greenwioh (PMJ,1 ees)
Satúa
Catarhm.A
áreaterritorial do
rnunicípioé
de
1.183 krn2, sendodividida
en't347,2 km2 de zona urbana (2g,35%) e 835,8kmt
de zona rural(70,65%).
O município ocupa uma estreita faixa deterra que se estende desde o
litoral,
passando pela planície litorânea e atinge as escarpas da Serra do Mar, até o Planalto Ocidental.A
leste,
encontra-sea
Baía de
Babitonga, importante formação
de
águas rnarinhasinteriores,
com
áreade
aproximadamente100
krn2.Neste setor existe
o
maior
maciço
demanguezais
do
Estadode
Santa Catarina, importante ecossistema costeiro que atua, também,como barreira física
à
expansão da cidade, neste sentido.Na
faixa
central, caracterizada comouma planície
costeira, está instaladaa
cidade,às
margensda
Baía
de
Babitonga.
A
oeste,encontra-se as áreas tradicionalmente agrícolas. Neste sentido, encontra-se
a
segunda barreirafísica para a expansão da ocupação humana: a Serra do
Mar,
onde destaca-se uma grande faixade Mata Atlântica, formando um dos maiores maciços deste irnportante ecossistema.
A
área de estudo abrange parte do rnunicípio cleJoinville. Define
um retângulo que estálimitado pelos paralelos 26o
13'
e
26o24'
de Latitude Sul e os meridianos 48o45'
e 48o54'
de Longitude Oeste, cobrindo urna extensão de aproxirnadamente 341 Krn2 (Figura 2).2.2 - Características sócro-econômìcas
De
acordo cour os dados da lrundaçãoInstituto
de
Pesqursa e PlanejarnentoUlbano
de.Toinville
-
IPPU.Ia
população de.loinville
ern
1996(projeção)
alcançava 426.500 habitantes sendo4l
1.700 habitantes na zona urbana e 14.800 habitantes na zona rural.As atividades sócio-econôrnicas nrais importantes da cjdade são as indusfriais, agrícolas e lriner'árias.
A
diversidade na indirstria está lìstada na tabela 1 e nlostlatrs
seguintes sL'gnrenlos:.loinvjllrl
âpresenta áreaaglrcultável dc
20.000 hae
conta con¡1995).
As
atividades agr'ícolasde
.loinvìlle
telÌl
colìro
earacterístìcaproprtedade,
de
estrutura
fämììial
e
pr-oduçãode
subsìsfência. deserrvolvidas estão listadas na tabela 2.I 71
5
produtores (PM.l,fundatnental
â
pequenaAs
principais
culturasOutra prática que está sendo largamente desenvolvida é o plantio cle hortaliças, e culturas perlnaïìentes como a bananicultura e o nranejo de Pinus e ìJucalipto. Na Pecuária,
.Ìoinville
tenr destaque na procìução deleite
e suillocultura. Ativrdades cornolndústria
Caseira e Prscicultura. também estão emlianco
desenvolvilnento.As atividades minerárias que
ooorrelÌ
en
.Ìoinvllle
estão voltadâs 99o/o para â construçãocivil
de uso irnediato e encontl'an'ì-scl listadas na tabela 3: ¡nircr¿l dc Joinville lFontertìt.;M t\4 ¡N t,tR A ì I.,AVIìA I] Ì]ENEIì(]]AM
Areia
Estooaqcnr Flìndic,¡o
Argila Ma¡rto dc iùtcrììPel'isfio de calo)'ação Plnìcipallnoì1c Â{clro c n lhblicaçâo
dc tclhas o tirolos.
C¡ulirn Plannlto Ocidc¡t¡1. <lcsuÌonlc nlccnl)ico
do Cin¿issc ¡ltcr'¿do
Par¡ a inciishi¡ ccráurica <1n legião
C¡r¡issc Pcdrclr'as Dcslìrortc con uso dc
ex¡rlosivos lìr'ilagcn.
('a,¡ìslruçiìo c¡\ rl
Sci)ios l{okrdos (griirìito. gn¿ìissc.
auôrtzito. rì¡fibolitos c outros)
Äo lougo clas 13acias bidr.oglriñoas da Ycrlclìtc lcste da Ser.¡ do
2.3 - As¡rectos fìsiográficos
2.3.I
- GeornorlologiaA
expressão geornorfológica da região nordeste de Santa Catarinafoi
detennrnada pelas caracter'ístioas geológicas, hidrográficas e clirnáticas.A
região caracteriza-se pelo relcvo acidentado. rnesclado com áleâs planas próxiuras aolitoral.
Basicamente, existem trôs unidades nTorfológicas dislintas na região: a Planície Costeira, as Èsoarpas da Selra doMar
e o Planalto Ocidental(GAPLAN,
1986)A
Planície Closteilalorma
uma Iàixa l'elativarnente estreita entre as enoostas da Serra d.oMal
e a Baía de lSabìtonga. Nesta área, as altitudes médias não ultrapassarnl0
uretros, ¡rodendo ultrapassar os 50 metros nas áreas rnais ¡rróximas às en<;ostas daSolla. llstas
planíores forarr-r fortnadas ¡reÌos sedirnentos oriunclos clos processos erosivos da Ser¡a e por depósito de materialresultante da
dinâlnica
flúvro-marinha. São encontrados, ainda, nesta unidade geonor{'oÌógica,morros isolados que podern atingir os 200 inetros de altjtude.
Nas liscalpas cla Serra do Ma.r, o relevo aplesenta-se como umâ Serrâ propriarnente dita,
oor.n vertentes íngrenres voltadas para
o
leste. I-lá ocorrência de crìstas epicos,
separados porvales proíùndos, onde a difèr'ença de
altitude
atinge os400
lnetros. Os pontos nrais altos ten.raltjlude
rnédia
ern torno de 900 metros, ultrapassando os 1200 rnetros nos pontos rnais elevados,De
utRafortna
geral,
podemosdìzel
gue
as eÍìcostas voltadas parao
lesto
apresentaln uma ìnclìnação supeliol a 50',As
prinoipais
est,ulìlras
geladaspela colrpartillrentação
lìtológica na
área
urbana.loinvilie definilarn
lèìçõeslocahrente
conhecidascolno
Molros
do
ltinga, do
Guanatrala. Boa Visfa, doIrirìú,
dos Sargentos e 'Iirnbé.As
litologias
básjcas destas feições são gnaisses bandadose
quartzitos.llstes
últìlnosfortnam corpos
alongados,lenticulares,
encaixadosdentlo das
unicladesPré
Cambrianas. Apreserrtanr direçãoNNW
e garântenl a sustentâção destas elevações.Quando observadas as imagens de Satélite (escala 1:250.000) observa-se que esta lèição geomorl'ológica
é
cortadapor
estruturâserl
sua grandemaiolia
dìreoiouadaa
N35'5011e
porde
outrâ grande
família
dc estruturas aproximadarnente perpendicnlar à es1â com direções em tornôde N20-40W, ambas corn mergulho subvertìcal.
Alérn
destasfeições
geomorl'oltigicas
exister¡
inúlneras
pequenaselevações,
cuja denominação local é"tnar
de lnorros". Esta fèiçãotarnbélr
herdada pelo I'orte condiciona¡nentoestrutural está
lir¡itada
llor
estruturâscom
extensãoenlre
100e
l000rn.
As
direções destasestfulrrras ol¡edecerr o padlão ac¡¡na descrito.
2.3 2 - l.lìdrografia
O
sistema de dlenagem natural dornunicípio
cleJoinville
làz
parte, err'ì suâ totalidadc, das vertcntosdo Atlântìco.
A
l'ormaçãogeontorlblógiea
da
região" assoc¡adaàs
condiçõosclimáticas
c
cobertula vegefal interferem
posllivanrente
no
regime
hídrico
clas
t¡acìashidrográficas, proporcionando ao ururrìcípio ur.ìr bonl potcncìal hícirico
(ll3GE
1983).O
sistemahidrográfico
do r-nunicipio apresenta sua organização predorninantemenfe na vcrl.ùntc lùslc da Sclra do Mar', cujoslios
sc caiaclclizanr por pcqucna cxtcrÌsào c grandc vazio.A
hidrografia
de.loinville é co
stituída,
basioarnente,por
cinco
bacias principars: r'ioCachoeira,
rio
Cubatão,rio
Pirai,rio
doJúlio
etio
Pirabelraba. Estaúltirna
é a que apresenta ainclrtrr intcII'crùrrc ia a ntr'ó¡rica.
A
llacia
dollio
Cachoeira, que eorta a área r¡rbana da sede doMunicípio
no sentidoNO-SE
e
deságuana
llaia
da
Babitonga, passando antespela Lagoa
do
Saguaçú, possui conroplincipais
aflueìltes
os
rios Molro
AltÕ,
Matìas,
Jagr"rarão,Bucarein,
Itaum,
ltaul¡-r¡inlr,
Sanfinho e Velho. Esta bacia divide-se enr cluas sub-bacias tje acordocotl
o seu relevo:Baoia do Cachoeira ¡:roprìamente dìta, tendo
colno
linrite
de jusante a conlluôncia doslìios
IJucalein e Caohoeira, e a n'ìontante por rnorros da Sel'ra clo
Mar,
entremeadospor
terrenos aluvionares onde esfá inrplantada a grande área urbana da cidade.Bacra do Flstuário do Cachoeila e l,agoa
do
Saguaçir, de l'ormação basicarnerrtc scditnentar,cor¡
lraixas cleclìvìdades e bem caraoterizada pelo serpenteio dos meandros dos rios e r¡esnro de braços de nrar.A
Bacia
do
Caohoeila
apresentaurn
perfil
srnrilar pala todos os
seus tributários.llequenas extensões, que seguem para o leito princìpal que apreser]ta baìxa declividade e por
fim
etn sua porção
tenninal
colir declividadcs irrisórias ou quâse nulas que ocasionam o retardo dosdeflúvios
Aléln
destas calactcrísticas,a
hidlologia da
bacia
do
Cachoeila
é
ainda
fortementeinfluenciada pela grande aproximação do oceano que a associa âos regirnes de marés e as fortes precipitações pluviornétr'ìcas.
Cotn
exoeçãoda bacia
do
lììo
Pirabciratra, c¡ue âpresentaa
mais baixa
clcnsidadepopulacional, as dernais bacias scrão descritas no capí1ulo tralanço hídrico (item 5).
2.3.4 - Vegetação
A
vegetaçãona região
de.ìoinville
pode
ser classificada,de
urnaforma
geral,
cotr<rFlolesta
Orrbitifila
Densa(GAPI-AN,
1986), tarnbéur conhecida conro MataAtiântica,
lJste tipirde vegetâção, que assulne tipologias diferenciadas, de acordo com as características climáticas e
edáfìcas da regìã0, cobria originalnronto quase â totâlidade da extensão do rnr"rnicípio.
A Mata Atlâutica caracteriza-se pela sua grande biodiversidade, fonnando ur'ì1a vegetação deusa e exubetanle, que atinge altura superior a 30 inetros. As copas das árvores rnaiores tocanr-se, l'ormando uma cantada relatìvarnente
unil'on¡e
e lèchacla.No
seuinterior,
lbrmaln-se ainda outros estratos, de plantas lrenores, adaptadas à iluurinação difusa,No
estrato rnéclio, apal'ece opalrriteiro (l:hterpe edulis),
especiernuito cornur¡ na
florcsta,
^juntalnelrtccorn
urn
grande uirnrero de plantas e1ríl'itas oomo asblorrélias
e orquídcas.2.3.5,
C]¡rnaA
regiãode.loinville
âllresentaut¡
cliura quente e úrnjdo, não a¡rresentandoulra
estação seca, sendo ciassilicadocor¡o clima
mesoténnico, constantementeúmido
(Cf)
na classificação de Koeppen(CAPLAN,
1986),A
temperatuta média anual é de 22"C, senclo a médra das tnáximas 25,9'C e a média dasO índicc cle precipitação anuâl é de 1908,9 mtn, com
rlédia
nrcnsalde
1 59,4 rnli.r, sendoo
urôs dejunho o
que apresentaa
llrenor
rnédia,com
8B,8lrm.
Nos
uresesde
dezenrl¡lo a fevereiro este índice pode ultrapassar 200 mtn/môs.A
umidaderelaliva
do ar é alta, variando emtorno
dos77
o/0. Pode-se destaoâr que no mês dejaneilo
a unridade do ar'é tnais baìxa e no r¡ôs de al¡ril é mais alfa.Devido às
oalacterísticasdo
relevo, existem dois trpos distintos
de clima
na
região.3, GEOLOG.IA.
3,1. - Geologia Regìonal
- Er¡ basa¡Içnto clistal ino.
Na
área
de
esludo,
as
rochas
predonrinantessão
ac¡uelas pertencelltesao
llscudoCatarinense, quc é câracterjzacìo por terrenos Arqucanos de evolução rnuito complexa e a1ètados
por diversos ciclos tecfono-orogenéticos e os sedilnentos recentes
fluviais
e l¡arinhos.Dul'a¡rte a evolução do
ciolo llrasiliano
(ProterozóìcoSuperior),
uma porção d.essa áreaI'oi
totâhnente remobilizada, enquantooutra
perÌnaneceu estável, corrporl.ando-secorro
áreacratônica e nrostrando apenas retr:abalharrento ¡:arcial
(SCllOllBLtNl IAUS,
1984)Os
sister¡as
de
lalharnento
principais
apresenlamdireção
NE
e
NW.
As
direçõesplincipais são
N20ìi-N40[
r: N45W - N60W c subordinaclatrente N-S, Ntl5B, N85W.Os
lineamentos funoionararn,
ora
corno falhas
de
cisalhanrento,ora
como
falhasfensionais, ao lougo de djversos ciolos orogênicos. llsses lineamentos
foram
responsáveis pela l'otrnação das fossas tectônlcas clue abrigarn as sequências dc cobcrtura e 1'oraln tambérn sítios deascensão cle roclras vulcânieas e glanitóides. bern coriro
controlaran
aslàixas
de dobramenlosorogenétìcos, delineanclo
o
arcabouçogeológico dos
escudos Catarinensee Rjo
Grar.rclense(SCrlOBlltsNl
lAllS,
OpCit)
llnr
Sallta Câtârina, estes torrenos Pré Camblianos oorresponderu ao CrátonLuiz
Alves,Este Clráton cotnpreende os Cot.nplexos
Luiz
Alves,
Paraíbado Sul
e
Suitc
intlusiva
Serra doMar,
desclitos a seguir:Complexo
Luiz
z{lves: Iìormado 1:rol rochas nretarnórficas, principalnrente do fácies granulito decolrposrção básica interrnediárìa gerado no Alqueano e Proterozóico infèrior'.
Suite
Ìntrusiva Selra
doMar:
Cornpreende scis corpos intrusìvos (Stocks) que ooorrern entrcas rochas do Complexo
l-uiz
Alvcs. Estcs são conhecidos pela denominação de Subida, Coru¡rá,Pirai, Dona .lìrancìsca,
Morro
Redondo e Serra AIta.No municipio
deJoinville
predomina alitologia
gnaisse granulítico e subordinadat.nentegnaisse bandado, c¡uarfzito, folma.ção
felrífera,
anfibolitos
e
sedimeutos
receÍìtes(GONÇAI.VìIS,
re93)Ilstas rochas enoontrarn-se extremalnentc decornpostas f'olmando solos
com
r¡anto
de tntetnperismo oom espessula próxirna a 40nr na zona urbaÍìa. Na zonas rural. onde predonrina aScrra do Mar, propriaurente dita, o uranto dc alteração não é fão espesso, pois há frequentelÌtente
deslizanrentos de encostas. ìlsl.es eventos
fonnarr
depósitos cle tálus, corn espessuras clue podematingir
l00nr.O
gnaissc bandado ocorre illì1 associações lìtológioas, consorciado corn intercalações dequartzito, formação lèrríf'era trandada e anfibolìtos.
- Dep_ouþt sçdt¡¡eúaIgs:
Os
sedimentos recentesque ocon'etr em
escala
legional são
de
origem
fluvial
-continental e tuarinha, C)s sedûnentos de
origen
nrarinlra estão presentes na área de influênciade
rnarée
possuem considerável quântidadede matéria
olgânìca.Os
sedilnentosde
oligernlluvial
e continental, são aqueles quelit'aln
desagregados da Serra doMar,
transportados polaação
da
água
e
depositadosao longo
closlalvegues
de
drenagem. ÌJstesdepósitos
cstãorepresentados
por
matacões,
seixos, areias,
argìlas
e
siltes, oonclicionados
às
Lracias liidrogr'áficas.3.2 - Análise da geologia estrutural
GONÇALVÌrS
(1993)definiu
duasfises
de cielòr'uração das rochas.A
rnars antiga deuorigern a dobras com atitud.e princìpal para
EWSubveltical,
enquanto que a fase de defornraçào rnais recente tem âfiludc NS/subvertical ecixo
subhol'izontal oonr direçãolìW,
CIJBAI'ÃO
DIìAGAdiNS
(199(r), del'ìniu três sisteinas de l'alhamentos e liaturamentosprincipais: N20-40W
-
Sr¡bvertical para SW, N0-2011-
Subverticalpata
Sli
(sentido regionalMcdidas de estluturas levantadas ern callìpo <jemonslraln que a <xientação prelèrencial é de N20-30W,
corl
mergulho variandodc
65-tì5SW. Mostra-se ainda urn sisterïìa estruturado a N20-308, corn mergulhos subverticalizados.3.3 - Geologia local
A
área central do urunicípiode.loinville
é geologicarnente ca¡acterizada por deptisitos doQuaternário, tepresentados pelas areias
e
argilasao longo
do Rio
Cachocira.llstes
clepósrtosjazetn sobre litologras clo llscudo
Catarinensc representaclas ¡rrinoi¡rahnentr:por
gnaisscs,quartzitos e lortnações fen'ífetas bandadas, Estas duas
últilnas
litologìasalloraln
¡-ros nrorros doBoa Vista,
lririú
entre outros (anexol).
A
espessurado
mantode
inteurperismo nestes locajs atinge até 60 (sessenta) metros,O
manto
dc
alteração
das
rochas
clo llscr¡do
geológico
ap¡esenta. plincipahr-rente, associaçõesde
atgilo-rrinerais
e
minerais
micáceos hidratáveis(regolito).
Quando associadocour l¡inerais
granulares clequarlzo, oriundos
de
quartzitos
ou
cla desagregaçãocle
veioslnineralizados, este
regolifo
torna-se altaurentefriável
e, port¿ìnto,làcilmente
transportado pela água. Tars processos aunìentarx sensivelmente quando o solo não apresenta coberfura vegelal ou há intensa movin'ìentação de terrapol
tetraplenageur ou miueração.Os
depósitoscoluvio-eluvionares são
de
expressãol¡ais
restrita
e
loraur
fon¡ados
basicat¡ente a
partir
da alteração das unidades litológìcas tlansportadas pela ação glavitacionalque rege as fases de dìssecação de encostas. Estão situados, gerahnente, nas encosla dos urorros
e loram
geradosno
Quaternário(períotio
ent
que houve
trânsportede
solos
e
rochas oorndeposição no sopé da encosta). Caracterizam-sc pela grande diversidade
litológica,
presença de111atacões tle rocha.s, tanto enl superficie collro el:n subsupelficie (conforme vel'if icado no calÌìpo
e nas sondagens). Cotnpõern-se prit'toiPalmente dc fraginentos de rochas gnaissicas e quartzíticas
corn
perlìl
de alteraçãosíltico
argiloso de coloração acinzentada, avermelhada e atrarronada degr'ande plasticidade e fiagmcntos de quartzo dispersos.
A
ootnposição mìnelalógica clcstes depósitos é basìcamente aqucla pertinerrlo âo grupoclas micas, anfìLrólios, lèldspatos
e
subordinadarnente quartzo.A
deoomposição l'ísico químicaclestes
nrinerais gerou
coluvios
-
eluvios onde
locahrente
podem ser
observadas estruturâs prirnárias da rooha e lìneamentosde
nrinerais de quartzo(IIAGGIO,
1995).4
- IìI-ÌCIURSOSl:liDRlCOS
DOMUNICÍPIO
4.I
- Considerações geraisA
água apresentâ-se em constante transformação. Chuva, evapolação,infiltração,
entt,e tåntos estados possíveis.O
conjunto deleslorma
urnsistena
feohado e equilibrado etntelllos
globais e temporais clue recebe o nonre de
ciclo
hidlológico.Em
Santa Cafalina, a dependôncia dohornen
com a água (tlansportc e dessedentação) estabeleceuo
desenvolvimentode
cidadesao longo
dos
rios, colno
é
o
caso
de
Joinville,IJlulrrenau, Gaspar, Caçador, Joaçaba
e
inúureras outras cidades.Devido
a
esta caracteristicacultuml,
ainda hoje, os rios são as fontes de abasteoimonto ntais utilizadas no llstado.Iror outro lado, é sabrdo que a rnaior e ¡:rincipal l'onte de água para nosso consurno está
no subsolo. As águas sutrterrâneas respondem pot 97o/o do volurne total de água doce do planeta.
l'ratarll-se de teservas estlatógicas, das quais depende a perpetuação cle nossa espécic.
O
município
de.Toinville destaoa-se no cenário catalincnse como cidade essencialmenteindustrial^ cour agrìcultuta de subsistência
(.iten
2.21, extração demateliais
geológicos para aindústria cerâtrica
e
construçãocivil
ern franco
desenvolvimento,e uin
crescimento urLrano ex¡rlosivo, ondeprolilèrarn
os lotearnentos (legais e irregulares). Pred.ornina afirrna
caótica dcuso
e a
ooupaçãodo território
coì:t'ìprometendoa
cyualidadedas
águasdos
mananclais desuperficie. Ijste crescirnento acelerado é dìretaurente proporoional à geraçâo de problernas.
Corn relação às águas s¡"¡trtenâneas, esles impactos negativos refletem-se na quantidade e
na
qualidade
da
água, atravésda
ledução
das reoârgasnaturais
do
sistenra,da
ìndução depoluição
a
partìr de
vazamentosde
tancagensde
combustír,eìs,do
lançanrentode
esgotos eefluentes
industliais
no
solo,
acidentes
de
tÍansporte
de
produtos
perigosos,
dìsposição inadec¡uada dt: rcsídw¡s doméstioos e inclustriais e aplicação dc aglotóxicos, entre outros.ALBUQLJERQUE
FIl,llO
(1995)
discutindo
os
protrlernas envolvendo
águassubterrâneas e
o
uso e ocupação doterrìtório,
destaca que ações sinrples adoladas previarnentcpodetn
tninirnizar sìgnìficativanle te
os efuitos plovocaclostanto
sobrca
quanttdade corno nao
lìebaixa¡renfo do NE,ô
dilnlrlrìiçtio da csÞcsslìla s¡tllradil.
s¡ibsi(lônci¡ì do tcrrcuo."
irìdução do ¿ìvrlìço dc cu¡has salillr¡so
Rcbai\¿uneûto do NE..
dllììinuigâo da cspessurâ sñfì¡rôdzt.
Di
ìûìriçâo ds rìDridado dos soloso
crâçâo do nivol dc água srìblc âlìea.
Aù¡rìclÌto dâ cspcsst¡r¿ satu¿ldÍìo
Surgôncia de ág  olìl allos lopográficosu
Sali¡riziìçâo dc solos suÞorficiais.
^r¡nlclto d¿r uilnc,;rbrlid:rdc n conmnrrlnçio
clî água subtcrrârìca
o
(blnpso do soloElc\,îçÍio do nívcl de hgÙ subtcrriì¡cí¡
A.ulllc[lo d¡¡ cspcss¡ìra sâlr¡ÌÂd¿t
¡büÙação dg llÌ¡xos D,clcrclcrais para a
ógua subtcr'r'rîlea
"
Elc\,Âçâo do nívcl (le águi¡ sl¡btcná¡ca'
Gcraçâo dc aqiiifelo sÙspelìsoô
Dcscslatliliäção dc t¡krdes ¿¡diâccntesô
col¡¡pso do soloo
Contani¡r¡çâo da áglrô sub{cnáncao
l'iün¡çÂo dc çholln¡c.
Migmçâo dos lixiliados parfl o ôqtiilìroo
Ùìstâbili7;¡çâo gcolécnicn em lixõcs.
Migroçâo dc água conlanìilìnda.è
Coúlanirìâçâo do solo..
Dlcvaçâo do rìívcl do Águ¡r do aqiiíl'cro.
Ccraçâo dc irqüífqo suspcnso ou âìullctìfoda cspessura saturada
ó
Aprìrcaiurclìto de surgônciíts dc ágo¿t.
Conl¡lnri,lação da áßr¡¿ s¡lbtelrâncaCo¡ì(iìDriração loull c rcgioual do solo c da
água sutrtoliìuea
Cort{artrinaçâo da :igua sÙbterÌâùoô na árc¿Ì
dc clcscarga
Coll¿lnrilraçâo do solo c df¡s águ¡ts
sùblerrârìcâs 'fÐbel¡ì 4:
I.
ORIGITM 2.llombcarnelrto
Su¡rer
cxplotaçâo do aqüifcro
lnìplôlrlaçâo dc
cavas ou litiìcis
de tnircraçâo
DO MEIO
Restriçâo dc usos d¿l ágùa sublùrâncit,
esgolaùìellto do utarmtrciAl.
darìificaçâo orì dest ìiçño de conslÌLtçõcs
Auue¡to cla drficuldadc de accsso às águas subtorrânr:ss Perda de ponlos dc c¡¡plÍ¡ção
i
staladosDiurintrição clc vohuncs dispoDivois para abasf ocjntc,rlo
Pcrda dc ¡rrodutividadc em árcns ¡plas p¡r¡ a agÍicultur¡t
itcstlição dos usos d¿r ágùa subtcrrâDc¡r Pcrda dc poDfos do ciìpliìção
irìstal¿do!ì-Pcrrla clc proclutir'ìcladc do solos aÞ(os p¿ìtit ¿t ôgìicù11ür¿ì
Sltulrçîo dil'crcnciul cnl sr¡b lutos clc r r¡'.
Dnnilicaçâo ou perda de constrLlções.
Ccrlç¡o. ru¡tj\îçáo ou acclcrnçño rlc I'roccssos ctori\os
lil¡ca¡cs.
ou sâtufacâo dc
Danilicaçäo ou porda dc const.0gões
Contalììi âçâo de rcscr'valóiios dc água sublcùáltc¡t
Rcstrição do uso da água subtcflîlìcq.
Doenças dc vcioulação
bitlrica-l)crda dc \,ìdas lìurììanas c danos ntatctitis
Perdâ dc poDtos dç c¿¡pl¡çâo inslalados
Rcstriçâo dc usos da ágr¡a subtc¡râuca
Reduçôo da disponibìlid¡ldc de águ{ pllì o ab¿slccilìrcDfo
Pcrda de poD(os de cnpl¡çâo iùslalfldos
I{ostriçâo dc ùsos cla água snbtcrráncn
lleduçâo da disporrìbilidade cle ágta para o
abastcci¡ìenlo
Pcrd¡ì de porìtos dc cÍrplôçâo utst¿lfìdos
lìest1ição dc rìsos da águ¿¡ subtcÌrâtìca
Docuças de veiculação hidrica
Pc¡d¿ì dc Þontos dc c¿lptação iDstillados
lìcslriçâo do ùsos dî ágùa sr¡btcrrÍìrÌoa Reduçào dâ disÞoûibilidade dc hgua l)¿ìrí¡ o abastecilùenlo
Pcrd dc poD(os dc cÂptaçâo jD$t¿¡lirdos lìcstÌiçño de \rsos da áBua stìbtel1âncâ
Iìiscos dc iuc¿rdios c cxlllosôcs
Pcrd¡ dc Dor)los do c¡ìptação irìsfal¡dos
l{cstriçâo dc osos da águiì sùblerrâùc¿r
Pcrda dc t)oûtos dc caplaçâo irìstâl¿dos
lìestrição dc rìsos d¡ì ágtìô sùbtcnÂùe¡
2
hlsf¿rlôção dcl)o¡ìrcslica
Lîngíuìrcnto de
ágùâs scNidas dirclailìc¡ìtc
sobrc o solo
Obr civil
ìûìplântiìção dc
cslrùtruas sìÌblcff¿lrclrs irnpermeávcis lcservf¡lótios
Vaziúren10 dc grsolira e¡ì
postos dc
Do¡léstic¿
L,atrinú / Þoço
¡cgro/fossa.
Lngoôs dc cslíbili,|lìçãa Agricùltura
Ìtrigaçâo colr
ágrra scrlitìa
L
ln(luslrial2.
Poços dciÙfiltrrìção I
C'cmitór'ios
4.2 - Utìlização atual dos recursos hídiicos,
4.2.
I
- Sistema de atrastecilncnto de água -CASAN
En
Joinville, os rios
Cubatão,Pirai
e
Motucas suplelÌì
a
dernandadc
água
par.a colrsunlo de 95Yo da ¡ropulação.A
crnpresa de água e Esgotos é aCASAN
- Cia Catarinense de Águas e Saneamento.^
CASAN
é
uma Sociedade Anôninrade
EconomiaMista,
oriadapela
lei
IÌstadual4.547 de
3111211970e, eni
.Toinville estáà
lÌente
dos
assuntosde
águae
esgoto desde23/06173, c¡uando
firtnou
convônio com a PlefeituraMunicipal
deJoinvillr: (Lei Municipal
n." 1.284),Atualmente a
CASAN
opera conl trôs estâções de tratamento de água(EfA):
aETA
Culratão, que produz 2"100 n3l!,¡,
Pirai
1620 nr3/lr e Motucas 65 rn3/h, num total clc 4385rn3/h.A
rocle de distribuìção de água tem uma extensão
de
1660Km
euna
rede de adutorascom
55Kul.
Em
1994,a CASAN
contratou urna consultorìapara
desenvolvero
plano
diretor
deabastecinrento
de
águae
esgotameto
sanitário
de .loinville.
Aquele
estudomostrou
que
adenranda
de
água projetada àte 2030 para
a
cidade
de Joinville
apreseïìfaem
rnódia
umcrescrmefio arrual de 4Yo.
A
tabela 5 lnostrà o resultado daquela pesquisa,Forìtc; Ecológicfl (1994) - x rnédifl atrì¿ìl CÂ,SAN
A
produção de água atual, estádentlo
das necessidade dornunicípìo
Porém osdaclos
ofìciais da
CASAN
(uJho/97)
apontarn peldasno
sistemada
order¡
dr;48%
o
quc representâ 2105 m3/h que são elirninados por problernas financeiros e físicos (tratarnento, rede de distribuição e problemas cle crurho operacional). Pleocupada com estes núlneros a CASAN deflagrouutr
plauo estratégico que reduzirá estas peldas em ulna prinrerra etapa pàÍa 30yo e de¡rois25%.
Com base ircstes dadoso déficit
tle
água alcança 310 m3lh.
Porérr
os índicest6
médios
de
perdasem
1996 atingirarn
57%,
e
lcpresentaram436
n3lh.
Atualntente
esteprobleura está senclo contornado pelo gerenciamento dos onze reservatórios de água (Tabela 6)
clue possuern capacidade total para reservar 36.630rn3 de água.
A
rrédia anual
das
vazões tlatâ.dasé
cle
5,345
m3/h.
Dcste
valor
são
lcoalcaclos 5.0271n31hpara
a
rede de distlilruição.
A
dif'erençaentre
as
vazões tratadase
o
volunredistribuído (318
n3/h)
e
utilizada
no
prooesso.A
tabela7
apresentaos
valores clas perdas. demandas e déficrt de água de rnaio de 1996 a maio de 1997..7: Oferfa c déficit rle cottsùnìo httnlann. vazõcs
tr¡ìt¡ìdâs
urt/h
déficit
nr3/h
Dezl96
Fev/97
Mar/9'l
n¡aì/97
A
CASAN
está r:xecutando urìì plano de anrpliação do srstema de abastecimento de água deJoinvìlle.
Estão ern construção urna novâ tornada de águano
rio
Cubatão, novaIIT¡\
cornfloculadores
e
decantâdoles(para
soluciona.ro
problema
da
turlridez
cluranteas
chuvastorrenciais) e outras oblas compleurentares.
391
452
4t4
425 ãã ñovem¡rc-rpixldofõñãt
João
Xxlll
Al¡ás Hospital280 - SC - Próx. frevo .le P¡r
vù1.
Conr base nestas inf'orurações
foi
criada a tabela8
que prevôa
atnpliaçãodo
sistcula-considera as perdas projetadas pelaCASAN
e porfirn
osdéficit
médios atéo
anode
2012
Aanálise desl.a tabela aponta unr dél'ìcit
¡línir¡o,
a curto prazo de 494 t¡t3lh, para abastecirnento de 95%oda
população.Pala minìmizar
este
ptobicma
será avaliado
no
itern 4.2.2
c
4.3
apossibilidade de utilização do manancial subterrâneo para suprir esta neoessidade.
e déficif do sistcnrr de ab¡rslccimcnto de Àló.. po¡rulação
t(,t¡rl llrah I
popul¡rção ab¡ìstccid!r
(h¡tb.)
dernRnda
n¡édi¿r mt/h
Þr'ojcção
das vazões
rnt/h
perdns I
p¡ojctadas 30dlô - nr3/h
déficil
I plojet{dîsl)eld¿ìs 2 2
1999 445 Ì6 423.240 4409 5220 1566 755 1305 494 475.116 451 417 4't02 5652 1696 '146 1413 463
2005 542121 t5 015 5365 6480 1944 829 162C)
2012 685.407 651 137 6783 azao 2484 987 2070 5?3
Outra análise que deve ser f'eita sollre os rnananeiais super'ficiais de
Joinville diz
respeitoaos ptobletnas origìnados por lènômenos naturais que eslão totâIfilen1:e l'ora tjo controle }tulnant¡, ou sejâ as glandes estiagens e as grândes enchcntes.
Quando ocorrem periodos
de
grandesplecipitações,
a
produçãode
água potável
é plejudicada devidoà
alta turbidezou
pela inundação das cstações de trataÍnento de água.Err
Janeiro deste ano, quando
loi
registrada a ocorrôncia de enchente. a pÌodução clilninuiuen
600/o.Já na grande enchente de
Iieverciro
de
1995a
produçãofoí
totalmente paralisada, Quanto àsestiagens
a
quedana
produção podechegal
afé 30%na
Estaçãode
tratamentodo Rio
pirai
Qulho/1997)
No
quediz
respeito às ações desenvolvidas para sanar estes pr.oblemasa CASAN
estáinstalando unídades de floculação e decantaÇão nas
IITAs
Cubatão e Pirai. l:lsta medida atenuaráos
problernas
de
turbidez
durante
per'íodosde
ohuvas intcnsas,
e
o
sistema
continuará attastecendo a cjdade normalmente, Pelsistirá apenas o problelna relativo às grandes ostiagens ria caplação do Rio Pirai.4.2.2 - Sisternas independentes de abastecimento de água subtenânea.
A
utilização da água subtelrânea eurJoinville
verrl ocorrerldo de longa ciata (no rnínimoOs
ostudosrnais
aprol'undadosa
respeìto
de
água
sutrterrâneaeln
.loinville
sãorelativarlente t'ecentes.
Utna das primr:iras infonnações sobre as águas subterrâneas
de.loinvjlle
é
de Maack(ln PI,ANEPAIì,
1973).O
autor desoreveo
perl'ìl cstratigráfìco de sondagens e aponta 5nr3/hootno vazão média dos poços da região,
Picker
(in
PI,ANtrPAR.,I 973) descreve as rochas aflorantes da região Serr.ana, discute aalteração das rochas que atingc cur alguns locais até 20rn de profundidade e tece oomentários sobre a geologia estrutural.
GONÇALVES
( 1993)
iniciou
as primeiras
disoussões a.respeito
de
usosde
água sutrterrâneacoln
ul1'ì cadastro de 57 poços, adelnais analisou as condições de uso e ocupaçãodo
terlitório
e mostrou preocupação com possíveis contalnina,ltes,A
referida autora descreve que a utilizâção dc águas subterrâneas para lìns industriais em 1992 ohegava a 388m3/h.GONÇALVES
E
DUAR'IE
(1996)
desenvolverampesquisa
de
cunlro
geotócnico, analisando poços rasos, e definíram a ár'ea de recarga do aqüífero - malÌto e liaturado.Defìniral¡
ainda dois fipos de aqüíferos, o fleátìco, associado à zona saturada clo manto de ìntelnpelistno c sedimentos (poços rasos) e
o
aqüílèro fratulado, associado às rochas clo CornplexoGlanulítico
(poços tubulares plofundos).
A
partit
do
presente estudo constâtou-se que alérn da recarga natur.aldo
aqüíièro, c¡ueserá analisada no
itetn
balançohídrico,
o
sistelna de abastecimento de água daCASAN
incluzprovérn das Bacias dos
rios Pi¡ai c
cubatão,
e é
induzido em
grande parte nâBacia do
Rio Cachoeira).No
quediz
respeitoà
produção atual, os poços tubulares profundos cadastraclos,procluzenr cerca cle 690 m3/h.
Conro
já foj
descrito, odéficit
do sisterra de abastecímento de água a curto prazo ser'á de494 n13lh, Este
valot
representa 72%
da vazão atualmente extraída pelainiciativa privada
de poços tubulares profundos.O anexo 2, mostra ár'eas onde a
perfiração
de poços tubularesprolindos
bem c;onstruídos podem aprcsentar major probabilidade de êxito para. vazões rraiores que 10 m3/h.A
partir
disso,este
défìcit
pode ser minimizado
atravésda
instalaçãoe
operaçãode
uma
rede
dc
poços tubulares profundos, utilizados exclusivamente para fins de abasteoimento públioo.4.3 - Abasfecjnento de água: soluções c alter nativas
A
produçãode
água, independenternentese
for
subterrâneaou
superfìcial deve
ser ininterrupta e suficiente para prover toda a população e todas as ações por ela <iesenvolvidas.Para
tesolver
o
¡rroblemade falta de
águaé
necessárioter
alternativas passíveis de irnplernentação,A
allelnativa aqui proposfa é o sistema do abastecii¡cnto público rnisto. No casode Joinville,
a
oidade
terrl
duasopções;
1".
irnplantaçãode
urna rede
de
poços tubularesprolindos
ao longo dos nos Cubatão ePilai,
e 2": irnplantação de poços tubularesprolindos
na zona urbana, distribuídos conf'orme a necessidade de água Ìocal.A
utilização da água subten'iì.nea conlo complemenfação dos reoursos superficiais, so6 aófica
deviabiabilidade
física, técnicae
econôrnicaó
favorável, umavez
queo
aqüífero ternpotellcialidade para
pteenchera
lacunado
déficit no
sistemade
abasteoiurento. Poderá. ser ainda, a rnelhor alfernativa duraute os ¡reríodos cr'íticos de estiagem, enchenles ou eur casos de acidenterodoviário
que envolva uma carga de produtos perigosos, de alta toxiciclade na SerraI)ona
Francisca, donrínios doRio
seco, importante aJluenle doRio
cubatão, de onde ¡rrovénr75% clo a.basfecimento de Joinviile.
A
avaliação dos voiumes
poteneiaisde
água
subterrâneapara
cobrir
o
déficit
serádetalhada e quanfificada no ítem .5.