Int er-relacionament o de dados ambient ais
e de saúde: análise de risco à saúde aplicada
ao abast eciment o de água no Rio de Janeiro
ut ilizando Sist emas de Informações Geográficas
Linkag e o f e nviro nme ntal and he alth d ata:
he alth risk analysis o f the Rio d e Jane iro wate r
sup p ly using Ge o g rap hical Info rmatio n Syste ms
1 Departam en to de In form ações em Saú d e, Cen tro d e In form ação em Ciên cia e Tecn ologia, Fu n d ação Osw ald o Cru z . Av. Brasil 4365, Rio d e Jan eiro, RJ 21045-900, Brasil. x ris@d cc001.cict.fiocru z .br Ch ristovam Barcellos 1 Kátia Cou tin h o 1 M aria d e Fátim a Pin a 1 M ôn ica M . A. F. M agalh ães 1 Jú lio C. M . D. Paola 1 Sim on e M . San tos 1
Abst ract Exp osu re assessm en t of p op u lation grou p s is based on lin k age of en viron m en tal an d h ealth d ata. Th is relation sh ip can be h ard to establish d u e to sp atial an d tem p oral lags in d ata sets. GIS can be u sed as a basis for organ iz in g h ealth -related an d en v iron m en tal d ata sets. We exam in ed p oten tial h ealth risk in th e Rio d e Jan eiro city w ater su p p ly based on th e overlay of in -form ation layers con tain in g d ata on th e p resen ce an d qu ality of w ater su p p ly services. We u sed cen su s tracts as th e p rim ary georeferen ced d ata, sin ce th ey con tain in form ation on h ow h ou se-h old s are su p p lied , w ater su p p ly p ip es, sou rces, an d reservoirs, an d w ater qu ality accord in g to th e m on itorin g p rogram . Pop u lation grou p s exp osed to risk s w ere located an d qu an tified u sin g sp atial op eration s am on g th ese layers an d ad op tin g d ifferen t risk criteria. Th e m ain p roblem s related to w ater su p p ly are located on th e n orth ern slop e of th e Tiju ca Mou n tain Ran ge an d in t h e w est ern a rea of t h e cit y of Rio, w h ere t h e p op u la t ion relies on a lt ern a t iv e w a t er su p p ly sou rces. Th e d ifferen t origin s, object ives, an d st ru ct u res of d at a h ave t o be an alyz ed crit ically, an d GIS can be u sed as a d ata valid ation tool as w ell as an in stru m en t for d etailed id en tifica-tion of in con sisten cies.
Key words En viron m en t; Water Su p p ly System s; En viron m en tal An alysis; Geograp h ical In for-m ation Systefor-m s
Introdução
A id en tifica çã o d e gru p o s p o p u la cio n a is su b -m etid o s a risco é u -m a ta refa i-m p rescin d ível p ara a elab oração d e p rogram as p reven tivos e com o m eio d e avaliação d e exp osições d iferen -cia d a s. A loca liza çã o d estes gru p os n o esp a ço p erm ite u m m a io r d eta lh a m en to d o co n texto so cia l e a m b ien ta l em q u e esta s exp o siçõ es ocorrem , ao m esm o tem p o qu e in trod u z n ovas variáveis, in trín secas ao esp aço, qu e p od em d i-ficu lta r su a in terp reta çã o ( Jo lley et a l., 1992; Barcellos & Bastos, 1996). A in vestigação d a re-lação en tre fatores am b ien tais e efeitos sob re a saú d e p ressu p õe u m a seqü ên cia d e even tos d o p rocesso d e p rod u ção d e d oen ças rep resen ta-d a p or u m a acu m u lação ta-d e riscos em ta-d eterm i-n a d o s lu ga res d elim itá veis e id ei-n tificá veis i-n o esp a ço. Os a gra vo s à sa ú d e em gru p o s so cia is p od em ser con seq ü ên cia d a d istrib u ição d esi-gu a l, n o esp a ço, d e fo n tes d e co n ta m in a çã o a m b ien ta l, d a d isp ersã o o u co n cen tra çã o d e agen tes d e risco, d a exp osição d a p op u lação a estes agen tes e d as características d e su scetib i-lid a d e d estes gru p o s (Co r va lá n et a l., 1996). Gran d e p arte d estes d eterm in an tes à saú d e são p assíveis d e localização n o esp aço. Através d a u n iã o en tre os p rocessos d esen ca d ea d ores d e risco s a m b ien ta is, p o d e-se esta b elecer u m a com p lem en tarid ad e d e even tos q u e p erm item a an álise glob alizad a d e r iscos à saú d e (Briggs, 1992). A an álise ecológica d e d ad os am b ien tais e ep idem iológicos p ode p erm itir, m ais qu e u m a verificação d e associações en tre estes fen ôm e-n os, u m a m elh or com p reee-n são d o coe-n texto em q u e se p rod u zem os p rocessos sócio-esp aciais (Su sser, 1994).
Os Sistem a s d e In fo rm a çõ es Geo grá fica s (SIG) têm sid o u tiliza d os com o ferra m en ta d e con solid ação e an álise d e gran d es b ases d e d a-dos sobre saú de e am bien te. Estes sistem as p erm iteerm a cap tu ra, arerm azen aerm en to, erm an ip u la -ção, an álise e exibição de dados georreferen cia-d o s, isto é, rela cio n a cia-d o s a en ticia-d a cia-d es grá fica s com rep resen tação esp acial.
O caso d o ab astecim en to d e águ a n o Mu n i-cíp io d o Rio d e Jan eiro p od e ser u tilizad o com o exem p lo d a con stru ção d e m ap as d e risco com in fo rm a çõ es co m p lem en ta res e in terca m b iá veis. Diversas fon tes de in form ação p odem con -ter d a d o s so b re o a b a stecim en to d e á gu a n o Brasil, sen d o a m aior p arte d estes d ad os p assí-veis d e geo rreferen cia m en to. Neste tra b a lh o, fo ra m co n stru íd a s e a n a lisa d a s três ca m a d a s in ter-rela cio n á veis d e in fo rm a çõ es esp a cia is, en vo lven d o o s d a d o s d o cen so p o p u la cio n a l com q u esitos sob re san eam en to, referid os aos setores cen sitários; o sistem a d e ab astecim en
-to d e águ a, com a localização d a red e p rin cip al d e d istrib u ição, m an an ciais e elevatórias e d a-d os sob re a qu alia-d aa-d e a-d a águ a segu n a-d o p rogra-m a d e rogra-m on itorarogra-m en to con ju n to en tre o órgão d e co n tro le a m b ien ta l d o esta d o (Feem a ) e a a gên cia esta d u a l d e sa n ea m en to (Ced a e), re-p resen tad o n o m are-p a re-p or re-p on tos.
É im p ortan te d estacar qu e cad a u m a d estas cam ad as p ossu i origem e características con s-tru tiva s d iferen tes. O d esen h o d a red e d e d istribu ição, forn ecido p ela agên cia de san eam en -to, d em o n stra a ca p a cid a d e d e se su p rir co m águ a d eterm in ad a p arcela d a p op u lação locali-za d a em to rn o d esta red e. O a b a stecim en to efetivo d estes d om icílios d ep en d e, n o en tan to, d e ou tras características d e p rojeto e op eração, tais com o a p ressão, vazão e regim e d e flu xo d a red e, b em com o a d isp osição d esta p op u lação d e p agar p or este serviço. Por ou tro lad o, os d a-d o s so b re a b a stecim en to a-d e á gu a , co leta a-d o s d u ran te o cen so d em ográfico, d evem ser tom a-d o s co m o in fo rm a çõ es referia-d a s p ela p o p u la-çã o. Nestes q u estio n á rio s, a p o p u la la-çã o é p er-gu n tad a, en tre ou tros iten s, sob re a form a co-m o seu d oco-m icílio é ab astecid o d e águ a, se p or red e p ú b lica, ou p or p oços e n ascen tes. A res-p o sta a este item d eres-p en d e d o en ten d im en to d os m orad ores sob re a m an eira p rep on d eran te com o aqu ele d om icílio é ab astecid o, sen d o co-m u co-m o a b a stecico-m en to p o r fo n tes co-m ú ltip la s e altern ativas, p rin cip alm en te em áreas d e ab as-tecim en to d esco n tin u a d o d e á gu a . Os d a d o s so b re q u a lid a d e d a á gu a têm o rigem em p ro gram as p erm an en tes d e m on itoram en to, sen -d o im p rescin -d ível, m as n ão su ficien te, o u so -d e in d icad ores d e q u alid ad e, q u e n em sem p re re-tratam o qu ad ro geral d e riscos à saú d e relacio-n ad os ao corelacio-n su m o d e águ a (Batalh a & Parlato-re, 1977; Ba rcello s & Ma ch a d o, 1991). Briggs (1992) d iscu te as p ossíveis form as d e in ter-re-lacion am en to en tre d ad os d e fon te e recep to-res d e risco com características geom étricas d i-feren tes. No ca so d a q u a lid a d e d a á gu a , estes d ad os, sem p re referid os a p on tos d e am ostra-gem , d ificilm en te p o d eria m ser extra p o la d o s p ara áreas ad jacen tes, p orqu e rep resen tam d e-term in a d a s co n d içõ es d e u m trech o lin ea r d a red e d e d istrib u içã o. De m o d o gera l, fen ô m e-n os am b iee-n tais p od em ter três tip os d e rep resen tação com u n s ao geop rocessam en to: o p on -to (p or exem p lo, estações d e am ostragem ), li-n h a o u a rco (estra d a s o u lili-n h a s d e a b a stecim en to ) e á rea s (b a irro s o u d istrito s d e sa n ea -m en to).
-te n a in -tegra çã o, in -ter-rela cio n a m en to e va li-d a çã o li-d esta s in fo rm a çõ es (Briggs, 1992). Po r in term éd io d e op erações esp aciais, p od em -se ob ter in form ações sob re variáveis con tid as em du as ou m ais destas cam adas, com o, p or exem -p lo, u m a lista d e d o m icílio s co m ca rên cia d e sistem as de abastecim en to de águ a em áreas de alta in cid ên cia d e d oen ças relacion ad as ao sa-n eam esa-n to, ou a localização d e áreas d e p ob re-za on d e p rob lem as d e san eam en to são em ge-ral agravad os p ela carên cia sócio-econ ôm ica.
A m a io r p a rte d a p o p u la çã o d o Mu n icíp io d o Rio d e Jan eiro (cerca d e 95% d os d om icílios, segu n d o o cen so d em ográfico d e 1991) é ab as-tecid a d e á gu a p ela red e gera l. Ap esa r d isso, p ersistem p rob lem as q u e p od em ter im p actos n egativos sob re a saú d e d a p op u lação d a cid a-d e, com o a con tam in ação a-d a rea-d e a-d e a-d istrib u i-ção d e águ a, a p recaried ad e ou vu ln erab ilid ad e d o s sistem a s d e a b a stecim en to, o u m esm o a in existên cia d este serviço em algu m as áreas d a cid ad e. Por cau sa d a con h ecid a h eterogen eid a-d e n a ocu p ação a-d o solo u rb an o e à acia-d en taa-d a top ografia d a cid ad e, é p ossível q u e os p rob le-m a s co le-m o a b a stecile-m en to d e á gu a esteja le-m co n cen tra d o s em á rea s e gru p o s só cio esp a -ciais característicos. O p lan ejam en to d e ações d e sa n ea m en to e d e vigilâ n cia à sa ú d e d eve cen tra r-se n esta s á rea s, id en tifica d a s a tra vés d e critérios d e risco esp aciais, am b ien tais e sóciod em ográficos, q u e são localizad os e q u an -tificad os u tilizan d o o SIG com o ferram en ta d e o rga n iza çã o e a n á lise d e d a d o s esp a cia is. Em ad ição, é d escrita a con stru ção d as cam ad as d e in form ações sob re o ab astecim en to d e águ a n o Mu n icíp io do Rio de Jan eiro, realizada p elo p ro-jeto SIG-Fiocru z.
M at eriais e mét odos
Foram con stru íd as algu m as cam ad as d e in for-m ação qu e con têfor-m d ad os relevan tes p ara a ca-racterização d e riscos relacion ad os ao ab aste-cim en to d e águ a em m icroáreas. Nos sistem as d e geop rocessam en to, os d ad os são arm azen a-d o s em fo rm a a-d e ca m a a-d a s a-d e in fo rm a çã o, em qu e cad a cam ad a corresp on d e a u m tem a, p os-sib ilitan d o su a m an ip u lação isolad am en te ou através d e op erações d e an álise esp acial, estb elecen d o relações d e d ad os d e d iferen tes n a-t u re za s (Câ m a ra e a-t a l., 1995). Fo i u a-t iliza d a a técn ica d e regiões d e in flu ên cia (bu ffers) p ara e st a b e le ce r á re a s e m t o rn o d e fa t o re s d e ris-co, localizáveis n o esp aço. Esta técn ica tem si-d o u tilizasi-d a n a avaliação si-d e saú si-d e p ara estim ar e id en tificar p op u lações exp ostas a riscos am -b ien ta is, co m o, p o r exem p lo, a exp o siçã o a
ca m p os eletrom a gn éticos gera d os p ela tra n s-m issão d e en ergia (Warten b erg et al., 1993). A esco lh a d a s d istâ n cia s a p a r tir d a s q u a is sã o d elim ita d a s á rea s d e in flu ên cia (bu ffers) é em geral arb itrária. No p resen te estu d o, op tou -se p or caracterizar estas áreas d e in flu ên cia ten d o com o b ase critérios teóricos, sem con sid erar a resp osta estatística d os p on tos d e corte.
Camada de set ores censit ários
Os con torn os d e cerca d e 6.400 setores cen sitá-rios (SC) d o Mu n icíp io d o Rio d e Jan eiro foram tran scritos visu alm en te d a b ase cartográfica d o IBGE, p a ra p la n ta s n a esca la 1:5000 o b tid a s ju n to à Ligh t. Ma io res d eta lh es so b re a co n stru ção d a m alh a d e setores cen sitários en con -tra m -se em Pin a (1995). A a q u isiçã o en volveu a s segu in tes eta p a s d e tra b a lh o : co rreçã o d o s con torn os através d e con su lta ao IBGE; d igita-liza çã o d o s co n to rn o s u tiigita-liza n d o softw ared o tip o CAD; im p orta çã o e ed içã o d os con torn os d e SC p a ra a m b ien te ARC/ In fo e p osterior ex-p ortação ex-p ara o form ato Maex-p in fo, m an ten d o-se com o in d exad or d e d ad os os cód igos d e o- se-tores, forn ecid o p elo IBGE. A estes setores fram associad os d ad os sob re san eam en to e p o-p u lação con tid os n o cen so d em ográfico (IBGE, 1992). A m a lh a d o s b a irro s fo i gera d a co m a agregação d e setores cen sitários e arm azen ad a em cam ad a esp ecífica.
Camada do sist ema de abast eciment o de água
Fo ra m o b tid a s có p ia s h e lio grá fica s n a e sca la 1:25000, ced id as p ela Ced ae, con ten d o o d ese-n h o d o s sistem a s d e a b a stecim eese-n to d e á gu a , en volven d o a id en tificação e localização d e reser va tó rio s, esta çõ es d e tra ta m en to, eleva tó -rias, ad u toras e red e p rin cip al d e d istrib u ição. Este m a p a fo i d igita liza d o u tiliza n d o se p ro -gra m a CAD, ed ita d o em a m b ien te ARC/ In fo e exp ortad o p ara o form ato Map in fo.
Camada de qualidade da água na rede de dist ribuição
e-reço d os 430 p ostos p erm an en tes d e m on itora-m en to eitora-m ca rta s eitora-m esca la 1:2000 d a Ligh t, a p artir das qu ais foram obtidos os p ares de coor-d e n a coor-d a s (U TM) p a ra ca coor-d a p o n t o, q u e fo ra m a rm a zen a d a s ju n to a o b a n co d e d a d o s so b re qu alid ad e d a águ a.
Georreferenciament o de dados ambient ais e epidemiológicos
No geo p ro cessa m en to, o tra b a lh o co m a s b ses d e d ad os exige qu e estes estejam relacion a-d o s a u n ia-d a a-d es esp a cia is. Den tre a s p o ssíveis u n id a d es esp a cia is d e referên cia p a ra d a d o s a m b ien ta is e sa n itá r io s en co n tra m -se o seto r cen sitário, o território d o cód igo d e en d ereça-m en to p ostal (CEP), o b airro, a b acia h id rográ-fica, o d istrito san itário, o d istrito ad m in
istrati-vo (su b d ivisã o d o m u n icíp io ) e o m u n icíp io. Algu n s critérios geográficos, estatísticos e geo-m étricos d evegeo-m ser estab elecid os p ara a esco-lh a d e u m a u n id a d e m ín im a d e a grega çã o d e d a d o s (Ba rcello s e Sa n to s, 1996). A va n ta gem d o u so d e u n id ad es territoriais d e agregação d e d ad os é a p ossib ilid ad e d e se ob terem d en om i-n a d o res p a ra a co i-n stru çã o d e ta xa s u tiliza d a s co m o in d ica d o res ep id em io ló gico s. Diverso s trab alh os têm su gerid o in d icad ores p ara o sa-n eam esa-n to, escolh id os em razão d e su a m agsa-n i-tu d e e im p o rtâ n cia p a ra a sa ú d e p ú b lica , d a cap acid ad e d e resp osta a alterações d as con d i-ções d e san eam en to, b em com o d a valid ad e e con fiab ilid ad e d os d ad os (Heller, 1997). En tre estes in d icad ores, a taxa d e m ortalid ad e in fan -til tem sid o tra d icio n a lm en te u -tiliza d a p a ra a va lia r im p a cto s d e a çõ es d e sa n ea m en to so-b re a saú d e, sen d o p assível d e georreferen
cia-Fig ura 1
Pre se nça d e flúo r na ág ua no s p o sto s d e mo nito rame nto d a re d e d e d istrib uição d e ág ua. A áre a d e marcad a re p re se nta a re g ião d e mata atlântica d a cid ad e , o nd e se co nce ntram p e q ue no s manaciais d e ág ua.
Cascadura
Piedade
Tijuca
Maciço da Tijuca
Alto da Bo a Vista
Santa Teresa
Lag o a
Co pacab ana Centro
Co ncentração de flúo r na ág ua (mg / l)
meno r q ue 0,4
maio r q ue 0,4
m en to n o n ível d e b airro. A flu tu ação aleatória d os d a d os, ca u sa d a p ela p eq u en a m a gn itu d e, tan to d o n u m erad or, q u an to d o d en om in ad or, p o d e in via b iliza r su a u tiliza çã o n esta esca la (Cam p os, 1997).
Um a segu n d a estratégia d e georreferen cia-m en to d e d ad os ep id ecia-m iológicos p ercia-m ite a lo-ca liza çã o d e even tos ten d o com o referên cia o seu en d ereço, geran d o m ap as qu e form am n u -ven s d e p on tos, à sem elh an ça d o fam oso m ap a d e Joh n Sn ow n a in vestigação d o su rto d e cóle-ra em Lon d res. Neste caso, p od em ser verifica-d o s esta tística e visu a lm en te a glo m era verifica-d o s verifica-d e p on tos q u e su gerem a existên cia d e fon tes co-m u n s d e risco (Nob re &aco-mp; Carvalh o, 1994).
Freq ü en tem en te, os d a d os d e sa ú d e e a m -b ien te sã o referid o s a u n id a d es esp a cia is n ã o coin cid en tes. O n ível m ín im o d e agregação d e d a d o s d e sa n ea m en to é o territó rio d a s a gên -cias locais d e águ a e esgoto, m u itas vezes d eli-m itad o p or su b -b acias h id rográficas. Dad os d e m on itoram en to d e qu alid ad e d o ar e águ a refe-rem -se a p on tos d e a m ostra gem cu ja s regiões d e in flu ên cia sã o d ificilm en te co n h ecid a s. Os sistem a s d e in fo rm a çõ es d e sa ú d e, co m o, p o r exem p lo, o d e m ortalid ad e (SIM), p erm item a agregação d e d ad os p or m u n icíp io d e resid ên cia ou ocorrên cia d o ób ito, exigin d o u m gran -d e esforço p ara o en -d ereçam en to -d e in form ações em u n id a d es esp a cia is m en ores. No Mu -n icíp io d o Rio d e Ja-n eiro, algu -n s d ad os ep id e-m iológicos vêe-m sen d o ap u rad os ou recu p erad os m an ten erad ose o b airro com o cam p o erad e en -d ereço n os sistem as -d e in form ação, o qu e p er-m ite seu geo rreferen cia er-m en to a esta u n id a d e esp acial. O u so d e u m a ou ou tra u n id ad e esp a-cial d e referên cia con d icion a a escala d e an áli-se d os fen ôm en os am b ien tais e ep id em iológi-co s, a ltera n d o o s resu lta d o s esta tístiiológi-co s e vi-su a is d esta s a sso cia çõ es (Ba rcello s & Ba sto s, 1996).
Ident ificação de fat ores e áreas de risco
As q u a lid a d e e q u a n tid a d e d e á gu a ser vid a à p op u la çã o p od em ter im p a ctos d iferen cia d os sob re a saú d e, estan d o m u itas vezes relacion a-d os. Por exem p lo, a irregu laria-d aa-d e a-d o ab asteci-m en to d e águ a d e u asteci-m a d eterasteci-m in ad a área u rb n a p o d e p erm itir a in tro d u çã o d e a gen tes p a-togên icos n a red e d e d istrib u ição d e águ a.
Fora m con sid era d a s com o fa tores d e risco à saú d e a d ificu ld ad e n a ob ten ção d e águ a p ela au sên cia d e red e d e d istrib u ição n as p roxim i-d a i-d es i-d o s i-d o m icílio s, a co n ta m in a çã o reco ren te d a á gu a p o r b a ctér ia s d o gru p o co lifo rm e, b erm corm o a cap tação d e águ a erm rm an an
ciais locais, sem tratam en to ou su jeitos a con -tam in ação even tu al. Foram id en tificad as áreas e p op u lações su b m etid as a risco u tilizan d o-se o s segu in tes critério s a m b ien ta is e só cio d e -m ográficos:
1) Área s p ró xim a s a p o sto s d e m o n ito ra -m en to d e q u a lid a d e d a á gu a q u e a p resen ta -m a lta recorrên cia d e con ta m in a çã o p or colifor-m es fecais. Estas áreas foracolifor-m id en tificad as p e-lo d esen h o d e áreas d e in flu ên cia (bu ffers) d e 1 km em torn o d os p on tos on d e m ais d e 20% d as am ostras ap resen taram p resen ça d e coliform es fecais. Esta freq ü ên cia d e con tam in ação p od e in d ica r u m severo co m p ro m etim en to d e trech os d a red e d e d istrib u ição. A d istân cia d e in -flu ên cia foi estip u lad a com b ase n a exp ectativa d e so b revivên cia d e a gen tes p a to gên ico s n a á gu a , m esm o co m a p resen ça d e clo ro livre (Battalh a & Parlatore, 1977). A p roxim id ad e d os d o m icílio s d e p o n to s d e m o n ito ra m en to co m con tam in ação recorren te p od e rep resen tar ris-co à sa ú d e p e la p o ssib ilid a d e d e ve icu la çã o a t ra vé s d a re d e d e m icro o rga n ism o s p a t o gê-n icos.
2) Área s a b a stecid a s p o r red e gera l co m p red o m in â n cia d e á gu a s d e o rigem lo ca l, isto é, tom a d a s d e p eq u en os m a n a n cia is loca liza -d os p rin cip alm en te n os m aciços -d a Tiju ca e -d a Ped ra Bran ca. Com o con seqü ên cia d a crescen -te ocu p ação d estas en costas é p ossível qu e h a-ja con ta m in a çã o, m esm o q u e esp orá d ica , d a s á gu a s p o r d ejeto s h u m a n o s. As á rea s fo ra m id en tifica d a s p o r m eio d e bu ffersd e 2 km em torn o d os p eq u en os m an an ciais. Por cau sa d a top ografia d a cid ad e é esp erad o qu e águ as d est a s e n co sest a s p o ssa m a est in gir gra n d e s d isest â n -cia s a tra vés d a red e d e d istrib u içã o. A a n á lise d os p arâm etros d e qu alid ad e d a águ a p erm itiu id en tifica r á rea s a fa sta d a s q u e, a in d a a ssim , so frem in flu ên cia d estes m a n a n cia is (Ba rcel-los, n ão p u b licad o).
-cu n d ários, sen d o u m a variável im p ortan te p a-ra a gaa-ran tia d a qu alid ad e d o serviço.
4) Área s o n d e m a is d e 50% d o s resid en tes, segu n d o o cen so d e 1991, d ecla ra ra m n ã o ser su p rid o s p o r red e gera l d e a b a stecim en to d e á gu a . Fo ra m id en tifica d os p ela b a se d e d a d os os SC q u e corresp on d iam a este critério. Con -sid eran d o esta variável com o u m som atório d e resp ostas dos dom icílios ao qu esito sobre ab as-tecim en to d e á gu a d u ra n te o recen sea m en to p o d e-se p resu m ir q u e, a o n ega r a liga çã o d e gran de p arte dos dom icílios à rede geral, os m o-ra d o res p o d em a p o n ta r p ro b lem a s geo-ra is n o ab astecim en to d e águ a qu e en volvam a região, e n ão seu d om icílio isolad am en te. Den tre estes p ro b lem a s p o d em esta r in clu íd a s a d esco n ti-n u id ad e d o ab astecim eti-n to, a m á q u alid ad e d a águ a ou a oferta local d e fon tes altern ativas d e cap tação.
A Tab ela 1 id en tifica as p op u lações e áreas su b m etid as a risco segu n d o os qu atro critérios citad os.
Os critérios u tilizad os p erm itiram a id en ti-ficação d e gru p os sócio-esp aciais su jeitos a ris-co s à sa ú d e a sso cia d o s a o a b a stecim en to d e á gu a . A co n ta m in a çã o d a re d e ge ra l d e a b a s-t e cim en s-to d e á gu a p o r co lifo rm es (cris-tério 1) ab ran ge a m aior p arte d a p op u lação sob risco, rep resen tan d o cerca d e 35% d a p op u lação to-tal d o m u n icíp io. O ab astecim en to d e águ a p or m eio d e p eq u en os m a n a n cia is loca is (critério 2), ou a au sên cia d e red e geral d e d istrib u ição (critério 3) p od em rep resen tar riscos p ara p ar-cela s a in d a sign ifica tiva s d a p o p u la çã o d a ci-d aci-d e (cerca ci-d e 10%), q u e se en con tram em re-giõ es d e m a is b a ixa d en sid a d e p o p u la cio n a l. Um a p eq u en a p arcela d a p op u lação (cerca d e 2%) localiza-se em regiões on d e a m aior p arte d o ab astecim en to é realizad o p or fon tes altern ativas d e águ a (p oços e altern ascealtern tes altern ão exp lo
-ra d a s p ela a gên cia d e sa n ea m en to ), m a s q u e rep resen ta m á rea co n sid erá vel d o m u n icíp io (cerca de 16% do território). Estas ú ltim as áreas d a cid a d e a p resen ta m b a ixa d en sid a d e p op u -lacion al, o q u e p erm ite o u so d e p oços (n o ca-so d o Recreio d o s Ba n d eira n tes, Gu a ra tib a e Sep etib a ) o u n a scen tes (p rin cip a lm en te n a s áreas altas d o Maciço d a Tiju ca) p ara a ob ten -ção d e águ a.
Estes gru p os sócio-esp aciais, id en tificad os segu n d o os d iferen tes critérios, são m u itas vezes co in cid en tes, a cu m u la n d o p ro b lem a s co -m o a -m á q u alid ad e d a águ a e a carên cia d e red es red e red istrib u ição. Cerca red e 375.000 h ab itan -tes d o Mu n icíp io d o Rio d e Jan eiro resid em em á rea s p ró xim a s a m a n a n cia is lo ca is d e á gu a e com con tam in ação recorren te d as águ as d a re-d e re-d e re-d istrib u ição, ap resen tan re-d o u m a p ossível sob rep osição d e fatores d e risco à saú d e. Este é o caso d o Alto d a Boa Vista e áreas altas d a Tiju ca, n a en costa n orte d o Maciço d a TiTiju ca, on -d e con vivem b airros ricos e favelas. Ou tras re-giões selecion ad as p or estes critérios p ossu em p ou cas altern ativas d e ab astecim en to, sen ão a red e geral d e d istrib u ição, q u e ap resen ta con -ta m in a çã o reco rren te d a á gu a p o r co lifo rm es feca is. Este é o ca so d e p a rte d e Sa n ta Teresa , Urca e Sep etib a , on d e sã o freq ü en tes a s q u ei-xa s d a p o p u la çã o em rela çã o a o ser viço d e ab astecim en to.
A co n cen tra çã o d e flú o r n a á gu a p o d e d e-m on strar a in flu ên cia d e águ as p roven ien tes d e m an an ciais locais n a red e geral d e d istrib u ição, já q u e estes n ã o d isp õ em d este tip o d e tra ta -m en to. Áreas co-m -m en or con cen tração de flú or (Alto da Boa Vista, Piedade e San ta Teresa) ap resen ta m m a io r p a rticip a çã o d e p eq u en o s m a -n a -n cia is -n a á gu a d istrib u íd a à p o p u la çã o (Fgu ra 1), o qu e p od e rep resen tar u m a vu ln erab i-lid ad e d os sistem as d e ab astecim en to qu an to à
Tab e la 1
Lo calização , p o p ulação re sid e nte e áre a d e risco se g und o crité rio s d e q ualid ad e d o ab aste cime nto d e ág ua.
Crit ério de risco População Área (km2) Localização
(n de resident es)
Co ntaminação d a ág ua 1.900.000 349 Enco stas d as Zo nas Sul e No rte , p arte d a Zo na O e ste
Uso d e p e q ue no s mananciais 700.000 392 Em to rno d o s maciço s d a Tijuca e Pe d ra Branca
Ausê ncia d e re d e 600.000 156 Zo na O e ste , Barra d a Tijuca e áre as iso lad as d a Zo na No rte
co n ta m in a çã o d o s m a n a n cia is. Nesta s á rea s, d iversos d om icílios u tilizam p oços e n ascen tes com o form a d e ab astecim en to d e águ a, segu n -d o o cen so -d e 1991. Esta altern ativa vem sen -d o a d o ta d a p o r gra n d e p a rte d o s m o ra d o res d a s en costas d o Maciço d a Tiju ca, on d e existem al-gu m as fon tes locais d e cap tação d e áal-gu a, sem tratam en to p ara d esin fecção e flu oretação. Etes p eq u en o s sistem a s sã o m u ita s vezes cu s-tead os p elos m orad ores locais.
A Figu ra 2 m o stra a su p erp o siçã o d a s ca -m ad as d e in for-m ação q u e rep resen ta-m a red e geral d e ab astecim en to e a p rop orção d a p op u -lação qu e d eclarou n o cen so d e 1991 ser su p rid a p ela m esm a rerid e. Am b a s in fo rm a çõ es tra -tam d e u m m esm o tem a, ten d o, n o en tan to, d
i-feren tes sign ificad os p or cau sa d o in stru m en to d e aferição u tilizad o. A com p aração en tre estas d u a s ca m a d a s p erm ite a va lid a çã o d o s d a d o s so b re a b a stecim en to d e á gu a n a cid a d e. Am b os d esen h os cob rem , p rin cip alm en te, a m an -ch a u rb an a d o m u n icíp io, ob servan d o-se a ca-rên cia n a cob ertu ra d a red e p rin cip al n as áreas altas e d e b aixa d en sid ad e p op u lacion al, com o os m aciços d a Ped ra Bran ca e Tiju ca. Segu n d o o m a p a , p o d em -se o b ser va r á rea s p o ten cia l-m en te cob ertas p elo serviço, isto é, p róxil-m as à red e d e d istrib u ição d e águ a, on d e, n o en tan to, gra n d e p a rte d a p o p u la çã o re sid e n te d e cla ra ser su p rid a p or ou tras fon tes d e águ a, in d ep en -d en tes -d a agên cia -d e san eam en to. Estas áreas situ am -se n a Zon a Oeste, Serra d o Men d an h a e
0 5 10
Km Zo na Sul Centro
Barra da Tijuca Guaratib a
Sepetib a Zo na O este
Ilha do Go vernado r
Baía da Guanab ara ETA Guandú
Maciço da Pedra Branca
Maciço da Tijuca Reg ião da Leo po ldina
Co b ertura da rede de ab astecimento de ág ua
meno r q ue 95%
75 a 95%
meno r q ue 75%
Rede principal de distrib uição de ág ua
Município do Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Fig ura 2
Alto d a Boa Vista. Neste caso, m aiores in vesti-ga çõ es d evem ser rea liza d a s lo ca lm en te p a ra esclarecer a form a d e ab astecim en to d e águ a e a s ca u sa s d a recu sa (p o r p a rte d a p o p u la çã o ) ou d o m al fu n cion am en to (p or p arte d a agên cia d e san eam en to) qu e levaram a esta ap aren -te con trad ição en tre in form ações.
Considerações finais
Du ra n te a s ú ltim a s d éca d a s, o b ser vo u -se u m in crem en to n o s ser viço s d e sa n ea m en to n o Brasil, p rin cip alm en te efetu ad o p elo ab asteci-m en to d e á gu a easteci-m regiõ es asteci-m etro p o lita n a s. A cid a d e d o Rio d e Ja n eiro, p or exem p lo, p ossu i ap en as 5% d e d om icílios n ão ab astecid os p ela red e gera l d e d istrib u içã o. Vá rio s p ro b lem a s, con tu d o, ain d a são en con trad os n o q u e tan ge a o s a sp ecto s q u a lita tivo s e q u a n tita tivo s d o ab astecim en to d e águ a. Um a p arcela con sid e-rá vel d a p o p u la çã o é a b a stecid a co m á gu a s even tualm en te con tam in adas, utilizase de fon -tes altern ativas p ara o ab astecim en to d e águ a ou en con trase em áreas com regim e d eficien -te d e ab as-tecim en to. Es-tes gru p os, m u itas ve-zes a p o n ta d o s gen erica m en te co m o ca ren tes ou p ob res, são socialm en te id en tificáveis e es-p acialm en te d elim itáveis.
Nesse tra b a lh o fo i p o ssível o b ser va r u m a su p erp osição d e fatores qu e p od eriam exp licar a au sên cia d e ligações d e d om icílios à red e geral em áreas d a cid ad e su b m etid as sim u ltan ea -m en te à b aixa q u alid ad e d o serviço e localização em áreas d e p equ en a u rb an izalocalização, p resen -tes em áreas favelad as, m as tam b ém em áreas d e b a irro s n o b res o n d e a s co n d içõ es só cio -econ ôm icas são m elh ores.
A q u alid ad e d a águ a d e u m a red e d e d istri-b u ição está fortem en te relacion ad a ao seu re-gim e d e d istrib u ição e características d e p roje-to e o p era çã o d o sistem a d e a b a stecim en roje-to (Cla rk & Cyle, 1990). Va ria çõ es d e p ressã o in tern a d a can alização p od em facilitar vazam en -tos e in filtrações e p rovocar su a con tam in ação. A q u alid ad e d a águ a servid a à p op u lação está, p ortan to, relacion ad a à su a qu an tid ad e. Algu n s d o s in d ica d o res rela cio n a d o s n este tra b a lh o, com o a p resen ça d e coliform es e a con cen tra-ção d e cloro livre, p od em exp rim ir am b os p ro-b lem as d e aro-b astecim en to.
Utilizan d o-se o SIG p od e-se sob rep or in for-m a çõ es só cio -a for-m b ien ta is q u e p erfor-m ita for-m u for-m a m elh or focalização d estes gru p os e o p lan eja-m en to d e a çõ es d e sa n ea eja-m en to e vigilâ n cia à sa ú d e. Os critério s u tiliza d o s n este tra b a lh o p od em ser a p lica d os e a p erfeiçoa d os a fim d e m elh o r id en tifica r á rea s e gru p o s d e risco em m icroáreas. Além disso, o SIG, com o ou tros m é-to d o s d e m a p ea m en é-to p o d em ser u tiliza d o s com o in stru m en to d id ático e d e d eb ate com a p op u lação leiga sob re su as con d ições e in ser-ção n o esp aço u rb an o (Sp arrow, 1992).
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