• Nenhum resultado encontrado

Efeitos da pentoxifilina sobre as plaquetas e hemodinâmica de pacientes com valvopatias adquiridas, operados com circulação extracorpórea.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Efeitos da pentoxifilina sobre as plaquetas e hemodinâmica de pacientes com valvopatias adquiridas, operados com circulação extracorpórea."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

R9V8{uCi,c..r<Jjo~$C1 998; 11(3):175-82 .

Efeitos da pentoxifilina sobre as

plaquetas e hemodinâmica de

pacientes com valvopatias adquiridas,

operados com circulação

extracorpórea

José Manoel TANNUS FILHO *, João José CARNEIRO d . Carlos Eli PICCINATO *, Walter Villela Andrade VICENTE u, Alfredo José RODRIGUES u, Solange BASSETO u,

Albert Amin SADER U

Tannus FilhoJ M. CarneiroJ J. Piccinato C E. Vicente W V A. Rodrigues AJ. B~sselo S. Sader A A - Efeito , dapanloxilillnasobreasplaquelasehamodlnimlcade pacl antuoomvelvopatlasadql.lindas.operados comc ircu iaçiio ax1racorP<Írae. Rev Bru Cir Cerdiovuc 1996; 11 (3) ; 17S-82 RESUMO: Panlox ififinB (Trtinteie). vasodilatador com açio reológica. IOi edministreda e valvopat8s adquiridos(7pacientes-2reoperaç6Gs) . antes(1.200mgv_oJdla13dias) . durantell.operll.çio(1mglkgl9O min e_v_) a fim de avaliar seus efeilos sobre as plaquetas a hemodinâmica (grupo penloxifilina . GP) Oxiganadoras de bolhas. hlpolermla moderada ~ cardiop legi8 sangüine8. Iria, inte rmitenle foram usac!os Hemat6crito. hemoglobina. número d8 plaqu8tas e (nd ic8 da agregados pl~quetários circulantes. perdas sanguíneas.volumadatranslusÓasodébllocardlaco.entr8 outrasvariéveis.foramseguidosatéa12 · Mora do p.o .. Os rosultados loram comparados com os de um grupo controle (GC) (6 pacientes -1 reoperaçao) atravésdetestesnãoparamétricosdeWilcoxonoMann Whytnei).Apento .ililina.protegendoasplaquelas, determinoumeIMorescondiç6esdecoaglllação Gmenorsangra"",ntop_o_EnlrelantO, saueleitovaSodilatador foi reduz ido ou nulo. sem nenhum t>ena1lciopara e circu lação perifé ,i ca,resistênciavasculars i. têmicao débitocerdíaco

DESCRITORES: Doonças das valvas cardíacas. cirurgia. Circulação extracorpOrea_ Penioxifilina. farmaco1ogla. Agregação plaqu9tária. aleito de drogas_ Hemodinâmica. eleito do drogas .

INTRODUÇÃO

A circu lação extracorpórea (CEC). utilizada em operações cardiacas, dala,mina allflraçõos dolotó -rias na hemodinàmica fi hem06tasia (1_.) .

A exposição sangüinea às superficiesarjjliciais, a presença da intertaca gás-sangue dos

oxigena-doresda b olhaseaslesõ esvascularessàopoten-tesestfmulos para 21 ativação. adedoe agregação plaquetárias, como obSflrvado por FRIDEMBERG 01

ai. 151 fi HARKER 01 ai . (51. Dasse modo, ocorrerá maior

tormaç1!.o de microagregados, plaquetopeoia e dislunção plaquelária, o que conlribui sobremaneira para he-morragia no período pós-operatório imediato (5-91.

T .. b>lllo rui •• do n. Olsolplina ~ Cirurgi~ Tor~ ci<: •• C ~ rdio' aoo u"r. D"".n a m~nIO d. Cirurgi • . onopodi •• Tr ~UfTlll"'logio da Faouldoooo do MM i.,,,,, ~e RiMirfto P,.'0, univ e" i~ a~e de 5ft o PaulO & "" Univ",,,,Mne Fede"'l d. Uberlânoia. Bras.

(2)

Tannu.FilhoJM.CarnolroJJ.PiccinatoCE.VlcenteWVA.AodriguosÁJ.BassetoS.Sad.erAA.Eleltosda",ntoxitiliMsObr. as plaquetas e hemodinAmlca de pacientes com valvopatias adqul~das. operados com clrculaçlo e><lracorp6rea. Rov Bras CirCordiovascl996;11 (3): t75-82 .

Além disso, a atividade simpática , já acentuada pelaprópriacardiopatia.exacerba·seduranteaCEC, resultando na elevação da rasistênciavascular sistl!mica(IO,II1,enaconsllqüllntereduçãododébito cardlaco 1121, difi<:l.lltando a recuperaçAohemodinà-mica dos pacientes

Drogas antiplaquetárias e vasodilatedoras fo-ramtestadas por inumerospesquisadores (12. 151, na tentativa de reduzir estes efertos deletérios da CEC.

o

presente estudo tem por finalidade avaliar os efeitos antiplaquetários e hemodinàmicos da pento·

x~ilina,tambémconhecklaporseusefeitosreológicos,

em pacientes com valvopatias adquiridas e submati-dos a intelVer.ções cirúrgicas com auxOio da CEC.

CAsufsTICA E MÉTODOS

Foram estudadOs 13 pacientas portadores de valvopatias adquiridas. Seis (2 masculinos) forma-ram o Grupo Controle (G.C,) e 7 (3 mascul inos), o Grupo Pentoxifilina (G,P.). A idade variou de 18 a 62 anos (média 47,3) no I" e de 22 a 75 anos (m édia 37,1) no 2".

Nenhum pacienle era diabético, tabagista, nem fazia uso de drogas antiplaquelárias e anticoagu· lantes. TOdOS apresentavam normalidado da função contrátildo ventrlculo esquerdo.

O diagnóstico clínico da cardlopalia fOI confir-mado pelos achados eletrocardiográficos, radio lógi· cos, ecocardiográlicos e estudo hemodinàmico (Tabelas 1 e 2).

Todos os pacientes foram opelados com CEC , utilizando-se bomba de roletes (Mod. IC 5/87) e oxigenador de bolhas (Macchi Engenharia Biomédica lida.). O fluxo não pulsálil foi controlado de acordo com a superfíCie corporal e temperaiura esofágica (hipotermia moderada de 28"C a 32 " C).

Empregou-se hemodiluição cristalóide (até 30

mllkg peso ou hemat6critode 27%),com o aprovei-lamento do perlusato restante.

Cardioplegia sangOlnea fria interm itente (4"C, 5 a10mUkg peso) foi infundida com módulO aproprio ado (Macchi Engenharia Biomédica lida.) a cada 20

AanticoagulaçAo sistêmicafoi feita com heparlna (Liquemine-Roche) . na dose de 3 mg/kg peso. Doses adicionais foram administradas para manter o tem-po de coagulação ativado (TCA) acima de 400 segundos, A neutralizaçAo da heparina foi conse-guidacomsulfatodeprotaminanaproporçãodet,3:1. A hidratação p6s-operatóriafoi mantida nabasa de 500 mUm2 da superfície corporal nas primeiras 20 horas e 700 mUm2 de superfície corporal, a seguir. Transfusões de sangue (papa elou plasma) foram reali2adasde acordo com os parAmelros he· mod in âmicos o laboratori ais, para manter valores mínimos de hemoglobina de 10g/1 OOmle hematócrito de 35%.

Foram realizadas 3 reoperações por recid iva das valvopatias (1 no G.C,) e os tempos da opara-ção, de CEC e de pinçamento aórtico foram seme-lhantes entre os grupos (Tabelas 1 e 2)

As determinaçr5es do número de plaquetas (NP)!161 índice de agregarlos plaquetárioscirculantes (IAPC) (17), lempo de sanglamento (TS) (181, hemo-globina (Hb) e hemat6crito foram realizadas nas seguintes etapas

• Periodo pré-operató rio (Pl)-com uma elapa (EO) • Período intra -o peratório (P2) - subdivididos am

30tapas:

El - 5 minutos de CEC E2 - 30 minutos de CEC E3 30 minutos pós-CEC

TABELAI

DI.STRIBUIÇÃO DOS PACIENTES DO GRUPO PENTOXIFILlNA. QUANTO AO DIAGNÓSTICO (D). PROCEDIMENTO CIRURGICO (PC) E TEMPOS DE OPERAÇÃO (TC), CIRCULAÇAO EXTRACORPÓREA (CEC) E PINÇAMENTO AÓRTICO

(PA)

(3)

TannUI FllhoJ M, Carneiro JJ, PK;cinatoC E. Vic~nt~ W V A, RodrlguesAJ , BasutoS. Sader A A _ Efeitosda pentoxifi llna $Obre as plaquetas e hemodlnAmice de paclentu com valvopatiu adquiridas, operados com ctrcutaçAo extraco rpÓrea. R~v Bras CirCardiovascl996; 11 (3)'175_82

TABELA 2

O/STRIBUIÇAo DOS PACIENTES DO GRUPO CONTROLE. OUANTOAD DIAGNÓSTICO (O). PROCEDIMENTO CIRÚR-GICO (PC) E TEMPOS DE OPERAÇÃO (TC). CIRCULAÇÃO EXTRACORPóREA (CEC) E PINÇAMENTO AÓRTICO (PA)

D.'

~

..

~.~

".,

A.D.C.

..,-EM+tT

R~.EMo

'"

DCA,

'"

Pl'ÓtnemecAnlc.a

~~::::~~~:s

Plilsliamitrat PrÓtesemecArlic.a PrótesemecAnica

'C

(m/n)

----

~1f

330 tO ~ '

260 90 75

300 100 ~. 83 .,""

DL T. dupla ledo trõcuapide; DLM _ d~pta teslo mltrat: tAo . Insufici1!nclaaÓrtica: tM. in.~tici'ncia mit,al

• Perlod o pós -ope rat ó rio (P3) - subdividida em 2 etapas

E4 - I' hora de pós-operatório E5 - I" dia de pós-operatório As pe rdas sa ngOínaas e transfusões de papa de hemácias eJou plasma foram monitoradas até a 12' hora do pós-operatório.

As variáveis hemodinâmicas (débito cardla-co. resistência vascular sistêmica. pressões arterial média, atriais direita e esquerda e fraquência car-díaca), assim como as temperaturas do hálux e do esófago também fo ram av ali adas em diferentes etapas:

Pe rlo do pré-ope ratório (PI) - etapa EO (pré-anesteSia)

Parío do i ntra-operat ó ri o (P2) - subdividido em 7 etapas: E l (pós-anestesia). E2 (pré-CEC). E3 (fase de es/riamento da CECI. E4 (fase de manutenção da CEC). E5 (final da CEC). E6 (pós-CECI, E7 (Iinal da operação). • Per lod o pós -ope rat ó rio ( P3) - SUbdividido em

12 etapas (E8 a E 19). correspondentes a cada hora após o término da operação

O débito cardiaco (OC) foi medido, pela técnica da termodi lulção descrita por GANS e SWAN (19) a a resistência vascular sisllimica (RVS) loi calculada pela lórmula

RVS = PAM - PAD x 80 De

A pressão de át rio esque rdo (PAE) foi moni-torizada através de cateter introduzido diretamante no átrio esquerdo pela técnica de Sader '

A administração da pentoxifilina iniciada 3 dias anles da operação (1.200 mg voldia) foi mantida no intra e pós-operató rio por infusão endovenosa (1

• SaO. , A.A: ~ . no"""",,

1Io ' ''iO

esqufl r<lO no P.O. 0& <>p*'" çliO

oardil ol,T," bl lho I p, . . ."t..oo a o XX IX Congr . . .., Orui!eiro di

C. rdlologl.,I'oft. r ... . 1973

mglkg peso). Cada dose loi dilulda para 60 mi de solução glicosada 5% e administ rada em 90 minu-tos, re petida a cada 6 horas, a partir da ind ução enestésica.

A enálise estatística dos dados obtidos foi re-alizada através dos testes não paramétricos de Wilcox on e de Mann-Whltney. O nlvel de aignificância loi estabelecido em 0,10_

Não houve diferença estalisticamente significa-tiva entre os grupos. quanlO a idade. peso. altura. superfície corporal e tempo de operação, CEC e de pinçamonlo aórtico

A Tabe la 3 con tém os valores do NP, IAPC e TS. Ambos os g rupos epresentaram reduções signi-ficativas do NP nas etapas E l . E2. E3. E4 e E5 em relação aos valores pré-operatóri os (EO). Entrelan-to. ele loi sign ificantemente superior no G.P. nas elapas E2. E3, E4 e E5.

Houve redução do IAPC (normal de 0,80 a 1.00) em todas as etapas no G.C., enquanto no G.P. ela ocorreu apenas nas etapas El, E2 e E3. Todavia. o IAPC loi maior no G.P. aos 30 minutos e após a CEC (Tabe la 3).

O TS mostrou-se alargado nos dois grupos nas etapas de El a E4. com volta aos valores basais no ,. dia após a operação (E5). Ele loi signilicantemente meno r no grupo tratado aos 30 minutos e após a perfusão (E2 e E3), assim como no l ' dia após a operação (Tabela 3).

As perdas sangOíneas e os volumes de Irans· fusões. acumulados nes 1'. S' e 12' horas de pós-operatório. foram slgnificantemente menores no G.P. (Tabela 4).

(4)

T8nflUS Filho J M, CarneiroJ J, PicclnlllO C E, Vicellle W V A, Rodri\lues A J, Sasselo 5, Sader A A - Efeilos da pelllo.if~ina !!Obre as plaquelu i hemodlnêmica de pacientes com valvopalias 8dquiridas, operados com clrculaç80 edracorpór811., Rev Srss CirC<lrdiovascl996;11 (3j:175-82 ,

TABELA3

DISTRIBUICJ,OpOS VALORES MEDIANOS DO NÚMERO DE PLAOUETAS (X 1000 MI#), íNDICE DE AGREGADOS PLAOUETARIOS CIRCULANTES E TEMPO DE SANGRAMENTO (SEG), DOS GRUPOS CONTROLE (GC) E

PENTOXIFILlNA (GP)

~ _ dilercnçaeslallsllcamcnteslgr'IÍllcati"acmrclaçl\oàelapaEO(p.:O,10)

" _ diferença estatisticamenleslQr'lÍficativa en\re os grupos (p<O ,lO)

TASELA4

DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES MEDIANOS DAS PERDAS SANGUiNEAS (ML) E VOLUMES DE TRANSFUs6ES DE SANGUE E/OU PLASMA (ML), ACUMULADAS NAS I', 6' E 12' HORAS DE PóS-OPERATÓRIO DOS GRUPOS

CONTRO-LE (GC) E PENTOXIFlLlNA (GP)

PEROAS SANGOINEAS TRANSFUSÕES SANGOINEAS HORAS(h}

O-th 0-6 h 0-12h

(f~ 65.0·~ 308,3

237,8 117,1"

30(6'; ,155,7', _ 511,6 565,O ~ 167,1" 167,1"

" z dil&r9nça &S19tlstlcamanta significativa &nlre OS grupos (p"O,10): Ge _ Grupo Controlo: GP . Grupo Pentoxifitina

e ap6s CEC, comparativamente ao valor basal, ell-quallto que 110 G,P, ela aumontou somonte na fase de manutenção (E4). Entretanto, neste grupo, ela permaneceu mais elevada da I' à 4' hora, para depois reduzir atê a 12' hora. Não houve, porém, diferença significante entre os grupos em nenhuma das elapas do estudo (Gráfico 1)

GRÁFICO 1

Re"'''énci o v .. culor.,.,émlc. {R.V,S. d''''.og.cm '')emmM,,"na, dO'grupoooon',olo{G_C_)op. nto,ifillna{G_P.)n .. dof. ,on,,, . ,apa. d<>sporl<>do.p,/i,"',a&p!Io-<>po r. tO'",

o D,C, foi significantemente maior no G,C, após a indução anestésica e pré CEG, Em ambos os grupos, em nenhum momento do pós-operatório rogistraram-se valores do D,C, significantemen\e mais elevados que os basais (Grálico 2),

Não houve diferenças signijicantes entre a

pres-GRÁFICO 2

-. :[~

q

~· f

I

I~o'

,l ~

.1:".,:., ., • .,.,;

_",..= ___ "'""

(5)

Tannu$ FllhoJ M, Carneiro J J, ~lccinatoC E, Vicente W V A, Rodrigues AJ, Basseto S, Sadar A A, Eleitos da penloxilllln8 sob,e as plaquetas. hamodlnAm,ca d. pacientes com valvopallas adqulndas, operados com circulaçAo extracO<pórea, RJJV Bras

CirCardiovasct996;11 (3);175-82,

GAÁFICO 3

Pr"U.lO _nonal ml><ll. (P.A.M. mmHgI . m mfl<ll.na. <lOS grupos

oonlrol.(G.C.) . p"'lo.<llilina(G.P,)nao <lll . r.nl . . . t .p&ldos~n ·

O<IOsp'6,lntr • • pó"·""",alórlo

são arterial Sistémica rros dois grupos (Grálico 3), e a

Ireqüência cardiaca loi mais elevada no G.C. no

pe-rlodo pré-operatório e após a indução anestésica, in·

verlendo-se na etapa pós CEC e ao linal da operação. Não houve correlação entre a queda e a eleva-ção das temperaturas do es61ago (Te) e do hálux (Th) em ambos os grupos, sendo esta última signili-cantemente menor no G.P. a partir da 4" hora da pós-operatório. O gradiente Te-Th. acompanhando as variações da temperatura do hálux, foi maior no

G.P. da 6' até a 12° hora (Grálico 4).

COMENTÁRIOS

A pentoxililina é uma metilxantina com efei tos hemoreológicos e antiplaquetários bem conhecidos, porém com ação vasoativa e hemOdinAmica contro-vertida 120-211)

A análise dos resl.tltados obtidOS com a con ta-gem das plaquetas concorda com os dadOS clescri-tos por vários pesquisadores (5.7.8.13.1 •• 30). Houve reduçiio do número de plaquetas no inicio da CEC (hemodiluição), que se manteve até o pós-operató-rio. Entretanto, no G.? esta redução foi significante-mente menor em E2, E3, E4 e ES. O indice dB agregados plaquetários foi menor no G.C. em todas as etapas do estudo, sendo significRntemente maior no G.P, em E2 e E3, o que demonstra a proteção da droga co ntra a maior ativação plaquetária in vivo.

O alargamento do tempo de sangramento (> 300 segundos), descrito por murtos autores 18,31-33) relacionado às alterações plaquetárias durante a CEC , foi significantemente maior no G.C. em E2, E3 e E4, eviclenciando melhor função plaquetária no G.P. HARKER et aI. (6) e ZUHDI et aI. (30) demons-traram que a hemodiluição é a responsável pela qUBda fiOS valores da hemoglobina e do hemetócrito,

GAÁFICO 4

~]~:::;

,.[

~)

.UJ ... ...

G,odl . ntesdast.mpo,eM .. <Io .. Ola\JO.doh.tlux(Te Th · C).em

m-.ll.n •. do.g~OOI1trol . (G,C.).pento.~i ti,," IG.P.),,".dif., ....

!e •• !ap . . dos~ r1odo ,p fé,ln!, aepó. ·"""ratór1o

durante e CEC, fato também observado no presente estudo. Entretanto, considerando-se que a hemodi-luição foi igual e constante em ambos os grupos, niveis mais elevados de hemat6<:rito e hemoglobina enconirados no G.P. podem ser explicados pelo menor sangramento registrado em seus pacientes (Tabela 5).

Por outro lado, vários autores Ill · l5) correlacio-naram as perdas sangiHneas aos traumas vasculares e dos componentes do ssngue. HANKER et aI. (6) e GARCIA et aI. (36) demonstre rem que o sangra-monto também gusrda relação estreita com o nú-mero e função das plsquetas circulantes. NestB estlJdo o G.P. apresentou maior número de plaquetas e indice de agrBgados plaquetários circulsntes, o que demonstra a ação protetora da pento~ililina sobre estes elementos e explica o menor sangra-mento observado no rBfBrido grupo.

A resistênC ia vascular sistémica elevou-se em ambos os grupos durante a CEC, sendo estes re-sultados semelhantes ao de vérios autores I •• 10, 11).

TABELAS

DISTRIBWçAo DOS VALORES MEDIANOS DA HEMOGLOBINA (HB) E DO HEMA TÓCRITO (HCT), OOS

GRUPOS CONTROLE (OC) E PENTOXIFILINA (GP)

(6)

Tannus Filho J M, Carneiro J J. Piccinato C E. Vicente W V A. Rodrigues A J, 8asseto S, Sad~r A A· Efaitosda pIIntoxifitinasobre as plaquetas e hemodinamica de pacientes com valvopatias adqufridas. operados com crrculaçAo extracorpórea. Rev Bras ClrCardjovasc,996:"{31:'75·62

Ela continuou elevada nop.o. (diferenças não signi-ficanles entre os grupos), sendo qua no G.P. a elevaçãoregistradada"à4'horano p.o. foi significante em relaçAo ao valorbasal,o que pode sugerir a pouca ação da droga sobre a circulação periférica.

A redução significante do débito cardiaco ob-servado no G.C. concorda com os reSultados de DIETZMAN et aI. (3) a STINSON at aI. (121. Entre-tanto, queda similar foi registrada no G_P . a partir da indução anestésica, não ocorrendo I'\6nhum valor superior ao basal durante toda aobsorvação p.o. Estes resultados contrastam com os obtidos por STINSON ot aI. (12) e KOUCHOUKOS et aI. (39) com outras drogas vasodilatadoras, que são responsá-vais por aumentos da débito cardíaco em pacientes operados com CEC.

SAKURAI & KOMAAEK 128) e WATANABE et aL (29) relataram redução da pressãoar1erial sistémica com a infusão e.v. de pentoxifilina além de postularem uma possível ação inotrópica. O presente estudo não demonstra tais efeitos, concordando com os reSultados de EKESTRÕM el aI. (24).

Finalmente, a análise das temperaturas central (esolágica) e periférica (hálu~) e seus gradientes demonSlraque. no G.P. , registraram-se valores mais baixos na periferia. com maiores gradientes Te·Th. A julgar como MATTHEWS et aI. 140 ), que demons-traramovalordestasvariáveisnaavaliação in direta dodébitocardiaco,pode-seinferlrqueadrogatoí incapaz de reduzir a R.V.S. e melhorar as condi· ções circulatórias dos pacientes que a receberam.

CONCLUSÕES

A pantoxifilina. nas doses e técnicas de admi-nistração utilizadas, mostrou-se eficaz para, man-tendo maior número de plaquetas e reduzindo a formação de agregados plaquetários, permitir me-Ihor hemostasia e menorperdasangüínea noperfo-do de pós-operatório

Por outro lado. apresentou reduzido ou nenhum efeito vasodilatador, sendo incapaz de, diminuindo a pós-carga. aumentar significantemente o débito cardíaco reduzido pela CEC.

! ASCCV44205.307 !

TannusFilhoJM,CarneiroJJ,PiccinatoCE,VlcenteWVA,Aod~guBsAJ,BassetoS,SadarAA·Effocts

ofpentoxilyllineonplaleletsandhemodynamicolpa.tienlswitha.cquirodvalvopathios,oporatodonwith extracorporaalcirculalion. R.iOVBrIlSCirC"rdiovasc,996;

l'

(31;175·82.

ABSTAACT: Pantoxilylllne (Tranral®I,vasodilatorwilh rh .. ologic aclion, was ad ministeradto palianls witha.cqUlredvalvopalhlos(7pt·2reope,ations)bofore(I,200mgpldayI3days)andduringthosurgery(1 mgil<gl90min, LV_I lo evaluate itsellectsonthe platelots and hemod')lnomlc_ Bubble oxygenotors, moderale hypothermia. and Intormlttent cold blood cardioplogla wore used. Homatocrit, Ilomoglobin, circulating plalolets endeggregataplaloletsindex,btoodlossandlransfuskmandcerdiacoutputw8relollowadamongother variablustillthu 12'" posl-op. hour. Theyw .. rucomparudwithacontrolgroup (6 pt-, ruopera~on)bynon

pararnetnctestsolWilcoxonandMannWhilney.Penloxilytlino,protectingtheplatelots,hasdelerminedlletter conditionsofcoagulalionandsmallpost-opbleeding.However,itsva.sodilatorettectwa.sreducedorabsenl, wilhoutanybenefitontheperifericcirculaton,systemicvascularresistanceandcardiacoutput

DESCAIPTOAS: Heart~alve diseases, surçery. Extracorporeal clrculation. pentoxllylllne, p~armacology PlatelataggrlOgation,drugelflOcl$.HemodynamiC,drugeffects

REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 81omb3ck M. Noren I, Senning A . Coagulation disturb1lflCesduringextracorporealcirculationand

;h2107P~~~~erati~e penod . .... cra Chlr Scand '964

2 Blck R L· Altoralions 01 hemostasis associalod wiltl cardiopulmonary bypass: pathophysiology p"~9nlion, diagnosis and managemen\. Samin

Thromb H .. most 1976: 3: 59·B2

3 Dielzman A H. Erso' R A, LillBhoi C W, Castaneda A A,Lmehel A C-Lowovtputsyndrome:recogrWtion

~~.~~atmen'- J Th<rrac Cardiovasc $vrg'9S9: ~7'

4 Matth ews H A. MeadeJ 8, E~ansC C· Slgnlficanceof prolongedperipheralvascconstrictionalteropen·heart surgery. Thorax'974; 29 :343·B .

(7)

Tannus FilhoJ M, Carnaim J J, Piccinato C E. Vicente WV A. Aodrlgu8S A J. Basseto S. Saner A A· Ele llos oa penloxifillna sobre asplaquelas 8 hamodinâmica da pacienlescomvalvopaliasadquiridas. oparados comcircu laçAo ulracorpóraa. RavBrn CI,C.,diova5c1996: 11 (3) :175·62

ca rdiopulmonary bypass. Ann Thorac Surg 1978 ; 25, 298·305.

6 Har~et L A . Malpass T E. Bronson H E. Hessel E. Sl icheler S J - Mechanism 01 abnormal blaedlng ln palienls und " rgoinll cardiopu lmonary bypass: acqLJired lransientplatalatdysfunctiooll.SM>Ciatadwilh seIKtlvegranut" retease. 6100<11980:56:824·34.

Dutton R C. Edmunds Junior L H. Hulchlnson J C. Re>e B B· P l al~etag9regale embollproduced ln patlent durinll cardiopulmonary bypass with mambrana and bubb le oXYgenators. J Thorae Cardiovase SurQ 1974: 67:258-65.

8 Oe Levai M R. HIIIJ O. Mlelke C H. Macu,M F. Gerbodo F · Blood plalelets and ext racorporeal clrcu latloo· kineticstudiesondogsoncardiopulmonarybypan .

J ThorBe Cordiovasc SurQ 1975: 611 : 144· 50. 9 Gomes MM!. Me Goon D C - Bleedlng patterns aU"

~;.~;rt sur(lilry. J ThoracC8rdi<>vascSurQ 1970;

10 Sang ar P W. Roblesak F. Taytor F. Rees T T. Slan R E . Vasomotor regu lation during extraeorporeal circulalion and open· h uarl surgery . J Thorae

ca,dievasc Surg 1960; 40: 355· 71

11 GOtOOn RJ. Ravin M, OaicoffG R· Changas lnartarlal praasura.vlscosltyanelres islance durinIlCft1dio·

~~ : ~~;r,~ypa as. J Th0r8e C8rd1o"llsc 5u'f11975:

12 Stinson E B, HoHoway E L. Darby G C. Copeland J G Beulher O L. Gnepp B R . Centrol 01 myoca rdial per1ormancaearl yafteropen·heartopa rationsby vasod ilator traatment. J Thorac Cardievtlsc Surg 1977; 73 : 523·59

13 Nuulinen L S. Pihla)ante .... R. Saarala E, I(Brkola P. Hollmen A _ Tha eltecl 01 dipyrldamole on the

thrombocytacountandbteadingtendencyinopan-~:~~~g a ry . J Thorac C8,diovasc 5ua) 1977; 74

14 I(av;n H T. Chrll1 ak ls G T. Waisel R O et ai . Dipyridamole pranrvedplalalets anel reducedblood altercardioputmonary bypass. J Thorae C8rdio"llse Surg 1988; 96: 332·41

15 ArenC.PedarsenK.Rad"llranl(·El1ectsolp rostacyclin enp laleletaclivaliooar>dpostoptirativebloodlossln coronarybypas.s. Ann ThoraeSurg1983;36; 49·54. 16 Brocher a & Crenkile E· Morphology and anumeralÍon 01 blood platelels, JAppi Phy&i<>1 1950; 3: 365· 77 17 Wu I( I( & HoakJ C A - A new mathod lor tha quanllUl1ive <!olecüonolplatelets aggregatesinlha patien1S with arterialinsufficiency. Lancei 1974; 19: 924·6 . 19 Duke W W· Tha relatien Df bIood plalalels tohamormaglc

disease : dasc, iptionolamalhodlordete,rn; ninllthe blaedlnglimeandcoallulationtimaandaraportDf

lhr80 casos 01 homorhallic disease rolieved by translusion. JAMA1910; 14: 1185·9 t 9 Gans W !. Swan H J . Measu rement 01 blood by

tharmodilution. AmJ C8rdioI1972; 29: 241-8

20 Mullar R !. Lahrach F . Haemorrheo logical and cerebrovasculard iseasa: multillJl1.Clional approaeh

;~~~;nIOXllYlllna. Cutranl M.d Ru Opin 1981; 7:

21 NlsI>k>T . ToshIma Y.MatsumoY. EffoctsDf pentoxilylline encall shapa.ATPconlentanddetormabllltylnrabbl1 erylhrocytes uOO"r hyperesmolarcondilions. IntJ B1ochem1982 ; 14:91S-20.

22 Schneider R. Schmid·Schoanbaiw H. I(ieseweitter H -ThereologicaleUlcle rocyDfparenteralpenloxlly1l1ne (T R) in palian1a wilh iscl1emic brain lesion. Eur

Neurol 1983: 22: (Suppl.l) 98·104 23 Nenci G G - Etfacl 01 penloxilylline on plate let

aog ragatlen. PharmalhfJtapfJutica 19B1; 2 : 532·8 24 EkfJstr 6 m S . Llljaqvi s t L. Nordhus O . Cenlral

haomodynamics anel coronary artelial blood IIow alter adm inistralion 01 pantoxilylline to patients with coronary arlery d i$eas8. MfJ/hods CUn Pharma<:ol 1976;3:233-6

25 Nordhu$ 0 , Ekuslr6m S. Liljeqviat L - E/lects 01 pentoxilylllnaoo central hemodynamics in patienla wil h cong as ll va hearl tailuro. Scand J rhorac

Cardi<>va8cSurg 1986; 20' 217·20 26 Oropallo J M. Amln O. Klapholl~ A ai aI. . EUects Df

pantoxilyllineonhamodynamlcs.oxygentransport. and tissua mo tabolism in experimental uva .. hamormagicshock. Cri/carOl MrHi 1991; 19: 1540·4

27 Suren A . Oauer F R. Rosekranl B. Blrche. J • Elfeel 01 pentoxilyll ine on liver plasma liow in normal mano J ClinPhsrmacoll991; U :233·7 28 Saku rai M L & I(omarek J . Comparaliva 81udies 01 3.7

dimathyt-1-(5-0xo-h"yt) xanlln. and lhaophytlin. on

~~~d i ;~~;ction. Arei! ln! Pharmacodyn Ther 1974;

29 Watanabe H. FurUkawa V, Chiba S - Cardiovascular elfoctsolaminophytlin e andpan1oxily111ne oointacl

:~~4;~d I~aled deg atria. Jtlp Hoart J 1982: 23 :

30 Zuhdi N. Carey J. G rear A E _ Hemodilullon anel coagu lalioo tactors in extracorporeal c i rcuI8~oo. J rhorac Cardi<>vasc 5u'f11962; 43: 816-21 31 8achmann F. Me I( enna R. Cole E R. Najati H . The

hemostaticmflchanlsmalteropen.hea!1surgery: I Studias on plasma laclers sn<:t librinolysis in 512 patients alter exl racorporaat cl,cula1lon. J 7horac

(8)

TannU$ Filh.oJ M, Ca,n , I,o J J, Picdnato C E, Vicente WV A. Rodrigues A J. aasseto S. Sader A A· Ereltosda pento.lrillna sob'e

as plaquetas e hamodinlmica de pscientes com valvopatlas ao:!qul,ldu. ope'ados com ci'c .... açlo axt'aco'pó'ea Rev Bras

CirCardlovasc1996; 11 (3):115·82

oleardlaconplelelets. JThoracCardjovascSurg

1968;92:115-59.

33 Mazzano D. Habash J. Manda E ai ai. - Th,ombo·

eylop8niaandplal~ e ldy$lun<:tlonduring a ndaf1e'

su'gery wilh . . t'lIco'po"lIl ci,cula tion. Sangra

1986;31;425·34.

34 Parkins H. Osbo,n J J. Gerbode F· Managemenlol abnonnalbleedinglollowingext,acorporealei,culalOon .

Ann IntemMed 1959; 51:658-67.

35 Gibbon Junio' J H & Caml5hion R C _ P'oolem s ln

hemostaslsassociatedwUhut,aCOf1)Orealdrculatoo.

A""N.w Yorlr Acad Scl 1964; 115: 195·8.

36 Garcia J a. Pakrashl a C, Mary O A. Tandon R K, loneseu MI· Pos lope,aliva blood 10$$ alte' ext,aco'IIO,ealcirculationlo,haartvalva s u'gery.J

ThOracCardiovluc SurlJ 1913; 65: 481·95

31 Zucka, M 8 & 80fall i J _ Vis cous m. temo'phosi l

p,oducadbychllling a ndbyclottlng.Fa llurelo lind speciticda lectolviscousmetamo'phosis in

= :T:2~~~~ome . Thromb Dlarh Haemortlagy 1960;

36 HeldrichH.Paep'erM.Ba'cowD . Schar1IM.ThaeH&eI ofpentoxlfylU ". oncant,al

andpe,lph8falhaemody-:;:~~; an e xperimentsl study. Z Ka,dloI1976 ; 55: 39 KouctJOukosNT,SheppanI LC.Kir1<linJW-Effectof

a~"ationslnarte ~ alp"ssu' i oocardiacperioonancll

e arly a f1o'openinl'aca rdiacope ' a tions. JTlIorac

Imagem

GRÁFICO  1

Referências

Documentos relacionados

Grande parte das professoras revela que apenas vê o PPP da unidade como um instrumento burocrático a ser entregue para a Secretaria de Educação no início do ano e não o utiliza

singularidade tipo nó, de forma análoga o déficit do ângulo polar caracteriza a singularidade cônica no caso de cordas cósmicas.. 24 fundo é dominada por defeitos mais

A CEF dispõe de um sistema de avaliação de risco de crédito (SIRIC), alimentado basicamente pelas informações desse balanço perguntado e a questão levantada pelos gerentes

Dentre as principais conclusões tiradas deste trabalho, destacam-se: a seqüência de mobilidade obtida para os metais pesados estudados: Mn2+>Zn2+>Cd2+>Cu2+>Pb2+>Cr3+; apesar dos

Um tempo em que, compartilhar a vida, brincar e narrar são modos não lineares de viver o tempo na escola e aprender (BARBOSA, 2013). O interessante é que as crianças

Sobre a entrevista concedida pelo presidente da Comissão Municipal de Empresários de Macaé, observou-se que logo ao ser provocado sobre qual a importância que o

Sun et al., “Evidence for the complemen- tary and synergistic effects of the three-alkaloid combination regimen containing berberine, hypaconitine and skimmian- ine on the

A empresa aqui denominada ARTCOURO COMERCIAL LTDA – pequena empresa de confecção de artigos de couro de uso pessoal de alta qualidade (bolsas, malas, cintos, carteias)