• Nenhum resultado encontrado

Percepção dos pais acerca da qualidade de vida relacionada à saúde de crianças e adolescentes com excesso de peso.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Percepção dos pais acerca da qualidade de vida relacionada à saúde de crianças e adolescentes com excesso de peso."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

www.jped.com.br

ARTIGO

ORIGINAL

Parents’

perception

of

health-related

quality

of

life

in

children

and

adolescents

with

excess

weight

,

夽夽

Melissa

Maria

Romero

Nascimento

a

,

Tatiana

Rocha

Melo

a

,

Rogério

Melo

Costa

Pinto

b

,

Nívea

Macedo

Oliveira

Morales

c

,

Tânia

Maria

Silva

Mendonc

¸a

a

,

Helena

Borges

Martins

da

Silva

Paro

d,

e

Carlos

Henrique

Martins

Silva

c

aProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasdaSaúde,UniversidadeFederaldeUberlândia(UFU),Uberlândia,MG,Brasil bProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasdaSaúde,FaculdadedeMatemática,UniversidadeFederaldeUberlândia(UFU),

Uberlândia,MG,Brasil

cProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasdaSaúde,DepartamentodePediatria,UniversidadeFederaldeUberlândia(UFU),

Uberlândia,MG,Brasil

dProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasdaSaúde,DepartamentodeGinecologiaeObstetrícia,UniversidadeFederal

deUberlândia(UFU),Uberlândia,MG,Brasil

Recebidoem26denovembrode2014;aceitoem15deabrilde2015

KEYWORDS

Qualityoflife; Child;

Adolescents; Overweight; Obesity; Self-image

Abstract

Objective: Toevaluatetheperceptionofparentsorcaregiversonthehealth-relatedqualityof life(HRQOL)ofchildren/adolescentswithoverweight/obesityandpossiblefactorsassociated withthisperception.

Methods: This was a cross-sectional study involving 297 caregivers ofchildren and adoles-cents with normal weight (n=170) and with overweight/obesity (n=127), from public and private schoolsin thestudy municipality. HRQOL scores obtained throughthe Child Health Questionnaire-ParentForm50(CHQ-PF50)werecomparedaccordingtothenutritionalstatus andgenderofthechildren/adolescents.Multipleregressionanalysiswasusedtodeterminethe predictivevalueofstudiedvariablesforthevariationinHRQOLscores.

Results: Parents of children/adolescents with overweight/obesity attributed lower HRQOL scores to their children in the following domains: physical functioning (p<0.01; d=0.49), self-esteem(p<0.01;d=0.38),parentalimpact-emotional(p<0.05;d=0.29),familycohesion (p<0.05;d=0.26),physicalsummaryscore(p<0.05;d=0.29),andpsychosocialsum-maryscore

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2015.04.006

Como citar este artigo: Nascimento MM, Melo TR, Pinto RM, Morales NM, Mendonc¸a TM, Paro HB, et al. Parents’ perception of

health-relatedqualityoflifeinchildrenandadolescentswithexcessweight.JPediatr(RioJ).2016;92:65---72.

夽夽EstudoconduzidonaUniversidadeFederaldeUberlândia,Uberlândia,MG,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:helenaparo@famed.ufu.br(H.B.M.d.S.Paro).

(2)

(p<0.05;d=0.25).Inthemultipleregressionmodels,thevariableswiththehighestcontribution tothevariationinHRQOLscoreswere:inthephysicalfunctioningdomain,parentalimpact-time (ˇ=0.23;p<0.05);self-esteem,nutritionalstatus(ˇ=−0.18;p≤0.01);emotionalimpacton parents,impactonparents’time(ˇ=0.31;p<0.05);andinfamilycohesion,globalbehavior (ˇ=0.30;p<0.05).

Conclusions: AnegativeimpactonHRQOLofchildren/adolescentswithoverweight/obesitywas observedinthephysicalandpsychosocialaspects.Thenutritionalstatuswasthevariablewith thegreatestcontributionfortheassessmenttheself-esteemofchildrenandadolescentsinthis study.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

PALAVRAS-CHAVE

Qualidadedevida; Crianc¸a;

Adolescente; Sobrepeso; Obesidade; Autoimagem

Percepc¸ãodospaisacercadaqualidadedevidarelacionadaàsaúdedecrianc¸ase adolescentescomexcessodepeso

Resumo

Objetivo: Avaliarapercepc¸ãodospaisoucuidadoresarespeitodaqualidadedevida relacio-nadaàsaúde(QVRS)decrianc¸as/adolescentescomsobrepeso/obesidadeeospossíveisfatores associadosaessapercepc¸ão.

Métodos: Estudotransversalcomaparticipac¸ãode297cuidadoresdecrianc¸aseadolescentes eutróficos(n=170)ecomsobrepeso/obesidade(n=127),provenientesdeescolaspúblicase privadasdomunicípiodoestudo.EscoresdeQVRSobtidospormeiodoChildHealth Question-naire---ParentForm50(CHQ-PF50)foramcomparadosdeacordocomoestadonutricionale sexodascrianc¸as/adolescentes.Análisesderegressãomúltiplaforamusadasparadeterminar ovalorpreditivodasvariáveisestudadasparaavariac¸ãodosescoresdeQVRS.

Resultados: Paisdecrianc¸as/adolescentescomsobrepeso/obesidadeatribuírammenores esco-resdeQVRSparaseusfilhosnosdomínios:func¸ãofísica(p<0,01;d=0,49),autoestima(p< 0,01;d=0,38),impactoemocionaldospais(p<0,05;d=0,29),coesãofamiliar(p<0,05; d=0,26),sumáriodoescorefísico(p<0,05;d=0,29)esumáriodoescorepsicossocial(p< 0,05;d=0,25).Nosmodelosderegressãomúltipla,asvariáveiscommaiorcontribuic¸ãoparaa variac¸ãodosescoresdeQVRSforam:nodomíniofunc¸ãofísica,impactonotempodospais(ß= 0,23;p<0,05);autoestima,estadonutricional(ß=−0,18;p≤0,01);impactoemocionalnos pais,impactonotempodospais(ß=0,31;p<0,05);coesãofamiliar,comportamentoglobal(ß =0,30;p<0,05).

Conclusões: HáimpactonegativonaQVRSdecrianc¸as/adolescentescomsobrepeso/obesidade emaspectosfísicosepsicossociais.Oestadonutricionalfoiavariáveldemaiorcontribuic¸ão paraaavaliac¸ãodaautoestimadascrianc¸aseadolescentesdopresenteestudo.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos reservados.

Introduc

¸ão

Aprevalênciadaobesidadetemaumentadodeforma signi-ficativanasúltimasdécadastantonospaísesdesenvolvidos comonospaísesemdesenvolvimento.NoBrasil, aproxima-damente um terc¸o das crianc¸as entre cinco e nove anos apresentamexcessodepeso.1Entreosadolescentesdosexo

masculino e feminino, a prevalência é de 21,7% e 19,4%,

respectivamente.1

Com o aumento da obesidade, verificou-se o

apareci-mento, em crianc¸as e adolescentes,de diabetesmelittus

tipo 2, esteatose hepática e problemas ortopédicos,

bemcomodomaiorriscoparacomplicac¸ões

cardiovascula-rescomohipertensão,dislipidemia,ateroscleroseedoenc¸a

coronariana, o que resultou na reduc¸ão da expectativa

de vida.2 Em curto prazo, as principais repercussões da

obesidade na faixa etária pediátrica ocorrem no âmbito

psicossocial,comobaixaautoestima,sintomasdepressivos,

maior exposic¸ão a discriminac¸ões e provocac¸ões e

com-prometimento da qualidade de vida relacionada à saúde

(QVRS).3

Vários estudos sublinham o impacto negativo na

percepc¸ão de bem-estar tanto na dimensão física quanto

psicossocial de crianc¸as e adolescentes com sobrepeso e

obesidade, referida pelas próprias crianc¸as ou pelos seus

responsáveis ou cuidadores. Essa avaliac¸ão da QVRS na

populac¸ãopediátricapodeserproblemática,dadasas

pos-síveis dificuldades cognitivas relacionadas àinterpretac¸ão

dos itens.4 Nesse contexto, a percepc¸ão dos cuidadores

configura-seumaopc¸ãomuitoútilparaaavaliac¸ãoda

qua-lidadedevidadecrianc¸aseadolescentes.4

O Child Health Questionnaire--- Parent Form 50

(CHQ--PF50) é um instrumento genérico validadopara a língua

(3)

avaliac¸ãodaqualidadedevidadecrianc¸ase adolescentes

com doenc¸as crônicas sob a perspectivados pais. Apenas

umestudo usouoCHQ-PF50paraverificarapercepc¸ãode

bem-estardecrianc¸aseadolescentescomsobrepesoe

obe-sidade.Noentanto,aconfiabilidadedaconsistênciainterna

do instrumento não foi verificada, o que compromete a

interpretac¸ãodosresultados.5

Este estudo tem por objetivo avaliar a QVRS de

crianc¸as/adolescentescomsobrepeso/obesidadeepossíveis

fatoresassociados,sobaperspectivadospaisoucuidadores,

pormeiodoCHQ-PF50.

Métodos

Trata-sedeumestudotransversalaprovadopeloComitêde Ética em Pesquisa daUniversidade Federal de Uberlândia (129/05).

Participantes

Foram convidados para participar do estudo cuidadores (pais ou responsáveis) de crianc¸as e adolescentes matri-culados em escolas públicas e particulares, entre nove e 12 anos, em estado de sobrepeso, obesidade e eutro-fia. A selec¸ão de escolas públicas e privadas deu-se de maneira a permitir a inclusão de crianc¸as e adolescen-tes deníveis socioeconômicos eculturais diversos,jáque essa variável parece contribuir tanto para a prevalência desobrepeso/obesidadequantoparaaqualidadedevida.3

O início da puberdade foi escolhido por ser, geralmente,

associadoamaiorvulnerabilidadefísicaepsicológica

decor-rente das mudanc¸as próprias dessa fase.6 Os cuidadores

que concordaram em participar da pesquisa assinaram o

TermodeConsentimentoLivreeEsclarecidoeresponderam

aoquestionáriosociodemográficoeaoCHQ-PF50deforma

autoaplicada.

Considerando-seumaprevalênciade2%paraobesidade

e de 10% para sobrepeso,7 um erro máximo de 5% e o

númerodecrianc¸aseadolescentesmatriculadosnaprimeira

fasedoensinofundamentaldasescolasparticularese

públi-casdacidadedoestudo,onúmeromínimoparaotamanho

daamostrafoi de 138 paisde crianc¸as/adolescentes com

sobrepeso/obesidade.

Medidasantropométricas

As medidas antropométricas foram tomadas conforme descreve a Organizac¸ão Mundial de Saúde (OMS).8 Para

verificac¸ão dopeso, foi usadabalanc¸a tipoplataformada

marcaMarte®(MarteCientífica,MG,Brasil),comcapacidade

parapesaraté200kgedivisãode50g;aalturafoiaferida

comfita métricade 150cmdeextensão,comprecisão de

1mm,eauxíliodeumesquadrodemadeira.

O estado nutricional das crianc¸as e adolescentes foi

avaliado por meio do índice antropométrico Índice de

MassaCorporal (IMC = Peso/Altura2) paraidade, expresso

comoadiferenc¸aentreovalorobservadoeovalorde

refe-rênciaparaidadeesexo,emafastamento damédia

quan-tificadaem percentis,segundoapopulac¸ãodereferência.

O padrão antropométrico do Center for Disease Control

(CDC) foi usado como referência, com as seguintes

definic¸ões: eutrofia (IMC ≥ Percentil 5 e < Percentil 85),

sobrepeso(IMC≥Percentil85e<Percentil95)eobesidade

(IMC≥Percentil95).9 Apesar dessecritérionãoser usado

noBrasil como referência para o diagnóstico nutricional,

opadrãoantropométricodoCDCé usadopelamaioriados

estudosde qualidade de vida de crianc¸as e adolescentes

comobesidade10 e seuuso permitemelhor comparac¸ão e

universalizac¸ãodosresultados.Alémdisso,emcomparac¸ão

comoscritériosdaOMS,opadrãodoCDCapresentamenor

sensibilidade e maior especificidade,11 mais apropriado

paraopresenteestudo,poisseuobjetivonãoéavaliarrisco

ouprevenc¸ão.

Procedimentos

Apósaselec¸ãodasescolasintegrantesdoestudopormeio desorteio,osrespectivosdiretoresoucoordenadoresforam contatadosparaoesclarecimentodosobjetivosdapesquisa eparaposteriorpermissãoparaafeituradotrabalho.

Foramtomadas asmedidas antropométricas de peso e estaturae calculado o IMC paraa classificac¸ão doestado nutricionaldascrianc¸aseadolescentesdoquartoaosétimo anodoensinofundamental,entrenovee12anos.Crianc¸as eadolescentescomsobrepeso,obesidadeoueutrofiaforam selecionadas por meio de sorteiode acordo com o plano amostral. A seguir, seuscuidadores foram contatados por telefoneparareceberexplicac¸õesquantoaosobjetivosdo estudoe participar dapesquisa.Foram excluídascrianc¸as eadolescentescomdiagnóstico,segundocritériosdoCDC,9

debaixopeso (IMC<Percentil5)e debaixaestaturapara

idade(estatura<Percentil3).

Instrumentos

Questionáriosociodemográfico

Instrumentocominformac¸õessobreacrianc¸a(datade nasci-mento,sexo)einformac¸õespessoaisdoscuidadores(idade, graudeescolaridade,estadocivil,rendafamiliar).

ChildHealthQuestionnaire---CHQ-PF50

Trata-sedeuminstrumentogenéricodeavaliac¸ãoda Quali-dadedeVidaRelacionadaàSaúde(QVRS),traduzido, adap-tado culturalmente e validado para a língua portuguesa, destinadoacrianc¸asacimadecincoanoseadolescentes.12

O CHQ-PF50 tem caráter multidimensional e determina

o bem-estar físico, emocional e social, sob a

perspec-tivados pais ou responsáveis.O questionário consistede

50 itens que compõem 15 escalas: saúde global, func¸ão

física,limitac¸õesdevidoaosaspectosemocionaislimitac¸ões

devidoàfunc¸ãofísica,dorcorporal,comportamento,

com-portamentoglobal, saúdemental, autoestima, percepc¸ão

desaúde,alterac¸ãodesaúde,impactoemocionalnospais,

impactonotempodospais,atividadesfamiliaresecoesão

familiar. Aavaliac¸ão decada itemusa o métodode

pon-tossomados---métododeLikert.Apontuac¸ãofinaldecada

escalavariade0a100.Escoresmaisaltosindicammelhor

func¸ãoousensac¸ão,consequentemente,melhorqualidade

devida.Osescoressãousadosparacomparac¸ãoentre

gru-pos e não há um valor de corte.12 A maioria das escalas

(4)

Tabela1 Característicassociodemográficasdepais/responsáveisecrianc¸as/adolescentesparticipantes

Características Eutrofian=170 Sobrepeso/Obesidaden=127 pvalor

Crianc¸as

Idademédiaemanos(DP) 10,62(1,08) 10,61(1,40) 0,98a

Sexofemininon(%) 101(59,4%) 54(42,5%) <0,01b

Cuidadores

Idademédiaemanos(DP) 36,78(7,23) 37,98(6,85) 0,15a

Principalcuidador

Mãen(%) 153(90,0%) 120(94,5%) 0,34b

Escolaridaden(%) 0,61b

Analfabeto 2(1,2%) 1(0,8%)

Ensinofundamental 69(40,6%) 51(40,2%)

Ensinomédio 55(32,4%) 49(38,6%)

Ensinosuperior 44(25,9%) 26(20,5%)

EstadoCiviln(%) 0,64b

Casado 106(62,4%) 83(65,4%)

aTestetdeStudent. b Qui-quadrado.

aescalaalterac¸ãodesaúde,queserefereàsexperiências dosúltimos12meses.Dezescalassãousadasparacompor doissumários:físicoepsicossocial.12

Análiseestatística

Aanálisedescritivafoiusada paraacaracterizac¸ão socio-demográficaeclínicadascrianc¸aseadolescentesedeseus cuidadores.Paraacomparac¸ãodosdadossociodemográficos entreosgruposfoiaplicadootestetdeStudent(variáveis contínuas)eotestedoqui-quadrado(variáveiscategóricas). A confiabilidade da consistência interna foi verificada pelocoeficientede␣-Cronbachparacadaescalamulti-item e foi considerado 0,5 como valor mínimo aceitável para avaliac¸ãodaconsistênciainternadoinstrumento.13No

pre-senteestudo,o coeficientedealfa-Cronbachfoi maiordo

que0,5emtodososdomíniosdoCHQ-PF50,excetono

domí-niopercepc¸ãodesaúde(alfaCronbach=0,21),fatoquetem

ocorridonaversãobrasileiradoinstrumento.13

O testetde Studentfoiusado paraa comparac¸ão dos

escoresmédios dosdomíniose componentesdoCHQ-PF50

de crianc¸as e adolescentes com sobrepeso/obesidade e

eutrofiaetambémparaacomparac¸ãodosescoresdo

CHQ--PF50deacordocom osexodascrianc¸as/adolescentes no

grupodesobrepeso/obesidade.Amagnitudedasdiferenc¸as

estatisticamente significativas foi calculada a partir da

determinac¸ãodotamanhodoefeito(ddeCohen).Valoresde

diguaisa0,2;0,5e0,8sãointerpretadoscomotamanhos

deefeitopequeno,médioegrande,respectivamente.14

As correlac¸ões entre os domíniosdo questionário e os

dadossociodemográficos foram avaliadaspelo coeficiente

decorrelac¸ãodeSpearman.Paraadeterminac¸ãodovalor

preditivodasvariáveisestudadasparaaosescoresdeQVRS

dapopulac¸ãoestudada,usou-seaanáliseporregressão

múl-tiplahierárquica.

Os dados foram analisados com o SPSS Statistics (IBM

Corp.Released2011.IBMSPSSStatisticsparaWindows,

ver-são20.0,NY,EUA).Oníveldesignificânciaparaarejeic¸ão

dahipótesedenulidadeconsideradofoidep<0,05.

Resultados

Característicassociodemográficas

Foram convidados a participar do estudo 360 cuidadores de crianc¸as e adolescentes. Foram excluídos 63 devido a dadosincompletosnoCHQ-PF50.Portanto,oestudocontou com 297 cuidadores de crianc¸as e adolescentes eutró-ficos (n = 170) e com sobrepeso/obesidade (n = 127). A idade das crianc¸as e adolescentes variou de nove a 12anos(médiade10,6anosparaeutróficosede10,63para sobrepeso/obesidade).A maioriados cuidadoreseramãe, comensinofundamentalcompleto(tabela1).

Avaliac¸ãodaqualidadedevidarelacionadaàsaúde

Pais decrianc¸as e adolescentescom sobrepeso/obesidade atribuíram menores escores do CHQ-PF50 nos domínios: func¸ão física (p < 0,01; d = 0,49), autoestima (p < 0,01; d=0,38),impactoemocionaldospais(p<0,05;d=0,29), coesãofamiliar(p<0,05;d=0,26),sumáriodoescorefísico (p <0,05; d =0,29)e sumário doescorepsicossocial (p < 0,05;d=0,25)(tabela2).

Não foram observadas diferenc¸as entre as médias dos

escores dosdomínios doCHQ-PF50das crianc¸as e

adoles-centescomsobrepeso/obesidadedeacordocomosexo(p>

0,05)(dadosnãodemonstrados).

As correlac¸ões entre os dados sociodemográficos e os

domínios do CHQ-PF50 foram fracas (r < 0,30), exceto

entreestadonutricional(sobrepeso/obesidadeoueutrofia)

eautoestima(AE)(p<0,01)(tabela3).

Para as análises multivariadas dos domínios do

CHQ--PF50,foramescolhidososdomíniosdeQVRSquediferiram

entresinascomparac¸õesdeacordocomoestado

nutrici-onal como variáveis dependentes na análise de regressão

múltipla. Comovariáveisindependentes, foram

seleciona-dos oestadonutricional (sobrepeso/obesidade/eutrofia)e

osdomíniosdeQVRScomcoeficientesdecorrelac¸ãoacima

(5)

Tabela 2 Escores de qualidade de vida obtidos por meio do CHQ-PF50 de crianc¸as/adolescentes de acordo com estado nutricional

Escalase Média(DP)

Sumários Eutrofia Sobrepeso/Obesidade F pa db

SG 83,06(18,29) 78,78(19,79) 5,88 0,06

FF 95,16(12,54) 88,98(20,97) 27.51 <0,01 0,49

LE 90,39(19,26) 89,59(19,23) 0,06 0,72

LFF 94,61(16,87) 91,60(17,68) 4,51 0,14

DOR 83,71(20,55) 81,81(22,59) 2,76 0,45

C 72,26(17,35) 69,92(17,05) 0,24 0,25

CG 80,93(20,54) 78,74(22,02) 1,87 0,38

SM 74,35(14,80) 73,98(14,98) 0,49 0,83

AE 89,00(17,66) 82,32(16,01) 0,86 <0,01 0,38

OS 72,35(14,45) 70,77(14,72) 0,06 0,36

AS 74,12(24,31) 70,08(25,79) 3,34 0,17

EP 75,93(22,67) 69,36(25,37) 5,10 0,02 0,29

TP 90,39(17,13) 87,05(18,51) 3,45 0,11

AF 88,43(12,79) 87,66(15,00) 5,40 0,64

CF 75,00(22,31) 69,17(24,83) 4,98 0,04 0,26

SEF 51,86(5,71) 50,18(7,70) 7,37 0,03 0,29

SEP 48,46(7,46) 46,56(7,52) 1,71 0,03 0,25

SG,saúdeglobal;FF,func¸ãofísica;LE,limitac¸ões,devidoaosaspectosemocionais;LFF,limitac¸ões,devidoàfunc¸ãofísica;DOR,dor corporal;C,comportamento;CG,comportamentoglobal;SM,saúdemental;AE,autoestima;OS,percepc¸ãodesaúde;AS,alterac¸ãode saúde;EP,impactoemocionalnospais;TP,impactonotempodospais;AF,atividadesfamiliares;CF,coesãofamiliar;SEF,sumáriodo escorefísico;SEP,sumáriodoescorepsicossocial.

a TestetdeStudent. b ddeCohen.

variável dependente func¸ão física, obteve-se um modelo grande explicac¸ãodavariância (R2 = 0,39; p <0,05) para

asvariáveisestadonutricional,limitac¸õesdevidoaos aspec-tosemocionais,limitac¸õesdevidoàfunc¸ãofísica,impacto notempodos paise atividades familiares. Avariávelque

maiscontribuiupara o modelo foiimpacto no tempodos pais(ß=0,23;p<0,05).Paraavariáveldependente auto-estima,obteve-seummodelocom pequenaexplicac¸ão da variância(R2=0,10;p0,01)comasvariáveisestado

nutri-cional,comportamento,saúdemental.Avariávelquemais

Tabela3 Coeficientesdecorrelac¸ãodeSpearmanentreescoresdequalidadedevidaobtidospormeiodoCHQPF-50evariáveis sociodemográficasdascrianc¸aseadolescentesdoestudo

EN SG FF LE LFF C CG SM AE EP TP AF CF

EN 1

SG −0,1 1

FF −0,2b 0,2b 1

LE 0,0 0,2b 0,4b 1

LFF −0,1a 0,2b 0,3b 0,6b 1

C −0,1 0,4b 0,2b 0,3b 0,2b 1

CG 0,0 0,4b 0,1 0,2b 0,1 0,5b 1

SM 0,0 0,3b 0,2b 0,2b 0,1a 0,5b 0,3b 1

AE 0,3b 0,2b 0,2b 0,2b 0,2b 0,3b 0,2b 0,3b 1

EP −0,1a 0,3b 0,3b 0,3b 0,2b 0,4b 0,2b 0,3X 0,3b 1

TP −0,1 0,2b 0,4b 0,4b 0,3b 0,3b 0,2b 0,2 0,2b 0,5b 1

AF 0,0 0,3b 0,4b 0,4b 0,3b 0,4b 0,4b 0,4b 0,3b 0,5b 0,5b 1

CF −0,1a 0,3b 0,1 0,0 0,1 0,3b 0,4b 0,2b 0,1 0,2b 0,1a 0,2b 1

SG,saúdeglobal;FF,func¸ãofísica;LE,limitac¸ões,devidoaosaspectosemocionais;LFF,limitac¸ões,devidoàfunc¸ãofísica;C, comporta-mento;CG,comportamentoGlobal;SM,saúdemental;AE,autoestima;EP,impactoemocionalnospais;TP,impactonotempodospais; AF,atividadesfamiliares;CF,coesãofamiliar;EN,estadonutricional.

TestedeCorrelac¸ãodeSpearman.

(6)

Tabela4 Modelosderegressãolinearmúltiplaparaassociac¸õesentrepercepc¸ãodeautoestima,estadonutricionaledomínios psicológicosdequalidadedevida(continua)

Modelo1 Modelo2

Func¸ãofísica

R2ajustado 0,03 0,38

pa <0,01 <0,01

ß p CI95% ß P CI95%

Constante <0,01 [92,65;97,68] <0,01 [12,06;35,17] Estadonutricionalb 0,18 <0,01 [10,04;2,34] 0,13 <0,01 [7,69;1,48]

LE 0,18 <0,01 [0,06;0,27]

LFF 0,19 <0,01 [0,08;0,30]

TP 0,23 <0,01 [0,12;0,33]

AF 0,18 <0,01 [0,08;0,35]

Autoestima

R2ajustado 0,03 0,09

pa <0,01 <0,01

ß P IC95% ß P CI95%

Constante <0,01 [86,43;91,56] <0,01 [54,92;75,91] Estadonutricionalb ,192 <0,01 [10,60;2,76] 0,18 <0,01 [10,10;2,48]

C 0,14 0,03 [0,01;0,26]

SM 0,16 0,01 [0,04;0,33]

Impactoemocionalnospais

R2ajustado 0,02 0,27

pa 0,02 <0,01

ß P IC95% ß P CI95%

Constante <0,01 [72,33;79,53] 0,22 [−28,77;6,58]

Estadonutricionalb 0,14 0,02 [12,08;1,07] 0,09 0,06 [9,28;0,26]

C 0,11 0,06 [−0,01;0,32]

SM 0,06 0,26 [−0,08;0,29]

AF 0,19 <0,01 [0,13;0,56]

TP 0,31 <0,01 [0,26;0,57]

Coesãofamiliar

R2ajustado 0,01 0,22

pa 0,03 <0,01

ß P CI95% ß P CI95%

Constante <0,01 [71,46;78,54] <0,01 [6,60;32,97] Estadonutricionalb 0,12 0,03 [11,23;0,42] 0,08 0,11 [8,76;0,91]

SG 0,13 0,02 [0,02;0,30]

C 0,15 0,02 [0,04;0,36]

CG 0,30 <0,01 [0,21;0,47]

SG,saúdeglobal;LE,limitac¸ões, devidoaosaspectosemocionais;LFF,limitac¸ões, devidoàfunc¸ãofísica;C,comportamento;CG, comportamentoglobal;SM,saúdeMental;AS,alterac¸ãodesaúde;TP,impactonotempodospais;AF,atividadesfamiliar.

aANOVA.

b Referência:estadonutricionaleutrófico.

contribuiude forma negativa para o modelo foi o estado nutricional(ß = −0,18; p ≤ 0,01). Paraa variável depen-denteimpacto emocional nos pais, obteve-se um modelo comgrande explicac¸ão davariância (R2 =0,28; p < 0,05)

paraasvariáveisestadonutricional,saúdeglobal, compor-tamento,saúdemental,atividadesfamiliareseimpactono tempo dos pais e a variável que mais contribuiu para o modelofoiimpactonotempodospais(ß=0,31;p<0,05). Já para o domínio coesão familiar como variável depen-dente,observamosresultadossignificativosnosdoismodelos (p< 0,05),commoderadaexplicac¸ão davariânciacom as variáveisestadonutricional,saúdeglobal,comportamento ecomportamentoglobal(R2=0,23;p<0,05).Avariávelque

maiscontribuiuparaomodelofoiocomportamentoglobal (ß=0,30;p<0,05)(tabela4).Ossumáriosfísicoe

psicosso-cialforamexcluídosdasanálisesderegressãomúltiplapara

evitarofenômenodamulticolinearidade.

Discussão

(7)

Noentanto, osmodelosderegressão múltiplahierárquica indicaramqueo excesso depeso nãofoio principalfator determinanteparaoimpactonegativonamaioriados domí-niosdoCHQ-PF50.Apresenc¸adesobrepeso/obesidadefoio fatordemaiorcontribuic¸ãoapenasparaodomínio autoes-tima.

Estudos prévios também identificaram que a presenc¸a desobrepeso ouobesidadeestá relacionadacom prejuízo multidimensionalnaQVRSdecrianc¸aseadolescentes.7,15

Écrescenteopreconceitosofridoporcrianc¸ase

adoles-centesobesas.Oimpactojácomec¸aemtenraidade,resulta

emmenorquantidadedeamigos,menosafetoproveniente

dospaisepiordesempenho escolar.Comaexperiênciado

sofrimentopormeiodobullying,tantodaformatradicional

quantoocyber-bullying,oadolescentecomobesidadetem

poucamotivac¸ãoparafazeratividadesfísicas,evitaestilos

devidasaudáveisepodeapresentarideac¸ãosuicida.16Além

disso,sabe-sequeaquelesquepermanecemobesospormais

dequatroanosecombaixaautoestimasãomaispropensos

a desenvolver comportamentos de risco, como etilismo e

tabagismo,quandocomparadoscomseusparesobesoscom

autoestimanormal.17

Aadolescênciaéumafaseemqueaaprovac¸ãodospares

éimportanteparaodesenvolvimentodaautoestima.17Por

isso,asprovocac¸ões,críticaseoisolamentosocialque

mui-tas dessas crianc¸as e adolescentes vivenciam, seja pela

família oupelos amigos, prejudicamo desenvolvimentoe

consolidac¸ãodaautoestima,resultamemproblemas

emo-cionais como depressão, ansiedade, baixa autoestima e

baixavalorac¸ão doprópriocorpo.15,17,18 Alémdisso,

deve--seconsiderar,comoindica opresenteestudo,que outros

fatorescontribuemparaocomprometimentodapercepc¸ão

de bem-estar psicossocial, como a perturbac¸ão no

ambi-entefamiliar(impactoemocionalnospais)emenorcoesão

familiar.19

Limitac¸ãonotempodospaistambémparececontribuir

para pior percepc¸ão da QVRS relacionada à func¸ão física

decrianc¸aseadolescentescomsobrepesoouobesidade.20

No presente estudo, essa variável representou a maior

contribuic¸ão paraa variânciadomodelo dafunc¸ão física.

Apesar de pais de crianc¸as/adolescentes com

sobre-peso/obesidadetambématribuírempiorqualidadedevida

àfunc¸ãofísicadeseusfilhosemestudosprévios,21os

resul-tados do presente estudo permitem inferir que o estado

nutricionalexercemenorinfluêncianessaobservac¸ão.

Emborasereconhec¸aquegeralmenteospaissubestimam

opesodeseusfilhosenãoreconhecemosobrepesooua

obe-sidadecomo umadoenc¸a,22 o presente estudoidentificou

impactoemocionalnospais.Noentanto,estudorecente23

demonstrouumamaiorconscientizac¸ãodospaissobreopeso

realdeseusfilhosaoconcluirquemãescomsobrepeso

apre-sentammaiorpreocupac¸ãocomopesofuturodeseusfilhos,

mesmo quandoesses sãoeutróficos.Alémdisso, pais com

sobrepesooucomapercepc¸ãodequeopeso deseufilho

é umproblemade saúdeapresentammaiorprontidão em

adotarmudanc¸asparaajudarosfilhos.24 Paraessespais,o

estadonutricionaldosfilhospodetrazerpreocupac¸õescoma

saúde,ocomportamento,obem-estareodesempenho

esco-lardosfilhos.20 Além doimpactoemocionalobservadoem

pais de crianc¸as/adolescentes com sobrepeso/obesidade,

a necessidade de envolvimento no tratamento dos filhos

requer uma mudanc¸a em seus hábitos de vida. Esse

envolvimento muitas vezes é difícil, já que muitos pais

relatam falta de tempo para supervisionar a alimentac¸ão

efeituradeatividadesfísicasdeseusfilhos.25 O

comporta-mentodospaisédegrandeimportânciaparaotratamento

dessascrianc¸aseadolescentes,jáquenaprimeirainfância

ospaisatuamcomomodeloseprovedoresparaosfilhos.26

Por isso, pais muitas vezes são alvode intervenc¸ões

pre-ventivas de saúde pública que visam a melhorar a dieta

dascrianc¸as,26que,atualmente,aprevenc¸ãoé

conside-radaamedidamaiseficienteparaocontroledaobesidade

infantil.27 Programasdeprevenc¸ãoetratamentoda

obesi-dadeinfantilquesebaseiamnocomportamentodafamília

estão entre os maiseficazes e, por isso, têm colocado o

envolvimento dos pais como a chave para o sucesso das

políticasdesaúdevoltadasparacrianc¸aseadolescentes.28

Estudospréviosdemonstrampiorqualidadedevidaentre

crianc¸as e adolescentes obesos do sexo feminino, sob a

perspectivadospais.5Noentanto,taldiferenc¸anãofoi

evi-denciada no presente estudo. O fato de a populac¸ão do

estudo estar no início da puberdade pode justificar esse

achado.Nessafaixaetária,oadolescenteaindanão

viven-ciadeformamuitointensaasalterac¸õesprópriasdessafase,

quegeralmente,ocorremapartirdos 12anos(menarcae

alterac¸õeshormonais),29 idadeapartirdaqualcomec¸ama

ficarevidentesdiferenc¸asentreosgêneros.6

Opresenteestudoapresentaimportantescontribuic¸ões

aovalorizaraperspectivadospaissobreaQVRSdosfilhos

e ao avaliar a magnitude das diferenc¸as encontradas na

percepc¸ão daQVRS decrianc¸as e adolescentes deacordo

com o estado nutricional. Outra importante contribuic¸ão

refere-seàconstruc¸ãodemodelosabrangentesnatentativa

deavaliarocomportamentodeumnúmeromaiorde

variá-veisestudadasnavariac¸ãodosescoresdeQVRSdascrianc¸as

eadolescentesdoestudo.

No entanto, algumas limitac¸ões devem ser

menciona-das.Trata-sedeumestudotransversalquenãopossibilita

aavaliac¸ãodarelac¸ãodecausaeefeitoentreasvariáveis

estudadas.Areduc¸ãodotamanhoamostraldoestudodevido

àperdadedadospodetermascarado possíveisdiferenc¸as

nosescoresdequalidadedevidadosgruposanalisados.No

entanto,perdasrelativasadificuldadesinerentesao

CHQ--PF50sãocomumente observadas em trabalhos que usam

esse instrumento.5 Apesar de os resultados do presente

estudo restringirem-se à faixa etária de nove a 12 anos,

sabe-sequeaadolescênciaéumperíodomuitoimportante

no desenvolvimento psicossocial dos jovens. O início da

puberdadepodeserconsideradoomomentoemquesetem

umamaiorconsciênciadotamanhodoprópriocorpo,18além

deserdescritocomoumperíododemaiorvulnerabilidade

paraodesenvolvimentodaobesidade.30

Apartir da percepc¸ão dospais oucuidadores, pode-se

concluirqueháimpactonegativonaQVRSdecrianc¸ase

ado-lescentescomsobrepesoeobesidadeemaspectosfísicose

psicossociais.O impactono tempodos pais foi a variável

demaiorcontribuic¸ãoparaapercepc¸ãodafunc¸ãofísicados

seusfilhos.Oexcessodepesofoiavariáveldemaiorimpacto

negativoparaaavaliac¸ãodaautoestimadascrianc¸ase

ado-lescentes do presente estudo. Conhecer a percepc¸ão dos

paissobreoimpactodaobesidadenaqualidadedevidade

seusfilhoseasvariáveisenvolvidasnessapercepc¸ão

torna--sefundamentalparaoenvolvimentodessescuidadoresna

(8)

Financiamento

Fundac¸ãodeAmparoàPesquisadoEstadodeMinasGerais (Fapemig,PPM-00306-8);ConselhoNacionalde Desenvolvi-mentoCientíficoeTecnológico(CNPq,40973/2006-0).

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

ÀFundac¸ãodeAmparoàPesquisadoEstadodeMinasGerais (Fapemig)eaoConselhoNacionaldeDesenvolvimento Cien-tíficoeTecnológico(CNPq)peloapoiofinanceiroaoprojeto depesquisa.

Referências

1.IBGE.InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística.POF--- Medi-das Antropométricas de crianc¸as e adolescentes 2008/2009. Disponívelem:http://www.ibge.gov.br[acessado16Mar2014]. 2.TheNS,SuchindranC,NorthKE,PopkinBM,Gordon-LarsenP. Associationofadolescentobesitywithriskofsevereobesityin adulthood.JAMA.2010;304:2042---7.

3.SchwimmerJB,BurwinkleTM, VarniJW.Health-related qua-lityoflifeofseverelyobesechildrenandadolescents.JAMA. 2003;289:1813---9.

4.Theunissen NC, Vogels TG, Koopman HM, Verrips GH, Zwinderman KA, Verloove-Vanhorick SP, et al. The proxy problem:child reportversusparent reportin health-related qualityofliferesearch.QualLifeRes.1998;7:387---97.

5.Wake M, Salmon L, WatersE, WrightM, Hesketh K. Parent--reported health status of overweight and obese Australian primaryschoolchildren:across-sectionalpopulationsurvey.Int JObesRelatMetabDisord.2002;26:717---24.

6.Michel G, BiseggerC,Fuhr DC, AbelT. Age and gender dif-ferences in health-related quality of life of children and adolescents inEurope: a multilevel analyses. Qual Life Res. 2009;18:1147---57.

7.International Association for the Study of Obesity (IASO); International Obesity Taskforce. Childhood obesity. Disponí-vel em: http://www.iotf.org/childhoodobesity.asp [acessado 10Mar2005].

8.Physicalstatus: theuseandinterpretationofanthropometry. Report of a WHO Expert Committee.Geneva: World Health Organization(WHO);1995.

9.Center for Disease Control and Prevention (CDC). National Center for Health Statistics. Growth Charts. Disponível em:

http://www.cdc.gov/growthcharts[acessado10Mar2005]. 10.TsirosMD,OldsT,BuckleyJD,GrimshawP,BrennanL,Walkley

J, etal. Health-relatedqualityoflifeinobese childrenand adolescents.IntJObes(Lond).2009;33:387---400.

11.Kakinami L, Henderson M, Delvin EE, Levy E, O’Loughlin J, LambertM,etal.Associationbetweendifferentgrowthcurve definitionsofoverweightandobesityandcardiometabolicrisk inchildren.CMAJ.2012;184:E539---50.

12.MachadoCS,RupertoN,SilvaCH,FerrianiVP,RoscoeI,Campos LM,etal.TheBrazilianversionofthechildhoodhealth assess-mentquestionnaire(CHAQ)andtheChildHealthQuestionnaire (CHQ).ClinExpRheumatol.2001;19:S25---9.

13.McHorneyCA,WareJE,RachelLuJF,SherbourneCD.TheMOS 36-ItemShortFormHealthSurvey(SF-36):III.Testsofdata qua-lity,scalingassumptions,andreliabilityacrossdiversepatient groups.MedCare.1994;32:40---66.

14.CohenJ.Statisticalpoweranalysisforthebehavioralsciences. 2nded.NewYork:LawrenceErlbaumAssociates;1988.

15.Ul-Haq Z, Mackay DF, Fenwick E, Pell JP. Meta-analysis of theassociationbetween bodymassindex andhealth-related quality of life among children and adolescents, assessed usingthepediatric qualityoflifeinventoryindex. JPediatr. 2013;162:280-6.e1.

16.DeSmet A, Deforche B, Hublet A, Tanghe A, Stremersch E, DeBourdeaudhuijI.Traditionalandcyberbullyingvictimization ascorrelatesofpsychosocialdistressandbarrierstoahealth lifestyleamongseverelyobeseadolescents---amatched case--controlstudyonprevalenceandresultsfromacrosssectional study.BMCPublicHealth.2014;14:224---35.

17.Strauss RS. Childhood obesity and self-esteem. Pediatrics. 2000;105:e15.

18.Witherspoon D, Latta L, Wang Y, BlackMM. Do depression, self-esteem,and eatingattitudes varybyBMIamong African Americanadolescents?JPediatrPsychol.2013;38:1112---20.

19.ArkesJ. Longitudinal association between maritaldisruption andchildBMIandobesity.Obesity.2012;20:1696---702.

20.Chan CM,Wang WC.Qualityof lifeinoverweightand obese youngChinesechildren:amixed-methodstudy.HealthQualLife OutJ.2013;11:33---43.

21.WakeM,CanterfordL,PattonGC,HeskethK,HardyP,Williams J,etal. Comorbiditiesofoverweight/obesity experiencedin adolescence:longitudinalstudy.ArchDisChild.2010;95:162---8.

22.DoolenJ,AlpertPT,MillerSK.Parentaldisconnectbetween per-ceivedandactualweightstatusofchildren:ametasynthesisof thecurrentresearch.JAmAcadNursePract.2009;21:160---6.

23.WarschburgerP,KröllerK.Childhood overweightandobesity: maternalperceptionsofthetimeforengaginginchildweight management.BMCPublicHealth.2012;12:295.

24.RheeKE,DeLagoCW,Arscott-MillsT,MehtaDS,DavisRK. Fac-torsassociatedwithparental readinessto makechangesfor overweightchildren.Pediatrics.2005;116:e94.

25.Rodrígues-Ventura AL, Pelaez-Ballestas I, Sámano-SámanoR, Jimenez-GutierrezC,Aguilar-SalinasC.Barrierstoloseweight fromtheperspectiveofchildrenwithoverweight/obesityand theirparents:asocioculturalapproach.JObes.2014:1---7.

26.ClarkHR,GoyderE,BissellP,BlankL,PetersJ.Howdoparents’ child-feeding behavioursinfluence child weight? Implications forchildhoodobesitypolicy.JPublicHealth.2007;29:132---41.

27.deOnisM.Preventingchildhoodoverweightandobesity.J Pedi-atr(RioJ).2015;91:105---7.

28.GruberKJ,HaldemanLA.Usingthefamilytocombatchildhood andadultobesity.PrevChronicDis.2009;6:A106.

29.Patton GC, Viner R. Pubertal transitions in health. Lancet. 2007;369:1130---9.

Imagem

Tabela 1 Características sociodemográficas de pais/responsáveis e crianc ¸as/adolescentes participantes
Tabela 2 Escores de qualidade de vida obtidos por meio do CHQ-PF50 de crianc ¸as/adolescentes de acordo com estado nutricional
Tabela 4 Modelos de regressão linear múltipla para associac ¸ões entre percepc ¸ão de autoestima, estado nutricional e domínios psicológicos de qualidade de vida (continua)

Referências

Documentos relacionados

2001, foi dada ênfase apenas ao alongamento dos músculos isquiotibiais, enquanto o tratamento por meio da RPG alongou todos os músculos da cadeia posterior e, por meio do

1 Instituto de Física, Universidade Federal de Alagoas 57072-900 Maceió-AL, Brazil Caminhadas quânticas (CQs) apresentam-se como uma ferramenta avançada para a construção de

Art. 1º - A área de lazer e recreação da ASIBAMA-DF, doravante denominada Área de Lazer - situada no SCEN, Trecho 02, Lote da Sede do IBAMA, em Brasília, DF - tem

xii) número de alunos matriculados classificados de acordo com a renda per capita familiar. b) encaminhem à Setec/MEC, até o dia 31 de janeiro de cada exercício, para a alimentação de

Então eu acho também bacana, Evelyn, de você trazer essa rede colaborativa para esse nível de escola de você trocar com seus pares, que não é aquela coisa nas portas, ficar

Extremamente interessante o artigo publicado na Alemanha (Frericks, Jensen, &amp; Pfau-Effinger, 2014), pois aborda conjuntamente questões que, em outros, são vistos em separado,

APRENDIZAGEM ATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: TRANSFORMANDO A SALA DE AULA EM UM ESPAÇO DE CRIATIVIDADE Eloá Fernanda de Freitas1* Elizabeth Ramalho Soares Bastos2** Resumo: Este artigo

Através das observações realizadas em campo, buscamos enfatizar de forma simples a perspectiva dos conselhos escolares como peça essencial para o desenvolvimento do trabalho