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Influência do excesso de peso e obesidade na aptidão física em adolescentes de 10 a 14 anos de idade

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INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO E OBESIDADE

NA APTIDÃO FÍSICA EM ADOLESCENTES DE 10 A 14

ANOS DE IDADE.

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina para obtenção do título de Mestre Profissional em Fisiologia do Exercício.

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INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO E OBESIDADE

NA APTIDÃO FÍSICA EM ADOLESCENTES DE 10 A 14

ANOS DE IDADE.

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Mestre Profissional em Fisiologia do Exercício.

Orientador: Profº Dr. Acary Souza Bulle Oliveira.

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INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO E OBESIDADE

NA APTIDÃO FÍSICA EM ADOLESCENTES DE 10 A 14

ANOS DE IDADE.

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina para obtenção do título de Mestre Profissional em Fisiologia do Exercício.

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INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO E OBESIDADE

NA APTIDÃO FÍSICA EM ADOLESCENTES DE 10 A 14

ANOS DE IDADE.

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Mestre Profissional em Fisiologia do Exercício. Orientador: Profº Dr. Acary Souza Bulle Oliveira.

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Ignachewski, Lucienne Eloise Rocha

Influência do excesso de peso e obesidade na aptidão física em adolescentes de 10 a 14 anos de idade./Lucienne Eloise Rocha Ignachewski. -- São Paulo,

2008. ix, 48f.

Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em Mestrado Profissional em Fisiologia do Exercício.

Overweight and Obesity Influence on Physical Aptitude onAdolescents from 10 up 14 years old.

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iii

ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

MESTRADO PROFISSIONAL EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

Chefe de Departamento: Prof. Dr. Sergio Luiz Domingues Cravo

Coordenador do Curso de Pós-Graduação: Profª. Drª. Helena Bonciani

Nader

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iv

INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO E OBESIDADE NA

APTIDÃO FÍSICA EM ADOLESCENTES DE 10 A 14 ANOS DE

IDADE.

Presidente da Banca: Profº Dr Acary Souza Bulle Oliveira

BANCA EXAMINADORA

Profa Dra. Márcia Cristina Bauer Cunha

Profa Dra. Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira

Profa Dra. Junia Scarlatelli Christofani

Profº Dr. Joaquim Martins Junior

(8)

v

DEDICATÓRIA

Aos meus pais Dalton e Jeanete, pelo incentivo aos estudos,

iniciando na tenra infância e que se prolonga por toda minha vida

profissional.

(9)

vi

AGRADECIMENTOS

Ao profº. Drº Acary Souza Bulle Oliveira pela colaboração, paciência

e ensinamentos dos fundamentos da pesquisa científica, que me

proporcionaram uma visão mais criteriosa da ciência e ampliaram meus

conhecimentos científicos, enriquecendo meu desempenho profissional.

Agradeço a todos os meus familiares por estarem sempre ao meu

lado, vibrando com minhas conquistas, ajudando nos momentos de

dúvidas e sendo um porto seguro nos momentos de angústia.

(10)

vii

SUMÁRIO

Dedicatória...v

Agradecimentos...vi

Lista de quadros e tabelas...viii

Resumo...ix

1.INTRODUÇÃO...1

1.1 Objetivos...3

2. REVISÃO DA LITERATURA...4

2.1 Obesidade...4

2.2 Obesidade nas crianças e adolescentes...5

2.3 Problemas da obesidade em adolescentes...7

2.4 Obesidade e atividade escolar...8

2.5 Avaliação da aptidão física...10

3. MÉTODOS E CASUÍSTICA...12

3.1 Estatística...17

4. RESULTADOS...18

5. DISCUSSÃO...25

6. CONCLUSÕES...31

7. ANEXOS...32

7.1 Anexo 1...32

7.2 Anexo 2...35

7.3 Anexo 3...36

7.4 Anexo 4...37

8. REFERÊNCIAS...43 Abstract

(11)

viii

Lista de quadros e tabelas

Quadro 1.

critério de classificação proposto por Conde e Monteiro (2006)...13

Quadro 2.

Normas e Categoria para Avaliação da Aptidão Física...14

Quadro 3.

Medidas e testes de Aptidão Física utilizados pela bateria PROESP-BR

(2007)...15

Tabela 1.

Distribuição de adolescentes com baixo peso, normal, excesso de peso e obesidade, com base no IMC descrito por Conde e Monteiro

(2006)...18

Tabela 2.

Distribuiçãopor idade da classificação antropométrica com base

no IMC descrito por Conde e Monteiro (2006)...19

Tabela 3.

Distribuição dos voluntários em cada variável da aptidão física classificada por categorias: MF; F; R; B; MB; E. PROESP-BR

(2007)...20

Tabela 4.

Distribuiçãopor sexo das freqüências por categorias: MF; F;

R; B; MB; E. PROESP-BR (2007)...21

Tabela 5.

Distribuição da freqüência de meninas de 10 anos classificados por categorias e IMC para o teste de velocidade de

deslocamento...22

Tabela 6.

Distribuição da freqüência de meninos de 11 anos classificados por categorias e IMC para o teste de Força explosiva de membros

superiores...22

Tabela 7.

Distribuição da freqüência de meninas de 11 anos classificados

por categorias e IMC para o teste de flexibilidade...23

Tabela 8.

Distribuição da freqüência de meninos de 12 anos classificados por categorias e IMC para o teste de Força explosiva de membros

(12)

ix

Resumo

Objetivo: Identificar a prevalência do excesso de peso e obesidade, analisar sua

influência no desempenho da aptidão física e motora dos adolescentes da Escola Estadual Professor Francisco José Perioto do interior do Paraná. Métodos:

Realizou-se um estudo de corte transversal, envolvendo 196 alunos de ambos os Realizou-sexos, da 5ª e 6ª série, pertencentes à faixa etária de 10 a 14 anos de idade. O estudo iniciou-se pelas medidas antropométricas dos estudantes, seguidos pelos testes de desempenho físico e motor, descritos no Manual de Aplicação de Medidas e Testes, Normas e Critérios de Avaliação do Projeto Esporte Brasil. Resultados: Quanto à classificação

antropométrica da população avaliada, constatou-se que: 2,04% foram considerados de baixo peso; 69,9% dos adolescentes estavam na faixa da normalidade; 22,4% foram classificados como excesso de peso; 5,61% foram definidos como obesos. Quanto à interferência do estado nutricional nos testes de aptidão física, encontrou-se diferença significativa para o teste de velocidade de deslocamento, de flexibilidade e força explosiva de membros superiores, sendo a faixa etária até os 12 anos a fase mais crítica para a introdução de atividades físicas. Conclusões: Após avaliar adolescentes

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1. INTRODUÇÃO

A obesidade é uma condição de acúmulo anormal ou excessivo de gordura no organismo, caracterizando-se como doença não transmissível que mais cresce em todo o mundo, sendo apontada como uma verdadeira epidemia mundial (SOUZA et al., 2007). Segundo Giugliano e Carneiro (2004) a obesidade pode iniciar em qualquer idade, desencadeadas por fatores como o desmame precoce, introdução inadequada de alimentos, distúrbio de comportamento alimentar e da relação familiar, especialmente nos períodos de aceleração do crescimento. A obesidade nas últimas décadas vem aumentando em todas as faixas etárias, enquanto a desnutrição está diminuindo, em países desenvolvidos e em desenvolvimento (TORRIENTE et al., 2002).

Nas estimativas da Sociedade Brasileira de Pediatria os casos de obesidade na infância e adolescência definidas pela Organização Mundial da Saúde respectivamente pelo período que vai de 0 a 9 anos e de 10 a 20 anos, apontam que 15% estão obesas e outras 15% estão acima do peso para sua idade (VIEIRA et al., 2005).

Como o sobrepeso em crianças e adolescentes está intimamente ligado a fatores externos, é de extrema importância a identificação precoce do excesso de peso em crianças para diminuir o risco de se tornarem adultas obesas. A atividade física diminui este risco, atuando na regulação do balanço energético e preservando ou mantendo a massa magra em detrimento da massa de gordura (GIUGLIANO e CARNEIRO, 2004)

(14)

especializada e proporciona uma melhor qualidade de vida na infância, adolescência e na fase adulta.

(15)

1.1 Objetivos

1. Identificar a prevalência do excesso de peso e obesidade em adolescentes da Escola Estadual Professor Francisco José Perioto.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Obesidade

A obesidade é uma doença que produz efeitos deletérios à saúde. Há um consenso na literatura de que sua etiologia é multifatorial envolvendo aspectos biológicos, históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais e culturais (MONDINI e MONTEIRO, 1998). Atualmente, a obesidade é um dos problemas mais graves da saúde pública. Sua prevalência cresceu acentuadamente nas últimas décadas, inclusive nos países em vias de desenvolvimento, o que elevou estas doenças a uma condição de epidemia global. Dos estudos epidemiológicos realizados em populações latino-americanas surgiram dados alarmantes.

No Brasil, à medida que se consegue erradicar a miséria nos setores mais pobres da população, a obesidade aparece como um problema mais freqüente e grave que a desnutrição. O fenômeno da transição nutricional sobrecarrega nosso sistema de saúde com aumento de demanda de atenção por doenças crônicas relacionadas com a obesidade (WANDERLEY e FERREIRA, 2007). A transição nutricional corresponde às mudanças dos padrões nutricionais, modificando a dieta de pessoas e se correlacionando com mudanças sociais, econômicas, demográficas e relacionadas à saúde. Aspectos diferentes de nutrição e economia de um país ou região podem determinar diferenças no processo de transição. Entretanto, a característica básica foi de crescimento da dieta rica em gorduras, açúcares, alimentos refinados e redução em carboidratos complexos e fibras (TARDIDO e FALCÃO, 2006). Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados. (ANGELIS, 2005).

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Segundo Fisberg (2006), as explicações para a obesidade em países em desenvolvimento, podem ser em decorrência de indivíduos desnutridos, sobreviventes e recuperados, com acesso a alimentação, que incorporaram mais facilmente a energia sob a forma de depósitos de gordura, em tentativa de se protegerem da fome, aliada a baixa estatura.

Os fatores que podem contribuir para dobrar o risco da obesidade em jovens e adultos é a obesidade em um dos pais, pois, filhos de pais obesos têm 80 a 90% de probabilidade de serem obesos, ou a presença de obesidade na infância (GIUGLIANO e CARNEIRO, 2004).

2.2 Obesidade na criança e adolescente

De acordo com Vieira et al. (2005), a obesidade não é uma condição que o indivíduo adquire de forma imediata, e sim, após longo período de acumulação de comportamentos de risco. Soares e Petroski (2003) afirmam que pode haver três períodos críticos da vida, nos quais ocorrerem o aumento do número de células adiposas (hiperplasia).

Último trimestre da gravidez: os hábitos nutricionais da mãe durante a gravidez podem modificar a composição corporal do feto em desenvolvimento. Quando existe, por qualquer motivo, desnutrição do feto, ainda dentro do útero, principalmente se isso ocorrer após a trigésima semana de gravidez e durar até o primeiro aniversário, irão ocorrer estímulos à produção de células de gordura, os adipócitos;

O primeiro ano de vida: o excesso de alimentação nos primeiros anos de vida aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida. Escrivão e Lopez (1998) apontam que a interrupção do aleitamento materno e introdução inadequada de alimentos após o desmame podem desencadear o início da obesidade já no primeiro ano de vida.

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quantidade de alimentos administrada é geralmente maior, pois depende de quem está administrando a dieta. O leite de vaca apresenta uma carga muito mais alta de solutos do que o leite materno, o que faz a criança sentir mais sede. Esta sede, quase sempre é interpretada pela mãe como fome, o que leva a administrar novamente mais fórmula, gerando um circulo vicioso. Outro problema é a ingestão de sacarose, engrossantes e outros alimentos ricos em açúcar, adicionados às fórmulas.

O estirão do crescimento na adolescência: Segundo Abreu e Spinelli (2004), a proporção de pré-escolares, escolares e adolescentes classificados como sobrepeso sofreu grande aumento nos anos 90, após relativa estabilidade entre as décadas de 60 e 70. Esse ganho de peso se deve, basicamente, à fase de constantes transformações pela qual passam as crianças e adolescentes quanto aos componentes do peso corporal (gordura, músculos e ossos) até alcançarem o estágio adulto. Estas transformações físicas, psíquicas e sociais também têm efeito sobre o comportamento alimentar do adolescente, sendo que a adolescência é um período de rápido crescimento com formação de tecidos e modificações que são determinantes de uma maior demanda de energia e nutrientes, resultando na necessidade de uma dieta balanceada. (FARIA et al., 2006).

Segundo Dionne e Tremblay (2003) é de suma importância saber qual é a distribuição da gordura, pois, dependendo de onde ela está localizada o indivíduo tem maior ou menor chance de adquirir certas doenças. Os tipos de fenótipos da obesidade sob uma perspectiva anatômica são: tipo I que é caracterizada pelo excesso de massa corporal distribuída por todo o corpo; tipo II é a forma andróide, caracterizada pelo acúmulo de gordura do tronco; tipo III é o acúmulo excessivo de gordura no compartimento visceral e o tipo IV que corresponde à forma feminina, em que o acúmulo de gordura concentra-se na parte inferior do corpo, chamada de ginecóide.

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A inatividade e o sedentarismo – nada imobiliza mais a criança saudável que a televisão. Para agravar essa situação, as crianças são submetidas a um bombardeio de propagandas, a maioria de guloseimas, que soma a inatividade, o mau hábito de comer diante da tela. Como essa criança está profundamente envolvida com o mundo irreal que se passa do outro lado do tubo de imagem, não se dá conta da quantidade nem da qualidade do que está ingerindo. Pimenta (2001) constatou uma relação entre a inatividade e o tempo gasto assistindo televisão, e o aumento da adiposidade.

O uso inadequado dos alimentos – é preocupante quando as crianças passam a interessar-se mais pela aparência e sabor dos alimentos do que pela fome propriamente dita. Pior é utilizar a comida como forma de recompensa;

Comer noturno – falta de apetite durante o dia, principalmente pela manhã, com voracidade à noite pode ser encontrado em crianças com distúrbio alimentar conhecido com o sugestivo nome de “Comedores Noturnos”. Essa conduta alimentar ocorre basicamente pela ansiedade de ficar sem ter o que fazer no período da noite;

Manejo deficiente das fases fisiológicas de inapetência – nada preocupa mais um pai ou mãe, do que seu filho recusar o alimento. O que eles não sabem é que em alguns momentos da vida pode ser bastante normal ter menos fome. Dependendo da maneira com que lidam com essas situações, podem estar facilitando para desencadear um processo de ganho exagerado de peso.

2.3 Problemas da obesidade em adolescentes

A obesidade está associada a importantes alterações, que são dependentes de sua duração e de sua gravidade (SIGULEM et al., 2001). Todavia, podem ser reversíveis desde que se consiga a redução de peso e desde que as estruturas orgânicas acometidas não tenham sofrido danos anatômicos irreparáveis.

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Crescimento – idade óssea avançada, aumento da estatura, menarca precoce;

Respiratórias – alterações da função pulmonar, com diminuição do volume residual e do volume expiratório máximo. Pode ocorrer a Síndrome de Pickwik, caracterizada por hipoventilação, sonolência diurna e apnéia do sono (GRUSTEIN, 1999);

Cardiovasculares – hipertensão arterial, tanto a pressão sistólica como a diastólica aumentam com o aumento do índice de massa corporal, há elevação do débito cardíaco e expansão do volume sanguíneo como causa do aumento da pressão arterial. Outro mecanismo é a diminuição de Na (sódio) causada pelo hiperinsulinismo em que a resposta do sistema renina – angiotensina – aldosterona está diminuída no obeso. Hipertrofia cardíaca e morte súbita (WIRTH, 1999);

Ortopédicas – bastante freqüente na obesidade, devido ao trauma provocado nas articulações pelo excesso de peso. As articulações dos joelhos são as mais envolvidas, o deslizamento da epífise da cabeça do fêmur (epifisiólise), joelho valgo, coxa vara e osteoartrite;

Dermatológicas – as mais encontradas são as estrias, micoses, lesões de pele como as dermatites e piodermites particularmente em região de axila e inguinal;

Metabólicas – resistência à insulina, diabetes mellitos tipo 2, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia em que o aumento dos níveis de colesterol total e de LDL colesterol e baixos níveis de HDL aumentam o risco para desenvolvimento de doença arterosclerótica, gota úrica, doença dos ovários policísticos, com oligomenorréia ou amenorréia (FREEDMAN et al., 1999);

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2.4 Obesidade e Atividade Física escolar

As crianças e os adolescentes são naturalmente ativos e fazem muitos exercícios físicos dentro de suas rotinas diárias, como as ocupacionais, de laser, domésticas e de deslocamentos, porém viver na cidade tem criado estilos sedentários de vida para muitos deles, reduzindo o esforço físico ocupacional, modificando as atividades de laser, que passaram de atividades de elevado gasto energético, como práticas esportivas, para atividades monótonas como prolongados períodos sentados. O início da escolarização formal constitui uma mudança importante no desenvolvimento físico da criança. A escola significa o começo do período em que esta deverá aprender todas as competências e papéis específicos que são parte de sua cultura (WANDERLEY e FERREIRA, 2007).

O processo de desenvolvimento motor da criança e do adolescente caracteriza-se por diferentes tipos de modificações físicas e mecânicas, os fatores do crescimento físico, da maturação, do desenvolvimento da aptidão física, da atividade física, da idade e da experiência estão inter-relacionados. Sendo assim, as mudanças estão caracterizadas pelas alterações dos fatores somatomotores do indivíduo que em diferentes aspectos estão relacionados ao desempenho da aptidão física (GALLAHUE, 2000).

A obesidade está fortemente relacionada ao desenvolvimento psicomotor, diz respeito aos transtornos no esquema corporal, que são caracterizados por distúrbios no reconhecimento das medidas e funções corporais. Assim, uma característica importante em adolescentes obesos é, geralmente, a depreciação da própria imagem física, demarcada pela insegurança em relação aos outros. O isolamento social e a baixa taxa de aceitação dos colegas são problemas comuns para adolescentes obesos, quando esta desenvolvendo sua auto-imagem, sendo prejudicial ao desenvolvimento psicológico e social (PAZIN, et al., 2006).

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atividade física representa um esforço muito maior para o adolescente obeso, isso reduz o prazer da atividade (CELESTRINO e COSTA 2006).

Na adolescência, o exercício físico tem importante papel no tratamento e prevenção da obesidade, pois o gasto calórico proveniente da atividade física se mostra como grande aliado na perda de massa corporal, sendo também fator contribuinte para aumento nos níveis de aptidão física. (DANROCO et al., 2005). A escola oferece um ambiente que faz parte do cotidiano dos adolescentes, não havendo dificuldades de acesso ao local, e possui as estruturas necessárias para a prática de atividade física o que favorece sua adesão (CELESTRINO e COSTA, 2006).

Deve-se salientar que os programas de prevenção devem estimular a atividade física espontânea, para incorporar uma mudança no estilo de vida do adolescente, sendo motivado a manter-se ativo (MELLO et al., 2004).

2.5. Avaliação da Aptidão Física

Aptidão física é uma condição na qual o indivíduo possui a capacidade de seus sistemas do organismo (coração, pulmões, vasos sangüíneos e músculos) funcionar de modo eficiente para resistir a doenças e ser capaz de participar de várias tarefas diárias e atividades recreativas sem cansaço (ROCHA, 2002). Segundo o Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM, 2000) a aptidão física tem sido encarada como uma construção multifatorial, que inclui alguns componentes (resistência cardiorespiratória, composição corporal, resistência e força muscular localizada e flexibilidade). Cada um desses componentes é um traço, ou uma capacidade, relacionado ao movimento corporal e considerado como sendo essencialmente independente um do outro (MELLO et al., 2004).

(23)

Durante os primeiros anos de vida este controle é realizado em postos de saúde ou na rede hospitalar de forma mais sistemática até por volta dos dois anos de idade. Posteriormente, quando a criança ingressa no sistema regular de ensino por volta dos 6 ou 7 anos, este controle tem a possibilidade de ser realizado novamente através de avaliações periódicas (uma ou duas vezes ao ano), normalmente realizadas pelos professores de educação física da escola. Embora já de algum tempo, estas medidas sejam realizadas em grande número das escolas, na opinião de Gaya e Silva (2007), este controle ainda é inexpressivo, e poucas escolas aproveitam estes dados adequadamente, pois essas informações servem de parâmetros para comparação dos estágios de crescimento e desenvolvimento tanto físico como motor de adolescentes.

A avaliação física funcional teve um avanço significativo nas últimas décadas. Esse progresso tem colaborado com as ciências do movimento na análise dos benefícios da atividade física, bem como na elaboração de melhores formas dos seres humanos se exercitarem. Desta forma, a avaliação do desempenho físico em escolares se torna um importante instrumento de referência para os profissionais de Educação Física, no diagnóstico e acompanhamento do desenvolvimento de uma população específica. Pois, a partir desses dados, poderemos ter melhores condições de fazer um planejamento nos programas de educação física escolar, e avaliar as interferências e benefícios da prática de atividade física (SCHNAIDER e PAIM, 2006).

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3. MÉTODOS E CASUÍSTICA

Realizou-se um estudo de corte transversal, envolvendo 196 alunos de ambos os sexos, da 5ª e 6ª série, pertencentes à faixa etária de 10 a 14 anos de idade, provenientes da Escola Estadual, como parte do projeto PROESP - Brasil. A Escola Estadual Professor Francisco José Perioto ensino fundamental de 5ª a 8ª série, localizada no Município de Mandaguaçú que apresenta população de 18259 habitantes, no Noroeste do Estado do Paraná, atende principalmente a uma clientela de classe social baixa e média. No ano letivo de 2008 apresentou 843 alunos matriculados, sendo 444 meninos e 399 meninas. A escolha da instituição se deve à facilidade da utilização dos instrumentos para a medição, bem como o acesso atribuído pela direção para a operacionalização da pesquisa, assinando a carta de aprovação da escola concordando em participar do estudo.

Foram fatores de exclusão do estudo os alunos com deformidades físicas que impedissem a execução da bateria de testes, as alunas grávidas ou amamentando, os que faltaram à escola no dia marcado para as avaliações e os que não apresentaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1) devidamente assinado pelos pais, ou pelo responsável.

A coleta dos dados ocorreu no mês de fevereiro, quando foram selecionados 196 alunos que preencheram os critérios propostos. As avaliações foram realizadas na própria instituição, durante a aula de Educação Física. Os alunos trajando uniforme escolar eram levados para um espaço indicado pelo professor de Educação física para serem aferidos.

As avaliações iniciaram-se pelo preenchimento da ficha (Anexo 2) composta pelos dados pessoais de cada aluno como: nome, sexo, filiação, grau de escolaridade e data de nascimento.’

(25)

As medidas antropométricas dos estudantes, compostas pelo peso corporal em kg, estatura e envergadura em cm, foram utilizados como instrumentos: duas trenas metálica de parede marca Sanny com precisão de 2m/0,1cm para a medida da estatura e envergadura e uma balança digital da marca Filizola com capacidade de 0 a 150 kg/100g para a medida da massa corporal.

A avaliação nutricional foi realizada segundo o IMC para a idade e o sexo, determinado por meio do quociente de peso corporal (kg) e a estatura em metros ao quadrado (m2), utilizando como referência valores nacionais propostos por Conde e Monteiro (2006) demonstrado no Anexo 3. De acordo com este critério os adolescentes foram classificados como apresentado no quadro 1.

Quadro 1 – critério de classificação proposto por Conde e Monteiro (2006)

Baixo peso (BP) Menor que 5%

Normal (N) Maior ou igual 5% e menor que 85%

Excesso de peso (EP) 85% a 95%

Obesidade (OB) Acima de 95%

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Quadro 2 – Normas e Categoria para Avaliação da Aptidão Física

Valores em Percentil Categorias de Aptidão Física

Valores inferiores ao percentil 20 Muito Fraco (norma utilizada como critério referenciado ao risco à saúde)

Valores entre o percentil 20 e 40 Fraco Valores entre o percentil 40 e 60 Razoável Valores entre o percentil 60 e 80 Bom Valores entre o percentil 80 e 98 Muito Bom Valores iguais ou superiores ao

percentil 98

Excelente (norma utilizada como critério para definição de talento motor)

O Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) apresenta como proposta descrever, acompanhar e analisar o comportamento do crescimento corporal, da aptidão física, do estado nutricional e dos hábitos de vida de escolares brasileiros, envolvendo um conjunto de investigações científicas multi e interdisciplinares levadas a termo por professores e pesquisadores da Escola de Educação Física da UFRGS, com apoio institucional do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), da Secretaria de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano e do Laboratório de Pesquisa do Exercício da UFRGS. Sendo assim, foram realizados diversos estudos de campo com o objetivo de propor um sistema de medidas, testes e avaliações que fossem compatíveis com a realidade de nossas escolas e que, da mesma forma, considerasse a diversidade cultural da população brasileira.

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Quadro 3 - Medidas e testes de Aptidão Física utilizados pela bateria PROESP-BR

Variáveis Medidas e Testes Área de Intervenção

Peso corporal Balança Saúde

Estatura Trena métrica Desempenho motor

Envergadura Trena métrica Desempenho motor

IMC Massa corporal/estatura2 Saúde

Flexibilidade Sentar/alcançar Saúde

Força/resist. abdominal Exerc. abdominal Saúde

Força membros inferiores Salto em distância Desempenho motor

Força membros superiores Arremesso de medicineball Desempenho motor

Agilidade Quadrado Desempenho motor

Velocidade Corrida de 20 metros Desempenho motor

Resistência aeróbica Correr/andar 9 minutos Saúde/Desempenho motor

Peso: com o sujeito em pé sobre a plataforma da balança, com o mínimo de vestuário possível, se registra o peso com a aproximação de 0,1 kg (GAYA e SILVA, 2007).

Estatura: o adolescente distribuiu seu peso sobre ambos os pés descalços com os calcanhares unidos, mantendo as bordas mediais em ângulo aproximado de 60° a região glútea, parte superior do tronco e parte posterior da cabeça em contato com a parede. A cabeça foi mantida no plano horizontal de Frankfurt, foi então realizada uma inspiração máxima para a mensuração da altura do vértex (GAYA e SILVA, 2007).

Envergadura: foi realizado em situação de contração muscular, o braço foi mantido no plano horizontal, com o antebraço flexionado em supino em contração isométrica a 90 graus, considerou-se a maior distância entre uma mão a outra (GAYA e SILVA, 2007).

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Força Abdominal: teste de Flexão Abdominal em 30 segundos, com o uso de um cronômetro, o aluno deitou em decúbito dorsal, pernas flexionadas e braços cruzados sobre o peito, flexionou o tronco (sentar), encostando os pulsos nas coxas e deitou novamente encostando a cabeça no solo. A medida constou do número de repetições realizadas no tempo estipulado (GAYA e SILVA, 2007).

Força de Membros Inferiores: teste de Impulsão Horizontal, este teste foi realizado por intermédio do uso de uma trena de 2m presa ao solo e fita adesiva para demarcar o ponto de saída. O aluno em pé, pés paralelos atrás da linha de saída (marca zero da trena) impulsionou as duas pernas simultaneamente com auxílio dos braços, procurando saltar a maior distância possível e parar equilibrado sobre os dois pés, após o salto. A medida foi feita na marca alcançada pelo calcanhar posterior e consistiu na maior distância entre três saltos separados e seqüenciais. Anotou-se a medida em centímetros (GAYA e SILVA, 2007).

Força de Membros Superiores: teste de Arremesso de Medicine-Ball, para a realização dessa medida foi necessário o uso de uma trena de 5m presa ao solo, uma bola medicinal de 2 kg, fita adesiva, uma cadeira e uma corda. Os alunos sentados, segurando a bola com as duas mãos contra o peito e logo abaixo do queixo, com os cotovelos o mais próximo possível do tronco. A corda foi colocada na altura do peito do aluno para mantê-lo seguro na cadeira e eliminar a ação de embalo durante o arremesso. O esforço foi realizado pelos braços e cintura escapular, evitando-se a participação de qualquer outra parte do corpo. O aluno arremessou a bola com ambas as mãos, procurando alcançar a maior distância possível sobre a trena. Foram realizados três arremessos de forma separada e seqüencial sobre a trena presa no solo. Anotou-se a maior marca alcançada pela bola, em centímetros. A distância foi medida entre os pés dianteiros da cadeira e o primeiro ponto de contato da bola com o solo; a trena deve ser fixada no solo com a marca zero nos pés dianteiros da cadeira (GAYA e SILVA, 2007).

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parou quando o aluno tocou o último cone, foram realizadas duas tentativas, sendo registrado o melhor tempo de execução (GAYA e SILVA, 2007).

Teste de velocidade de deslocamento (corrida de 20 metros) marcou-se uma pista com uma linha de partida, outra linha a 20 metros (linha de chegada) e a terceira linha marcada a 2 metros da linha de chegada, dois cones para sinalização da primeira e da terceira linha. O aluno partiu com um pé avançado a frente imediatamente atrás da primeira linha e foi informado que deveria cruzar a terceira linha o mais rápido possível. O avaliador acionou o cronômetro no momento em que o aluno ultrapassou a linha de partida e foi interrompido o cronômetro quando o aluno cruzou a segunda linha de chegada (GAYA e SILVA, 2007).

Resistência aeróbia: teste de corrida de 9 minutos, ao sinal do avaliador, os adolescentes começaram a correr a maior distância possível em nove minutos, em ritmo próprio e individual, podendo andar. O professor apitou duas vezes, sendo a primeira quando faltava um minuto para terminar e a segunda ao final. Os alunos pararam no local depois do segundo apito até o professor determinar a distância percorrida. A medida constou da marca da distância percorrida em metros, após 9 minutos de corrida. A pista foi demarcada de 20 em 20 metros (GAYA e SILVA, 2007).

3.1 Estatística

Para análise dos dados, utilizaram-se técnicas de estatística não

paramétrica, por meio do teste Qui-Quadrado com correção de Yates, com nível de

significância de 5%. As prevalências de sobrepeso e obesidade foram calculadas pela

estatística descritiva, por meio do método de proporção para sexo e idade. Os dados

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4. RESULTADOS

Foram avaliados 196 adolescentes de 10 a 14 anos, sendo 103 do gênero masculino e 93 do gênero feminino. A média de idade foi de 11,9 anos com maior freqüência aos 12 anos de idade.

Quanto à classificação antropométrica da população avaliada, com base no IMC segundo Conde e Monteiro (2006), constatou-se: 2,04% foram considerados de baixo peso; 69,9% dos adolescentes estavam na faixa da normalidade; 22,4% foram classificados como excesso de peso; 5,61% foram definidos como obesos (tabela 1).

Na tabela 1 está apresentada à freqüência de adolescentes com baixo peso, normais, excesso de peso e obesidade, distribuídos por sexo.

Tabela 1 – Distribuição de adolescentes com baixo peso, normal, excesso de

peso e obesidade, com base no IMC descrito por Conde e Monteiro (2006).

IMC Meninos Meninas Geral

n % n % n %

BP 0 0 4 2,0 4 2,04

N 76 38,7 61 31,2 137 69,9

EP 23 11,7 21 10,7 44 22,4

OB 4 2,0 7 3,57 11 5,61

Total 103 52,6 93 47,4 196 100

BP - baixo peso; N - normal; EP - excesso de peso; OB – obeso; n – número de adolescentes; % - porcentagem.

Considerando-se somente os adolescentes do sexo masculino, verificou-se: que não foram encontrados meninos na categoria de baixo peso; 73,78% estavam dentro da normalidade; 22,33% foram definidos como excesso de peso; 3,88% foram classificados como obesos.

(31)

na faixa da normalidade; 22,58% foram definidas como excesso de peso; 7,52% foram consideradas como obesas.

Quanto à classificação do estado nutricional dos adolescentes avaliados, classificados por idade, constatou-se que a faixa etária dos 13 anos apresentou maior prevalência para baixo peso (8,10%) e para faixa da normalidade (75,67%). Enquanto o excesso de peso apresentou maior prevalência na faixa etária de 10 anos com 28,57% e para a obesidade a maior prevalência foi encontrada na faixa etária de 11 anos com 9,37% (tabela 2).

Na tabela 2 está apresentada à freqüência de adolescentes com baixo peso, normais, excesso de peso e obesidade, distribuídos por idade.

Tabela 2 – Distribuiçãoda classificação nutricional (CN) por idade segundo Conde e

Monteiro, 2006.

CN Idade

10 11 12 13 14

n % n % n % n % n %

BP o 0 1 1,56 0 0 3 8,10 0 0

N 10 71,42 42 65,62 46 69,69 28 75,67 11 73,33

EP 4 28,57 15 23,43 16 24,24 5 13,51 4 26,66

OB 0 0 6 9,37 4 6,06 1 2,70 0 0

T 14 64 66 37 15

BP - baixo peso; N - normal; EP - excesso de peso; OB - obeso; n - número de adolescentes; % - porcentagem.

Com relação ao desempenho da aptidão física da população avaliada, constatou-se que as maiores médias foram encontradas nas categorias mais baixas como Muito Fraco, Fraco e Razoável (tabela 3).

(32)

explosiva de membros superiores foi encontrada a maior freqüência na categoria Muito Boa (tabela 3).

A tabela 3 apresenta a distribuição dos adolescentes em cada teste de aptidão física classificados em categorias propostas pelo PROESP-BR (GAYA e SILVA, 2007).

MF – muito fraco; F – fraco; R – razoável; B – bom; MB – muito bom; E – excelência.

Considerando o gênero verificou-se que tanto os meninos como as meninas, apresentaram as maiores freqüências nas categorias mais baixas da aptidão física MF; F e R. Porém há maior freqüência de meninas nas categorias mais altas como B; MB e E, comparadas aos meninos (tabela 4).

A tabela 4 apresenta a distribuição da somatória das frequências dos testes de aptidão física e motora (GAYA e SILVA, 2007) para cada categoria (MF,F,B,MB,E) por sexo.

Tabela 3 – Distribuição dos adolescentes em cada variável da aptidão

física classificada por categorias: MF; F; R; B; MB; E. PROESP-BR

(GAYA e SILVA, 2007).

MF F R B MB E

Flexibilidade 92 32 34 17 7 0

Força resistência abdominal 84 38 42 22 9 0

Força explosiva de MMII 36 44 56 32 26 1

Força explosiva de MMSS 15 25 44 35 67 9

Agilidade 48 48 50 35 14 0

Velocidade de deslocamento 46 73 42 23 11 0

(33)

Tabela 4 – Distribuiçãopor sexo das freqüências por categorias: MF; F; R; B; MB;

E. PROESP-BR (GAYA e SILVA, 2007).

MF F R B MB E

Feminino 163 147 137 105 83 6

Masculino 196 160 191 97 66 4

MF - muito fraco; F - fraco; R - razoável; B - bom; MB - muito bom; E - excelência

Quanto à interferência do IMC nos testes de aptidão física, foi encontrada diferença significativa em três faixas etárias: para 10 anos foi significante para o teste de velocidade de deslocamento. Aos 11 anos para os testes de flexibilidade e força explosiva de membros superiores. E aos 12 anos somente para o teste de força explosiva de membros superiores (tabelas).

Considerando um nível de significância de 5%, não foram encontradas diferenças significativas para os testes de aptidão física dentro das faixas etárias de 13 e 14 anos de idade.

Com relação ao desempenho de aptidão física distribuídas por sexo para cada faixa etária, constatou-se que a classificação do IMC, exerceu influência de forma negativa sobre o teste de velocidade de deslocamento para as meninas de 10 anos, em que as adolescentes com peso normal obtiveram melhor classificação no desempenho físico, apresentando a maior freqüência na categoria Razoável, enquanto as meninas com excesso de peso foram classificadas na categoria M F (tabela 5).

(34)

Tabela 5 Distribuição da freqüência de meninas de 10 anos classificados por

categorias e IMC para o teste de velocidade de deslocamento.

Velocidade de deslocamento (Corrida de 20m)

IMC M F F R B M B Total

f f f f f f

EP 2 0 0 0 0 2

N 0 2 3 0 2 7

Total 2 2 3 0 2 9

p - 0,029

MF - muito fraco; F - fraco; R - razoável; B - bom; MB - muito bom; N - normal; EP - excesso de peso; f – feminino

Para a faixa etária de 11 anos de idade, verificou-se que o teste de força explosiva de membros superiores foi influenciado pela classificação do IMC, em que a maior freqüência de meninos obesos foi encontrada na categoria E, comparados com os meninos de peso normal, que apresentaram maior freqüência na categoria MB (tabela 6).

A tabela 6 apresenta a distribuição dos adolescentes de 11 anos de idade classificados por categorias de aptidão física e IMC para o teste de força explosiva de membros superiores.

Tabela 6 – Distribuição da freqüência de meninos de 11 anos classificados por

categorias e IMC para o teste de Força explosiva de membros superiores Força explosiva de membros superiores (Arremesso de Medicineball)

IMC MF F R B MB E Total

m m m m m m m

N 0 4 5 5 6 0 20

EP 0 0 2 1 2 0 5

OB 0 0 0 0 1 2 3

Total 0 4 7 6 9 2 28

p - 0,009

(35)

Enquanto as meninas da mesma faixa de idade sofreram influência da classificação do IMC para o teste de flexibilidade, de forma que as adolescentes obesas obtiveram maior freqüência na categoria F, e as adolescentes com peso normal apresentaram a maior freqüência na categoria MF (tabela 7).

A tabela 7 apresenta a distribuição das adolescentes de 11 anos classificados por categorias de aptidão física e IMC para o teste de flexibilidade.

Tabela 7 – Distribuição da freqüência de meninas de 11 anos classificados por

categorias e IMC para o teste de flexibilidade.

Flexibilidade (Teste de sentar-e-alcançar com banco)

IMC MF F R B MB Total

f f f f f f

BP 0 1 0 0 0 1

N 8 4 5 5 0 22

EP 6 2 2 0 0 10

OB 0 2 0 0 1 3

Total 14 9 7 5 1 36

p - 0,030

MF - muito fraco; F - fraco; R - razoável; B - bom; MB - muito bom; E – excelência; BP - baixo peso; N - normal; EP - excesso de peso; OB – obeso; f – feminino.

Para a faixa etária de 12 anos de idade, verificou-se que existe associação entre a classificação do IMC e o teste de força explosiva de membros superiores para os meninos, em que os meninos obesos foram classificados na categoria E, enquanto os meninos com peso normal obtiveram a maior freqüência categoria MB (tabela 8).

(36)

Tabela 8 – Distribuição da freqüência de meninos de 12 anos classificados por

categorias e IMC para o teste de Força explosiva de membros superiores. Força explosiva de membros superiores (Arremesso de Medicineball)

IMC MF F R B MB E Total

m m m m m m m

N 0 4 11 1 6 0 22

EP 1 0 0 4 5 0 10

OB 0 0 0 0 0 1 1

Total 1 4 11 5 11 1 33

p - 0,000

(37)

5. DISCUSSÃO

A definição de sobrepeso e obesidade em adolescentes ainda não apresenta consenso na literatura, sendo que a variedade de métodos aplicados e os diferentes valores de corte empregados dificultam a comparação dos resultados. Outro fato que limita a comparação é o de que a maior parte dos estudos nacionais é baseada em amostras de estudantes ou de ambulatórios médicos, portanto não representativos da população (ABRANTES et al., 2002).

No presente estudo optou-se pela utilização do IMC por idade com os valores de corte propostos por Conde e Monteiro, por ser mais sensível na detecção da gordura corporal segundo Fernandes et al., (2007)

A prevalência de EP e OB agrupados (28,01%) em adolescentes encontrados nesta pesquisa pode ser considerada elevada, comparada ao percentual esperado de no máximo 15% da população estudada e corrobora com os resultados obtidos em outros estudos como Albano & Souza, (2001) com 32,6%; Balaban, et al., (2001) com 49,4% na escola privada e 13,1% na comunidade de baixa renda; Silva et al., (2003) com 33,9%; Faria et. al., (2006) com 51% ; Terres et al., (2006) com 25,9% e 19,5% encontrados na população estudada por Campos et al., (2007).

Ao comparar os resultados obtidos nesse estudo constatou-se que a prevalência de EP/OB de 30,10% para as meninas e 26,21% para os meninos foi maior do que a média encontrada na região Sul do Brasil com valores respectivamente de 14% e 20% (GAYA e SILVA, 2007).

(38)

É importante ressaltar que, em função da idade, possivelmente alguns adolescentes não iniciaram o estirão de crescimento que para meninos ocorre entre 12 a 15 anos de idade, é caracterizado por aumento proporcionalmente maior do peso do que a altura, aumentando o tecido subcutâneo refletindo em armazenamento de gordura. Portanto, a maior prevalência de obesidade encontradas em meninos na faixa etária de 11 anos, pode ser em função de reservas necessárias (ABRANTES et al., 2002).

Enquanto a maior concentração de baixo peso encontrada em meninas na faixa etária de 13 anos, possivelmente se deve ao processo de maturação para a puberdade onde pode ser observada uma queda do IMC após o início do estirão de crescimento que para as meninas ocorre por volta de 10 anos de idade (FARIA et. al., 2006).

A partir dos dados levantados, podemos salientar que um percentual significativamente alto (30%) da população avaliada se encontra fora dos padrões da normalidade, fato este preocupante, pois sabemos que tanto os valores abaixo do peso quanto os acima do peso provoca um desequilíbrio orgânico, que vem contribuindo para o aumento dos índices de mortalidade, afetando negativamente a qualidade de vida (BLAIR, 1995)

Embora não tenham sido analisadas as variáveis socioeconômicas, o fato dos adolescentes, freqüentarem escola Estadual, a maioria residir na zona rural necessitando de transporte escolar coletivo cedido pela prefeitura, apresentando uma renda per capita de 450 reais, sugere que estes estudantes são oriundos de famílias de baixo poder aquisitivo, segundo dados IBGE mais de 60% das famílias Brasileiras encontram-se em classe socioeconômica menos favorecida (SANTOS et al., 2005).

(39)

Segundo Celestrino e Costa, (2006) há prevalência maior de sobrepeso e obesidade entre classes sociais mais elevadas, no entanto os índices de EP e OB estão aumentando também nas classes sociais menos favorecidas, como foi encontrado nesse estudo. Portanto pressupõe-se que os adolescentes pertencentes às famílias de classe socioeconômica menos favorecidas, em razão de seu menor poder aquisitivo e sua maior fragilidade no campo da educação alimentar, estariam mais expostos a influência da mídia que incentiva o uso de produtos de elevada densidade calórica, ricos em gorduras e carboidratos simples, porém de menor custo e de fácil acesso (GUEDES et al., 2006).

Quanto à aptidão física de crianças e adolescentes, há uma grande dificuldade para a interpretação de informações, visto que os resultados dos testes motores envolvem uma multiplicidade de fatores como as diferentes formas de critérios de avaliação, os aspectos culturais e ambientais, além dos processos de crescimento desenvolvimento e maturação. Todavia, outros fatores podem interferir nos resultados obtidos em testes motores específicos, tais como o grau de instrução e treinabilidade, a familiarização com a situação específica das tarefas motoras exigidas nos testes, o nível de motivação do executante e as diferentes características étnicas (OKANO et al., 2001).

Segundo dados do PROES-BR, a aptidão física pode ser relacionada ao desempenho motor e relacionada à saúde.

Em relação à aptidão física relacionada ao desempenho motor (força explosiva de membros inferiores – salto horizontal; superiores – arremesso de medicineball; agilidade - quadrado e velocidade de deslocamento – corrida de 20 metros), utiliza-se para a avaliação a análise normativa (percentis) onde cada aluno é avaliado com referência aos resultados do próprio grupo (dados estatísticos da amostra brasileira). Nesta perspectiva os alunos são avaliados frente às seguintes categorias MF, F, R, B, MB.

(40)

(2005) estudando o comportamento do desempenho motor de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos do Rio Grande do Sul, observou que a distribuição dos resultados nas categorias de desempenho motor foi bastante equilibrada, havendo pouca variação em termos percentuais entre as categorias tanto em meninos quanto em meninas.

Em relação à aptidão física relacionada à saúde (IMC, flexibilidade – sentar/alcançar, força e resistência abdominal, resistência aeróbia – correr/andar 9 minutos), utiliza-se para a avaliação a análise criterial, ou seja, são determinados pontos de corte ou critérios de referências para cada medida que permitem a classificação dos estudantes em três categorias relacionadas ao que se convencionou chamar de Zona Saudável de aptidão física (ZSApF). Assim, conforme os resultados de seus testes os alunos são classificados em: abaixo da ZSApF, na ZSApF e acima da ZSApF.

Desse modo é preocupante a ocorrência de escolares fora da faixa recomendada de saúde como encontrado nesse estudo, adolescentes abaixo da ZSApF, confirmando os resultados apresentados por Bergmann et al., (2005), Gaya et al., (2002) e Guedes & Guedes, (1995). Embora utilizando diferente forma de avaliação, Lunard et al., (2007) obtiveram resultados semelhantes a esses estudos.

A obesidade e o excesso de peso encontrados nesse estudo influenciam significativamente no desempenho da aptidão física e motora dos adolescentes, de forma negativa para as meninas nos testes de velocidade de deslocamento e flexibilidade, e de forma positiva para os meninos no teste de força e explosão de membros superiores.

(41)

A assertiva anteriormente citada foi relatada também por Celestrino e Costa, (2006), pois verificaram que das atividades aplicadas nas aulas de educação física escolar a atividade destacada como menos prazerosa para alunos com sobrepeso/obesidade foi a corrida para ambos os sexos. Por outro lado a mais prazerosa foi o jogo de queimada. Malina e Bouchard, (2002) citam que indivíduos com excesso de peso corporal apresentam um melhor desempenho motor em atividades que há projeção de objetos já que estes exigem menos deslocamento da massa corporal e maior uso de força, principalmente para os meninos, confirmado os resultados observados nesse estudo em que os meninos de 11 e 12 anos apresentaram para o teste de força explosiva de membros superiores um desempenho motor superior quando comparado ao desempenho motor encontrado na Região Sul do Brasil (GAYA e SILVA, 2007).

A idade parece ser um fator crítico para o desempenho da aptidão física e motora, com repercussão positiva em adolescentes até 12 anos e sem repercussão nos maiores de 12 anos, não foi possível encontrar dados consistentes na literatura, que explicassem este fato.

Embora não tenha sido objetivo desse estudo analisar a maturação sexual, pressupõe-se que o desenvolvimento motor pode estar atrelado à chegada da puberdade, a qual está intimamente relacionada aos níveis de maturação sexual, variável esta preponderante no crescimento somático e no desenvolvimento das capacidades motoras em geral. A maturação sexual pode ser caracterizada como um processo evolutivo do indivíduo em direção ao estado adulto. Ela deve ser compreendida como uma série de mudanças biológicas que levam a um completo estado de desenvolvimento morfológico, fisiológico e psicológico que ocorre de forma seqüencial e ordenada, sendo que a chegada da puberdade pode ser diferente entre os sexos (LORENZI et al., 2005).

(42)

Por meio de programas de orientação nutricional; aleitamento materno exclusivo; alimentação balanceada e rica em nutrientes; atividade física e esportiva, adquirindo assim um estilo de vida ativo evitando o desenvolvimento das doenças hipocinéticas.

(43)

6. CONCLUSÕES

1. Ao término desse estudo concluiu-se que, um percentual significativamente alto da população avaliada se encontra fora dos padrões da normalidade e que os meninos apresentaram maior prevalência para o excesso de peso aos 10 anos de idade e as meninas para obesidade aos 11 anos de idade.

2. O desempenho da aptidão física e motora dos adolescentes avaliados encontra-se abaixo daquele esperado para outras populações de mesma faixa etária, onde a categoria de desempenho físico Muito Fraco é a de maior prevalência na população estudada.

3. A obesidade e o excesso de peso influenciam significativamente no desempenho da aptidão física e motora dos adolescentes, de forma negativa para as meninas nos testes de velocidade de deslocamento e flexibilidade, e de forma positiva para os meninos no teste de força e explosão de membros superiores.

4. A idade parece ser um fator crítico para o desempenho da aptidão física e motora, com repercussão positiva em adolescentes até 12 anos e sem repercussão nos maiores de 12 anos.

5. Os programas de atividades físicas oferecidos aos adolescentes devem ser:

• relacionados com as características específicas de cada adolescente, com otimização das suas potencialidades;

(44)

7. ANEXOS

Anexo 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

“INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO/OBESIDADE NA APTIDÃO FÍSICA EM CRIANÇAS DE 10 A 14 ANOS DE IDADE”

Nome do Voluntário: __________________________________________________ Telefone para contato: _________________________________________________ Essas informações estão sendo fornecidas por LUCIENNE ELOISE ROCHA IGNACHEWSKI (aluna do curso de Mestrado Profissional em Fisiologia do Exercício da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Medicina) e pelo Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira (Professor Orientador do curso de Mestrado Profissional em Fisiologia do Exercício da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Medicina), para firmar o acordo escrito com o voluntário, autorizando sua participação com pleno conhecimento da natureza dos procedimentos que será submetido.

Objetivos da pesquisa:

Identificar a prevalência de excesso de peso e obesidade em adolescentes da Escola Estadual Professor Francisco José Perioto; Analisar a influência do excesso de peso e obesidade no desempenho da

aptidão física e motora dos adolescentes de Escola Estadual do interior do Paraná;

Procedimentos a serem realizados:

1 - Os voluntários trajando uniforme escolar serão submetidos a uma bateria de testes formada pelas avaliações antropométricas e daaptidão física, realizadas durante as aulas de educação física, utilizando um tempo de aproximadamente 30 minutos.

(45)

A avaliação da aptidão física será composta por: teste de sentar-e-alcançar em que os alunos sentados tentam alcançar os pés, teste de exercício abdominal em que o participante deitado tenta sentar sem utilização das mãos, teste de corrida com duração de 9 minutos, teste de salto horizontal, teste de arremesso de bola com peso de 2kg, teste de agilidade em que o aluno tem que tocar 4 cones no menor tempo possível, teste de velocidade de deslocamento por meio da corrida de 20 metros;

2 - Os voluntários não serão submetidos a riscos durante o período experimental;

3 - Os procedimentos não causam nenhum desconforto ou dor e apenas as avaliações físicas de corrida podem causar cansaço físico temporário;

4 - Somente no final do estudo poderemos concluir a presença de algum benefício para os adolescentes, como a identificação dos adolescentes que apresentam potencial elevado para desempenho em esportes de competição e a identificação daqueles que apresentem desempenho abaixo da média nacional para a idade e o acompanhamento do desenvolvimento físico dos adolescentes;

5 - Garantia de acesso: em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos

profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador é Lucienne Eloise Rocha Ignachewski, que pode ser encontrado no endereço Rua Pedro de Toledo, 377 – Vila Clementino – CEP 040 3931 – Fone 5579-4902 - E-mail lu.eloise@hotmail.com ou dirce@neuro.epm.br. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Rua Botucatu, 572 – 1º andar – cj 14, 5571-1062, FAX: 5539-7162 – E-mail: cepunifesp@epm.br;

6 - É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;

7 - Direito de confidencialidade – As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros adolescentes, não sendo divulgado a identificação de nenhum aluno;

(46)

9 - Não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa;

10 - Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos neste estudo (nexo causal comprovado), o participante tem direito a tratamento médico na

Instituição, bem como às indenizações legalmente estabelecidas;

11 - Compromisso do pesquisador de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa.

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo “INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO/OBESIDADE EM CRIANÇAS DE 10 A 15 ANOS DE IDADE”.

Eu discuti com LUCIENNE ELOISE ROCHA IGNACHEWSKI, sobre a minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do

estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter

adquirido, ou no meu atendimento neste Serviço.

---

Assinatura do representante legal Data / /

---

Assinatura da testemunha Data / /

para casos de participantes menores de 18 anos, analfabetos, semi-analfabetos ou portadores de deficiência auditiva ou visual.

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e

Esclarecido deste paciente ou representante legal para a participação neste estudo.

---

(47)

Anexo 2

Ficha de avaliação proposta por Gaya e Silva (2007) no Manual de Aplicação de Medidas e Testes, Normas e Critérios de Avaliação do PROESP-BR

ESCOLA: SÉRIE: TURMA:

ENDEREÇO:

CIDADE: BAIRRO: CEP:

TELEFONE: EMAIL:

NOME COMPLETO DO ALUNO: ENDEREÇO:

CIDADE: BAIRRO: CEP:

TELEFONE: EMAIL:

SEXO: ( )M ( )F DATA DE NASCIMENTO: / /

NOME DA MÃE: NOME DO PAI:

DATA DE AVALIAÇÃO: / / HORÁRIO: TEMPERATURA: Modalidade Esportiva praticada com mais freqüência:

Qual a freqüência semanal? Qual a duração média de cada sessão de treino? Quanto tempo de prática?

Apresenta alguma deficiência? Qual? OBSERVAÇÕES:

Massa corporal: kg Estatura: cm Envergadura: cm Sentar-e-alcançar: cm

Abdominal:

qtd

e Salto em distância: cm

Arremesso de

Medicineball: cm Quadrado: seg Corrida de 20 metros: seg

(48)

Anexo 3

(49)

Anexo 4

(50)
(51)
(52)
(53)
(54)

8. REFERÊNCIAS

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Referências

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