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Infecção de Conotrachelus humeropictus Fiedler (Coleoptera: Curculionidae) por Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sor. e Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. no solo.

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Academic year: 2017

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I N F E C Ç Ã O DEzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Conotrachelus humeropictus F I E D L E R

(COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) POR Metarhizium anisopliae (METSCH.) SOR. Ε Beauveria bassiana (BALS.) VUILL. NO SOLO

Antonio C. B. MENDES1

, Bonifácio P. MAGALHÃES2

, Orlando S. OHASHI3

, Cleber N. BASTOS1

RESUMOzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA - Foi avaliada a infecção de larvas dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Conotrachelus humeropictus Fiedler, séria praga do cacaueiro (Theobroma cacao L.) e do cupuaçuzeiro (T. grandiflorum (Willd. ex Spreng.)

Schum.) na Amazônia brasileira, por Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sor. e Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. A pesquisa foi desenvolvida nos campos experimentais da Comissão Executiva do

Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, em Ouro Preto D'Oeste, Rondônia. Foram testadas suspensões de 3,93 χ 1 01 0

conídios/ml de M. anisopliae e 4,26 χ 1 01 0

conídios/ml de B. bassiana, pulverizadas superficialmente em solo contido em recipientes de PVC, onde em diferentes dias após a pulverização (um, três, sete e quatorze dias) liberou-se larvas do último ínstar da praga. Beauveria bassiana mostrou-se mais eficiente (52,0% de mortalidade) do que M. anisopliae (42,7%), evidenciando assim, seu maior potencial no controle da praga. Os índices de mortalidade

foram estatisticamente iguais para larvas liberadas até ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 7 º dia da contaminação, decrescendo significativamente no 14º dia. A queda na efetividade pode estar associada à presença de

microrganismos antagonistas no solo.

Palavras-chave: Controle biológico, insecta, Theobroma cacao, Theobroma grandiflorum

Infection of Conotrachelus humeropictus Fiedler (Coleoptera: Curculionidae) by Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sor. and Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. in the Soil

ABSTRACT - The infection of Conotrachelus humeropictus Fiedler, a serious pest of cocoa and

cupuaçu fruit in the Brazilian Amazon, by Metarhizium anisopliae and Beauveria bassiana was evaluated. The research was conducted in a field station of the Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, in Ouro Preto d'Oeste, Rondônia. Suspensions of 3.93 χ 1 01 0

conidia/ml of M. anisopliae and 4.26 χ 1 01 0

conidia/ml of B. bassiana were superficially sprayed on soil in PVC flasks. One, three, seven and fourteen days after spraying the last larval instar were released. Beauveria bassiana was more eficient (52.0% mortality) than M. anisopliae (42.7%). The mortalities were the same for larvae liberated until the 7th

day after contamination, and were significantly lower on the 14th

day. The decline in the efficacy of the pathogens may be related to the presence of antagonic organisms in the soil.

Key-words: Biological control, insecta, Theobroma cacao, Theobroma grandiflorum

1

CEPLAC/Superintendência Regional da Amazônia Oriental, C. Postal 1801, 66.635-110, Belém, PA, e-mail: acbm@ufpa.br

2

EMBRAPA/CENARGEN, C. Postal, 02372, 70.849-970, Brasília, DF, boni@embrapacenargen.gov.br

3

FCAP/Departamento de Biologia Vegetal e Fitossanidade, C. Postal 917, 66.077-530, Belém, PA

INTRODUÇÃO

Conotrachelus humeropictus F i e d l e r é c o n s i d e r a d a u m a d a s p r i n c i p a i s p r a g a s do c a c a u e i r o , Theobroma cacao L., na Amazônia b r a s i l e i r a , sendo um d o s fatores

(2)

1991; Laker & Trevisan, 1992; Venturieri, 1993), tornando sua polpa, muito apreciada e utilizada para sucos e doces, imprestável para o consumo.

Aspectos do c o m p o r t a m e n t o desta praga no c a m p o foram apresentados por Trevisan (1969),

tendo MendeszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et ai. (1997) elucidado parâmetros da biologia. Constataram

que o inseto, abandonando o fruto, permanece no solo por um período médio de 20,25 dias, para completar as fases de pré-pupa, pupa e maturação fisiológica do adulto recém-formado, e s t a n d o n e s s e p e r í o d o , m a i s vulnerável a ação de seus inimigos naturais.

O controle de C. humeropictus hoje u t i l i z a d o se r e s t r i n g e exclusivamente ao uso de produtos químicos, com resultados duvidosos e, principalmente, antieconômicos, em decorrência do número elevado de aplicações do inseticida. Além desses aspectos, deve-se c o n s i d e r a r o s problemas de poluição ambiental q u e r e s u l t a m e m s é r i a s c o n s e q ü ê n c i a s c o m r e l a ç ã o a o s prováveis resíduos em amêndoas e destruição da fauna benéfica. Por estes m o t i v o s , a busca de outros m é t o d o s de c o n t r o l e d e v e ser

intensificada, de modo a reduzir a p o p u l a ç ã o do inseto a n í v e i s de danos não econômicos.

Visando o controle de curculionídeos que passam pelo menos uma fase do seu ciclo no solo, os fungos entomopatógenos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana foram

intensivamente testados, como para o controle de Chalcodermus aeneus (Bell & Hamalle, 1970; Quintella, 1986), Curculio caryae (Horm) (Tedders et ai, 1973; Gottwald & Tedders, 1983,1984), Conotrachelus nenuphar (Tedders et ai,

1982) e de Conotrachelus bimaculatus Boh. (Quintella & Roberts, 1992; Quintella et aL, 1990, 1992, 1994).

A constatação de larvas de C. humeropictus infectadas pelos entomopatógenos M. anisopliae e B. bassiana na região de Ouro Preto D O e s t e , R O , e a potencialidade apresentada por esses fungos em laboratório para o controle da praga (Bastos et ai, 1988; Mendes, 1996), aliados ao hábito do inseto e ao ambiente favorável aos entomopatógenos no solo do agroecossistema cacaueiro, abriram perspectivas para o seu controle microbiano. Esse método, por sua compatibilidade, especificidade e segurança ao homem e a outras formas de vida, destaca-se como um dos mais promissores, principalmente quando associado a outras táticas de manejo integrado de pragas.

Assim, o presente trabalho teve por objetivos avaliar a infecção de lar-vas de C. humeropictus em diferentes períodos após a aplicação superficial dos entomopatógenos Aí. anisopliae e

B. bassiana no solo. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

MATERIAL Ε MÉTODOS

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em Ouro Preto DOeste, RO (CEPLAC/ ESEOP), foram distribuídos na superfície do solo recipientes de PVC (15 cm de diâmetro χ 20 cm de altura) com fundo de tela de 1 mm de abertura e tecido de náilon. Estes recipientes continham em mais da metade de sua capacidade mistura de solo superficial e terra roxa estruturada eutrófica, retirada da própria lavoura e com a c o m p o s i ç ã o m i c r o b i o l ó g i c a pre-determinada. Sobre esta mistura de solo foram a p l i c a d o s 7,0 ml de suspensões em água com Tween

0,05 % dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA M. anisopliae e B. bassiana, correspondendo

aproxi-madamente a 150 litros por hectare, nas concentrações de 3,93 χ 101 0

e 4,26 χ 10'° c o n í d i o s v i á v e i s / m l , respectivamente, determinadas como as de melhores performances para o controle da praga por Mendes (1996).

A viabilidade dos conídios foi obtida adicionando-se 10 microlitros de uma suspensão com aproximadamente

104

conídios/ml, em placas de Petri com meio BDA. A suspensão foi espalhada por toda a superfície das placas, que, em seguida foram colocadas em estufa incubadora a 26e

C de temperatura e fotofase de 12 horas. A avaliação dos conídios germinados e não germinados foi feita 16 horas após a incubação, observando-se 100 conídios de cada placa sob microscópio.

Após a aplicação dos entomopatógenos, com pulverizador costal, foram introduzidas em cada recipiente cinco larvas de C. humeropictus no último instar, totalizando dez larvas por parcela, da seguinte maneira: a) larvas distribuídas

um dia após a aplicação dos fungos; b) larvas distribuídas no 3- dia após; c) lar-vas distribuídas no 79

dia após e d) no 14s

dia após. Os recipientes testemunha receberam pulverizações de água com Tween 0,05% na mesma quantidade que os tratamentos entomopatogênicos. O delineamento estatístico seguiu o esquema fatorial 3 χ 4 em blocos, onde os fatores estudados consistiram das espécies fúngicas e dos diferentes períodos de introdução das larvas, com cinco repetições. Transcorrido o período de dez dias, para cada período de introdução, foram registrados os insetos vivos e reconhecidamente mortos pelos fungos no interior dos recipientes, os quais encontravam-se cobertos, desde a distribuição das larvas, com tecido de náilon, preso com ligas de borracha. Ao final dos ensaios, realizou-se a análise microbiológica qualitativa do solo contido nos recipientes, segundo o método de Nader (1992), utilizando-se

meio extrato de malte-agar (EMA). zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

RESULTADOS Ε DISCUSSÃO

O s dois e n t o m o p a t ó g e n o s revelaram índices de mortalidade significativamente diferentes entre os grupos tratados e a testemunha. Os valores médios de mortalidade de C. humeropictus d e v i d a a B. bassiana e M. anisopliae foram de 52,0% e 42,7%, respectivamente.

Os entomopatógenos provocaram índices de mortalidade similares para

l a r v a s l i b e r a d a s até ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  Ί ­ dia da pulverização do solo contido nas

(4)

decresceram de forma significativa, sugerindo assim uma tendência linear,

tanto parazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA M. anisopliae (F = 23,90;

R2

= 0,86; a = 0,01) como para B.

bassiana (F = 50,91 ; R2

= 0,99; a = 0,01) (Tab. 1; Fig. 1).

O s í n d i c e s d e m o r t a l i d a d e o b t i d o s e s t ã o a b a i x o d a q u e l e s d e t e r m i n a d o s p o r T e d d e r s et al. ( 1 9 8 2 ) p a r a C. nenuphar, o n d e , diferentemente da presente pesquisa,

M. anisopliae provocou um porcentual zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Tabela 1. Mortalidade média (%) de Conotrachelus humeropictus, após liberação das larvas em

diferentes dias, em solo pulverizado com suspensões de conídios de Metarhizium anisopliae

e Beauveria bassiana em Ouro Preto D'Oeste, RO. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Tr a t a m e n t o Co n c e n t r a ç ã o Di a s de l i b e r a ç ã o d a s l a r va s a p ó s p u l ve r i za ç ã o

(con íd i os/ m l ) 1 3 7 14 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

B. bassiana  4 ,2 6 x 1 01 0

6 6 ,3 7 a A ' 6 0 ,1 7 a A 5 2 ,0 1 a A 2 9 ,8 0 a B

Μ  anisopliae  3 ,9 3 χ 1 01 0

5 2 ,1 0 a A 4 5 ,8 9 a A 4 7 ,9 9 a A 2 5 ,8 4 a B

Testem unha1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

-7 ,9 5 b A 6 ,4 8 b A 7 ,9 5 b A 1 0 ,0 0 b A CV = 19,59 % M S 5%= 11,42 'Médias seguidas por letras distintas em colunas (m inúsculas) e em linhas (m aiúsculas) diferem entre sí ao nível de significância de 5 % pelo teste de Tukey. Para a análise estatística, as m édias foram transform adas em arc sen

yj~%/ioo.

2Mortalidade natural.

7 0

S 40

-y = -2, 7342x + 69. 0X9 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

R1

= 0. 9922 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

bassiana

M. anisopliae

y = -l, 8734x + 54, 709

R2

= 0. 8579

3 5 7 9 II

Dias após contaminação c liberação de larvas

Figura 1. Porcentagem média de mortalidade de Conotrachelus humeropictus, liberados em

(5)

de mortalidade que variou de 82 a 100%, mostrando-se mais efetivo,

in-clusive, do quezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA B. bassiana. Para M. anisopliae, não houve discordância

quanto ao índice de mortalidade de lar-vas liberadas em diferentes dias, quando os autores verificaram não haver diferença significativa quanto à liberação após um, três, cinco e sete dias da contaminação do solo. Contudo, para B. bassiana os índices são conflitantes, já que os autores determinaram que as larvas liberadas um dia e sete dias após a contaminação apresentaram, respectivamente, a menor (26%) e a maior (82%) mortalidade.

Resultados semelhantes quanto a esse aspecto t a m b é m foram apresentados por Quintela et al. (1994) para C. bimaculatus, onde a eficiência dos entomopatógenos não diminuiu seis dias após aplicação, sendo o n ú m e r o de i n s e t o s s o b r e v i v e n t e s , dentro de c a d a tratamento, significativamente similar nas diferentes datas de liberação das larvas ( i m e d i a t a m e n t e a p ó s a aplicação no solo, três, cinco e seis dias após). A eficiência média de controle encontrada pelos autores, em Goiás, foi de 50% para M. anisopliae e B. bassiana, próximo aos resultados da presente pesquisa.

O decréscimo da mortalidade de C. humeropictus, nas parcelas em que as lar-vas foram liberadas quatorze dias após a pulverização, pode ter sido favorecido pela presença de prováveis antagonistas constatados no solo no início do experimento (Tab. 2), entre os quais os fungos Penicillium citrínum Thom, Peni-cillium citreonigrum Thorn, Aspergillus

versicolor (Vuill.) Tiraboschi e Gliocladium virens Miller, além de bactérias não identificadas. Estes organismos foram constatados por Mendes (1996) como principais antagônicos, in vitro, desses entomopatógenos.

O declínio acentuado de M. anisopliae e B. bassiana, em solos de cerrado de Goiás e do sertão semi-árido do Ceará, após seis e nove dias da aplicação dos e n t o m o p a t ó g e n o s , também foi constatado por Quintela et al. (1992, 1994). Em avaliações seguintes, verificaram a estabilidade desses entomopatógenos, especialmente B. bassiana. Quintela et al. (1994) atribuíram ao rápido declínio e à baixa recuperação de M. anisopliae, a presença de Aspergillus no solo. Majchrowicz et al. (1990) se referiram a espécie de Aspergillus clavatus Link como antagônica à B. bassiana, e Lingg & Donaldson (1981) isolaram e comprovaram o efeito fungi stático de Penicillium urticae sobre esse entomopatógeno.

(6)

TabelazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 2 . Microrganismos presentes no solo de Ouro Preto D'Oeste, RO, antes (inicial) e 24

dias (final) após pulverização com suspensões de conídioszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Metarhizium anisopliae e

Beauveria bassiana. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

M i c r o r g a n i s m o (In i ci a l ) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Aspergillus versicolor (Vu i l l .) Ti r a b o s c h i

Fusarium s p .

Gliocladium  candidum Li n k e x P e r s

Gliocladium  virens M i l l e r

Lasiodiplodia s p .

Penicillium  citrinum Th o m

Penicillium  citreonigrum Th o m

Penicillium s p . ,

Penicillium s p . ,

Penicillium s p . ,

Thielaviopsis paradoxa W e n t .,

Tricoderm a harzianum Ri f a i

Tricoderm a polysporum (Li n k . e x P e r s .) Ri f a i

Trichoderm a s p .

Streptom yces s p . (Ac t i n o m i c e t o )

B a c t é r i a n. d e t .

Os resultados sugerem que os entomopatógenos M. anisopliae e B. bassiana apresentam perspectivas de controle da broca C. humeropictus, quando pulverizados no solo sob a forma d e c o n í d i o s , e m b o r a a p r e s e n t a n d o um d e c r é s c i m o d e eficácia, após sete d i a s da pulverização, atingindo os menores

índices aos q u a t o r z e d i a s . N a concentração utilizada, Beauveria bassiana apresentou-se mais virulento que M. anisopliae, evidenciando seu maior potencial. Pesquisas utilizando o fungo em larga escala no campo devem ser incrementadas, inclusive em unidades de validação, antes da sua recomendação no controle da praga. Os dados evidenciam também que

M i c r o r g a n i s m o (Fi n a l )

Aspergillus s p . ,

Beauveria bassiana ( B a l s . ) Vu i l l .

Gliocladium  candidum  

Gliocladium  virens M i l l e r

Gliocladium  vinde 

M.etarhizium  anisopliae (M e t s c h .) S o r .

Penicillium  citrinum Th o m

Penicillium  citreonigrum Th o m

Penicillium s p .

Penicillium s p .

Penicillium s p .

Tricoderm a harzianum Ri f a i

B a c t é r i a n. d e t .

a t e n ç ã o d e v e ser dada à ação a n t a g ô n i c a de m i c r o r g a n i s m o s p r e s e n t e s no solo, q u a n d o da utilização desses entomopatógenos.

AGRADECIMENTOS

Aos Drs. José Luiz Bezerra, p e s q u i s a d o r da C E P L A C , pela determinação das espécies fúngicas, e ao Tec. Agícola Francisco Antonio N e t o , da C E P L A C / E S E O P , pelo auxílio na coleta dos dados.

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Cupu, Belém, Pará. 108 p. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Imagem

Tabela 1. Mortalidade média (%) de Conotrachelus humeropictus, após liberação das larvas em
Tabela zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA   2 . Microrganismos presentes no solo de Ouro Preto D'Oeste, RO, antes (inicial) e 24

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