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Educação para saúde sob a ótica da televisão digital e sua interatividade

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

FACULDADE DE ARTES, ARQUITETURA E COMUNICAÇÃO

TV DIGITAL: INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Ana Paula Bonfante

EDUCAÇÃO PARA SAÚDE SOB A ÓTICA DA TELEVISÃO DIGITAL E SUA INTERATIVIDADE

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Ana Paula Bonfante

EDUCAÇÃO PARA SAÚDE SOB A ÓTICA DA

TELEVISÃO DIGITAL E SUA INTERATIVIDADE

Trabalho de Conclusão de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em TV Digital: Informação e Conhecimento – área de concentração Educação Assistida por Televisão Digital, da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, para obtenção do título de mestre em TV Digital, sob a orientação da professora Drª. Vânia Cristina Pires Nogueira Valente.

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Bonfante, Ana Paula

Educação para saúde sob a ótica da Televisão Digital e sua Interatividade/Ana Paula Bonfante, 2011.

Total de folhas: 75 ilustrado

Orientador: Vânia Cristina Pires Nogueira Valente.

Dissertação Mestrado – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação, Bauru, 2011.

1.televisão digital, 2. saúde pública, 3. Interatividade, 4. Educação

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Aos meus amados pais Jair e Gertrudes. Aos meus verdadeiros irmãos Cesar e Luis Gustavo.

Ao meu amado companheiro Daniel. À querida e estimada Luciana.

Ao novo tesouro da família João Pedro. À querida Flávia.

Aos queridos Antonio Carlos e Jane. À cunhada Rita e à meiga e doce Maria Lygia.

Aos inesquecíveis Antônio Dias, Ana Maria Ascêncio e Antônio Bonfante. À avó Rosa Bonfante.

Aos estimados tios, tias, primos, primas, padrinhos e madrinhas.

À tia Ita em especial.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, meu grande iluminador, a muralha de quando pensei estar sozinha. Presente não somente nos melhores, mas principalmente nos mais difíceis momentos da vida terrena. Sem dúvida, o grande inspirador de tudo isso.

À estimada e atenciosa orientadora Drª. Vânia Cristina Pires Nogueira Valente, que carinhosamente me acolheu como orientanda. Para ela, um novo desafio, uma nova área que muitos não teriam coragem, paciência e motivação para enfrentar.

Aos meus amados e amigos pais Jair e Gertrudes que desde a saudosa infância, incansavelmente me incentivaram desde o Jardim da Infância até os dias de hoje em busca do meu aprimoramento e conhecimento profissional. Meu pai, um guerreiro que, por inúmeras vezes, chegara tarde da noite, faminto e cansado, com seu dever cumprido, ainda tirava do fundo de suas forças uma brincadeira comigo e meus irmãos. Meu sincero reconhecimento pelo seu exemplo de raça e honestidade. Minha mãe, o que dizer de uma pessoa simplesmente maravilhosa, amiga de todas as horas, confidente e acima de tudo, Mãe! Meu espelho, minha luz e meu caminho. Meu sincero reconhecimento pelo seu carisma, sinceridade, transparência, luta e força – uma rocha frente às adversidades da vida.

Aos meus lindíssimos irmãos, Cesar e Luis Gustavo, as tampas do sanduiche como eu sempre brincava quando ainda pequenina. Meus dois grandes defensores dos perigos da escola, da rua e de todo o resto. Hoje, meus amigos e queridíssimos irmãos, que quando se olha no olho já se sabe o que o outro quer dizer. Magia, simpatia, afinidade, tudo isso num mix maravilhoso de amor verdadeiro.

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acolher quando preciso, mas que mostra a verdade e chama para a realidade quando necessário, que sempre, independente se para melhor ou pior, apoiou minhas decisões e esteve ao meu lado. Meu porto seguro, a riqueza sem interesse, sem precedentes. Amar simplesmente por amar, verdadeiramente!

“Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”(Luís de Camões)

Meu agradecimento a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho. Ao professor Antonio Carlos de Jesus que, sem pensar, me fez acreditar que era possível, sempre com suas considerações pautadas e assertivas. Um dos grandes idealizadores desta inovação tecnológica – a TV Digital. À professora Jane Brito de Jesus que sempre me incentivou a continuar na carreira acadêmica. Aos professores Humberto Ferasoli Filho e Ana Paula Ronquesel Battochio que prontamente aceitaram o convite para compor minha banca.

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Por todas as adversidades que a vida nos fez passar, pois sem elas, seria impossível nosso crescimento intelectual e pessoal, sem elas, acabaríamos a cada dia mais medíocres.

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BONFANTE, A. P. Educação na saúde sob a ótica da Televisão Digital e sua interatividade. 2010.75 f. Trabalho de Conclusão (Mestrado em TV Digital: Informação e Conhecimento) – FAAC – UNESP, sob a orientação da professora Drª Vânia Cristina Pires Nogueira Valente, Bauru, 2010.

RESUMO

Os meios de comunicação, em especial a televisão, se fazem presentes e necessários cada vez mais na vida cotidiana das pessoas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% dos domicílios brasileiros possuem aparelhos de Televisão. Em 2006, observou-se que as existências de rádio e televisão, embora mais presentes no Sudeste de 92,1% a 96,8%, no Sul de 94,3% a 95,6% e, no Centro-Oeste de 85,3% a 93,0% respectivamente, guardavam menores diferenças entre as regiões que o acesso à maior parte dos outros itens apresentados (Anexo 1).Os percentuais de domicílios com telefone do Sudeste, Sul e Centro-Oeste superaram 80%, enquanto os do Norte foram de 59,9% e do Nordeste de 53,6% que marcaram relevantes diferenças regionais. Já os percentuais de domicílios que possuíam apenas telefone celular, mostram comportamento muito distinto nesse confronto regional, pois os valores observados no Norte e no Nordeste superaram a média do País. Por outro lado, a existência de microcomputador no domicílio e o acesso à Internet também no domicílio, indicam diferenças regionais fortes.

Embora o processo de comunicação esteja presente, existem ainda sérios problemas que a população enfrenta pela falta ou pela ineficaz informação necessária para a profilaxia de determinados eventos físicos humanos. Nos países como Brasil com um déficit de poder aquisitivo, o governo tem dificuldades em chegar à prevenção das doenças, uma vez que sua preocupação maior é tratar aqueles que já se encontram doentes. Com isso, novas tecnologias se fazem presentes e importantes, entre elas, a digitalização da imagem e a interatividade em implantação na televisão brasileira. Assim, novas formas de comunicação serão possíveis, bem como a educação para saúde, que hoje, se mostra como um grande, senão o maior problema do Brasil, a falta de informação efetiva para saúde, que junto a isso se apresenta com a precariedade da saúde pública.

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BONFANTE, A. P. Health education from the perspective of digital television and the interactivity. 2010. 75f. Conclusion Work (Masters in Digital TV: Information and Knowledge) – FAAC – UNESP, under the guidance of Professor Drª Vânia Cristina Pires Nogueira Valente, Bauru, 2010.

ABSTRACT

The media, especially television, are present and increasingly necessary in everyday life of people. According to the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), 90% of Brazilian households have television sets. In 2006, it was observed that the availability of radio and television, although more prevalent in the Southeast from 92.1% to 96.8%, South 94.3% to 95.6% and in the Midwest of 85.3% to 93.0%, respectively, keeping the smallest differences between regions that access to most of the other items presented (Annex 1). The percentage of households with telephone Southeast, South and Midwest exceeded 80%, while the North were 59.9% and 53.6% in the Northeast that have marked important regional differences. Since the percentage of households had only cell phones, show very different behavior in this regional comparison, since the values observed in the North and Northeast of the country exceeded the average. Moreover, the existence of the home PC and Internet access at home also indicate strong regional differences. Although the process of communication is present, there are still serious problems facing the population by the lack or ineffective information needed for the prophylaxis of certain human physical events. In countries like Brazil with a shortage of purchasing power, the government has difficulties in reaching the prevention of diseases, since their main concern is to treat those who are already ill. Consequently, new technologies are present and important, among them, scanning the image and interactivity in deployment on Brazilian television. Thus, new forms of communication will be possible as well as health education, which now appears as a large, but the biggest problem in Brazil, the lack of factual information to health, together with that presents with a precarious public health.

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SUMÁRIO

1. Introdução 12

2. Desenvolvimento 15

2.1. Breve histórico da saúde pública no Brasil 15

2.1.1. Surgimento das doenças 17

2.1.2. Breve Histórico das Campanhas Publicitárias sobre Saúde Pública 22 2.2. O advento tecnológico e inovador: a TV Digital 26

2.2.1.Modelos, sistemas e padrões de TV digital para o Brasil 27 2.2.2. Breve desenvolvimento da TV Digital 29

2.2.3.Implantação do sinal de TV Digital 31 2.2.4. Interatividade 31

2.2.5. Alguns exemplos de telas interativas 33

2.3. Informação versus doença: um problema a ser solucionado 37

3. Considerações finais 40

3.1. Sugestões de Interatividade para educação para saúde 40 4. Referências 49

5. Anexos 54

5.1. Anexo 1 54

5.2. Anexo 2 55

5.3. Anexo 3 60

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Introdução

A orientação curta e rápida realizada pelos meios de comunicação, em especial a Televisão, pode ser um indício de um déficit de informação adequada para a população no que se refere à saúde e a prevenção de enfermidades. Os órgãos criadores das campanhas de orientação para a saúde não tem a informação precisa da penetração efetiva de suas mensagens, ou seja, não sabem se a população de fato assimilou o conteúdo transmitido.

Embora o processo de comunicação esteja presente, existem sérios problemas que a população brasileira enfrenta pela falta de informações necessárias para a profilaxia de determinados eventos físicos humanos. Uma das falhas de comunicação é a problematização da saúde pública no Brasil. A cada dia novos vírus surgem e, novas enfermidades são descobertas cada vez mais potentes e ameaçadoras para a população. Doenças essas que, devido a sua potencialidade, extinguem de maneira avassaladora um grande número de pessoas. Pessoas que necessariamente não necessitam estar em certos grupos de risco, por exemplo, como aquelas que apresentam outros problemas de saúde, ou que tenham baixa renda familiar. Pessoas de todo e qualquer tipo, brancas, negras, amarelas, homens, mulheres, idosos e crianças, abastadas ou não, mas que, em comum, adquirem doenças igualmente prejudiciais e, em grande parte dos casos, fatais.

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discussões se fazem presentes em torno do assunto, contudo, com os elevados índices de outros problemas desses países, como enchentes, desmoronamentos, desabrigados, violência, entre outros, torna-se cada vez mais difícil direcionar e trabalhar como foco central a prevenção de doenças e enfermidades.

Desta forma, surge uma nova expectativa, uma oportunidade de auxílio para este sério problema de saúde pública do Brasil, a televisão digital e sua interatividade.

O grande diferencial da TV Digital é a possibilidade dos organizadores de campanhas educativas receberem um retorno da população e, a partir daí, ir adequando seu trabalho de acordo com o conhecimento do público alvo. Novas oportunidades, novas programações e novos programas poderão fazer parte deste novo mundo que a população começa a ganhar neste momento. Programas de educação para a saúde e interatividade, em especial, no Brasil, farão a diferença na orientação e educação da população.

Dentro deste contexto, optei pesquisar sobre a saúde no Brasil e seus principais agravantes; sobre a inovação tecnológica TV Digital e sua interatividade e, como essa ferramenta se unida à educação para saúde, poderá contribuir de maneira significativa para a informação e educação sobre saúde para a população brasileira.

Desta forma, especificamente dentro de cada tópico, propus identificar os principais marcos da saúde pública no Brasil; levantar conteúdos sobre Televisão Digital; pesquisar sobre as campanhas já realizadas e veiculadas sobre saúde através da televisão e, também modelos de interatividade; versar sobre a necessidade da informação sobre saúde para a população brasileira e, finalmente, sugerir aplicações e formatos de campanhas interativas que possam contribuir para a educação para a saúde no Brasil.

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conhecimento acerca da produção e a geração de conteúdos especializados em saúde pública. Para Lakatos e Marconi (2000), o método hipotético-dedutivo defende o aparecimento, em primeiro lugar, do problema que será testado pela observação e experimentação.

A definição deste método foi de fundamental importância no levantamento das necessidades e carências educacionais da população no que se refere à saúde pública. Os métodos de procedimento não sendo exclusivos entre si devem adequar-se a cada área da pesquisa, portanto assim, foram utilizados os métodos: Histórico e Comparativo. (Lakatos e Marconi, 2000).

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2. Desenvolvimento

2.1. Breve histórico da saúde pública no Brasil

As primeiras notícias médicas de que se tem registrado no Brasil datam de primeiro de maio de 1500. Com a colonização, os brancos trouxeram consigo os germes de suas doenças, infectando nossos indígenas, principalmente através da varíola e do sarampo. Mais tarde, os negros também contribuíram para o surgimento de novas doenças como a febre amarela (SILVEIRA, 2008).

O período colonial foi marcado pela deficiência de medicamentos e profissionais médicos, além da precária técnica que imperava nos hospitais, considerados verdadeiros depósitos de doentes.

A partir do século XVIII, surgiram os primeiros hospitais militares destinados aos guerrilheiros. Em 1.850, criou-se a Junta Central de Higiene Pública, com a incumbência de coordenar as Juntas Municipais e, especialmente, atuar no combate a febre amarela, enfermidade que acometeu significativamente a população neste

período (ROUQUAYROL, 2003).

A época de maior crescimento da Saúde no Brasil ocorreu durante a era Vargas, tendo sido criados vários hospitais e centros médicos.

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A revolução de 1.930 trouxe novos conceitos sociais, especialmente no tocante à assistência previdenciária e médica aos trabalhadores. Neste ano foram criados os Ministérios da Educação e da Saúde (LAURELL, 1983).

O estudo da Saúde Pública no Brasil teve em seu cenário, grandes idealizadores dessas ações como Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, o Instituto Manguinhos ou Vital Brasil, o Instituto Butantã e Adolfo Lutz com o Instituto que leva o seu nome. Instituições que se mantêm até hoje como grandiosas ilhas de competência do poder público na construção de um sistema de saúde de natureza pública.

Em 1.986, o Ministério da Saúde criou o SUDS - Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde substituído em 1.988 pelo SUS - Sistema Único de

Saúde (ROUQUAYROL, 2003).

Na década de 80, devido à queda da qualidade e das condições de assistência à saúde no setor público em consequência da crise econômica, teve início um processo de valorização do sistema privado, com a procura de modalidades alternativas.

Atualmente, o SUS - Sistema Único de Saúde, área do Ministério da Saúde, conta com aproximadamente 6.300 hospitais. Destes, mais de 500 são de alta complexidade e especialização (COHN, 2008).

O Ministério da Saúde é responsável pela normatização e coordenação das ações, bem como pela liberação dos recursos para pagamento da rede hospitalar privada que mantém convênio com o SUS. As Secretarias Estaduais de Saúde são responsáveis pela coordenação das ações dos respectivos Estados e os Municípios pela execução das atividades de assistência médica preventiva e curativa, em sua área territorial.

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hospitais federais, estaduais e municipais vem sendo submetida a um processo de deterioração acelerada por motivos diversos, entre eles: escassos recursos orçamentários para custeio das operações e novos investimentos; desmotivação do pessoal; falta de medicamentos e materiais e ao aumento da demanda devido à expansão da população urbana e do atendimento aos contingentes rurais antes desassistidos.

Neste cenário se insere o papel dos Planos Privados de Saúde e Seguro Saúde, atuando de forma a contribuir para a desoneração do Estado, com o compromisso de atendimento eficiente a seus associados e segurados.

A epidemiologia constitui a principal ciência de informação em saúde (ROUQUAYROL, 2003).

2.1.1. Surgimento das doenças

Neste contexto, tem fundamental importância a Epidemiologia, que segundo a Associação Internacional de Epidemiologia, em 1973, definiu como “o estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas”. Considerando o conjunto de processos sociais interativos, da qual a epidemiologia está inserida, esta constitui em especial, um processo denominado saúde-doença. O processo saúde-doença pode ser entendido como “o modo específico pelo qual ocorre, nos grupos, o processo biológico de desgaste e reprodução... até o surgimento da doença” (Laurell, 1983).

Durante séculos, o controle das doenças infecciosas se fundamentava na medicina dos humores. Os fatores ambientais como os ventos, a chuva, emanações reais ou imaginárias, compunham um figurino de ação tipicamente hipocrático.

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Em 1899, a peste bubônica chegava aos portos brasileiros causando epidemias em Santos e no Rio de Janeiro. Foi a peste bubônica, mais do que a febre amarela, o gatilho para o desencadeamento da resposta governamental às endemias e epidemias que acometiam as cidades brasileiras. A investigação conduzida por Vital Brazil em Santos foi exemplar, e estabeleceu as bases dos serviços de controle da peste. A peste foi eficientemente controlada, não chegando a causar grandes epidemias e não mais surgindo no meio urbano, ainda que tenha permanecido em focos silvestres e rurais, hoje silenciosos, no Nordeste e na Serra dos Órgãos no estado do Rio de Janeiro (PEREIRA, 2008).

O impacto das endemias na primeira década do século XX se fazia sentir essencialmente nas cidades. Tanto foi que a malária, doença do sertão e de pequenas cidades, somente foi alvo de ações sistemáticas quando dificultava projetos de grande importância, como a modernização do porto de Santos, a construção de uma estrada de ferro no sertão mineiro e a construção da adutora de água para o Rio de Janeiro, em Cachoeiro do Macacu, na serra fluminense. País com um vasto, desconhecido e inexplorado sertão, o Brasil ainda era uma constelação linear de cidades ao longo da costa. Poucos anos antes, no final do século XIX, a recém-proclamada República havia se dado conta dos riscos decorrentes de ignorar o povo e a cultura desse sertão, quando do episódio de Canudos.

Talvez impulsionado por essa trágica experiência, o governo brasileiro determinou ao Instituto Oswaldo Cruz que realizasse uma série de expedições ao interior do país para conhecer a realidade sanitária nacional (MONTEIRO, 2000).

Com a I Guerra Mundial surgem a Febre Amarela e a Malária que no ano de 1928 tornou-se epidemia no Rio de Janeiro (SILVEIRA, 2008).

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agentes. Essa epidemia serviu como um sério alerta às autoridades, que entenderam haver a necessidade de programas de controle de endemias mais organizados e de caráter permanente, o que levou o governo brasileiro a firmar um acordo com a Fundação Rockfeller para o controle da febre amarela em todo o país.

O final da II Guerra Mundial trouxe não só uma nova ordem mundial, mas também a idéia de que as doenças endêmicas eram passíveis de controle, quando não de erradicação. A capacidade organizativa adquirida pelos sanitaristas norte-americanos durante a guerra e a percepção de que o controle das doenças endêmicas e epidêmicas poderia ser um importante trunfo na busca de aliados durante a Guerra Fria, fizeram com que o governo norte-americano, através de diversas agências de cooperação internacional, assim como os organismos internacionais de saúde, a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS), empreendessem uma série de ações globais ou regionais com vistas ao controle e a erradicação de doenças (SILVEIRA, 2008).

No Brasil, essas ações tiveram pleno desenvolvimento, graças a uma significativa corte de sanitaristas formados no país e no exterior, que haviam acumulado uma invejável experiência no controle de diversas endemias ao longo de décadas. Apoiados pela OMS e OPAS, empreenderam duas grandes campanhas cujo objetivo final era a erradicação: a malária, com sucesso parcial, e o Aedes aegypti, com sucesso total, ainda que de duração efêmera (ROUQUAYROL, 2003).

A febre amarela, a peste e a cólera constituíram os grandes desafios do final do século XIX em São Paulo. A malária somente foi enfrentada de maneira sistemática e organizada a partir da década de 1930, com a criação da Inspectoria de Prophylaxia do Paludismo, uma divisão do Serviço Sanitário.

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1 milhão de mortes por ano. Mais de 90% dos casos ocorrem na África tropical. No Brasil, os casos se concentram na região amazônica. (MONTEIRO, 2000).

Por volta do ano de 1957 a tuberculose causou grande impacto na humanidade e destruiu populações. Houve, inclusive, evidências de DNA da bactéria em múmias egípcias. Apesar dos antibióticos, que surgiram em 1944, a doença ainda mata cerca de 2 milhões de pessoas por ano (SILVEIRA, 2008).

Mais tarde, na década de 80, surge um novo vírus, da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) que causou pandemia mundial. Acredita-se, através de dados do Ministério da Saúde, que a AIDS mata 30 pessoas por dia no Brasil.

Atualmente, outras doenças têm ganhado uma parcela dentro das enfermidades brasileiras. As doenças do aparelho circulatório compõem um grupo que mais mata em nosso país, dentre ela o derrame, a hipertensão arterial e infarto agudo do miocárdio. São doenças que se desenvolvem no corpo humano em função de componentes genéticos associados ao estilo de vida moderno e hábitos de alimentação inadequados. O fumo, a bebida alcoólica, o estilo de vida sedentário e estressante estão como causas principais destes tipos de doenças. A alimentação com excesso de gorduras animais, carboidratos e sal também prejudicam o sistema circulatório e o coração, podendo provocar tais doenças (SILVEIRA, 2008).

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As doenças respiratórias mais comuns no Brasil que acometem a população, em geral, é a bronquite, a asma e a pneumonia atingindo principalmente os habitantes dos grandes centros urbanos que, com a modernidade, o crescimento acelerado de indústrias e utilização de automóveis, respira um ar de péssima qualidade. O monóxido de carbono e o dióxido de carbono (gás carbônico) são gases resultantes da queima de combustíveis fósseis e são altamente prejudiciais ao sistema respiratório do ser humano (SILVEIRA, 2008).

Outra doença que já se tornou parte do cenário brasileiro é o Diabetes, causada por fatores genéticos e também por hábitos alimentares não adequados. Dentre os maiores agravos desta enfermidade, estão os riscos de apresentarem problemas como amputação de órgãos causados por necrose, especialmente os membros inferiores, cegueira, lesões renais (SILVEIRA, 2008).

A cólera é uma doença típica de regiões que sofrem problemas de abastecimento de água tratada. A sujeira e os esgotos a céu aberto ajudam no aumento de casos da doença. A região nordeste do Brasil é a que mais sofre

com este problema (PEREIRA, 2008). Outra enfermidade que acomete silenciosamente a população brasileira são

as hepatites virais dos tipos A, B e C. O mais grave é o tipo C que, em estado avançado, pode provocar câncer de fígado e cirrose. O contágio pode ocorrer através do contato com sangue contaminado ou relações sexuais sem uso de preservativo. O vírus se instala no fígado do doente podendo se manifestar muitos anos depois, quando a doença já está num estágio avançado. A hepatite dos tipos A e B, mais comuns, podem ser transmitidas através de alimentos ou água contaminada (ARONE, 2005).

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protozoário. Regiões de favelas ou áreas com poucas condições de higiene favorecem o desenvolvimento do mosquito, facilitando a transmissão da doença (PEREIRA, 2008).

De maneira sucinta, descrevi as principais doenças que atualmente ainda atingem a população brasileira. Mesmo as mais antigas, consideradas, por alguns, como não mais de risco aparente, ainda se manifestam em algumas regiões, em especial naquelas onde existem precárias condições de moradia, de higiene, e pouco auxílio da saúde nas formas de prevenção, orientação e assistência.

2.1.2.Breve Histórico das Campanhas Publicitárias sobre Saúde Pública

Em comemoração ao dia de Combate contra o HIV, o Governo Federal veiculou nas TVs de todo o Brasil em 01/12/2006, uma campanha utilizando pessoas comuns com HIV, que deram seus depoimentos de vida de forma a combater a discriminação, o preconceito e o estigma que envolve a doença por meio da informação. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=lCBSDgNptjU acesso em 30/10/2010.

Tela 1: Acesso em 30/10/2010

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Tela 2: Acesso em 30/10/2010

Filme de apresentação do personagem Alceu da campanha do Ministério da Saúde contra a dengue no ano de 2007. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=mppNgYyV9eM

Tela 3: Acesso em 30/10/2010

Lançado em 2 de fevereiro de 2008 fala da tosse e orienta para que o indivíduo com tosse há mais de três semanas para que procure o Posto de Saúde faça um exame de escarro.

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Tela 4: Acesso em 30/10/2010

Veiculado em 19 de março de 2008 uma Campanha educativa do Fundo Global Tuberculose Brasil. O Recado é dado pelo ator Lázaro Ramos acompanhado e

contracenado por uma ex-paciente, moradora da Rocinha no Rio de Janeiro. O foco da campanha são os principais sintomas da doença, o diagnóstico, e adesão ao

tratamento.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ljxZCpVA_FA&feature=related

Tela 5: Acesso em 30/10/2009

VT criado pela KRIA Propaganda (0xx8 8809.2999) para a campanha da secretaria de Saúde da prefeitura de Parnaíba para o combate à dengue. Direção: Francisco Chagah /

Edição e direção de arte: Pedrinho Guitar

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Tela 6: Acesso em 30/10/2010

Campanha Nacional de Combate à Tuberculose, veiculada pelo Ministério da Saúde em 28 de abril de 2010. http://www.youtube.com/watch?v=usUi1R5J5c0

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2.2. O advento tecnológico e inovador: a Televisão Digital

O Brasil foi o único país emergente em que emissoras e indústrias de equipamentos financiaram parte dos testes de laboratório e de campo para comparar a eficiência técnica dos três padrões tecnológicos existentes para transmissão e recepção dos sinais (CRUZ, 2008).

Desde 1994, dezessete emissoras de televisão e pouco mais de uma dezena de empresas interessadas juntamente com a Universidade Mackenzie passaram a pesquisar os três sistemas de transmissão de TV Digital: o modelo ATSC americano, o modelo DVBeuropeu e o modelo ISDBjaponês. Desde 1996, Goiás é um dos estados diretamente empenhados na corrida tecnológica para a implementação da televisão digital. O ano de 1996 também ficou marcado pela chegada da DirecTV, primeiro sistema de TV digital no país, porém pago e inacessível à maioria da população. No final daquele ano chegou a SKY para competir nesse mercado. Em 1998 foram iniciados os trabalhos do primeiro consórcio técnico com a Universidade Mackenzie, que resultou nos primeiros testes de laboratório e de campo que duraram seis meses: entre agosto de 1999 e março

de 2000 (CRUZ, 2008).

O governo federal criou 22 consórcios técnicos envolvendo 106 universidades públicas e privadas brasileiras, institutos de pesquisa e empresas privadas. Cerca de R$60 milhões do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações foram aplicados para a criação de inovações brasileiras, incluindo o aperfeiçoamento de equipamentos e tecnologias e de softwares nacionais.

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(Association of Radio Industries and Businesses) do Japão e outras (http://www.planalto.gov.br/ccivil).

2.2.1.Modelos, sistemas e padrões de TV digital para o Brasil

O modelo de televisão digital incorpora a visão de longo prazo e o conjunto de políticas públicas. O modelo deve articular todas as iniciativas, atividades e ações relacionadas à questão. O modelo define as condições de contorno para o estabelecimento do sistema e respectiva definição do padrão.

O sistema de televisão digital é o conjunto de toda a infraestrutura e atores (concessionárias, redes, produtoras, empresas de serviços, ONGs, indústrias de conteúdo e de eletroeletrônicos). O padrão de televisão digital é o conjunto de definições e especificações técnicas necessárias para a correta implementação e implantação do sistema a partir do modelo definido (CROCOMO, 2007).

Atualmente existem diferentes modelos, sistemas e padrões de TV Digital no mundo. No Brasil, a definição final do padrão adotado dependeu da harmonização de um modelo legal e institucional e, de diferentes sistemas de tecnologias de software e hardware. A legislação brasileira foi bastante flexível com relação a portabilidade da televisão digital no Brasil, permitindo a sua utilização nos mais variados dispositivos (Anexo 4).

O padrão de televisão digital adotado no Brasil é o ISDB-TB, uma adaptação do ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), padrão japonês acrescida de tecnologias desenvolvidas nas pesquisas das universidades brasileiras.

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de se adotar o padrão japonês para ser utilizado na televisão digital brasileira, em

junho de 2006, foi a substituição do formato de compressão MPEG-2 para o MPEG-4 (http://www.buscalegis.ufsc.br).

O formato ISDB-TB também permite, além da transmissão em alta definição, a transmissão em multiprogramação, onde é possível transmitir, no lugar de um único programa em alta definição, oito programas diferentes simultaneamente em definição padrão, 720 × 480 pixels. Para comparar, a televisão analógica, por ter perdas na transmissão pelo ar, chega a no máximo 333 × 480.

Um recente desenvolvimentos, o middleware Ginga, camada de software intermediário open source, permite o desenvolvimento de aplicaçõesNCL interativas para a TV Digital de forma independente da plataforma de hardware dos fabricantes de terminais de acesso (set-top-boxes). Resultado de anos de pesquisas lideradas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela

Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o Ginga reúne um conjunto de tecnologias e inovações brasileiras que o tornam a especificação de middleware mais avançada e, ao mesmo tempo, mais adequada à realidade do país (http://www.buscalegis.ufsc.br).

O Ginga pode ser dividido em dois subsistemas principais, que permitem o desenvolvimento de aplicações seguindo dois paradigmas de programação diferentes. Dependendo das funcionalidades requeridas no projeto de cada aplicação, um paradigma possuirá uma melhor adequação que o outro.

Outro avanço importante foi a aprovação do contrato que dá início a fabricação do primeiro chip nacional para a TV Digital. A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou recursos não-reembolsáveis do Funtec, no valor R$ 14,6 milhões para a União Brasileira de Educação e Assistência (UBEA) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada

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Instituto Ábaco, de Campinas, SP, responsável pelo hardware do projeto. O chip criado pela PUC-RS e pelo Ceitec atenderá aos três sistemas de modulação para transmissão de TV Digital internacionalmente reconhecidos.

2.2.2. Breve desenvolvimento da TV Digital

Quando a Televisão Digital foi inaugurada em São Paulo, imaginava-se que ela chegaria ao Rio entre fevereiro e março. O que aconteceu é que essa inauguração foi adiada para meados de abril. Tanto em Belo Horizonte quanto no Rio, os testes das emissoras começariam 15 de abril e as transmissões iniciariam formalmente em 25 de abril de 2008. Entretanto, as emissoras realizaram os testes de seus sinais independentemente uma da outra. A RedeTV! antecipou-se à Rede Globo e iniciou as transmissões digitais em Belo Horizonte no dia 7 de abril e, no Rio de Janeiro em 8 de abril, fazendo com que elas fossem a segunda e a terceira metrópole brasileira a receber e transmitir os sinais, respectivamente (http://www.dtv.org.br).

No segundo semestre de 2008, diversas afiliadas da Rede Globo iniciaram as transmissões digitais, sendo por um bom tempo as únicas a fazê-lo. A primazia entre as afiliadas coube à TV Anhanguera de Goiânia, que começou antes de outras cidades que se julgavam aptas para começar antes, assim como também foi a pioneira na Região Centro-Oeste. Nesta época, também deu-se o início da expansão para a Região Sul, através da RBS TV de Florianópolis e a Região Nordeste, com a TV Bahia de Salvador. No início de dezembro, a EPTV de

Campinas passou a ser a primeira afiliada no interior com transmissão definitiva em digital.

No início do ano de 2009, a TV digital continuou a sua expansão por mais estados brasileiros, atingindo todas as capitais da Região Centro-Oeste, Região Sudeste e Região Sul, com o início das transmissões de algumas filiadas (tais como a TV Globo Brasília) e várias afiliadas de outras redes que não a Globo, tais como a

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afiliadas do SBT, em março e maio, respectivamente. Em meados de março, a Rede Integração de Uberlândia tornou-se a primeira afiliada do interior mineiro com transmissão definitiva em digital. Vitória teve o início simultâneo de uma afiliada da Record e de uma afiliada da Globo.

No final de 2009, a televisão digital continuou sua expansão pelo Brasil. Exceto pela cidade de Aracaju, que passou a ter transmissões definitivas de uma

afiliada da Rede Record e da TV Canção Nova, todas as demais cidades tiveram início com afiliadas da Rede Globo. A TV digital começou sua expansão pela Região Norte, nas cidades de Belém (TV Liberal) e de Manaus (TV Amazonas). O interior paulista teve mais duas cidades: Sorocaba (TV TEM) e Ribeirão Preto (EPTV), além da geradora da Record News em Araraquara. Também houve o início da primeira cidade do interior catarinense: Joinville (RBS). Na Região Nordeste, além de

Aracaju, mais uma capital teve o início das transmissões definitivas: São Luís, com a TV Mirante (http://www.dtv.org.br).

No primeiro semestre de 2010, a televisão digital chegou a mais um estado: o

Rio Grande do Norte. Também teve uma grande expansão por cidades do interior dos estados. A EPTV iniciou a transmissão efetiva em duas emissoras e 10 retransmissoras no interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais; a

TV Vanguarda, em duas afiliadas do lado paulista do Vale do Paraíba; a

Rede Integração, em duas afiliadas no Triângulo Mineiro, a Band Prudente no oeste de São Paulo e a RPC TV de Londrina foi a pioneira no interior do

Paraná. Com exceção da Band Prudente, filiada da Rede Bandeirantes, todas as demais emissoras e retransmissoras pioneiras em suas respectivas

cidades são afiliadas da Rede Globo

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o_digital_no_Brasil).

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2.2.3.Implantação do sinal de TV Digital

O cronograma estipulado para implantação do sinal de TV Digital no Brasil prevê que todos os radiodifusores transmitam no formato ISDB-T até 2013 e o desligamento dos sinais de TV analógica no Brasil está agendado para iniciar em 2016. Entretanto, estima-se que as capitais e principais cidades do país estarão cobertas bem antes dessa data. O calendário divulgado pelas empresas de radiodifusão é ainda mais agressivo, planejando atingir 80 milhões de habitantes, ou 50 % dos domicílios com TV, até o até Dezembro de 2010 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o_digital_no_Brasil).

2.2.4. Interatividade

Num primeiro momento parece muito simples falar de se construir ambientes propícios à interatividade, mas não o é. Procuramos buscar diferentes visões e significados deste conceito. Para alguns, interatividade é sinônimo de interação. Para outros, interatividade significa simplesmente uma “troca”, um conceito muito superficial para todo o campo de significação que abrange o que tem contribuído para que o termo seja usado em larga escala e na maioria das vezes de forma difusa. Temos como exemplo disso os programas de TV onde os telespectadores podem escolher entre duas ou três opções, previamente definidas. Embora isso seja apresentado como interatividade, alguns autores definem como reatividade, uma vez que nada mais resta ao espectador senão reagir aos estímulos a partir das alternativas que lhe são oferecidas (MACHADO, 1990).

Interatividade é um caso específico de interação, a interatividade digital, compreendida como um tipo de relação tecnosocial, ou seja, como um diálogo entre homem e máquina, através de interfaces gráficas, em tempo real (LEMOS, 2000).

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seres humanos imersos numa determinada cultura, por isso mesmo transformadores dela.

As Novas Tecnologias de Informação e comunicação (NTIC) e a sala de aula já estão sintonizadas, sendo que nesse processo estão se configurando novos contextos que vêm problematizar e potencializar as relações pedagógicas. Nesse sentido, as NTIC não vêm para solucionar os problemas educacionais, mas sim trazer novas questões para o debate, outra visão do processo pedagógico.

O termo interatividade surgiu neste contexto das NTIC, com a denominada geração digital. Entretanto, o seu significado extrapola esse âmbito. Já o termo interatividade surgiu no contexto das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC), com a denominada geração digital. Entretanto, o seu significado extrapola esse âmbito.

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2.2.5. Alguns exemplos de telas interativas

Tela 1: Acesso em 31/01/2011

http://www.slideshare.net/lauropt/design-para-tv-interativa-ietv-2008

A tela 1 ilustra um modelo onde temos uma tela principal e, junto à ela, outras telas opcionais de outros programas que podem ser acessadas por esta tela inicial.

Tela 2: Acesso em 31/01/2011

http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/

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Tela 3: Acesso em 31/01/2011

http://www.labtvd.com.br/novo/index.php?option=com_content&view= category&layout=blog&id=38&Itemid=56

A tela 3 demonstra uma plataforma interativa do programa Big Brother. O usuário tem inúmeras possibilidades de escolha como assistir o programa com pequenas janelas

que enquadram diferentes ambientes ou optar por escolher uma delas e acompanhar a exibição apenas daquele ângulo.

Tela 4: Acesso em 31/01/2011

http://www.youtube.com/watch?v=3fXXdThGXSY

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Tela 5: Acesso em 31/01/2011:

http://www.youtube.com/watch?v=3fXXdThGXSY

A tela 5 demonstra um modelo de programa interativo de perguntas e respostas onde o apresentador demonstra o uso do controle remoto através do quiz.

Tela 6: Acesso em31/01/2011

http://www.youtube.com/watch?v=lZt3QJm8j_0&feature=related

A tela 6 mostra um piloto realizado pela TV Globo sobre opções de interatividade da novela Passione podendo-se selecionar em menu lateral com informações dos capítulos da novela,

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Tela 7: Acesso em 31/01/2011

http://www.youtube.com/watch?v=AYMQ_5zhXfQ&feature=related

Esta tela mostra um menu lateral com opções de acesso a aplicativos como calendário de pagamento, tabela de contribuição, localização de agência, entre outros com informações

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2.3. Informação versus doença: um problema a ser solucionado

De um modo geral, afirma-se que as condições sanitárias do Brasil, tiveram progressos extraordinários nos últimos anos (COHN, 2008). Entretanto, é fato que ainda vivenciamos um efetivo atraso frente às enfermidades, dentre as quais o combate às enfermidades necessita de uma frente ativa da população. Pensar nas infestações por helmintos, por exemplo, é apresentar duas faces verdadeiramente inversas, uma que diminui a ocorrência dessas parasitoses baseado na melhoria realizada pelos investimentos em saneamento do meio dos serviços de água e esgoto e, por outro lado, ainda existe a necessidade veemente de se orientar a população para que dêem destino correto aos seus dejetos e a utilizarem calçados. Fatos estes que, estão ainda, na dependência do enriquecimento nacional.

Não se pode versar sobre desânimo no que diz respeito à saúde brasileira, pelo contrário. As condições de saúde do brasileiro têm aumentado considerável e significativamente devido à modernização e, também, pelo incansável empenho de alguns profissionais da saúde, dentre eles, os mais envolvidos estão os enfermeiros e os médicos sanitaristas.

Ressalta-se o crescente desenvolvimento da saúde pública efetivamente conquistada pelo professor Carlos Chagas que, aos poucos, foi ganhando apoio de demais técnicos de saúde no Brasil. O ponto de maior relevância das tendências seguidas por ele era a de que, as medidas sanitárias, deveriam ser impostas pelo mais alto escalão, a fim de que as ações fossem executadas de maneira mais rápida e enérgica (MONTEIRO, 2000).

Por conseguinte, deu encaminhamento a essas medidas e as encerrou vitoriosamente, o Dr. João de Barros Barreto, ficando a administração sanitária centralizada, então, pelos governos federais e estaduais.

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onde mais se necessitam delas, e sim, naqueles onde os poderes políticos ou econômicos são mais poderosos.

Frente a esses inúmeros problemas relacionados à saúde da população brasileira, enquanto profissional da saúde e também como cidadã, observo nas maneiras como as informações referentes à saúde, prevenção, promoção, entre outros, chegam até a população. E, ao pensar sobre isto, vejo que os comerciais de televisão veiculados pelo Ministério da Saúde tem, incansavelmente, tentado mostrar as necessidades de mudança de hábitos e de prevenção. Entretanto, essas mudanças não ocorrem efetivamente, uma vez que, estes comerciais não conseguem esclarecer de maneira eficaz, o que realmente é de extrema importância.

O tempo de comercial transmitido é curto para tantas informações úteis que a propaganda necessita transmitir. Desta forma, a mesma fica resumidamente direta à apenas algumas informações das quais se acredita serem mais importantes. Como por exemplo, quando citamos comerciais, o combate à Dengue, por exemplo, a todo o momento está na televisão, mas dizendo para que os moradores se mobilizem e retirem latas, pneus velhos, lixos, vasos de seus quintais que possam acumular água limpa e parada. Contudo, não orientam efetivamente o que a picada do mosquito pode verdadeiramente provocar em um indivíduo.

Assim sendo, entendo que estes tipos de comerciais auxiliam sim no combate as doenças, de um modo geral, mas não especialmente na orientação e conscientização da população geral.

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Por um lado, acredita-se que os meios de comunicação em geral e, a Televisão Digital em especial, tem princípios que norteiam sua concessão e posterior criação e instalação a necessidade de inserir na sua grade de programação, atividades educativas e culturais, ligadas diretamente ao desenvolvimento de comunidades a serem atendidas. Portanto, a geração de conteúdos ligados à saúde pública, não só atenderá a demanda da comunidade, mas principalmente a um dos pilares básicos da implantação de empresas de comunicação, principalmente em países como o Brasil, principalmente porque a televisão é um dos meios de comunicação mais utilizados pelos brasileiros. Neste momento quando se instala e difunde novos canais digitais pelo país, a Televisão Digital Interativa (TDI) exige orientações sobre saúde pública através de programas ou campanhas educativas tornando-se uma área de fundamental importância nas grades de programação das novas emissoras, principalmente se considerarmos a política governamental do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T) e as novas regras a serem apresentadas para a obtenção de canais de TV Digitais neste novo contexto, que possibilitará, sem dúvida, o intercâmbio de informações necessárias para o desenvolvimento cultural das comunidades brasileiras.

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3. Considerações finais

3.1. Sugestões de Interatividade para educação para saúde

Tudo que foi discutido até agora leva à reflexões sobre as possibilidades de interatividade que poderão contribuir, de maneira

significativa, a educação para saúde especialmente no Brasil. Atualmente, vivemos

na geração das altas e modernas tecnologias que nos fazem viajar por um universo novo e encantador. Elas nos permitem pensar em possibilidades inovadoras e futurísticas, uma vez que, pensamos em melhorias e inovações para algum tipo de bem comum.

Assim sendo, neste capítulo, sugiro dentre esses diversos modelos, formatos e sugestões de interatividade para saúde, especificamente para TV Digital. Nos programas de enquetes em que o apresentador realiza as perguntas em tempo real para seus telespectadores, esses, então, enviam suas respostas através do SMS – Safety Management System, ou seja, serviço de mensagens curtas. Este tipo de interatividade já se faz presente em alguns programas da televisão brasileira, nos permite perceber e acreditar que a interatividade existe e acontece a todo o momento. Podemos citar brevemente as votações do programa de televisão Big Brother Brasil que, utiliza este modelo de interatividade, onde telespectadores de todos os cantos do Brasil participa e votam em seus preferidos permanecerem ou menos afetuosos saírem do programa.

Outra forma de interatividade que será bastante significativa é a escolha do tema do próximo programa a ser exibido sobre determinado assunto, neste caso, especificamente sobre saúde, podendo os telespectadores sugerir um tema pelo qual tem maior interesse ou maiores dúvidas a serem discutidas, também, através do SMS ou através do acesso ao site do programa e votação.

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vivências, suas dúvidas e promover discussões acerca do tema, promovendo desta forma, um debate enriquecedor e cultural.

Mais do que isso, a real interatividade, ao vivo, em tempo real, já é vista como fato consumado no meio da comunicação especialmente pelos apaixonados por esta mídia, onde o telespectador, através de seu controle remoto, em sua residência, possa interagir diretamente com o apresentador. Um controle remoto desenvolvido especialmente para este fim – a interatividade, onde encontraremos teclas específicas interativas, para que através delas possamos escolher cenas de capítulos de novelas e seriados; selecionar trajes, por exemplo, de um determinado personagem e seus acessórios utilizados.

Especificamente para educação para saúde, sugiro ainda, um programa de perguntas e respostas, por exemplo, de temas variados específicos e pré definidos, até mesmo por votação ou sugestão dos telespectadores, onde esses, através do controle remoto, acionarão teclas que responderão as perguntas como um quiz, podendo sanar dúvidas e aprender sobre determinado tema.

Como ainda não temos a interatividade em nossas mãos tão viva como em nossa mente, ilustro em telas, como sugiro ser a forma de um programa de educação para saúde, neste formato interativo. Ao iniciar o programa, o apresentador ou o próprio programa interagindo através de falas com o telespectador, explica o uso do controle remoto para participação no programa. Ao apertar no botão vermelho do controle, inicia-se o processo da interatividade. As perguntas vão surgindo e, para responder sim, o telespectador deverá apertar o botão amarelo e, para negativa, o botão azul.

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informações sobre o tema discutido como conceitos, sinais e sintomas e prevenção, por exemplo.

O tema escolhido para a ilustração de um programa educativo para saúde é o HIV – vírus da imunodeficiência adquirida. Na primeira tela é possível visualizar o controle remoto para interatividade através de botões específicos. Nas telas 2, 3, 4, 5 e 6 o telespectador poderá optar pela resposta sim ou não com os devidos botões do controle remoto. A tela 7 permite mais de uma opção de resposta através da tecla amarela e das setas do controle para escolher quais deseja selecionar. A tela 8 apresenta um menu , que ao clicar com o controle remoto (tela 9) em algumas das opções como conceito, sinais e sintomas ou prevenção, o telespectador terá acesso à informações sobre o tema do programa que acabara de assistir. As telas 10, 11 e 12 apresentam os assuntos descritos conforme as opções do menu.

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Tela 2: Pergunta com opção de resposta sim através da tecla amarela e, não, a tecla azul.

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Tela 4: Pergunta com opção de resposta sim através da tecla amarela e, não, a tecla azul.

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Tela 6: Pergunta com opção de resposta sim através da tecla amarela e, não, a tecla azul.

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Tela 8: Esta tela apresenta um menu, que após o término do quis, poderá ser acessado, sanando possíveis dúvidas que ainda possam existir.

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Tela 10: Após selecionar o tópico do menu “Conceito”, o telespectador terá acesso à maiores informações.

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ANEXOS

(54)
(55)

Decreto 4901/03 | Decreto nº 4.901, de 26 de novembro de 2003

Institui o Sistema Brasileiro de Televisão Digital - SBTVD, e dá outras

providências. Citado por 10

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea a, da Constituição, DECRETA:

Art. 1º Fica instituído o Sistema Brasileiro de Televisão Digital - SBTVD, que tem por finalidade alcançar, entre outros, os seguintes objetivos:

I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação; II - propiciar a criação de rede universal de educação à distância;

III - estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da indústria nacional relacionadas à tecnologia de informação e

comunicação;

IV - planejar o processo de transição da televisão analógica para a digital, de modo a garantir a gradual adesão de usuários a custos compatíveis com sua renda; V - viabilizar a transição do sistema analógico para o digital, possibilitando às

concessionárias do serviço de radiodifusão de sons e imagens, se necessário, o uso de faixa adicional de radiofreqüência, observada a legislação específica;

VI - estimular a evolução das atuais exploradoras de serviço de televisão analógica, bem assim o ingresso de novas empresas, propiciando a expansão do setor e possibilitando o desenvolvimento de inúmeros serviços decorrentes da tecnologia digital, conforme legislação específica;

VII - estabelecer ações e modelos de negócios para a televisão digital adequados à realidade econômica e empresarial do País;

(56)

IX - contribuir para a convergência tecnológica e empresarial dos serviços de comunicações;

X - aprimorar a qualidade de áudio, vídeo e serviços, consideradas as atuais condições do parque instalado de receptores no Brasil; e

XI - incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais.

Art. 2º O SBTVD será composto por um Comitê de Desenvolvimento, vinculado à Presidência da República, por um Comitê Consultivo e por um Grupo Gestor. Art. 3º Ao Comitê de Desenvolvimento do SBTVD compete: Citado por 5

I - fixar critérios e condições para a escolha das pesquisas e dos projetos a serem realizados para o desenvolvimento do SBTVD, bem como de seus participantes; II - estabelecer as diretrizes e estratégias para a implementação da tecnologia digital no serviço de radiodifusão de sons e imagens;

III - definir estratégias, planejar as ações necessárias e aprovar planos de aplicação para a condução da pesquisa e o desenvolvimento do SBTVD;

IV - controlar e acompanhar as ações e o desenvolvimento das pesquisas e dos projetos em tecnologias aplicáveis à televisão digital;

V - supervisionar os trabalhos do Grupo Gestor;

VI - decidir sobre as propostas de desenvolvimento do SBTVD;

VII - fixar as diretrizes básicas para o adequado estabelecimento de modelos de negócios de televisão digital; e

VIII - apresentar relatório contendo propostas referentes: Citado por 3

a) à definição do modelo de referência do sistema brasileiro de televisão digital; b) ao padrão de televisão digital a ser adotado no País;

c) à forma de exploração do serviço de televisão digital; e

(57)

Parágrafo único. O prazo para a apresentação do relatório a que se refere o inciso VIII deste artigo é fixado em vinte e três meses, a contar da instalação do Comitê de Desenvolvimento do SBTVD. (Redação dada pelo Decreto nº 5.393, de 2005)

(Prorrogação de prazo) Citado por 2

Art. 4º O Comitê de Desenvolvimento do SBTVD será composto por um representante de cada um dos seguintes órgãos:

I - Ministério das Comunicações, que o presidirá; II - Casa Civil da Presidência da República; III - Ministério da Ciência e Tecnologia; IV - Ministério da Cultura;

V - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, VI - Ministério da Educação;

VII - Ministério da Fazenda;

VIII - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; IX - Ministério das Relações Exteriores; e

X - Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República.

§ 1º Os membros do Comitê de Desenvolvimento do SBTVD serão indicados pelos titulares dos órgãos referidos nos incisos I a X deste artigo e designados pelo Ministro de Estado das Comunicações.

§ 2º Os membros do Comitê de Desenvolvimento do SBTVD serão substituídos, em suas ausências e impedimentos, por seus respectivos suplentes, por eles indicados, e designados pelo Ministro de Estado das Comunicações.

Art. 5º O Comitê Consultivo tem por finalidade propor as ações e as diretrizes fundamentais relativas ao SBTVD e será integrado por representantes de entidades que desenvolvam atividades relacionadas à tecnologia de televisão digital.

(58)

acordo com critérios a serem estabelecidos pelo Comitê de Desenvolvimento do SBTVD.

§ 2º O Comitê Consultivo será presidido pelo Presidente do Comitê de Desenvolvimento do SBTVD.

Art. 6º Compete ao Grupo Gestor a execução das ações relativas à gestão operacional e administrativa voltadas para o cumprimento das estratégias e diretrizes estabelecidas pelo Comitê de Desenvolvimento do SBTVD.

Art. 7º O Grupo Gestor será integrado por um representante, titular e respectivo suplente, de cada órgão e entidade a seguir indicados: Citado por 1

I - Ministério das Comunicações, que o coordenará; II - Casa Civil da Presidência da República;

III - Ministério da Ciência e Tecnologia; IV - Ministério da Cultura;

V - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; VI - Ministério da Educação;

VII - do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI; VIII - da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL; e

IX - Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República.

X - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (Inciso incluído pelo Decreto nº 5.102, de 2004)

§ 1º Os membros do Grupo Gestor serão indicados pelos titulares de seus

respectivos órgãos e designados pelo Ministro de Estado das Comunicações, no prazo de quinze dias a contar da data de publicação deste Decreto.

(59)

Art. 8º Para o desempenho das atividades a que se refere o art. 6º deste Decreto, o Grupo Gestor poderá dispor do apoio técnico e administrativo, entre outros, das seguintes entidades: Citado por 1

I - Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP; e

II - Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações - CPqD.

Parágrafo único. A conclusão dos projetos das entidades conveniadas com a Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP deverá ser apresentada até 10 de dezembro de 2005. (Incluído pelo Decreto nº 5.393, de 2005)

Art. 9º Para os fins do disposto neste Decreto, o SBTVD poderá ser financiado com recursos provenientes do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das

Telecomunicações - FUNTTEL, ou ainda, por outras fontes de recursos públicos ou privados, cujos planos de aplicação serão aprovados pelo Comitê de

Desenvolvimento do SBTVD.

Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

(60)

Anexo 3

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 5.820, DE 29 DE JUNHO DE 2006.

Dispõe sobre a implantação do SBTVD-T, estabelece diretrizes para a transição do sistema de transmissão analógica para o sistema de transmissão digital do serviço de radiodifusão de sons e imagens e do serviço de retransmissão de televisão, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, combinado com o art. 223 da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962, e na Lei no 9.472, de 16 de julho de 1997,

DECRETA:

Art. 1o Este Decreto dispõe sobre a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre - SBTVD-T na plataforma de transmissão e retransmissão de sinais de radiodifusão de sons e imagens.

Art. 2o Para os fins deste decreto, entende-se por:

(61)

II - ISDB-T - Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial serviços integrados de radiodifusão digital terrestre.

Art. 3o As concessionárias e autorizadas do serviço de radiodifusão de sons e imagens e as autorizadas e permissionárias do serviço de retransmissão de televisão adotarão o SBTVD-T, nos termos deste Decreto.

Art. 4o O acesso ao SBTVD-T será assegurado, ao público em geral, de forma livre e gratuita, a fim de garantir o adequado cumprimento das condições de exploração objeto das outorgas.

Art. 5o O SBTVD-T adotará, como base, o padrão de sinais do ISDB-T, incorporando as inovações tecnológicas aprovadas pelo Comitê de

Desenvolvimento de que trata o Decreto no 4.901, de 26 de novembro de 2003.

§ 1o O Comitê de Desenvolvimento fixará as diretrizes para elaboração das especificações técnicas a serem adotadas no SBTVD-T, inclusive para

reconhecimento dos organismos internacionais competentes.

§ 2o O Comitê de Desenvolvimento promoverá a criação de um Fórum do SBTVD-T para assessorá-lo acerca de políticas e assuntos técnicos referentes à aprovação de inovações tecnológicas, especificações, desenvolvimento e

implantação do SBTVD-T.

§ 3o O Fórum do SBTVD-T deverá ser composto, entre outros, por

representantes do setor de radiodifusão, do setor industrial e dacomunidade científica e tecnológica.

Art. 6o O SBTVD-T possibilitará:

I - transmissão digital em alta definição (HDTV) e em definição padrão (SDTV);

II - transmissão digital simultânea para recepção fixa, móvel e portátil; e

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