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Myrtaceae no Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil.

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Academic year: 2017

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Resumo

Apresentamos neste trabalho o estudo taxonômico das Myrtaceae ocorrentes no Parque Estadual do Itacolomi

(PEIT), uma Unidade de Conservação localizada no estado de Minas Gerais, no sul da Cadeia do Espinhaço.

A vegetação da área é formada por florestas montanas tropicais e campos rupestres. Para o tratamento

taxonômico foram elaboradas descrições, comentários, chaves de identificação e ilustrações. Foram realizadas

coletas de setembro 2009 a dezembro de 2010 e foram revisados os herbários BHCB, OUPR, RB e VIC.

A família está representada no PEIT por 11 gêneros e 44 espécies: Blepharocalyx (1 sp.), Calyptranthes (1

sp.), Campomanesia (4 spp.), Eugenia (4 spp.), Marlierea (3 spp.), Myrceugenia (2 spp.), Myrcia (20 spp.),

Myrciaria (1 sp.), Plinia (1 sp.), Psidium (3 spp.) e Siphoneugena (4 spp.).

Palavras-chave

: Cadeia do Espinhaço, florística, taxonomia.

Abstract

This work aims identify and characterize species of Myrtaceae occurring in the Itacolomi State Park (PEIT),

located in the state of Minas Gerais, in southern Espinhaço Range. The vegetation in the area comprises tropical

montane forests and

campos rupestres

. Descriptions, comments, identification keys and illustrations are

presented. Collections were made in the PEIT from September 2009 to December 2010 and the BHCB, OUPR,

RB and VIC herbaria were revised. The survey resulted in 44 species occurring in the PEIT, belonging to 11

genera: Blepharocalyx (1 sp.), Calyptranthes (1 sp.), Campomanesia (4 spp.), Eugenia (4 spp.), Marlierea

(3 spp.), Myrceugenia (2 spp.), Myrcia (20 spp.), Myrciaria (1 spp.), Plinia (1 spp.), Psidium (3 spp.) and

Siphoneugena (4 spp.).

Key words

: Espinhaço Range, floristic, taxonomy.

Myrtaceae no Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil¹

Myrtaceae in the Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil

Mariana de Oliveira Bünger

2,5

,

Viviane Renata Scalon

3

,

Marcos Sobral

4

&

João Renato Stehmann

2 http://rodriguesia.jbrj.gov.br

1

Parte da dissertação de Mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Instituto de Ciências

Biológicas/Universidade Federal de Minas Gerais.

2

Universidade Federal de Minas Gerais, Inst. Ciências Biológicas, Depto. Botânica, 30123-970, Belo Horizonte, MG, Brasil.

3

Universidade Federal de Ouro Preto, Inst. Ciências Exatas e Biológicas, Depto. Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente,

35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil.

4

Universidade Federal de São João Del Rey, Depto. Ciências Naturais, 36301-160, São João del Rei, MG, Brasil.

5

Autor para correspondência: maribunger@gmail.com

Introdução

Myrtaceae é uma família pantropical e abriga cerca de 3.800 espécies organizadas em cerca de 130 gêneros (Lucas et al. 2005). No Brasil está representada por 26 gêneros e aproximadamente 1.000 espécies (Sobral et al. 2010). Myrtaceae tem sido relatada como uma das famílias com maior representatividade florística nas diversas formações vegetacionais da Cadeia do Espinhaço, ocorrendo principalmente nas Matas de Galeria e afloramentos rochosos (Giulietti et al. 1987). Trabalhos como os de Kawasaki (1989), Nic Lughadha (1995), Kawasaki (2004) e Hatschbach et al. (2006)

enfatizam a importância da família nas Serras do Espinhaço. Para a Serra do Cipó, Kawasaki (1989) encontrou 11 gêneros e 46 espécies; Nic Lughadha (1995) listou nove gêneros e 30 espécies ocorrentes no Pico das Almas; Kawasaki (2004) levantou nove gêneros e 34 espécies para a Serra de Grão Mogol e Hatschbach et al. (2006) destaca a família entre as dez mais ricas com 21 espécies distribuídas em seis gêneros ocorrentes na Serra do Cabral.

(2)

858

de outras serras localizadas no estado de Minas Gerais, nas regiões do Quadrilátero Ferrífero, Triângulo Mineiro e Mantiqueira. Alguns estudos preliminares acerca da flora do Parque Estadual do Itacolomi (PEIT) como os realizados por Peron (1989) e Messias et al. (1997) citaram a ocorrência de 19 e 13 espécies de Myrtaceae para a área.

O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento das Myrtaceae do PEIT, apresentando descrições, ilustrações e chaves de identificação para as espécies ocorrentes na área de estudo, bem como análises e comentários sobre a variabilidade morfológica e taxonomia para essas espécies, contribuindo assim para o melhor conhecimento da flora do PEIT.

Material e Métodos

O Parque Estadual do Itacolomi (PEIT) está situado nos municípios de Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais, entre os paralelos 20º22’30” e 20º30’00”S e os meridianos de 43º32’30” e 43º22’30”W, abrangendo a maior parte da Serra do Itacolomi (Peron 1989). Ocupa uma área de aproximadamente 7.000 ha, sendo o ponto mais elevado o Pico do Itacolomi, a 1.772 m. Sua vegetação é composta por florestas estacionais semideciduais, florestas ombrófilas altomontanas, florestas paludosas e campos rupestres com fitofisionomias de campos quartzíticos e campos ferruginosos (Messias et al. 1997). As porções florestais são caracterizadas por Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Alto-montana. Os campos rupestres do PEIT representam cerca de metade da área total do parque, com três tipos básicos de formações vegetacionais (adaptado de Peron 1989): i) capões de mata que acompanham os cursos d’água, ii) campos graminosos e iii) afloramentos rochosos quartzíticos. O clima na área, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cwb, úmido (mesotérmico), ou seja, temperado úmido com inverno seco e verão quente e chuvoso (Messias et al. 1997).

O levantamento das espécies de Myrtaceae ocorrentes PEIT foi baseado em coletas entre os meses de setembro de 2009 e dezembro de 2010 e consultas aos herbários com maior respresentatividade de espécimes coletados no Parque, BHCB, OUPR, RB e VIC (acrônimos segundo Thiers 2011). A descrição das espécies é baseada nos materiais provenientes da área e, quando insuficientes, em materiais adicionais, e a descrição da família e dos gêneros com base em

literatura específica do grupo e nos exemplares coletados no PEIT. Os termos morfológicos foram padronizados com base em Radford et al.

(1974). As circunscrições genéricas foram aquelas definidas por McVaugh (1968), complementadas por modificações propostas por Landrum & Kawasaki (1997). Os trabalhos de Peron (1989, 1994) foram revisados e citados os sinônimos atuais para as respectivas espécies listadas. As sinonímias seguem Govaerts et al. (2007) e Sobral et al.

(2010). Variedades ou outras formas subespecíficas referidas na literatura não foram consideradas.

Resultados e Discussão

Nas listas de fanerógamas para o PEIT (Peron 1989, Messias et al. 1997) Myrtaceae era representada por 19 e 13 espécies respectivamente. Durante esse trabalho foram incrementadas mais espécies totalizando, portanto, 44 registros de Myrtaceae para a área. Demtre as 44 espécies, distribuídas em 11 gêneros, Myrcia foi o mais rico com 20 espécies, seguido de Eugenia e

Siphoneugena com quatro. O gênero Marlierea

também se destacou no PEIT, com três espécies. A maioria dos táxons foi coletada em área de Floresta Estacional Semidecidual, geralmente com indivíduos esparsos; as áreas de campos rupestres, apesar de serem menos ricas, apresentam grandes populações de certas espécies, como Myrceugenia

alpigena (DC.) Landrum, Myrcia eriocalyx DC.,

M. obovata (O.Berg) Nied., M. subcordata DC.

e Shiphoneugena dussii (Krug. & Urb.) Proença.

Tratamento taxonômico

Myrtaceae Juss., Gen. Pl. 322. 1789.

(3)

ou não sobre o ovário; pétalas 4–5, raro 1–2 ou ausente; estames numerosos (30–200); ovário ínfero, 2–5(18)-lóculos; óvulos 2-muitos por lóculo. Frutos uni-a multisseminados, carnosos. Embriões mircioides, com cotilédones foliáceos, fortemente dobrados, contorcidos e radícula longa, encurvada; eugenioides, com cotilédones carnosos, concrescidos ou distintos e radícula pequena ou

inconspícua e mirtoides com cotilédones muito pequenos e radícula longa, encurvada ou espiralada. Nas formações rupestres e florestais do PEIT foram encontradas 44 espécies subordinadas a 11 gêneros.

Algumas das principais características usadas para identificação de espécies nas chaves estão exemplificadas na Figura 1.

Chave para identiicação dos gêneros de Myrtaceae ocorrentes no PEIT

1. Flores 4-meras.

2. Flores solitárias ou reunidas em racemos (Fig. 1f).

3. Flores solitárias dispostas em um mesmo plano na axila das folhas (Fig. 1h) .... Myrceugenia

3’. Flores reunidas em racemos, quando solitárias são axilares dispostas em planos diferentes ou em ramos bracteados (Fig. 1g) ... 4. Eugenia

2’. Flores reunidas em panículas, dicásios (Fig. 1a), glomérulos (Fig. 1k) ou fascículos. 4. Flores reunidas em glomérulos ou fascículos.

5. Hipanto contraído perto do ápice do ovário; folhas com nervura central saliente em ambas as faces (Fig. 1p) ... 11. Siphoneugena

5’. Hipanto não contraído perto do ápice do ovário; folhas com nervura central saliente somente na face adaxial.

6. Cálice decíduo após a antese ... 8. Myrciaria 6’. Cálice persistente após a antese e na frutiicação.

7. Flores reunidas em glomérulos ... 9. Plinia

7’. Flores reunidas em fascículos ... 4. Eugenia

4’. Flores reunidas em panículas ou dicásios.

8. Lobos do cálice decíduos após a antese, formando uma cicatriz algo quadrada nos frutos (Fig. 1b) ... 1. Blepharocalyx

8’. Lobos do cálice persistentes após a antese e nos frutos

9. Panículas, lores 5-meras com lobos do cálice irregulares ... 5. Marlierea 9’. Dicásios. lores 4-meras com lobos do cálice regulares ... 6. Myrceugenia

1’. Flores 5-meras.

10. Flores solitárias ou reunidas em dicásios 3–7-loros; mais de três óvulos por lóculo.

11. Óvulos inseridos sobre uma placenta que se projeta para o interior do lóculo (Fig. 1, ovário não glandular ... 10. Psidium

11’. Óvulos inseridos sobre uma placenta que não se projeta para o interior do lóculo (Fig. 1e), ovário glandular ... 3. Campomanesia 10’. Flores reunidas em panículas (Fig. 1i), racemos ou raramente reduzidas a dicásios 3-loros; dois

ou três óvulos por lóculo.

12. Cálice com lobos livres desde o botão loral ... 7. Myrcia 12’. Cálice com lobos soldados no botão loral.

13. Cálice rompendo-se como uma caliptra (Fig. 1c) ... 2. Calyptranthes

13’. Cálice rompendo-se em lobos irregulares ... 5. Marlierea

1.BlepharocalyxO. Berg, Linnaea 27(2-3): 348. 1856. Subarbustos, arbustos a árvores. Bractéolas decíduas. Flores 4-meras reunidas em dicásios axilares ou panículas de dicásios com 3–15-flores. Cálice com os lobos soldados ou livres desde o botão, decíduos após a antese; pétalas presentes; ovário 2-locular, 4–17-óvulos por lóculo;

hipanto não prolongado acima do ovário. Frutos globosos, com cicatriz do cálice algo quadrada, 1–2-seminados; semente com embrião mirtoide.

Gênero com quatro espécies, ocorrendo desde o Caribe até o sul do Chile; no Brasil ocorrem três espécies e no PEIT (Landrum 1986), somente B.

(4)

860

1.1Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg, Linnaea 27(4): 413-414. 1854 [1856].

Subarbusto ou arbusto prostrado ca. 0,4 m alt. Folhas com pecíolo 2,6–5,4 mm compr., lâmina 3,1–4,7 × 1,6–2,8(3,5) mm, elíptica ou ovada, discolor ou não; ápice agudo, acuminado ou apiculado; base atenuada, subcordada ou truncada; nervura central levemente saliente na face adaxial e saliente na abaxial, nervuras laterais 11–18 pares, evidentes nas duas faces e salientes na abaxial. Flores em dicásios 3-floros com eixos 1,2–1,4 cm compr.; pedicelo 1,3–2,7 cm compr.; bractéolas ca. 5 mm compr., lanceoladas; lobos do cálice ca. 1,8 mm compr., triangulares. Frutos 4,6–8,2 mm diâm., globosos, glabros.

Material examinado: Ouro Preto, Lagoa Seca, 13.II.2009, fl., M.O. Büngeret al.76 (BHCB). Região da Lagoa Seca 20º42’63”S e 43º48’90”W, 21.IX.2009, fl., E.K.O. Hattori

& M.O. Bünger865 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Caeté, Serra da Piedade, 4.XII.1992, fr., A.A. Arantes

(BHCB 21.150).

Blepharocalyx salicifolius apresenta

distribuição disjunta, ocorrendo no Equador, na oeste da cordilheira dos Andes, e na Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil (Landrum 1986). No Brasil, é encontrada desde o Centro Oeste e Nordeste até o Rio Grande do Sul, nos domínios da Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa (Sobral et al.

2010). Assim como observado por Landrum (1986), os espécimes apresentaram grande variação quanto ao hábito e formas foliares, mesmo quando ocorrem na mesma localidade. Porém, os dicásios 3-floros (Fig. 1a) e a cicatriz do cálice nos frutos (Fig. 1b) são bastante característicos. No PEIT, a espécie foi coletada com botões florais e flores senescentes em setembro nos campor rupestres.

2.CalyptranthesSw., Prodr. 5: 79-80. 1788. Arbustos a árvores com ramos geralmente dicotomicamente ramificados. Inflorescências em panículas ou racemos. Bractéolas decíduas. Flores 5-meras. Cálice com lobos soldados no botão, abrindo-se através de uma caliptra; pétalas geralmente ausentes; ovário 2-locular, lóculo 2-ovulado; hipanto presente. Frutos globosos, 1-4-seminados; semente com embrião mircioide.

Calyptranthes ocorre desde o México e Caribe

até o Norte da Argentina, possuindo cerca de 68 espécies no Brasil (Landrum & Kawasaki 1997; Sobral et al. 2010). No Brasil ocorre em todas as regiões, abrangendo a Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (Sobral et al. 2010). No PEIT foi coletada somente uma espécie ocorrendo em Floresta Estacional Semidecidual.

2.1Calyptranthes pulchellaDC., Prodr. 3: 257. 1828. Arbusto ou subarbusto ca. 1,6 m alt. Plantas glabras. Folhas com pecíolo 2,2–4,4 mm compr.; lâmina 2,1–3,6 × 1,4–2 cm, obovada, discolor; ápice arredondado, às vezes obtuso; base cuneada; nervura central sulcada na face adaxial e saliente na abaxial. Flores em panículas ou racemos terminais, eixo principal da inflorescência 1,4–2,6 cm compr.; flores sésseis; bractéolas não vistas; botões florais ca. 2,5 mm compr., obovados. Frutos 3,5–6,5 mm diâm., globosos.

Material examinado: Ouro Preto, 20°25’02”S 43°28’58”W, 1650 m., 26.VII.2008, F.F. Carmo3484 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Ouro Preto, São Sebastião, 1903, fl., D. Cardoso s/n (BHCB 3677). Catas Altas, Serra do Caraça, Trilha para Bocaina, 10.I.2000, fr., M.F. Vasconcelos (BHCB 52846). Serra do Cipó, fl., H.C. Sousa. et al. (BHCB 16786).

C a l y p t r a n t h e s p u l c h e l l a a p r e s e n t a distribuição disjunta no Brasil e é encontrada nos estados do AM, AC, MA, BA, MG, ES e RJ (Sobral et al. 2010), sendo também frequente nas terras baixas da Amazônia Colombiana (McVaugh 1968). Pode ser facilmente reconhecida pelo padrão de ramificação dicotômico dos ramos, folhas discolores e obovadas, densamente pontoadas na face abaxial e caliptra (Fig. 1c). A espécie foi vista no PEIT somente em estado vegetativo e em áreas de campo rupestre e Floresta Estacional Semidecidual, regiões conhecidas respectivamente como Lagoa Seca e Mata do Morro do Cachorro.

3. CampomanesiaRuiz & Pav., Fl. Peruv. Prodr.: 72. 1794.

Subarbustos, arbustos ou árvores. Lâminas com nervura marginal descontínua, formada pelos arcos das nervuras laterais. Flores 5-meras, solitárias, axilares ou terminais, geralmente em ramos novos. Bractéolas decíduas. Cálice com lobos livres no botão floral, lobos regulares; hipanto prolongado ou não sobre o ovário; ovário 6–16 locular; parede do lóculo verrucosa-glandular; numerosos óvulos por lóculo, dispostos em duas fileiras com placentação central. Frutos globosos, coroados pelos remanescentes do cálice; 1–4 sementes, raramente mais; embrião mirtoide.

(5)

Figura 1

a-b.

Blepharocalyx salicifolius

a. dicásio; b. fruto com cicatriz algo quadrada. c.

Calyptranthes pulchella

caliptra.

d.

Campomanesia adamantium

flores solitárias. e.

C. rufa

óvulos inseridos sobre um placenta que não se projeta para o

interior do lóculo. f.

Eugenia florida

racemo, com destaque para bractéolas. g.

E. ligustrina

ramo bracteado. h.

Myrceugenia

alpigena

flores solitárias dispostas em um mesmo plano na axila das folhas. i.

Myrcia amazonica

panícula. j.

M. splendens

fruto ovóide com lobos do cálice persistentes e regulares. k-l.

Myrciaria floribunda

– k.

glomérulo; l. fruto com cicatriz circular.

m-o.

Psidium firmum

– m.

cálice com lobos livres no botão floral, com destaque para pedicelo e brácteas; n.

P. firmum

fruto

com lobos do cálice persistentes e irregulares; o.

P. firmum

óvulos inseridos sobre uma placenta que se projeta para o interior

do lóculo. p.

Siphoneugena crassifolia

– hipanto contraído perto do ápice do ovário. (a Hattori & Bünger 865, b Arantes - BHCB

21150, c Souza - BHCB 3677, d Bünger

et al.

10, e Viana 373, f Bünger

et al.

537, g Cândido 534, h Bünger

et al

. 58, i Bünger

et al.

98, j Bünger

et al

. 81, k, l Cândido

et al

. 189, m,o Messias e Silva - OUPR 5060, n Bünger

et al

. 21, p Cândido

et al

. 438)

Figure 1

– a-b.

Blepharocalyx salicifolius

– a. dichasia; b. fruit crowned by a square scar. c.

Calyptranthes pulchella

– calyptra. d.

Campomanesia

adamantium

– solitary flower. e.

C. rufa

– the placent not protrunding. f.

Eugenia florida

raceme, bracteole. g.

E. ligustrina

bracteate shoot.

h.

Myrceugenia alpigena

– flowers solitary in a vertical row in the axils of leaves. i.

Myrcia amazonica

panicle. j.

M. splendens

– ovoid fruit

crowned by regular calyx-lobes. k-l.

Myrciaria floribunda

– k. glomerule; l. fruit crowned by a circular scar. m-o.

Psidium firmum

– calyx-lobes

clearly distinguishable, pedicels, bracts; n. fruit crowned by irregular calyx-lobes; o. the placentea protrunding. p.

Siphoneugena crassifolia

hypanthium contracted near at summit the ovary. (a Hattori & Bünger 865, b Arantes - BHCB 21150, c Souza - BHCB 3677, d Bünger

et al.

10,

e Viana 373, f Bünger

et al.

537, g Cândido 534, h Bünger

et al

. 58, i Bünger

et al.

98, j Bünger

et al

. 81, k, l Cândido

et al

. 189, m,o Messias

e Silva - OUPR 5060, n Bünger

et al

. 21, p Cândido

et al

. 438)

e o p

f i

d k

h a

g

j b

m

c

n

l

1 cm

5 cm

2 mm

1 cm

1 cm

5 mm

5 mm 5 mm

5 mm

5 mm

5 mm

1 cm

1 mm

5 mm

2 mm

1 mm

brácteas pedicelo

(6)

862

Chave para as espécies de Campomanesia do PEIT

1. Plantas arbóreas > 3m alt., presentes nas matas e/ou beira de rios.

2. Folhas com ambas as faces pubescentes ... 3.5. C. simulans

2’. Folhas com ambas as faces glabras, exceto na axila das nervuras secundárias da face abaxial, onde há um tufo de tricomas (Fig. 2a) ... 3.2. C. guaviroba

1’. Plantas arbustivas até 1,5 m alt., presentes nos campos rupestres.

3. Folhas velutinas, frutos > 13 mm diâm., velutinos ... 3.4. C. rufa

3’. Folhas glabras ou pubescentes, frutos < 13 mm diâm., glabros ou esparsamente pubescentes. 4. Face abaxial das folhas glabra, cerosa, margem plana, base atenuada ou cordada ...

... 3.1. C. adamantium

4’. Face abaxial glabrescente, exceto sobre as nervuras central e secundárias, onde é ferrugíneo-pubescente, não cerosa, margem revoluta, base atenuada ou aguda ... 3.3. C. pubescens

3.1. Campomanesia adamantium(Cambess.) O. Berg, Linnaea 27(4): 434. 1854 [1856].

Arbusto 0,8–1,5 m alt. Folhas sésseis ou pecioladas; pecíolo 4–5,7(6,9) mm compr.; discolores; lâmina 2,2–5,1 × 1,2–2,5 cm, geralmente elíptica, algumas vezes oblonga; ápice agudo às vezes acuminado; margem plana; base geralmente atenuada, algumas vezes cordada; coriácea, face adaxial glabra, face abaxial glabra, cerosa. Flores terminais; bractéolas 2,7–4 mm compr.; pedicelo 1–2,9 cm compr., sépalas 3–6 mm compr., ferrugíneas, oblongas, ciliadas; ovário 8–9-locular; hipanto prolongado acima do ovário. Frutos 4,2–6,2(10) mm diâm., glabros.

Material examinado: Ouro Preto, Morro do Cachorro, 22.IX.1995, fl., J.L. Silva & M.C.T.B Messias (OUPR 1.980). Caminho para o Pico, próximo à torre do Morro do Cachorro, 1480 m., 23.X.1999, fr., A.Z. Castro 92 (OUPR), 29.X.2007, fl., M.O. Büngeret al. 10

(OUPR); 29.X.2007, fr., M.O. Büngeret al. 17 (OUPR); 29.X.2007, fr., M.O. Büngeret al. 14 (OUPR). Estrada do Calais, 12.XI.2007, fr., M.O. Büngeret al. 24 (OUPR).

Campomanesia adamantium ocorre nos

domínios do Cerrado e Mata Atlântica de SC, PR, SP, MG, MS, MT, GO, DF e Paraguai (Landrum 1986; Sobral et al. 2010). É facilmente reconhecida pelas suas folhas cerosas, apresentado coloração esbranquiçada tanto in situ como in sicco e flores solitárias (Fig 1d). Foi coletada, na área de estudo em campo rupestre, com flores em outubro e frutos em novembro e dezembro.

3.2. Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk., Enum. Myrt. Bras. 8. 1893.

Árvore 6–8 m alt. Folhas pecioladas; pecíolo 7–10 mm compr.; discolor; lâmina (6,6)10–13,2 × 3,5–6 cm, elíptica; ápice geralmente agudo, algumas vezes caudado; margem plana; base

aguda; coriácea, face adaxial glabra, face abaxial glabra, exceto na axila das nervuras secundárias, onde há um tufo de tricomas, não cerosa. Flores axilares; bractéolas ca. 2 mm compr.; pedicelo 5–8 mm compr.; sépalas ca. 4 mm compr., glabras, geralmente deltadas, não ciliadas; ovário 9–locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos ca. 15 mm diâm., glabros.

Material examinado: Mariana, Estrada do Cibrão, 20°26’58,7”S e 43°24’20,3”W, 702 m, 31.IX.2010, M.O. Büngeret al. 543 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Catas Altas, RPPN Parque Natural do Caraça, Mata Semidecídua da Fazenda do Engenho, 23.I.2004, fr.,

P.O. Morais & M. Sobral 164 (BHCB). Matozinhos, Fazenda Cauaia – Lapa do Santo, 23.X.2006, fl., J.C.F Meloet al. 572 (BHCB).

Campomanesia guaviroba ocorre no Brasil

desde a BA até o RS, nos domínios do Cerrado e Mata Atlântica (Sobral et al. 2010). No PEIT foi coletada somente em estado vegetativo, porém pôde ser identificada por uma característica vegetativa que a distingue das outras espécies do gênero: concentração de tricomas na axila das nervuras secundárias na face abaxial das folhas (Landrum 1986). A espécie foi coletada em beira de córrego, em uma área de Floresta Estacional Semidecidual.

3.3. Campomanesia pubescens(DC.) O. Berg, Fl. bras. 14(1): 443. 1856.

Arbusto até 0,5 m alt. Folhas pecioladas; pecíolo 3,6–5,7 mm compr.; lâmina (2,9)4,1–6,3

(7)

ou axilares; bractéolas 5–6,1 mm compr.; pedicelo 1–2,5(3,4) cm compr.; sépalas 4–5 mm compr., ferrugíneo-pubescentes, geralmente ovadas, às vezes oblongas, curto-ciliadas; ovário 6–7 locular; hipanto não prolongado sobre o ovário. Frutos ca. 6,1 mm diâm., esparsamente pubescentes.

Material examinado: Ouro Preto, Morro do Cachorro, 29.X.2007, fl., M.O. Büngeret al. 1 (OUPR).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Patrocínio, CETEC QAPE 105, 18.X.1986, fr., G. Pedralli et al. (BHCB 15.391).

Campomanesia pubescens apresenta ampla

distribuição na Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica,

especialmente nos campos da BA, GO, DF, MT, ES, MG, MS, SP, PR e Paraguai segundo Landrum (1986) e Sobral et al. (2010). Ainda segundo o autor, a espécie é bastante comum e varia morfologicamente de acordo com a região de ocorrência. Por exemplo, indivíduos com os lobos do cálice agudo parecem ser típicos de Minas Gerais, embora outras variações também ocorram. Outra variação citada pelo autor refere-se ao tipo de indumento: em São Paulo,

C. pubescens é usualmente pubérula, ao invés de

pubescente (como na área de estudo) ou tomentosa. Pode ser reconhecida pelos ramos tortuosos e

Figura 2

– a. tufo de tricomas na axila das nervuras secundárias da face abaxial de

Campomanesia guaviroba

(P.O.

Moraes & M. Sobral 164); b-c.

Myrcia crocea

– b. fruto costado (G.G. França & F. Raggi 601); c. fruto globoso,

velutino (F.R. Couto 64); d-e.

Myrcia mutabilis

– sépalas deltadas e não-ciliadas (E.S. Cândido

et al

. 188); f.

Myrcia

splendens

– sépalas ovadas com ápice obtuso, ciliadas (M.O. Bünger

et al

. 40); g.

Myrcia amazonica

– sépalas com

ápice agudo (M.O. Bünger

et al

. 98); h.

Eugenia cerasiflora

– bractéola ciliada (C. Maciel

et al

.-BHCB 144673).

Figure 2

– a. hair tufts in the axils of the lateral veins of the abaxial side of

Campomanesia guaviroba

(P.O. Moraes & M. Sobral

164); b-c.

Myrcia crocea

– b. costte fruit (G.G. França & F. Raggi 601); c. velutinous globose fruits (F.R. Couto 64); d-e.

Myrcia

mutabilis

– deltate not ciliate sepals (E.S. Cândido

et al.

188); f.

Myrcia splendens

– ovate ciliate sepals with obtuse apex (M.O.

Bünger

et al

. 40); g.

Myrcia amazonica

– sepals with acute apex (M.O. Bünger

et al

. 98); h.

Eugenia cerasiflora

– ciliate bracteole

(C.Maciel

et al

.-BHCB 144673).

d

5 mm

1 mm

1 mm

5 mm

5 mm

5 cm

1 mm

g a

e

f

h b

c

(8)

864

nodosos e folhas com nervuras secundárias, na face abaxial, ferrugíneo-pubescentes, verde-amarelada a avermelhada in sicco. Foi coletada, na área de estudo em campo rupestre, em outubro com flores e frutos imaturos.

3.4. Campomanesia rufa (O. Berg) Nied., Nat. Pflanzenfam. 3(7): 73. 1893.

Arbusto até 1,3 m alt. Folhas pecioladas; pecíolo 6,4–8,1 mm compr.; discolores; lâmina 4,5–6,5 × 1,7–2,5 cm, elíptica; ápice acuminado; margem revoluta; base aguda; coriácea, ambas as faces velutinas, não cerosa. Flores terminais ou axilares; bractéolas não vistas; pedicelo 2–3,3 cm compr.; sépalas 8,1–10,7 mm compr., ferrugíneo-pubescentes, deltadas às vezes triangulares, não-ciliadas; ovário 14-locular; hipanto não prolongado sobre o ovário. Frutos 13,6–15,1 mm diâm., globosos, densamente cinéreo-velutinos.

Material examinado: Ouro Preto, Calais, 14.I.2008, fr.,

M.O. Büngeret al. 51 (OUPR).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Pico do Itabirito, 2.X.1993, fl., W.A. Teixeira (BHCB 33.831). Brumadinho, Retiro das Pedras, 20º05’35”S e 43º59’01”W, 1400 m., 6.XI.2001, fl., P.L. Viana 373 (BHCB).

Campomanesia rufa ocorre em MG e MS

(Landrum 1986; Sobral et al. 2010). Segundo Landrum (1986) é uma espécie arbustiva ou pequena árvore pouco conhecida, típica do Cerrado. Caracteriza-se pelas folhas discolores, com face adaxial verde escura e face abaxial castanho-claro, velutinas, além dos frutos grandes, globosos e cinéreo-velutinos e óvulos inseridos sobre placenta sem projeção para o interior do lóculo (Fig. 1e). No PEIT, foi coletada nos campos rupestres com frutos em janeiro.

3.5. Campomanesia simulans M. L. Kawas., Brittonia 52(2): 188-190. 2000.

Árvore ca. 3,5 m alt. Folhas pecioladas; pecíolo 2,9–5 mm compr.; discolores; lâmina

(4)6,9–8,8 × (2,6)3,2–4 cm, elíptica; ápice agudo; margem plana; base atenuada; coriáceo, ambas as faces pubescentes, não cerosa. Flores axilares; bractéolas ca. 2,5 mm compr., pedicelo ca. 1,8 cm compr.; sépalas 3–4 mm compr., pubescentes, deltadas, ciliadas; ovário 10-12-locular; hipanto não prolongado sobre o ovário. Frutos 10,3–12 mm diâm., globosos, pubescentes.

Material examinado: Ouro Preto, Margens do Maynart, 3.II.2006, fr., M.C.T.B. Messias 1093 (OUPR).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Camanducaia, Estrada para São Mateus, 22.X.2001, fl.,

J.R. Stehmann & I.B. Castro 2996 (BHCB).

Campomanesia simulans ocorre nas “florestas

de interior” dos estados de SP e MG (Kawasaki 2000). Pode ser confundida com C. sessiliflora, mas diferencia-se por apresentar 8–12 pares de nervuras laterais (vs. 4–7 pares) e ápice do cálice agudo, ao contrário do ápice obtuso a retuso de C.

sessiliflora (O.Berg) Mattos (Kawasaki 2000). Foi

coletada na área de estudo com frutos maduros em fevereiro em mata ciliar de beira de córrego.

4. EugeniaL., Sp. Pl. 1: 470-471. 1753. Calycorectes O. Berg., Linnaea 27: 317. 1856. Hexachlamys O. Berg., Linnaea 27(2-3): 137, 345. 1856.

Árvore, arvoreta ou arbusto. Flores 4-meras, solitárias, reunidas em racemos, fascículos ou ramos bracteados; axilares. Bractéolas persistentes. Cálice com lobos livres no botão floral; hipanto não prolongado acima do ovário; ovário 2–3-locular; 2 a numerosos óvulos por lóculo; placentação axilar. Frutos globosos, elipsóides, cilíndricos ou piriformes; cálice persistente; 1–2 sementes; embrião eugenioide.

O gênero Eugenia ocorre desde o México e Caribe até o norte da Argentina (Legran 1969, van der Merwe et al. 2005). No Brasil, estima-se que existam cerca de 350 espécies distribuídas por todo o país (Sobral et al. 2010). No PEIT foram coletadas quatro espécies.

Chave para as espécies de Eugenia do PEIT

1. Flores reunidas em racemos (Fig. 1f) ... 4.2. E. lorida 1’. Flores reunidas em fascículos, ramos bracteados ou solitárias.

2. Folhas ≥ 7,5 cm compr. ... 4.4. E. mosenii

2’. Folhas < 7,5 cm compr.

3. Flores não reunidas em ramos bracteados: folhas com ápice caudado: bractéolas ovadas, ciliadas (Fig. 2h) ... 4.1. E. cerasilora 3’. Flores reunidas em ramos bracteados: folhas com ápice agudo, algumas vezes acuminado:

(9)

4.1. Eugenia cerasiflora Miq., Linnaea 22(7): 793. 1849.

Árvore ca. 8,5 m alt. Folhas com pecíolo 5,7–7,2 mm compr., glabro; lâmina discolor, elíptica; ápice caudado; margem revoluta e ondulada; base aguda; coriácea, 3,7–5,5 × 2,2–3 cm face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial glabra, nervura central saliente. Flores solitárias ou em fascículos 2-floros, pedicelo 4,3–11,3 mm compr., glabro; botões não vistos; brácteas ausentes e bractéolas ca. 1 mm compr., ovadas, ciliadas, pubescentes, persistentes nos frutos; lobos do cálice 3,5–4,5 mm compr., ovados, não ciliados, esparsamente pubescentes. Frutos 7–9 mm diâm., elipsóides, glabros.

Material examinado:Ouro Preto, Mata de Altitude (fundo de Vale), 17.IV.2009, fl., C. Maciel et al. (BHCB 144673).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Catas Altas, Chapada de Canga, 28.V.2010, fr., F.F. Carmo 5094 (BHCB).

Eugenia cerasiflora ocorre nos domínios do

Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga nos estados SE, BA, MG, ES, RJ, SP, PR e SC (Sobral et al.

2010). A espécie se diferencia pelo ápice caudado e margem ondulada, evidente principalmente em material seco. No PEIT, foi coletada em área de floresta estacional semidecidual com flores em abril.

4.2. Eugenia floridaDC., Prodr. 3: 283. 1828. Árvore ca. 5 m alt. Folhas com pecíolo 6,4–9,5 mm compr., glabro, lâmina concolor, elíptica; ápice caudado; margem plana; base atenuada; coriácea, 6,8–12,1 × (2,4)3,2–5,3 cm, face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial glabra, nervura central saliente. Flores em racemo, eixo principal 2,5–4 cm compr., pedicelo 7–9 mm compr., glabro; botões florais não vistos; brácteas e bractéolas ca. 2 mm compr., deltadas, ciliadas, glabras, persistentes nos frutos; lobos do cálice ca. 2 mm compr., deltados, ciliados, glabros. Frutos 6–8 mm diâm., globosos glabros.

Material examinado: Ouro Preto, Encontro do Maynart e Belchior, estrada do Cibrão, 31.IX.2010, fl., M.O. Büngeret al. 537 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Catas Altas, RPPN Parque do Caraça, Rio da Fazenda do Engenho, 20.XI.2004, fr., P.O. Morais et al. 189 (BHCB).

Eugenia florida é amplamente distribuída no

Brasil, ocorrendo em estados de todas as regiões (Sobral et al. 2010). É facilmente reconhecida pelos seus racemos com numerosas flores (Fig. 1f). No PEIT, foi coletada em área de Floresta Estacional Semidecidual, à margem do Rio Maynart com flores em outubro.

4.3. Eugenia ligustrina (Sw.) Willd., Sp. Pl. 2: 962. 1799.

Árvore ca. 4 m alt. Folhas com pecíolo 2,8–3,3 mm compr., glabro; lâmina 3,4–5,6 × 0,9–1,9 cm, discolor, elíptica; ápice agudo; margem revoluta; base atenuada; coriácea, face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial glabra, nervura central saliente. Flores em ramos bracteados, pedicelo 15–23 mm compr., glabro; botões não vistos; brácteas ca. 5,2 mm compr., deltadas, não ciliadas, glabras, persistentes nos frutos; lobos do cálice ca. 3 mm compr., deltados, não ciliados, glabros. Frutos 9,3–14 mm diâm., globosos, glabros.

Material examinado:Ouro Preto, Sertão, 23.VI.2010, fl.,

E.S. Cândido et al. 394 (BHCB). Estrada do Calais, chegando ao Baú, 1.X.2010, fr., M.O. Büngeret al. 541 (BHCB).

Eugenia ligustrina apresenta ampla

distribuição, ocorrendo desde a Amazônia (PA) até o Sul do Brasil (PR), passando pelos domínios da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica através dos estados do PI, CE, RN, PB, SE, PE, MG, ES, RJ e SP (Sobral et al. 2010). Suas flores em ramos bracteados (Fig. 1g) é bastante característico da espécie e da seção à que se insere (Stenoclayx). No PEIT foi coletada em áreas de campo rupestre próximo a afloramentos rochosos e de transição com Floresta Estacional Semidecidual (região do Baú), com flores em junho e frutos em outubro.

4.4. Eugenia mosenii (Kausel) Sobral, Napaea 1: 25. 1987.

Arvoreta ou árvore. Folhas com pecíolo 8,1–12,1 mm compr., glabro, lâmina 7,5–16,5 ×

2,5–4,5 cm, concolor, elíptica; ápice agudo, algumas vezes arredondado; margem pouco revoluta; base decurrente; coriácea, face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial glabra, nervura central saliente. Flores em fascículos, pedicelo 8–18 mm compr., glabro; botões florais não vistos; brácteas e bractéolas 1–2 mm compr., deltadas, não ciliadas, glabras, não persistentes nos frutos; lobos do cálice 3,2–4 mm compr., deltados, não ciliados, glabros. Frutos 11–55 mm diâm., globosos, glabros. Material examinado: Ouro Preto, 1994, fl., S. Dias

(OUPR 1435).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Ouro Preto, Próximo à Mina da Fábrica, 20°25’18”S e 43°50’41”W, 6.VIII.2008, fr., S.G. Rezende 3013 (BHCB).

Eugenia mosenii apresentava distribuição

(10)

866

5. Marlierea Cambess., Fl. Bras. Merid. 2: 269. 1833. Árvores. Flores 4–5-meras reunidas em panículas axilares ou terminais ou raramente formando racemos. Bractéolas decíduas. Cálice com lobos soldados no botão floral e rompendo-se em 4–5 lobos irregulares na antese ou com quatro lobos visíveis na parte apical que se rompem na antese em lobos mais ou menos regulares, iguais ou quase sempre maiores do que o resto inferior do hipanto; lobos persistentes

após a antese; pétalas presentes ou abortadas; ovário 2-locular com dois óvulos por lóculo. Frutos globosos, 1–2-seminados, sementes com embrião mircioide.

Marlierea possui cerca de 95 espécies, dentre

as quais cerca de 70 ocorrem no Brasil (Sobral et al. 2010). O gênero é amplamente distribuído, com espécies ocorrendo nos domínios da Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. No PEIT foram coletadas três espécies.

Chave para as espécies de Marlierea do PEIT

1. Folhas com nervura central saliente em ambas as faces.

2. Panículas ou racemos com lores sésseis ... 5.3. M. obscura 2’. Panículas com lores pediceladas ... 5.1. M. excoriata

1’. Folhas com nervura central saliente somente na face abaxial ... 5.2. M. laevigata

5.1. MarliereaexcoriataMart., Flora 20 (2, Beibl.): 88. 1837.

Árvore. Folhas com pecíolo 5,5–7,2 mm compr.; lâmina 9,2–13,4 × 2,6–4,2 cm, elíptica, discolor, face adaxial verde-cinéreo e face abaxial castanho-claro; ápice caudado, algumas vezes agudo; base decurrente algumas vezes atenuada; nervura central saliente em ambas as faces. Panículas com eixo principal 2,5–2,6 cm compr.; pedicelo ca. 2 mm compr.; bractéolas ausentes; botões florais 1,9–2,6 mm compr., globosos; flores não vistas. Frutos 4,9–7,7 mm diâm., globosos. Material examinado: Ouro Preto, Floresta Paludosa de Altitude, 6.III.2008, fr., G. Pedreira 627 (OUPR).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Itambé do Mato Dentro, distrito de Santana do Rio Preto (Cabeça de Boi), APA do Parque Nacional da Serra do Cipó, 24.X.2008, fl., M.F. Santos & J.B.C. Marques 392 (BHCB).

Marlierea excoriata é uma espécie exclusiva

da Floresta Atlântica e ocorre desde a BA até o RS (Sobral et al. 2010). Na área de estudo, ocorre no interior de Floresta Paludosa e foi coletada com frutos em março. Diferencia-se pelas nervuras centrais salientes em ambas as faces e pelas flores pediceladas nas panículas. De acordo com o material adicional examinado, a espécie foi encontrada com botões florais em outubro.

5.2. Marlierea laevigata(DC.) Kiaersk., Enum. Myrt. Bras. 51. 1893.

Árvore ca. 7 m alt. Folhas com pecíolo 5,1–16 mm compr.; lâmina (5,3)7,4–11,3 × (1,9)3,4–4,2 cm, elíptica, discolor, mais escura na face adaxial; ápice caudado; base decurrente, algumas vezes

atenuada; nervura central sulcada na face adaxial e saliente na face abaxial. Panículas com eixo principal 3,1–4,8(7,8) cm compr.; flores sésseis; bractéolas não vistas; botões florais 2–3,2 mm compr., globosos, 4–5 lobos ca. 1,7 mm compr., irregulares. Frutos 3,3–4,8 mm diâm., globosos. Material examinado: Ouro Preto, Encontro do Maynart e Belchior, 31.IX.2010, fl., M.O. Büngeret al. 536 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Felício dos Santos, APA Felício, 8.X.2004, fr., P.L. Viana

et al. 1892 (BHCB).

Marlierea laevigata é citada por Sobral et

al. (2010) para a BA, MG, ES, RJ e SP, sendo encontrada nos domínios da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Diferencia-se das outras espécies por apresentar nervura central saliente apenas na face abaxial. No PEIT, ocorre em Floresta Estacional Semidecidual com flores em outubro.

5.3. Marlierea obscura O. Berg, Fl. bras. 14(1): 36. 1859.

Árvore 3,5–6 m alt. Folhas com pecíolo 4,2–8,1 mm compr.; lâmina 7,1–12,8 × (2,1)2,7– 4,2 cm, elíptica, discolor, mais escura na face abaxial ou adaxial; ápice frequentemente caudado, às vezes acuminado; base atenuada; nervura central saliente em ambas as faces. Panículas ou racemos com eixo principal (3,4)6–8,1 cm compr.; flores sésseis; bractéolas ausentes; botões florais ca. 3,7 mm compr., globosos ou obovados, 4–5 lobos ca. 2,5 mm compr., irregulares. Frutos 2,2–6,2 mm diâm., globosos.

(11)

Tesoureiro, 9.XII.2009, fr., M.O. Büngeret al. 115 (BHCB). Estrada para o Viveiro do Tesoureiro, campo rupestre ferruginoso, 14.V.2010, fl., E.S. Cândido et al. 440 (BHCB).

Marlierea obscura é encontrada no Domínio

da Mata Atlântica, nos estados das Regiões Sudeste e Sul do Brasil, exceto RS (Sobral et al.

2010). M. obscura apresenta flores sésseis nas inflorescências. No PEIT, a espécie foi coletada nas matas, ocorrendo, principalmente, em beira de córrego e foi encontrada também em campo rupestre ferruginoso. Foram observadas flores em setembro e frutos em dezembro e janeiro.

6. Myrceugenia O. Berg, Linnaea 27: 131. 1856. Subarbustos a árvores. Folhas com lâminas frequentemente discolores e nervura central proeminente na face abaxial. Flores 4-meras,

usualmente solitárias, poucas vezes reunidas em dicásios; pedúnculos solitários sobrepostos em um plano na axila das folhas. Bractéolas persistentes. Cálice com lobos livres desde o botão; ovário 2–4-locular; 2 ou mais óvulos por lóculo, placentação axilar. Frutos globosos, lobos do cálice e brácteas persistentes; 1–5 sementes, testa membranácea; embrião mircioide.

Myrceugenia possui cerca de 40 espécies,

das quais 29 ocorrem no Brasil. Suas espécies estão distribuídas desde o Brasil, nos estados da Bahia e das Regiões Sudeste e Sul, nos domínios do Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica até o sudeste do Chile e Ilhas Juan Fernández (Landrum 1981; Landrum & Kawasaki 1997). No PEIT foram encontradas duas espécies do gênero.

Chave para as espécies de Myrceugenia do PEIT

1. Ramos novos, botões lorais, pedúnculos e frutos imaturos com indumento cinéreo, pedicelo < 3 mm

compr., frutos maduros pruinosos ... 6.1. M. alpigena 1’. Ramos novos, botões lorais, pedúnculos e frutos imaturos com indumento castanho-amarelado ou ferrugíneo,

pedicelo > 3 mm compr., frutos maduros pubescentes ou glabrescentes ... 6.2. M. miersiana

6.1. Myrceugenia alpigena (DC.) Landrum, Brittonia 32(3): 372. 1980.

Arbusto a árvore 1,2–3,5 m alt.. Ramos novos, botões florais, pedúnculos e frutos imaturos com indumento cinéreo. Folhas com pecíolo (3,7)5,1–8,3(9) mm compr.; lâmina 2,6– 4,8 × (0,9)1,1–2,1 cm, elíptica; ápice arredondado, algumas vezes retuso, frequentemente mucronado; margem revoluta; base atenuada; coriácea, face adaxial glabra, esverdeada, face abaxial pruinosa, alvo-amarelada. Flores 2–3; pedicelo 1–3 mm compr.; bractéolas 1,8–3 mm compr., triangulares; cálice com lobos 3–3,5 mm compr., geralmente agudos, algumas vezes arredondados, pubescentes; ovário 3-locular. Frutos 4,3–5,4 mm diâm, globosos, negros, pruinosos.

Material examinado:Ouro Preto, Base do Itacolomi, 1893, fl., C. Thomaz (OUPR 5.721). Morro do Cachorro, 29.X.2007, fr., M.O. Bünger et al. 3 (OUPR). Calais, 12.XI.2007, fr., M.O. Bünger et al. 28 (OUPR). 14.I.2008, fl., M.O. Büngeret al.46 (OUPR). 14.I.2008, fr., M.O. Büngeret al.49 (OUPR). Floresta Paludosa de Altitude, 4.III.2008, fl., G. Pedreira647 (OUPR). Trilha para Lagoa Seca, 9.IV.2008, fl. e fr., M.O. Büngeret al. 58 (OUPR). Trilha do Tesoureiro, 9.XII.2009, fr., M.O. Büngeret al. 116 (BHCB).

Myrceugenia alpigena ocorre desde RS e tem

seu limite meridional em MG (Kawasaki 1989). Caracteriza-se pelos frutos pruinosos negros e pela coloração alvo-amarelada na face abaxial de suas folhas. É uma espécie abundante na área de estudo, coletada tanto nos campos rupestres, quanto nas áreas florestais apresentando botões florais em janeiro, flores em abril e frutos de outubro a janeiro e em abril.

6.2. Myrceugenia miersiana(Gardner) D. Legrand & Kausel, Comun. Fl. Mus. Hist. Nat. Montevideo 2(28): 8. 1953.

(12)

868

5,4–11,2 mm diâm., globosos, negros, pubescentes ou glabrescentes.

Material examinado: Ouro Preto, Floresta Paludosa, II.2004, veg., G. Pedreira (OUPR 19.166).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Alto Caparaó, Parque Nacional do Caparaó, Vale Verde, interior de Floresta Pluvial Tropical, 22.VIII.2002, fr.,

L. Leoni 5125 (BHCB). Carandaí, Pedra do Sino Hotel Fazenda, BR 040 km 6, Mata do Bugiu, 1.X.2005, fl.,

N.F.O. Mota & J.R. Stehmann 371 (BHCB).

Myrceugenia miersiana é encontrada

exclusivamente na Floresta Atlântica desde a BA até o RS (Sobral et al. 2010). Segundo Landrum (1981), a espécie é frequentemente encontrada junto a Florestas de Araucárias ao longo das terras altas do leste do Brasil. A espécie caracteriza-se por apresentar indumento algo amarelado nos ramos novos, folhas e pedúnculos. No PEIT foi encontrada somente em estado vegetativo em área de Floresta Paludosa.

7. MyrciaDC. ex Guill., Dict. Class. Hist. Nat. 11: 378, 401. 1827. Gomidesia O. Berg, Linnaea 27: 5 (in clave), 6. 1854.

Árvore, arvoreta, arbusto ou subarbusto. Flores 5-meras reunidas em panículas, racemos ou mais raramente reduzidas a dicásios trifloros. Bractéolas geralmente decíduas. Cálice com lobos livres desde o botão; ovário 2–3–(4)-locular; 2 óvulos por lóculo, placentação axilar; hipanto prolongado ou não sobre o ovário. Frutos globosos, cilíndricos ou ovóides, cálice persistente; 1–2 sementes, embrião mircioide. O gênero Myrcia está distribuído desde o México até o norte da Argentina e possui cerca de 400 espécies com ocorrência no Brasil (Landrum & Kawasaki 1997). No país as espécies do gênero se distribuem pelos domínios da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal (Sobral et al. 2010). No PEIT foram encontradas 20 espécies, sendo o gênero mais numeroso.

Chave para as espécies de Myrcia do PEIT

1. Flores reunidas em racemos ou dicásios. 2. Ovário 3-locular.

3. Folhas com pecíolo > 2 mm compr., glabras ... 7.5. M. guianensis 3’. Folhas com pecíolo ≤ 2mm compr., face abaxial ferrugíneo-pubescente ou glabrescente, mas

com nervura central densamente pubescente ... 7.10. M. montana

2’. Ovário 2-locular.

4. Folhas com pecíolo ≤ 1,2 mm compr., base cordada, face abaxial tomentosa ... ... 7.3. M. eriocalyx

4’. Folhas com pecíolo > 1,2 mm compr., base atenuada ou aguda, face abaxial glabra ou pubescente.

5. Ramos e eixo principal da inlorescência hirsutos ... 7.4. M. eriopus 5’. Ramos e eixo principal da inlorescência glabros ou pubescentes.

6. Sépalas não-ciliadas; lâmina foliar geralmente ovada ... 7.11. M.mutabilis

6’. Sépalas ciliadas; lâmina foliar geralmente elíptica.

7. Folhas com ápice geralmente caudado; pecíolo > 3mm compr.; sépalas ovadas (Fig. 2f); frutos glabros ... 7.15. M. splendens 7’. Folhas com ápice geralmente acuminado; pecíolo ≤ 3 mm compr.; sépalas deltadas;

frutos velutinos (Fig. 2d) ... 7.19. M. vauthieriana

1’. Flores reunidas em panículas terminais ou axilares. 8. Ovário 3–4-locular.

9. Folhas com face abaxial glabra.

10. Sépalas com ápice obtuso, ciliadas, glabras ... 7.5. M. guianensis

10’. Sépalas com ápice agudo, não-ciliadas, pubescentes ... 7.13. M. pubilora 9’. Folhas com face abaxial pubérula, pubescente ou tomentosa.

11. Pecíolo ≥ 11mm compr. ... 7.9. M. lutescens

11’. Pecíolo < 11 mm compr.

12. Face adaxial com nervura central saliente ... 7.17. M. subverticillaris

12’. Face adaxial com nervura central sulcada.

13. Folhas 4,2–8,2 × 2,4–4,6; eixo principal da inlorescência com indumento

(13)

13’. Folhas (1,3)2–6,2 × 1,2–3,2; eixo principal da inlorescência com indumento ferrugíneo ... ... 7.20. M. venulosa

8’. Ovário 2-locular.

14. Eixo principal da inlorescência glabro.

15. Folhas elípticas, ápice acuminado, às vezes caudado ... 7.8. M. laruotteana

15’. Folhas obovadas, ápice retuso, às vezes obcordado ... 7.12. M. obovata 14’. Eixo principal da inlorescência pubescente.

16. Folhas ≥ 11 cm compr.

17. Folhas ovadas ... 7.9. M. lutescens

17’. Folhas elípticas.

18. Frutos globosos, costados ou não (Fig. 2b,c) ... 7.2. M. crocea

18’. Frutos ovoides, não costados (Fig. 1j) ... 7.15. M. splendens

16’. Folhas < 11 cm compr. 19. Sépalas não-ciliadas.

20. Folhas com face abaxial pubescente ou vilosa, com nervuras não mais claras que a lâmina.

21. Folhas sésseis, as jovens com catailo ... 7.16. M. subcordata 21’. Folhas pecioladas, as jovens sem catailo.

22. Folhas com ápice caudado, eixo da inlorescência < 6,7 cm compr. ... ... 7.11. M. mutabilis 22’. Folhas com ápice agudo, eixo da inlorescência ≥ 6,7 cm compr. ...

... 7.7. M. hebepetala

20’. Folhas com face abaxial glabra ou glabrescente com nervuras mais claras que a lâmina ... 7.6. M. hartwegiana

19’. Sépalas ciliadas.

23. Pecíolo ≤ 3,1 mm compr. ... 7.14. M. retorta

23’. Pecíolo > 3,1 mm compr.

24. Frutos ovóides; sépalas com ápice obtuso (Fig. 2f); ramos cinéreos ... ... 7.15. M. splendens

24’. Frutos globosos; sépalas com ápice agudo (Fig. 2g); ramos avermelhados ... ... 7.1. M. amazonica

7.1. Myrcia amazonicaDC., Prodr. 3: 250. 1828.

Myrcia detergens Miq., Linnaea 22: 795.1849.

Árvore ou arbusto até 9 m alt. Ramos glabros, avermelhados, descamantes. Folhas opostas, as jovens sem catáfilos, com pecíolo 5–10 mm compr.; lâmina 4,5–10,7 × 1,8–3,2 cm, discolor, coriácea,

elíptica; ápice geralmente caudado, algumas vezes cuspidado; margem plana ou fracamente revoluta; base atenuada; face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial glabra, nervura central saliente, nervuras secundárias e terciárias pouco visíveis. Panículas terminais; eixo principal da inflorescência 4,1–12 cm compr., pubescente; botões 2,2–4 mm compr., pubescentes; sépalas pubescentes, deltadas ou algumas vezes ovadas, ápice agudo, ciliadas; ovário 2-locular, hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos (1,7)2,1–3,9 mm diâm., globosos, esparsamente pubescentes.

Material examinado: Ouro Preto, subida do Calais ao Morro do Cachorro, 1.IX.1996, fl., M.C.T.B. Messias

(OUPR 6207). 14.I.2008, fl., M.O. Büngeret al. 37 (OUPR). Trilha da Capela, 11.XI.2009, fl. e fr., M.O. Büngeret al.97

(BHCB). 11.XI.2009, fl., M.O. Büngeret al.98 (BHCB).

Myrcia amazonica ocorre desde AM até SC,

sendo uma espécie típica das matas de galeria dos Cerrados e campos rupestres, tendo sido observada também em Florestas Estacionais Semideciduais (Peron 1994; Sobral 2007). Caracteriza-se pelo caule avermelhado descamante, folhas discolores in situ e coloração castanho-escuro na face adaxial in sicco e

panícula (Fig. 1i). Foi coletada, nos campos rupestres

e ferruginosos, em janeiro com botões florais e em setembro com botões florais e frutos imaturos.

7.2. Myrcia crocea Kiaersk., Enum. Myrt. Bras. 105. 1893.

(14)

870

coriácea, elíptica; ápice agudo; margem revoluta; base atenuada; face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial alvo-tomentosa, pouco glabrescente, nervura central saliente, nervuras secundárias terciárias evidentes. Panículas terminais; eixo principal da inflorescência ca. 8,5 cm compr., pubescente; botões ca. 5 mm compr., pubescentes; sépalas pubescentes, deltadas, ápice agudo, não-ciliadas; ovário 2-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 7,5–11 mm diâm., globosos, costados ou não, pubescentes.

Material examinado: Ouro Preto, Mata do Morro do Cachorro, 11.II.2010, fl., M.O. Bünger125et al. (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Caratinga, Estação Ecológica de Caratinga, Mata do Jaó, 9.VI.2002, fr., F.R. Couto 64 (BHCB). Dionísio, Morro do Gavião 19°50’03”S e 42°33’07”W, 6.VII.2004, fr.,

G.G. França & F. Raggi 601 (BHCB).

Myrcia crocea ocorre nos estados da BA,

MG, ES e RJ no domínio da Floresta Atlântica (Sobral et al. 2010). É uma espécie com as folhas bastante características, grandes e com nervuras bastante sulcadas na face adaxial. Na área de estudo foi coletada exclusivamente em área de Floresta Estacional Semidecidual com flores em fevereiro.

7.3.Myrcia eriocalyx DC., Prodr. 3: 247. 1828.

Gomidesia eriocalyx (DC.)O. Berg, Fl. bras. 14(1):

25. 1857.

Arbusto a árvore, 1–4 m alt. Ramos pubescentes, glabrescentes, cinéreos, descamantes. Folhas opostas ou opostas cruzadas, as jovens sem catáfilos, sésseis ou com pecíolo até 1,2 mm compr.; lâmina 1,4–3,6 × 0,8–1,6 cm, discolor, coriácea, ovada; ápice agudo; margem revoluta; base cordada; face adaxial cinéreo-tomentosa, glabrescente, nervura central sulcada, face abaxial alvo-tomentosa, pouco glabrescente, nervura central saliente, nervuras secundárias terciárias não evidentes. Racemos ou dicásios terminais ou axilares; eixo principal da inflorescência 1,3–4,2 cm compr., tomentoso; botões 5–7 mm compr., pubescentes ou tomentosos; sépalas pubescentes ou tomentosas, triangulares, ápice agudo ou acuminado, ciliadas; ovário 2-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 3,3–6 mm diâm., ovais, densamente ferrugíneos ou alvo-tomentosos.

Material examinado: Ouro Preto, Serra do Itacolomi, 23.V.1894, fr., C.Thomaz & F. Magalhães (OUPR 22.798); Serra do Baú, 27.II.2002, fl., M.C.T.B. Messias 636

(OUPR). Serrinha, 7.II.2003, fl., M.C.T.B. Messias 763

(OUPR), 2.II.2006, fl., M.C.T.B. Messias 1031 (OUPR). Calais, 14.I.2008, fl., M.O. Büngeret al. 44 (OUPR). Lagoa Seca 20º25’78”S e 43º29’22”W, 14.V.2008, fr.,

M.O. Büngeret al. 75 (OUPR); 9.III.2009, fl., M.C.T.B. Messias (OUPR 22.224); Trilha do Tesoureiro, 9.XII.2009, fl., M.O. Büngeret al. 117 (BHCB).

Myrcia eriocalyx ocorre em MG, ES e BA

(Legrand 1958, Sobral et al. 2010). A espécie é facilmente distinguível pelo indumento alvo-tomentoso, podendo tornar-se negro na face abaxial de folhas mais velhas, pelos lobos do cálice triangulares com ápice agudo ou acuminado e pelas folhas revolutas. Os indivíduos coletados em área de Floresta Estacional Semidecidual ou em beira de córrego não têm indumento tão denso quanto os indivíduos coletados no campo rupestre e apresentam maior altura. Myrcia eriocalyx

foi encontrada com botões florais em janeiro, fevereiro, março e setembro e frutos em maio.

7.4. Myrcia eriopusDC., Prodr. 3: 255. 1828. Subarbusto ou arbusto, geralmente escandente, até 2,5 m alt. Ramos hirsutos ou glabrescentes, cinéreos, descamantes. Folhas opostas, as jovens sem catáfilos, com pecíolo 1,9–3,5 mm compr., lâmina 3–8,7 × 1–3 cm, discolor, coriácea, elíptica, ápice caudado, às vezes atenuado; margem levemente revoluta ou plana; base atenuada; face adaxial pubescente ou glabra, nervura central sulcada, face abaxial pubescente, nervura central saliente, nervuras secundárias e terciárias evidentes. Racemos terminais, eixo principal da inflorescência 2,3–5,5 cm compr., hirsuto; botões ca. 4,8 mm compr., hirsutos; sépalas seríceas, deltadas, ápice agudo, ciliadas; ovário 2-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 3,7–6,2 mm diâm., ovóides, esparsamente vilosos.

Material examinado: Ouro Preto, Mata depois do Baú, 500 m à esquerda da estrada, 2.X.1999, fl., A.Z. Castro 85 (OUPR). Serrinha, 2.II.2006, fr., M.C.T.B. Messias 1034 (OUPR); 4.IX.2009, fl., E.S. Cândido et al. 186

(BHCB). Trilha do Tesoureiro, 9.XII.2009, fr., M.O. Bünger et al. 118 (BHCB).

Myrcia eriopus ocorre nos estados de GO,

MG, SP e RJ (Kawasaki 1989; Sobral et al. 2010). É facilmente reconhecida por ser, geralmente, um arbusto escandente, com os ramos, principalmente os mais jovens, hirsutos a glabrescentes. No PEIT, foi coletada tanto em área de campo rupestre quanto em áreas de Floresta Estacional Semidecidual com botões florais e flores em outubro e frutos em dezembro.

7.5. Myrcia guianensis (Aubl.) DC., Prodr. 3: 245. 1828.

(15)

lâmina 2,7–7,5 × 1,1–2,8 cm, fracamente discolor, coriácea, geralmente elíptica, raramente obovada; ápice agudo, caudado ou obtuso; margem levemente revoluta; base atenuada; face adaxial glabra, nervura central saliente, face abaxial glabra, nervura central saliente, nervuras secundárias e terciárias não evidentes. Dicásios ou panículas terminais, eixo principal da inflorescência 1,5–6,9 cm compr., glabro; botões ca. 2 mm compr., esparso-pubescentes; sépalas glabras, deltadas, ápice obtuso, ciliadas; ovário 3-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 2,8–4,7 mm diâm., globosos, glabros.

Material examinado: Ouro Preto, Itacolomi, 14.II.1894, fl., R. Teixeira (OUPR 3733). Caminho para Maynart, perto da Represa do Custódio, 31.IX.2010, fl., M.O. Büngeret al. 535 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Grão Mogol, Estrada Francisco Sá - Grão Mogol - Jambeiro, mata ciliar do Córrego Jambeiro, 5.I.1986, fr., C. Kameyama et al. (BHCB 4.569).

M y rc i a g u i a n e n s i s a p r e s e n t a a m p l a distribuição geográfica e variação morfológica, ocorrendo desde o norte da Venezuela, leste dos Andes e Bolívia, até o Sul do Brasil (Kawasaki 1989, Sobral et al. 2010). Nos campos rupestres do PEIT, a espécie foi coletada com botões florais em fevereiro e nas matas com botões florais em setembro.

7.6. Myrcia hartwegiana (O. Berg) Kiaersk., Enum. Myrt. Bras. 109. 1893.

Arbusto, 0,5–1,8 m alt. Ramos glabros, glabrescentes ou pubescentes, castanho-claros, descamantes. Folhas opostas, as jovens sem catáfilos, com pecíolo 4–5 mm compr.; lâmina (2,5)3–5,4 × 1,4–2,8 cm, discolor, coriácea, elíptica; ápice arredondado algumas vezes agudo; margem revoluta; base aguda ou atenuada; face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial glabra ou glabrescente, nervuras central, secundárias e terciárias salientes e mais claras que o lâmina, sendo a nervura central pubescente ou glabra. Panículas terminais, eixo principal da inflorescência (1,5)4,2–6 cm compr., pubescente; botões 2–4 mm. compr., pubescentes; sépalas deltadas, ápice agudo, pubescentes, não-ciliadas; ovário 2-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 4,6–5,6 mm diâm., globosos, pubescentes. Material examinado: Ouro Preto, Planalto do Itacolomi, fl., L. Damazio (OUPR 22.797); Lagoa Seca, 23.IV.2008, fl., M.O. Büngeret al. 65 (OUPR); depois da Lagoa Seca, fl., 10.VI.2009, E.S. Cândido et al. 374 (BHCB). 9.XI.2009, fl., M.O. Bünger et al. 114 (BHCB); 13.I.2010, fl., M.O. Büngeret al. 122 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Ouro Preto, Serra de Capanema/C2, 15.II.2008, fr., F.F. Carmo 1047 (BHCB).

Myrcia hartwegiana se distribui desde

MG até o RS em altitudes elevadas (Morais & Lombardi 2006). Apresenta lâmina verde-pálido com nervuras central e secundárias mais claras na face abaxial in sicco, sendo uma característica marcante da espécie. Foi coletada em áreas de transição Floresta Estacional Semidecidual – Campo Rupestre ou Canga ocorrendo com botões florais em abril, junho, setembro e janeiro.

7.7. Myrcia hebepetalaDC., Prodr. 3: 246. 1828.

Gomidesia affinis (Cambess.) D. Legrand, Comun.

Fl. Mus. Hist. Nat. Montevideo 3(37): 14. 1957. Arbusto ou arvoreta 4–6m alt. Ramos glabrescentes, castanhos, descamantes. Folhas opostas, as jovens sem catáfilos, com pecíolo 4,8–7,3 mm compr.; lâmina 5,3–10,8 × 2,6–4,5 cm, discolor, coriácea, elíptica, poucas vezes ovada; ápice agudo ou acuminado; margem fracamente revoluta ou plana; base atenuada; face adaxial glabra ou glabrescente, nervura central sulcada, face abaxial pubescente, nervura central saliente, pubescente, nervuras secundárias e terciárias evidentes e pubescentes. Panículas axilares e terminais, eixo principal da inflorescência 6,7–7,6 mm compr., pubescente; botões 3,9–4,5 mm compr., pubescentes; sépalas pubescentes, arredondadas, ápice redondo, não-ciliadas; ovário 2-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 5–8,5 mm diâm., globosos, pubescentes. Material examinado: Ouro Preto, entre Taquarassú e Serrinha, 3.V.1892, fl., Schwacke (OUPR 3819). Vale do Belchior, 30.IV.1994, fl., M.C.T.B. Messias et al. (OUPR). Fazenda do Cibrão, 1994, fl., S. Dias (OUPR 9075).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Ouro Preto, Floresta do Uaimii, 13.X.2007, fr., J.R. Stehmann et al. 4972 (BHCB).

Myrcia hebepetala é exclusiva da Floresta

Atlântica (Legrand & Klein 1967, sob Gomidesia

affinis, Sobral et al. 2010) e ocorre desde MG até

RS. No PEIT, foi coletada em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, principalmente à margem dos córregos e rios, apresentando botões florais e flores em abril e maio.

7.8. Myrcia laruotteanaCambess., Fl. Bras. Merid. 2: 311. 1832.

(16)

872

2,7–3,8 mm compr.; lâmina 3,5–5,1(6,8) ×

1,1–2,5 cm, discolor, coriácea, elíptica; ápice acuminado, poucas vezes caudado; margem plana; base aguda; face adaxial glabra, nervura central sulcada, face abaxial glabra, nervura central saliente, esparsamente vilosa, nervuras secundárias evidentes e terciárias não evidentes. Panículas axilares, eixo principal da inflorescência 5,7–6,4 cm compr., glabro; botões ca. 2,3 mm compr., glabros; sépalas glabras, deltadas, ápice agudo, ciliadas; ovário 2-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 2,8–5,1 mm diâm., globosos, glabros. Material examinado: Ouro Preto, Trilha do Forno, 28.IX.2009, fr., M.O. Bünger et al. 85 (BHCB). 28.IX.2009, fr., M.O. Büngeret al. 79 (BHCB); Trilha da Lagoa em direção a Lagoa Preta, 11.XI.2009, fr., M.O. Büngeret al. 100 (BHCB). Estrada para a Fazenda do Manso, fl., H.C. Sousa et al. 216 (OUPR).

Myrcia laruotteana ocorre na Argentina,

Paraguai, e Brasil, desde MA até SC (Legrand & Klein 1967; Sobral et al. 2010), sendo muito frequente nas áreas de Floresta Estacional Semidecidual, sobretudo nas áreas brejosas e borda de rios e córregos. É facilmente reconhecida por seus frutos maduros esverdeados com remanescentes do cálice enegrecidos. Foi coletada, no PEIT, com frutos em setembro e novembro.

7.9. Myrcia lutescensCambess., Fl. Bras. Merid. 2: 801. 1832.

Arvoreta, ca. 3 m alt. Ramos pubescentes, cinéreos, não descamantes. Folhas opostas, as jovens sem catáfilos, com pecíolo 11–15 mm compr.; lâmina 12,3–24,5 × 4,5–12 cm, fracamente

discolor, coriácea, ovada; ápice agudo; margem revoluta; base aguda; face adaxial glabra ou glabrescente, nervura central no mesmo nível da lâmina, face abaxial ferrugíneo-pubescente, nervura central saliente, densamente pusbescente, nervuras secundárias e terciárias evidentes. Panículas terminais, eixo principal da inflorescência 7–9,5 cm compr., pubescente; flores não vistas. Frutos ca. 5 mm diâm., globosos, pubescentes.

Material examinado: Ouro Preto, Estrada do Cibrão, 31.IX.2009, fr., M.O. Büngeret al. 540 (BHCB).

Myrcia lutescens é uma espécie endêmica da

Mata Atlântica (Stehmann et al. 2009), ocorrendo nos estados da BA, MG e ES (Sobral et al. 2010). É facilmente confundida com uma das variações de M.

splendens (Sw.) DC. (M.O. Büngeret al. 538, 539),

porém M. lutescens apresenta folhas ovadas e com maiores dimensões. Foi coletada em área de Floresta Estacional Semidecidual com frutos em setembro.

7.10. Myrcia montanaCambess., Fl. Bras. Merid. 2: 325 1832.

Arbusto 0,4–0,6 m alt. Ramos tomentosos, glabrescentes, cinéreos, descamantes. Folhas opostas, as jovens sem catáfilos, geralmente sésseis, ou com pecíolo até 2 mm compr.; lâmina discolor, coriácea, elíptica; ápice agudo; margem revoluta; base arredondada, algumas vezes obtusa; 1,1–3,3 ×

0,6–1,9 cm, face adaxial pubescente, glabrescente, nervura central sulcada, face abaxial ferrugíneo-pubescente, glabrescente, nervura central saliente, densamente pusbescente, nervuras secundárias pouco evidentes e terciárias não evidentes. Dicásios axilares, eixo principal da inflorescência 0,8–1,5 cm compr., pubescente; botões ca. 4 mm compr., tomentosos; sépalas tomentosas, estreitamente triangulares, ápice agudo, não-ciliadas; ovário 2–3-locular; hipanto prolongado sobre o ovário. Frutos 4,1–4,7 mm diâm., globosos, pubescentes.

Material examinado: Ouro Preto, trilha para Lagoa Seca, 9.IV.2008, M.O. Büngeret al. 55 (OUPR). Trilha do Pico do Itacolomi, após Lagoa Seca, 13.I.2010, fl.,

M.O. Büngeret al. 121 (BHCB).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS: Passa Quatro, Pico do Itaguaré, afloramento rochoso, fr., 26.VII.2006, L.D. Meireles et al. 2455 (BHCB).

Myrcia montana ocorre somente em SP,

MG, ES e RJ, sendo endêmica da Mata Atlântica (Sobral et al. 2010). Caracteriza-se pelo tamanho reduzido de suas folhas (1,1–3,3 × 0,6–1,9 cm) e concentração do indumento ferrugíneo-pubescente sobre a nervura central da face abaxial. No PEIT, foi coletada em área de campo rupestre com botões florais, flores e flores passadas em janeiro.

7.11. Myrcia mutabilis (O. Berg) N. Silveira, Loefgrenia 88: 1. 1985. Marlierea pilodes (Kiaersk.) Kawas.,Bol. Fl. Univ. São Paulo 11: 126. 1989.

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