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Eletricidade Atmosférica e Fenômenos Correlatos.

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Eletriidade Atmosferia e Fen^omenos Correlatos

Atmospherieletriityandorrelatedphenomenon

M. Tavares e M.A.M Santiago

UniversidadeFederalFluminense

Institutode Fsia, Av. Litor^anea, s/n,

BoaViagem,Niteroi,

CEP24210-340,Riode Janeiro, Brasil

Reebidoem5denovembro,2001. Aeitoem20desetembro,2002.

A qualquermomento, existemerade 2000 tempestades omrel^ampagos nos eus emtorno do

mundo. Estima-seque astempestadesombinadas produzemaproximadamente100desargasde

raiosporsegundo,adaumaomtemperaturaemtornode30:000 0

C-maisquentequeasuperf

iie

doSol. Essetrabalhoapresentaaosleitoresalgunsfen^omenoseletriosnaatmosferaeestratosfera.

Tais eventosfazemparte deum sugeridoiruitoeletrioatmosferio globaleest~aoonetados a

pesquisadeplasmas. Atualmenteoiruitoeletrioatmosferiohamaaaten~aodeientistaspela

import^aniadesuarela~aoomolimaterrestreeseusefeitosemsateliteseespaonavesquedevem

atravessaraionosfera.

Atanytime,anestimated2000thunderstormsarelightinguptheskiesaroundtheworld. Combined,

thesestormsprodueapproximately10lightningashesperseond,eahonewithatemperature

of more than 30000 0

C - hotter than the surfae of the Sun. This paper desribes some fats

and interesting eventsabout lightnings and a dierent kind of phenomenawhat would our in

atmosphere and stratosphere. All these eletrial phenomena make part of a suggested global

eletri iruit and are onneted to plasma physis. Nowadays the eletrial iruit has alled

attention of sientists by the importane that it would have for the terrestrial limate and for

satellites andspaeships thatshouldgothroughtheionosphere.

A presena da atmosfera onde oorrem todos os

fen^omenoseletriosquevamosdesrevern~aoea

atmos-feraoriginal. Nossaatmosferaatualeoqueosqumios

hamariam de atmosferaom oxig^enioenquanto a

at-mosferaanterioreraoqueosqumioshamariamuma

atmosfera reduzida que n~ao ontinha oxig^enio. A

at-mosferaoriginalseriamuitosemelhanteemomposi~ao

adeumanebulasolaroudaatmosferaatualdos

plane-tasgigantesdegas. Teoriasprop~oemqueestaatmosfera

foiperdidanoespaoesubstitudaporompostos

gaso-sos externosdarosta terrestre. Segundoteoriasmais

reentes,partedanossaatmosferaeprovenientedo

im-patodeometaseoutrosasteroidesriosemmaterial

volatil. Ooxig^enioaraterstiodenossaatmosferafoi

quase todo produzido por plantas (ianobaterias ou

as onheidas algas azul esverdeadas). A omposi~ao

atual danossaatmosferae79%denitrog^enio,20%de

oxig^enio e 1% de outros gases. Veja as amadas da

atmosferanaFig. 1.

AatmosferadaTerraedivididaemvariasamadas,

tee. A press~aodo arna partesuperior da troposfera

eerade10%donveldomar(0,1atmosferas). Uma

amada de obertura entre a troposfera e a proxima

amada e hamada de tropopausa. Aima da

tropos-feraestaaestratosferaondeoarsepropaga

horizontal-mente, uma na amada deoz^onio (eaforma reativa

do oxig^enio)situa-se naparte superior daestratosfera

em alta onentra~ao. Talamada e responsavelpela

absor~ao de radia~ao ultravioletado Sol. A forma~ao

dessaamadaprovemdooxig^enioproduzidona

atmos-fera. Aamadadeoz^onioimpedepartedointensouxo

deradia~aoultravioletadealanarasuperfie

terres-tre ondeseriaprejudiialaevolu~aodavida.

Existe a preoupa~ao de que ompostos de

uor-arbonatosdestruamaamadadeoz^oniogerando

on-sequ^eniasruinsparaavidanaTerra. Aimada

estra-tosferaestaamesosferae aimada mesosferasitua-se

aionosfera,ondemuitosatomoss~aoionizados(ganham

ouperdemeletrons)tendoarga eletriapropria(veja

Fig. 1). Aionosferaemuitot^enuemasea

(2)

fotonsdoSol. Nessaregi~aoareex~aodasondasderadio

possibilitaaomunia~aoalongadist^ania. Emadi~ao

ao iruito de orrente ontnua, a atmosfera neutra

entre a superfie da Terra e a ionosfera omporta-se

omo guiadeondaquandoexitadaafrequ^eniaultra

baixa da radia~ao eletromagnetia. Os elementos do

espetrodisreto dasfrequ^enias de transmiss~aode 8,

14, 20,..Hz s~ao hamadas resson^anias de Shumann,

propostas em 1952. Essas resson^anias s~ao exitadas

poremiss~oeseletromagnetiasprovenientesdas

desar-gas dos rel^ampagos e podem estar assoiadas as

ex-ita~oesdeumiruitoglobaldeorrentealternada. O

espetrodeShumannfoidetetadopormagnet^ometros

loalizados em pontos remotos longe de interfer^enia

eletria. As medidas feitas por tais aparelhos s~ao

ar-mazenadas em super omputadores. Nesses arquivos

enontramos avaria~aodoampomagnetiodaTerra

e tambem do ampo interplanetario, detetado e

me-didoporsatelites. Ososnoiruitoglobals~ao

basia-mente feitos dear ionizado. Exe~aoeooterra que

eoproprio h~ao.

Ions inueniam fortemente as

pro-priedadeseletriasdaatmosfera,porqueonspositivos

e negativos podem ser separadosum do outro

produ-zindo amposeletrios de grande esala e porque sua

presenanoarproduz ondutividade.

Figura 1. Camadas da atmosfera terrestre. A atmosfera

terrestretemsuaamadamaisproximadosoloomosendo

troposfera,ate14km,umanaamadaentreaestratosfera

eatroposferahamadatropopausa,aposaestratosfera

te-mos a onheidaamada de oz^onio, depois a ionosfera ou

mesosferaondeoorremasauroras.

A estrutura daionosfera e fortemente inueniada

pelas partulasarregadasdoventosolar que s~ao

o-mandadas pelo nvel de atividade solar. Uma medida

da estruturada ionosferae adensidadede eletrons

li-vres,oqualindiaraonveldeioniza~ao. Como breve

exemplo,taispartulasqueentramnaionosferae

for-mam a aurora semanifestam proximas aos polos

ter-restres. Noentanto,emoasi~oesondeoorramgrandes

tempestadessolaresessas manifesta~oes podem sedar

proximasas regi~oes do equador. Um bom exemplo e

atualfoioeventodaauroraoorridoemmarode2001

2001foiumanodemaximosolar. Abaixodaionosfera,

naatmosferainferior(abaixo de60 km)oplasman~ao

estaem ondi~oes normais. Emada metro ubio de

araonveldomaraatmosferanormalontem310 25

moleulaseletriamente neutraseapenas510 8

ons.

Cerade10 7

paresdeionss~aoriadospormetroubio

devidoaradia~aode ioniza~aoe umgrandenumeroe

neutralizadopelo proesso de reombina~ao. Quando

partulas de poeira est~ao presentes, osons leves s~ao

rapidamenteabsorvidoseosonspesadosdevidamais

longa s~ao riados. A ioniza~ao atmosferia no nvel

do mar sobre o solo e ausada prinipalmente pelos

raiosgama emitidosporsubst^anias radioativas

natu-rais. Osraios osmios tambems~aouma grandefonte

deioniza~ao. Colis~oesentreraiososmiosemoleulas

neutras produzem moleulas arregadaspositivae

ne-gativamente, prinipalmente oxig^enioenitrog^enio(na

atmosferadensa,eletronslivress~aoquaseinexistentes).

Naatmosferainferiorotempodevidadareombina~ao

parataisonsetipiamenteinominutos. Empouos

milissegundososonsde O +=

2 eN

+=

2

sofremrea~oes

qumiasetornam-sehidratadosomvariasmoleulas

de agua (tipiamente 6 a 8 moleulas e em

tempera-turasfriastalvez20moleulas)paraformar\pequenos

ons"taisomoNO

3 (H

2 O)

8 ouH

3 O

+

(H

2 O)

6

. Na

at-mosferainferiorotempodevidadareombina~aopara

essesons e tipiamente ino minutos. No aso dos

aerossoisnaatmosfera pequenosonsosataar~ao,

for-mandoonsmaiores, dequalquerforma reduzindosua

mobilidadeatmosferia. Sup~oe-sequeaerossois

aumen-tar~aoaquantidadededesargaseletriasnaatmosfera.

Naatmosfera,eletronslivress~aoimediatamente

aptu-radospormoleulasdeoxig^enio. Ondeapolui~aodoar

egrande osons leves s~aoapturados pelas partulas

pesadasdepoeirariandoonspesadosemenosmoveis.

Aondutividadedoarpoludoedezvezesmenordoque

ado arn~ao poludo. O que vamos desrevera seguir

s~ao fen^omenos eletriosnaatmosfera eomo devemos

estuda-los om o onheimento de fsia de plasmas.

Sob aorienta~ao da fsia de plasmaspoderemos, [1℄,

[2℄,[3℄,[4℄sugerir modelosquenosforneamaformade

expliarfen^omenosatmosferioseletrios.

I Correntes eletrias terrestres

e rel^ampagos

Rel^ampagos s~ao manifesta~oes eletrias da atmosfera.

Orel^ampagoetambemumfen^omenodeplasmas. Lord

Kelvinprop^osqueaionosfera poderiaseronsiderada

omoaplaa positiva deum apaitoresferiode

po-tenialde260kVomrespeitoasuperfiedaTerra,a

qualseria aplaa negativa. Hoje sabemosque tal

a-paitor desarregaatravesda atmosfera om orrente

media de era de 1 kA sobre a Terra. Tr^es fontes

(3)

oventosolareamagnetosferaeoefeitodnamo

deor-rentenatermosfera. As tempestades s~aoonsideradas

asmaispoderosasdasfontesporumfatordetr^es.

A orrente eletria proveniente das tempestadas

atraves da ionosfera e hamada de orrente de

Wil-son. Essaorrenteseespalhasobreogloboatravesda

ionosfera eda magnetosfera sobre as linhas deampo

magnetioparaohemisferiooposto. Aorrenteeletria

voltaasuperfiedaTerraatravesdaorrentequeesta

presenteomtempobom. Oproessoglobalde

orren-tes envolvevariasamadas daatmosfera, desritasno

paragrafoanterior. Tempestadese rel^ampagos

depen-demdoampoeletrionaatmosfera. Oampoeletrio

naatmosferaemondi~oesnormaiseerade100V/m

apontandoparabaixo,oqueedevidoaarganegativa

da Terra e aarga positiva na atmosfera. A

onduti-vidadeeletrianaatmosferaaumentaomaaltura. A

atmosferaeumbom ondutorujossinaisvariam

len-tamente na altitude de 50 km, nvel onheido omo

sendoaeletrosfera. Areex~aodas ondasde radiovai

oorrernaregi~aosuperiora50kmdaionosfera. A

vol-tagem entre a Terra e a eletrosfera esta em torno de

310 5

V.ParamanteressavoltagemaTerramantem

arganegativadeerade10 6

Cnasuasuperfie,uma

argapositivaigualestadistribudanaatmosfera. Em

regi~oesondeotempoestabom,orrentesatmosferias

de10 3

Aest~aoontinuamenteanulandoessaarga. As

tempestades s~ao uma espeie de bateria agindo para

manterosistemadaatmosferaeletriamentearregado.

Finalmente,vamosomentarporquen~aoepossvelusar

rel^ampagosomofontedeenergia. Cadarel^ampagoda

nuvem para o h~ao envolve uma energia na faixa de

10 9

10 10

J.Se nomundo inteiroexistem100

desar-gasdirigidasparaosoloporsegundoesetodaa

ener-giafosseapturadaissodariaumapot^eniamaximade

10 12

W, umvaloromparavelaomaximodepot^enia

eletriaonsumidanosEstadosUnidosnonaldosanos

1980,entre0:5e0:610 12

W.Noentanto,existemdois

problemas insoluveis. O primeiro e que muita

ener-giaeonvertidaemtrov~ao,arquente eondasderadio

queateopresente momento n~aopodeserreuperada,

sobrando uma pequena fra~ao no anal de base para

estoar ou usar de imediato. Segundo paree

impra-tiavel intereptar um rel^ampago om torres altas ou

esquemas semelhantes omqualquerquantidade

signi-ativa de energiada desarga. As tenias para

de-te~aodepartulasdentrodenuvenst^emsido

aprimo-radasatravesdemiss~oesdesateliteomoTRMMujo

instrumento LISabordopermitemelhoraradeni~ao

dos tiposde partulaseestudo dedesarga intra

nu-vens por exemplo. Todos os tipos de desargas n~ao

araterizadosomodanuvempara oh~ao s~ao

onhe-idosomo desargasdas nuvens.

E onsideradauma

desarganasnuvensqualquerraioquen~aooneteom

aTerra. Rel^ampagoefen^omenotransitoriode

desar-gas eletriasujo omprimento da trajetoria pode ser

oorr^enia de um rel^ampago e a separa~ao de argas

eletriasemnuvensdehuva. Asnuvensdehuvaonde

oorrem rel^ampagossehamamCumulonimbus. Uma

desargaprovenientedenuvemtpiatransferedezenas

deoulombssobreumaextens~aototalde5 10km. A

desri~ao deumadesarga onsistedeumlderquese

propagaontinuamentegerandorel^ampagosderetorno

fraosqueseassoiamaamposeletriosnointeriordas

nuvens, (ver aFig. 3). Otipode rel^ampagomais

o-nheidoedemaiorinteressepratioeorel^ampagoque

sedirigeparaosolo,oonheidoraiooudesarga,que

mataefereanimais,pessoasearvores,perturba

omu-nia~oes,redeseletriaseausain^endios. Rel^ampagos

s~aofailmentefotografadoseestudadosatravesde

ins-trumentos optios. Rel^ampagos entre as nuvens e da

nuvem para o ars~ao desargasmenos omuns do que

relamp^agosintranuvemoudanuvemparaoh~ao. Um

rel^ampago vsivel omea om o apareimento de um

lder que sepropagaatravesde umanal ondutorde

pouosentmetrosdedi^ametroqueestanomesmo

po-tenial queabaseda nuvem. Consequentemente,om

odesloamento dolderpara baixoepara forada

nu-vem, o ampo eletrio entre aextremidado do lder e

o ar que o rodeia ontinuara a reser e a ioniza~ao

se torna mais fail. Assim que o anal ondutor

en-tre nuveme h~ao estaompletamente formado, a

des-arga prinipal se iniia. Em menos de 10 segundos

uma orrente de 2000 A passa pelo anal de apenas

alguns milmetros de di^ametro. A maiororrente

de-tetada em um rel^ampagofoi de 345000A. Namedia

erade10 9

Js~aoliberadosemumeventodedesarga.

Atemperaturadeumanalderel^ampagos,medida

es-petrosopiamentealana30:000 0

Kemapenas 12s

aposapassagemdadesargaderetorno,masdeai

ra-pidamente em era de50s. Oampomagnetio

as-soiadoadesargaeera de1T(=10 4

gauss),assim

o efeito "pinh" bem onheido em plasmas pode ser

importante nessafasedorel^ampago. Existemalgumas

teoriaspol^emias sobre aimport^ania dosrel^ampagos

noiruitoglobal. Porexemplo,oiruitoeletrio

glo-balintegraaatividadeglobaldetempestadesdentrode

variaveisdeterminadas pela temperaturamediaglobal

dasuperfieterrestreeessasvariaveiss~aomuitomais

sensveisaoaqueimentoglobaldoqueasmedidaspela

temperaturamediaglobalpropriamentedita[13℄. Essa

ideia n~ao foi provada, mas a logia oulta e uriosa.

Todo o aqueimento global na irula~ao atmosferia

omoefeitoestufadaumresimentonatemperatura

da superfiedo planeta e deresimo natemperatura

datropopausa,ujaombina~aodeveraser

desestabili-zante. Durante oaqueimento global reseraa

ener-gianasuperfietantoparaoalorsensveldoaromo

paraoalorlatentedovapord'agua. Aenergiarestante

seraliberada em atividade onvetivananuvem.

Ou-tras perguntas assoiadas a rel^ampagos ainda

perma-neemsemresposta. Comoasnuvens t^emsuasargas

(4)

argas? Que modelo matematio expliariamelhor as

desargasdasnuvensdetempestade? [1℄,[5℄,[6℄,[7℄.

Figura2. CiruitoeletrioglobaldaTerra.

Figura3. Diversostipos derel^ampagosobservados. No

in-teriordanuvem,ouintra-nuvem,danuvemparaoareinter

nuvem,queedenuvemparanuvem,nalmenteasdesargas

paraosoloques~aoasmaisonheidas.

II Rel^ampago-bola

Abordamosnesseparagrafoumassuntomuitopol^emio

onheido no Brasil omo \rel^ampago-bola" (RB). O

fen^omeno onsiste de esferas luminosas em geral

ver-melhas oualaranjadasqueapareem napassagemdos

raiosentreanuvemeosolo. Algumasvezesessas

ma-nifesta~oess~aoonfundidaseatribudasaOVNI's. As

boladebasqueteeumtempodevidadeeradeum

se-gundoduranteoqualmovem-sehorizontalmente

man-tendoluminosidadeaproximadamente onstante. RBs

foramobservadosnointeriordeasasedentrodeavi~oes.

N~aoexiste onsensosobre osmeanismosresponsaveis

porRBs. Ateomomentoasteoriasapresentadass~ao

in-suientesparaeslareertaiseventos. RBsforam

pre-seniadosporpequenapartedapopula~ao. Supunha-se

umfen^omenoderaraobserva~aomaspesquisa reente

mostrou queonumero deobservadoresdesses eventos

n~ao eramenor doque quem relatapontos deimpato

deraios. Comotaisrel^ampagosgeralmenteduram

pou-ossegundoselasn~aopodem estarmuitolongedo

a-nalprinipal. Naverdadeofen^omenopodeseromum

porem raramente visto. RB e fogo de Santelmo s~ao

onfundidos. O fogo de Santelmoe uma desarga da

oroa induzida em objeto pontiagudo por argas das

tempestades. ComooRB,ofogodeSantelmopodeter

forma esferia. Diferente do RB, o fogo de Santelmo

a grudado ao ondutor e pode exibir algum

movi-mento aolongo dele. Assimofogo de Santelmopode

durarmaisdoqueumRB.Algumasaraterstias

des-sesrel^ampagoss~aoimportantesporquemuitasvezes

po-dem seronfundidosom ofogode Santelmo. O fogo

de Santelmo pode apareer na forma oval, mas

per-maneeraoladoaoondutor. Desreveremosalgumas

araterstiasligadosaofen^omeno:

a) Oorr^enia: muitasobserva~oesde RBsforam

feitas durante as tempestades. Muitas vezes os RBs

apareem omo efeito simult^aneo dos rel^ampagos da

nuvem para o h~ao. Esses RBs apareem ha pouos

metros doh~ao. Alguns RBsapareemperto doh~ao

aindaquen~aotenhamoorridodesargaseletrias.

b) Apar^enia: RBss~aogeralmenteesferios,ainda

que existam diversas formas observadas. Usualmente

medem de 10 20 m em di^ametro. No entanto,

re-latosonrmam di^ametrosque variamde1a 100m.

RBst^em variasores sendoas mais omunsa

verme-lha,laranjaeamarela. RBsn~aos~ao exepionalmente

luminososmas podem servistos laramentedurante o

dia. Sup~oem-sequemantenhamotamanhoeobrilho

durante oseu tempo de vida, no entanto n~ao e difil

queambosmudem.

) Tempode vida: emgeralRBst^em umtempo

devidademenosdeinosegundos. Noentanto,foram

detetadosRBsomtempodevidadeumminuto.

d) Movimento: em geral se movem

horizontal-mente om uma veloidadede pouos metros por

se-gundo. Alguns sehoame s~ao repelidos por objetos

solidos,tipiamenteosolo.

e) Calor, som e odor: raramente algumRB foi

desritoomo quente. De qualquerforma o RBpode

derreter os de metal. Algumas vezes notiiou-se a

emiss~ao de som sibilante. Possuem um heiro

repug-nante omoenxofreouoxidontrio.

(5)

bo-quandoapturadosdeslizampelosos. Algumasdessas

observa~oesseapliariam aofogodeSantelmo. Foram

detetadasbolasdefogonointeriordeumavi~ao.

g)Tipos: ExistemaisdeumtipodeRB.Por

exem-plo, RB que gruda a um ondutor pode ser diferente

daquelequeutualivremente. N~aoexistemteoriasque

expliquemporqueoRBtemtal mobilidade.

Estudos teorios para eslareer a poss

ivel origem

dosRBsonluiramquehaveriagrandequantidadede

energiaonentrada em pequeno volume protegidado

meio ambiente por um involuro extraordinariamente

estavel,ouemoutrateoriaumuxoontnuode

ener-giaemumpequenovolume,atravesdaenergia

proveni-entedopropriomeioambiente.Essasteoriasindiavam

umplasmatotalmenteionizadoporamposmagnetios

ouatravesde vortiesmagnetiosmas quenoentanto

n~aoofereiamaestabilidadeobservadanosRBs

men-ionados. Alguns dadosapontamosRBsomo

produ-zidospela interfer^enia de miroondasno ar. Ovalor

doampoeletrioproximodasuperfiedoRBedado

omo 3 V/m. O raio do RB e dado omo 0:14 m .

Issoorrespondeaumomprimentodeondada

miro-onda de = 0:56 m. Na natureza, oh~ao, arvorese

superfieslquidas podem funionar omo paredes da

avidade. Com esses valores onseguimos valores de

RBsnanaturezabastanterazoaveis. Yasui[11℄,sugere

queRBs queapareemnanatureza t^emamesma

ori-gem daqueles riados por interfer^enia de miroondas

em uma avidade. No entanto, algumas experi^enias

realizadasem1991mostraramquehaviaumaformade

produzir as assim hamadas bolas de fogo atravesde

umadesargaeletrianaatmosferaontendoaerossois

omonentra~ao deetano e/ou metano. Essasbolas

defogos~aosemelhantesaosRBsqueoorremna

atmos-fera. No entanto os ientistas disseramque tornou-se

muito difil simularem laboratorio uma bola de fogo

deplasmaqueutuasseesemovesse porumintervalo

detemporazoavelnaatmosferanaturalpormeiode

in-terfer^eniademiroondas. Emgeralasbolasdefogode

laboratorio duraramate algunsminutosmas em geral

sedividiamem duas[10℄. Provavelmenteoutrosvarios

proessos diferentes podem produzir esferas

lumines-entes na atmosfera, mas essa explia~ao atualmente

tem se mostrado uma das melhores. Vamos onluir

essa se~ao om uma sugest~ao de simula~ao de

relam-pagos em laboratorio. Atualmente existem tentativas

de simula~ao deRBspara estudar aforma~ao eefeito

detais rel^ampagosnaatmosfera. Omaterial utilizado

e umforno de miroondase velas omunsde era. A

simula~aoemuitosimpleseaexplia~aoteoriaeque

oplasmado fogodas velas eexitadopor miroondas

mudandoasuaforma. VejaaFig.4.

Aten~ao Essas experi^enias s~ao muitoperigosas para

leigos. N~ao s~ao reomendadas a repeti~ao de tais

experi-mentos, pois existe risode explos~oes.

E estritamente

ne-essarioobservartemposdedura~aoparaoexperimentode

mostrarumaonex~aoentreaexist^eniadeplasmase

am-poseletromagnetiosenvolvidosnaforma~aodeRBs.

III Sprites, Elves e Blue Jets

Apenas a partir de 1994 foi possvel a publia~ao

de fotograas dos fen^omenos desritos abaixo pela

equipe ienta do Alaska. Explia~oes ientifas

atuais n~ao respondem todas as perguntas, mas os

eventos ontinuam la para mostrar aos homens que

entre o eu e a Terra existem inumeros fen^omenos

ainda inexpliaveis. As ultimas pesquisas sobre tais

fen^omenos atribuem possveisausas para plasmas ou

raios osmios. A teoriade plasmas envolvida na

ex-plia~ao desses fen^omenos ainda e pol^emia e

disu-tida. Osfen^omenosaimadasnuvensreentemente

ob-servadost^emsido hamados\sprites"(duendes, numa

tradu~aolivre)e\elves"(ar^onimodeemissionsoflight

and verylow frequeny). Os\sprites"e \elves"

oor-remnamesosfera epodem alanaromprimentos

ho-rizontais de mais de 40 km e n~ao soapareem aima

das nuvens omo podem se situar na ionosfera

infe-rior oupando enormevolume da atmosfera. As

ima-gens dos \sprites" s~ao obtidas atraves de sistema de

vdeo. Variosientistast^emapresentadoboasimagens

de\sprites"e\elves". Adiferenaentre\sprites"eque

eles s~aodeolora~aovermelho-alaranjadaevertiaise

os \elves"s~ao de or vermelhaporem dispostosomo

um disosobre as nuvens tempestuosas. Alguns

ien-tistasexpliamessefen^omenoomodesargaseletrias

de urta dura~ao que iniiam o proesso, sendo

pro-vavelmente denatureza qumia, riando estrutura na

mesosfera. Os pesquisadores aham que o rel^ampago

eapazderiarumintensoampoeletrostatioaima

da nuvem na qual aparee o\sprite".

Ions e eletrons

utuando na atmosfera s~ao aqueidos poresse ampo

emitindo vermelho em resposta, vera Fig. 4. As

ob-serva~oesmostraramqueos\sprites's~aopreedidosde

um halo de luz difuso em uma altitude em torno de

70 80km. Oentro do haloestaauma altitudede

aproximadamente 84 km, eseu omprimento

horizon-tal em torno de 75 km. O topo das emiss~oes optias

estaa94kmesuabaseemtornode38km. O

ompri-mento dos \sprites" multiplos situa-se abaixo do halo

erade30km. Seo\sprite"forilindroase~aoreta

seriadeerade700km 2

. Osbluejets(jatosazuis)s~ao

osegundofen^omeno optiopara aaltaatmosfera,

dis-tintode\sprites"ques~aoobservadosaimadasnuvens

de huva. Como o nome diz eles s~ao eje~oes optias

notopodasregi~oeseletriamenteativasdas

tempesta-des. Elessepropagamparaimaemonesde15graus

om veloidades vertiaisde 100km/s desapareendo

emtorno de40 50 km. Possuemuma energiaoptia

de4kJ,energiatotalde3MJedensidadedeenergiade

uns pouosmJ/m 3

(6)

Figura 4. Simula~ao de um RB emforno de miroondas.

Essa experi^enia mostra a oorr^enia de uma hama

io-nizada e atraves da exita~ao das miroondas, o

aparei-mentodebolashamejantesnointeriordoforno. Nagura

oplasmoideeapazdeatravessarovidro.

Figura5.\sprites",\bluejets"e\elves". Agurasuperior

mostraos \elves" e \bluejets" emnuvens detempestade.

A inferior mostraa presenadostr^esfen^omenosjuntosna

mesosfera.

IV Por que \Sprites" , \Elves"

e \Blue jets" n~ao foram

ana-lisados antes?

\Sprites"pareemummitoporvariosmotivos:

(1)Oorremaima desistemas detempestadesem

atividade. A vis~ao dosmesmos requer aessoaregi~ao

aima da tempestade, n~ao obstruda por nuvens, e

tendo ontra o ampo de vis~ao um eu esuro. Em

muitoslugaresessasondi~oesoorreremraramente.

(2)S~aot^enuesepodemservistosapenasseosolhos

podeseromparadoaumaauroramoderada. Eles

po-dem pareer ao olho humano apenas raios luminosos.

Porseremt^enues,\sprites"n~aos~aoobservadosna

pre-sena deluzesbrilhantes, omoahadasnaidade.

(3) A atividade dedesargas luminosas pode

fail-mente distrair o observador que neessita manter os

olhosxos.

(4) T^emdura~ao brevede apenas unspouos3-10

ms.

Intensos esforos t^em sidofeitosparadeterminara

extens~aototaldessefen^omenoeapartipa~aodomesmo

naeletriidade domeio ambiente terrestre. Existe

in-teresseem saberospossveisefeitos eletroqumiosde

\sprites"e \jets" na mesosfera e estratosfera,

respe-tivamente. A maioria dos modelos para expliar esse

fen^omenos fornee omo fonte de energia os ampos

eletrios assoiados om os rel^ampagos - os ampos

quase estatios devido a distribui~ao de argas

origi-nais, opulso eletromagnetio devidoa propaga~ao do

rel^ampagode retornoou oampoquase eletrostatios

devidoaredistribui~aodeargasnaatmosferapor

or-rentes. Osmodelosmostramqueoaqueimentoda

at-mosferaneutra por esses ampos eletrios. Os

mode-losexpliamqueporesse meiooseletronstermiosno

meioambienteaeleradosemaltaenergiaouqueraios

osmios geram eletrons om Mev de energia. Esses

eletronsaqueidos por olis~oes aqueemos neutronse

produzem, alor,ioniza~aoeemiss~oesoptias

observa-das[15℄.

V Conlus~oes

Os fen^omenos aima fazem parte do iruito eletrio

atmosferioglobaldaTerraeenvolvempartulas

ioni-zadassigniandoexist^eniadeplasmanesseseventos.

Essasorrentesdearionizadosituadasnoiruito

glo-bal t^em diversos nomes e s~ao estudadas por satelites

ou por instrumentos situados em diversos pontos do

globoterrestre. Osefeitosdesritosaimafazemtodos

partedesse iruito global. Desrevemosparialmente

osfen^omenosapresentados. Noentantoateopresente

momento n~ao existe nenhuma teoria que explique

to-talmente esses eventos. O importante na observa~ao

de todos os fen^omenos desritos aima eque eles n~ao

est~ao totalmente expliados a luz da i^enia. Mesmo

osrel^ampagosemalgumasirunst^aniaspermaneem

foradoentendimento dospesquisadores.

Refer^enias

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Fis.,22(1)78,(2000).

[2℄ Tavares M., Theoretial plasma model for intraloud

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spri-tesandblue jets,J.AtmosphereandSolar-Terrestrial

Imagem

Figura 1. Camadas da atmosfera terrestre. A atmosfera
Figura 2. Ciruito el etrio global da Terra.
Figura 4. Simula ~ ao de um RB em forno de miroondas.

Referências

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