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Controle das plantas daninhas em cultura de soja (Glycine Max L. Merril) com misturas de herbicidas.

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Academic year: 2017

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PLANTA DANINHA, I (1) : 13-17, 1978

CON TRO LE DAS PLA NTA S DAN INH AS EM CUL TUR A

DE SOJA

(Glycine max L. Merril)

COM MISTURAS

DE HERBICIDAS

L. S. P. CRUZ * & L. LEIDERMAN * *

* En g0Ag r0Pe squi sa do r Ci en tí fi co . Bo ls is ta do

CNPq.

* * E n g0 A g r0P e s q u i s a d o r C i e n t í f i c o C h e f e

Se ç ã o de He rb ic id a s — I ns titu to B io ló gic o 13.100 — Campinas SP.

Tra ba lho apresentado na 29 .a Re união Anua l da SBPC, São Paulo, 1977.

Re ce bi do pa ra pu bl ic aç ão em 12 de se te mbro de 1977.

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RESUMO

Em ensaio de campo, onde as principais plantas daninhas eram representadas por duas gra míneas e seis ervas de folhas largas , foi compa

-ra da a ação de mistu ras de tri fluralin, pendime -thalin, dinitra mine e alachlo r com metribu zin e de alachlor com linuron, no seu controle.

Os resultados mostraram que as misturas de alachlor a 2,00 kg/ha e metribuzin a 0,35 kg/ha, edesses mesmos herbicidas a 3,00 kg/ha e 0,50 kg/ha, feitas no tanque , aplicadas em pré-eme r-gência, seguidas da mistura de trifluralin a 1,00 kg/ha, aplicado em pré-plantio incorporado, com metribuzin a 0,50 kg/ha, aplicado em pré -emer-gência, foram as mais eficientes.

Ac ant ho sp erm um au str ale fo i a pla nt a da ninha de mai s difícil controle. Somente a mis tu -ra de tanque de alachlo r a 2,0 0 kg/ ha e linuro n a 0,75 kg/ha foi eficiente no seu controle.

As misturas de pendimenthalin a 1,30 kg/ha ede di nitr am ine a 0, 50 kg /ha, am bo s co m me -tribuzin a 0,50 kg/ha, re tard aram o cres cime n-to inicial da soja, porém sem prejudicar o stand ea prod ução. Os de mais tra t amen tos também nã o fo ra m pre ju dic ia is à pro du çã o de ss a le gu -minosa.

Uniter mos: Co ntrole , plan ta s da ninhas, soja, misturas de herbicidas.

SUMMARY

SO YB EA N WE ED CONTR OL WI TH MIXT UR ES OF HERBICIDES

Dif fe re nt mi x tu re s of me trib uzi n wi th tri-fluralin, pre ndime talin, dinitramine or alachlo r were compared in order to evaluate weed control efficiency on soybean crop.

Tank mixtures of 2,00 Kg/ha of alachlor and 0.35 Kg/ha of metribuzin, or 3,00 Kg/ha of

alachlor and 0,50 Kg/ha of metribuzin, and 1,00 Kg /ha of tr if lu rali n an d 0, 50 Kg /ha of me tr ibuzi n we re th e mo st eff ic ie nt in co nt ro ll in g gr as -ses and dicotyledons.

A cantho sp e rmu m au stral e was the mo st di ff icul t weed to be co nt ro le d. On ly al ac hlor at 2,00 Kg/ha plus linuron at 0,75 Kg/ha gave sa-tisfactory results.

The mixture s of pendimethalin at 1,30 K/ha or din itramine at 0,50 Kg/ha plus metribuzin at 0, 50 Kg /h a we re fi to to xi c at th e in it ia l gr ow th sta ge of so yb eans , bu t did no t aff ect sta nd or yiel d. The othe r mixt ures di d not sh ow an y fito-toxicity and did not affect stand or yield either.

Ke yw ord s: We ed co nt ro l, so yb eans , mi xtu -res of herbicides.

INTRODUÇ ÃO

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Assim é que, em experimentos conduzidos em 19 65 /6 6 no s EE UU , Mo or e et al (9 ) já mo s tr av am a ef ic iê nc ia de ss e he rb ic id a em al go -dã o e soj a. Re ce nte men te tê m sid o exp er ime

n-ta do s co m su ce ss o os gr am in ic id as

pe nd im et hali n1 e di nit ra mi ne. Bo ns

re su ltad os de co ntr ol e de mon oc ot iled ôn ea s po r pe nd im et hal in fo ra m ob ti do s em tr ab al ho s de Gr as si & Le i de rm an (4 ) em so ja , de Vi ct or ia et al . (1 6) em ca na de -aç úc ar e de Si lv a et al (1 4) em fe ij ão . Di ni tr am in e mo st ro u-se ef ic ie nt e no co nt ro le de gr am ín ea s, e co mp at ív el co m metr ib uz in , em en sa io s co nd uz id os em Ja bo ti ca bal-SP, por Victoria et al. (17) .

Para o controle de dicotiledôneas tem se de st ac ad o al ac hl or (7 ,1 0, 13 ,1 5) , me tr ib uz in (6 ,8 ,1 5) e li nu ro n (1 1) . Mu it os au to re s tê m ev id en ci ad o a po rc en ta ge m ma io r de pl an ta s da ni nh as co nt ro la da s pe la s mi st ur as de ss es herbicidas (3,5,12,17) .

Co m a fi na li d ad e d e se ob te r ma i or e s informações com misturas e combinações dos he rb ic id as an te ri or me nt e ci ta do s, fo i co nd u -zido um experimento em 1976/77.

MATERIA IS E MÉTODO S

Em out ubr o de 1976 foi ins talado um ens aio de camp o em Cri stai s Pau lis ta -SP, em áre a de solo latossolo verm elh o-amar elo, fas e are nosa (2) com 30% de arg ila e 2,4 % de maté ria org ânic a, cul tiva do ant erio rmente com milh o.

O del inea ment o exp eri ment al esco lhid o foi o de blocos ao aca so com 12 tra tame nto s e qua tro rep eti ções, para pos sib ilit ar a anális e est atístic a do stand e da prod ução de soja , feit a pelo méto do da vari ânci a. Cad a parcel a tinh a

uma áre a de 21, 00 m2 (3, 00 x 7,00 m)

abr ang end o cin co linh as de soj a espa çadas de 0.6 0 m. A áre a úti l de cada par cel a era formada pel as trê s lin has cent rai s, des con tado s 0.5 0 m de cad a ext remi dade.

As mist ura s de tanq ue de tri flural in (, ,

 tri fluoro-2,6-dinitro-N,N -diprop il -p-tol uidina) e metri buzin (4-amin o-6-t-but il-3- (metiltio)-1,2 ,4 -tria zina -s- (4H ) -one ) a 1,00 kg e 0,7 5 kg/ha e a 0,5 0 kg e 0,35 kg/ha, res pectiv

a-1Nome anteriormente proposto: penoxalin

me nt e, as si m co mo de pe nd im et ha li n (N (1 -etilpropil) -3 ,4-dimetil-2 ,6-di nitrobenzenoamina) a 1,30 kg/ha e de dinitramine (N3 N3 dietil -2,4-dinitro -6-trif luorometil -m-fenilened iamina) a 0, 50 kg /ha , amb os mi st ur ad os co m me tr i bu zi n a 0, 50 kg /h a, fo ra m ap li ca da s em pr é pl an ti o in co rp or ad o, 24 ho ra s an te s do pl an -ti o de so ja . Ne st a me sm a oc as iã o, tr if lu ra li n a 1. 00 kg /h a e a 0, 75 kg /h a ta mb ém fo i ap li -cado iso lada me nt e e in co rp or ad o ao solo co m gr ad e d e d isc o s d e 1 8" tr ab alha nd o a u ma pr o fu nd id ad e mé d ia de 0 ,1 2 m. Lo go apó s o pl an ti o da so ja , a es te s do is úl ti mo s t ra ta me n to s fo i ad icio n ad a u ma ap lic ação p r é -e m-e r g-e nt -e d -e m-e tr ib uz i n a 0 ,5 0 kg /ha -e a 0. 35 kg /h a, re sp ec ti va me nt e. Ne st a da ta ta m -bé m fo ra m ap li ca do s em pr é -em er gê nc ia , em mist ur a de ta nq ue : al ac hlor (2 -cl or o-2' .6 ' -di e-til-N- (metoxime til) -acetani lida ) a 3,00 kg/ ha co m me tr ib uz in a 0, 50 kg /h a; al ac hl or a 2, 00 kg /ha co m me tr ib uz in a 0 ,3 5 kg /ha , e, ala ch lo r a 2, 00 kg /h a co m li nu ro n (3 (3 ,4 di cl o -ro fe nil) -1 -me to xi -l-me ti luré ia ) a 0, 75 kg /h a. Fo i inc lui do ai nd a um tra ta me nt o so me nt e co m al ac hl or a 3, 00 kg /h a, ap li ca do em pr é -em er gê nc ia , pu lv er iz ad o ta mb ém no me sm o dia do plantio de soja.

As ap li ca çõ es fo ra m fe it as co m pu lv er i za do re s to st ai s, co m ca pa ci da de pa ra 14 li tr os , ma nu ai s, co m ag it ad or de ca ld a, mu ni -do s de um bi co de ja to em le qu e 80 .0 3, co m peneira de malha 50, trabalhando a 40 lb de pr es sã o/ po l2, co m um ga st o co rr es po nd en te a 400 litros de calda herbicida por hectare.

Co ns t a r a m a i nd a d o e ns a i o do i s t r a t a me nt os te st em un ha s, se m he rb ic id a, um ma n -ti do se mp re no li mp o e ou tr o, se m ca pi na at é a colheita.

A va ri ed ad e de so ja us ad a fo i a IA C-2. in oc ul ad a, te nd o si do ga st as 25 se me nt es po r metro de sulco.

Os co rr et iv os e os ad ub os qu ím ic os f o-ram ap li ca do s de ac or do co m os r esu lt ad os da s aná li se s de so lo . O en sa io fo i man ti do em boas condições de sanidade com aplicações de inseticidas, iguais para todos os tratamentos.

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MISTURAS DE HERBICIDAS EM SOJA 15

te st e mu nh a, to ma nd o- se du as a mo st ra s de 0, 50 m2(1 ,0 0 m x 0, 50 m) po r pa rc el a. ap ós 40 di as . Ao s 40 , 60 e 90 di as da ap li ca çã o dos pro du tos for am fei tas obs erv açõ es vis uai s de infestação existente no ensaio.

A in fe st aç ão na tu ra l da s pr in ci pa is pl anta s da ni nh as er a re pr es en anta da po r: ca pi mde

-colchão (Digitaria sanguinalis (L) Scop.) ,

ca pi m-pé- de-ga li nh a (Ele u sin e in di ca (L) Gaertn) , poaia-branca (Richardia brasiliensis

Gomez) , picão-preto (Bidens pilosa L) ,

car-rapicho-do-campo (Acanthospermum australe

(L oe f) O. Ku nt ze ), gu an xu ma (S id a rh o mb i -fol ia L) , fa ls a-se rr al ha (E mi li a so nc hi f ol ia DC) e beldroega(Portulacca oleraceaL).

Fora m re al izad as ob serv aç õe s vi suai s s o-br e sin to mas ca ra ct erísti cos de fit ot ox ic ida de ca us ad os pe lo s her bi ci da s so br e a cu lt ur a, 20 dia s apó s o pla nti o. For am consi der ada s not as de 1 (s oj a to ta lm en te pr ej ud ic ad a) a 5 (s oj a se m fi to to xi ci da de ) . Ne st a da ta ta mb ém fo i an ot ad o o st an d da cu lt ur a. A co lh ei ta fo i realizada a 29 de maio de 1977.

MA TE RI AI S E MÉ TO DO

Na ta be la 1 são re pr es en ta da s as po rc en-ta gen s de con tro le de pla nen-ta s da nin has , assim co mo as no ta s da da s pa ra si nt om as de fi to to-xi c id ad e , a s mé d ia s de nú me r o de pl a nt a s ( sta nd ) t ra ns fo r ma do s em RQ ( x) e a s mé -di as do s da do s or ig in ai s de pr od uçã o de so ja , em quilos por tratamento.

As d ua s gr a mí ne a s i nc id e nt e s e ai nd a R. brasiliensis, B. pilosa, E. sonchifolia, S. rh om bifol ia e P. ol er ac ea fo ra m be m co nt ro -la da s po r to da s as mi st ur as de he rb ic id as , e ta mb ém po r al ac hl or qu an do em pr eg ad o is o-la da me nt e. A. au s tr al e fo i be m co nt ro la do apenas por alachlor + linuron.

No controle geral de plantas daninhas os me l ho re s re s ul ta do s fo ra m ob ti do s co m as mi s t ur a s d e a la c hl or me t r ib uz i n a 2, 00 kg + 0 , 3 5 k g / h a e a 3 , 0 0 k g - 1 - 0 , 5 0 k g / h a apl ica do s em pré-eme rgê nci a, e co m a mis tur a d e tri fl ur al in a 1, 00 kg / ha , e m pr é-pl a nt io in co rp or ad o, co m me tr ib uz in a 0, 50 kg /h a, em pr é-em er gê nc ia , to da s co m ín di ce s su peri or es a 94 % de co nt ro le . Me tr ib uz in ap re -se nt ou me lh or es re su lt ad os qu an do ap li ca do em pr é-eme rg ênc ia , com pa ra do com pr é-pl antio

incorporado, sempre que aliado com

triflu-ra li n em pr é -pl an ti o in co rp or ad o. Bo rg o & Be sk ow (1 ) ta mb ém en co nt ra ra m re su lt ad os me lh or es pa ra me tr ib uz in ap li ca do na su pe rfície.

Ala chlo r, a 3,00 kg/ ha, em pré-emer gência , some nte não con seg uiu cont rol ar A. austra le, com um índ ice de control e geral de 92% Este res ulta do dif ere do enco ntrado por Bor go & Bes kow (1) em ens aio s cond uzid os em 197 4/75 e 1975 /76, ond e alac hlor em apl ica ção iso lada foi bas tant e inferio r às mis tura s tes ta das . Con vém sal ien tar que esse s res ulta dos refere m-se a exp eri ment o em sol o com mais de 4% de maté ria org ânic a, e -com inc idê ncia de outras pla nta s dan inhas.

As mist ura s de pen dime tha lin e de din i-tra mine com metr ibuzin apre sen tara m sin to mas de fito toxici dade qua ndo da obse rvação aos 20 dia s do pla ntio de soja. Esse s sintoma s for am car acte riza dos pel a muda nça de colo ração das fol has e ret ard amento do des env olviment o veg eta tivo inic ial da leg umin osa . Ele s des apar ece ram dep ois e as aná lise s esta tís tica s do sta nd e da prod ução não most rar am dif erenças sig nificat iva s entr e os tra tame nto s. Vic tor ia et al. (16 ) tamb ém não enco ntra ram di ferenç as de pro dução par a din itra mine + me -tri buz in a 0,50 kg + 0,5 0 kg/ha, em ens aio con duz ido em lat ossolo verm elh o esc uro, fas e are nosa , com 2,3 % de maté ria org ânic a.

Tod os os trat amentos com her bici das não pre cisara m de cap ina adic ional até a col heit a. A tes temu nha que dev eria ser mant ida semp re no limp o foi capinad a aos 20 e aos 60 dia s do pla ntio de soja , e na col heit a. Na obs er vaçã o vis ual feit a aos 60 dia s, a testemu nha sem cap ina apr ese ntav a uma infe stação médi a de 68% e aos 90 dia s, d e 81%. Nesta dat a, o tra tame nto de alac hlor + linu ron a 2,00 kg + 0,7 5 kg/ha tin ha a meno r por cen tage m de infest ação de pla nta s dani nha s seg uido do tra tame nto ala chlo r + metr ibuzin, a 2,00 kg + 0,3 5 kg/ ha.

AGRADECIM ENTO

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Referências

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