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Análise dos quesitos de sustentabilidade do selo LEED aplicados ao projeto do novo Edifício do IPLEMG

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ESCOLA DE ARQUITETURA – DEP. TAU

ESPECIALIZAÇÃO EM SISTEMAS TECNOLÓGICOS E SUSTENTABILIDADE APLICADO AO AMBIENTE CONSTRUÍDO

ANÁLISE DOS QUESITOS DE SUSTENTABILIDADE DO SELO LEED APLICADOS AO PROJETO DO

NOVO EDIFÍCIO DO IPLEMG

Luiza Carvalho Franco

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LUIZA CARVALHO FRANCO

Análise dos quesitos de sustentabilidade

do selo LEED aplicados ao projeto do

novo edifício do IPLEMG

Monografia apresentada à banca examinadora como requisito para o título

de Especialista em Sistemas

Tecnológicos e Sustentabilidade Aplicado ao Ambiente Construído da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Monografia defendida junto ao curso de Especialização em Sistemas Tecnológicos e Sustentabilidade aplicado ao Ambiente Construído na Universidade Federal de Minas Gerais e aprovada em 16 de dezembro de 2011 pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores:

__________________________________________________

Profa. Dra. Roberta Vieira Gonçalves de Souza – TAU/UFMG

____________________________________________________

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais, José Otávio e Veramaria, pelo acompanhamento contínuo nas etapas de estudos e no incentivo ao aprendizado. A minha querida prima, Paula, pelo companheirismo e vontade de aprender constante. Certamente será uma brilhante arquiteta.

A minha irmã, Sílvia, que mesmo longe de nós, sempre esteve interessada em saber o andamento dos meus projetos e, principalmente, por dizer que é certa a minha vitória.

Aos meus amigos e colegas de curso que também se tornaram um deles, pelo companheirismo nos momentos de seriedade e descontração.

Aos professores, coordenadores e funcionários do curso pelo suporte educacional e principalmente a Roberta, minha orientadora, pelos ensinamentos e pela companhia profissional junto à equipe de “sustentabilidade” do Projeto do IPLEMG.

A Brandt Meio Ambiente, que me proporcionou um grande crescimento profissional desde a minha graduação até a etapa da especialização. Já se somam duas vitórias de títulos acadêmicos dentro da empresa.

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RESUMO

O novo cenário de busca pelo desenvolvimento sustentável fez surgir no ramo da arquitetura e da engenharia o conceito das “Construções Sustentáveis”. Este novo modelo de projetar e construir visa à mitigação dos impactos gerados com o consumo de energia, uso dos recursos naturais, geração de resíduos, relacionados à vizinhança e aos próprios usuários, dentre outros. Além disso, fez surgir debates sobre o modo de projetar, implantar e operar uma edificação. Assim, surgiu a partir da organização US Green Building Council, a certificação internacional LEED - Leadership in Energy and Environmental Design, uma ferramenta que auxilia a identificação, implementação e mensuração das práticas sustentáveis de um edifício. Deste modo, foi tomado como estudo de caso o Projeto do Edifício IPLEMG - Instituto da Previdência do Legislativo do Estado de Minas Gerais, que fez a contratação de uma equipe multidisciplinar liderada pela UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais para a concepção de um novo edifício sede que considerasse em seus conceitos a sustentabilidade e as inovações técnico-científicas. O foco principal desta temática se dá na análise da importância do processo de projeto integrado que garanta o atendimento dos critérios de sustentabilidade, predeterminados em uma certificação internacional, sem desvincular das demandas do cliente e das características da localidade em que o edifício será construído.

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ABSTRACT

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 9

2. OBJETIVO ... 11

2.1 Objetivos específicos... 11

3. JUSTIFICATIVA ... 12

4. O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE ... 13

5. OS QUESITOS DE SUSTENTABILIDADE NAS EDIFICAÇÕES... 18

6. O SELO LEED ... 22

6.1 Versão LEED 2012 ... 27

6.2 Versão LEED Brasil ... 31

7. O EDIFÍCIO IPLEMG ... 33

7.1 Terreno ... 33

7.2 Profissionais envolvidos ... 34

7.3 Esboço do cronograma ... 37

7.4 Projeto Arquitetônico ... 39

7.5 Sistemas de avaliação ... 42

8. O EDIFÍCIO IPLEMG VERSUS O SELO LEED... 44

8.1 Avaliação da pontuação LEED Core and Shell ... 44

8.2 Análise do processo de projeto... 50

8.2.1- Sustentabilidade do espaço ... 53

8.2.2 - Racionalização do uso da água... 56

8.2.3 - Eficiência energética... 58

8.2.4 - Controle do uso de materiais e recursos ... 61

8.2.5 - Qualidade ambiental interna ... 62

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 65

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FIGURAS

Figura 5.1 Esboço da busca pelo Desenvolvimento Sustentável ... 19

Figura 5.2 “Construção Sustentável”: Economias e oportunidades para o empreendedor ... 21

Figura 6.1 – Categorias de avaliação LEED 2009 ... 23

Figura 6.2 – Possíveis selos alcançados com a Certificação LEED ... 24

Figura 6.3 Modelo checklist do sistema LEED 2009 for Core & Shell ... 25

Figura 6.4 – Modelo checklist do sistema LEED 2012 for Core & Shell ... 28

Figura 7.1 – Localização do terreno ... 34

Figura 7.2 Esboço cronograma do Projeto IPLEMG ... 37

Figura 7.3 – Perspectiva visada A ... 40

Figura 7.4 – Perspectiva visada B ... 40

Figura 7.5 Perspectiva visada Sudoeste ... 41

Figura 7.6 – Perspectiva detalhe nível térreo ... 41

Figura 8.1 Gráfico de distribuição dos critérios conforme etapa de atendimento .. 48

Figura 8.2 – Gráfico de distribuição dos critérios conforme LEED 2009 - Core and Shell ... 49

Figura 8.3 - Fluxograma do Modelo Convencional de projeto arquitetônico ... 51

Figura 8.4 - Fluxograma do Modelo de projeto arquitetônico e sustentabilidade integrado ... 52

Figura 8.5 - Fluxograma da categoria Sustentabilidade do Espaço ... 56

Figura 8.6 - Fluxograma da categoria Racionalização do uso da água ... 58

Figura 8.7 - Fluxograma da categoria Eficiência energética ... 60

Figura 8.8 - Fluxograma da categoria Controle do uso de materiais e recursos ... 62

Figura 8.9 - Fluxograma da categoria Qualidade ambiental interna ... 64

QUADROS

Quadro 7.1 – Equipe Projeto IPLEMG... 35

Quadro 8.1 Avaliação sobre a categoria Sustentabilidade do Espaço ... 45

Quadro 8.2 - Avaliação sobre a categoria Racionalização do uso da água ... 45

Quadro 8.3 - Avaliação sobre a categoria Energia e Atmosfera ... 46

Quadro 8.4 - Avaliação sobre a categoria Materiais e Recursos ... 46

Quadro 8.5 - Avaliação sobre a categoria Qualidade Ambiental Interna ... 47

ANEXOS

Anexo 1 ... 71

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1. INTRODUÇÃO

Acompanhando o histórico global da transição do século XX para o século XXI nota-se o desafio que as agências governamentais, instituições e o setor privado têm para combater as crises econômicas, ambientais e sociais recorrentes. E é neste cenário de busca pelo desenvolvimento sustentável que surge o novo conceito das construções sustentáveis, prática que visa mitigar os impactos da indústria da construção civil.

Internacionalmente chamada de Green Building, uma construção sustentável é aquela que almeja a redução dos impactos negativos ao meio ambiente, aos seus usuários e à comunidade, tornando-se o mais autossuficiente e eficiente possível de forma a agregar contribuições positivas ao seu edifício e entorno.

As práticas adotadas neste tipo de edificação vão desde a concepção de um projeto arquitetônico com estudos analíticos da sua implantação, ao controle dos impactos circunvizinhos de sua construção, até a redução no uso da água, gestão e redução dos resíduos, uso racional de matérias primas, eficiência energética, dentre outros aspectos relacionados à sua operação.

Segundo a publicação Our steel solutions for your Green Building da Arcelor Mittal, a indústria da construção civil gera de 5 a 10% do emprego mundial e contabiliza de 5 a 15% do PIB. As construções sustentáveis podem reduzir em até 40% do consumo de energia, 40% das emissões de CO2, 30% do consumo de recursos naturais, 30% da geração de resíduos e 20% do consumo de água. (Arcelor Mittal, 2012)

(11)

No Brasil, este mercado é representado mais fortemente pelo selo internacional LEED - Leadership in Energy and Environmental Design da instituição U.S. Green Building Council e pelo selo AQUA – Alta Qualidade Ambiental, um processo adaptado para o Brasil da “Démarche HQE”, da França, que é aqui representado pela Fundação Vanzolini. Vale destacar que além destes, existem outros criados no Reino Unido (Ex. BREEAM), Alemanha (Ex. DGNB), Japão (Ex. CASBEE) e em outras nacionalidades que ainda não são usuais, ou não foram implantados no país.

Com base neste cenário, foi feita a escolha de um estudo de caso, uma edificação que dentro do seu processo inicial de concepção almejasse a obtenção de alguma destas certificações e selos para análise da sua aplicação.

(12)

2. OBJETIVO

Este estudo de caso, projeto do novo edifício sede do IPLEMG, tem por objetivo geral analisar a aplicação dos principais critérios do certificado LEED baseados na concepção arquitetônica, nas demandas do cliente e nas implicações definidas pelo seu local de implantação.

2.1 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são os seguintes:

- Avaliar o atendimento dos critérios do selo LEED relacionadas à

sustentabilidade do espaço, racionalização do uso da água, eficiência energética, materiais e recursos, e qualidade ambiental interna no projeto do IPLEMG;

- Analisar os fatores determinantes para se ter um processo de projeto

integrado conciliando as demandas do cliente, as características do local de implantação do edifício, o desenvolvimento do projeto arquitetônico e projetos complementares;

- Fazer o levantamento das vantagens e desvantagens da aplicação da

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3. JUSTIFICATIVA

A adoção dos “selos verdes”, certificações de sustentabilidade para edificações, ainda não é uma prática usualmente adotada no mercado mineiro, cenário este bem diferente do mercado internacional e ainda assim do paulista, onde diversas empresas já fornecem serviços de consultoria, como também materiais e tecnologias relacionados ao conceito Green Building.

Além disso, muitos investidores e empreendedores internacionais e paulistanos vêem nestas novas práticas da construção civil uma oportunidade de economia na operação da edificação, bem como um marketing para o empreendimento.

Assim, a análise desta ferramenta sobre o projeto IPLEMG torna-se necessária pelo novo desafio que a equipe de empresas e instituições exclusivamente mineiras terão ao fazer a interface de todas as especialidades profissionais, para que consigam cumprir as necessidades convencionais dos projetos arquitetônicos e complementares e ainda assim conseguir associar as estratégias de sustentabilidade. As áreas de trabalho terão que criar um bom diálogo para fazer uma conexão clara das suas atividades e projetos a fim de cumprirem os critérios para a obtenção da certificação LEED.

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4. O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE

Como já relatado na introdução, é notável que as práticas relacionadas às “Construções Sustentáveis”, e mais especificamente às certificações de “Edificações Verdes”, estão intrinsecamente amarradas aos conceitos de Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade tão amplamente discutidos nos encontros políticos, econômicos e sociais mundiais atuais.

Para situar ainda mais estas conceituações à temática abordada nesta dissertação é pertinente fazer uma cronologia dos debates e estudos mais importantes relacionados ao tema.

HISTÓRICO DOS DEBATES

De início, em 1968 foi fundado o Clube de Roma, um grupo de pessoas influentes que se reúnem para debater assuntos relacionados à política, economia internacional e, sobretudo, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Já em 1972, deu-se a publicação do estudo “The Limits to Growth” que apresentava os problemas cruciais para o desenvolvimento da humanidade e as catastróficas previsões para o início do século XXl na visão dos representantes deste clube. (Disponível em: http://www.clubofrome.org/, Janeiro de 2012).

A partir da década de 60 o conceito de Sustentabilidade passa a ser amplamente discutido e até mesmo embasado no princípio de Desenvolvimento Sustentável, inclusive em decorrência da Conferência Mundial do Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972.

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desenvolvimento econômico e social se procedesse de modo ambientalmente sustentável.

Então em 1987, essa comissão publicou o documento conhecido como Relatório Brundtland, sobrenome da coordenadora do trabalho, a então primeira ministra da Noruega. Intitulado como “Nosso futuro comum”. O qual cita:

“A humanidade possui a capacidade para fazer desenvolvimento sustentável – para garantir que se satisfaça as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade de gerações futuras de satisfazer as suas

próprias necessidades [...] Desenvolvimento sustentável não é um estado

fixo de harmonia, mas um processo de mudança no qual a exploração de

recursos, a direção de investimentos, a orientação de desenvolvimento

tecnológico, e mudança institucional são feitas de forma consistente com

as necessidades futuras, bem como com as necessidades do presente.”

(World Commission on Environment and Development, 1987)

Em 1989 a ONU convoca os agentes governamentais para um encontro global de definição das estratégias para reversão da degradação ambiental. Já em 1992, ocorre uma segunda conferência, a Cúpula da Terra, ou também nomeada de Eco-92. Ocorrida no Rio de Janeiro, reuniu 108 chefes de Estado para elaborar mecanismos que eliminassem o abismo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e idealizar um plano de ação para preservar os recursos naturais. A Agenda 21 foi um dos seus principais resultados, um documento que estabelece a importância de cada país comprometer-se globalmente e localmente. (Disponível em: http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/, Abril de 2012).

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o efeito estufa e o aquecimento global definido pelo United Nations Framework Convention on Climate Change, demonstram ações focadas na busca por este

Desenvolvimento sustentável. (Disponível em:

http://unfccc.int/kyoto_protocol/items/2830.php, Abril de 2012).

DEBATES DA ATUALIDADE

Mais recentemente, em Junho de 2012 a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD) irá promover a Rio + 20 com o objetivo de assegurar um comprometimento político para o Desenvolvimento Sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem, além de abordar os novos desafios. (Disponível em: http://www.rio20.gov.br/, Dezembro de 2011).

Dentre os temas principais da Rio + 20 está a economia verde no contexto do Desenvolvimento Sustentável, fazendo a ponte entre o ambiente e a economia. Da mesma forma um investidor aposta em uma edificação nos moldes sustentáveis, esperando aplicar estratégias de mitigação dos impactos ambientais que também gerem economias na sua implantação e controle do negócio com a redução dos custos operacionais a longo prazo.

OS CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Em meio a estes movimentos de discussão da Sustentabilidade, observa-se que existem várias definições para este conceito e para Desenvolvimento Sustentável. Alguns perpassam estas intitulações pela sustentação de empresas, de indústrias, de recursos naturais, de uma sociedade, etc.. A seguir apresenta-se a definição da UNEP - United Nations Environment Programme, IUCN - International Union for Conservation of Nature e WWF - World Wildlife Fund:

“O Desenvolvimento sustentável pode ser entendido como a melhora da qualidade da vida humana considerando a capacidade do homem de

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ecológicos essenciais e o sistema que suporta os seres vivos. Deve ser a

preservação da diversidade genética e a utilização sustentável das

espécies e dos ecossistemas.” (IUCN/UNEP/WWF, 1980).

OS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE

Existe ainda o desafio de mensurar as ações que se dizem sustentáveis, tratado no meio acadêmico como indicadores de sustentabilidade, pois medir a sustentabilidade requer a integração de um número considerável de informações provindas de diversas áreas do conhecimento. Afinal alguns conceitos dependem de estudos em diversas áreas como economia, meio ambiente, matemática, ecologia, etc..

Em geral na gestão de indicadores de desempenho há dificuldade de obtenção e comparação de dados, que provêm de diferentes fontes, ou da categoria de informações. Dadas as dificuldades e a variedade das questões envolvidas, torna-se difícil compor um conceito amplo e com bons argumentos sobre a Sustentabilidade.

AS EDIFICAÇÕES E A SUSTENTABILIDADE

(18)

Visto isso, fica clara a importância de se tomar ações locais em uma edificação, transpassando para um bairro, se multiplicando em zonas urbanas de uma cidade, para todo um país, para assim conseguir alcançar o objetivo humanitário e primordial do Desenvolvimento Sustentável.

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5. OS QUESITOS DE SUSTENTABILIDADE NAS EDIFICAÇÕES

Os quesitos de sustentabilidade nas edificações são a implementação de ações no projeto, na construção e na utilização do edifício, abrangendo todas as temáticas dos indicadores de sustentabilidade em um edifício. As diretrizes gerais para atendimento destes quesitos estão permeadas nas seguintes categorias, não se limitando há: biodiversidade; ambiente interno; energia; água; resíduos; sociedade e entorno; regionalismo e comunicação; inovações tecnológicas, materiais.

A utilização destes quesitos de sustentabilidade nas edificações se justifica por três principais motivos:

1. Busca pelo desenvolvimento sustentável; 2. Redução dos impactos socioambientais locais; 3. Economia e oportunidade para o empreendedor.

(20)

Figura 5.1 Esboço da busca pelo Desenvolvimento Sustentável

Fonte: Acervo pessoal

O segundo motivo pertinente é a busca pela redução dos impactos socioambientais locais, ou seja, é saber adotar as estratégias de projeto e planejamento da edificação conforme as condições exigidas pelo site de implantação da edificação e no seu entorno, sem deixar de atender às necessidades do cliente e não deixando de conciliar plenamente as exigências de cada disciplina da equipe de profissionais envolvidas para a condução de um processo de projeto integrado.

Dentro das categorias já mencionadas listam-se alguns exemplos abaixo de diretrizes para a busca da redução destes impactos socioambientais:

- Biodiversidade: fazer o estudo dos aspectos ambientais local e do entorno, como composição do solo, tipologias vegetacionais, análise da ecologia urbana para avaliar a melhor forma de integração da nova edificação ao espaço.

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sistemas de iluminação, condicionamento do ar, aberturas, vedações e coberturas.

- Energia: proporcionar a eficiência energética com a incorporação de sistemas tecnológicos de baixo consumo de energia.

- Água: racionalizar o uso de água, fazer a coleta e o uso de águas pluviais, fazer o tratamento e a destinação adequada dos efluentes.

- Resíduos: propor a gestão dos resíduos sólidos na fase de obras e na fase de operação do edifício, fazer o uso de sistemas estruturais modulares que diminuam a geração de resíduos no canteiro de obras.

- Sociedade e entorno: contribuir para a qualidade de vida da comunidade do entorno, promover a acessibilidade, incentivar o transporte coletivo e o uso de transporte movido por energias limpas.

- Regionalismo e comunicação: incentivar ao uso de matérias primas e materiais adquiridos na região, priorizar o uso de materiais e sistemas de fornecedores que adotam políticas de responsabilidade socioambientais transparentes.

- Materiais: incentivar o uso de materiais com conteúdo reciclado, usar materiais recicláveis, usar materiais que tenham adotado certificações e rotulagens sustentáveis de instituições reconhecidas no mercado.

- Inovações tecnológicas: adotar inovações tecnológicas que possam contribuir para a gestão de implantação e operação da edificação, contribuindo para o atendimento de algumas das diretrizes relacionadas à água, energia, materiais, resíduos, ou outras.

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demonstrando liderança no mercado por tornar-se uma ferramenta de marketing com a apresentação das suas ações de responsabilidade social e gestão ambiental. Abaixo são apresentados dados relacionados que foram levantados da Organização Green Building Council:

Figura 5.2 “Construção Sustentável”: Economias e oportunidades para o empreendedor

Uso de menos insumos para a construção do edifício;

Economia no consumo de energia em até 30%;

Redução das emissões de CO2 em até 35%;

Diminuição do uso da água entre 30% a 50%;

Geração de menos resíduos, chegando de 50% a 60%;

Controle do negócio com a redução dos custos operacionais a longo prazo;

Melhora da qualidade do ambiente interno – menos doenças e mais produtividade;

Aumento do valor patrimonial com uma melhora da imagem da empresa.

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6. O SELO LEED

O selo LEED - Leadership in Energy and Environmental Design é um sistema de certificação internacional e voluntário para o reconhecimento de um edifício sustentável. Fundado em março de 2000 pela organização sem fins lucrativos Green Building Council dos EUA (USGBC), o selo tem por objetivo fornecer aos proprietários e operadores do edifício uma ferramenta para identificar, implementar e mensurar práticas sustentáveis na fase de projeto, construção, operação e nas soluções de manutenção.

Representado no Brasil pela Green Building Council Brasil desde março de 2007, a ferramenta é classificada pelas tipologias de edificações. A seguir são apresentadas as que estão disponibilizadas para aplicação no Brasil:

- LEED NC: Novas construções e grandes projetos de renovação - LEED ND: Desenvolvimento de bairro

- LEED CS: Projetos da envoltória e parte central do edifício - LEED CI: Projetos de interiores e edifícios comerciais. - LEED Retail NC e CI: Lojas de varejo

- LEED Healthcare: Unidades de saúde

- LEED EB_OM: Operação de manutenção de edifícios existentes - LEED Schools: Escolas

- LEED Homes: Residências

Como pode ser visto, existem vários tipos de certificação, sendo os mais comuns o LEED-NC (New Construction) e o LEED-CS (Core and Shell), sendo que este último é o único que apresenta a possibilidade de uma pré-certificação. Este processo será explicado no item 7.5 Sistemas de avaliação.

No mundo soma-se 15.248 edifícios certificados pelo LEED, sendo 10.189 comerciais e 35 no Brasil. Dos edifícios já registrados que buscam a certificação

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343 no Brasil. Destes últimos aproximadamente 167 buscam a certificação do tipo LEED-CS (Core and Shell), conforme fonte do USGBC de Setembro de 2011.

Na metodologia de avaliação do atendimento aos critérios pelo USGBC, somente é concedida a certificação quando o edifício inicia sua operação e é apresentada toda a documentação necessária. O processo de certificação acompanha todo o cronograma do empreendimento, da escolha do terreno, à etapa de concepção e projeto, até a finalização da obra.

Após a finalização da obra e o início de operação do empreendimento, informações relativas ao projeto e ao processo de construção são encaminhadas ao USGBC que, em um prazo de 25 dias úteis, realiza uma auditoria documental. Novas informações podem ser solicitadas para uma segunda avaliação. Deve-se considerar um prazo médio de 4 a 6 meses após a conclusão da obra para obter-se a certificação LEED.

Os critérios avaliados na certificação ficam divididos nas seguintes categorias mostradas no selo:

Figura 6.1 Categorias de avaliação LEED 2009

Espaço sustentável (SS)

Eficiência do uso da água (WE) Energia e Atmosfera (EA) Materiais e Recursos (MR)

Qualidade ambiental interna (EQ) Inovação e Processos (IN)

Créditos Regionais (CR)

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O sistema de pontuação utilizado para a certificação LEED é feito a partir de um “check list” onde são apresentados padrões e parâmetros que definem o que é um “green building”. Este método de avaliação do Green Building Council é aprimorado constantemente através de um processo de discussão aberto à participação, os chamados comitês.

Para conquistar a certificação LEED 2009 deve ser atendido um mínimo de 8 pré-requisitos, além dos pontos definidos pelos critérios de acordo com a classificação da certificação. Ao todo existem 69 critérios que valem pontos. Atendendo um mínimo de 40 pontos até 49, o prédio receberá a certificação básica. A partir de 50 pontos até 59, recebe o certificado prata. Quando chega a 60 pontos até 79, recebe o ouro. A partir de 80 até 110 pontos atinge-se a certificação máxima, que é a platina.

Figura 6.2 – Possíveis selos alcançados com a Certificação LEED

Fonte: Green Building Council Brasil

(26)

Figura 6.3 Modelo checklist do sistema LEED 2009 for Core & Shell

(27)

Fonte: site official Green Building Council Brasil

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6.1 Versão LEED 2012

Uma nova versão do sistema de certificação LEED, chamada LEED 2012, está em processo de avaliação no corrente ano, inclusive com abertura pública para comentários, sugestões e posterior votação pelos membros do USGBC. A nova versão do sistema com previsão de lançamento em Novembro de 2012, na Conferência Greenbuild USGBC Anual e Expo em São Francisco, se propõe a ter um foco na melhoria contínua da performance da edificação e a apresentar mais avanços nos conteúdos técnicos dos critérios da certificação. (Disponível em: http://www.usgbc.org/LEED2012, Abril de 2012).

Ainda conforme informações oficiais do site USGBC, dentre as revisões inclui-se o alinhamento do atendimento de certos critérios às normas internacionais, e não mais às normas dos Estados Unidos, para tornar a aplicação da certificação mais globalmente acessível. Além disso, em comparação à versão LEED 2009, a versão 2012 se propõe a ter maior rigor técnico no sistema de classificação a partir do fornecimento de ferramentas de medição e desempenho.

Conforme publicação no site oficial do USGBC, LEED 2012 FAQ, as três principais diferenças entre a Versão 2009 e 2012 são:

- Aplicação da certificação a novos setores/tipologias de edificações, sendo eles: data centers, armazéns e centros de distribuição, hotelaria, escolas existentes, comércio existente, LEED para Homes Mid-Rise. - Alteração no conteúdo técnico, aumentando o rigor do sistema de

classificação.

- Revisão da distribuição da pontuação sobre os créditos, se tornando mais vinculadas aos requisitos do sistema de classificação.

(Disponível em http://www.usgbc.org/DisplayPage.aspx?CMSPageID=2360), abril de 2012).

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Figura 6.4 Modelo checklist do sistema LEED 2012 for Core & Shell

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Fonte: site official US Green Building Council

Depois de feita a análise das publicações Building Design & Construction - Rating System Changes (3 Public Comment Draft, julho de 2011) e Rating System Summary – LEED 2009 to Third Public Comment disponibilizadas do site USGBC no mês de Abril de 2012, esta última apresentada no Anexo 1, foram identificadas as principais alterações entre as versões 2009 e 2012 do LEED:

- Inclusão de uma nova categoria de avaliação: Integração e Processo. A mesma tem como intenção a implementação do processo integrado das

disciplinas que avaliam as decisões relacionadas à alta performance e

rentabilidade do edifício desde o inicio da concepção do seu projeto e sua construção.

- Desmembramento dos critérios relacionados ao Transporte Alternativo; Seleção do lugar; e Densidade e Conectividade com a comunidade que constavam na categoria Sustentabilidade do Espaço, sendo criada uma nova categoria: Localização e Transporte.

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avaliação preliminar ambiental sobre alguma possível contaminação que possa comprometer o meio ambiente.

- Na categoria Racionalização do uso da água houve a inclusão de pré-requisitos relacionados à redução do consumo de água na irrigação e ao uso de sistemas de medição do consumo de água, este último para auxiliar na gestão e identificação de oportunidades de redução do consumo na operação do edifício.

- Ainda na categoria Racionalização do uso da água foi inserido critério relacionado ao monitoramento da qualidade da água da torre de resfriamento e também critério relacionado à medição do consumo de água.

- Na categoria Energia e Atmosfera foram acrescentados pré-requisito e critério relacionados à medição do consumo de energia para auxiliar na gestão e identificação de oportunidades de redução do seu consumo na operação do edifício.

- Na categoria Materiais e Recursos foi incluído pré-requisito relacionado à gestão dos resíduos na etapa de construção da edificação. E quando for aplicável, a gestão dos resíduos na demolição de algum elemento já existente.

- Exclusão do critério Madeira Certificada da categoria Materiais e Recursos. - Inclusão dos seguintes critérios dentro da categoria Materiais e Recursos:

Avaliação do Ciclo de Vida dos materiais, bem como a divulgação de suas informações; Extração responsável de matérias-primas; Divulgação de produtos químicos integrantes dos materiais utilizados; Evitar o uso de produtos químicos que possam prejudicar a qualidade do ar e o meio ambiente, bem como a saúde e a produtividade do homem.

- Na categoria Qualidade Ambiental Interna houve a inclusão de critério relacionado ao desempenho acústico.

- Na categoria Qualidade Ambiental Interna foi removido o critério relacionado ao monitoramento da entrada de ar do edifício.

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6.2 Versão LEED Brasil

No Brasil a certificação LEED é representada pelo GBC Brasil desde 2007, quando a organização não governamental passou a atuar no país com o objetivo de disseminar as práticas de construções sustentáveis.

Conforme informações do site, a ONG mantém um comitê de adaptação que reúne especialistas em construção e meio ambiente, professores e pesquisadores universitários, empresários e fabricantes de matéria-prima e de equipamentos e associações de classe, a partir dos Comitês Técnicos. (Disponível em http://www.gbcbrasil.org.br, Abril de 2012).

Além de debaterem sobre o sistema métrico, medidas de desempenho, como as do sistema ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers), e da regulamentação brasileira com base nos requisitos dos critérios da certificação LEED, o comitê tem por objetivo adaptar a certificação às condições ambientais, econômicas e estruturais brasileiras.

Chamada muitas vezes de “tropicalização” da certificação, a premissa da Versão LEED Brasil é levar em consideração as peculiaridades do setor de construção brasileiro. A proposta do comitê é reavaliar os temas centrais da certificação e fazer um possível redimensionamento do sistema de pontos com o objetivo de estimular a adoção de práticas sustentáveis inovadoras no país.

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7. O EDIFÍCIO IPLEMG

O IPLEMG – Instituto da Previdência do Legislativo do Estado de Minas Gerais é uma autarquia pública que lida com a seguridade social, prevista constitucionalmente para atender aos poderes legislativo, executivo e judiciário do estado de Minas Gerais. Este instituto possui a previsão de construção de um edifício sede que seja pioneiro em termos sustentáveis e de avanços técnico-científicos, da mesma forma que traga uma rentabilidade econômica com a proposição de andares corridos de escritórios.

Para isso foi feita a contratação de uma equipe multidisciplinar liderada pela Escola de Arquitetura da UFMG visando atender ao desenvolvimento do projeto de um edifício conforme os princípios internacionais e nacionais de sustentabilidade e ecoeficiência.

Uma das premissas do projeto é a conquista do selo internacional de sustentabilidade LEED – Leadership in Energy and Environmental Design instituído pelo US Green Building Council, no qual é feita aqui a proposta de analisar o atendimento aos seus critérios com base nas premissas e particularidades do projeto.

7.1 Terreno

Antes mesmo da contratação da equipe de profissionais para a condução do projeto e do processo de certificação já era idealizado pelo cliente a implantação do edifício em uma área específica, onde atualmente funciona um estacionamento de posse do Instituto.

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Figura 7.1 Localização do terreno

Fonte: Google Earth

7.2 Profissionais envolvidos

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Quadro 7.1 – Equipe Projeto IPLEMG

Empresa | Profissionais Atividade

Projeto arquitetônico.

Escola de arquitetura da UFMG

Consultoria técnica em conforto ambiental e eficiência energética. Focalizar do processo

de pré-certificação do LEED.

Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética em Edificações

Estudos e análises ambientais para a implantação e operação da edificação.

Brandt Meio Ambiente

Análise da ecoeficiência e sustentabilidade dos materiais/produtos.

Verti Ecotecnologias

Gestão de projetos.

EcoConstruct Brazil e IPMO

Projetos Luminotécnico, Acústico e de Condicionamento do Ar.

Protherm

Projeto de esquadrias.

(37)

continuação...

Empresa | Profissionais Atividade

Projeto hidráulico e elétrico.

ECOM Engenharia

Orçamentação. Desenvolvimento de planilha de quantitativos e custos.

INSIGHT

Projeto de combate a incêndio.

ABADIA

Consultoria em acessibilidade universal. ADAPTASE

Simulações termoenergéticas. Vertes

Avaliação e aprovação do plano de comissionamento.

SUSTENTAX

CORE INTELLIGENCE

Diagnóstico Vocacional e de Viabilidade Mercadológica.

FONTEC ROBERTO FONTES Projeto estrutural.

MARIETA MACIEL Projeto Paisagístico.

ANDRÉA FRANCO Consultoria em design.

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7.3 Esboço do cronograma

Para situar em que momento a condução do projeto está, fez-se o esboço do cronograma. As atividades ocorridas até Dezembro de 2011 foram efetivamente cumpridas.

Figura 7.2 – Esboço cronograma do Projeto IPLEMG

Fonte: Acervo pessoal

No mês de Março de 2011 foi realizada uma Pesquisa de Mercado para identificação da vocação do empreendimento. Esta atividade foi realizada pela empresa Core Intelligence a partir de um Diagnóstico Vocacional e de Viabilidade Mercadológica. Como resultado final, teve-se o posicionamento de que andares corridos de escritório para aluguel comercial na região Sul de Belo Horizonte, mais especificamente no bairro Santo Agostinho, trariam rentabilidade para o empreendedor.

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sã, do nível do lençol freático e suas possíveis interações com o empreendimento, tanto na fase de implantação quanto de operação.

Ainda no ano de 2011, no mês de Novembro, foi realizado o Estudo de Tráfego pela empresa Tectran. A realização deste serviço subsidiou na escolha dos acessos do estacionamento do novo edifício em conformidade com o melhor cenário do trânsito do entorno. Além disso, este estudo, também chamado de Relatório de Impacto na Circulação, é parte integrante do processo de licenciamento municipal junto a BHtrans quando o empreendimento é classificado como de impacto para a vizinhança.

Até o momento foi realizado também parte dos estudos e análises de sustentabilidade, representados pelas empresas Brandt Meio Ambiente, Verti Ecotecnologias e pelo LABCON. Estes trabalhos serão explicados em mais detalhes no próximo capítulo.

O projeto arquitetônico teve suas fases de Estudo Preliminar e Anteprojeto ocorridos e avaliados pelo cliente. No momento, a equipe de arquitetura está trabalhando na fase de Projeto Legal para ocorrer, ainda no primeiro semestre de 2012, a entrada do projeto na Prefeitura de Belo Horizonte para aprovação. No próximo item é feita a apresentação de alguns esboços arquitetônicos das primeiras fases que compuseram o projeto.

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7.4 Projeto Arquitetônico

O cliente tem a premissa de que este novo prédio seja uma referência em ecoeficiência na cidade de Belo Horizonte, principalmente com a aquisição de certificação em sustentabilidade. Além de já estar em funcionamento no período da Copa do Mundo de Futebol em 2014, quando o Brasil será um destaque em todo o mundo.

O projeto, ainda em desenvolvimento, tem uma área bruta prevista de aproximadamente 13 mil m², contendo 20 pavimentos, 6 subsolos de garagem e previsão de 375 vagas de estacionamento.

Para a sede do IPLEMG são destinados o 2º e 3º andares, em que consta o seguinte programa: salas para a diretoria, administração, apoio e secretariais. Além de Auditório, Plenário, Foyer e equipamentos de apoio para seu funcionamento. Ainda é prevista academia, vestiários, sala de fisioterapia e de atendimento ao contribuinte do Instituto. No terraço do bloco do IPLEMG, será também instalada uma piscina, pista de caminhada e áreas para convivência.

Os andares subsequentes servirão para o aluguel com o funcionamento de escritórios comerciais. Para isso é feita a previsão em projeto de áreas livres com apoios técnicos e sanitários nos extremos da edificação. O acesso à circulação vertical fica centralizada no andar, assim o futuro usuário fará a disposição do layout mais pertinente ao seu uso.

No andar térreo, além da recepção, uma praça com tratamento paisagístico e salas para futuras lojas, localizadas a norte do terreno, servirão de estrutura tanto para os usuários do futuro empreendimento, como também para a comunidade do entorno. Ainda, na cobertura da edificação é previsto um heliponto.

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Figura 7.3 Perspectiva visada A

Fonte: Arquivo Equipe de Arquitetura do projeto IPLEMG

Figura 7.4 Perspectiva visada B

(42)

Figura 7.5 Perspectiva visada Sudoeste

Fonte: Arquivo Equipe de Arquitetura do projeto IPLEMG

Figura 7.6 – Perspectiva detalhe nível térreo

(43)

7.5 Sistemas de avaliação

Primeiro passo para o lançamento do empreendimento em questão no sistema LEED é fazer o seu enquadramento dentro das possíveis tipologias de edificações do programa de certificação.

No estudo de caso em questão, o empreendedor IPLEMG, irá destinar aproximadamente 2.000m² a sua sede e o restante, por volta de 11.000m² sem contar áreas de estacionamento, para os andares corridos de escritórios, futuras áreas locáveis.

Será implementado um edifício onde mais de 50% da área construída é para fins comerciais a ser alugado ou comprado por futuros inquilinos. Assim, o enquadramento aplicável é o LEED Core and Shell, onde é feita a avaliação da certificação para as envoltória e parte central do edifício.

Vale destacar que o Core and Shell é o único tipo de selo do LEED que tem pré-certificação. Em um primeiro momento são apresentadas as intenções de cumprimento dos critérios da certificação. Este procedimento permite agregar uma boa imagem e publicidade para a edificação que tem a intenção de aluguel e ou venda para futuros proprietários.

Mesmo que o proprietário tenha a intenção de fazer a entrega do edifício com todos os acabamentos finais de piso, iluminação, ar condicionado, etc. dos andares corridos para aluguel, não se tem o controle das possíveis modificações e ajustes dos inquilinos e também do mobiliário que irão usar.

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Especificamente relacionado à categoria energia, será feita a busca pela Etiqueta Procel Edifica, ferramenta que faz parte do subprograma Procel Edifica que é voltado à Eficiência Energética das Edificações e ao Conforto Ambiental. Instituído pela Portaria interministerial nº 1.877, de 30 de dezembro de 1985, o Procel - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica foi criado pelos Ministérios de Minas e Energia e da Indústria e Comércio, e é gerido por uma Secretaria-Executiva subordinada à Eletrobrás. (Disponível em: http://www.procelinfo.com.br, Dezembro de 2011).

(45)

8. O EDIFÍCIO IPLEMG VERSUS O SELO LEED

8.1 Avaliação da pontuação LEED Core and Shell

Previamente ao início do projeto é necessário ter conhecimento dos critérios do selo LEED relacionadas a cada categoria: sustentabilidade do espaço, racionalização do uso da água, eficiência energética, materiais e recursos, e qualidade ambiental interna.

Este procedimento faz-se necessário para avaliar a possível pontuação a ser alcançada com base no projeto arquitetônico preliminar, na análise do terreno e entorno que será implantado o edifício e em função das metas de sustentabilidade que a equipe envolvida pretende atingir.

O LABCON, como focalizador do processo de pré-certificação do LEED, submeteu à análise técnica e financeira os critérios da certificação. Foram estabelecidos pesos em função do percentual de dificuldade no acesso aos sistemas, materiais e tecnologias indispensáveis a cada critério e também o grau de investimento financeiro necessário. No Anexo 2 é apresentada a planilha desenvolvida pela equipe do LABCON.

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Quadro 8.1 Avaliação sobre a categoria Sustentabilidade do Espaço

B 1 A 5 A 1 A e B 6 A 2 A 3 A e C 2 A 1 A 1 A 1 A 1 A 1 A 1 A 1 A 1 A e C

25

Crédito 7.2: Redução das ilhas de calor: áreas descobertas Crédito 8: Redução da poluiçao lumininosa

Crédito 9: Guia de projeto e construção para os inquilinos

E T A P A D E A T E N D IM E N T O P O N T U A Ç Ã O

SS-Sustantabilidade do espaço(1 pré-requisito / 15 critérios / 28 pontos)

Crédito 4.2: Transporte alternativo: Bicibletário e Vestiário Crédito 4.4: Transporte alternativo: Capacidade do estacionamento

Crédito 4.3: Transporte alternativo: Baixa emissão de poluente e combustível mais eficientes para os veículos Crédito 5.1: Desenvolvimento local (área do terreno): Proteção e recuperação do habitat

Crédito 5.2: Desenvolvimento local (área do terreno): Maximizar espaços abertos Crédito 6.1: Projeto de drenagem de águas pluviais: controle da quantidade Crédito 6.2: Projeto de drenagem de águas pluviais: controle da qualidade Crédito 7.1: Redução das ilhas de calor: áreas cobertas

Pré-requisito 1: Controle de processo erosivos e sedimentação na fase de obra Crédito 1: Escolha do terreno

Crédito 2: Densidade de ocupação e conectividade

Crédito 3: Recuperação de áreas contaminadas, abandonadas ou degradadas Crédito 4.1: Transporte alternativo: Acesso ao transporte público

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

X

X

B C

A Projeto Obra Pós-ocupação

Fonte: Acervo Pessoal

Quadro 8.2 - Avaliação sobre a categoria Racionalização do uso da água

A e B 2 ou 4 A e B 2 A e B 4 A, B e C

10

WE-Racionalização do uso da água (1 pré-requisito / 3 critérios / 10 pontos)

P O N T U A Ç Ã O E T A P A D E A T E N D IM E N T O

Pré-requisito 1: Redução de 20% no uso de água

Crédito 1: Eficiência no uso de água para irrigação do paisagismo - 50% de redução (2 pts) ou o não uso de água potável na irrigação (4 pts) Crédito 2: Inovação Tecnológica para redução de efluentes e demanda de água

Crédito 3: Redução no uso de água - 30% (2 pts), 35% (3 pts), 40% (4 pts)

V

V

V

V

B C

A Projeto Obra Pós-ocupação

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Quadro 8.3 - Avaliação sobre a categoria Energia e Atmosfera

C A C 3 a 21 A e C

4 A 2 C 2 A 3 C 3 C 2 A e C

14

Crédito 3: Otimização do comissionamento Crédito 4: Uso eficiente de gases refrigerantes

Créditos 5.1: Medição e verificação do consumo de energia : Base do edifício Crédito 6: Fontes renováveis de energia

EA-Energia e Atmosfera(3 pré-requisitos / 7 critérios / 37 pontos)

P O N T U A Ç Ã O E T A P A D E A T E N D IM E N T O

Pré-requisito 1: Comissionamento dos sistemas de energia Pré-requisito 2: Desempenho energético mínimo Pré-requisito 3: Gestão fundamental de gases refrigerantes

Crédito 1: Otimização do desempenho energético de 12% a 48% - 3 a 21 pts. Para Estudo de Caso: considerando 18% (6 pts) Crédito 2: Energia renovável no local

Créditos 5.2: Medição e verificação do consumo de energia: Sub-medição dos inquilinos

V

V

V

B C A

V

X

X

V

X

Projeto Obra Pós-ocupação

V

V

Fonte: Acervo Pessoal

Quadro 8.4 - Avaliação sobre a categoria Materiais e Recursos

A e C 1 a 5 A e B 1 a 2 B

1 A e B 1 a 2 A e B 1 a 2 A e B 1 A e B

6 E T A P A D E A T E N D IM E N T O

Pré-requisito 1: Coleta e depósito de recicláveis

Crédito 1: Manter estruturas existentes da edificação - 25% (1pto), 33% (2 pts), 42% (3 pts), 50% (4 pts), 75% (5 pts) Crédito 2: Gestão de resíduos na construção - Destinar 50% (1 pto) ou 75% (2 pts) para reuso

Crédito 3: Reuso de 5% do custo dos materiais

Crédito 4: Materiais com conteúdo reciclado - 10% (1 pto) ou 20% (2 pts) do custo (pós-consumo + 1/2 pré consumo) Crédito 5: Materiais regionais 10% (1 pto) ou 20% (2 pts) dos materiais extraído, processado e manufaturado regionalmente Crédito 6: Madeira certificada

P O N T U A Ç Ã O

MR-Materiais e Recursos(1 pré-requisito / 6 critérios / 13 pontos)

V

V

V

B C A

V

X

V

V

Projeto Obra Pós-ocupação

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Quadro 8.5 - Avaliação sobre a categoria Qualidade Ambiental Interna

A B e C 1 C 1 A 1 B 1 B 1 B 1 B 1 B 1 B 1 A 1 A 1 A 1 A 10 E T A P A D E A T E N D IM E N T O

Pré-requisito 1: Desempenho mínimo da qualidade do ar interna Pré-requisito 2: Controle da fumaça de cigarro

P O N T U A Ç Ã O

Crédito 1: Monitoramento da entrada de ar no edifício Crédito 2: Aumento da ventilação interna no edifício

Crédito 3: Plano gerencial da qualidade interna do ar durante a construção

Créditos 4.1: Materiais de baixa emissão de VOC – adesivos e selantes

IEQ-Qualidade Ambiental interna(2 pré-requisitos / 12 critérios / 12 pontos)

Créditos 4.2: Materiais de baixa emissão de VOC – tintas e vernizes

Créditos 4.3: Materiais de baixa emissão de VOC – carpetes e sistemas de piso

Créditos 4.4: Materiais de baixa emissão de VOC – madeiras compostas e produtos de agrofibras

Créditos 8.2: Luz natural e visadas: vistas para 90% dos espaços

Crédito 5: Controle de fontes de emissão interna (poluentes e produtos químicos)

Crédito 6: Conforto térmico – controle do sistema

Crédito 7: Conforto térmico – projeto

Créditos 8.1: Luz natural e visadas: luz do dia para 75% dos espaços

V

V

V

V

V

V

V

V

X

B C A

V

V

V

V

Projeto Obra Pós-ocupação

X

Fonte: Acervo Pessoal

No total desta avaliação somam-se 66 pontos. Acrescenta-se ainda mais 1 ponto da categoria “Innovation in Design” adquirida quando a equipe de condução do processo de certificação possui um profissional acreditado pelo Green Building Council.

Este profissional que tem por nomeação LEED GA – Green Associate e ou LEED AP - Accredited Professional, facilita a condução no processo com o entendimento dos requisitos de cada critério e também no andamento dos procedimentos padrões junto ao Green Building Council e aos auditores da certificação.

(49)

chegar ao balanço ideal entre o projeto e desejo do empreendedor, podendo serem feitos ajustes no investimento financeiro e tecnológico quando necessário.

Outro aspecto importante refere-se ao momento de atendimento/cumprimento dos critérios: projeto, obra e ou pós-ocupação. Conforme análise das características da nova sede do IPLEMG e dos critérios propostos a serem alcançados é levantado o resultado do seguinte gráfico:

Figura 8.1 – Gráfico de distribuição dos critérios conforme etapa de atendimento

Distribuição dos critérios conforme etapa de atendimento

53%

28% 19%

Projeto Obra Pós-ocupação

Fonte: Dados LABCON com adaptação pessoal

Nota-se que mais de 50% das decisões tomadas em projeto refletem-se na certificação. No próximo item é dado destaque a importância de se ter este processo de projeto integrado dos profissionais para haver o cumprimento dos critérios e fazer as ponderações das prioridades visto que uma decisão em um campo pode significar a exclusão de outra estratégia projetual.

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Os 20% restantes da pontuação se dão na etapa de pós-ocupação, quando o empreendedor deverá controlar os sistemas que compõem a edificação para ela ser nomeada como efetivamente sustentável. Neste momento é imprescindível fazer a divulgação dos procedimentos de sustentabilidade adotados como forma de controlar o bom uso dos sistemas construtivos e para garantir a prática da educação ambiental pelos usuários.

Vale destacar que, segundo procedimento da versão LEED 2009 para Core and Shell, os critérios são classificados somente entre Projeto e ou Construção (Design and Construction), não entrando no mérito da pós-ocupação. Faz-se concluir que, o fato do processo de certificação não estar atribuída à performance da sua operação, os critérios são avaliados somente no ato da apresentação dos seus projetos e quando dos relatórios de acompanhamento da obra. Fazendo uma análise dessa classificação para todos os pré-requisitos e critérios do LEED 2009 Core and Shell é identificada a seguinte distribuição representada no gráfico:

Figura 8.2 Gráfico de distribuição dos critérios conforme LEED 2009 - Core and Shell

Fonte: Dados Green Building Council com apresentação pessoal

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classificação do selo almejado pelo empreendedor (certificado, prata, ouro ou platina).

8.2 Análise do processo de projeto

É fator determinante para se ter um processo de projeto integrado conciliar as demandas do cliente com as características socioambientais do local de implantação do edifício, além de realizar a integração das equipes de projeto arquitetônico e complementares.

Tomando nota dos inúmeros profissionais envolvidos na proposta desta nova gestão de projetos do edifício IPLEMG, fica visível o desafio de fazer a interface dos profissionais envolvidos e suas especialidades para se ter o resultado esperado da certificação.

Este novo tipo de gestão para os projetos de arquitetura e construção sustentável emerge juntamente com o conceito de englobar os aspectos de ecoeficiência no cenário de busca pelo Desenvolvimento Sustentável.

No modelo convencional de projeto a troca de informações entre as especialidades de projetos complementares geralmente não ocorre. O projeto arquitetônico normalmente é o centralizador do processo, gerando a necessidade de ajustes constantes entre as especialidades, inclusive pelas execuções ocorrem em períodos diferentes e muitas vezes baseados em projetos de versões distintas. Exemplo claro para este tipo de fato são as sobreposições de sistema hidráulico e elétrico ao estrutural, em que muitas vezes, as soluções para ajuste, não sendo mais possíveis em projeto, passam a onerar a implantação da edificação com adaptações no canteiro de obras.

(52)

Outro fator importante refere-se a orçamentação dos materiais, equipamentos e serviços para concepção do empreendimento, se integrado no processo do projeto ainda em desenvolvimento, torna-se mais um parâmetro de decisão para as possíveis adversidades das disciplinas envolvidas.

A seguir é feita a comparação entre o modelo convencional de projeto e o modelo em que é necessário incorporar aspectos de sustentabilidade, como no estudo de caso em questão, Projeto IPLEMG, que é feita a aplicação do selo LEED.

Figura 8.3 - Fluxograma do Modelo Convencional de projeto arquitetônico

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Figura 8.4 - Fluxograma do Modelo de projeto arquitetônico e sustentabilidade integrado

Fonte: Acervo pessoal

Diante desta comparação dos fluxogramas de modelo de processo de projeto, fica evidente a necessidade de uma gestão de projetos centralizadora das informações relacionadas a cada disciplina. Não se pode deixar priorizar unicamente as decisões arquitetônicas em relação às necessidades dos projetos complementares. E mais do que isso, fazer permear em tempo as interrelações mais profundas dos aspectos de sustentabilidade e meio ambiente dentro de cada disciplina.

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Outro fator facilitador do processo é o uso da tecnologia BIM - Building Information Modeling, também chamada de Modelagem de Informações para a Construção. Esta ferramenta consiste na utilização de um software que permite organizar, em um mesmo núcleo eletrônico, um banco de dados com todas as informações e desenhos do projeto, ficando acessível para a equipe de engenharia e arquitetura envolvida.

No caso do Projeto IPLEMG, é feito o uso do software Revit, onde para todos os desenhos dos projetos arquitetônico e complementares há o cruzamento dos dados e a possibilidade de adaptações simultâneas. Além de servir como banco de informações para o levantamento dos materiais e estruturas incorporadas, e ainda ter a geração paralela do modelo 3D e dos desenhos técnicos.

Nos itens a seguir é feita a análise do processo do Projeto IPLEMG sobre cada categoria do LEED Core and Shell 2009.

8.2.1- Sustentabilidade do espaço

Relacionada à categoria Sustentabilidade do Espaço são considerados os seguintes critérios e pré-requisito:

- Pré-requisito 1: Controle de processo erosivos e sedimentação na fase de

obra

- Crédito 1: Escolha do terreno

- Crédito 2: Densidade de ocupação e conectividade

- Crédito 3: Recuperação de áreas contaminadas, abandonadas ou

degradadas

- Créditos 4*: Transporte alternativo

- Créditos 5*: Desenvolvimento local (área do terreno) - Créditos 6*: Projeto de drenagem de águas pluviais - Créditos 7*: Efeito de ilhas de calor

- Crédito 8: Poluição luminosa

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Ressalta-se que os critérios 4, 5, 6 e 7 se desmembram em subcritérios relacionados à mesma temática. No item 8.1 Avaliação da pontuação LEED Core and Shell é possível identificar os critérios por completo de cada categoria.

Analisando esta categoria é possível verificar que os critérios considerados se relacionam muito às decisões de implantação da edificação que vão desde a escolha do terreno em área permitidas pela legislação local e que já tenham um suporte urbano desenvolvido ou previsto (Critério 1), à minimização dos impactos de edificação sobre o ecossistema. A edificação deve estar prevista em uma localidade próxima aos serviços básicos para a comunidade, como escola, meio de transporte público, hospital, comércio, etc. (Critério 2).

Se houver contaminação ou degradação de parte ou toda a área do terreno escolhido para a implantação da edificação, deve ser feito um programa de descontaminação e ou recuperação ambiental (Critério 3).

Quanto ao Transporte Alternativo deve ser previsto no edifício vestiário e bicicletário para o incentivo ao uso de bicicleta, destinar vagas especiais para os veículos que fazem o uso de combustíveis mais eficientes, a edificação ser implantada próxima ao acesso do transporte coletivo da cidade, bem como não ter ou minimizar as vagas de estacionamento da edificação (Critérios 4.1, 4.2, 4.3 e 4.4).

Deve ainda ser proposto um desenvolvimento paisagístico local com previsão do uso vegetação nativa, bem como proporcionar área livre vegetada conforme requisitos do LEED (Critérios 5.1 e 5.2).

No Projeto de Drenagem das águas pluviais, deve prever sistemas que façam o controle adequado da quantidade de escoamento, bem como a qualidade para lançamento no lençol freático (Critérios 6.1 e 6.2).

(56)

coberturas vegetadas, fazer o uso de pavimentos permeáveis, proporcionar sombra com as copas de árvores previstas no paisagismo, fazer o uso de painéis solares na cobertura, dentre outras (Critérios 7.1 e 7.2).

Ainda é recomendado nesta categoria fazer a previsão no projeto luminotécnico de sistemas e medidas que reduzam a poluição luminosa advinda da edificação para o entorno (Critério 8).

Deverá ainda ser montado um manual de projeto para os usuários da edificação terem o entendimento de todos os sistemas e tecnologias adotadas na edificação, servindo com um manual de educação ambiental (Critério 9).

O Pré-requisito 1 desta categoria deverá ser atendido com a elaboração de um Programa de Controle de Processo Erosivos e Sedimentação para ser seguido na fase de obra.

Para o Projeto IPLEMG é previsto o atendimento de todos os critérios, exceto o Critério 3 e Critério 4.4. Este último diz respeito à capacidade do estacionamento, em que é concedida a pontuação quando em projeto ou não faz a previsão de estacionamento, ou prevê vagas somente para 3% dos ocupantes da futura edificação, ou quando é previsto o mínimo de vagas de estacionamento exigido pela legislação local. No Projeto do IPLEMG optou-se por planejar o maior número de vagas possíveis, tanto para atender a demanda da região, quanto para dar suporte aos contribuintes do Instituto.

Quanto ao Critério 3, não será possível obter o ponto, pois não há indícios de contaminação ou degradação do terreno, previamente escolhido pelo Instituto, para se propor uma recuperação ambiental.

(57)

da certificação é a que necessita um maior envolvimento das diversas especialidades profissionais.

Figura 8.5 - Fluxograma da categoria Sustentabilidade do Espaço

Fonte: Arquivo Pessoal

8.2.2 - Racionalização do uso da água

Relacionada à categoria Racionalização do uso da água são considerados os seguintes critérios e pré-requisito:

- Pré-requisito 1: Redução no uso de água

- Crédito 1: Eficiência no uso de água para irrigação

- Crédito 2: Inovação Tecnológica para redução de efluentes e demanda de

água

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Para esta categoria é proposta a redução do uso de 20% da água com base nos parâmetros do LEED (Pré-requisito 1), excetuando a água usada para a irrigação que tem por meta de redução no uso de 50% da água potável ou a não utilização de água potável para irrigar jardins (Crédito 1).

Para o Critério 2 tem-se como requisito a redução do uso de 50% da água potável nos sanitários e ou a estratégia de uso de água não potável nos sistemas. Além disso, tem-se a opção de tratar no próprio local 50% dos efluentes.

O Critério 3 trata-se do mesmo objetivo do pré-requisito desta categoria, porém são concedidos mais pontos (2, 3 ou 4 pontos) com a redução no uso de água em respectivamente 30%, 35% ou 40% da água com base nos parâmetros do LEED (exceto irrigação).

O Projeto do IPLEMG pretende fazer o atendimento de todos os critérios, considerando que para o Critério 1 optou-se pela não utilização de água potável na irrigação de jardins, para a qual será prevista a utilização de águas pluviais e também a especificação de espécies de plantas no paisagismo com baixo consumo de água.

Quanto ao Critério 3 a previsão de redução no uso de agua é máxima, 40%, com especificação de sistemas economizadores e eficientes que permitem a redução no consumo de água.

A seguir é apresentado o Fluxograma da Categoria Racionalização do Uso da

(59)

Figura 8.6 - Fluxograma da categoria Racionalização do uso da água

Fonte: Arquivo Pessoal

8.2.3 - Eficiência energética

Relacionada à categoria Eficiência energética são considerados os seguintes critérios e pré-requisitos:

- Pré-requisito 1: Comissionamento dos sistemas de energia - Pré-requisito 2: Desempenho energético mínimo

- Pré-requisito 3: Gestão do gás refrigerante - Crédito 1: Otimizar o desempenho energético - Crédito 2: Energia renovável no local

- Crédito 3: Otimização do comissionamento - Crédito 4: Uso eficiente do gás refrigerante

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Ressalta-se que os Critérios 5 se desmembram em dois subcritérios relacionados a mesma temática. No item 8.1 Avaliação da pontuação LEED Core and Shell é possível identificar os critérios por completo de cada categoria.

Para o Projeto do IPLEMG não será feito o atendimento do Critério 2, que concede pontuação para o uso de energia renovável local com a intenção de minimizar os impactos com o uso de combustíveis fósseis. Há uma diferença no cenário de produção da energia no Brasil e nos Estados Unidos. Este critério está intrinsecamente ligado ao modo de produção dos americanos. Apesar de o Brasil produzir uma grande parcela de energia renovável, a partir da energia hidráulica, existe ainda a termoelétrica, nuclear e outras não renováveis. Além disso, não é possível verificar a distribuição do sistema de produção de energia do Brasil para avaliar se a região de implantação do Edifício IPLEMG conceberia a pontuação deste critério.

Quanto ao Critério 6 que diz respeito ao uso de tecnologias para produção de fontes renováveis de energia, a equipe do Projeto do IPLEMG, a partir da pesquisa do mercado, análises e debates, verificou que a energia fotovoltaica poderia ser um sistema tecnológico compatível para atender a intenção deste critério. Porém, é uma tecnologia do mercado externo que ainda não se viabiliza financeiramente para o investidor aqui no Brasil, no caso o IPLEMG, a partir da sua aquisição versus o retorno de economia no uso/consumo. De qualquer forma, a equipe de arquitetura optou por planejar as estruturas da edificação de modo a possibilitar uma futura instalação do sistema fotovoltaico quando este estiver mais rentável no mercado brasileiro.

Optou-se ainda pelo não atendimento do Critério 3 que considera a otimização do sistema de comissionamento, pois este faz a exigência de uma equipe especializada dentro do mercado de certificação LEED, onde reverte em um custo adicional para o investidor.

(61)

atendimento, os quais serão conduzidos pela equipe demonstrada no fluxograma abaixo. Vale destacar que até o momento em que se encontra o desenvolvimento do projeto, foi importante para as decisões de atendimento destes critérios a consultoria dos especialistas no que diz respeito à implantação da edificação, a conformação das aberturas, visadas, pé-direito, ventilação natural, e indicação/ posicionamento dos sistemas de ar condicionado.

Ademais, esta categoria está diretamente relacionada à equipe que irá conduzir a obtenção da Etiqueta Procel Edifica para a busca da eficiência energética da edificação.

Figura 8.7 - Fluxograma da categoria Eficiência energética

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