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O suicídio em Freud

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Academic year: 2017

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(1)

fu ndaᅦセo@ getセlio@ VARGAS

INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS E PESQUISAS PSICOSSOCIAIS CENTRO DE posMgraduaᅦセo@ EM PSICOLOGIA

"O Suicídio em Fr-e u d"

Ver-a Toste Par-r-eir-a

FGV/ISOP/CPGP

Pr-aia de Bo t afogo, lQ O - sala 1108

(2)

FUNDAÇAO getセlio@ VARGAS

INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS E PESQUISAS PSICOSSOCIAIS CENTRO DE posMgraduaᅦセo@ EM PSI COLOG IA

"O Suicidio em Freud"

por

Vera Tos te Parreira

dゥウウ・イエ。セセッ@ submetida como requisito parcial para

ッ「エ・ョセセッ@ do grau de

MEST RE EM PSIÇOLOGIA

(3)

"Deus e o Diabo ・ウエセッ@ lutando ali;

e o c CI.mpo de batalha é o cora':;:2(O do homem."

DOSTOIEVSKY

(4)

Desejo e>:pressar a minha mais profunda ァイ。エゥ、セッ@ às três ュセ・ウ@

que tive a sorte de encontrar nestes 36 anos de minha existência: a

que me deu a vida, Esther de Carvalho Parre ira , que apesar de nossa

ambivalência,garantiu o amor , o apoio incondicionais; a analista

Maria Fernandes de Oliveira , companheira incansável de viagem, que

com o seu árduo trabalho garante a イ・」ッョウエイオセセッL@ a saúde e a

seguran<;a indispensáveis; a mais do que carinhosa e dedicada

orientador-a, Eva Nick, amiga , incentivadora, copy-desk, e

definitivamente responsável

sua ゥ、・。ャゥコ。セセッN@

por todos os passos deste estudo desde a

A meu pai, meus amigos e todos aqueles que direta ou

indiretamente colaboraram comigo.

José Raul Nascimento Novaes

Aos professores do Curso Prévio e do CPGP da fオョ、。セセッ@ Getúlio

Vargas

(5)

Ao Setor de Tanatologia do ISOP, nas pessoas de Wil ma Torres , Wanda Gurgel e Ruth Tor re s, pe l a inestimável 」ッ ャ 。「ッイ。セセ ッ@ na pes quisa

sobre o suicídio.

Ao CNPq e ao ISOP pel as bolsa s de estudo concedidas durante o

(6)

Este trab a lho é u m estudo teórico sobre o suicídio em uma

perspect i va ps ic analítica.

o

que se pretendeu foi elaborar uma カゥウセッ@

compreensiva das ュッエゥカ。セセ ・ ウ@ inconscien tes presentes nos processos

autodestrutivos através da retomada das ッ「ウ・イ カ。 セ「・ウ@ que a este

respeito ・ウエセ ッ@ contidas na obra de Sigmund Freud, correlac ionan do-as

com uma ッイ、・ョ。セセッ@ de

suas idéias.

seu pensamento em termos do desenvolvimento de

Ini cialmente , Freud f az ap enas algumas ッ「ウ・イカ。セᅯ・ウ@ esparsas

sobre o suicídio, e suas 」ッョエイゥ「 オゥセ「・ウ@ poster iores repousam

basicamente sobre a 」ッョ」・ーセセッ@ de que os impulsos autodestrutivos

revelam o sentimento de culpab ilidade e a necessidade de 。オエッーオョゥセセッ@

decorrente do ódio inconsciente dirigido a pessoas queridas e do

desejo, também inconsci en te, de que elas morram .

Com a ゥョエイッ、オセセッ@ dos conceitos de narcisismo, ゥ、・ョエゥヲゥ」。セセッ@

primária e ideal do ego, Freud amplia seus recursos teóricos

identificando a melancolia com a 。オエッ、・ウエイオゥセセッ N@ A seguir,

investiga-se o aparecimen to do conceito de ーオャウセッ@ de morte e as ュッ、ゥヲゥ」。セ「・ウ@

que este con ceito acarretou na teoria do suicídio.

Examina-se, ainda, a 」ッューセャウセッ@ à イ・ー・エゥセセッL@ a nova 」ッョ」・ーセセッ@

d e ーオャウセッ@ como ・クーイ・ウウセッ@ da natureza conservadora dos seres vivos, a

(7)

A extrema complexi dad e do fenômeno nos faz conclui r- que,

apesar das 」ッョエイゥ「オゥセo・ウ@ metapsicológicas que nos per-mitem, à luz da

psicanálise, compreender

ョセッ@ se pode prescindir,

a natureza inc on sciente da 。オエッ、 ・ウエイ オゥセセッL@

no estudo de casos inóividuais, de u ma

perspec tiva que leve em conta a singular idad e óas ュッエゥカ。セ「・ウ@ que

que

contr ib uem par-a a tessitura múltipla da rede de fatores

ゥ ュセオャウゥッョ。ュ@ a busca da

contexto sócio-cultur-al,

contr-ibuem par-a a tr-ama

dos atos autodestr-utivos.

própr-ia mor-te. A histór-ia individua l, o

e a カゥウセ ッ@ que tem do suic ídio a sociedade,

(8)

This th e sis is a theot-et ical stud y of suicide fr-om a

psychona na lyti c al per-spective . Our- main pur-pose ... Ia s to obtain a

compr-ehensive view of the unconscious motivation s i nvo lved in

selfdestr-uctive pr-ocesses thr-ough a r-evis i o n of th e r-emar-ks found in

Sigmund Fr-eu d ' s wor-k, connecti n g th em wi t h an or-der-ing Df fr-eudian

thought r- elative to the development of his ideas about suicide.

In his

obser-vations and

basically,

connected

to

with

ear-ly wr- i tings we

the contr-ibutions

t he idea that the

unconscious guilt

fi n d only a few scatter-ed

Df the next

selfdes tr-uc tive

feelings and

year-s r-efer-,

impulses ar-e

the need

for-selfpunishment ar-is ing fr-om unconscious hate dir-ected to loved

per-sons, as well as unconscious death wishes against them.

When Fr-eud intr-oduced c o ncepts like n ar-ci ssi sm, pr-imar-y

ident ifi c ation and the ego ideal, we see that he manag ed to enr-ich

his theor-etical conc ept ions, l inking melancholy and se l fdestr-uction.

The emer-gence Df the idea of a death dri ve, a nd the c han ges which

t his con c ept br-oug ht to his theor-ies about su ic id e ar-e th e n s t udied ;

a s we ll a s the n ew ideas about r-epetit i on compulsion, a bout d rives as

an expr-ession of the cons er-vat i ve natur-e of human b ei n gs, about dr- i ve

(9)

The extreme complexity Df this phenomenon leads to the

conclusion that, despite the metapsychological con tr ibLltions that

enable us to understand the unconscious nature of selfdestructive

acts, it is i ndisp ensable, in indivi dual case studies, to adopt a

perspective that also consider s the singularity of the motivations

involved in the impulse that drives us to oLlr death. The

individual st o ry, the social-cultural context and the social view Df

suicide, colours the singular, specific, and idiosynchratic

selfdestructive acts, acessib le to the analysis by means Df

(10)

aァイM。。セ」ゥュ ・ ョKMlャウ@ · .... i

vii

Summary 1. セMZ@

01

CAP I TULO I eカッャ オ セセッ@ histór- ic a das id é ias de Freud

U セ「 イ・@ o s u icí di o 1 6

CAPITULO 11 pオャ ウセ g@ d e morte E su icídi o 60

CONCLUS <="S 83

(11)

1.

iョエイッN￧Alh[Zセッ@

"Assassinatos ウセッ@ agresst::.es diri gi das. iュッャ。セ「・ZSセ@ den(ncia

generalizada =ontra a humanidade. O suicida cria uma estranha

ウゥエオ。セセッ@ l egal ッョセ・@ no 「セョ」ッ@ dos réus sentam-se os felizes sobreviventes"

Alber t o Dines

Morte no paraíso

A tragé di a de Stefan Zweig

o

fenôme no do suicídio tem despertado, em todos os tempos,

p reocup õ\Õâ:o e in -t eresse por par te de ps ic ólogos, psiquiatras,

sociólog os, enfim. da comunidade c:2nti fica, que vem realizand o um

infind3 ve l nú mero de estudos e pesquisas ness a á ..-e a, na Tent ativ a de

desvendar, compreender. exp lic ar e preven r tâ:G relevante ーイッ「ャ・ュ セN@

Ainda que

pelo mór bido na base

(12)

2

ゥューッイエセョ」ゥ。@ de enfrenta r a mor te, através da busca da ウゥァ ョゥヲゥ」。セセ ッ@ do

suicídio, como um recurso autêntico em 、ゥイ ・セセッ@ à vida.

Stenge l (1977) adverte que

" .. • a ubiquidade do suicídio faz com que esse

ー。 イ・セ。@ ser in evitável. Mas é dif í ci l ser derrotista quando

part imos de dados estatísticos para a realidade

indiv idua l. Observando o at o suicida, numa perspectiva de

イ ・エイッウー・」 セ セッセ@ como o clí max de uma c rise pessoal, ョセッ@ se

pod e dei>:ar de sentir que quase todos poderi am ser

e vi tados".

nセッ@ se pret ende negar a ゥューッイエセョ」ゥ。@ dos estudos

estatísticos realizados nessa á rea, nem se chegar ao mesmo extremo

que Alvarez (975), o qual, ao s e refer ir às correntes científi cas

que e m vez de tratarem o suicídio como um tópico de pesqui sa sério ,

cons idera que estas a cabam por dest ru ir toda a sua ウゥァョゥ ヲ ゥ」。セセッL@

reduzindo o suicídio a dados estatísticos. Acredita-se, por outro

lado , q ue a p esqu i sa sobre o suicídio pode e deve ser a nt ecedida e

comp l emen tada por uma via que ョセッ@ seja apenas a da estatística.

Seminério (1985) julga que pes quisas teóricas

" •.• deveriam sistematicamente representar a

base de estudos plur ianuais capazes de anteced e r e

fun damen t=-.r a イ・。ャゥ コ。セセッ@ de projetos empí ricos. Seu

objetivo sendo a própria 」イゥ。セセッ@ de c nh eci mento novo

ヲ 。カッイ ・」 ・セ@ para sua イ・。ャゥコ。セセッL@ ョセッ@ apenas ゥ ョウエゥ エオゥセ ・・ウ@ de

peso como pri cipalmente países mais des=>nvol -·,1idQs".

A grav idad e do suicídi o e sua ・ ク エ・ョウセッ@ no campo do soc i al

(13)

imprensa. Exi s tem claros ind ici o s de que tomar conheci men to d e um ato

s uic i da ョセウ@ en vo l ve emocional e afeti v amente.

A e s col h.? da ーウゥ」 。ョ£ャゥ ウセ L@

mais esp eci fi c amente do

deve-se ao fat o de

acreditarmos que 0 complexo problema do suicíd i o

necessit.: ser abordado por uma

pei-sp ectiva qu e enfatiza 2 .

ュオャエゥ、・エ・イュゥョ。セセッ@ do ato ウセャᅪ@ ci da , a

」ッューイ・ N ・ セZS セP@ d a

ーウゥ」ッ、 ゥAゥセュゥ」。@ pr ofu nda e inconscien te

e ;.: i stellte nos processos

autodestr ut i v os.

Acredi ta -se que a psicanálise

ョセッ@ esgota o assunto, nem

ex p lica o enÓmeno completamen t e.

Para isso, seri a necessário uma

a bor dagem multidi s c ip lin ar, o que ,

entanto,

no ョセッ@ aten de aos

ob jet i vos desta 、ゥウウ・ イ エ 。セセッN@ O

que planejamos desenvolver f o i um

est u d o, em uma per spect iva psic anal ít i ca, que, ェオ ョ エ。ュ・セエ・@ com ッセエイッウ@

e studos , de

outras áreas do conhecimento, r epresente mais um ・ウヲッイセ ッ@

de

」ッョエイゥ「オゥセセ

ッ@

na tent ativ a de se compr eender melh or o suic i dio.

o

qu e s e pretendeu desen·· .. ·ol· ... ·er !i0

n osso t r abalho foi um estud o dos postulado s freudianos acer ca do s uicíd io

i em uma ten tati va

d e

ウゥウエ・ュ。エゥコ。セ

セッ@

da teor ia psicanalítica relativa à

。。オ

エッ、・ウエイ

オゥセ

セッ B@

A esc ol ha que fjzemos

da エイ。、オセセッ@ qu e b。ャ セ・ ウエ・イッウ@ fez da

obra 、セ@ fイ・ オ、 セ@ como fonte de

de ve ao f ato de que, e m

. .

(14)

4

De 。」 ッセ、ッ@ com Stengel (1977), o suicídio tem sido estudado

e 。「ッセ、。、ッ@ ーッセ@ 、ゥカ・セウッウ@ enfoques e a ー。セエゥセ@ de 、ゥヲ・セ・ョエ・ウ@ pontos de

vista, mas, com o advento da psicanálise. エッセョッオMウ・@ possível, mais do

que セ・@ i f i 」。 セ@ , 」ッューャ・ュ・ョエ。セ@ enfoques 。ョエ・セゥッセ・ウN@ p。セ。@ este 。オエッセL@ a

カゥウセッ@ psi c analítica ー・セイョゥエ・@ u ma ュ・ャィッセ@ 」ッューセ・・ョウゥiッ@ dos aspectos

psicodinámicos, prof und os e inconscientes, envolvidos na

ュオャ エゥ、・エ・セュゥョ。セゥiッ@ dos atos suicidas.

o

estudo psicodinámico do

suicídi o origina-se nas ヲッセセ。ウ@ psíquicas que levam o indivíduo à

。オエッ、・ウエセオゥセゥiッL@ e n as defesas 」ッョエセ。@ essas ヲッセセ。ウN@ Segundo S tengel,

... enquanto os ーウゥアオゥ。エセ。ウ@ セ・ャ。」ゥッョ。カ。ュ@ a

incidênc i a do suicídio à 、・ウ」 セ 、・ュ@ mental, os ps ic analistas examinam o compor tamento sui cida à luz de s eus conceitos básicos".

A vasta ャゥエ・セ。エオイ。@ existente ウッ「セ・@ o complexo ーセッ「ャ・ュ。@ do

suicídio, 。ーセ・ウ・ョエ。@ em sua ュ。ゥッセゥ。@ uma カゥウセッ@ enganosa da ュ。エ←セゥ。N@ De

。」ッセ、ッ@ com c。ウウッセャ。@ (1981)

" •. • quase que a totalidade dos エセ。「。 ャィッウ@ faz ・ウー・」オャ。セ「・ウ@ a ー。セエゥセ@ de alguns casos, r epet e achados prévios (muitas vezes aceitos sem quaisquer 」セ■エゥ 」。ウI L@ ou 。セァオュ・ョエ。@ e opina sem アオ。ャアオ・セ@ ウオーッセエ・@ エ・￳セゥ」ッN@ SiIo セ。セッウ@

os estudos que ーセッ」 オセ。ュ@ エ・ウエ。セ@ uma hipótese, e mais セ。セ ッ ウ@

aind3 os que possuem uma ッセゥ・ョエ。セセッ@ エ・￳セゥ」。N@ Muit os

autores ウセッ@ imprec i sos nas 、・ヲゥョゥセ ・・ウ@ usadas, e outros

ampl iam suas conclusbes além dos dados obtidos".

Em ter mos de sua sig ni fi ca<;:'o h istóric a , o suicíd i o nem

ウ ・ ュー セ・@ 2.s suml u, c omo n a atualidade, u m cart-.ter qu e oscila ・ ョ エセ・@ o

(15)

por fim à própria vi da n em sempre foi secr e t a e inconfessada, 3.ss im

como a prÓpria ・ク ・」オセセ ッ N@ Como ob servam セ 。ャゥョ。@ e Kov adl of f H セ QYXSIL@ a

」ッョウオュ。 セセ ッ@ 」 ャ。 ョ 、・ウエゥ ョセ@ do suicídio cOf !fer e -l he o de

エイ 。ョUセイ ・ウウ¬ッ L@ mas

tin ha poder

" • • • 0 suicídio n ào teve

e ssa 」ッ セ ッエ 。セ¢ セヲ@ houve セュ@ tempo em

suicíd io com o aval da 」ッュ セョ ゥ、。、・BN@

ッ セ@ tod as 。セ@ épocas

que se イ・。 ャゥセ 。カ。@ o

Segundo estes autores , na Ant i g a Gré cia, o su j eito

de 、・」ゥウセ ッ@ pe5soal sob re SU 8 . v ida e n à o podia cometer

suicídio sem o prévio con se nso d a comunidade . O fat o de se mat ar nào

c on sti tu í a LIma エイ 。 ョ ウァイ・ウウセッ セ@ mas, ao COf":t r ái i o セ@ considerava-se

transgressor, ilegal , todo ato suicida realizado sem o consentimento

do Estado .

o

suicida em potenci a l devia argumentar co m os membros da

pÓlis sobre os motivos que o f aziam acr editar que seria p r eferível

mor r er a vi ver . A comunidade decidi a nao apenas se o individ ue

devet-i a ou nao cometer suicí dio , como também e scolhia a arma o u meio

de ・ セ ・」オセ¢ッ@ a ser utilizad o. Desta forma,

quizesse se

" O Estado deti nha o pader- de vet o , 。オエッイ ゥ コ。セ¬ッ@

e at é de i nd '_I <;:ào a o sui c f d i o". (Ibi d . ) .

De fo rma análoga à Gréci a An tiga, e m Ro ma o indi vi duG que

mat .3.r d e ver i a submetet- suas Ser:2d o. o

te,-;? o e o aumento

!'1un do I4nti go ,

(16)

6

antes c ategóricas e pater nalistas, entre os indivíduos e o Est ado. Já

ョ セッ@ se tornavam públicos os motivos par a o suicídio, o que

rep r esen tav a uma 、ゥウ」イ ゥュゥョ。セセッ@ cada vez maior en tre a vida p0blica e

a vi da privada , o que iria af et ar de modo profundo a 」ッューイ・・ョウセッ@ e a

prática d o suicídio , princ ipa lmente a pa tir da Idade Média.

Ainda segundo Kalina e Kovadloff, o s u icí d i o nas demais

cultur as o cidentais da anti gui dade, além de a provado e i nduzido pele

comunidad e, e ra legitimado atravé s de regr as defendidas por toda a

comuni dade e estimulado reli gi o samen te . Dinamarqueses, gados,

vi sigodos, trácios, héru los e celtas esp anhóis preferiam o suicídio

às ャゥュゥエ。セ・ウ・ウ@ advindas com a velhice. Os que desejavam continuar

vivendo, apesar das 、ッ・ョ セ 。ウ@ e d ecrepitude d a velhice, eram conden ados a viver num espantoso subterrâneo. Cometer o suicí di o, mais do que um

dever do 」ゥ、 。、 セ ッL@ e ra fruto de uma 、・」ゥウセッ@ pessoal e autOnoma.

Outros segmen tos e minorias das diversas sociedades do

Mundo Antigo eram lev ados ao su i cídio por normas socia is b astant e

rígidas. As mulheres da India, quando se tornavam viúvas, ou os

escravos do Antigo Egito , apÓs o fal e cimen to de seus senhor es, eram

obrigados a se matarem.

No entant o, como enfatiz a m Kalina e Kovad loff ,

" •.. ョセッ@ se deve encarar como patológicas tais

ゥ ョ 、 オ セb ・ウ@ por par te da comunidade, pois a nor ma l idade ョセッ@

e x iste al i onde o que se entende por normalidad e é

(17)

suicídi o por- par t e da 」ッュオ セ ゥ、。、・@ ti pha u m sentido cultur-al

legitimo e 「・ョヲ・ゥエッイセ@ já que preser-vava a identidade do

gr-upo" .

Gostar-iamos de 。ーッョエ。イセ@ contudCl, que tal induc;:ã:o ao

SUL C i di o tc..mbé,-"· forma de defesa de amos e セウ ーッウッウ@

contr-a po ss ívei s desejos e セエセ ウ@ mortíferos Dor parte dos S2rvos E das

esposas. Pelo menos no que dizia r-espeit o às normas cu!turais, c

conhecimento dos impu lsos hostis era セ、・ョッ@ =' elf undjdo.

Já na Idad e Média, o caráter ゥセ ・ャ@ i gi oso pr-edominava

suicídio, na forma de SL a c Zョ 、・ョ。セRッ@ teológica. Deus.

criadot- do hoem e ser:hor- d3 e>: istência de sua cr-iatura , er-a, em

última instância, propr-ietár-io da vida e matar- se er-a atentar- contr-a

a pr-opr-iedade divina. A vida do suicida per-tence mais aos

domí nios do grupo, da c omunidade; pertence a Deus e cometer- su icídio

era um crime, u m sacr-ilégio, que 、 ・セ・イゥ 。@ ser punido cem a morte dos

sob r-eviv entes. Nem ュ・ウセッ@ os que ョセッ@ fracassavam em suas tentativas de

suicí d io escapavam dos Ci:1St i gos e イ セーイ・ウ£ャゥ。ウ￧@ [セ・@ eram e x tensivos

aos her dei ro s dos sllicidas! que pod ia m ウ・ゥセ@ quei mados ,

ar-ra stados pelas イオ 。ウセ@ pendur-ados pel os pés . a」イeセゥエ。カ。Mウ・@ que essas

penas amedr-ontavam e desmot ivavam pretensos suicidas, além de

dramatizar a exclusão da alma do mor-to dos priv ilégi os ce lestiais.

Na Inglater-ra do sétulo X (1:," si.ú c id <3"'- Gセイ 。 ュ@ com;.:; ar-ados aos

assassi I'CS e j a qu e ffle t es i mp;' i C2-.va m em

(18)

8

Com o passar dos séculos a s 、・エ・イュゥョ。セ￵・ウL@ infl uências, e

repressões. da sociedade cedem terreno à primazia dos determinantes

individ : is e aut Onomos do suic i dlO.

Emile Durk heim , em 1897, volta n ovamen te a 。エ・ョセ¬ッ@ sobre a

ウゥァョゥヲゥ」。セセ X@ social d . s ui ci i o pesssoal. Para e s te autor , os tempos

mod ernos e os conf li tos advindos das 」ッョ、ゥセ￵・ウ@ p articu ! ares em que o

progresso estar i a se efetuand o em sua época, tiveram como

cconsequência u m colapso cultural que conduziria inevi t avelmen t e os

in div íduos à 。オエッ、・ウエイオゥセ¬ッN@ S e gundo Durkheim, o suicíd i o con st it

ui-se numa trágica denún c ia indiv id ual de uma criui-se c oletiva, pois

"

mal-estar geral .os progressos anormais do suicídio e do qual as sociedades contemporâneas ]セッ@ o

vítimas, der ivam das mesmas causas".

Uma das criticas mais frequent es à ーッウゥセセッ@ de Durk he im,

acerca do determinismo social do suicídio, po j e ser e}: empl i f i cada

através das ponde 。 セ￵・ウ@ de Stengel (1977), segundo o qua l na ←ー セ 」。@ de

Ourkheim os estudos a r espeit o do c o mportamento humano apenas se

ini c iavam, sendo E 3 ta 」ッョ」・ーHェZセッ@ dos fatores sociais como

determinan tes únicos de um fenOmeno individual possui 1 a tualmen t e,

apenas um inter esse his tór i co.

No e nt.2.nto. Alv a rez (1 9 75 ) destaca o enorme 'nt e r-esse

susc it ado p elo trabalh o de Du rkheim e da ュオャエ セ ーャゥ」。イNZ[[ セNZZ[@ d e estudos

clen ti セゥ」ッウ@ Cl'_le s u rg:rams a p arti r de l e, n e 3ta área. ー 。イ セゥ 」 オQRイ ュ・ョエ・@

(19)

constituciona is e her edit ários implicados no fenómeno do suicídio, e

somef1te no fim da década de 30, motivos psic ológicos inconsc!entes

passaram a ser assinalados.

Er:, 19 i O, red l 1Zd - se o S i mpÓsio セッ@ iョウ エ セエオエg@ Psicanalítico

de '·.li sn a セ@ onde se 、・ウエ。」S セ@ ーッウゥセセ・ウ@ def endidas por Adler e Stekel

com SL·. i f:: i;) !. o. t:i d 1 er enfatizou as implicac;bes da

inferiOt-i dade, vi ngan<;2. e 。ァイ・ウウセ」N@ anti-social, enqu "".nto Stekel

re laci ona o à ュ。ウエlャイ「。AヲZセッ@ culpa dela deccr'" r-ente.

Stekel conc lui ai nd a que ni nguém S·E mata sem antes querer mata r

alg uém ou mor te de alguém. Ao fin al das d iscussbes

f Freud

sugeriu que o suicídio nào poderia ser melhor compreendido até qUE SE

soubesse mais B. respei to dos intrincados pr-oc essos de luto e da

me lancolia.

Em "Luto e Melanc e:l ia" (1917), Freud esc larece como a

agressâo pod e se voltar contra o próprio sujeito. As condutas

auto-agr essivas e a tendénci a a utodestrui .2io do melancólico ウセッ@ o

resul tad o da necessidad e de destruir esse objeto amad% diado que

forma parte de seu ego.

Stengel (1977) acredita as postule-';Ões

tr azem em si , imp li citament e) a vis2io da 。 オエッ、 ・ ウエイオゥセ¢ッ@ como sendo um

aspecto ·-:le um ato homi cid a dirigido contra outra pessoa. Este a Ltor

af i rma, 2. re spel te, qtle?

:;

Lt m obs'E'r , o::: do t

(20)

10

contra os outros pode voltar-se em 、ゥイ・セセッ@ ao próprio

sujei to".

Em 1920, com "Além do Princíp io do Pr azer" , Freud i nt roduz

o conce ito de ーオャウセッ@ de mor te, existente em todos os o rganismos

vivos, impulsionand o-os a retornar a um est ado de complet a inércia.

Para Stengel (1977),

.... . mu itos aspectos ent e ndidos como sexual e ーオ ャウセッ@ como ・クーイ ・ウ ウセ ・ ウ@

do comportamento humano resultantes da ゥョエ・イ。セセッ@

de morte, ou, em termos

da ゥ ョ エ・イ。セセッ@ ent re amor e poderiam ser

e ntre ー オャウセ ッ@ psi c ol ógicos, Ódio" .

Caneghem 1980 ) realiza uma

。カ。ャゥ。セセッ@ critica d o conceito de ーオャウセッ@ de morte, s ubl inhando que

" •• • instintos de agressividade e de morte ウセッ@ muitas vezes i nvocad os por F r eud, como duas ・ クーャゥ」。セセ ・ウ@

equivalentes da イ・ー・エゥセ セッ@ compul siva do desagradável .•.• as auto-agressbes tem um caráter repetitivo que lhes dá, no plano motor e fantasmado, todas as característ i cas de um instinto, c om esta p alavra traduzindo ョセ ッ@ uma ・ GH ッャG] ANAゥNN セq@

￧イゥセセッ イ。L@ mas uma tendéncia a c onservar , repeti r; ョセッ@

repetir um programa genético redundante, uma ゥョヲ ッイュ。セセッL@

mas um estado anterior, que é a inérc i a de antes da vida".

Assim, no prazer e na dor procura-se o apaziguamento, e

nesse sentido, o ser humano é programado para morrer . Para Caneghem ,

contud o, a hipótese d e um "instinto de morte" é demasiado vasta e o

(21)

instinto de 。ァイ・ウウセ ッL@ este ョセッ@ pode ser- confundido com um "instinto

de mor te", pois

do Nir v ana

guerras, a

u • • • é, an tes, c onj unto de defesas

organizadas por cada エゥ セP@ de personalidade , contra seus

próprios ヲ。ョエ。 ウュ。 セ@ rle mor te e de acordo com os seus

própri Gs ヲ 。 ョエ。セ ュ。ウ@ ー イセエ ・エッイM ・U⦅@ A palavra instinto é,

portanto , mal escolhi d a já que a agressividade humana

supOe esquemas de Lu ta genéricamente prog ramados que só se cumprem por i ntermédi o de es t.r- utLir as psi qui cas v ari ada.s, sendo o fantasma a mais prim it iva del as e o símbolo, a mais 」ッュー ャ・ ZZMセ。B N@

Para Caneghem'l Freud decidiu exp licar t udo pe lo Princípio

エ・ョウセッ@ a zero) por razeJes p essoai s (as

mor te do neto querido, a ー・イウ・ァオゥセセッ@ nazista e o can cer

que acabaria por maté.-Io) e confundiu Nirvana e 。ァイ・ウウセッ@ devido à

sua própria ambivalência co m イ ・ャ。セセッ@ morte. Sendo ten tadora,

acolhedora (paraíso) e outras vezes representando o inferno ou seus

equivalent e:= infantis Hウ・ー。イ。セセッL@ 」。ウエイ。\[ZセッL@ deslocamento , ￳、ゥッ セ@

etc. ) ca.da homem oscila, セ・ァオョ、ッ@ a idade, a cultura, a p ersonalidade

e, o humor, entre ,,:sses 、ゥカ・イウッセ@ equivalentes. Em QYQY セ@ par a

Caneghem , Freud oscilava entr e esses do·s aspectos: na

sabedoria/nirvana, que di ssi pa a angústia e a tragédia / deslocament o,

que a e>:aspera" . Para ultrapassar tal ambivalé nc·a, restou-lhe

slil'bolizá-·l os nc:-· mito

o€'

Eros e Tht:tn=> tos.

(22)

12

a) um nível descritivo (trauma, イ・ー・ エゥセセッL@ sadomasoquismo,

Ódio)

b) um niveI e;{ pIicativo (a mbi vaI セョ」ゥ@ a. , masoquismo

primár i o, instintos d e morte e de 。ァイ・ウウセッI@

c) um nível mí tic o CEros, tィセョ。エッウ@ e Ananké)

A partir do concei to freudianc de ーオャウセッ@ de ュッイエ ・セ@

Menni nget- (1970) procura demon str ar que vários tipos de 、ッ・ョセ。ウ@ e

comportamentos se relac i onam com a 。オエ ッ、・ウエイオゥセセッN@ Menninger destaca,

aind a , que no su icidio e xi stem o s desejos de morrer, matar e ser

,.1eI ani e 1<1 ei n (1981> entende que o suicídio consiste na

e >:p ressiIo das ヲッイセ。ウ@ aut odestrut ivas dirigidas contra o objeto

introjetado. Além disso, afi rma que

" ..• as fa nt asias subjacentes ao

tendem a salvar os objetos bons interiorizados

do ego que se acha identificada com objetos

também, a dest r uir a outr a parte do ego

identificada com o id e os objetos maus" .

suicídio e a parte

bons, e,

que está

Abadi (1973) analisa a アオ・ウエセッ@ do masoquismo na teoria

fre udiana, afirmand o que o problema do masoquismo colocado no marco

da teoria psicana lítica contradi z e desa f ia a validade do principio

do prazer, qu e é um dos p ilar es da concePl1- âo freudia n a sobre a

cond uta humana . Para Abadi , F reu d tent a resol ver essa contradi-O o de

(23)

1 .. セL@

psicanalitic 0s , se baseia na ィャー Vセ ・ウ・@ da セク ゥウエᆰョ 」 ゥ。L@ na matéria vlva,

de duas classes oposta. de p u lsBes - ?s pulsb es de v I da (Ero s ) e a_

pulséfes de puls(jes de

mor t e l igadas à maté!-i 2 ·'o:v:? cO Ld i.c. :ona uma. ·::, uposta. エ・[MN 、セョ」ゥ。@ d e sta á.

autodestrui セZZ ッ@ 1 ao e stado de repouso da primi + i va mat é ria

ゥョッイァセイZゥ」。[@ e i mr-1 i c a "a e y isténcia de

」ィ。ュ。、 セ@ precisamente de mas o quismo primário o u protom?soquismc - セオ ・@

se t r:::t duzir i 3 através. da c .n dut .:'. agr essi va rio ウ オェ・ゥエイZN セ@ s eja c or·tra o

mundo exterior, convertendo, portanto, parte dest e masoquismo

prim.:k i o em sadi s mo, seja contra si mesmo, ao perma.necer no

indivi d.lo .

A segunda resposta de Freud à 」ッョエイ。、ゥセセッ L@ conforme

descreve Abadi, cons iste em afir mar que "o agressivo" (conduta

agress i va, impu l sos ag r essi vos) é u m ー。、 イ 。 セ NL@ de c o nduta, um 'pat tern li

d e rivado da volta do sadismo contra si mesmo (m asoquismo secundário ).

Es te fe r ómen o psiquico ::csl'" ia interp r etável de acordo com a

、ゥ ョセュゥ」。@ apl icada ョセ@ ・ャオ 」ゥ、。 セセ ッ@ p sicanalítica de todo e アオセAセセ・イ@ ato

humano , ou seja, como セ セ。@ aparéncia (conteódo manifest o ) que masc ara

e expressa uma realidade subjacente (cont e úd o latente) a qual escapa

ao con h eci mento do ーイ￳ セイ ゥ ッ@ individuo.

Assim , 」 ッョ ヲ セイ ュ ・@ Abadi

" . . . se acei t e >' ITIOS =J : .. J . .. ·?,C a tL t3l'"

masoquis tlc amen .... e cont .: ;::: i tneSIP.::J , o 1 n ':1 _ :-[L. I. CI e:: r セ@ =-. Ct

sati. s +?zend o L n ヲ ゥセ ョ@ 「ゥᄋMᄋャPァ Q cBZMセセ@ mas セーR Q。ョ」ッ@ par a um meic

(24)

do suicida

14

contrário, ser a busca de um セ ゥュ@ praze iroso. cッセッ@ prova

disso poder iamos citar os casos de masoquismo erógeno, em

q u e o praz er volta , como o reto rno do r eprimido, para

afirmar sua eterna vigência. E se esta ・クーャゥ」。セセッ@ p arece

ab sur da, recordemos que a ャッオ」 オセ。@ ョセッ@ é um a forma racional

de viver e que o masoqu ismo ョ¢ セ@ se outra coisa além de um

aspect o s mais do multiforme núcleo psic ótico. mais ou

menos oculto, dentro de qualquer ser humano ' .

Cassorl a セQYXQI@ descreve a 」。イ。」エ・ f ゥコ。 セセ q@ da per s onalidade

que Yamp re y, em 1977, re a liza através de uma p erspecti va

psicanalíti ca . Yamprey en con tra as s egui ntes ーイ・、ゥウーッウゥセ「・ウ Z@

a} um ego empobrecido por re pressbes e 、ゥウウッ」ゥ。セセ・ウL@ com

mecan ismos de de f esa rígidas, ou u m ego em 、・ ウッイァ。ョゥコ。セセッ@ ou ainda

。ュ・。 セ。 、 ッ@ de desorg anizar-se frente a qu al quer st ress;

b) オセ@ superego inexorável e sádico ;

c) vigência de fortes ーオャウセ・ウ@ sádicas e masoqu i stas, como

・クーイ ・ ウウセッ@ de con flitos inf antis resolvidos patologicamen te ;

d) idéias e fa ntasi as de morte relacionadas com objetos

queridos mortos ou fan t asias de vivéncias felizes estando morto ;

e) padrbes crôn icos d e comportamento de caráter

destruti vo ou letal, t a is como uso de 、イッァ 。ウセ@ Jog os perigosos,

ー・イカ・イウセ・ウL@ certas psicopatias;

f) rr-o dal id ades de イ・ャ。セセ ッ@ de t ip o simbiótico ou sumamente

dependen te, com muita dificuldade de suportar p erdas;

(25)

16

Capítulo I

eカッャ オセセッ@ histórica das idéias de Freud sobre o su ici dio.

1886, no a..-tigo BP「ウ・Lカ。セ、 ・ウ@ sobre um c aso grave de

hemianestesi a em um hOlfiem ィゥウエ←イBAN 」 ッBセ@ Freud estabe· セ@ ece urr víncul,:J

en t re o estad o de セョゥュ 」@ deoressivc e o セオ ゥセゥ、ゥッ N@

Para lel amente, na descr ii; ao do caso de C;nna O. (1893 ) ,

Br euer re l ata pa i de:. pac i ent e, 2, quem ele, et-a e xtr emamente

。ヲ・ゥセッ。、。L@ morr e em 188 ;; セ・ョ 、ッ@ Anna O . ,,: ompromet:i do sua saúd= após

ter dedicado todas as suas e n ergias para cuidar do pai. No decurso da

enf erm idade da paciente, já em tratamento com bイ・ オ・イセ@ o médi co

ob serva que seu estado psíqui co se deteriora, sur-gindo fortes

impulsos suicid as. bイ・ オ・イセ@ em seu comentário, ョセッ@ estabelece nenhum

ne>: o entre a morte jo pai e as fan tas ias suicidas de Anna O., 。セ・ウ。イ@

dos mu itos . atos auto-destrutivos q ue e sta apr-e se ntava, por exemplo,

pri var -se de son o e de al imento.

Em 1897, no Rascunho N, ane;.:o à carta 64, a

セ@ iess , セイ・ オ、@ os· i mp L' i 5 0S hO=="':.1 S contra ;:0'::; pai s

desej o de que eles morr am também ウセッ@ um e lemrnto integrante da s

neq ose,,: e que estes à luz" com':) i c'éi a.s

obsessi ',-::: ==. Os ウ セ 」 G@ セM epr i mi "-' 5 em c-.::aS l セ・ウ@ n a s quai s

está atl"? 2 con:pai ·x ê:c·

(26)

18

suceso ni de nada que tuviera conexión con él . Mas la

consonancia Trafoi-Boltraffio me obliga a admitir que en ellos moment o s} y a pesar de la voluntaria desviación de

mi atención , fue dicha reminiscencia puesta en activid ad

en mi. Jl (p.757\

o

f ort e impacto qu e esta notí ci a causou a Freud fiz er a com

que r e p r imisse d eterminad o 3 pensamentos (morte e sex ualidade) durant e

a conversa com o interlocutor , causan do o esquecimento d o nome do

pi n tor " Signorelli " , e substituindo -o em sua memória pelos nomes de

outros d oi s ーゥョエッイ・ウセ@ Boltraffio e Botticelli.

Em "Atos descuidados" Freud se refere às tentativas

inconscientes de suicídio camufladas sob a forma de acidentes

casuais. o「ウ・ イカ。 セ@ que em casos graves de psiconeuroses, ocorrem

fre quen temente 。オエッュオエゥャ。セセ・ウL@ como sintomas da 、ッ・ョセ。L@ que podem

significar um aviso da possibilidade de suicídio.

de i da de,

suicidio . A

"Sé por experiencia, y lo e xpondré algún con

ejemplos convincentes , que muchos danos que, aparentemente por casualidad, suceden a tales enfermos son, en realidad, mal tratos que los pacien tes se infli gen a si mismos. Estos

acidentes son producidos por una tendencia constatemente

vigilant e aI autoc.astigo ... " (p.867)

Freud relat a o caso de um de seus filhos que aos onze anos

ao irritar-se com os p a is, 。ュ・。セッオL@ ce rta ュ。ョィセL@ cometer

tar de a 」 イ ゥ。ョ セ。@ machuco u - se e quando o pai perguntou-lhe

p or q UI=> hav ia feito aquilo, o menino respondeu-lhe q ue havia tentado

(27)

J 'i

li • adernás deI !:::. ui ci di o can sei er.temen te

in tencionado hay otr a clase de suic idi o , con intenciÓn

inconsciente , la c ua l es capaz de util izar con destreza un

peligro d e mue r te y dis{r a zat-Io de desgracia casual",

(p.869)

Esta エ・ョ、セョ」ゥ。@ セ@ 。オエッ、・ウエイオゥセセッ@ existe, segundo Freud, com

cer ta intensidade, num n ümero de individuos muito mai Ot- do que

equeles em que se manifesta de maneira vi toriosa. Os dar; cs

auto-infligidos ウセッ@ Q r e sultado de um 」ッューイッセ ゥ ウウッ@ en tr e estes impulsos de

。オ エッ、・ウエ イオゥセセ ッ@ e as forc;:a s qu.e atuam contra eles. Tal tendência

permanece in consciente e セャo@ individ uo, operando

parale lamente, à espera de um mot ivo que se t or ne resp o n sável pela

ゥョエ・ョセセッ@ con sc i ente de suicidar-se.

Freud relata dois casos de acidentes apar entemente

casuai s., um dos quais resultou

em

mor te , em q ue os individuos

en contr av am-se em ・ウエセ、ッ@ depressivo, em funt;ão Lセ 。@ perd a d e entes

querid os., na oC2.·si ::à'o dos aci dente s> Nos d,:"i 5 caso s セ@ f Gセ ・ャ|、@ i denti f i ca

a intenc;:ão auto-dest ruidora inc onsciente como determinante psíquica

dos aciden tes.

Em not a de rodapé, in serida em 1924, há mais um c aso de

c erda =,.r; t es

no ivo m3.Il!.festav2

(28)

セRH I@

inconsc ient es de se matar, ocultos sob o disfarce de um acidente

c a sua l.

"En muchos de est os casos de lesiones o muerte por acci dente queda dudosa la interpretación. Las personas ajenas a la victima no hallarian motivo alguno para ver en

la desgracia COS2 dist int a de un accidente fo r tuito,

mientras que sus familiares y ami gos , con oce dores de sus

int imidades, podr án encontrar razones para sospechar la

existencia de una intenci ón inconsciente". (p.872)

Tres anos após a ーオ「 ャゥ」 。 セセ ッ@ da " Psicopatologia da Vida

Coti di ana

If,

já em 1905, Fr eud novamente se refere às ameac;:as de

suicid io,em "Análise fragmentár i o de um caso de histeria" (Caso

Dora) , relac i onando-as com estados de depressào e dese jos de

vinganc;:a.

Freud sub li nha que u m dos mais importan tes si nai s da

doenc;:a de Dora é o estado de depressào, desânimo e fadiga constantes,

agravados na ocasilll:o em que escreve aos pais uma carta-despedida na

qual ameac;:a suicidar-se, alegando que ョセッ@ podia suportar a vida par

ma is tempo .

A アオ・ウエセッ@ da vinganc;:a como um dos determinantes das idéias

sui c idas de Dora é em segui da amplamente investigada p or Freud: a

insistência da moc;:a para que seu pai rompesse relac;:Oes com a Sra. K

ョ セッ@ era suficiente para seus objetivos , o que esper ava

(29)

ca rta de

"No cabia duc!a de que Dora perseguia un fin

que esperaba alcanza - por medi o d e s u enfermedad; tal fin

no podria ser ot r a que el de separa r a su pad r e de 。アオセャャ。@

mu jer . Ya que no lo c onsegu ia co n ruegos y argumentos,

・ウー・ イ セ「。@ lograrl0 a t emorizando a ' pad r e Hイ・」・イ、セウ・@ l a

carta de jespedidaJ y despertand o su c cmpasió <l (con Sll.S

accesos de inconsci encia) v s i tam poco tod o 。アオ・ャj セ@ le

s ervi a d :2 nada セ@ p or- ' o " proas 1 a >/ engabi=' ·.1 e ←G セ BN@ (p. 955\

No seg un do sonho analisado Dora enc o ntra uma

sua mgr:e 」 ッュオョゥ」。ョ、ッM Qセ ・@ a 、ッ・ ョ セ。@ do pai seguida da morte

deste. Tais fatos ウオ」・、・セ。ュ M ウ・@ l o go após Dora ter abandonad o a casa

paterna . Freud chama a out r a carta, a carta-despedida

q ue s e dest i n a.'/a セ@ atemori;:ar seu pai , levando-o a romper イ・ャ。セb・ ウ@

com a Sra.k ou , pel O menos, a vingar-se dele.

"Nos hallamos, pues, ante el tema de la muerte

de la propria Dor a y de l a muert e de su padre. Erraremos

mucho soponiendo q u e la situación qu e forma la fac h ada deI

sueno cor responde a una fantasia de venganza con t Mセ@ el

padre?" (p.987)

Em nota de rodapé Freud relaciona o atropelamento do Sr.K

às tentat i \!'=\s de SLti ci di o por ele estudada s na

"Psi cop Et ol agi a d a '"l i d? Coti di =. na".

Em 1909 é publicada a "Análise de um caso de

obsess i va. f i . Freud obse,v a que o i mp •. Jl 50 ao sui cí di (, no ':: 2 . 5 0 de Bセ ャッGtャ ・ ュ@

do s Rato s Jl

é エ セッ@ fr eque nte q ue セ オ 。@ ・ク ー ッ ウゥセ¢ ッ@ ・ア セ ゥ カ 。ャ ・@ a q uase t oda a

an á l i s e d e.. sujei t.o . O c C'ntéudo pr ; Dc i p aI d i:.' -:;ua doer., ,, ? t- a n t emor d e

q u e algu m mal Oc D ... res;::·e c .. セ@ セG ュ@ di sso, ser·t i a

,

(30)

r, ,..\

.L..:.:.

pesc o'::,o com a 1 itmi n.3. de b ar becir. Censurava-se constantemente p ela

fa nt asia/d e sejo de morte do pai, defend endo-se contra a possib i lidade

de h &.er conc ebi do semelhante dese jo. Fr ei. d observa q ue nâo f a z

sen tido alguém cen s ur ar-se por um desejo qu e ョセッ@ teve. Como antitese

do desejo o sujei t o apresent ava uma idé ia queo e xcl uia completament2:

"S i mi padre muere, me sui cidat- é -- jun to a sua tumba". Cp. 1453\ De

a cordo com Freud, a idéia da mort e do pai teria surgid o pela primeira

vez ョセ ッ@ naquela ッ」。ウゥセッ L@ mas há muitos anos atrás. Com efeito, em seu

rela to subsequente , o sujeito refere-se diversas vez e s ao d esejo de

que o pai mor re sse para tornar-se rico e poder casar com a mulher de

quem gostava ou aind a para desp e r tar piedade e ter nura em uma menina

por quem se havia enamorado na adolescência.

Nos dois exempl os ci tad os, o sujeito demonstra repulsa p or

tais idéias e t e nt a explicá-las at ravés de イ。」 ゥッョ 。ャゥ コ。セ「 ・ ウ@ セ ・\[Z[エ ・ウ@

pensamen tos seriam o resultado de meras G。ウ ウッ」ゥ。セ セ ・ウ@ mentais' }

,

estt-anhando ao mesmo tempo o aparecimento de tais pensament os

ーイ・ 」ゥウ セュ・ ョエ ・@ em イ・ャ。セ。 。@ à pessoa ( o pai) que mais carinho lhe

inspirava. Fre ld considera que um carinho エセッ@ intenso é a 」ッョ、ゥセセッ@

necessá r ia par a encobrir o ódio r eprimido, um amor エ セッ@ gr ande ni:1:o

permi te que o ódi o fJEí 'eç a consciente .

E

nec e ssári o pois avprigua r

a orig em da r aiv a con tra o pa i, supondo que haveria um motive q ue a

torn 3v a indestr utivel . TCl.l イ・ャeセァL[ッ@ (ódio/ motivo) impedia que a r ai v a

fel sse destrui da e a o mesmo tempo o cari n ho impediria

(31)

i nconse i en te, ;:l e onde, n o en tanto, er-a possíve l ・ウ セ 。ー。イM rapida men te

em certas oc asi eles セ@ atr-avés d e pens amento::- 1 ウッ ョセャ osL@ セエ 」N@

Fr- e ud cons i der- 2. que a ar-i getr- do ódio deveri<3 es ta

r-r-el aci Q-l ada com i mpu l sos sensua I S i'1tensG'5 ocorridos na i nfãnci 2. LMェセ@

su jei to :

se r- e ve l a

contra e1

"La fuent e

padr-e su de la cual e xt raia indestr-uctibIlid a d 1

2 , h :J S t i l i 、セ N Aセ@

r-elaci on ada evidentemen te con 、・ウセッ ウ@ ウ・ ョセオ。ャ・ ウL@ p ar- 2. cuya

satisfacción ha b r-ia él de habe r v is to en 。ャァ セ@ mod o e n su

padr e un estorbo. Tal c o nflicto entre l a sensualidad y 21

amor filial es absol utamente tipic o." (p . 1454)

A culpa sent imentos hostis em イ・ャ。 セセッ@ ao pai

tamb é m em uma de suas イ・」ッイ、。 セ・イ・ウZ@ em uma n o vela de

Sud e r-ma. nn q u e o havia i mpres sionado prof un damente, onde uma j c)·vem

de 5eja a mort e da ゥイ ュセ@ ーセ イM。@ q ue pud ess e casar-se com o cunhado1 e q ue

s e s ui cid a qu a n do a irm . realmen te falec e, con v enc id a de qu _ ョ セッ@

mereci a v i ver depoi s de ィ。 カ・セ@ exper-iment ad o semelhant e dese j o.

A ;:n'-l mel t-a 。ヲゥイMュ。セセ ッ@ do s uj eito de que jamai s de 5e jou a

mor-te do pai é i n te r-pretada , em n ota de r-odapé como cont ra ditÓria

·h-ente a o sentiment culpa e à necessidad e de 」。ウエゥァセ@ at r av és do

ウオゥ」ゥ、ゥッセ@ que e l e d emonst.r ar- a ao compr- een der- a イM・UPQlャ セ セ P@

personag e m da n ovela de S u der- mann.

Além Ci:'. ,- F re:d relaclo n 2 o ウ・ョエゥ ヲヲゥ セョエッ@ de aos

(32)

1 090 -pós oc or ridos tais acont ecimentos. O sujeito al ega ain da que

sua 、ッ ・ョセ。@ inten sificoU-52 apÓs a morte do pai e Freud e stabelece uma

イ・ャ。ヲ[セッ@ entre a tristez a provocada pela mort e do pa1 e a

ゥョエ・ョウゥセゥ」。 セセ ッ@ d a enfermidade :

enfermedad 'normal se

patológica

ilimitada.. 11

"Es C OiT":J si la ·tristeza hubiera hallado e n la

un a expresión patológica. En tan to que un duelo

e x tiende en uno o dos anos, una tri steza

com'- 1 a ウセケ。@ puede aI canz a r duraci ón

(p.1456 )

Fr eud pt-ossegue a anál ise do caso investigando a origem

das idéias obsessivas do sujei to e rel a cionando-as c om a vida d o

paciente. Uma das idéias obsessiv as mais frequen tes diz respeito ao

impulso d e suici d' o . fイ ・オ、 セ@ através de um e>:emplo , tent a demon strar

a \?' ., i s tén ci a da rai va e da v i ng an!; a na 、・エ・イュゥョ 。 セセッ@ dos i m セL ャ@ sos

a ltodEstr uti vos:n a ッ」。ウゥ セッ@ em que a mul her amada viaja pa ra cU I dar

da a vó enferm a, o s uj e ito exper i ment a um f orte de sejo de cortar o

pescoco com u ma navalha, ma s , ao ini ciar os p rep a r ativo s para

desejo, pens a que antes dever ia assassi n ar a avÓ da

amada, a responsá vel pela ウ・ー 。イ。セセッ@ e pela a usénc ia desta. Assustado

diant 2 de sua idéia criminosa, o sujeito desma ia. De acor do com

fイ・オ、セ@ ao acesso inconscie 1 e de raiva e nosta lg i a pela perda d u ente

querido, imedi a tamente o mand 2.t.o I=t Lt r i l': 1 \ ' 0 d e

(33)

11

coléricos y asesinos'; ' Má tate エセ@ y ー。イセ@ todo el pr oc e so penetra e n tonces castigar te de tales impulsos

」ッ セ@ カゥッャ ・ ョエゥ セ ウゥヲヲゥ ッ@ afecto y

el mandamiento p un itivo y

impulsos punibles en la consc ien cia deI aI fin,:;.l mención de los

iセーセ@ 1457)

Freud

denomina "s.uicidi,. i rld i ret.cl" efllontrandc 'se o fér i as

numa cidade de カ・セM。ョ・ゥッL@ surge em a idéia de que

estava muito precisav a emagrecer . cッュ・ セ 。@ entào a retirar-se

da mesa antes do término das : ・ヲ・ゥセ「・ウL@ corre pelas イオセウ@ sem ーイッエ・セセ ッ@

sob o forte sol d o カ・イセッ@ 2 sobe as encostas de.. montanha, : ct;::oida mente;

até que o cansa<;:o se tOF!1 e insuportável. O propósito suicida surge

também quando; !:ert8. \./ez , de um sente uma

ゥューッウゥセセッ@ forte de atirar-se. A ・セーャゥ」。セセッ@ para est es atos obsess ivos

re side na presen <; a da senhora amada na mesma cidade, acompanh= d a de

um primo que a cortejava E por que o suj e ito sentia um int e nso c 1úme.

A r a i va dirigida cont ra o rival pode ser entendida como razào do

autoc ast i go do emag reCi!112nto (os impulsos

! Agセ@ i vai am a

。lエエッ ーオ ョゥセ _ッ@ do emagrecimento). Freuo destac5 que elllbora tal ato

obsessl'o n?c corr-esponda a

、ゥイ・ セ ッ@ 、セ@ suicidio, está

com este reI aci :Jnad·::, atra'vés de LIma c aFacterÍstica ゥ ヲt セ ーoイt。■ャエQウ]Zュ _M ^@

OLl sej a 5 sua ori gerr. como um .:: イ ・。セセッ@ ao ódi c' i Gャエセᄋ@ .

5 U, E"iT' Qre.'l d= - . D::u--te incon s ciente , cont a

(34)

ウ セ。@ ゥョカ・セエゥァ。セセッ@ ana lisando a ッ」ッイイセョ」ゥ。@

do combate interno entr e os sent i mento s de 3mOt- e ódi o. A "obsessiio

protetora " 、ッセ@ entes queridos pode ser enten d· da como um a イ・ 。 セセッ@ de

イ・ュッイ U セ@ e ー・ョゥエセ ョ 」ゥ。@ c ont r s os imp !IIsos a ço セ ウウゥセッウ@ 、ゥイゥ ァゥ、ッ セ@ à pessoa

am ada. Os s en ti ment os host is d es tE セ。cBZゥ・ョ エ ・@ ウセ ッ@ セG[BBA ァオャ。イュ ・ョ エ・@

violen tos e o compromi 5 ·50 entre o amor o Ód io tor na - se

obje ti v a men te r e presentado pe los 。セッウ@ o bsess i vos protetores , ] セ ュ ッ@ por

E'>:emp lo afastar do cc3.mi nho d a C2.ít- uag2m d a mulher 2'1lada LFna pe r!'- a q u e

poderia derrubá-la , pa.r a l ogo em seg u ida v o l tar ao local e tornar a

col o car a p edra n c mesmo l ugar. S e ria ・イイセョ・ッ@ inter pretar este.

segunda parte do ato obsessi v o como uma 」ッイ イ ・セセッ@ critica da atividade

patol ó gica, quando na verdade parece tratar-se de uma イ。エゥヲゥ」。」N[Zセッ@

fantasiosa desta mesma atividade.

" T a les actos o bses si vos e n dos t i empos , c uya

primera parte es anulada por la segund a , son típicos l e la

neur osis obsesiva. Naturalmente, son mal interpretados por el pens3miento consciente deI enfermo, el cual los provee

de una motivación secunda r ia, racionalizándolos. Pero su

ver dadero sig ni fi cado está en la representación deI

con fli c to entre dos impulsos antitéticos de

a p roxi madamen t e igual mag n itud y, q u e yo sepa, siempre de

la antitesis de a d io y amor". (p .1459)

o

conf li t o e ódio atrave3 de

o bse ssi vos , como , por e xemplo, o at o que se

ーイ ッ セ@ セ ョァ。カ 。@ p o r u ma h o;,::. e mei a , p oi 5 a cada v=-:w qt le em seu pens amen t o

(35)

.... ,_.:r

• .::' .I

ウッャオセセッ@ que e ncontrou pa r a livrar -se do espirito maligno foi

。「。 ョ、ッョ。 セM suas r ez a s e substitui-las por uma breve fórmula formad a

com as p :--i meir a!: 1 etra.s ou as primeiras s ílabas de diferentes

ッイ。セ「e sL@ pronunciando-as com tal rapidez <:]ue poderia int roduzi r -se n elas.

o

sujeito relata, at.ra vés de um conf lit o

tra n sferido à pessoa de fイセlャ、N@ No analis.t a

mo .... ri d o e o ー。」ゥ・セエ・@ tem ia アセ・@ ao 、。イ Mャセ⦅@ o s pSsa me!: 」Pュ・セ。ウウ・@ a rir

incont rolavelmente, como na. real idade já havia o co rrido em セゥカ・イウ。ウ@

ocasiÓes . ir·tB.ra s ol ucionar o problema enviou- lhe um 」。イエセッ@ com

ゥョゥ」ゥ。 ゥセ@ "p.c . li セー Pオイ@ condoler) flõas ao

conv erteu- a!:. em "p .f. " (p our félic iter).

Novamente, o confl ito entre amor e ódio pode ser

e>:empl i f i cado atr a vés da t-e1 。セセ ッ@ do s ujei to com 2. muI her amada. ...e r ta

vez, es t ando ela doente, ale experi mentou o desejo de que a 、ッ・ョ セ 。@ a

ob t- i gasse a perma.nec er para sempre no leito. O paciert e interpreto u

t al id é ia no sent ido de que deseJa··/a vê-la sempre doente para

lib er tar-se da angóstia in suportável .=to i m2.gi nê:l.!'" que ao

curar-se pod eri a 。、ッ ・ 」・セ@ n ovament e .

As fantasi as· de カャセァS ョセ。@ ex pr essavam - se atravé s de sonhos

d i n-nos q ue o faz iam en v e r gonhar - se. Imag ina va

=·2l 1!::· ーイ・Mエ・ョセヲZL[セエ・SL@

ca!:ava-se com LtfO homem q L:'? oC IJpava I)m el·t.-::· C:.>r-go. Ao mesmo tempo, o

(36)

28

mais de post o. At é que o marido de sua amada cometia u m at o qualquer

e et-a punido e esta se lançava a s eus pés r o gando - lhe que salvasse o

seu mar ido.

o

sujei to dizia ・ ョエセッ@ a ela que só havia aceitado tal

cargo por amor a ela, pois chegar ia um momento em que

poder ia lh2 ser útil. Finalmente , após cump r ir s u a ュゥウウセッL@ salva ndo o

seu marido, i mediatamente p edi r ia 、・セMョゥ@ ss 2co.. O paciente confessava

ex perimentar, em certas ocas i bes, claros impulsos de causar algum

tipo de mal à sua amada . Tais impulsos dimi n uiam de i ntensidade, em

geral , na ーイ ・ ウ・ョセ。@ dela e ressurgiam na sua セオウ↑ョ」ゥ。N@

Freud destaca a singular イ・ャ。セセッ@ セオ・@ o sujeito apresen tava

com respeito ao tema da mort e: tinha o costume de ir a todos os

enterros o que fazia com que seus ゥイュセッウ@ observassem que se

comportava como os corvos; a lém disso, matava em fantasi a seus

conhecidos para poder a p resentar à família suas c セ 、ゥ。ゥウ@

condolências. A morte de uma de su as ゥイュセウL@ ocorrida quan do ele セ ゥョ ィ。@

quatro anos,

se encontra

época. Freud

desempenhou em suas fantasi as um papel i mportante e que

i ti mament e r elac ionado com as maldades infantis daquela

observa ainda que a ・^Zエ・ョウセッ@ peculiar dos temores

obsessi v os do paciente POdE ser interpretada como uma 」ッュー・ョウ。セセッ@ dos

desejos de morte que nutria pelo pai. Desde muito cedo preocupava-o a

idéia da morte de seu pai e sua 、ッ・ョセ。@ deve ser considerada c mo uma

イ・。￧セッ@ a t al fato, ob s essiv ame .te desejado quinze anos antes.

F r-eud sus tenta que o desejo de mor te de outras pessoas,

(37)

29

com o fato de que a ュッセエ・@ セ・ウッャカ・セゥ。@ os conflitos que o sujeito ョセッ@

consegue ウッ ャ オ」ゥッョ。セZ@

"Su 」 。セ£」エ ・エM esenci aI es el de ウ・セ@ i ncapaces de toda decisión , sobre todo en las cuestiones 。ュッセ ッウ。 ウN@ Aplazan indefinidamente toda セ・ウッャオ」ゥᅮ ョ@ y tienen su modelo e n aquel an tiguo エセゥ「オョ。ャ@ alemán, cuyos pleitos エ ・セュゥョ。「。ョ@

ウゥ・ ュー セ・@ porque las ー。セエ・ ウ@ liti gan tes ュッセゥ。ョ@ antes que

ィオ「ゥ・セ。ョ@ obtenido una ウ・ ョセ ・ョ」ゥ。N@ De este modo, en todo

conflicto vital acechaba la ュオ・セエ・@ de una persona

ゥューッセエ。ョエ・L@ y casi ウゥ・ューセ・@ アオ・セゥ、 。@ ーッセ@ ellos, sea de su

ー。、セ・@ o su ュ。、セ・L@ de un rival o de alg uno de los obje c tos

。ュッセッウッウ@ ・ョエセ・@ los que oscila su inclinación." (p. 1480)

Em segu i da, fセ・オ、@ retorna à アャ・ウエセッ@ do conflito ・ョエセ・@ os

sentimentos de ódio e amor destacan do que este mantém aquele

reprimido no inconsciente e que esta hostilidade ' r eprimida é

responsável pelo processo que desencadeou o quadro neurótico, assim

como desempenha um papel importantíssimo na gênese da ィゥウエ・セゥ。@ e da

ー。セ。ョ￳ゥ。N@ (p . 1481)

Ainda que possa ー。 セ・」・イ@ est r :=\nha a e xi stênc ia de uma

ェ オウエ。 ーッウゥセセッ@ c rbnica de 。ュッセ@ e Ódio, muito intensos e dirigidos a uma

mesma pessoa, pode-se entender tal subsistênc ia de afetos 」ッョエセ←イゥ ッウ@

como sendo possível ァセ 。 セ。ウ@ à 」ッャ。「ッセ。セセッ@ do inconscien te. S egundo

Freud, o 。ュッセ@ ョセッ@ pode ・セエゥョァ オゥ セ@ o ó dio mas apena s o ma nt er afa stado

no inconsciente; ond e nâo somente ・ョ」ッョエセ。@ 」ッョ 、ゥセセ・ウ@ de sob revi ver

como tamb é m de se desenvo lver. Em 」ッョエセ。 ー。セエゥ、。L@ o amar consci e nte

assume uma grande ーセッー ッイゥ[ ・ッ@ com o o bjeti vo de Atャ。Gャエ ・セ@ o ódio

(38)

Freud finaliza o ,- e1 ato do Cê'. 30 do "Homem dos Patos

H

i ューイ・ウセRエZNNL@ de que o pac i e,Ite se encontro ava come., flue

dissociado em tres personalidades, in consciente

duas .Jré-e

conscientes entre 2:- quais oscil a\-'=: 2 . SLta conscié::c: a. Erro ]セエエ@ セウエ。イャ ZNセ@

normal era um hO'T',?:T: t efle;',l .to,

despoj 2·::.Ir-, セ@ sセlサ@ inconsci I,t e abr 1 92,'.1 a e

perver sos, prec Jcem ente

i mpulsos, re pr-esefltados

outras p e ssoas ter1am sid o イ・ウーセ セウ£カーゥU@ pelo processe que desencadeou

sua 、ッ・ョエ[Z。セ@

caráter

ou por atos ッ「ウ・ウセゥ@ 'o'os

de

des trui ,'or /prote tor das pEssoas a quem ainava e outras de

aut odestrutivo (i déias suicidas) decorr entes do sentimento d e culpa e

do ódio inc onscientes .

Em 1910 realiz =:--::E' o Simpósio ::obre o suic íd io, e.-" uie,! a.

Em seus c o men tários finais セイMA_オ 、@ assi::ala q ue

do

apesar valioso

naquela ocasi?o. fora possível chegar a

Lima conc I オ ウ セ」A@

suicídio: de que .J: ol'" 'lI a ser i a s:..,per ado o poderossíssimo inst into

de

"i da? Segundo i='reud, C' acess o ao ーセッ「ャ ・ ュ。@ só seria possível Sエイセカ_ウ@

do estudo do estadc clinicc: da melancolia e estados afe tivos do luto .

"l otem E; p セG oャjNHBR

.

., . NP

.

c A@ e!!: 1912,

apresentado em

v ida mental do 1-' 0'""2"1

"r: seg'.'.dc' 」。ーゥエオャッ セ@

(39)

·--ffr!('f1;:,-limita<;e:!es as qu a is o s povos pr- imitivo s se s ubme tem <tabus} às

ウ。ョ\[セ・ウ ヲ@ イ・ウ エイ ゥ セセ・ ウ@ e cast igos ャューッ. ウセ 1-ッ ウ@ a S I mesmo s por individuas

acometidos de neur ose obses siva :

" .•. per- sonas q ue se han creado por s i mis mas

p rohi bicion es tabú in divi duales y que las observan tan

ri gurosamente como el sel vaje las rest ri cciones de su

tr ibu o de su organización s oci al, y si no estuviese

habituado a de s ignar- a ta les personas con el nombre de

q ⦅ セ NyNNセ N ᄎZエェ@ ￧ッ_ ⦅N⦅ ᄎ NエNZ^_セs セ Z Nエy NY ⦅ ᄃ NA@ hall2ir-i a muy a.decua do e l nombre de

セdヲセNイN@

..

I!"!gç!2!ç! . .. ァNセャ N⦅@

..

j;.:?b.y . par a car acte r i z ar sus estad os" . ( p. 1763)

Os tabús significam ーイ ッゥ「ゥセ「・ウ@ das ativi dades a cuja

イ・。ャゥコ。セセッ@ tendiam intensamente o s individuos. A primitiva tendência

a realizar atos proibidos nec e ssita ser i nterdi tada p,e l0 tabu e os

povos pri mitivos adotaram u ma atitude ambival e nte frente às suas

ーイッゥ 「ゥ セセ・ ウ N@ Freud considera que em seu inconscien te o que dese jam é a

sua カゥッ ャ 。 セセッセ@ ma s ao mesmo t empo, a temem. O temor decorre do desejo

e é ma is forte do que este.

A

エイ。ョウァイ・ウウセッ@ con s titui um crime q ue

nece s s it a de 」。ウエゥァッセ@ e Freud descr eve vár i os exemplos de イ・ウエイゥセoセウ@

e ・ス セ ーゥ@ 。セセ・ウ@ sofri das p elos inf rator es. Num destes exemplos o ta bu d o

con tato entre rei e escravo é violado qlando este se serve dos rest os

de comi da deixados pelo reI de uma tribo da Nova Ze landia. Ao ser

a dvertido de que a cabar a de se alime ntar com a comi da que h av ia sido

tocada p elo rei, o j o vem e saudáve l escravo adoece, morrendo ao

ano it ecer do d ia s eglJi nte, v i tima da sua pr Ópria culp abilidade . Freud

Referências

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