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Acerca do conceito de loucura e seus reflexos na assistência de saúde mental.

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Academic year: 2017

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ACERCA DO CONCEI TO DE LOUCURA E SEUS REFLEXOS

NA ASSI STÊNCI A DE SAÚDE MENTAL

1

Lia Carneiro Silveira2

Violant e August a Bat ist a Braga3

Silveira LC, Braga VAB. Acerca do conceit o de loucura e seus reflexos na assist ência de saúde m ent al. Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 j ulho- agost o; 13( 4) : 591- 5.

Trat a- se de reflexão t eórica acerca de com o se deram hist oricam ent e a percepção e a conceit uação da loucura e, conseqüent em ent e, das form as de agir perant e ela. Essa reflexão reconst rói a t raj et ória a part ir da concepção da Gr écia Ant iga at é os dias at uais, enfocando pr incipalm ent e os per íodos onde ocor r er am m udanças na for m a de se per ceber e at uar per ant e essa exper iência. Conclui- se que a im por t ância em se conhecer as form as hist óricas do conceit o de loucura reside na possibilidade de se poder desnat uralizar as concepções e r eflet ir acer ca da pr át ica que são r ealizadas hoj e na assist ência às pessoas em sofr im ent o m ent al.

DESCRI TORES: t ranst ornos m ent ais; psiquiat ria/ hist ória; assist ência

ABOUT THE CONCEPT OF MADNESS AND I TS REFLEXES

ON MENTAL HEALTH CARE

This is a t heor et ical r eflect ion on t he hist or ical per cept ion and concept ualizat ion of m adness and, consequent ly, on w ays of act ing t ow ar ds it . We st ar t fr om ancient Gr eek concept ions and m ove up t o t he present days, focusing m ainly on t hose periods when percept ions and act ions t owards m adness changed. We conclude that getting to know the historical form s of the m adness concept is im portant to be able to denaturalize our concept ions and reflect about our current pract ice in care for pat ient s going t hrough m ent al suffering.

DESCRI PTORS: m ent al disorders; psychiat ry/ hist ory; care

ACERCA DEL CONCEPTO DE LOUCURA Y SUS REFLEJOS

EN LA ATENCI ÓN DE SALUD MENTAL

Ést a es una reflexión t eórica acerca de la percepción hist órica y concept ualización de la locura y, por consiguient e, de las m aneras de act uar ant e ella. Abarcam os desde la concepción de Grecia Ant igua hast a los días act uales, enfocando los periodos en donde ocurrieron los cam bios en la form a de com prender y act uar ant e esa experiencia. Concluim os que la im port ancia de conocer las form as hist óricas del concept o de locura reside en la posibilidad de desnat uralizar nuest ras concepciones y reflej ar sobre nuest ra práct ica act ual en la at ención a las personas con sufrim ient o m ent al.

DESCRI PTORES: t rast ornos m ent ales; psiquiat ría/ hist oria; at ención

1 Trabalho extraído da tese de doutorado apresentada à Universidade Federal do Ceará; 2 Enferm eira, Doutor em Enferm agem , Professor da Universidade

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I NTRODUÇÃO

A

so ci e d a d e o ci d e n t a l co n t e m p o r â n e a

produz e naturaliza um a visão do sofrim ento psíquico com o ob j et o d e in t er v en ção d a ciên cia, sej a ela m édica ou de outras práticas “ psi”. Nesse paradigm a, o sof r im en t o psíqu ico r ecebe o r ót u lo de “ doen ça m e n t a l ”, co m q u a d r o s n o so l ó g i co s cl a r a m e n t e delim it ados. O obj et ivo final, ou sej a, a cura, pode at é ser con ceit u ado de m an eir as dif er en t es, m as, r ar am ent e, escapa à noção de ( r e) adapt ação a um m undo do qual ele não faz parte ou ao qual se m ostra est r anho.

Sabe- se que essa visão de m undo arvora- se em ser “A Verdadeira” e que j á foi assim ilada a t al pont o que se corre at é m esm o o risco do ridículo se tentar apresentar os fatos sob outra ótica. Entretanto, a história m ostra que nem sem pre foi assim : loucura, a l i e n a çã o , d o e n ça m e n t a l , t r a n st o r n o m e n t a l , sofrim ent o psíquico não foram pensados de m aneira uniform e nem ao longo da hist ória, nem no m esm o espaço t em poral. Vale dest acar ainda que a for m a co m o a e x p e r i ê n ci a co m a l o u cu r a v a i se n d o conceit uada influencia dir et am ent e os espaços e as práticas destinadas a ela. Sendo assim , essa reflexão visa reconst ruir a t raj et ória da percepção da loucura desde a Grécia Ant iga at é os dias at uais, enfocando, p r i n ci p a l m e n t e , o s p e r ío d o s o n d e o co r r e r a m m udanças significat iv as na for m a de se per ceber e at uar perant e essa experiência.

LO U CU R A N A G R ÉCI A A N T I G A : A

DESRAZÃO VALORI ZADA

A desrazão é entendida com o tudo aquilo que um a sociedade enxerga com o sendo seu “ out ro” : a

est r anheza, a am eaça, a alt er idade r adical( 1). Essa

dim ensão pode ser ident ificada em diver sas épocas e, inclusive, pode ser percebida com o essencial nas m ais variadas form ações hist órico- sociais. Ent ret ant o, apesar desse lugar de exclusão sem pre t er exist ido, nem sem pre coube ao louco a t arefa de represent ar a desr azão.

I nicialm ent e, por m ais que pareça est ranho aos olhos de hoj e, pode- se afirm ar que a experiência com a lou cu r a n em sem p r e f oi con sid er ad a alg o negat ivo, m uit o m enos um a doença. Pelo cont rário, na Gr écia ant iga ela j á foi consider ada at é m esm o u m p r i v i l ég i o . Fi l ó so f o s co m o Só cr at es e Pl at ão

r essalt ar am a ex ist ência de um a for m a de loucur a t ida com o div ina e, inclusiv e, ut ilizav am a m esm a

palavra ( m anikê) para designar t ant o o “ divinat ório”

com o o “ delirante”( 1). Era através do delírio que alguns

privilegiados podiam t er acesso a verdades divinas. I sso n ã o q u e r d i ze r q u e e ssa s p e sso a s f o sse m co n si d er a d a s n o r m a i s o u i g u a i s, m a s q u e er a m p o r t ad o r as d e u m a d esr azão , a q u al , ap esar d e habit ar a v izinhança do hom em e do seu discur so, precisava ser m ant ida num a dist ância, separando o sagrado das experiências t errenas: “A loucura não é o Outro do hom em ( do qual ele possa se assenhorar) ,

m as sim plesm ent e o Out ro”( 1). Est e “ Out ro” ocupa o

lugar de um a alt eridade radical e ext erior ao suj eit o e alheia a qualquer tentativa de apropriação. Não pode ser considerado com o um a out ra facet a do m esm o, m a s e n ca r n a u m a d i f e r e n ça i m p o ssív e l d e se r apreendida. Essa relação ent re experiência m íst ica e consciência crít ica vai prevalecer por m uit o t em po e, som en t e n o p er íod o con h ecid o com o An t ig ü id ad e Clássica, vai se dissolver.

ANTI GÜI DADE CLÁSSI CA: O ROMPI MENTO

ENTRE O MÍ STI CO E O RACI ONAL

Paulat inam ent e, a loucur a vai se afast ando d o seu p ap el d e p o r t ad o r a d a v er d ad e e v ai se e n ca m i n h a n d o e m u m a d i r e çã o co m p l e t a m e n t e

op ost a. Na f ascin an t e ob r a in t it u lad a Hist ór ia d a

Lou cu r a, pode- se per ceber com o esse cor t e en t r e m ist icism o e r azão pode ser per cebido em v ár ios âm bit os da ex per iência hum ana. Um dos ex em plos abor dados n a obr a é a descr ição de com o se deu esse r om pim ent o no espaço das ar t es, at r av és da cr e sce n t e d i sso ci a çã o e n t r e i m a g e m e e scr i t a , observada nesse período. Com o fim do sim bolism o gót ico, a im agem é liberada da sabedoria e da lição que a or denav am e com eça a gr avit ar ao r edor de su a p r ó p r i a l o u cu r a , a t r a v é s d e a b u n d â n ci a d e sign if icações, de m u lt iplicação do sen t ido por ele m esm o: “ o sent ido não é m ais lido num a percepção im ediata, a figura deixa de falar por si m esm a. Entre o saber que a anim a e a form a para qual se transpõe, e st a b e l e ce - se u m v a zi o . El e e st á l i v r e p a r a o onirism o”( 2).

Na pint ura, pode- se dest acar obras com o a

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f ascin am o esp ect ad or, en car n an d o a lou cu r a em form a de t ent ação, expondo o m undo com t udo que nele existe de im possível, de fantástico, de inum ano. As im agen s, ain da qu e car r egadas de f an t asm as, exercem sobre o hom em do século XV m ais poderes

de at ração do que a realidade( 2). Por out ro lado, na

produção escrit a do m esm o período, a loucura at rai, m as não fascina: “ enquant o Bosh, Br ughel e Dür er e r a m e sp e ct a d o r e s t e r r i v e l m e n t e t e r r e st r e s, e im plicados nessa loucura que viam brotar à sua volta, Er asm o obser v a- a a um a dist ância suficient e par a estar fora de perigo; observa- a do alto do seu Olim po, e se canta seus louvores é porque pode rir dela com

o riso inext ingüível dos deuses”( 2).

Assim , essa brecha ent re experiência m íst ica e consciência crít ica foi abert a durant e a Renascença e nunca m ais deixou de se abrir, acentuando um vazio en t r e o t r ág i co e o cr ít i co q u e n u n ca m ai s ser á pr eenchido. A loucur a j á não é m ais por t a- v oz da verdade divina e em pouco t em po passará a ocupar o lugar de represent ant e sim bólico do m al.

I DADE MÉDI A: SAI O LEPROSO, EN TRE O

LOUCO

Até o final da I dade Média, aquele espaço da alt eridade radical, referido ant eriorm ent e no início do t ext o, era represent ada pelo leproso. Encarnando o m al e r ep r esen t an d o o cast ig o d iv in o, a lep r a se espalha rapidam ent e causando pavor e sent enciando seus por t ador es à ex clusão. Ent r et ant o, com o fim das Cruzadas e a rupt ura com os focos orient ais de i n f ecção , a l ep r a r et i r a- se, d ei x an d o ab er t o u m espaço que v ai r eiv indicar um nov o r epr esent ant e. Alguns séculos depois, essas est rut uras de exclusão social passam a ser ocupadas pela figura do louco.

Apesar de se per ceber que desde a I dade Média j á exist iam m ecanism os de exclusão do louco, ainda não é aí que a loucura vai ser percebida com o um fenôm eno que requeira um saber específico, pois o s p r i m e i r o s e st a b e l e ci m e n t o s cr i a d o s p a r a circunscrever a loucura dest inavam - se sim plesm ent e a r et ir ar do conv ív io social as pessoas que não se a d a p t a v a m a e l e . So m e n t e n o p r ó x i m o p e r ío d o hist órico é que se t ransform ará essa relação.

SÉCULO XVI I I : A LOUCURA COMO OBJETO

DO SABER MÉDI CO

É o século XVI I I que vem , definit ivam ent e,

m ar car a apr eensão do fenôm eno da loucur a com o o b j et o d o sa b er m éd i co , ca r a ct er i za n d o - o co m o

doença m ent al e, por t ant o, passível de cur a( 3). É o

Século das Luzes, onde a razão ocupa um lugar de dest aque, pois é at r av és dela que o hom em pode co n q u i st a r a l i b e r d a d e e a f e l i ci d a d e . Oco r r e valorização do pensam ent o cient ífico e é em m eio a esse cont ex t o que ocor r e o sur gim ent o do hospit al com o espaço t er apêu t ico. En t r et an t o, dev e- se t er cuidado ao im prim ir a esse acont ecim ent o um a ót ica hum anit ár ia e alt r uíst a, pois essa m edicalização do hospital não se deu visando “ um a ação positiva sobre o d o e n t e o u a d o e n ça , m a s si m p l e sm e n t e u m a

anulação dos efeit os negat ivos do hospit al”( 3).

Par a gar ant ir seu funcionam ent o, o m odelo h ospit alar n ecessit av a da in st au r ação de m edidas disciplin ar es qu e v iessem gar an t ir a n ov a or dem . Assim , surge um a art e de delim it ação desse espaço f ísi co , o n d e sã o f u n d a m e n t a i s o s p r i n cíp i o s d e vigilância const ant e e regist ro cont ínuo, de form a a

garant ir que nenhum det alhe escape a esse saber( 3).

Dent ro desse espaço esquadrinhado, percebe- se um a i n st i t u ci o n a l i za çã o d a s r e l a çõ e s l á e x e r ci d a s, t ornando- se um m undo à part e, afast ando cada vez m ai s o i n d i v íd u o d e su as r el açõ es ex t er i o r es. O discurso que alim enta esse sistem a percebe os loucos com o ser es p er ig osos e in con v en ien t es q u e, em função de sua “ doença”, não conseguem conviver de acordo com as norm as sociais. Retira- se, então, desse suj eit o t odo o saber acer ca de si pr ópr io e daquilo que seria sua doença, ao m esm o t em po em que se delega esse saber ao especialist a.

PÓS- GUERRA: MOMENTO PROPÍ CI O PARA

REFORMAS

Som ente no período pós- guerra desponta um cenário propício para o surgim ent o dos m ovim ent os r ef or m ist as da psiqu iat r ia n a con t em por an eidade. Co m e ça m a su r g i r, e m v á r i o s p a íse s, quest ionam ent os quant o ao m odelo hospit alocênt rico, ap o n t an d o p ar a a n ecessi d ad e d e r ef o r m u l ação . Alguns desses m ovim ent os colocavam em quest ão o próprio dispositivo m édico psiquiátrico e as instituições a ele relacionadas, com o exem plo, a experiência de Fr anco Basaglia nas cidades it alianas de Gor izia e Triest e, as quais t inham com o principal referência a

defesa da desinst it ucionalização( 4).

(4)

reform a diz respeit o ao conceit o de “ doença m ent al”, o qual passa a ser desconst r uído par a dar lugar a n o v a f o r m a d e p e r ce b e r a l o u cu r a e n q u a n t o “ exist ência- sofrim ent o” do suj eit o em relação com o co r p o so ci al( 5 ). A r ef o r m a p si q u i át r i ca b r asi l ei r a

encont ra seus principais fundam ent os t eóricos nessa con cep ção, p r op on d o- se a seg u ir a v isão t eór ica adotada na reform a italiana. Entretanto, vale ressaltar que o processo hist órico do lidar com a loucura no Brasil t eve peculiaridades que o dist inguem bast ant e daquele observado na Europa.

A at en ção específica ao doen t e m en t al n o Brasil teve início com a chegada da Fam ília Real. Em v ir t ude das v ár ias m udanças sociais e econôm icas o co r r i d a s e p a r a q u e se p u d e sse o r d e n a r o cr escim en t o das cidades e das popu lações, fez- se necessário o uso de m edidas de controle, entre essas, a cr iação d e u m esp aço q u e r ecolh esse d as r u as

aqueles que am eaçavam a paz e a ordem sociais( 4).

Posteriorm ente, em 1852, é criado o prim eiro hospício br asileir o.

Tendo o hospit al psiquiát rico com o cenário e o isolam en t o com o pr in cipal t écn ica, o psiqu iat r a passou a necessit ar de um profissional que servisse d e v i g i l an t e e, ao m esm o t em p o , seg u i sse su as inst r uções quant o ao t r at am ent o: “ o ‘enfer m eir o’ é u m agen t e sit u ado en t r e o gu ar da e o m édico do hospício, devendo estabelecer entre aquele e o doente

a cor r ent e do olhar v igilant e”( 6). Assim , no ano de

1890, foi criada a Escola Profissional de Enferm eiros e Enfer m eir as v isando sist em at izar a for m ação de enferm eiros para at uarem no espaço asilar.

Num país subdesenvolvido, com um m odelo de assistência à saúde centrado na prática curativa e assist encialist a, foi fácil t ransform ar a doença m ent al em m ercadoria rent ável. Ao se associar a lógica do capit al ( lucro) à lógica do m odelo m anicom ial ( poder disciplinar) , não fica difícil perceber que a “ assistência” lim itava- se ao m ínim o que fosse preciso para m anter os loucos sob dom inação, sem precisar gastar m uito. Na d é ca d a d e 7 0 , n ã o su p o r t a n d o a b u sca desenfreada pelo lucro dos em presários da saúde, a p r ev i d ên ci a so ci a l en t r a em cr i se, m o st r a n d o a i n e f i ci ê n ci a d e sse m o d e l o e a p o n t a n d o p a r a a necessidade de reform ulação. Vale ressaltar que esses questionam entos vieram à tona em m eio a um quadro polít ico e econôm ico específico, car act er izado pelo fim do “ m ilagre econôm ico”. Ocorre abert ura gradual após anos de ditadura, perm itindo a entrada em cena

d e n ov os at or es, d an d o v ez à m an if est ação d as cr ít icas e d en ú n cias d os t r ab alh ad or es d e saú d e m ent al e out ros set ores da sociedade civil cont ra a

precária assist ência prest ada aos doent es m ent ais( 7).

Em con t in u id ad e a esse p r ocesso, f or am r ealizadas em 1987, 1992 e 2001, as Confer ências Nacion ais d e Saú d e Men t al, q u e p ossib ilit ar am a d elim it ação d os ob j et iv os da r ef or m a psiq u iát r ica brasileira atual e a proposição de serviços substitutivos ao m odelo hospit alar. Dent re os m arcos conceit uais desse pr ocesso dest acam - se o r espeit o à cidadania e a ênfase na atenção integral, onde o processo saúde/ doença m ent al é ent endido dent r o de um a r elação

com a qualidade de vida( 8).

At ualm ent e, observa- se significat ivo avanço na im plantação das propostas da reform a psiquiátrica br asileir a. Ent r et ant o, essas conquist as não t êm se dado de form a hom ogênea por t odo país. Em vários espaços ainda se enfrent am fort es obst áculos com o, por ex em plo, a falt a de decisão polít ica de alguns gest or es pú blicos e as r esist ên cias por par t e dos donos de hospitais que não querem perder um negócio lucr at iv o.

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Este texto realizou um a reflexão teórica com o se deu hist or icam ent e a per cepção e conceit uação da experiência com a loucura e, conseqüent em ent e, d a s f o r m a s d e a g i r p er a n t e el a . Co m o se p o d e p er ceb er, a co n st r u çã o h i st ó r i ca d esse o b j et o é p e r m e a d a p o r t r a n sf o r m a çõ e s p r o f u n d a s, dependendo da época em que é analisado.

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REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

1. Pelbart PP. Da clausura do fora ao fora da clausura. São Paulo ( SP) : Br asiliense; 1989.

2. Foucault M. A hist ória da loucura. 5. ed. São Paulo ( SP) : Per sp ect iv a; 1 9 7 2 .

3 . Fou cau lt M. Micr of ísica do poder. Rio de Jan eir o ( RJ) : Edições Ger ais; 1 9 7 9 .

4 . Am arant e P. Loucos pela v ida: a t raj et ór ia da r efor m a psiquiát rica no Brasil. Rio de Janeiro ( RJ) : SNE/ ENDP; 1995. 5. Rot elli F, Am arant e P. Reform as Psiquiát ricas na I t ália e no Br asil: Aspect os Hist ór icos e Met odológicos. I n: Bezer r a B Junior, Am arant e P, organizadores. Psiquiat ria sem hospício: con t r ib u ições ao est u d o d a r ef or m a p siq u iát r ica. Rio d e Janeiro ( RJ) : Relum e- Dum ará; 1992. p. 41- 55.

6 . Mi r a n d a CL. O Pa r e n t e sco i m a g i n á r i o : h i st ó r i a e represent ação social da loucura nas relações do cam po asilar. Rio de Janeiro ( RJ) : Edit ora da UFRJ; 1997.

7. Aguiar MGG. A Reinvenção do ser enferm eira no cot idiano da Casa de Saúde Anchiet a e núcleos de at enção psicossocial. [ dissert ação] . São Paulo ( SP) : Escola de Enferm agem / USP; 1 9 9 5 .

8. Minist ério da Saúde ( BR) . Relat ório final da 2ª Conferência Nacional de Saúde Ment al. Brasília ( DF) : Minist ério da Saúde; 1 9 9 4 .

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