• Nenhum resultado encontrado

Avaliação das discrepâncias marginal vertical e interna de coroas totais cerâmicas confeccionadas por um sistema CAD/CAM, variando o término cervical

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Avaliação das discrepâncias marginal vertical e interna de coroas totais cerâmicas confeccionadas por um sistema CAD/CAM, variando o término cervical"

Copied!
135
0
0

Texto

(1)

AVALIAÇÃO DAS DISCREPÂNCIAS MARGINAL VERTICAL E INTERNA DE COROAS TOTAIS CERÂMICAS CONFECCIONADAS POR UM SISTEMA CAD/CAM, VARIANDO O TÉRMINO CERVICAL

(2)

AVALIAÇÃO DAS DISCREPÂNCIAS MARGINAL VERTICAL E INTERNA DE COROAS TOTAIS CERÂMICAS CONFECCIONADAS POR UM SISTEMA CAD/CAM, VARIANDO O TÉRMINO CERVICAL

Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de MESTRE, pelo Programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA RESTAURADORA, Especialidade em Prótese Dentária.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Augusto Pavanelli

(3)

AUTORIZAÇÃO

Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por

qualquer meio convencional ou eletrônico, desde que citada a fonte.

São José dos Campos, 15/06/2007

Assinatura:

E-mail: roasouza@yahoo.com.br

Souza, Rodrigo Othávio de Assunção e

Avaliação das discrepâncias marginal vertical e interna de coroas totais cerâmicas confeccionadas por um sistema CAD/CAM, variando o término cervical / Rodrigo Othávio de Assunção e Souza; Orientador Carlos Augusto Pavanelli. __ São José dos Campos, 2007.

133p. ; IL.

Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Odontologia, área de Concentração em Odontologia Restauradora) – Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista; 2007.

(4)

Souza, ROA. Avaliação das discrepâncias marginal vertical e interna de coroas totais cerâmicas confeccionadas por um sistema CAD/CAM, variando o término cervical [Dissertação]. São José dos Campos: Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, UNESP; 2007.

São José dos Campos, 15 de Junho de 2007.

Banca examinadora

1) Prof. .Dr. Carlos Augusto Pavanelli

Titulação: Prof. Assist. Dr. da Disciplina de Prótese Parcial Removível do

DMOP/UNESP-SJC

Julgamento: ________________________Assinatura

2)Prof. Dr. Leonardo Buso

Titulação: Prof. Dr. de Prótese Dentária da Universidade

Paulista-UNIP/SP

Julgamento: ________________________Assinatura

3)Prof. Dr. Marco Antonio Bottino

Titulação: Prof. Adj. Dr. da Disciplina de Prótese Parcial Fixa do

DMOP/UNESP-SJC

(5)

“Deus está aqui neste momento, Sua presença é real em meu

viver;

“Entregue sua vida e seus problemas, fale com Deus ele não te

deixará sofrer...”

A D

Deus, pai de todas as criaturas, por sempre

ter iluminado meus passos e guiado meus caminhos ao longo

de toda minha vida. Por ter abençoado todas as minhas

decisões e, acima de tudo, por fortalecer e renovar o meu

espírito todos os dias, me fazendo sentir um ser humano

(6)

meu coração pelo incentivo, apoio, pelo exemplo de

honestidade e caráter, pela compreensão e amor

incondicional. A vocês, dedico toda a minha vida e espero

um dia poder retribuir tudo que vocês fizeram e fazem por

mim. Amo vocês mais do que tudo na vida!

A FFelipe Aurélio de Assunção e Souza, meu

querido irmão, companheiro, meu eterno amigo, pela sua

amizade e companheirismo de todas as horas. Irmão, tenho

certeza que o amor que sentimos um pelo outro aumenta a

cada dia, pois somos unidos em um só coração. Te amo muito

meu irmão!

Aos meus avós L

Lauro Miranda de Assunção

(

in memorian

) e M

Maria de Jesus Assunção, e JJoão Nestor de

Souza (

in memorian)

e V

Vicência Alves de Sousa, pelos seus

sábios ensinamentos e por terem me ensinado a importância

(7)

seu amor materno, apoio e incentivo. Zezé, muito obrigado

pelos 15 anos que você dedicou a minha vida, me criando

como um filho. Dedico a você todas as minhas conquistas.

Obrigado por tudo. Te amo muito.

Aos meus,, tios, tias, avós, primos e primas.

Pela certeza que a realização deste trabalho representa um

momento de satisfação.

A H

Helga Adachi Medeiros Barbosa, minha

namorada, amiga, companheira de todos os dias, pelo seu

amor, dedicação, amizade e compreensão. Meu amor,

Obrigado pelos momentos inesquecíveis que compartilhamos,

pela sua paciência, pela paz que você me transmite e por

(8)

Ao meu Orientador, P

Prof. Dr. Carlos Augusto

Pavanelli, pela maneira serena que conduziu a orientação

deste trabalho e pela amizade estabelecida neste período.

Tenha certeza que as suas considerações e ensinamentos ao

logo deste período que convivemos juntos, contribuíram

intensamente para o meu crescimento profissional. Meu

eterno agradecimento.

Ao P

Prof. Dr. Marco Antônio Bottino, por ter

nos acolhidos com carinho nesta instituição, nos dando a

oportunidade de realizar mais um sonho, pela com dedicação

que coordena o curso de Pós-Graduação e pelo exemplo de

dedicação e de vida. Meu eterno agradecimento.

Ao Prof. Dr. Leonardo Buso, pela sua

dedicação e ajuda contínua para realização deste trabalho

e pela sua amizade conquistada ao longo do nosso convívio.

Obrigado por se mostrar sempre disponível todas as vezes que

(9)

especialização até os dias atuais, pelas orientações

profissionais e de vida, pelo exemplo de sabedoria, dedicação,

didática, caráter e ética, e, principalmente, pela sua

amizade. Levarei sempre comigo os seus ensinamentos. Meus

eternos agradecimentos.

Ao meu amigo P

Prof. Alfredo Mikail Melo

Mesquita, pela sua confiança e constante incentivo.

Obrigado pelos seus conselhos e orientações, por sempre me

acolher com carinho, juntamente com sua família. A você

(10)

Humberto Zanetti, Edmir Colonello e Hilda Bondiolli,

Henrique Cerveira Netto, Diana Capelli Barca e Mirian

Pereira Novaes pela amizade, confiança e por terem

contribuído intensamente para minha formação

(11)

À Faculdade de Odontologia de São José dos

Campos – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho” – UNESP, na pessoa de seu Diretor, Prof. Adjunto Paulo

Villela Santos.

À Fundação de Amparo à Pesquisa do estado

de São Paulo – FAPESP, pelo apoio financeiro cedido pala

realização deste trabalho (Processo n0 06/51423-5).

Ao Programa de Pós-Graduação em

Odontologia Restauradora, Especialidade Prótese Dentária,

coordenado pelo Prof. Adjunto Clóvis Pagani.

Aos Professores do Programa de

Pós-Graduação em Odontologia Restauradora, pela contribuição na minha formação acadêmica e científica.

Ao chefe do departamento de Materiais

Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de São

José dos Campos – UNESP, Prof. Adjunto Lafayette Nogueira

(12)

Parcial Removível, pelo carinho e momentos de convivência sincera.

Aos Professores Drs. Fernando Eidi Takahashi e Renato Sussumo Nishioka da Disciplina de Prótese Parcial Fixa Faculdade de Odontologia de São José

dos Campos – UNESP, pelos ensinamentos transmitidos ao

longo de todos esses anos e por terem me acolhido no estágio

desta disciplina, permitindo aprimorar meus conhecimentos

clínicos. Meus sinceros agradecimentos.

Às secretárias da secção de Pós-Graduação,

Rosemary de Fátima Salgado Pereira, Erena Michie Hasegawa e Maria Aparecida Consiglio de Souza, pela dedicação e atenção prestadas.

Às secretárias Suzana Cristina de Oliveira e

Eliane Wenzel, do departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, pelo carinho, amizade e dedicação dispensada. Meus

(13)

Ao Prof. Ivan Balducci, pela atenção

dispensada e pela disponibilidade na realização da parte

estatística deste trabalho.

Aos meus amigos de turma de Mestrado,

Geraldo Lombardo, Silvia Masae, Cristiane Fonseca, Sheila Pestana, Sandra Zamboni e Sarina Maciel pelo convívio em harmonia, pelo companheirismo dispensado em todos os

momentos.

Aos colegas do Programa de Pós-Graduação,

Luís Gustavo, Lucas Zogheib, Guilherme Saavedra, Aleska Vanderlei, Aline Scalone, Fernanda Pelógia, Graziela Galhano, Renata Faria, Renata Melo, Silvia Barbosa, Regina Amaral e Susana Salazar e pelos momentos compartilhados.

Aos amigos Anderson Castilho, Andréia e

(14)

troquéis metálicos deste estudo.

Ao Laboratório Alberto, na pessoa do Alberto

de Calasans, pela grande atenção dispensada na etapa de fresagem dos blocos cerâmicos.

À empresa Conexão, na pessoa do Dr.

Douglas, pela atenção dispensada na etapa de mensuração

das coroas.

À Diretora Técnica dos Serviços de Biblioteca e

Documentação, Ângela de Brito Bellini, da Faculdade de

Odontologia de São José dos Campos – UNESP, por realizar as

correções com competência e muita dedicação.

Aos funcionários do Departamento de

Materiais Odontológicos e Prótese pela ajuda na execução de todas as tarefas.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio financeiro concedido.

E a todos que, direta ou indiretamente,

(15)

RESUMO ... 14

LISTA DE FIGURAS ... 15

LISTA DE QUADROS E TABELAS ... 19

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ... 20

1 INTRODUÇÃO... 22

2 REVISÃO DA LITERATURA... 27

2.1 Discrepância marginal e interna de sistemas cerâmicos ... 27

2.1.1 Quanto à configuração do preparo ... 27

2.1.2 Quanto à cimentação ... 35

2.1.3 Quanto às etapas laboratoriais ... 39

2.1.4 Quando aos sistemas cerâmicos ... 43

3 PROPOSIÇÃO... 65

4 MATERIAL E MÉTODO ... 66

4.1 Confecção dos troquéis metálicos ... 67

4.2 Duplicação dos troquéis metálicos... 74

4.3 Obtenção dos modelos de gesso... 78

4.4 Impressão óptica dos preparos... 81

4.5 Confecção das coroas cerâmicas ... 82

4.6 Análise da discrepância marginal vertical ... 88

4.7 Discrepância interna ... 91

4.7.1 Técnica da réplica ... 91

4.7.2 Análise da discrepância interna ... 95

4.8 Planejamento experimental... 98

5 RESULTADOS ... 99

5.1 Discrepância marginal vertical ... 99

5.2 Discrepância interna ... 103

6 DISCUSSÃO... 110

6.1 Importância da Pesquisa ... 110

6.2 Configuração do preparo ... 111

6.3 Seleção do modelo padrão ... 114

6.4 Não cimentação das coroas... 115

6.5 Técnica da réplica... 115

6.6 Mensuração dos pontos... 117

6.7 Discussão dos resultados ... 119

7 CONCLUSÃO... 123

8 REFERÊNCIAS ... 124

(16)

RESUMO

Este estudo avaliou a discrepância marginal (DM) e interna (DI) de coroas totais cerâmicas fabricadas pelo sistema CAD/CAM Cerec inLab, frente a três diferentes términos cervicais. A hipótese nula foi que o tipo de término não influencia a DM e DI das coroas. A partir de três troquéis metálicos com distintos términos cervicais, foram fresadas trinta coroas cerâmicas (ProCad/Ivoclar Vivadent) (n=10): CI) chanfro inclinado; CL) chanfro largo e O) ombro arredondado. Para análise da DM, mensurou-se, em 50 pontos, a distância entre a margem externa de cada coroa à margem do término cervical do respectivo troquel metálico. Utilizando a técnica da réplica, avaliou-se a DI de cada coroa em 12 pontos igualmente distribuídos por regiões: término (T), axial (A) e oclusal (Ocl). As mensurações foram realizadas em microscópio óptico (250x). Os dados obtidos (µm) foram submetidos aos testes estatísticos ANOVA e de Tukey (5%). Os resultados demonstraram que grupo O (28,24±11,42 µm) gerou valores de DM significativamente inferiores (p=0,001) aos dos grupos CI (99,92±18,32 µm) e CL (64,71±25,64 µm), os quais diferiram estatisticamente entre si. A análise da DI demonstrou que o grupo CL (183,01±62,82 µm) apresentou valores inferiores (p=0,0014) aos demais grupos: CI (216,26±83,23 µm) e O (219,12±87,24 µm), os quais foram semelhantes entre si. Observou-se também que a DI variou entre as regiões mensuradas (p=0,0001). A hipótese nula foi rejeitada. Baseado nos resultados pôde-se concluir que, apesar das diferenças estatísticas observadas entre os grupos, os três términos cervicais geraram coroas com valores de DM e DI aceitáveis clinicamente.

(17)

FIGURA 1- Representação esquemática dos troquéis metálicos:

a) vista oclusal; b) vista lateral e detalhe dos términos

cervicais. Valores em mm... 68

FIGURA 2- Imagem 3D do modelo-padrão com término cervical

em chanfro inclinado: a) vista lateral de todo o

troquel; b) vista lateral aproximada do troquel na

região do término cervical... 70

FIGURA 3- Imagem 3D do modelo-padrão com término cervical

em chanfro largo: a) vista lateral de todo o troquel, b)

vista lateral aproximada do troquel na região do

término cervical... 71

FIGURA 4- Imagem 3D do modelo-padrão com término cervical

em ombro arredondado: a) vista lateral de todo o

troquel, b) vista lateral aproximada do troquel na

região do término cervical... 72

FIGURA 5- Troquéis metálicos: a) chanfro largo; b) ombro

arredondado; c) chanfro inclinado... 73

FIGURA 6- Face inferior do troquel metálico evidenciando as

roscas internas fabricadas para fixação deste na

haste vertical móvel do dispositivo de moldagem: A=

rosca interna... 74

FIGURA 7- Delineador modificado preparado para a

padronização da moldagem: A= base do delineador;

B= dispositivo receptor da moldeira; C= moldeira

(18)

FIGURA 8- Molde em silicone de adição do troquel metálico com

término em ombro arredondado. ... 80

FIGURA 9- Modelo obtido após preenchimento do molde com

gesso... 80

FIGURA 10- Troquel em gesso posicionado na base do scanner

inEOS... 82

FIGURA 11- Imagem digitalizada em 3D do preparo com término

em ombro arredondado: a) vista lateral e b) vista

oclusal... 84

FIGURA 12- Imagem digital em 3D da coroa cerâmica concluída

sobre o preparo... 85

FIGURA 13- Unidade fresadora Cerec inLab... 86

FIGURA 14- Bloco IPS ProCAD posicionado e fixado no eixo

central do compartimento de fresagem da unidade

Cerec Scan. A) ponta montada diamantada cilíndrica

step bur, B) ponta montada diamantada cilíndrica

(1,6 mm)... 87

FIGURA 15- Vista lateral do conjunto: A) base cilíndrica; B) troquel

metálico; C) coroa... 88

FIGURA 16- Dispositivo para fixação da coroa cerâmica no

conjunto troquel metálico/base cilíndrica apoiado

sobre base de madeira: A= base cilíndrica metálica,

B= toquél metálico, C= coroa cerâmica, D= parafusos

laterais de fixação do êmbolo e E =êmbolo (vista

superior)... 89

(19)

os troquéis metálicos: A= base do delineador; B=

peso metálico; C= haste vertical móvel; D=

dispositivo metálico de extremidade plana; E= haste

horizontal e F= haste vertical fixa (vista lateral)... 92

FIGURA 19- Discrepância interna: a) inserção da coroa cerâmica

sobre o troquel metálico com silicone fluído; b) vista

interna do silicone na superfície da coroa após sua

remoção do troquel... 93

FIGURA 20- Troquel de silicone fluído e denso: a) Estabilização

do silicone fluído com o silicone de consistência

densa no interior da coroa; b) conjunto silicone

fluído/denso após remoção da coroa (vista lateral)... 94

FIGURA 21- Representação esquemática da segmentação do

conjunto silicone fluído/denso e mensuração dos

pontos e das secções resultantes em cada amostra:

secções 1, 2, 3 e 4 (vista oclusal)... 95

FIGURA 22- Conjunto silicone fluído/denso seccionado em quatro

partes (vista oclusal)... 96

FIGURA 23- Detalhe de uma das faces da secção 4 do conjunto

silicone fluído/denso, demonstrando as regiões de

leitura: T= término, A= axial e O= oclusal (vista

interna)... 97

FIGURA 24- Representação gráfica (médiardesvio padrão) dos valores de discrepância marginal vertical (µm) obtida

em 10 coroas cerâmicas, segundo as condições

experimentais estabelecidas pela variável término

(20)

FIGURA 26- Gráfico de colunas (médiardesvio padrão) dos valores de discrepância interna (µm) obtida em 10

coroas cerâmicas, segundo as condições

experimentais estabelecidas pelas variáveis em

estudo: Término e Região... 105

FIGURA 27- Gráfico de médias referente às condições

experimentais segundo as variáveis: Término e

Região... 106

FIGURA 28- Gráficos de médias referentes ao relacionamento

entre as medidas de discrepância marginal vertical e

interna para cada amostra dos grupos experimentais

(21)

TABELA 1- Média (±desvio padrão) dos dados de discrepância

marginal vertical (valores em µm) obtidos em 10

corpos de prova, segundo três diferentes tipos de

términos cervicais... 99

TABELA 2- ANOVA (One-Way) para os dados de discrepância

marginal vertical... 100

TABELA 3- Formação de grupos de mesmo desempenho, após o

teste de Tukey (5%) para as três condições

experimentais de discrepância marginal

vertical... 101

TABELA 4- Média (±desvio padrão) dos dados de discrepância

interna (µm) obtidos para as diferentes condições

experimentais... 103

TABELA 5- ANOVA (Two-Way) de medidas repetidas para os

dados de DI obtidos... 104

TABELA 6- Grupos homogêneos após o teste de Tukey (5%)

para as condições experimentais estabelecidas pelas

variáveis: Término e Região... 107

TABELA 7- Formação de grupos de mesmo desempenho, após o

teste de Tukey (5%) para as três condições

experimentais de discrepância interna estabelecidas

pela variável término... 107

TABELA 8- Formação de grupos de mesmo desempenho, após o

teste de Tukey (5%) para as três condições

experimentais de discrepância interna estabelecidas

(22)

A = região axial

CAD = unidade computadorizada acessória

CAM = unidade fresadora acessória

CI = grupo chanfro inclinado

CL =grupo chanfro largo

cm2 = centímetro quadrado

Co = cobalto

Cr = crômio

D = distal

DI = discrepância interna

g = grama

Hz = Hertz

ICS = incisivo central superior

IE = infra-estrutura

Kg = quilograma

L = lingual

M = mesial

MEV = microscopia eletrônica de varredura

MI = molar inferior

min = minuto

ml = mililitros

mm = milímetros

MO = microscópio óptico

N = Newton

Ni = níquel

(23)

RE = recobrimento estético

rpm = rotação por minuto

s = segundo

T = região de término

V = vestibular

X = vezes

% = unidade de porcentagem

< = menor

> = maior

°

C = graus Celsius

(24)

O anseio dos pacientes que procuram tratamento

dentário com excelência estética, bem como o desejo dos profissionais de

Odontologia em buscar melhores soluções protéticas, tem motivado

inúmeros esforços nos últimos anos para o aperfeiçoamento tecnológico,

biológico e mecânico dos materiais restauradores.

Conseqüentemente, com o aumento da demanda de

pacientes interessados em trocar suas restaurações de amálgama, por

alternativas estéticas, tem feito da resina composta o material de escolha

para restaurações em elementos dentários posteriores. Entretanto, para

minimizar os problemas inerentes às resinas diretas e indiretas, como

baixa dureza e estabilidade de cor, bem como a alta contração de

polimerização das resinas diretas (Pallesen e Van Dijken69), as

restaurações cerâmicas passaram a ser bastante utilizadas.

O termo cerâmica é derivado do Grego “keramos”, que

significa matéria queimada. As cerâmicas são definidas como materiais

sólidos, não metálicos e inorgânicos, formado pela queima de materiais

brutos (minerais) a altas temperaturas. Já o termo porcelana diz respeito a

um tipo específico de cerâmica largamente utilizada por aproximadamente

3.000 anos. A porcelana tradicional é composta por uma mistura de três

minerais naturais: caulim branco puro, quartzo e feldspato. Quando esses

ingredientes são pulverizados, misturados, acomodados em formas

específicas e queimados, eles formam o que se denomina de artigo

branco (Rosenblum e Shulman79). Na odontologia esses dois termos são

considerados sinônimos.

Desde a primeira vez em que a porcelana foi utilizada

(25)

1774, numerosas composições de porcelana dental foram desenvolvidas

para serem utilizadas com ou sem metal (Rosenblum e Shulman79).

Entretanto, devido à complexidade clínica e laboratorial,

e a baixa resistência das primeiras coroas cerâmicas desenvolvidas

(coroas de jaqueta de porcelana), as próteses metalo-cerâmicas (MC),

introduzidas em 1962, têm sido as restaurações mais utilizadas para a

confecção de PPFs nos últimos cinqüenta anos. Apesar da qualidade

estética e da longevidade funcional das PPF metalo-cerâmicas variarem,

o sucesso dessas restaurações já é bem conhecido, uma vez que as

pesquisas laboratoriais o excelente desempenho clínico dessas

restaurações não pode ser negado. Por outro lado, o metal das

restaurações metalo-cerâmicas pode afetar a estética pela diminuição da

transmissão de luz através da restauração. Em adição, alguns pacientes

têm reações alérgicas ou sensibilidade a vários metais (Christensen19,

Rosenblum e Shulman79).

Por estes motivos, nos últimos vinte anos, tem-se

observado um aumento do número de materiais cerâmicos disponíveis

para confecção de restaurações totais cerâmicas, os quais já possuem

um papel firmemente estabelecido em muitos aspectos na clínica

odontológica.

Atualmente são descritas diversas categorias de

sistemas cerâmicos, classificados de acordo com sua composição e

fabricação: cerâmicas fundidas (Dicor/ Dentsply), cerâmicas prensadas

(IPS Empress/Ivoclar Viva-Dent, Optec Pressable/Jeneric-Pentron),

cerâmica convencional (Optec HSP/ Jeneric-Pentron, Duceram

LFC/Degussa), cerâmica fresada (Vita Mark II/VITA Zahnfabrik, Vita Mark

II/VITA Zahnfabrik, Dicor MGC/ Dentsply, Celay/Vident, Procad/Ivoclar

VivaDent) e cerâmicas infiltradas (In-Ceram/ VITA Zahnfabrik) (Qualtrough

e Piddock75, Rosenblum e Shulman79).

Com o intuito de aperfeiçoar os passos laboratoriais e

(26)

desenvolvidos vários métodos baseados em ciência da computação, os

quais têm revolucionado a Odontologia restauradora. Esses sistemas

computadorizados, denominados CAD/CAM (Computer Aided Design -

Unidade Computadorizada Acessória/ Computer Aided Machine - Unidade

Fresadora Acessória), são utilizados na Odontologia desde o seu

desenvolvimento na década de 70, por Duret, na França (Sistema Duret

CAD/CAM) (Heymann et al.35).

Dentre os sistemas cerâmicos de fresagens disponíveis

destaca-se o sistema Cerec (Sirona, Bensheim, Alemanha), o qual foi o

primeiro disponível comercialmente e ainda é o mais conhecido. Ele

permite que o cirurgião-dentista confeccione uma restauração cerâmica

em apenas uma sessão clínica, sem o suporte laboratorial (Pallesen e

Van Dijken69, 2000). Também combina técnicas de união adesiva com

rápida produção de restaurações totalmente cerâmicas do tipo inlay,

onlay, overlay, facetas, coroas parciais e coroas totais para dentes

anteriores, pré-molares e molares.

O sistema Cerec utiliza blocos cerâmicos pré-fabricados,

resultando na combinação única de biocompatibilidade, ausência de

metal, estética natural das restaurações, durabilidade e baixa taxa de

fraturas (Kurbad e Reichel46, Morim58), sendo estas características

resultantes da alta qualidade (homogeneidade) dos blocos cerâmicos

(Bindl e Mörmann8).

O sistema Cerec surgiu quando o Dr. Werner Mörmann

se questionou sobre a possibilidade de se confeccionar restaurações

cerâmicas no consultório dentário enquanto o paciente espera na cadeira

odontológica, já que utilizando as técnicas convencionais, isso não era

possível. Entretanto, este problema foi somente resolvido em 1983,

quando o Dr. Werner Mörmann e o engenheiro elétrico Marco Brandestini

fabricaram o protótipo de uma máquina, que no mesmo ano foi

implementada por eles, originando a unidade Cerec (CERamic

(27)

Bensheim, Alemanha). Este sistema utilizava o software Cerec Operating

System (COS, versão 1.0, 1985) que apresentava certas limitações

gráficas, sendo atualizado em 1991 pelos softwares COS 2.0 e COS 2.1.

Em seguida, a equipe do Cerec na Siemens (Munich,

Alemanha) equipou o Cerec 2 com uma ponta montada diamantada,

capacitando-o para confecção de restaurações parciais e totais. Já o

sistema Cerec 3 eliminou o disco e evoluiu para a fresagem com duas

pontas montadas diamantadas, sendo uma cilíndrica e outra tronco

cônica. Em 2006, no local da ponta montada diamantada tronco cônica,

foi introduzida a ponta montada diamantada step-bur, que apresenta um

diâmetro reduzido no terço apical, aumentando a precisão da fresagem.

As unidades dos sistemas Cerec 2, Cerec 3, Cerec inLab

e o scanner extra oral inEOS, bem como as versões dos softwares, foram

desenvolvidas pela equipe do Cerec na Siemens e Sirona (Bensheim,

Alemanha (Mörmann59).

Como se pode observar, o sistema Cerec tem evoluído

continuamente, tanto softwares quanto hardwares. Esta evolução reflete

na precisão da fresagem das restaurações demonstrado por Martin e

Jedynakiewicz53 e Mörmann e Schug61, que observaram melhora

significante na adaptação marginal das restaurações confeccionadas pelo

sistema Cerec 2 em relação ao sistema Cerec 1.

Já o Cerec inLab, desenvolvido em 2000, utiliza o sistema

de escaneamento a laser (Cerec Scan) ou óptico (inEOS), um software

(Cerec 3D) e uma unidade fresadora (Cerec inLab) que permite a

utilização de blocos cerâmicos para a confecção de copings (com 0,3 mm

de espessura), coroas unitárias, inlays, onlays, overlays, facetas e

infra-estruturas para prótese parcial fixa de até 40 mm de comprimento (Buso

et al.14, Martin e Jedynakiewicz53).

Entretanto, a adaptação marginal de restaurações

confeccionadas por alguns sistemas indiretos, principalmente os

(28)

Piddock75). Além disso, tem-se observado clinicamente que a principal

causa de troca de restaurações totais de cerâmicas é devido a problemas

na interface dente/cerâmica (Hung et al.39).

Segundo Denissen et al.22 e Kokubo et al.44 o sucesso

clínico das restaurações depende de múltiplos fatores, como a adaptação

marginal e interna da coroa cerâmica em relação ao dente preparado.

Discrepâncias marginais acentuadas entre a restauração e o

preparo dentário interferem na longevidade do tratamento restaurador. O

cimento exposto ao meio bucal é um ponto fraco entre a restauração e o

dente preparado (Lim e Ironside47). Assim, grandes fendas marginais

podem afetar os tecidos periodontais adjacentes, aumentar a retenção do

biofilme dentário (Chan e Weber16, Knoernschild e Campbell43), favorecer

o desenvolvimento de cárie recorrentes e lesões pulpares (Waerhaug92,

Goldman et al.30, Jacobs e Windeler41, Löe49, Ørstavik e Ørstavik68, Felton

et al.26, Faucher e Nicholls25), favorecer a reabsorção óssea (knoernschild

e Campbell43) e gerar concentrações de carga em determinadas áreas da

restauração devido a variações na adaptação marginal (Alkumru et al.2).

As discrepâncias internas acentuadas podem reduzir a

resistência à fratura de restaurações totalmente cerâmicas (Alkumru, et

al.2, Tuntiprawon e Wilson89).

Apesar dos vinte anos de utilização do sistema Cerec (Sato

et al., 2002) e da alta taxa de sucesso clínico das restaurações totalmente

cerâmicas confeccionadas pelo sistema Cerec 2 (Bindl e Mörmann8), não

há informações disponíveis na literatura sobre a relação entre a

configuração do término cervical e adaptação marginal e interna de

(29)

Baseado no tema estudado nessa pesquisa -

discrepância marginal vertical e interna de coroas fabricadas pelo sistema

Cerec inLab - realizou-se uma revisão da literatura buscando informações

acerca da adaptação marginal e interna de diversos sistemas cerâmicos.

Uma vez que esses dois aspectos, DM e DI, aparecem

bastante interligados nos artigos científicos, torna-se difícil divisão da

revisão da literatura entre essas duas variáveis. Entretanto, para facilitar o

entendimento dos estudos relatados a seguir, divididos em tópicos a

revisão da literatura.

2.1 Discrepância marginal e interna de sistemas cerâmicos

2.1.1 Quanto à configuração do preparo

Lui51 estudou a influência do grau de convergência

oclusal do preparo na discrepância marginal vertical e interna de coroas

de jaqueta em porcelana. Modelos padrões em resina acrílica, com

término em ombro, foram confeccionados variando o grau de

expulsividade do preparo: A)1°, B) 5°, C)10° e D)20°. Após duplicação dos

modelos metálicos, foram confeccionados sete troquéis em gesso para

cada tipo de preparo e sobre eles fabricadas as coroas cerâmicas

(Vitadur). Para análise da discrepância marginal vertical, utilizou-se um

(30)

coroas em seu respectivo troquel metálico, sendo cinco pontos

mensurados em cada amostra. Para análise da discrepância interna na

região oclusal, utilizou-se um disco de metal com dimensões conhecidas,

o qual foi inserido entre a face oclusal do preparo e a coroa cerâmica

internamente. Sabendo-se o diâmetro do disco e as discrepâncias

marginais verticais com e sem este anteparo, calculou-se o espaço

interno das coroas na região oclusal. Os resultados demonstraram que

não houve diferença significante entre as discrepâncias marginais

verticais dos preparos com inclinações de 1° (197 ± 36 µm) e 5° (163 ± 29

µm), embora diferenças tenham sido observadas entre os grupos de 5°

(163 ± 29 µm) e 10° (96 ± 26 µm); 5° (163 ± 29 µm) e 20° (65 ± 18 µm) e

entre 10° (96 ± 26 µm) e 20º (65 ± 18 µm). Com relação à discrepância

interna na região oclusal, observou-se apenas diferença significante entre

as inclinações de 1° (40 ± 17 µm) e 20° (22 ± 6 µm). Segundo os autores,

a melhor adaptação marginal para as coroas em porcelana é quando o

preparo apresenta expulsividade de 5° a 20°.

Alkumru et al2 avaliaram, em microscópio eletrônico de

varredura (MEV), a influência de diferentes terminações cervicais e

agentes cimentantes na discrepância marginal e interna de coroas

totalmente cerâmicas. Preparos para coroa total foram realizados em

sessenta incisivos centrais superiores humanos, sendo trinta preparos

com terminação cervical em ombro reto e os outros trinta preparos com

terminação cervical em chanfro largo. Os preparos foram moldados e

troquéis em gesso especial confeccionados. As coroas cerâmicas foram

fabricadas em cerâmica feldspática (Vita Pt e Vita-N) e em seguida

cimentadas em seus respectivos preparos com diferentes agentes

cimentantes: cimento de fosfato de zinco (SS White), cimento de

ionômero de vidro (Ketac-Cem) e cimento resinoso (Panavia-Ex). Cada

conjunto foi seccionado no sentido vestíbulo-lingual, sendo cada metade

incluída em resina acrílica, lixada e polida para posterior análise da

(31)

demonstraram que a média da discrepância marginal na margem

vestibular (75 µm) de todas as amostras foi significativamente menor que

na margem lingual (100 µm). Já as médias dos valores de adaptação

interna variaram de 62,1 a 118,37 µm. O cimento resinoso (margem

vestibular: 82,03 ± 20,01 µm; margem lingual: 103,24 ± 16,75 µm) gerou

valores maiores de discrepância marginal comparado aos cimentos de

ionômero de vidro (margem vestibular: 74,62 ± 14,67 µm; margem lingual:

98,08 ± 12,25 µm) e de fosfato de zinco (margem vestibular: 64,63 ±

10,03 µm; margem lingual: 109,95 ± 7,43 µm). Já o término cervical o tipo

chanfro largo (margem vestibular: 69,16 ± 13,42 µm; margem lingual:

97,04 ± 11,81 µm) gerou valores de discrepâncias marginais inferiores

aos observados pelo término do tipo ombro reto (margem vestibular:

78,48 ± 16,44 µm; margem lingual: 110,44 ± 12,39 µm) . Assim, os

autores concluíram que a adaptação marginal é fortemente influenciada

pela configuração do preparo dentário e pelo agente cimentante.

Pera et al.71 desenvolveram um estudo in vitro, com o

objetivo de analisar a influência do ciclo de queima da cerâmica de

cobertura (Vitadur N), do dente preparado e da configuração do término

cervical dos preparos na adaptação marginal de coroas cerâmicas

confeccionadas pelo sistema In-Ceram Alumina. A partir de dentes

pré-fabricados de acrílico (incisivo central, canino e primeiro pré-molar) foram

confeccionados preparos totais em cada dente padrão, variando o término

cervical, de acordo com cada grupo: CH - Chanfro; O - Ombro (50°) e O’ -

Ombro (90°). Cada preparo foi duplicado em resina epóxi, utilizando um

silicone laboratorial, sendo este procedimento repetido três vezes, de

maneira que cada grupo possuísse ao final três preparos idênticos de

cada dente, totalizando 9 preparos por grupo. Cada preparo foi moldado

com poliéter e troquéis em gesso especial foram obtidos. As

infra-estruturas em In-Ceram foram confeccionadas segundo as

recomendações dos fabricantes e sua adaptação marginal analisada em

(32)

respectivo preparo em resina epóxi. Após aplicação da cerâmica de

revestimento estético (Vitadur N), foi realizada uma nova análise da

adaptação marginal de cada coroa em relação ao respectivo dente em

resina epóxi (c). Uma última análise da desadaptação marginal foi

realizada após cimentação das coroas (com cimento de ionômero de

vidro) nos preparos em resina epóxi (d). Os resultados demonstraram que

o ciclo de queima da cerâmica de revestimento não afetou a adaptação

marginal da infra-estrutura cerâmica para todos os tipos de términos

cervicais: CH (0,70 µm)= estágio c (9,31 ± 3,7 µm) menos estágio a (8,61

± 4,12 µm); O (0,97 µm)= estágio c (8,75 ± 2,42 µm) menos estágio a

(7,78 ± 2,78 µm) e O’ (0,83 µm)= estágio c (13,61 ± 3,61 µm) menos

estágio a (12,78 ± 3,77 µm). Já a média da espessura do cimento foi

menor no grupo do CH (21,67 ± 2,17 µm) e no grupo O (23,75 ± 2,07 µm)

maior no grupo O’ (27,5 ± 3,13 µm). Observou-se também que não houve

diferença significante da discrepância marginal com relação ao tipo de

dente: Incisivo (23,91 ± 2,0 µm), Canino (24,30 ± 3,95 µm) e Pré-molar

(24,72 ± 3,49 µm); enquanto que para os três tipos de preparos as

diferenças foram estatisticamente significantes entre si: CH (21,66 µm), O

(23,75 µm) e O’ (27,53 µm). Baseado neste estudo, os autores concluíram

que, independente do tipo de dente e do término cervical, todas as

amostras apresentaram médias de desajuste marginal inferiores a 50 µm,

que segundo os autores, é um valor abaixo ao clinicamente aceitável.

Adicionalmente sugerem a utilização dos términos cervicais chanfro e

ombro 50° quando se for utilizar este tipo de sistema.

Nakamura et al.64 desenvolveram um estudo com o

propósito de avaliar a influência de dois tipos de preparos na discrepância

marginal e interna de infra-estruturas e de coroas totais cerâmicas

confeccionadas pelo sistema Celay Alumina. A partir de dois incisivos

superiores humanos, foram realizados dois preparos para coroa total,

sendo o preparo Tipo II mais expulsivo e menos conservador que o

(33)

dez modelos do Tipo I (a) e vinte do Tipo II (b e c). As infra-estruturas em

Celay Alumina foram confeccionadas para todos os modelos em gesso,

sendo a cerâmica de cobertura (Vitadur Alpha) aplicada apenas em dez

amostras dos preparos Tipo II (c). Cada coroa e copings foram adaptados

em seus respectivos preparos, incluídos em resina acrílica e seccionados

no sentido vestíbulo-lingual para posterior mensuração da discrepância

marginal vertical e interna. Foram selecionados dois pontos para leitura

da discrepância marginal e três pontos para discrepância interna, os quais

foram mensurados com o auxílio de um projetor de perfil (Nikon). Os

resultados demonstraram que as médias das discrepâncias entre o

preparo e as infra-estruturas/coroas cerâmicas obtidas pelos cinco pontos

de cada amostra variaram de: a) 61 a 130 µm, b) 30 a 53 µm e c) 44 a 63

µm. Adicionalmente, as infra-estruturas confeccionadas sobre os preparos

Tipo I (a) apresentaram valores de discrepância significativamente

superiores aos preparos Tipo II (b) nas regiões: margem vestibular (a: 67

± 19 µm e b: 40 ±15 µm), área lingual central (a: 82 ± 21 µm e b: 53 ±14

µm) e margem lingual (a: 130 ± 23 µm e b: 30 ±13 µm). Os autores

concluíram que o preparo mais estreito (Tipo II) proporcionou uma melhor

adaptação marginal e interna entre o preparo e as infra-estruturas e

coroas cerâmicas.

Mou et al.62, utilizando a técnica da réplica, estudaram a

influência de diferentes alturas e ângulos de convergência do preparo na

adaptação interna de coroas totalmente cerâmicas confeccionadas pelo

sistema Cerec 2 (Vita Mark II). A partir de preparos padrões, dez coroas

em Cerec foram confeccionadas para cada grupo: Gr1- ângulo 200 e 6

mm altura, Gr2- ângulo 20° e 4 mm altura, Gr3- ângulo 12° e 6 mm altura e

Gr4- ângulo 12° e 4 mm altura. Após análise dos dados, as médias das

adaptações internas obtidas em cada grupo foram: Gr1-124 ± 46 µm, Gr2-

127 ± 46 µm, Gr3-121 ± 42 µm e Gr4- 122 ± 45 µm. Os autores

verificaram que não houve diferença significante entre a adaptação

(34)

de 6 mm ou menos promovem adequada adaptação para as coroas em

Cerec 2.

Nakamura et al.65 estudaram a adaptação marginal e

interna de coroas cerâmicas confeccionadas pelo sistema CAD/CAM

Cerec 3 (Vita Mark II), variando o alívio interno e o ângulo de

convergência oclusal. Para este experimento foram preparados três

pré-molares com término em ombro arredondado de 1 mm e altura do preparo

de 3 mm, variando o ângulo de convergência oclusal: A) 4°, B) 8° e C)

12°. Os preparos foram duplicados e quarenta e cinco coroas cerâmicas

(Vita Mark II) foram confeccionadas, sendo nove condições estabelecidas

pela combinação de três diferentes espaços para cimentação (10, 30 e 50

µm) com os diferentes ângulos de convergência oclusal do preparo (4°, 8°

e 12°). Previamente a cimentação, cada coroa foi adaptada e seu

respectivo troquel e sua fenda marginal mensurada em quatro pontos de

cada coroa, com o auxílio de um projetor de perfil. Em seguida, para

análise da adaptação interna, foi aplicado no interior da cada coroa um

silicone fluido (Fit Checker) e cada coroa foi adaptada em seu troquel,

com uma carga de 20 N, simulando a pressão digital. Após a

polimerização do material, a sua espessura foi mensurada para obtenção

dos valores da discrepância interna. Os autores observaram que a média

dos valores de discrepância marginal variou de 53 a 108 µm e que

quando o alívio interno foi de 10 µm (4°: 108 ± 17 µm, 8°: 108 ± 10 µm e

12°: 95 ± 20 µm) a fenda marginal foi maior (p<0,05) comparado aos

alívios de 30 µm (4°: 66 ± 4 µm, 8°: 66 ± 5 µm e 12°: 53 ± 5 µm) e de 50

µm (4°: 61 ± 10 µm; 8°: 67 ± 3 µm e 12°: 55 ± 7 µm). Com relação à

discrepância interna, observou-se que as médias variaram de 116 a 162

µm e que, exceto quando o ângulo de convergência oclusal foi de 12° (10

µm: 136 ± 17 µm; 30 µm: 141 ± 6 µm e 50 µm: 146 ± 15 µm), os valores

de discrepância interna foram maiores (p<0,05) para os grupos com alívio

de 50 µm (4°: 135 ± 5 µm; 8°: 162 ± 10 µm e 12°: 146 ± 15 µm)

(35)

µm e 12°: 136 ± 17 µm) e 30 µm (4°: 116 ± 5 µm, 8°: 132 ± 8 µm e 12°:

141 ± 6 µm). Os autores concluíram que quando o alívio interno foi de 30

µm, o sistema Cerec 3 produziu coroas com boa adaptação,

independente do ângulo de convergência oclusal.

Quintas et al.76 pesquisaram a influência de diferentes

términos cervicais e agentes cimentantes na discrepância marginal

vertical de copings confeccionados com diferentes sistemas cerâmicos,. A

partir de dois troquéis metálicos, com dois tipos de términos cervicais

distintos (chanfro largo e ombro arredondado) e dimensões pré-definidas:

altura de 5,5 mm, diâmetro de 6,8 mm e términos com raio de 1,2 mm,

foram confeccionados troquéis em gesso e sobre ele 180 copings em

materiais cerâmicos distintos (n=60): IPS Empress II, In-Ceram alumina e

Procera. As amostras de cada grupo foram cimentadas com os seguintes

agentes cimentantes: fosfato de zinco, ionômero de vidro e resina

composta. Um total de 180 copings foram confeccionados, gerando 18

grupos contendo 10 amostras cada, o que representa uma combinação

entre cada sistema cerâmico, término cervical e agente cimentante. Com

o auxílio de um projetor de perfil, foram realizadas as mensurações das

discrepâncias marginais verticais das coroas antes e após a cimentação

de cada peça sobre o respectivo troquel metálico. Os resultados

demonstraram que o tipo de cerâmica influenciou significativamente na

discrepância vertical dos copings cerâmicos. As médias das discrepâncias

observadas em todos os grupos antes da cimentação foram: Empress 2

(68 ± 47 µm), In-Ceram (57 ± 38 µm e Procera (25 ± 9 µm). Após a

cimentação, as médias obtidas foram: Empress 2 (110±77 µm), In-Ceram

(117 ± 85 µm) e Procera (44 ± 19 µm). Os autores concluíram que após a

cimentação, o sistema Procera Alumina gerou copings com menor

discrepância marginal vertical para todas as condições testadas.

Tsitrou et al.88 realizaram um estudo com o objetivo de

comparar a adaptação marginal de coroas totais em resina composta

(36)

meio da técnica da réplica e utilizando um agente cimentante. Três

modelos padrões em gesso foram confeccionados a partir de um único

molde de silicone de adição obtido após a moldagem de um primeiro

molar inferior pré-fabricado em resina. Nos modelos em gesso foram

realizados preparos para coroas totais, com redução oclusal de 2 mm e

axial de 1,2 mm, de maneira que cada modelo apresentava um tipo de

término cervical: bisel em 45°, chanfro e ombro 90°. Após o preparo, dez

réplicas de cada troquel em gesso foram confeccionadas utilizando

silicone de adição. Com o auxílio do software Cerec 3D, as coroas foram

desenhadas e em seguida confeccionadas na unidade fresadora, sendo

para cada troquel construída uma coroa em resina composta utilizando

blocos Paradigm MZ100 para Cerec. Na técnica da réplica, cada coroa foi

cimentada em seu respectivo troquel com silicone de adição (fluído),

mantidas em posição sob uma carga de 40 N, por 3 min. Após a

polimerização, o silicone foi estabilizado com silicone massa e o conjunto

removido do interior de cada coroa, seccionado em quatro partes, as

quais foram mensuradas com o auxílio de um microscópio óptico (30x), o

que correspondeu a leitura da fenda marginal. Após esta análise, as

coroas foram cimentadas com cimento resinoso (RelyX Unicem Aplicap,

3M ESPE), seguindo as recomendações do fabricante. Os modelos foram

seccionados em quatro partes (vestíbulo-lingual e mésio-distal). Cada

quadrante foi examinado em microscópio óptico (30x) para mensurar a

discrepância marginal. Os resultados demonstraram que quando se

utilizou o silicone para cimentação das coroas, as médias e desvios

padrões obtidos foram: bisel 45° (105 ± 34 µm), chanfro (94 ± 27 µm) e

ombro (91 ± 22 µm). Já quando se utilizou o cimento resinoso para

cimentação, os valores obtidos foram: bisel 45° (102 ± 28 µm), chanfro

(91 ± 11 µm) e ombro (77 ± 8 µm). As médias das discrepâncias

marginais para as coroas em Cerec foram de 91-105 µm quando o

(37)

resinoso foi utilizado. Não houve diferença estatística entre os términos

cervicais estudados (p>0.05).

2.1.2 Quanto à cimentação

Hung et al.39 pesquisaram a influência da cimentação e

da ciclagem térmica na fenda marginal de coroas totais.

Confeccionaram-se preparos para coroas totais em trinta pré-molares humanos hígidos e

para cada dente, coroas totais foram fabricadas (n=10): A- Dicor, B-

Cerestone e C- Metalo-cerâmica (controle). Para os grupos A e B, foram

realizados preparos com término do tipo ombro arredondado e para as

amostras do grupo C o término foi do tipo ombro biselado na face

vestibular e do tipo chanfro nas faces proximais e lingual. Utilizando um

microscópio óptico (75x), foram mensurados quatro pontos em cada

amostra, sendo um em cada face, e em seguida realizada a média das

três leituras em cada ponto. Cada amostra teve sua região marginal

analisada previamente à cimentação, após cimentação com cimento de

fosfato de zinco e após ciclagem térmica (1.500 ciclos, 5º/60ºC). Após

análise dos resultados, observou-se que não houve diferença estatística

entre os grupos previamente à cimentação, os quais apresentaram

médias aproximadamente de: Dicor (50 ± 14 µm), Cerestone (61,6± 7,3

µm) e Metalo-cerâmica (33,3 ± 13,3 µm). Já a análise após a cimentação,

as coroas confeccionadas pelo sistema Dicor (78,3 ± 13,3 µm)

apresentaram valores semelhantes as do sistema Cerestone (68,3 ± 7,3

µm) e estatisticamente superiores comparado ao grupo das coroas

metalo-cerâmicas (50 ± 13,3 µm). Os autores concluíram que a

cimentação e a termociclagem aumentou a discrepância marginal vertical

(38)

Weaver et al.93 avaliaram o efeito da cimentação no

desajuste marginal de coroas cerâmicas. Trinta incisivos centrais artificiais

foram preparados para coroa total, sendo vinte com término em ombro

arredondado e dez com término em ombro arredondado biselado. Cada

preparo foi em seguida moldado com silicone polimerizado por reação de

adição e preenchido com gesso especial tipo IV. Sobre os troquéis com

término em ombro arredondado, foram confeccionadas coroas cerâmicas

em (n=10): Dicor e Cerestone. Já sobre os troquéis com término em

ombro biselado foram feitas coroas Metalo-cerâmicas (controle). Em

seguida cada coroa foi adaptada em seu respectivo preparo padrão e

após avaliada a discrepância marginal vertical de cada amostra, sendo

mensurados quatro pontos (vestibular, lingual, mesial e distal) ao longo de

cada restauração. Cada coroa foi cimentada sobre seu respectivo preparo

e nova análise marginal foi realizada. Observou-se que as coroas em

Cerestone (21,6 ± 1,6 µm) e Metalo-cerâmicas (30,5 ± 18,9 µm) geraram

valores menores de fenda marginal comparado com o sistema Dicor (44,4

± 9,7 µm). Já após a cimentação, o grupo Cerestone (31,7 ± 2 µm)

apresentou média de discrepância marginal inferior a das amostras em

Dicor (57 ± 9 µm) e Metalo-cerâmico (58,8 ± 34,9 µm). Os autores

concluíram que a adaptação marginal dos três grupos foi clinicamente

aceitável após a cimentação.

Beschnidt e Strub7 pesquisaram a influência da

cimentação e da ciclagem mecânica na discrepância marginal vertical de

coroas totais cerâmicas. A partir de preparos para coroas totais

confeccionados em sessenta incisivos humanos, com término em ombro

arredondado, foram realizadas moldagens com material elastomérico de

alta precisão (Impregum) e em seguida confeccionados os troquéis em

gesso, sendo esses distribuídos aleatoriamente entre seis grupos: a-

Metalo-cerâmica (controle), b- In-Ceram, c- Empress (com pintura

externa), d- Empress (com redução e estratificação), e- Celay (feldspática)

(39)

preparo e a margem da coroa foi realizada utilizando o método da réplica

e mensurada com o auxílio de um estereomicroscópio com aumento de

400x, acoplado a uma câmera digital e a um computador, no qual as

imagens capturadas pela câmera foram analisadas. Foram realizadas

cerca de 2.500 a 3.000 mensurações ao longo da região marginal de cada

amostra, antes a após a cimentação e para metade das amostras após

simulação mecânica da mastigação. Os resultados demonstraram que a

discrepância marginal vertical dos sistemas estudados antes da

cimentação foram: Metalo-cerâmica- 64 µm (55-86 µm), In-Ceram- 60 µm

(52-69 µm), Empress com pintura- 47 µm (43-62 µm), Empress com

estratificação- 62 µm (58-70 µm), Celay feldspática- 99 µm (90-109 µm) e

Celay In-Ceram- 78 µm (73-87 µm). Já após a cimentação, os valores

obtidos foram: Metalo-cerâmica- 87 µm (82-103 µm), In-Ceram- 82 µm

(74-91 µm), Empress com pintura- 63 µm (56-77 µm), Empress com

estratificação- 76 µm (69-83 µm), Celay feldspática- 117 µm (102-123 µm)

e Celay In-Ceram- 91 µm (85-99 µm). A análise estatística demonstrou

diferenças significantes para os grupos C e E após cimentação,

comparados com o grupo A (controle). Adicionalmente, observou-se que o

sistema Empress apresentou melhor adaptação marginal comparado aos

outros sistemas estudados e que a ciclagem mecânica simulando a

mastigação não influenciou a discrepância marginal vertical das coroas.

Os autores concluíram que todos os sistemas geraram discrepâncias

marginais clinicamente aceitáveis.

Gu e Kern34 pesquisaram a influência de diferentes

agentes cimentantes e da ciclagem mecânica na discrepância marginal de

coroas cerâmicas confeccionada pelo sistema IPS Empress 2, bem como

o grau de infiltração das restaurações. Sessenta e quatro preparos para

coroa total foram realizados em molares inferiores humanos, e a partir

deles quarenta e oito coroas cerâmicas foram confeccionadas e em

seguida cimentadas em seu respectivo preparo com diferentes agentes

(40)

cimento resinoso (c). Coroas metalo-cerâmicas com ombro cerâmico

foram cimentadas com fosfato de zinco como grupo controle (d). Metade

das amostras de cada grupo foi submetida à ciclagem mecânica. Após,

utilizando a técnica da réplica, cada conjunto foi duplicado com silicone de

adição e modelos em resina epóxi confeccionados para posterior

mensuração da adaptação marginal em MEV. Já para análise da

extensão das fendas nas interfaces cimento/preparo e cimento/coroa, foi

realizada uma leitura a seco dessas interfaces com o auxílio de um

estereomicroscópio binocular de luz refletida com 25x de aumento, sendo

os valores mensurados e registrados na forma de scores, variando de 0

(sem espaço entre as interfaces) e 7 (fenda com extensão até a superfície

oclusal). As discrepâncias marginais dos grupos cerâmicos (a- 49 µm, b-

46 µm, e c- 48 µm) foram significantemente inferiores às observadas nas

margens cerâmicas no grupo controle (d- 97 µm). Adicionalmente

observou-se que a ciclagem mecânica não influenciou a discrepância

marginal dos grupos estudados e que ocorreram diferenças significantes

entre os resultados da análise da infiltração dos grupos estudados.

Okutan et al.67 estudaram a resistência à fratura de

coroas cerâmicas fabricadas em zircônia estabilizada por ítrio (Everest

HPC), bem como a influência da cimentação na fenda marginal das

coroas. A partir de um preparo para coroa total realizado em um molar

inferior humano, foram confeccionados trinta e dois troquéis em gesso.

Baseado nesses modelos em gesso, foram fabricadas coroas totais

cerâmicas utilizado o sistema Everest HPC. Cada restauração foi

cimentada em seu preparo variando o tipo de cimento: G1- Cimento de

ionômero de vidro (Ketac Cem) e G2- Cimento resinoso (Panavia 21EX).

Antes e após a cimentação das coroas, cada conjunto foi moldado com

silicone de adição e preenchido com resina epóxi (técnica da réplica),

sendo a análise da precisão marginal realizada com o auxílio de um

estereomicroscópio com 40x de aumento. Todos os espécimes foram

(41)

mecânica (carga: 49 N, Freqüência: 1,3 Hz) simulando a mastigação,

sendo realizados 1.200 milhões de ciclos. Utilizando uma máquina de

ensaio universal, foi aplicada uma carga perpendicular em cada coroa

(velocidade: 2 mm/min), até o momento da sua fratura. Os resultados

demonstraram que não houve diferença entre a resistência à fratura das

coroas cimentadas com ionômero de vidro (1.622 ± 433 N) e com cimento

resinoso (1.957 ± 806 N). Adicionalmente, observou-se que a cimentação

aumentou significativamente a discrepância marginal das restaurações

cerâmicas, sendo: antes da cimentação- G1 (32,7 ± 6,8 µm), G2 (33 ± 6,7

µm) e após a cimentação- G1 (44,6 ± 678 µm) e G 2 (44,6 ± 7,7 µm). Os

autores concluíram que a precisão marginal do sistema Everest HPC é

compatível aos dos demais sistemas cerâmicos.

Wolfard et al.94, em uma pesquisa in vivo, estudaram a

adaptação marginal de próteses parciais fixas cerâmica e inlays,

confeccionadas em Empress 2, utilizando a técnica da réplica. Onze

pacientes foram selecionados para este estudo. Após confecção dos

preparos, moldagem e obtenção das próteses fixas, estas foram

moldadas com silicone de adição, antes e após a cimentação das

restaurações com cimento resinoso. Os moldes foram preenchidos com

resina epóxi em seguida foi mensurada a discrepância marginal das

amostras, utilizando MEV. Os resultados demonstraram que a média das

discrepâncias marginais foi de 96 µm (coroa) e 98 µm (inlay) antes da

cimentação e 130 µm (coroa) e 92 µm (inlay) após a cimentação. Os

autores verificaram que a cimentação adesiva aumentou

significativamente a discrepância marginal das coroas cerâmicas

(42)

2.1.3 Quanto às etapas laboratoriais

Groten et al.32 estudaram a influência de diferentes

etapas laboratoriais na adaptação marginal de coroas cerâmicas

confeccionadas pelo sistema CAD/CAM Celay In-Ceram, utilizando um

microscópio óptico e um microscópio eletrônico de varredura. Para isso, a

partir de um modelo usinado em metal, com forma e dimensões de um

incisivo central superior e de término cervical em ombro arredondado,

confeccionaram-se dez coroas do sistema Celay In-Ceram. Cada coping

ou coroa foi assentado sobre o troquel metálico, sem ser cimentado, e

sua adaptação marginal vertical mensurada em quatro etapas, sendo três

destas realizadas em microscópio óptico: A) após fresagem dos copings,

B) após infiltração do vidro nos copings e C) após aplicação da cerâmica

de cobertura; e a outra etapa realizada em microscópio eletrônico de

varredura (MEV): Cs) após aplicação da cerâmica de cobertura. Nos

grupos A, B e C, foram realizadas 3.900 leituras, sendo 124-138 leituras

por amostra. Já no grupo Cs foram mensurados 1.036 pontos, sendo

aproximadamente 100 por espécime. Após análise dos dados, os

resultados obtidos foram: a (25,1±5,1 µm), b (20,6±2,3 µm), c (18,3±4,1

µm) e cs (23±7,6 µm). Em todos os grupos foi observada uma distribuição

não uniforme dos valores de desadaptação ao longo da margem de cada

coping ou coroa. Adicionalmente os resultados demonstraram que não

houve diferença estatística entre os grupos b e c. Entretanto, foram

observadas diferenças significantes da adaptação marginal entre os

copings após fresagem (grupo a) e ambos estágios seguintes (b e c) e

que os dados da microscopia eletrônica de varredura confirmaram os

resultados obtidos pelo microscópio óptico. Baseado nos resultados deste

estudo, os autores concluíram que sistema Celay In-Ceram gera uma

adaptação marginal clinicamente aceitável uma vez que em todos os

(43)

Sulaiman et al.85 pesquisaram a influência da aplicação

da cerâmica de revestimento e do glaze na adaptação marginal de coroa

totais cerâmica confeccionadas pelos sistemas In-Ceram, IPS Empress e

Procera. A partir de um troquel metálico, foram confeccionados trinta

troquéis em gesso, os quais foram aleatoriamente divididos entre os

grupos. As mensurações da discrepância marginal vertical ocorreram

após a confecção das infra-estruturas, após aplicação da cerâmica de

recobrimento e após a aplicação do glaze. Com o auxílio de um

microscópio óptico (225x), quatro pontos foram mensurados em cada

amostra, em cada estágio. A análise estatística demonstrou que o sistema

In-Ceram (160,66 ± 45,98 µm) apresentou valores de discrepância

marginal significativamente superiores aos sistemas Procera (82,88 ±

41,45 µm) e Empress (62,77 ± 37,32 µm) e que o sistema Procera gerou

valores superiores (p<0,05) aos obtidos pelo sistema Empress.

Adicionalmente, verificou-se que a face lingual apresentou valores de

discrepância marginal estatisticamente superiores aos das faces mesial e

distal. Os autores concluíram que a aplicação da cerâmica e a aplicação

do glaze não alteraram a adaptação marginal dos sistemas cerâmicos

estudados.

Hilgert et al.36 estudaram a influência do tratamento de

superfície interna e do término cervical na adaptação marginal de

infra-estruturas cerâmicas (In-Ceram Alumina). A partir da moldagem de dois

preparos padrões com términos cervicais diferentes confeccionados em

uma liga metálica, foram produzidos vinte troquéis em gesso especial tipo

IV, os quais foram divididos em dois grupos (n=10): CL) In-Ceram chanfro

largo e OA) In-Ceram ombro arredondado. Após a mensuração inicial da

fenda marginal de cada coping, dada amostra foi submetida ao tratamento

da sua superfície interna com o sistema Rocatec, protegendo as margens

de cada infra-estrutura com cera previamente ao jateamento (CLp e OAp)

ou realizando um jateamento total da superfície interna dos copings (CLt e

(44)

auxílio de um microscópio óptico (30x). Os resultados demonstraram que

o tipo de término cervical não influenciou na abertura marginal das

infra-estruturas cerâmicas estudadas: CL: 42,37 ± 18,78 µm e OA: 33,35 ±

20,08 µm e que o tratamento de superfície não alterou a discrepância

marginal das infra-estruturas cerâmicas: CLp (46,62 ± 21,27 µm) e CLt

(52,65 ± 19,61 µm), OAp (35,02 ± 19,61µm ) e OAt (39,50 ± 32,30 µm).

Balkaya et al.6 desenvolveram um estudo com o objetivo

de verificar a influência de diferentes ciclos de queima e do glaze no

desajuste marginal de três sistemas cerâmicos. A partir de um troquel

metálico, foram confeccionadas trinta coroas cerâmicas igualmente

distribuídas entre os seguintes grupos: Gr1) In-Ceram Convencional, Gr2)

Celay In-Ceram e Gr3) Blocos de cerâmica feldspática (Celay). Cada

amostra foi fabricada seguindo as recomendações dos fabricantes e em

seguida submetida a variações de temperatura para aplicação da

cerâmica de cobertura e/ou do glaze. As medidas verticais e horizontais

dos grupos In-Ceram convencional e Celay In-Ceram foram realizada em

três estágios: a) após a infiltração do vidro nos copings, b) após o

segundo ciclo de queima da cerâmica e c) após o ciclo de queima glaze.

Já nas coroas de cerâmica feldspática as mensurações foram realizadas

em dois estágios: a) após a fresagem das coroas totais e b) após o ciclo

de queima do glaze. Um projetor de perfil, com 20x de aumento, foi

utilizado para mensurar as discrepâncias verticais e horizontais dos 18

pontos em cada coroa. As distâncias verticais e horizontais foram

registradas utilizando um contador digital eletrônico, com precisão de 1

µm. No plano vertical, correspondente à distância entre o ângulo cavo

superficial do preparo à margem da coroa, observou-se que não houve

diferença significante entre os grupos: In-Ceram convencional (57 ± 24

µm), Celay In-Ceram (57 ± 33 µm) e coroas feldspáticas fresadas (17 ± 12

µm). No plano horizontal, observou-se diferença significante entre os

grupos In-Ceram convencional (-6 ± 4 µm) e Celay In-Ceram (-12 ± 4 µm)

(45)

concluíram que o ciclo de queima da cerâmica afetou a adaptação

marginal das coroas totais cerâmicas e que o glaze não afetou na

adaptação das mesmas.

2.1.4 Quanto aos sistemas cerâmicos

Sato et al.82 investigaram a discrepância marginal e

interna de coroas totais cerâmicas fabricadas pelo sistema Cerestone. A

partir de um preparo para coroa total, com término em ombro

arredondado (1 mm) e convergência oclusal de 60, confeccionado em um

molar inferior humano, foram construídos dezoito troquéis em gesso, os

quais foram igualmente divididos entre três grupos (n=6): Gr1- Copings,

Gr2- Coroas não cimentada e Gr3- Coroas cimentadas. Cada conjunto foi

incluído em resina epóxi e seccionado nos sentidos vestíbulo-lingual e

mésio-distal, resultando em quatro partes cada amostra. A mensuração

dos oitos pontos para análise da discrepância marginal (DM- 4 pontos) e

interna (DI- 4 pontos) de cada coroa foi realizada com o auxílio de um

microscópio óptico, com 400x de aumento. Os resultados demonstraram

que o grupo Gr3 (DM- 42 ± 8,9 µm; DI- 37 ± 11,6 µm) apresentou valores

de discrepância marginal e interna significativamente superiores aos

demais grupos: Gr1 (DM-21,37 ± 9,5 µm; DI- 32 ± 9,5 µm) e Gr2 (DM-

23,17 ± 9,5 µm; DI- 35,9 ± 12,5 µm). Os autores concluíram que a

cimentação das coroas com cimento de ionômero de vidro não influenciou

na adaptação interna dos grupos estudados.

Davis 21 realizou um estudo com o propósito de comparar

a adaptação marginal e interna de coroas cerâmicas Cerestone e Dicor.

Tomando-se como modelo um preparo padrão realizado em um incisivo

central superior de resina, foram confeccionados dez troquéis em gesso e

(46)

recomendações dos fabricantes. O preparo incluía término em ombro

arredondado com largura de 1,2-1,5 mm, redução axial de 1 mm e

redução incisal de 1,5-2 mm. Em seguida, cada coroa foi cimentada com

cimento de fosfato de zinco em seu respectivo troquel, incluídas em

resina acrílica e seccionadas no sentido vestíbulo-lingual e mésio-distal.

Utilizando-se um microscópio óptico, mensurou-se a discrepância

marginal vertical e interna de cada amostra, nas faces vestibular (V),

lingual (L), mesial (M) e distal (D). Os resultados demonstraram não haver

diferença estatística entre os grupos com relação à discrepância marginal,

seja na face vestibular (Cerestone- 28,2 ± 3,9 µm; Dicor- 37,3 ± 19,3 µm)

ou lingual (Cerestone- 26,7 ± 8,7 µm; Dicor- 38 ± 13,4 µm). Com relação à

adaptação interna, as médias ao longo das amostras variaram de 45,5 a

142 µm para as amostras em Cerestone e de 37,3 a 100 µm para as

coroas Dicor. Os autores concluíram que a adaptação marginal e interna

de ambos os grupos foram semelhantes entre si.

Schaerer et al.83 estudaram a adaptação marginal de

coroas cerâmicas confeccionadas por diferentes sistemas. Preparos

padrões para coroas totais, com término em ombro arredondado, foram

realizados em um incisivo central superior (ICS) e em um molar inferior

(MI). Cada preparo foi duplicado e a partir dos troquéis em resina epóxi

obtidos foram confeccionadas coroas cerâmicas (n=2) utilizando os

sistemas Cerestone, Dicor e Ceplatec. Todas as coroas foram em seguida

cimentadas sobre os respectivos preparos, sendo as coroas de Cerestone

e Ceplatec cimentadas com cimento de ionômero de vidro e as coroas

Dicor cimentadas com fosfato de zinco. Cada conjunto foi incluído em

resina acrílica, seccionado no sentido vestíbulo-lingual e mésio-distal e

após, realizada a análise da fenda marginal em quatro pontos nas

margens de cada amostra, com um microscópio óptico (400x).Os

resultados demonstraram que coroas em Cerestone (ICS: 10,92 ± 5,4 µm;

(47)

(p<0,05) as coroas em Dicor (ICS: 66,22 ± 15,9 µm; MI: 58,8 ± 12,8 µm) e

Ceplate (ICS: 26,27 ± 10,6 µm; MI: 32,8 ± 8,5 µm).

Abbate et al.1 pesquisaram a adaptação marginal de

coroas totais: metalo-cerâmica (G1), metalo-cerâmica com ombro

cerâmico na vestibular (G2), Cerestone (G3) e Dicor (G4). A partir de dois

dentes naturais humanos, foram confeccionados preparos padrões com

altura de 5 mm e expulsividade de 5° cada, sendo um apresentava

término em chanfro com 120° de inclinação na face lingual e o outro com

término em ombro arredondado, com largura de 1,3 mm. Vinte réplicas de

cada preparo foram confeccionadas em gesso especial, a partir do

preenchimento dos moldes de silicone de adição com resina acrílica,

confeccionados pela técnica da dupla moldagem, a qual utilizou um alívio

de 2 mm para o material fluido. Em seguida, os troquéis foram divididos

entre os quatro grupos, sendo os de término em chanfro distribuídos para

os grupos G1 e G2 e os com término em ombro destinados para os

grupos G3 e G4. As coroas foram confeccionadas de acordo com as

recomendações dos fabricantes. Para mensuração da fenda marginal,

cada coroa foi cimentada em seu respectivo troquel com cimento de

fosfato de zinco, incluída em resina epóxi e seccionada em três fatias no

sentido vestíbulo-lingual. Para cada amostra, a espessura do cimento na

região marginal foi mensurada em três pontos em cada face das duas

fatias com o auxílio de um microscópio óptico de alta resolução. Por meio

da análise dos resultados, observou-se que os valores da discrepância

marginal para os sistemas restauradores estudados foram:

metalo-cerâmica (60,6 ± 26,4 µm), metalo-metalo-cerâmica com ombro cerâmico (57 ±

24,2 µm), Cerestone (44,1 ± 12 µm) e Dicor (65,3 ± 17,5 µm). Não foi

observada diferença significante entre os grupos. Neste sentido, os

autores concluíram que todos os sistemas estudados apresentaram

valores de abertura marginais clinicamente aceitáveis, já que obtiveram

Imagem

FIGURA 1 - Representação esquemática dos troquéis metálicos: a) vista oclusal;
FIGURA 2 - Imagem 3D do modelo-padrão com término cervical em chanfro  inclinado: a) vista lateral de todo o troquel; b) vista lateral  aproximada do troquel na região do término cervical
FIGURA 3 - Imagem 3D do modelo-padrão com término cervical em chanfro  largo: a) vista lateral de todo o troquel; b) vista lateral aproximada  do troquel na região do término cervical
FIGURA 4 - Imagem 3D do modelo-padrão com término cervical em ombro  arredondado: a) Vista lateral de todo o troquel; b) Vista lateral  aproximada do troquel na região do término cervical
+7

Referências

Documentos relacionados

De acordo com o artigo 7º da referida lei, que possui suporte no texto constitucional, determina que fazem parte das diretrizes e princípios da Saúde no Brasil, em um trabalho

Em geral, nos depoimentos dos alunos participantes, nota-se que os fatores externos nos quais cada um está exposto em sua realidade acabam interferindo na visão que esses

O presente trabalho consiste em uma analise do modelo de Tarifa Única no Sistema de Transporte Urbano do município de Florianópolis, Santa Catarina, tomando como foco a

As ações sugeridas neste projeto, embora tenha o foco nas escolas analisadas, pode também ser uma alternativa a ser aplicada nas demais escolas da rede municipal de Juiz de Fora,

Raspa esse cabelão Mó judiação Baba, vai levar, vai levar, ficou carecão Do sisconda ia brincar E eu joguei bem Me representei Tu procurava em tudo e não encontrava ninguém,

Para os nutrientes que também apresentaram redução no consumo ao longo dos anos, mas que, por outro lado, o percentual mostrou- se, em 2003, abaixo da recomendação diária

( A/C i ) response curves, specific leaf area, and pigments under different cacao agroforestry systems (AFs): cacaotal with Musaceae plantation and High mean daily incident..

Caso oa senhora deseje participar deste estudo que compreende a realização da ablação da fibrilação atrial conforme o procedimento de rotina do setor de arritmias da SEMAP/HCor que