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Avaliação da relação entre as atividades de engorda e pesque-pague e as características limnológicas destes ambientes aquáticos

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Academic year: 2017

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AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS ATIVIDADES DE

ENGORDA E PESQUE

PAGUE E AS CARACTERÍSTICAS

LIMNOLÓGICAS DESTES AMBIENTES

AQUÁTICOS

BRUNA BONAZZI - OCEANÓGRAFA

JABOTICABAL, SP 2013

(2)

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS ATIVIDADES DE

ENGORDA E PESQUE

PAGUE E AS CARACTERÍSTICAS

LIMNOLÓGICAS DESTES AMBIENTES

AQUÁTICOS

BRUNA BONAZZI

ORIENTADOR: Prof. Dr. Antonio Fernando Monteiro Camargo CO ORIENTADOR: Dr. Alexandre Augusto Oliveira Santos

Dissertação apresentada ao Pro-grama de Pós-graduação em Aquicultura do Centro de Aquicul-tura da UNESP - CAUNESP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre.

JABOTICABAL, SP 2013

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

(3)

Bonazzi, Bruna

B699a Avaliação da relação entre as atividades de engorda e pesque-pague e as características limnológicas destes ambientes aquáticos / Bruna Bonazzi. –– Jaboticabal, 2013

xi, 79 p. : il. ; 28 cm

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Centro de Aquicultura, 2013

Orientador: Antônio Fernando Monteiro Camargo Co-Orientador: Alexandre Augusto Oliveira Santos

Banca examinadora: Clóvis Ferreira Do Carmo; Matheus Nicolino Peixoto Henares

Bibliografia

1. Limnologia. 2. Manejo. 3. Aquicultura. I. Título. II. Jaboticabal- Centro de Aquicultura

(4)
(5)

“Mudar é rejuvenescedor”!

Na verdade, as pessoas que acabam se frustrando na velhice

são aquelas que tiveram muito medo na juventude.”

(6)

Sumário

LISTA DE FIGURAS... vii

LISTA DE TABELAS... ix

DEDICATÓRIA... x

AGRADECIMENTOS... xi

INTRODUÇÃO GERAL... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 14

Capítulo I “Caracterização limnológica de viveiros de piscicultura de engorda e viveiros de piscicultura de pesque-pague” RESUMO ... 16

ABSTRACT... 17

1. INTRODUÇÃO ... 18

2. MATERIAS E MÉTODOS ... 20

2.1 Área de Estudo ... 20

2.2 Coletas e Métodos de Análises de Água ... 24

2.3 Análise dos Dados... 24

3. RESULTADOS ... 25

4. DISCUSSÃO ... 30

5. CONCLUSÕES... 35

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 35

Capítulo II “Avaliação do impacto no rio Cabeça causado pelas atividades de piscicultura de engorda e pesque-pague” RESUMO ... 39

ABSTRACT... 40

1. INTRODUÇÃO ... 41

2. MATERIAS E MÉTODOS ... 42

2.1 Área de Estudo ... 42

2.2 Coletas e Métodos de Análises de Água ... 46

2.3 Análise dos Dados... 47

3. RESULTADOS ... 47

4. DISCUSSÃO ... 51

5. CONCLUSÕES ... 53

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 54

Capítulo III “Avaliação nictemeral do impacto causado pelas atividades de piscicultura de engorda e pesque-pague” RESUMO ... 56

ABSTRACT... 57

1. INTRODUÇÃO ... 58

2. MATERIAS E MÉTODOS ... 60

2.1 Área de Estudo ... 60

2.2 Coletas e Métodos de Análises de Água ... 64

2.3 Análise dos Dados... 65

3. RESULTADOS ... 65

4. DISCUSSÃO ... 72

5. CONCLUSÕES... 77

(7)

Lista de Figuras

Capítulo I

Figura 1: Imagens representativas do Brasil e de São Paulo e imagem de satélite do Pesque – Pague Corumaba-taí, via Google Earth, 2012. ... 22 Figura 2: Desenho esquemático da propriedade ... 23 Figura 3: Análise de Componentes Principais (PCA) aplicada às variáveis limnológicas de viveiros engorda (E) e pesque-pague (P), onde os números indicados juntos com as letras representam os meses do ano. ... 26 Figura 4: Média e desvios-padrões de temperatura (A), oxigênio dissolvido(B) e pH (C) para os viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN) em um período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012). ... 28 Figura 5: Médias e desvios padrões de condutividade (A) e turbidez (B), para os

viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN) em um período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012). ... 29 Figura 6: Médias e desvios padrões de nitrogênio total Kjeldahl (A), fósforo total (B), para os viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN) em um período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012). ... 30

Capítulo II

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Capítulo III

Figura 1: Imagens de Satélite do Brasil, São Paulo e do Pesque – Pague Corumaba-taí, respectivamente via Google Earth, 2012. ... 62 Figura 2: Desenho esquemático da propriedade. ... 63 Figura 3: Análise de Componentes Principais (PCA) para os viveiros de Engorda (E) e Pesque-pague (P) as variáveis limnológicas, os meses correspondentes J (Julho), O (Outubro), F (Fevereiro), M (Maio) e a porcentagem de explicação de cada eixo. Os números correspondem aos horários de coleta, sendo 9 igual a 9 horas, 12 igual a 12 horas e assim sucessivamente. ... 66 Figura 4: Valores de temperatura (ºC) nos viveiros de pesque-pague (P) gráfico (A) e engorda (E) gráfico (B) em um período de 24 horas, nas diferentes estações do ano (Julho = Inverno; Outubro = Primavera; Fevereiro = Verão; Maio = Outono). ... 67 Figura 5: Valores de Oxigênio Dissolvido (mg/L) nos viveiros de pesque-pague (P) gráfico (A) e engorda (E) gráfico (B) em um período de 24 horas, nas diferentes estações do ano ( Julho = Inverno; Outubro = Primavera; Fevereiro = Verão; Maio = Outono). ... 68 Figura 6: Valores de pH nos viveiros de pesque-pague (P) gráfico (A) e engorda (E) gráfico (B) em um período de 24 horas, nas diferentes estações do ano ( Julho =

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Lista de Tabelas

Capítulo 1

Tabela 1: Índice de uso de ração nos períodos de verão e inverno usados nos viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN). ... 21 Tabela 2: Dados pluviométricos da cidade de Corumbataí, Sáo Paulo para os meses de maio de 2011 a maio de 2012. ... 23 Tabela 3: Corelação das variáveis com os eixos da PCA (valores em negrito

representam maior correlação). ... 26 Tabela 4: Valores médios e desvio padrão (períodos de verão e inverno) das variáveis limnológicas dos viveiros de Pesque-pague (PP) e Engorda (EN). ... 27 Tabela 5. Concentrações médias de nitrogênio Kjeldahl total, l fósforo total e turbidez obtidos neste estudo e comparados com as concentrações encontradas na literatura para diferentes cultivos e manejos. ... 34

Capítulo 2

Tabela 1: Dados pluviométricos da cidade de Corumbataí, São Paulo para os meses de maio de 2011 a maio de 2012. ... 43 Tabela 2: Índice de uso de ração nos períodos de verão e inverno usados nos viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN). ... 44 Tabela 3: Valores médios e desvio padrão para o rio Cabeça no ponto M e J ao longo de um ano separados para período de verão e inverno (Maio de 2011 a maio de 2012). Onde, PT equivale a fósforo total e NTK a nitrogênio total Kjeldahl. ... 51

Capítulo 3

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Dedico,

A minha família e amigos,

por muito amor e dedicação empregados a mim

(11)

Agradecimentos

À Deus, por me dar a oportunidade de finalizar mais uma etapa.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Antonio Fernando Monteiro Camargo pela oportunidade e confiança, e principalmente pelos ensinamentos que ficarão por toda a vida.

Ao meu co-orientador Alexandre Augusto Oliveira Santos pela ajuda e dedicação du-rante a fase de análises estatísticas principalmente.

Ao grande, eficiente, dedicado e de um coração enorme, Carlinhos, técnico mais do que especial, por todas as coletas realizadas, noites mal dormidas e infinito bom hu-mor.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES) pela bolsa de estudos concedida.

Ao Sr. Lenine, pela oportunidade de poder trabalhar em seu estabelecimento, sempre disposto a ajudar.

Aos colegas e amigos de laboratório, Léo, Cris, Gi João, Laís, obrigada pelo carinho. Ao Léo, Cris, Dani e Preto pelas ajudas diretas e indiretas em minha dissertação. A minha família por acreditarem, apoiarem e me amarem acima de tudo.

Aos meus amigos que mesmo me chamando de bióloga, os aceito. Aos amigos que acreditaram aos que apoiaram e aos que me amaram. Aos antigos e aos novos. Aos que são amigos e mais que amigos. Aos poucos e bons.

A todos que estiveram me apoiando de alguma forma,

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Introdução Geral

A pesca e aquicultura supriram em 2011 a demanda por pescado no mundo com cerca de 154 milhões de toneladas, onde destes, 63,6 milhões de toneladas são produ-zidos pela aquicultura (FAO, 2012). Segundo levantamento estatístico divulgado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) em 2010, a piscicultura apresentou significati-vo crescimento nos últimos anos, passando de 278 mil toneladas em 2003 para 415 mil em 2009, o que equivale a 35% de incremento em menos de uma década.

As atividades mais comuns relacionadas à piscicultura são as atividades de a-quicultor e de peque-pague. O aa-quicultor é a pessoa física ou jurídica que se dedica ao cultivo ou a criação comercial de organismos que têm na água seu total ou mais fre-quente hábitat. A atividade de pesque-pague é a exercida por pessoas físicas ou jurídi-cas que mantenham estabelecimentos constituídos de tanques ou viveiros com peixes para exploração comercial de pesca amadora (Garutti, 2003).

Os pesque-pague são propriedades urbano-rurais que utilizam viveiros com grande quantidade de peixes adultos para atrair pescadores especialmente nos finais de semana. O pescador obtém peixe fresco, de origem conhecida, a um preço razoável e com o prazer de ele mesmo fisgá-lo, além de desfrutar de uma infraestrutura de lazer criada nos pesque-pague. Estas propriedades são destinadas ao lazer da classe média urbana, ficam normalmente localizadas em propriedades rurais de fácil acesso e ofere-cem aos clientes bons e diversificados serviços de estacionamento, lanchonete, mate-rial para pesca, entre outros. Muitas destas propriedades rurais trocaram a agricultura tradicional por esta atividade (Cavalett, 2004)

(13)

O hábito de frequentar pesque-pague tem sido cada vez mais comum em nosso país a partir do advento dos pesque-pague em meados da década de 80 (Ostrensky, Borghetti e Soto 2008). Estabelecimentos como estes surgiram com o crescimento da aquicultura no país (Espindola et al., 2006).

A pesca amadora ganhou importância e novos adeptos no Brasil. Em algumas regiões do país, notadamente, as de maior desenvolvimento industrial e urbano, a pes-ca recreativa em sistemas aquáticos de domínio privado, os chamados pesque-pague (tanques, lagos e represas em fazendas e sítios), começam a assumir importância igual ou mesmo superior a da pesca recreativa em sistemas aquáticos de domínio público (rios, lagos e represas dos municípios) (SEBRAE, 2011).

Alguns dos principais impactos causados durante a operação de cultivos de or-ganismos aquáticos é a liberação de efluentes ricos em nutrientes (principalmente N e

P), causando eutrofização em corpos d’água naturais, liberação de efluentes ricos em matéria orgânica e sólidos em suspensão, aumentando a turbidez em corpos d’água

naturais. A eutrofização artificial pode ser considerada uma reação em cadeia de cau-sas evidentes caracterizada pela quebra relativa da estabilidade do ecossistema. (Va-lenti, 2002; Esteves, 2011). No entanto, destaca-se que poucos são os estudos sobre a qualidade de água dentro dos ambientes de pesque-pague (Mercante et al., 2005).

O estudo foi realizado em um pesque-pague na região de Corumbataí, SP. A propriedade possui quatro viveiros destinados aos pesque-pague e outros quatro vivei-ros localizados na mesma propriedade, porém destinadas à engorda de peixes.

Esta dissertação teve como objetivos: i) relacionar o manejo das atividades de piscicultura de engorda e pesque-pague com as características limnológicas dos vivei-ros; ii) caracterizar o impacto provocado na água utilizada nestas atividades de aqui-cultura e verificar as emissões ao ambiente (corpo receptor); iii) realizar uma avaliação nictemeral destes dois sistemas de aquicultura.

Esta dissertação foi dividida em três capítulos:

(14)

Capítulo II: “Avaliação do impacto no rio Cabeça causado pelas atividades de piscicultura de engorda e pesque-pague”. Neste capítulo foram avaliados os impactos proporcionados ao ambiente aquático adjacente composto pelo rio Cabeça, causado pelos dois sistemas, levando em consideração o fósforo total e o nitrogênio total que estes sistemas podem lançar ao ambiente.

Capítulo III: “Análise da Variação nictemeral de viveiros de pisciculturas de en-gorda e de pesque-pague”. Este capítulo analisou a variação nictemeral das variáveis limnológicas de dois diferentes sistemas de manejo em aquicultura nas distintas esta-ções do ano.

Referências Bibliográficas

CAVALETT,O. (2004) Análise Emergética da Piscicultura integrada a criação de suínos e de pesque-pague. Campinas, Engenharia de Alimentos, UNICAMP.156p. (dissertação de mestrado)

ESPINDOLA, E. A. ; ELER, M. N. ; MILANI, T.J. ; ESPINDOLA, E. L. G. (2006) Avalia-ção dos resíduos gerados por pesque-pague na bacia hidrográfica do rio Mogi-Guaçu. In: Márcia Noélia

ESTEVES, F. A. (2011) Fundamentos de limnologia. Interciência, 3ª Ed. Rio de Janeiro, Brasil, 826p.

Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) (2012) The state os world fisheries and aquaculture, Fisheries and Aquaculture Department, Roma, Itália. GARUTTI, V. (2003) Piscicultura Ecológica. Editora UNESP, São Paulo, 332p.

LOPES,R.B; LANDEL,L.C. (2001) Caracterização sumária das operações de “pesque

-pague” ao noroeste do estado de São Paulo. Holos enviroment. vol.01. n 01. p 39-49. LOPES, RB., LANDEL-FILHO, LC; DIAS, CTS (2005) Feefishing operation evaluation at northwest São Paulo State, Brazil. Sci. Agric., vol. 62, no. 6, p. 590-596

MERCANTE, C. T. J.; COSTA, S. V.; SILVA, D.; CABIANCA, M. A.; ESTEVES, K. E. (2005) Qualidade da água em pesque-pague da região metropolitana de São Paulo (Brasil): avaliação através de fatores abióticos (período seco e chuvoso). Acta Scientia-rum Biological Sciences, Maringá, v. 27, n. 1, p. 1-7.

(15)

OSTRENSKY, A.; BORGHETTI, J. R.; SOTO, D. (2008) Aqüicultura no Brasil. O desafio é crescer. Brasília, DF, 276 p.

SEBRAE Disponível em: < http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2548> acessado em 05 de outubro de 2011 as 15:55horas

(16)

Capítulo I

“Caracterização limnológica de viveiros de piscicultura de engorda e vive i-ros de piscicultura de pesque-pague”

Resumo

Este trabalho teve como objetivo comparar o comportamento limnológico no período de doze meses dos viveiros de piscicultura de engorda e pesque-pague em um estabele-cimento de pesque-pague localizado no município de Corumbataí. As saídas de campo foram realizadas mensalmente em um período de doze meses no período matutino. Quatro viveiros de pesque-pague e quatro viveiros de engorda foram analisados, nos quais os seguintes parâmetros foram medidos: oxigênio dissolvido, temperatura, pH, condutividade, turbidez. Além destes, a água foi coletada e armazenada em frascos plásticos para serem analisadas em laboratório: fósforo total e nitrogênio total Kjeldahl. Foram aplicados Analises de Componentes Principais (PCA) e ANOVA fatorial para os escores obtidos com a PCA. Pôde ser observada características discriminantes entre os viveiros de engorda e pesque-pague através da PCA, assim como a existência de diferença significativa (p<0,05) entre os períodos de verão e inverno e entre os viveiros de pesque-pague e engorda. Conclui-se que o diferente manejo empregado aos vivei-ros de engorda e pesque-pague nos períodos de verão e inverno principalmente com o fornecimento de ração tornam os viveiros de engorda ambientes mais eutrofizados, especialmente no verão.

(17)

Chapter I

“Limnological characterization of fee-fishing pond pisciculture and

grow-out pond pisciculture

Abstract

This work had the objective to compare the limnological characteristics in the period of twelve months of grow-out ponds and fee-fishing pond in a fee-fishing site in Corumabataí city. The site visits were scheduled for twelve months in the morning peri-od. Four fee-fishing ponds were analyzed and four grow-out pond, where the following parameters were measured: dissolved oxygen, temperature, pH, conductivity and tur-bidity. Besides those, the water was collected and kept in plastic bottles to be analyzed in laboratory: total phosphor and total nitrogen Kjeldahl. Principal Components Analyz-es (PCA) were applied and factorial ANOVA for scorAnalyz-es obtained with PCA. Could be observed discriminate characteristics between the grow-out and fee-fishing ponds through the PCA, as well as a significant difference (p<5) between summer and winter time and between fee- fishing pond and fatting pond. It was concluded that the different handling employed on the grow-out and fee fishing ponds during summer and winter periods especially with the supply of fish feed turned the grow-out ponds more eu-trophic, especially in summer.

(18)

1. Introdução

Atualmente, aproximadamente 30% dos estoques de peixes marinhos estão so-bre-explorados, 57% estão totalmente explorados (isto é, as capturas já atingiram ou estão próximas da capacidade máxima de produção) e apenas 13% ainda não estão completamente explorados (OECD, 2012). A sobre-exploração não causa apenas con-sequências ecológicas negativas, mas também reduz a produção de pescado, o que leva a consequências sociais econômicas negativas (OECD, 2012).

Em 2006, a oferta global de peixes e produtos marinhos bateu um novo recorde com 143,6 milhões de toneladas de produtos da pesca, dos quais 51,7 milhões de to-neladas provêm do sector da aquicultura. Se a produção deve acompanhar o cresci-mento demográfico e considerando que existe forte probabilidade que a pesca de cap-tura se estabilize, o aumento futuro terá de ser conseguido através da aquiculcap-tura (FAO, 2013).

As combinações da agricultura tradicional com a aquicultura, indústria, e comér-cio podem representar uma rica diversidade econômica, novas oportunidades de em-prego e potencialmente melhor qualidade de vida. Recentemente a pesca recreativa tem ganhado novos adeptos no Brasil, em certas regiões do país, principalmente as de grande desenvolvimento industrial e urbano, a pesca recreativa realizada em ambien-tes aquáticos privados, chamados de pesque-pague (viveiros, lagos e represas em fa-zendas e sítios), tem se tornado tão importante quanto ou ate mesmo mais importantes do que os sistemas aquáticos de domínio público (Rodrigues et al., 2003; SEBRAE, 2011).

Os pesque-pague são estabelecimentos suburbanos ou rurais que dispõem de açudes e viveiros, nos quais são criadas espécies de peixes apreciadas pelos pescado-res amadopescado-res. Estes pescadopescado-res podem usufruir horas de lazer com material de pesca, mediante pagamento ao proprietário, de taxas e/ou remuneração conforme o peso total de peixes capturados. Este tipo de atividade tem atraído muitos pescadores, sendo responsável pelo aumento expressivo do mercado de pesca amadora (Silva et al., 2012).

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prin-cipalmente entre os pequenos produtores do Sudeste do país (Stegelin, 2001). Estabe-lecimentos como estes surgiram com o crescimento da aquicultura e são frequentados por pescadores amadores, com finalidade de turismo, lazer ou desporto (Espindola et al., 2006; Carvalho e Trindade, 2010).

O sucesso econômico destas atividades recreativas, que constitui em manter uma boa qualidade dos organismos que ali habitam e com isso manter um fluxo cons-tante de clientes para estes estabelecimentos, depende diretamente de uma boa quali-dade de água dos viveiros, podendo ser esta qualiquali-dade influenciada por fatores como o manejo alimentar (Eler et al., 2001).

O manejo empregado na aquicultura pode levar os corpos d’água rapidamente à

deterioração deste ambiente, levando a problemas ambientais assim como sanitários. É importante ressaltar que apenas a aquicultura por si só, mesmo com a realização de um manejo adequado, pode levar um ambiente em estado normal à eutrofizado. No entanto, uma alimentação adequada fornecida aos organismos aquáticos possui um importante papel na minimização deste impacto. Portanto, conhecer a ciclagem de nu-trientes e suas relações com os fatores bióticos é muito importante para a manutenção da qualidade de água nestes ambientes, estas relações podem ser considerada um requisito para o sucesso econômico destes sistemas produtivos (Moreira et al., 2001; Mercante et al., 2006).

Em sistemas de engorda de organismos aquáticos ocorre um aumento gradativo da biomassa dos organismos e, consequentemente, na quantidade de alimento forne-cido ao longo do cultivo (Henares et al., 2011). Os viveiros de pesque-pague podem ser considerados como viveiros de manutenção de reprodutores. Segundo Henares et al., (2011), viveiros de manutenção de reprodutores, a biomassa de organismos é mais constante e elevada e a quantidade de alimento fornecido não sofre grande variação. Portanto, as características do cultivo de manutenção são diferentes daquelas utiliza-das em viveiros de engorda.

(20)

incluin-do a remoção de poluentes, é um aspecto essencial para a sustentabilidade das ativi-dades de aquicultura (Henry-Silva e Camargo, 2006).

O objetivo do presente trabalho foi avaliar as características limnológicas dos vi-veiros de pesque-pague com os vivi-veiros de piscicultura de engorda. Para tanto, duran-te um ano foram realizadas coletas em induran-tervalos mensais em viveiros de engorda e de pesque pegue em uma propriedade contendo ambas as produções. O presente traba-lho teve como hipótese que viveiros de pesque-pague provocam menor degradação na qualidade de água quando comparados a viveiros de engorda.

2. Materiais e Métodos 2.1 Área de estudo

A pesquisa foi realizada no empreendimento “Pesque – Pague Corumba-taí”, lo-calizado no município de Corumabataí (22° 13' 12'' S, 47° 37' 33'' O), estado de São Paulo (Brasil), (figura 1). O estudo compreendeu o período de um ano (Maio de 2011 a Maio de 2012), com coletas mensais, que foram realizadas no início de cada mês, sempre no período da manhã. O empreendimento além de possuir a atividade de pes-que-pague, também possui viveiros de engorda de peixes. O estudo compreendeu a avaliação de quatro viveiros de pesque-pague e quatro viveiros de engorda, para me-lhor identificar os viveiros de pesque-pague foram nomeados: PP1, PP2, PP3 e PP4 e os viveiros de engorda: EN1, EN2, EN3 e EN4 (figura 1 e figura 2).

O primeiro viveiro de pesque-pague (PP1) é abastecido com água proveniente de uma nascente subterrânea, localizada na própria propriedade. O efluente de PP1 abastece PP2 e, na sequência os outros viveiros de pesque pague. A água que abas-tece os viveiros de engorda (EN) é proveniente do Rio Cabeça pertencente à bacia hi-drográfica do rio Corumbataí. Este abastecimento ocorre através de bombeamento da água do rio para os viveiros de engorda individualmente, com entradas individuais em cada viveiro. O efluente de cada viveiro é lançado no próprio rio Cabeça à jusante do local de captação (figura 2).

(21)

A área total de espelho d’água dos viveiros de pesque-pague compreende um total de 1,3 ha, enquanto a área dos viveiros de engorda totalizam 1,84 ha. Os peixes dos viveiros de pesque-pague são alimentados com uma frequência e quantidade infe-riores quando comparado aos peixes dos viveiros de engorda. Os viveiros de pesque-pague recebem cerca de 2 Kg de ração por dia no inverno e 10 Kg por dia no verão, enquanto os viveiros de engorda recebem 50 Kg por dia no inverno e 150 Kg por dia no verão. Com estas informações calculamos o índice de uso de ração por área (tabela 1), para então relacionar com as características limnológicas dos dois tipos de criação.

Para fins de definição e cálculos dividimos o ano em verão e inverno, onde con-sideramos os meses de maio, junho, julho, agosto e setembro como inverno, e outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril como verão.

Cálculo:

Tabela 1: Índice de uso de ração nos períodos de verão e inverno usados nos viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN).

Índice de Uso de Ração (ton/ha) Inverno Verão

PP 0,23 1,62

EN 4,08 17,12

Os aeradores foram utilizados em todos os viveiros da propriedade, tanto nos vi-veiros de pesque-pague quanto nos vivi-veiros de engorda. A aeração foi realizada duran-te 6 horas diárias, dividida em três períodos distintos, ou seja, das 22 h às 24 h, das 2 h às 4 h e das 6 h às 8 h. No inverno, em razão da menor biomassa de peixes, os aera-dores funcionaram 4h/dia (24h às 4h e das 4h às 6h).

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pei-xes existentes nos viveiros. No entanto os viveiros de engorda sempre se apresenta-vam mais povoados que os de pesque-pague segundo informação do proprietário.

Para os viveiros de pesque-pague, segundo o proprietário, havia as seguintes espécies: Patinga (Piaractus brachypomus), Piau (Leporinus obtusidens), Matrinxã (Brycon spp.), Carpa Cabeçuda (Anstichtys nobilis), Pintado (Pseudoplatystoma corru-cans), Dourado (Salminus brasiliensis), Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus), Ti-lápia (Oreochomis niloticus), Catfish (Ictalurus punctatus) e Cascudo (Hypostomus sp).

Já nos viveiros de engorda o número de espécies era menor, ou seja: Tilápia (O-reochomis niloticus), Catfish (Ictalurus punctatus), Piau (Leporinus obtusidens), Patinga (Piaractus brachypomus), Carpa Cabeçuda (Anstichtys nobilis), Pintado (Pseudoplatys-toma corrucans), e Matrinxã (Brycon spp.).

(23)

Figura 2: Desenho esquemático da propriedade

Os dados pluviométricos foram obtidos através da estação meteorológica do centro tecnológico de hidráulica e recursos hídricos (CTH) de São Paulo (tabela 2).

Tabela 2: Dados pluviométricos da cidade de Corumbataí, São Paulo para os meses de maio de 2011 a maio de 2012 fornecidos pelo CTH de São Paulo.

MÊS ANO

TOTAL (mm)

MÁXIMA (mm em 1 dia)

Maio 2011 5,3 4,2

Junho 2011 37,3 26,0

Julho 2011 0,0 0,0

Ago 2011 8,4 3,2

Set 2011 25,9 23,3

Out 2011 183,0 75,0

Dez 2011 175,9 53,5

Jan 2012 498,2 59,0

Fev 2012 143,6 52,5

Mar 2012 105,5 40,0

Abr 2012 135,6 50,5

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2.2 Coletas e Métodos de Análise de Água

As amostras de água foram coletadas em subsuperfície (20 cm de profundida-de). As amostras foram acondicionadas em recipientes térmicos até a chegada ao labo-ratório, sendo posteriormente armazenadas em freezer.

As variáveis diretas coletadas In situ foram: temperatura, pH, condutividade elé-trica e turbidez, com a sonda multiparâmetro Horiba U10, o oxigênio dissolvido (OD) medido com o oxímetro ISET MERSE Oxi 3l5i. Para as amostras de água, foram reali-zadas as determinações de fósforo total (P-total), segundo Golterman et al., (1978) com leitura em espectofotômetro a 885nm em cubetas com passo óptico de 5 cm3. As

con-centrações de nitrogênio total Kjeldahl foram realizadas através do método descrito por Mackereth et al., (1978).

2.3 Análise dos Dados

Aos dados limnológicos obtidos nos viveiros de engorda e de pesque-pague temperatura, OD, pH, condutividade, turbidez, fósforo total (P-Total) e nitrogênio Kjel-dahl total, foi aplicada a Análise de Componentes Principais (ACP) (Bouroche e Sapor-ta, 1982). Aos escores do componente 1, obtidos através da (ACP), foi aplicada uma Analise de variância one way (ANOVA). Esta análise foi precedida por testes de norma-lidade dos dados Kolmogorov-smirnov (p<0,05) e homocedasticidade de Barlett, segui-do por teste aplicasegui-do a posteriori de LSD, para verificar a existência de diferença signi-ficativa (p<0,05) entre os viveiros de pesque pague e os viveiros de engorda nos dife-rentes meses. Todas as análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do softwa-re Statistica 7 (Statsoft, 2005).

(25)

eixos, foi aplicada a Análise de Variância (ANOVA) para definir diferenças significativas no conjunto de dados.

3. Resultados

A análise dos componentes principais (figura 3 e tabela 3) resumiu 53,65% da variabilidade total das variáveis limnológicas dos viveiros de engorda e pesque-pague em dois dos seus componentes, sendo que o componente 1, explicou 29,53% da vari-ância encontrada, enquanto o componente 2 explicou 24,12%. A temperatura apresen-tou correlação positiva com o componente 2, e turbidez e o fósforo total, se correlacio-naram positivamente com o componente 1.

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P511

P511P511P511 P6

P6 P6

P6

P7 P7 P7

P7 P8 P8 P8 P8 P9 P9 P9 P9 P10 P10 P10 P10 P11 P11 P11 P11 P12 P12 P12 P12 P1 P1 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P3 P3 P3 P3 P4 P4 P4 P4 P512 P512 P512 P512 E511 E511 E511 E511 E6 E6 E6 E6 E7 E7 E7 E7 E8 E8 E8E8 E9 E9 E9 E9 E10 E10 E10 E10 E11E11 E11 E11 E12 E12 E12 E12 E1 E1 E1 E1 E2 E2 E2 E2 E3 E3 E3 E3 E4 E4 E4 E4 E512 E512 E512E512

-6 -4 -2 0 2 4 6

Factor 1: 29.53% -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 F acto r 2: 24 .12 %

+ (pH, Turbidez, PT, NTK) - (Condutividade) + (Tem pera tura ) - (Cond ut iv id ad e, OD )

Figura 3: Análise de Componentes Principais (PCA) aplicada às variáveis limnológicas de viveiros engorda (E) e pesque-pague (P), onde os números indicados juntos com as letras representam os meses do ano onde 1 represen-ta janeiro, 2 fevereiro e assim por diante.

Tabela 3: Corelação das variáveis com os eixos da PCA (valores em negrito representam maior correlação).

Variáveis Limnologias CP1 CP2

Temperatura 0,18 0,79

Oxigênio Dissolvido 0,24 -0,62

pH 0,61 -0,61

Condutividade -0,29 -0,49

Turbidez 0,82 0,01

Fósforo Total 0,74 0,27

Nitrogênio K Total 0,55 0,05

(27)

A partir dos dados limnológicos e os períodos do ano, foi então realizada uma tabela para os viveiros de engorda e pesque-pague dividindo-os entre os períodos de verão e inverno.

Tabela 4: Valores médios e desvio padrão (períodos de verão e inverno) das variáveis limnológicas dos viveiros de Pesque-pague (PP) e Engorda (EN).

Variáveis PP Inverno PP Verão EN Inverno EN Verão

Temperatura (°C) 20,1 ± 1,6 25,42 ± 2,0 19,2 ± 1,9 25,2 ± 2,0

Oxigênio Dissolvido (mg/l) 7,6 ± 1,3 6,7 ± 1,8 7,4 ± 1,6 6,4 ±2,7

pH 6,2 ± 0,6 5,10 ± 0,7 7,0 ± 0,4 6,9 ± 0,8

Condutividade (µs/cm) 113,5 ± 40,6 88,5 ± 23,2 95,3 ± 34,5 88,6 ± 27,9

Turbidez (NTU) 106 ± 63,6 100,8 ± 45,10 139,4 ± 66,0 173,6 ±69,5

Fósforo Total (µg/L) 164,6 ± 133,5 274,8 ± 199,7 310,6 ± 214,5 566,4 ± 247,9

Nitrogênio Total (µg/L) 267,2 ± 189,8 604,5 ± 431,1 796,6 ± 510,6 866 ± 1014,0

De acordo com a ANOVA aplicada aos escores do componente 1 (CP1), os vi-veiros diferiram significativamente (F=6,71; p<0,05) quanto às características limnologi-cas. A diferença ocorreu entre os viveiros de pesque-pague e engorda e os meses de inverno e verão, isto é, os viveiros de pesque-pague diferiram dos viveiros de engorda nos diferentes meses do ano. Os viveiros de pesque-pague e engorda diferiram-se en-tre si principalmente enen-tre os meses de março, abril, maio, junho, julho, agosto e se-tembro sendo diferentes dos meses de outubro, novembro, dezembro, janeiro e feverei-ro.

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Figura 4: Média e desvios-padrões de temperatura (A), oxigênio dissolvido(B) e pH (C) para os viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN) em um período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012).

MAI11 JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI12 Meses 16 18 20 22 24 26 28 30 T e m p e ra tu ra °C PP EN A

MAI11 JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI12 Meses 2 4 6 8 10 12 14 O D m g /L PP EN B

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Figura 5: Médias e desvios padrões de condutividade (A) e turbidez (B), para os viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN) em um período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012).

MAI11 JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI12 Meses 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 C o n d u tivi d a d e µ s/ cm PP EN A

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Figura 6: Médias e desvios padrões de nitrogênio total Kjeldahl (A), fósforo total (B), para os viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN) em um período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012).

4. Discussão

Foi observada uma tendência da presença de maiores valores de fósforo, nitrogênio e turbidez nos viveiros de engorda do que nos viveiros de pesque-pague. Esta diferen-ça está associada provavelmente a fonte de abastecimento e ao maior fornecimento de ração nos viveiros de engorda do que nos viveiros de pesque-pague, de acordo com o índice de uso de ração por área, podendo ser observado na tabela 1. Estes valores foram maiores comparando os períodos de verão e inverno, uma vez que no verão a

MAI11 JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABRMAI12 Meses

0 1000 2000 3000 4000 5000

N

T

K

µ

g

/l

PP

EE A

MAI11 JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABRMAI12 Meses

0 200 400 600 800 1000 1200

P

T

µ

g

/l

PP EN

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quantidade de ração fornecida nos viveiros de engorda chega a ser 10 vezes maior comparado aos viveiros de pesque-pague neste mesmo período.

As características discriminantes entre os dois sistemas de manejo (pesque-pague e engorda) provavelmente ocorreram pela excessiva carga orgânica que os vi-veiros de engorda recebem pelo arraçoamento e provavelmente pelas excretas dos peixes, densidade de estocagem elevadas e a fonte de abastecimento. Este resultado deve-se às alterações causadas nos viveiros quando é oferecida uma maior quantidade de ração, ocorrendo um incremento nos valores de nitrogênio, fósforo, ou ainda por processos de oxidação e decomposição.

É importante ressaltar que o contínuo aporte de matéria orgânica, sob a forma de ração, se não for controlado, pode levar a índices inadequados de qualidade da á-gua, assim como picos de abundância de nutrientes (Yoshida, 1996; Kubitza, 1999; Souza et al, 2000).

Os valores de oxigênio dissolvido não apresentaram diferenças entre os viveiros de engorda e os de pesque-pague. Suas variações provavelmente não estiveram dire-tamente relacionadas ao fornecimento de ração, uma vez que este parâmetro varia de acordo com muitos fatores, como por exemplo, o horário de coleta, e a operação de aeradores. Sipauba-Tavares et al., (1999) afirma que o uso de aeradores em sistemas de policultivo aumenta as concentrações de oxigênio dissolvido no ambiente, porém podem também alterar outros parâmetros limnológicos neste local. Henry-Silva et al, (2010) por sua vez, observou que existe uma amplitude de variação muito grande nas concentrações de oxigênio dissolvido ao longo do dia nas criações de camarões ama-zônicos, observando as menores concentrações às 6h da manhã e os maiores valores entre às 15h e 18h.

Os valores de pH encontrados nos viveiros de engorda foram superiores em re-lação aos viveiros de pesque-pague, este efeito pode ter ocorrido devido o arraçoa-mento. A maior quantidade de ração fornecida aos peixes na fase de engorda aumenta as concentrações de nutrientes favorecendo o crescimento do plâncton, com isso au-menta a fotossíntese nos viveiros, elevando a produção fotossintética, que auau-menta o oxigênio dissolvido e diminui o CO2, e eleva o pH neste ambiente (Arana, 2004;

(32)

Os viveiros de engorda assim como os viveiros de pesque-pague apresentaram valores elevados de condutividade elétrica com valores máximos de 256 e mínimos de 44 µS/cm. Os elevados valores de condutividade podem ocorrer devido ao arraçoa-mento ou quanto à calagem realizada nestes viveiros. Mercante et al, 2006 obteve re-sultados elevados para este mesmo parâmetro em viveiros de pesque-pague na região metropolitana de São Paulo variando de 10,2 a 470 µS/cm, e assim como neste traba-lho, não apresentou diferença significativa entre os períodos de seca (inverno) e chuva (verão) para este parâmetro. A calagem mostra-se importante no manejo de variáveis como pH, alcalinidade e dureza da água dos viveiros (Inoue, 2003), podendo levar a maiores valores de condutividade.

A turbidez nos viveiros de engorda apresentou média superior aos viveiros de pesque-pague. Este resultado pode ter sido decorrente de uma maior densidade de peixes presente nestes viveiros causando uma grande movimentação do sedimento. Tomazelli e Casaca, (2008) observaram altos valores de turbidez causados por argila em viveiros de policultivo integrado, devido à movimentação dos peixes. Além disso, a maior quantidade de ração fornecida aos peixes em engorda aumentou as concentra-ções de nutrientes favorecendo o crescimento do plâncton. O fitoplâncton é uma gran-de fonte gran-de turbigran-dez em viveiros gran-de piscicultura, além da argila coloidal, substancias em solução, matéria orgânica coloidal ou dissolvida (Boyd, 1992; Sipaúba-Tavares, 1994).

Podemos observar neste trabalho que a menor média dos valores de turbidez (106 NTU) ocorreu no inverno, associado ao menor fornecimento de ração, nos PP e a maior média (173NTU) ocorreu no verão, vinculado ao maior fornecimento de ração em EN. No cultivo de engorda de O. niloticus, com o aumento da biomassa de estocagem é também observado o aumento da turbidez e do material particulado em suspensão nos viveiros que foram arraçoados, devido ao incremento da quantidade de ração for-necida (Baccarin, 2002).

(33)

pes-que-pague da região metropolitana de São Paulo, sendo cerca 8000 µg/L, alegando o grande fornecimento de ração.

As altas concentrações de fósforo total observadas nos viveiros de engorda esti-veram relacionadas ao maior arraçoamento destes viveiros. Mercante et al., (2011), obtiveram resultados semelhantes quanto às concentrações de fósforo para viveiros de tilápia do Nilo,obtendo valores próximos de 300 µg/L. Os viveiros de pesque-pague também apresentaram valores elevados de fósforo total, no entanto quando compara-dos aos viveiros de engorda, os valores se apresentaram inferiores, assim como Mer-cante et al., (2004) obtiveram valores inferiores de fósforo em viveiros de pesque-pague apresentando valores de 35 µg/L.

(34)

Tabela 5. Concentrações médias de nitrogênio Kjeldahl total fósforo total e turbidez obtidos neste estudo e compa-rados com as concentrações encontradas na literatura para diferentes cultivos e manejos.

Variáveis Oreochromis niloticus

M. amazonicum

M. rosenbergii

Pesque- pague Inverno

Pesque- pague

Verão Engorda Inverno Engorda Verão NTK (mg/L) 0,30 0,47 0,68 0,27 0,60 0,80 0,90 PT (µg/L) 50,0 229,3 234,0 164,6 274,8 310,6 566,4 Turbidez (NTU) 41,25 62 90,5 106 100,8 139,4 173,6 Densidade

estocagem

(g/m²) 22,69-379,3 85,7 403-547 - - - -

Ração fornecida

(g/m²) 0,68 3,43 8,04 0,15 0,76 2,72 8,15

Autores Baccarin, 2002 Henry-Silva 2008 Henares, 2011 Presente Trabalho Presente Trabalho Presente Trabalho Presente Trabalho

Pode-se notar que a quantidade de ração fornecida possui uma influência direta nas concentrações de N, P e turbidez na água dos viveiros. Em uma comparação dos resul-tados do presente trabalho com outros autores, é possível observar uma forte relação do arraçoamento com o incremento destes parâmetros (Tabela 5). Embora maiores densidades de estocagem resultem em maiores concentrações de nutrientes, sempre há um aumento das concentrações de N, P e de MPS no efluente (Henares et al., (2011).

Como não se observou e não foi descrito pelo produtor um controle rigoroso da densidade de peixes, é possível que os valores elevados de N, P e turbidez estejam associados ao não aproveitamento total da ração fornecida. O aumento das concentra-ções de nitrogênio e fósforo nos sistemas aquícolas, em parte deve-se também ao bai-xo aproveitamento destes nutrientes por parte dos animais (Hanares et al, 2011). Em estudo de indicadores de eficiência no uso de recursos e desempenho ambiental em peixes e crustáceos na aquicultura, Boyd et al., (2007) estimaram que apenas 25 a 30% do nitrogênio e fósforo adicionados ao cultivo se transformam em biomassa ani-mal, o restante é perdido para a coluna d´água.

(35)

5. Conclusões

Foi possível verificar que os viveiros de piscicultura de engorda se comportam de forma diferente dos viveiros de piscicultura de pesque-pague. Esta diferença ocorre principalmente pelo manejo empregado a estes viveiros, uma vez que, comparativa-mente o maior aporte de ração ocorreu nos viveiros de engorda, fazendo com que eles apresentem maiores quantidades de nitrogênio Kjeldahl total, fósforo total e turbidez. Assim os viveiros de pesque-pague provocam menor degradação na qualidade de á-gua quando comparados aos viveiros de engorda.

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Capítulo II

“Avaliação do impacto no rio Cabeça causado pelas atividades de piscicul-tura de engorda e pesque-pague”

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar os possíveis impactos causados no rio Cabeça pelas atividades de aquicultura de engorda e pesque-pague realizados no empreendimento do pesque-pague Corumaba-taí. As coletas foram realizadas men-salmente em um período de doze meses sempre no período matutino. Os parâmetros foram avaliados em dois diferentes locais do rio, sendo um ponto antes de receber os efluentes dos viveiros de engorda e pesque-pague a montante do rio (M), e outro ponto após receber estes efluentes, a jusante do rio (J). Foram avaliados: oxigênio dissolvido, temperatura, pH, condutividade e turbidez. Amostras de água foram coletadas e arma-zenadas em frascos plásticos para em laboratório serem analisados: fósforo total e ni-trogênio Kjeldahl total. Foi possível notar que o ponto onde recebia os efluentes dos viveiros apresentou maiores concentrações de nutrientes, podendo assim considerar uma relevante influencia do despejo inadequado de efluentes sem prévio tratamento ao meio ambiente podendo causar uma eutrofização artificial deste corpo receptor.

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Chapter II

“Evaluation of the impact caused on the Cabeça River caused from the

handling of fee-fishing and grow-out pounds

Abstract

The present work had the objective to evaluate possible impacts caused on the Cabeça river caused by the activities of aquaculture of grow-out and fee-fishing done on the en-terprise of fee-fishing Corumaba-taí. The samples were collected monthly for a period of twelve months always in the morning period. Parameters were evaluated in two different points in the river, one been before receiving the effluents from the grow-out and fee-fishing ponds upstream on the river (M), and another after receiving these effluents downstream of the river (J). Were analyzed: dissolved oxygen, temperature, pH, con-ductivity and turbidity. Samples of the water were collected and kept in plastic bottles to be analyzed in laboratory: total phosphorus and total nitrogen Kjeldahl. It was possible to note that the point receiving the effluents from the tanks presented a greater concen-tration of nutrients, which could be consider a relevant influence from the inappropriate discharge of untreated effluents to the environment that could cause an artificial eu-trophication of the receptor stream.

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1. Introdução

Com a evolução da questão ambiental e das condições que o planeta apresenta o cultivo racional de organismos aquáticos, atividade zootécnica mais conhecida como piscicultura ou aquicultura, apresenta-se como atividade economicamente emergente na competição pelo recurso água (Eler, 2007).

Pode-se apresentar como atividades comuns relacionadas à piscicultura as ati-vidades de aquicultor e de pesque-pague, onde aquicultor é a pessoa física ou jurídica que se dedica ao cultivo ou a criação comercial de organismos que têm na água seu normal ou mais frequente habitat. Já a atividade de pesque-pague, é a atividade exer-cida por pessoas físicas ou jurídicas que mantenham estabelecimentos constituídos de viveiros com peixes para exploração comercial de pesca amadora (Garutti, 2003).

Os pesque-pague são estabelecimentos suburbanos ou rurais que dispõem de lagos, onde são criadas espécies de peixes apreciadas pelos pescadores amadores. Estes podem usufruir horas de lazer com material de pesca, mediante pagamento ao proprietário, de taxas e/ou remuneração conforme o peso total de peixes capturados. Este tipo de atividade tem atraído muitos pescadores, sendo responsável pelo aumento expressivo do mercado de pesca amadora (Silva et al., 2012).

A atividade de pesque-pague, assim como a piscicultura, incorporam práticas de manejo que utilizam diretamente importantes recursos naturais não renováveis, o que levanta uma importante indagação no que concerne aos impactos ambientais e socioe-conômicos desta atividade (Rosa, 2008). O sucesso econômico destas atividades re-creativas depende diretamente de uma boa qualidade de água, podendo ser estas qua-lidades influenciadas por fatores como a fonte de abastecimento dos viveiros e manejo alimentar (Eler et al., 2001)

Um dos principais impactos causados durante a operação de cultivos de orga-nismos aquáticos é a liberação de efluentes ricos em nutrientes (principalmente N e P),

(42)

Mesmo com os benefícios sociais (geração de emprego) e econômicos gerados pela aquicultura, deve-se considerar que todas as atividades produtivas são impactan-tes ao meio ambiente, especialmente quando executadas de maneira inadequada e sem considerar os princípios básicos de alteridade socioambiental, dentre os quais, o planejamento do uso de recursos naturais e as estratégias que assegurem o desenvol-vimento pretendido (Eler e Millani, 2007).

Avaliar as mudanças causadas nestes ambientes, tanto por uma sobrecarga de arraçoamento, diminuição na quantidade de peixes, ou mesmo as variações climáticas ao longo do ano, são extremamente importantes para se determinar quais as melhores formas de manejo para este ambiente. Apesar da expansão dos pesque-pague, é portante notar que a carência de informações sobre o funcionamento e possíveis im-pactos ambientais, como a poluição dos recursos hídricos por resíduos gerados por esse tipo de empreendimento ainda é grande (Espíndola et al., 2006).

O objetivo deste trabalho foi caracterizar o impacto provocado na água utilizada nestas atividades de aquicultura e verificar quais as possíveis emissões de poluentes ao corpo receptor.

2. Material e métodos 2.1 Área de estudo

A pesquisa foi conduzida no pesque – pague Corumba-taí, localizado no municí-pio de Corumbataí (22° 13' 12'', 47° 37' 33'') SP, (figura 1). O trabalho foi realizado no período de um ano (Maio de 2011 a Maio de 2012), com coletas mensais, que foram realizadas no início de cada mês, no período da manhã. O empreendimento, além de possuir a atividade de pesque-pague possui viveiros de engorda de peixes. A pesquisa compreendeu a análise das características limnológicas de parte do rio Cabeça (figura 1) que atravessa a propriedade, abastece os viveiros de engorda e recebe todo o eflu-ente que é descartado tanto dos viveiros de engorda quanto dos viveiros de pesque-pague.

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pesque-pague (PP1) é abastecido com água proveniente de uma nascente subterrâ-nea, localizada na própria propriedade. O efluente de PP1 abastece PP2 e, na sequên-cia os outros viveiros de pesque pague. A água que abastece os tanques de engorda (EN) é proveniente do Rio Cabeça pertencente à bacia hidrográfica do rio Corumbataí. Este abastecimento ocorre através de bombeamento da água do rio para os viveiros de engorda individualmente, com entradas individuais em cada viveiro. O efluente dos vi-veiros é lançado no próprio rio Cabeça à jusante do local de captação (figura 2).

As coletas foram realizadas em dois pontos distintos do rio, primeiro no local on-de o rio ainda não recebia efluentes dos viveiros, a montante do empreendimento (M) e o segundo ponto ao final, após receber os efluentes dos viveiros a jusante do empre-endimento (J). No trecho de coletas no rio, a única influência direta que o rio sofre é dos viveiros de engorda e dos viveiros de pesque-pague. Observações de campo indi-caram que na área de amostragem o uso e ocupação do solo na região de micro-drenagem não apresentou interferência alóctone ao empreendimento.

Os dados pluviométricos foram obtidos através da estação meteorológica do centro tecnológico de hidráulica e recursos hídricos (CTH) de São Paulo.

Tabela 1: Dados pluviométricos da cidade de Corumbataí, São Paulo para os meses de maio de 2011 a maio de 2012.

MÊS ANO

TOTAL

(mm) MÁXIMA (mm em 1 dia)

Maio 2011 5,3 4,2

Junho 2011 37,3 26,0

Julho 2011 0,0 0,0

Ago 2011 8,4 3,2

Set 2011 25,9 23,3

Out 2011 183,0 75,0

Dez 2011 175,9 53,5

Jan 2012 498,2 59,0

Fev 2012 143,6 52,5

Mar 2012 105,5 40,0

Abr 2012 135,6 50,5

Maio 2012 76,8 17,0

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pesque-pague recebem cerca de 2 Kg de ração por dia no inverno e 10 Kg por dia no verão, enquanto os viveiros de engorda recebem 50 Kg por dia no inverno e 150 Kg por dia no verão. Com estas informações calculou-se o índice de uso de ração por área (tabela 2), sendo possível uma relação direta com as características limnológicas dos dois tipos de manejo empregados (pesque-pague ou engorda de peixes).

Para fins de definição e cálculos, dividimos o ano em verão e inverno, onde con-sideramos os meses de maio, junho, julho, agosto e setembro como inverno, e outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril como verão.

Cálculo:

Tabela 2: Índice de uso de ração nos períodos de verão e inverno usados nos viveiros de pesque-pague (PP) e engorda (EN).

Índice de Uso de Ração (ton/ha) Inverno Verão

PP 0,23 1,62

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Figura 1: Imagem de Satélite do pesque – pague Corumba-taí, com a seta branca indicando a localização do Rio Cabeça, Google Earth, 2012. Onde M, corresponde a montante do empreendimento, e J, a jusante do empreendi-mento.

N

M

(46)

Figura 2: Desenho esquemático da propriedade.

2.2 Coletas e Métodos de Análise de Água

(47)

2.3 Análise dos dados

Os cálculos da carga (g/dia) de fósforo e nitrogênio foram realizados por meio da vazão do rio Cabeça medida nos dois pontos de coleta (figura 1), conforme a equação:

O volume foi calculado a partir de seções de áreas do rio medidas com régua métrica em diferentes profundidades do rio. O tempo foi calculado a partir de um objeto lançado em determinado ponto conhecido e medido o tempo em que levava para che-gar a outro determinado ponto também conhecido. Sendo estes medidos sempre no mesmo ponto pré-determinado em todas as coletas, realizadas juntamente com as co-letas mensais.

Os gráficos foram todos realizados utilizando o programa Statistica 7 (Statsoft, 2005).

3. Resultados

Os valores das variáveis medidas foram maiores para as coletas realizadas após o rio receber as cargas dos efluentes dos viveiros (J). Desta forma pode-se notar na figu-ra 4 que os valores de condutividade fofigu-ram maiores ao longo de todo o ano nas medi-ções realizadas no ponto após o recebimento do efluente (J).

Os valores de turbidez (figura 5) comportaram-se de forma heterogênea, pois não houve padrão em nenhum ponto amostral. Diferentemente deste parâmetro, as cargas de nitrogênio total e fósforo total (figura 5) apresentaram-se sempre maiores para o ponto J.

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Figura 3: Valores médios de temperatura para a água nos pontos M e J no período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012).

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai12 Meses

14 16 18 20 22 24 26

T

e

m

p

e

ra

tu

ra

°C

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Figura 4: Valores médios de oxigênio dissolvido (A), pH (B) e Condutividade (C) para a água nos pontos M e J no período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012).

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai12 Meses 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 O D m g /L M J A

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai12 Meses 5.8 6.0 6.2 6.4 6.6 6.8 7.0 7.2 7.4 7.6 7.8 8.0 8.2 8.4 PH B M J

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Figura 5: Valores médios de turbidez (A), Carga de nitrogênio Kjeldahl total (B), Carga de fósforo total (C) para a água nos pontos M e J no período de 12 meses (Maio de 2011 a Maio de 2012).

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai12 Meses 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 T u rb id e z N T U M J A

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai12 Meses 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 C a rg a N T K g /d ia M J B

(51)

A tabela 3 apresenta os valores médios e desvios padrão medidos ao longo do ano para os valores dos parâmetros limnológicos nos pontos M e J do rio Cabeça. Po-de-se notar que as médias de temperatura, pH, condutividade, cargas de nitrogênio e fósforo foram maiores no ponto J.

Tabela 3: Valores médios e desvio padrão para o rio Cabeça no ponto M e J ao longo de um ano separados para período de verão e inverno (Maio de 2011 a maio de 2012). Onde, PT equivale a fósforo total e NTK a nitrogênio total Kjeldahl.

Parâmetros M (verão) M (inverno) J (verão) J (inverno) Temperautura C° 21,09 ± 1,71 17,08 ± 1,16 22,4 ± 2,04 17,7 ± 1,25 Oxigênio Dissolvido mg/L 7,94 ± 0,82 9,4 ±1,4 6,3 ± 0,91 8,9 ± 2,28 pH

6,85 ± 0,76 6,93 ± 0,2 7,1 ± 0,82 6,9 ± 0,21 Condutividade µs/cm 48,86 ± 8,76 46,5 ± 8,83 59,3 ± 10,69 59,8 ± 968 Turbidez NTU 68,0 ± 88,6 145,83 ± 69,88 126,0 ± 131,65 76,5 ± 41,52 Carga NTK g/dia 879,64 ± 885,0 339,56 ±117,72 2744,2 ± 1954,95 837,3 ±553,27 Carga PT g/dia 1014,96 ± 1283,9 100,50 ± 85,48 1850,0 ± 2215,95 182,0 ± 169,6

4. Discussão

Os resultados obtidos mostram uma tendência do aumento dos valores de fósfo-ro, nitrogênio, temperatura e condutividade no ponto de coleta J, onde o rio já recebeu os efluentes dos viveiros de engorda e pesque-pague. Isso acontece provavelmente pelo aumento da carga de nutrientes recebido pelo rio, proveniente dos viveiros tanto de engorda quanto de pesque-pague, em que os organismos são alimentados com ra-ção, ocorrendo degradação de matéria orgânica e excreção dos peixes.

O efluente da aquicultura possui um número muito grande de componentes or-gânicos, que podem causar impactos negativos ao meio ambiente onde ele é lançado (Piedrahita, 2003). A eutrofização dos recursos hídricos pode ser um dos maiores im-pactos causados pela aquicultura (Eler e Millani, 2007).

(52)

associa-das ao manejo de arraçoamento empregado nos viveiros de pesque-pague e engorda neste período do ano (verão).

A mudança na dinâmica das variáveis limnológicos no percurso do rio pode ter sido influenciada também pela variação do volume de chuva conforme as estações do ano. Sendo assim, a condutividade apresentada pela figura 2, mostrou-se maior no pe-ríodo de verão, onde coincide com o pepe-ríodo de maior volume de chuva para esta regi-ão. Segundo Rodrigues et al., (2002), em estudo realizado no rio Paraná, os valores de condutividade se apresentaram maiores no período chuvoso. Ainda para este parâme-tro, os valores apresentados nos pontos M e J, nota-se que a influencia dos efluentes levou a maiores valores de condutividade no ponto J, isso é, após receber os efluentes dos viveiros. A maior causa de valores elevados de condutividade está ligada a altas taxas de decomposição (Sipaúba-Tavares, 1994.).

Os valores de turbidez não apresentaram homogeneidade em nenhum dos dois pontos, uma vez que frequentemente animais como bovinos foram avistados próximos ao rio, revolvendo o sedimento causando assim valores de turbidez superestimados. Estas observações são válidas para os maiores valores de turbidez encontrados ao longo do ano (Figura 5 A).

Quando comparados os pontos M e J, é observado um aumento nas concentra-ções de nutrientes como nitrogênio e fósforo no ponto J, onde há a descarga dos eflu-entes dos viveiros. O acúmulo de nutrieflu-entes como fósforo e nitrogênio ocorre principal-mente pelo fornecimento de ração. Kubitza, (1999), afirma que o arraçoamento leva a um incremento destes nutrientes em corpos receptores que possam receber estes eflu-entes.

(53)

inverno. Em estudo realizado em pesque-pague na região metropolitana de São Paulo, Mercante et al., (2005), também verificou esta mesma sazonalidade na temperatura da água.

Quanto aos valores de oxigênio dissolvido, nenhum dos dois pontos prevaleceu em suas concentrações ao longo do ano, tanto M quanto J, apresentaram picos de concentração de OD. Mercante et al., (2005), não obtiveram diferença nas concentra-ções de oxigênio ao longo do ano em estudo para viveiros de pesque-pague na região metropolitana de São Paulo.

O pH da água do rio também se apresentou de forma que nenhum dos pontos (M ou J) mostrou-se predominante. Ao longo do ano, os picos estiveram entre os me-ses de outubro e novembro, não estando associado a nenhum outro fenômeno aparen-te. Segundo Sipaúba-Tavares, (1994), as principais causas que podem elevar o pH são a respiração, a fotossíntese, a adubação, a calagem e fontes poluidoras.

Segundo Henry-Silva et al., (2010) a descarga de efluentes da aquicultura modifica as características limnológicas do corpo receptor que recebe esta carga, aumentando os valores de nitrogênio Kjeldahl total fósforo total, turbidez e condutividade elétrica. Neste mesmo estudo sobre a influencia dos efluentes de aquicultura no crescimento de Salvinia molesta Henry-Silva et al., (2010) fizeram a mesma observação que Baccarin e Camargo, (2005) onde a atividade de aquicultura aumenta as cargas orgânicas dos ambientes aquáticos, causando a eutrofização artificial.

5. Conclusões

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6. Referências Bibliográficas

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Imagem

Tabela  1:   Índice  de  uso  de  ração  nos  períodos  de  verão  e  inverno  usados  nos  viveiros  de  pesque-pague  (PP)  e  engorda (EN)
Figura 1: Imagens representativas do Brasil e de São Paulo e imagem de satélite do Pesque – Pague Corumba-taí,  via Google Earth, 2012.
Figura 2: Desenho esquemático da propriedade
Tabela 3: Corelação das variáveis com os eixos da PCA (valores em negrito representam maior correlação)
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