FUNDAÇÃO
6ETOLIO
VARGAS
TESE
DE
MESTRADO
APRESENTADA
À EPGE
POR!
A DEMAHDA
DE
SERVIÇO
DE
TELEX
NACIONAL:
UM
ESTUDO ECONOMETRICO
DISSERTAÇÃO
SUBMETIDA
A CONGREGAÇÃO
DA
ESCOLA
DE-PÓS-GRADUAÇÃO
EM ECONOMIA
(EPGE)
DO
INSTITUTO BRASILEIRO
DE
ECONOMIA
PARA
OBTENÇÃO
DO
GRAU
DE
MESTRE
EM
ECONOMIA
!
POR
HÉLIO
LECHUGA
ARTEIRO
RIO
DE
JANEIRO,
RJ
ESCOLA
DE
PÕS-GRADUAÇÃO
EM ECONOMIA
DO
INSTITUTO
BRASILEIRO
DE
ECONOMIA
DA
FUNDAÇÃO
GETÚLIO
VARGAS
CIRCULAR
N9
63
Assunto;
Defesa
Pública
de
Dissertação
de
Mestrado
Comunicamos
formalmente
â
Congregação
da
Escola
que
está
marcada
para
dia
19
de
dezembro
de
1986
(6a.
feira),
âs
10:00h,
no
Auditório
Eugênio
Gudin
(109
andar),
a
apresentação
e
defesa
pública
da
Dissertação
de
Mestrado,
intitulada:
"UM
ESTUDO
SOBRE
ELASTICIDA
DE
-
PREÇO
DE
DEMANDA
PARA
O
SERVIÇO
DE
TELEX
NACIONAL",
do
candida
to ao
titulo
de
Mestre em
Economia,
Hélio
Lechuga
Arteiro.
Anexamos,
a
esta,
uma
cópia
da
súmula
dessa
Dissertação,
para
seu
conhecimento.
A
Banca-Examinadora
"ad
hoc"
designada
pela
Escola
serã
composta
pelos
doutores:
Clovis
de
Faro,
José Luiz
Carvalho,
Sérgio
Ribeiro
da
Costa
Werlang
e
Fernando
de
Holanda Barbosa
(Presidente).
Com
esta
convocação
oficial
da
Congregação
de
Professo
res
da
Escola,
estão ainda
convidados
a
participarem
desse
ato
aca
dêmico
todos
os
alunos
da EPGE,
interessados
da
FGV
e
de
outras
ins
tituições
.
Er^GE/IBRE
m
Rio
de
Janeiro,
03
de
dezembro
de
1986
.retor
da
Simonsen
LAUDO
SOBRE
DISSERTAÇÃO
DE
MESTRADO
Como
integrante
da
Banca
Examinadora,
designado
pela
EPGE
para julgar
a
dissertação
de
mestrado,
intitulada
"UM
ESTU
DO
SOBRE
ELASTICIDADE-PREÇO
DE
DEMANDA
PARA
0
SERVIÇO
DE
TELEX
NACIONAL",
do
candidato
ao
título,
Sr.
HÉLIO
LECHUGA
ARTEIRO,a-presento
as
seguintes
ponderações
que
justificam
meu
parecer
e
voto:
1)
0
autor
mostrou
que
é
capaz
de
aplicar
o
conhecimento
da
teo
ria
econômica
a
um
campo
específico,
com grande
habilidade.
2)
O
modelo
desenvolvido
na
dissertação
mostra-se
altamente
re
levante
para
a
política
nacional
de
telex.
3)
0
autor
demonstrou
que
também
domina
o
ferramental
economê-trico
necessário
a
qualquer
aplicação
prática
da
teoria.
Assim
e
nestas
condições,
sou
de
parecer
que
a
refe
rida
Tese
seja
aprovada
e
outorgado
o
título
pretendido
pelo
candidato
e
autor
deste
trabalho.
Rio
de
Janeiro
19
de
dezembro
de
1986.
u;
EPGE/13RE
Ser^gao
Ribeiro
da
Costa
Werlang,
Professor
da
EPGE.
A-4 Formato Internacional
ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PRAIA DE BOTAFOGO, 190/10.° ANDAR
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250
LAUDO
SOBRE
DISSERTAÇÃO
DE
MESTRADO
Tendo
examinado
o
trabalho
"A
DEMANDA
DE
SERVIÇOS
DE
TELEX
NACIONAL:
UM
ESTUDO
ECONOMÉTRICO"
submetido
pelo
Sr.
HÉLIO
LECHUGA
ARTEI-RO
ã Congregação
da
EPGE
como
Dissertação
de
Mestrado,
recomendo
sua
aprovação
como
tal,
conferindo-se
ao
Sr.
Arteiro
o
tTtulo
pretendido.
Rio
de
Janeiro,
19
de
dezembro
de
1986
.
EPGE/IBRE
Q
m.
>
O
O,
^
^
O
O;
***"
sor
Carvalno
,
da
EPGE
A-4 Formato Internacional
LAUDO
SOBRE
DISSERTAÇÃO
DE
MESTRADO
Como
integrante
da
Banca
Examinadora,
designado
pela
EPGE
para
julgar
a
dissertação
de
Mestrado,
intitulada
"A
DE
MANDA
DE
SERVIÇO
DE
TELEX
NACIONAL:
UM
ESTUDO
ECONOMÊTRICO",
do
candidato
ao
título,
Sr.
HÉLIO
LECHUGA
ARTEIRO,
sou
de
pa
recer
que
a
referida
dissertação
seja
aprovada,
visto
satis
fazer
os
requerimentos
que
se
exigem
de
tal
tipo
de
trabalho,
sendo
outorgado
ao
candidato
o
título
pretendido.
Rio
de
Janeiro,
19
de
dezembro
de 1986
E^GE/IBRE
mj|
o.
C
Clovis
de
Faro,
Professor
da
EPGE
A-4 Formato Internacional
ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PRAIA DE BOTAFOGO, 190/10.° ANDAR
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250
LAUDO SOBRE
DISSERTAÇÃO
DE
MESTRADO
Como
integrante
da
Banca
Examinadora,
designado
pela
EPGE
para
julgar
a
dissertação
de
Mestrado,
intitulada
"A
DEMAN
DA
DE
SERVIÇOS
DE
TELEX
NACIONAL:
UM
ESTUDO
ECONOMÊTRICO",
do
candidato
ao
título,
Sr.
HÉLIO
LECHUGA
ARTEIRO,
apresento
as
se
guintes
ponderações
que
justificam
meu
parecer:
a)
o
autor
contribuiu
com
a
sua
pesquisa
para
um
melhor
conheci
mento
das
variáveis
que
determinam
a
demanda
de
serviços
de
telex,
através
da
especificação
de
um
modelo
econométrico
ba
seado
na
teoria
econômica;
b)
o
autor
demonstrou
na
sua
pesquisa
saber
utilizar
com
profi
ciência
os
métodos
economêtricos.
Assim,
e
nessas
condições,
sou
de
parecer
que
a
refe
rida
Tese seja
aprovada
e
outorgado
o
título
pretendido
pelo
candidato
e
autor
deste
trabalho.
Rio
de
Janeiro,
19
de
dezembro
de
1986.
A-4 Formato Internacional
210x297mm
Fernando
de
Holanda
Barbosa,
Subdiretor
de
Pesquisas/EPGE
e
ca
Examinadora
- Fernando
de
Holanda
Barbosa
(Presidente),
José
Luiz
de
Carvalho,
Clovis
de
Faro
e
Sérgio
Ribeiro
da
Costa
Werlang
-
pelas
valiosas críticas
e sugestões
apresentadas
à versão
preliminar
do
tra_
balho, que
muito
contribuiram
para
a
qualidade
da
versão
final.
. Sou
particularmente
grato
ao
meu
amigo
Roberto
de
Resende
Rocha,
ex-aluno
da
EPGE,
pelas
sugestões
que
tanto
me
beneficiaram.
. Foram
muito
importantes
as
discussões
com
meu
colega
da
EMBRATEL,
Pau
lo
Roberto
Monteiro
de
Moura, que
ajudaram
a amadurecer
algumas
idéias
apresentadas
no
decorrer
do
trabalho.
Da
mesma
forma,
desejo
agrade
cer
também
a muitos outros
colegas
da
mesma
Empresa,
que
de
uma
for
ma ou
de
outra
participaram
deste
processo.
. Agradeço
ainda
a
Divisão
de
Preços
da
EMBRATEL
por
permitir
e
estimu
lar
a execução
deste
trabalho,
além
de
fornecer
os
dados
e recursos
para
sua
complemeritação.
. Quero
finalmente
registrar
meus
agradecimentos
a Maria
Anaísa
de
Mello
Silva
pela
valiosa
contribuição
na
revisão
da
versão
final
do
traba
lho,
bem
como
a Sônia
Regina
Scaramello
Hadlich,
Liliani
Santos
de
Oli
veira,
Vera
Lúcia Lopes
Grigorio
e Elenita
Maria
da
Silva,
pela
boa
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO
01
2.
A EXPLORAÇÃO
DO
SERVIÇO TELEX
NO
BRASIL
03
2.1.
Caracterísitcas Gerais
.
03
2.2.
Assinante
da
Rede
Nacional
de
Telex
07
2.3.
Formas
de
Tarifação
08
2.3.1.
Reflexos
sobre
a Receita
do
Serviço
22
2.4.
Desequilíbrio
entre
as
Forças
de
Oferta
e Demanda
23
2.5.
A Existência
de
Ganhos
de
Escala
26
2.6.
Grau
de
concentração
da
Rede
29
3.
MODELO
TEÓRICO
32
3.1. A
Demanda
pelo
Serviço
32
3.2.
0 Estoque
Existente
de
Linhas
de
Acesso
36
3.3.
0 Modelo
Completo
'
39
4.
RESULTADOS EMPÍRICOS
41
4.1.
Demanda
por
Mensagens
".
41
4.1.1.
Preço Médio
da
Mensagem
41
4.1.2.
Preço
de
um
Serviço
Substituto
43
4.1.3.
Nível
de
Atividade
Produtiva
dos
Usuários
45
4.1.4.
Resultados
Obtidos
46
4.2.
A Demanda
Desejada
por
Terminais
48
4.3.
Estoque
de
Terminais
Ativados
na
Rede
52
4.4.
Testes
do
Modelo
Recursivo
54
5.
ANALISE
DOS
RESULTADOS
OBTIDOS
58
6.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
,
65
7.
APÊNDICES
67
8.
BIBLIOGRAFIA
75
na
áre
nacional,
o Telex
tem
apresentado
uma
das
melhores
performances
em
termos
de
resultado
operacional
e rentabilidade.
Além
disso,
a
Rede
Nacional
de
Telex
atingiu um
alto
grau
de
penetração
no
país,
uma
vez
que
interliga
hoje
cerca
de
70000
terminais,
dispersos
por
mais
de
1800
localidades.
No
entanto,
o serviço vem
se
defrontando
nos
últimos
anos
com
problemas
de
queda
de
rentabilidade,
além
de
um
crescente
congestiona
-mento
das
centrais
públicas
nos
horários
de
maior
movimento,
o que tem
contribuído
para
a deteriorização
da
qualidade
do
serviço.
0 primeiro
destes
problemas
é motivado
por
reajustes
tarifários
insuficientes
em
relação
a evolução
dos
custos;
enquanto
o segundo
ori
gina-se
na
política
de
limite
de
investimentos
e restrição
à importação
de
novas
centrais
de
comutação.
Visando
a solucionar
estes
problemas,
são
sugeridas
medidas
co
mo
aumentos
reais
nos
níveis
tarifários;
bem
como
a adoção
de
uma
po
lítica
de
diferenciação,
por
horário,
das
tarifas
de
utilização,
obje
tivando,
com
isto,
deslocar
uma
parcela
do
tráfego
de
mensagens
para
os
horários
de
menor
movimento.
Para
que
os
resultados
desejados
sejam
alcançados,
torna-se
im
portante
a
obtenção
de
um conhecimento mais
preciso
sobre
o
grau
de
se£
sibilidade
dos
usuários
à variações
nos
níveis
de
tarifas.
No
campo
das
telecomunicações,
os
estudos
sobre
a
elasticidade
preço
da
demanda
são
comumente
desenvolvidos
na
área
de
telefonia.
Ten
02
demanda
de
telefonia
e telex,
que impede
o aproveitamento
de
metodolo
gia
já
existente,
dedicamo-nos
a desenvolver
nova metodologia,
adapta
da
às
características
da
exploração
deste
serviço
no Brasil.
Por
suas
características,
o Telex
destina-se
basicamente
ao
aten
dimento
do
mercado
empresarial,
não
havendo
casos
de
usuários
residen
ciais
entre
seus
assinantes.
Deste
modo,
tal
serviço
atua
na
qualidade
de
insumo,
participando
dos
processos
produtivos
das
empresas
usuárias.
Por
esta
razão,
desenvolveremos
uma
análise
com
base
nas
teorias
exis
A prestação
do
serviço
Telex
se
concretiza
por
meio
de
uma
rede
pública
de
âmbito
nacional,
formada
por
um
conjunto
de
centrais
de
comu
tação,
cabos
e enlaces
rádio
de
interligação
entre
centrais,
e cabos
de
interligação
das
centrais
aos
teleimpressores
dos
usuários.
Tal
serviço
caracteriza-se
pela
transmissão
de
mensagens
na
for
ma
de
textos,
juntamente
com
a impressão
do
código
indicativo
da
máqui
na remetente.
Este
fato
confere
ao
texto
transmitido
um
caráter
de
com
provante
de
responsabilidade,
distinguindo-o
neste
aspecto
dos
demais
serviços.
.
.
No
Brasil,
a legislação
existente
determina
que
os
serviços
de
telecomunicações
são
monopólio
do
Estado,
adotando
este
o procedimento
de
dar
concessão
à determinadas
empresas
para
exercerem
sua
exploração.
0
"poder
Concedente"
reserva-se
ao
direito
de
regulamentar
o
processo
de
fixação
das
tarifas,
de
forma
a evitar
à formação
de
lucros
monopolísticos
na
exploração
dos
serviços.
Assim,
a exploração
do
Serviço
Telex
Nacional
é exercida
pela
EMBRATEL,
no
regime
de
monopólio
regulamentado.
No
processo
de
regulamentação,
as
tarifas
são
fixadas
no
ponto
em
que
a receita-
média
se
iguala
ao
custo
médio
de
longo
prazo.
Na
com
posição
do
custo
médio,
para
fins
de
cálculo
tarifário,
a regulamenta
ção
existente
permite
a inclusão
de
12% do
valor
anual
dos
"Bens
e Ins
talações
em
Serviço"
como
remuneração
do
capital
imobilizado.
04
aliada
ao fato da
empresa
oferecer
um
amplo
espectro
de
serviços
de te
lecomunicações,
na
prática
é considerada
uma
remuneração
média
de
12%
sobre
o total
do
capital
imobilizado.
Ou
seja,
nos
serviços
voltados
pa
ra
mercados
institucionais
fortemente
inelásticos,
aceita-se
uma
remu
neração
superior
a 12%,
de
modo
que
se
possa praticar
taxas
inferiores
à média
em
serviços
que
atendam
a mercados
com
maior
grau
de
elastici
dade
preço.
A incidência
da
taxa
de
remuneração
sobre
o investimento
desti
na-se
basicamente
à formação
de
recursos
que
venham
a remunerar
os ca
pitais
próprios
e de
terceiros
aplicados
neste
serviço.
0 nível
tarifário
adotado
para
um
serviço
é aquele
que,
para
uma
dada
previsão
de
demanda
distribuída
no
tempo,
iguala
o valor
atual
do fluxo
das
receitas
resultantes
ao
do
fluxo
dos custos,
descontado
a
uma
taxa
de
remuneração
desejada.
Com
o decorrer
do
tempo,
o equilíbrio
entre
receita
média
e cus
to
médio
tem
se
deteriorado
devido
a política
sistemática
de
fixar
per
centuais
de
reajuste
tarifário
a níveis
inferiores
à evolução
dos
cus
tos
médios,
crescentemente
afetados
pela
inflação;
agravada
ainda
por
um grande
distanciamento
entre
as
datas
de
aplicação
dos
mesmos
e os
choques
de
custo.
A conseqüência
tem
sido
a
redução
real
do
valor
das
tarifas,
que
impede que
a taxa
de
remuneração
planejada
seja
alcançada,
diminuindo
a geração
de
recursos
próprios
para
investimento.
A tabela
abaixo
apresenta
a evolução
da
rentabilidade
do
Serviço
Telex
Nacional,
expressa
pela
relação
entre
o
lucro
líquido
e
investi
TABELA
01:
RENTABILIDADE
DO
TELEX
NACIONAL
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
TELEX3NACIONAL
17'35 12'57 18'05
16>17 13>70
6>75
5>16
fonte:
Boletim
de
Custo
- ECN
Além
dos
reajustes
tarifários,
periodicamente
tem
sido
necessá
rios
ajustes
complementares
na
forma de
tarifacão
do
serviço
visando
a
evitar
que
as
perdas
acumuladas
do
valor
real
das
tarifas
conduzam
os
serviços
a baixos
índices
de
rentabilidade,
ou
até
mesmo
a uma
situação
de
déficit
contábil.
Ocorre
que
a partir
de
1982,
tais
ajustes deixaram
de
ser
prati
cados,
por
passarem,
também,
a ser
inseridos
nos
objetivos
de
política
econômica
global,
cessando
a possibilidade
da
empresa
em
operar
mudajn
ças
na
estrutura
tarifária,
ou
seja,
no
número
de
degraus
tarifários,
na
cadência
de
pulsos
por
minuto,
etc...,
objetivando
a obtenção
de
gja
nhos
de
receita
indiretos.
Tendo
em
vista
que
a tarifacão
do
Serviço
de
Telex
Nacional
é
expressa
em termos
de
TBTx
(tarifa
básica
de
Telex),
cuja
paridade
com
a moeda
corrente
é fixada
através
de
Portaria
do
Ministério
das
Comu
nicações,
após
autorização
da
SEPLAN,
a tabela
a seguir
demonstra
que
o valor
da TBTx,
no
período
de
1982
a 1985,
foi
reajustada
a níveis
in
feriores
ao
da
inflação, que
expressamos
pela
variação
do
IGP.
Nesta
tabela,
pode
ser
observado,
também,
que
a evolução
da
receita
por
ter
06
pulsos
por
terminal,
muito
embora
tal
fato
não
tenha
sido
forte
o bas
tante
para
compensar
a variação
nos custos. No
período
analisado
pela
tabela, não
ocorreram quaisquer
alterações
na
mecânica
tarifária.
TABELA
02:
COMPARAÇÃO
ENTRE
A EVOLUÇÃO
DOS
ÍNDICES
DE
TARIFAS,
RECEITA
E CUSTOS
ÍNDICE
DE
VARIAÇÃO
ANO
TBT?
(D
MÉDIA
MÉDIO
IGP
CUST0 P0R
TERMINAL
RECEITA
TERMINAL
POR
(2)
(2)
1982
1983
1984
1985
100
207
593
1.553
100
25A
816
2.656
100
220
878
2.820
100
216
638
2.308
(1)
Excluindo-se
a parcela
do
imposto
sobre
serviços
de
comunicações,
(2)
-Não
inclui
a parcela
referentes
a aluguel
e
manutenção
de
te-leimpressores.
-Valores
referentes
ao
total
do
ano.
A tabela
seguinte
apresenta
a evolução
do
número
médio
de
termi
TABELA
03:
ÍNDICE
DE VARIAÇÃO
DAS
UNIDADES
FÍSICAS
DE
TARIFAÇAO
ANn
NUMERO
MÉDIO
ÍNDICE
DE
PULSOS
FATURADOS
ÍNDICE
DE
DE
TERMINAIS
VARIAÇÃO
TERMINAL
VARIAÇÃO
1982
1983
1984
1985
45.282
51.733
58.143
65.391
100
114
128
144
4.156,8
4.512,2
5.048,3
5.534,8
100
108
121
133
*--É importante
chamar
a atenção
para
o fato de
que
a EMBRATEL
^
ta
também
o serviço
de
aluguel
e manutenção
de
teleimpressores,
sendo
que
as
receitas
e os
custos
referentes
a este item
não
foram
computados
na
tabela
anterior, uma
vez
que
seus
preços
não são
reajustados
pelos
mesmos
critérios
da
TBTx.
2.2.
Assinante
da
Rede
Nacional
de
Telex
Define-se
como
assinante
todos
os
usuários
que
estão
interligados
à Rede
de
Telex
por
meio
de
linhas
de
acesso,
e teleimpressores
pró
prios
ou
alugados.
Também
encontram-se conectados
à rede
pública,
centrais
priva
das
e seus
respectivos
ramais,
que
se
ligam
aquela
por
intermédio
de
troncos
de
comunicação.
Os
troncos
de
comunicações
das
centrais
priva
das
permitem
a ocorrência
de
duas
ligações
simultâneas,
desde
que em
08
a)
Assinantes
Locais
Todos
aqueles
que
se
acham conectados
a uma
central
telex
por
meio
de
linhas
urbanas;
b)
Assinantes
Distantes
Todos
aqueles
que
estão conectados
a uma
central
telex
por
meio
de
circuitos
interurbanos.
0 critério
de
classificação
dos
assinantes
em
locais
e distantes,
para
fins
tarifários,
vigorou
até
FEV/79,
quando
passou-se
a considerar
todos
os
usuários como
pertencentes
a uma
mesma
classe.
2.3.
Formas
de
Tarifacão
De uma
maneira
geral,
o termo
tarifa
corresponde
ao
valor
cobra
do
pela
prestação
de
um
serviço
explorado
em
regime
de
concessão
públi
ca.
Por
conseguinte;
uma
empresa
concessionária
de
serviços públicos
so
fre
um
processo
de
regulamentação
na
fixação
dos
níveis
de
suas
tarifas.
A estrutura
tarifária
utilizada
atualmente
para
o serviço
de Te
a)
Assinatura
Mensal
Valor
fixo
cobrado
mensalmente
ao
assinante
pela
disponibilidade
do
serviço,
independentemente
do
nível
de
utilização
do
mesmo.
No
período
entre
novembro
de
1974
e janeiro
de
1979, o
valor
de
assinatura
mensal
era
especificado-em
quatro
categorias
distintas
que
variavam
em
função
das
distâncias
entre
o terminal
telex
e a
central
pú
blica
a qual
o assinante
estivesse
conectado.
A classificação
utiliza
da
até
então
era:
LOCAL
DISTANTE
I
DISTANTE
II
DISTANTE
III
Ao
critério
de
discriminação
dos
assinantes
estavam
associados
valores
de
acordo
com
as
proporções apresentadas
no
quadro
seguinte.
TABELA
04:
ÍNDICE
DE
VALOR
DAS
TARIFAS
DE
ASSINATURA
ASSINATURA
.
ÍNDICE
DE
VALOR
TARIFA
MENSAL
LOCAL
1,00
DISTANTE
. I
1,33
DISTANTE
II
.1,66
10
A partir
de
1/2/79,
adotou-se
o critério
de
não
considerar,
para
fins
tarifários,
o conceito
de
assinantes
distantes,
passando
todos
os
usuários
da
rede
a pagar
um
único
valor
de
assinatura.
Tal
modificação
foi
realizada,
re^jzindo-se
os
valores
até
então
cobrados
dos
assinan
tes
distantes
ao
cobrado
dos
assinantes
locais.
Esta
medida
representava
um
incentivo
a interiorização
do
servi
ço
que
inicialmente,
não
representava,
um
efeito
significativo
nos
re
sultados
da
empresa,
já
que em
1979
apenas
17%
dos
assinantes
eram
cias
sifiçados
como
distantes.
Todavia,
a continuação
da
política
de
interio
rização
do
serviço
determinou
que
em
1985
este
percentual
se
elevasse
para
36%,
conforme
demonstra
a
tabela
a
seguir:
TABELA
05:
DISTRIBUIÇÃO
PERCENTUAL
DOS
ASSINANTES
DISTRIBUIÇÃO
PERCENTUAL
DOS
ASSINANTES
ANO
LOCAIS
DISTANTE
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
83,2
82,8
81,0
75,7
72,5
70,5
66,7
64,0
16,8
17,2
19,0
24,3
27,5
29,5
33,3
36,0
A ativação
de
um
assinante
distante
implica
na
necessidade
de
i
timentos
adicionais,
tanto
em linhas
interurbanas
como
em
concentrado
res,
além
'do
aumento
dos
custos
de
manutenção
corretiva
e preventiva
de
correntes
de
um
atendimento
mais
disperso.
A tabela
seguinte
apresenta
o valor
do
investimento
por
terminal,,
tomada
a preços
constantes,
no
período
de.
1979
a 1985.
TABELA
06:
ÍNDICE
DE
VARIAÇÃO
DO
INVESTIMENTO
POR
TERMINAL
ÍNDICE
DE
VARIAÇÃO
100,0
114,7
128,4
135,6
146,3
176,5
159,3
ANO
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
INVESTIMENTO
POR
TERMINAL(*)
161,8
185,1
207,8
219,5
236,7
285,6
257,8
FONTE:
Boletim
de
Custos
-
ECN
(*)
Base:
ORTN
média
de
1979
Pode-se
observar
nos
dados
apresentados
que,
em
termos
médios,
o investimento
necessário
para
a ativação
de um
novo
terminal
vem
cres
cendo
ao
longo
do tempo.
Com
base
nas
informações
disponíveis,
o
quadro
a
seguir
apresen
ta
a evolução
de
alguns
itens
do
investimento
no
período
entre
1982
e
de-12
f lator.
TABELA
07:
COMPOSIÇÃO
DO
INVESTIMENTO
DO
SERVIÇO
INVESTIMENTO
BRUTO
MUX
TELEGRAFICO
TELEIMPRESSORES
COMUTAÇÃO
DEMAIS
ITENS
TOTAL
1982
(*)
4.783.815
22.816.478
17.763.755
19.252.705
64.616.753
1985
(*)
13.262.575
30.502.420
30.181.680
35.126.424
109.073.099
VARIAÇÃO
PERCENTUAL
NO PERÍODO
177,23
33,68
69,91.
82,45
68,80
(*)
A
preços
de
1982.
FONTE:
Boletim
de
custos
-
ECN.
Na
tabela
anterior,
destaca-se
o
crescimento
apresentado
pelo
item
Mux Telegráfico,
composto
quase
que
totalmente
por
equipamentos
utilizados
na
interiorização
do
serviço.
Este
item
apresentou,
no
perío
do
de
1982
a 1985,
um
crescimento
de
177%;
enquanto"que,
na média,
o
crescimento
do
investimento
como um todo
foi
de
68%.
Por
outro
lado,
vale
lembrar
que uma
elevação
no
valor
total
dos
investimentos
provoca
reflexos
diretos
sobre
os
custos
totais,
atra_
vés
do
aumento
da
parcela
de
depreciação
e
dos
custos
de
manutenção.
A
política
de
interiorização
adotada
provocou
uma
elevação
nos
custos
do
serviço,
sem
que
houvesse
em
contrapartida
a
geração
de
re
ceita
adicional,
uma
vez que
o valor
das
assinaturas
distantes
foi
equi^
parado
ao da
assinatura
local.
custos
da
infra-estrutura
necessária
a sua ativação,
evitando-se
a ocor
rência
de
subsídios
neste
processo.
Para
tanto,
a adoção
de
um
critério
de
assinaturas
diferenciadas,
semelhante
ao
anterior,
seria
mais
indica^
do.
b)
Tarifa
de
Utilização
A forma
de
faturamento
do
nível
de
utilização
do
serviço
adota
o
método
da
multimedição,
cuja
unidade
de
tarifação
é o
pulso.
Deste
mo
do,
a despesa
mensal
de
utilização
de
uti
usuário
é dada pelo
número
de
pulsos,
registrados
automaticamente
por
contadores
individuais
insta
lados
nas
centrais.
0 número
de
pulsos
por
minuto,
cobrados
em uma
transmissão
varia
em
função
da
distância
percorrida
pela
mensagem
entre
a central
de
ori
gem
e a
central
de
destino.
0 fator
distância
para
fins
de
faturamento
é considerado
sob-
a
forma
d=
degraus
tarifários.
No
período
entre
6/11/7'4
e 01/01/81,
a for
ma de
tarifação
das
mensagens
transmitidas
baseava-se
na
seguinte
tabe
la
de
degraus
tarifários:
TABELA
08:
DEGRAUS
TARIFÁRIOS
- PERÍODO
11/74
a 01/81
DEGRAU
Km
CADÊNCIA
DE
PULSOS
NS
DE
PULSOS
EM
SEGUNDOS
POR
MINUTOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
50
100
200
300
500
700
1000
acima
a
a
a
a
a
a
a
a
de
50
100
200
300
500
700
1000
1500
1500
20
16
14
12
8
6
5
4
3,5
3
3,
4,
5
7,
10
12
15
17,
75
28
5
Após
01/01/81,
efetuou-se
uma
alteração
no
critério
de
distribui
ção,
dos
degraus
tarifários,
que
em
linhas gerais
resultou
em
uma
eleva
ção
na
quantidade
de
pulsos
por mensagem,
determinando,
assim,
um
aumerj
to
na
despesa
de
utilização
dos
usuários
conforme
demonstra
a tabela
abaixo.
'
'
TABELA
09:
DEGRAUS
TARIFÁRIOS
- CRITÉRIO
ATUAL
DEGRAU
Km
CADÊNCIA
DE
PULSOS
N2
DE
PULSOS
EM
SEGUNDOS
POR
MINUTO
2
3
4
5
6
7
0
50
100
300
700
acima
a
a
a
a
a
de
50
100
300
700
1500
1500
14
12
10
5
4
3,5
4,28
5
6
12
15
17,14
É importante
lembrar
que
as
ligações
entre
teleimpressores
perten
centes
a uma
mssma
central
são
considerados
como
de
degrau
2 (dois)
in
dependentemente
da
distância
entre
estes.
Com
relação
ao
valor
atribuído
aos pulsos,
até
setembro
de
1981,
era
cobrado
o equivalente
a uma
TBTx para
cada
pulso
gerado
pelo
assinan
te.
Devido
a contínuas
reduções
na
rentabilidade
deste
serviço,
foi
in
troduzida,
nesta
época,
uma
alteração,
em
sua
mecânica
tarifária.
Passar^
do-se
a cobrar
de
forma
fixa
o equivalente
a 2000
TBTx
pelos
primeiros
1000
pulsos
gerados
por
terminal;
o que eqüivale,
em termos
médios,
ao
dobro
do
valor
anteriormente
praticado.
Este
novo
critério
visava
também
a induzir
os
terminais gerado
res
de
baixo
tráfego,
que
se
tornavam
deficitários
para
a rede,
a ele
a partir
de
então,
a pagar,
juntamente com
o valor
de
assinatura,
o equi
valente
a 1000
pulsos,
independentemente
de
os
utilizarem
ou
não.
Na
mesma
época
fixou-se
um
valor
de
1,5
TBTx
por
pulso
gerado
no
intervalo
entre
l^OO
e 2000
pulsos,
enquanto
que
para
o intervalo
supe
rior
a 2000
pulsos
foi
mantido
o valor
anteriormente
praticado,
ou
seja,
1 TBTx
por
pulso
gerado.
As
observações realizadas
quanto
à distribuição
do
tráfego
de
mensagens
ao
longo
do
dia
indicam
a existência
de
horários
com
alta con
centração.
Já
em
outros
registra-se
um
fluxo
a níveis
bem
inferiores.
Tradicionalmente,os
investimentos
em
comutação
são
dimensionados
objetivando
altos
níveis
de
eficiência
nos
horários
ds
maior
movimento.
Tendo
em'
vista
estes
padrões,
sabe-se
que
quanto
maior
o grau
ds
con
centração
do
tráfego,
maiores
os
investimentos necessários
para
atender
aos
"horários
de
pico"
e,
em
contrapartida,
maiores,
também,
os
índices
de
ociosidade
nos
demais
horários;
o que
irá
ocasionar
um
encarecimento
das
tarifas
do
serviço.
A figura
a seguir
ilustra
o problema
do
atendimento
à dsmanda
por
mensagens
ao
longo
do
dia,
que
é expressa
psla
área
hachureada.
Para
ca
da
nível
de
investimento,
Iq,
i^
e I2>
torna-se
possível
atender
uma
parcela
cada
vez
maior
da
demanda,
embora
as
Índivisibilidades
tecnoló
gicas determinem
índices
crescentes
de
ociosidade,
ocasionando
um
aumen
16
FIGURA
1:
DISTRIBUIÇÃO DO
TRAFEGO
DE
KENSAGENS
AO
LONGO
DO
DIA
TRAFEGO
DE
MENSAGENS/DIA
HORÁRIO
00 DIA