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Influência do lazer sobre pessoas da terceira idade.

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Academic year: 2017

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ReBEn, 36 : 95-106 , 1 983

INFLmNCIA DO LAZER SOBRE PESSOAS DA TERCEIRA IDADE

* Jovina Borges de QUEIROZ * Sonia de Fátima TRINCA

eBEn/09 QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - Influência do Lzer Sobre Pesoas da Terceia Idade. Rv. Bras. Enf: RS, 36 : 95 -106 , 1 983.

R E S U M O

Com esta pequisa pocurou-e decobrir até que ponto o lzer pode ser impotnte na ociabilzço da pesoa da terceia idade.

s ipóteses de que o lzer é prourdo como fuga à soidão e como um pssatempo sem Imalidade norteram todo pocedimento da pequisa.

A pequisa foi reazda em duas Instituções em Buu - SP, que se dedicm de uma for­ ma ou de outra à assitência do idoso ; mbas apreentam caacterístics administratvas e assitenciais diversas.

Os dados necessários form levntados com o uso de questionário aplicdo com 40 (qua­ renta) pessoas idosas.

Os resustados foram apresentados em percentual e dispostos em tbelas.

Dicutidos e anaisdos os reutados obtidos foi possíel demostrr a ercidade de que o lzer é procurdo como fuga à soidão e como um pasatempo sem fmaidade .

om base nos eultados, foi ugerida também uma pogrmção de lzer pra as insttui-ções.

1 .0 - INTRODUÇÃO

retendu-e, com esta pesquisa de cmpo, avalir até que ponto o lzer pode iuenciar na ocibzço do idoo.

Os autores consultados relatm que o lzer é necesro em quaquer época da vida. Deve ee fzer prte do tempo a ser utilzdo pels pesoas, assim como o é também o do trbaho.

O lzer é mprecindível à muteção da súde e memo à auto-valorzaço na fae mis adiantada da vida, ou seja, na tercera idade.

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - Inluência do Lzer obre Pessoas da Terceira Idade. Rev. Bras. Ef: RS, 36 : 95-106 , 1983.

: necessáro que o homem se convença que não é ó o trabaho que dá sentido à vida. s enegias renovadas pelo lzer, podeão trzer-he incentvo, otmismo e sempre mais epernçs.

O progreso tecnológco trouxe mior dilatação do tempo .re e a corepondente contra­ ço do temo de trabaho. Esta situço fz com que a ociedade mude e supere peconcetos. Co­ seqüentemente o lzer deixa de ser privilégo de classe e passa ter dimenso social. O homem, partici­ pado de atividades de lzer, poderá estabelecer relções com o meio e com o mundo ; esta condço favorce o inter-relconmento das pesoas, contnbundo pra vier mehor.

e o homem não souber proveitr dvdamente o tempo disponível, poderá sentr-e insa­ tifeto, insguro e rrezdo . Aos poucos poderá sentir-e austido e isoldo .

Aumente a pesoa da tercera idade é relgada a segundo plno pela ociedade que utli­ z-se penas de jovens exigndo a ua plena prticpço nas atividades da ociedade; equece que tam­ bém o idoo necessita do convíio ocial e poderá até contribuir pra o seu desenvolvimento, batando popicir-lhe mbiete poprido. Podeá também ocorrer que o idoso pocure o lzr como uma fuga de sua olido por sentr-e anustido e desvalorzado ; outras vezes prefere viver em constante iola­ mento ocial prjudicando consideraelmente a ua sensbilidade.

Todo idoso deve sentir-se incentvado a prticipr de atvidades de lzer e executar tarefas Que ntes erm mpotantes p ra ele. O lzer poderá então er um veículo de educação.

O lzer procurado como uga à oido e como um pasatempo em rmalidade, são as hi­ póteses levntdas.

2.0 -DEFINIÇÃO DE TERMOS

"Lzer significa, um cojunto de ocupções às quis o indvíduo pde entrgar-se de ire vontade, seja pra ;pousr, seja pra dvertir-e, rcrr-se e entrter-e ou, ada, pra desenover sua infonção ou fonço desinteresda, sua ptcipção ocial voluntáda ou ua ive capcidade cria­ dora pós livrr-e ou dsembarçr-se das obrgções poisionais, fires e sociais" (DONFUT, Cludine Attias).

"Velhice é entendida como uma etapa da vida na qual, em deconência da ata idade crono­ ógica, ocorrem modifcções de ordem biopsicossocial que afetm a relço dos indivíduo com o meio".

ociaizção ou ocibiizção como prceu ntes:

"roceso pelo qul o indivduo, no sntdo búógico, é interdo numa socie­ ade. Pela socalzção o indivíduo se tora pessoa humna, adqu'ndo os há­ bitos que o capacitam pra vver numa socieade. ocaizaçaõ siniica apren·

dzgem ou educço, no sentdo s ato a palava, aprndizgem esa que

começa na pime'a nfânca e termina com a morte da pessoa.

À

medida que a

ocalização implica a domiação de certos impulsos indesejáveis, ela pode ser definia, também, como série de ustaentos a detrmiados padrões cultu­ rais" (1).

Sociabidade :

"Em sentdo corrente, é a qualiade de quem é socável, ou seja, de quem tem o dom do rlacoamento fácil e codl com todos. E uma quaiade que pode e deve sr adquiria, porque é indspensável para um convívio socal hr· monoo e feliz. la se dquire pelo contoe permanente do nosso egosmo e peo exrcido aqulas v'tuds que esperaos encontrr nos outros, especial­ mente a dscrço, a lealade e a dedcção" (2).

3.0 - REVISÃO DA LTERAURA

Em sua obra, DONFUT (1980), menciona que o lzer na teceira idade decone do consid­ ráel umento de tmpo lvre que a pesoa adqure devido o fato de prr de trabalhr. O lzer, evi­ dentemente, no é mais fonnulado da mesma mneira nessa faixa etria como era pra s outras.

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - Inluência do Lzer Sobre Pessoas da Terceira Idade. Rev. Bas. Ef: RS, 36 : 95 -106 , 1 983.

Entre os apectos de lzer ligados às pessoas idosas, relata também a mnifetação visível da cpacidade dos idoos crirem o tédio, o vzio, ou, ainda, outras fomas de patologias sociais, pro­ ceso do qual entram outos elementos além do lzer, como o isolmento social, onde deempenha um ppel ngativo.

DONFUT (1979), fz, tmbém, referência >bre os onito s gerdos em torno do lzer el­ cionados com as difrenças existentes enre as clsses sociais e as dfrentes faias etári$. O lzer dever ter início na infância persititndo sempre da melhor mneira possível, até à velhice. Qundo as pesoas vão acançando deteminda idade vão cessando de trabalhr e, por si mems, procurm coisas pra fazer. Donut concui que o lzer á apenas quilo que é dedicado pra o deenvovmento de ua pó­ pria peronlidade.

DUMAZEDIER (1980), relata que o lzer é uma atividade mista onde misturm-e obiga­ ção institucionl, tendo cactersticas que prechem as ncesiddes humnas como o decnso, d­ vertimento e o desenvolvimento permtindo o homem uma prticpção social mor e lire.

e necesário, potanto, dentro do desenvolvimento do lzer, distinguir s atvidades, gên­ ros de conhecmento e níveis culturis pra que tnha um controle dese lzer, possblitando um maior conhecimento p ra que sejam atingidos todos os objtivos a que e propõe, sejam eles cuturais ou sociais.

FARIA (1977), refere que é muito importante que o lzer fça prte da nossa ida, sendo um dos meos mais eficzes pra se relxr de todas as tenões, No se deve fcr sujeto somente a tra­ bahos e procupções, sem deixr alguns momentos pra a rreção.

Os velhos, procupdos por não poderem contribuir mas com um rabalho útil à socieda­ de, ão se definhado em sua tristza até a morte chegr. Por isso, deve-se incentivr a erpia ocupa­ cional, a ginástca, o rtezanato, bm como atvidades rcreativs que trzem conforto e uma vida ep­ rtual tranqüila os vehos.

PARENTE FILHO (1978), fala que o lzer não é descnso do trabaho, ele ó existe como algo além do tabalho e além do decano.

e muito importante que o homem tenha um lzer criativo, na tentatva de menizr a ida e torná-la mis alegre, do que ter um lzer pasvo , sem gum beefício p ra o desenvolvimento .

Devemos lembrr que o lzer não é um pssatempo qualquer, ms é a rcuperço do pri­ mitvo dentro da gente.

REQUXA ( 1976) , cta que as atividades de lzer so importantes tendo como funço a atenução ou mesmo superação de prob'lemas que iuencim, de foma direta e individual, o homem. Funciona como rpouso, preeço e rcuperação pscossomática entre as pesoas de todas as idades sendo necesrio o contato social, princpalmente entre os idosos, pra que descubrm suas pópias possiblidades e passem a gir e a pensr menos condcionalmente. Espera-e que o lzer posa povocr, em sus ptcpntes. interesses votados pra objetivos sociais.

REQUIXA (1980), refere·se à necessidade de implantação de política nacionl do lzer que visa a necessidade de crir espaços destnados à prática do lazer favorecendo mehores condiões sócio­ culturais pra que sejam desenvolidas atividades lúdicas pelo aperfeiçoamento de nstrumentos e de recursos humnos apropriados.

O homem prcisa ser educado pra o lzer; asim poderá aproeitr todo o tempo diponí­ vel e entr pena satisfção de viver e não tédio , de pesso e soidão.

SALGADO (1980), dz ue a elhce é uma etapa da vida humna. Conseqüentemente, com umento da idade cronológica, ocorrem modificações, de ordem bopsicossocial que afetam a relço do indivíduo com o meio mbiente. Em decorêcia desa situção são necesáros etmulos bem maiores pra que os idosos ntrem em atvidade novmente.

Os idosos devem er prpados pra a posentdoria, orintados pra a pática do lazer. Isto evta-se que fiquem ioldos, o que poderia levá-Ios- à solidão. Atraés o lzer deve ser etimulda a atiidade cultural, intelectul, física, manual e artístca, levando ao combate do isolmento social.

EIXEIRA ( 1977), fala que a escoha do lzer, deve er em nível individual ou nível nacio­ nl, de acordo com três tipos de rcursos : tempo, espço e dinhero.

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradoa - Inluência do Lzer Sobre Pessoas da Terceira Idade. Rev. Bas.

Ef: RS, 36 : 95-16 , 1983.

4.0 - METODOLOGIA

A pequisa foi razada em dois locais distintos, em uma das cidades do interior de São Pulo.

Pra fms operacionais, os locais foram identiicdos com as letras A e B , e o total de pes­ oas idosas asistidas neses locais está discrdo no qudro que sgue :

QUADRO 1 -Total de Pessoas Idosas dos Locais A e B :

PESSOAS

Homens Mulheres

LOCAL -T

O

TA

C

163

137

Fonte : Fichário das Instituições

Nota : 40 etos são destinados aos doentes.

54,3

45 ,7

90 75

- � ­

%

54,6

45,45

O local A crcteriza-se por uma escola aberta paa os idosos, com o objetivo de interá-los na sociedade. Existe tmbém progrmção epecil denominada de Centro de Convvência da Tecera Idade. O popósito é de conduzir o idoso o lzer, à cultura, à sociabilizço e s ·atividades fscas.

onsta no ichário , um total apoximado de 300 (trezentas) pessoas. Dessas, 80 (oitenta) prticipam de ginástca de conervação nas terças feiras, no período vespertino ; os demais, prticipam de atiida­ des úcidas como : bocha, malha, biodança, coral, buraco , snooker, dominó, truco, ping-pong e dama. A idade média das pesoas que freqüentam o local A é de 52 anos. Estas pesoas resdem no lr, ou com os fitos ou penas o casal.

O local B, crcteriza-se pelo fato de oferecer hospedagem, tipo internato , pra idosos acima de 50 anos. Atualmente residem 165 (cento e essenta e cinco) idoos, sendo 75 (setenta e cin­ co), (45 ,45 %) ão mulheres e 90 (noventa), (54,6%) homens. A média é de 69 (sessenta e nove) nos. O local B dipõe de 40 (qurenta) leitos pra os doentes ; no momento , os 40 (qurenta) leitos estão ocupdos.

Não há programção regulr de lzer pra as pesoas ; os homens ficm livres pra realizr o que desejarem, como trabatos gerais e jogos. As mulheres utilizam o tempo para rtesanatos. Aos do­ mingos, o período vepertino , há brincadeiras dançantes. Recebem isitas às quintas-feiras e aos do­

mingos, a ptr das 14 :00 horas.

Financeirmente a entidade recebe ajuda governamental; além disso , há anualmente festa beneiciente e outras atividades dess� gênero . Poucs pesoas que á residem, recebem ajuda inancei­ ra da famíia.

3 . 1 - Uivero e Amosra

Deteminou-se que constriam da mostra um total de 20 (inte) pessoas de cda institui-ção . O percentual da Insttuiinstitui-ção A é rpresentada por 25 ,0% de pesoas e do B por 1 2,1 % de pessoas.

ritérios pra a determinação da amostra: Os idosos inclu ídos na mostra deveriam : 1. ter idade de 50 a 60 anos, não conidrando o sexo ;

2. ser cpzes de responder o quetonário sozinhos ou ajuddos pelos pesquisadores. 3.2 - Intumento

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - luência do Lzer Sobre Pessoas da Terceira Idade.

Rv.

Bras. Ef: RS, 36 : 95-106 , 1 983.

3 .3 -Procedimento de Coleta de Dados

O questonário foi apicdo no locl A nas terças e quintas feiras da 14 :00 horas às 1 6 :00 horas. Isto porque, nestes dias, o gupo que frqüenta o local A é quntitatvmente mior em relção aos outros dias. s atvdades de trç-feira so ginástica de conservço e reunões de uo. s ati­ vidades de quinta-feira são ginástica de rupo e coral.

No local B foi aplicdo , nas quintas-feiras e domingos, a prtir das 14 :00 horas. Isto por­ que houe necesidade de uma companhnte da insttuço que acompnha os pequisadores. Esta situção formou-se porque os idoos do local B sentem-se constragidos e sobretudo temeroos qundo repondem go pra pessoas estranhas. Em compnhia de pessoas conhecidas ficou mais fácil a comu­ . nicaço e a obtenço ds informções ncessárias.

5 .0 -RESULTADOS OBTIDOS

s informções obtidas, após rceberem o tratamento devido , estão demonstrados nas ta­ belas que seguem :

TABELA 1 -Importância do lzer prcido pelos repondentes do Grupo A - Mao de 1982.

VARIÁVEIS SM % NÃO % TOTAL %

Procura atividades de lzer, porque

senta-se soznho. 1 2 60,0 08 40,0 20 1 00

Sempre que tem um tempo ie

costu-ma fzer aucostu-ma coia. 19 95 ,0 01 5 ,0 20 1 00

Sent-se incentivdo pra procurr o

la-zer. 14 70,0 06 30,0 20 100

Atividade de lzer que ecohe é

rea-mente do seu rado. 20 100,0 20 1 00

Atraés das atividades de lzer

deco-bru guma que he dá maor przer. 1 7 85 ,0 03 1 5 ,0 20 100 Sente-se felz deempenhndo atividade

de lazer. 20 100,0 20 100

A prtir do momento que comçou a prticipr de aguma atvidade de la-zr, sentu auma inluência

impor-tante onde vive. 18 90,0 02 10,0 20 100

Acha mpotante . estas atividades re-reativas, junto com as pesoas de

mesma idade. 20 100,00 20 1 00

FONTE : Questonário Aplicdo.

A Tbela 1 mostra que 100% das atvidades raizdas form do grado de todos, asim omo o etilo de atividdes realizadas e a satifação de passr esses momentos com outrs pesoas da mema idade.

Observ-se que 60,0% dos repondentes prticpm de atividades de lzer porque se entem ozinhos. Entretanto, 70,0% entem-e incentivados e fzem auma atvidades de lzer.

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QEIROZ, J. B. e Colboradora - Inuência do Lzer Sobre Pessoas da Terceira Idade. Rev. Bas. Ef: RS, 36 : 95-106 , 1983.

TABELA 2 -Como os Idosos do Gupo A considerm os jovens.

VARIÁVEIS SIM % NÃO % TOTAL %

Os jovens aetam a pesoa idosa. 04 20,0 16 80,0 20 100

Os jovens rjetam a pessoa idosa. 14 70,0 06 30,0 20 100

FONTE : Questono Aplicado .

Os idoos chm que 80,0% dos joens não acetam o idoo, nqunto que 20,0% dizem que sim. Sendo que 70,0% concordam que o jovem rejeita o idoo e 30,0% não .

TABELA 3 -Fnalidade pela qual os idoos do gupo A pocuram o lzer.

VARIÁVEIS SIM % NÃO % TOTAL %

rocura o lzer como um passatempo

em inalidade. 09 45 ,0 1 1 5 5 ,0 20 100

rocua o lzer como fuga da solidão. 1 1 55 ,0 09 45 ,0 20 100

FONTE : Quetionrio Aplicado .

O lzer é procurdo como um pasatempo em inalidade, por 45 ,0%, enqunto que 5 5 ,0% repoderam não. O lzer é pocurado como uma fuga da solidão por 5 5 ,0% e 45,0% acha que não é por fuga da solido .

TABELA 4 -Quado jovens, como os idoos do Gupo A sentiam-se em relção o trabaio e ao lzer

VARIÁVEIS SM % NÃO % TOTAL %

Foi uma pesoa que sentu-e reaizada

o trabaio que fazia. 16 80,0 04 20,0 20 100

Procupou-se com o lzr também

quando ea mis noo. 07 35,0 13 65,0 20 100

ncentvou os compaheios pra atv-dades de lzer tmbém quado ea

mais novo. 06 30,0 14 1 7 ,0 20 100

FONTE : Questionrio Aplicdo.

Dos idosos, 80,0% entem-e realizados na ua vida enqunto execim o seu trabalho e 20,0% não. Somente 35,0% procupou-se com o lzr quando mais novo, enquanto 6 5 ,0% não se pro­ upou.

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - Inluência do Lzer Sobre Pessoas da Tercera Idade. ev. Brs.

Ef: RS, 36 : 95·106 , 1 983.

TABELA 5 -nportância do lzer aprciados pelos repondentes do Gupo B - Maio de 1982.

VARIÁVEIS

Participa de atividades de lzer, por· que entia-se sozinho.

Sempre que tem um tempo lire costu­ ma fzer aguma cosa.

Sente-se incentivado pra procurr o la­ zer.

A atividade de lzer que escoie é ral­ mente do seu grado.

Através das atvidades de lazer deco­ briu guma que ie dá maior przer. Sente-se feliz desempenhando atividade

de lzr.

A partir do momento que começou a pticipr de aguma atividade de lzer, sentiu aguma inuência onde vive.

Acha impotante etas atividades de la­ zer, serem realzadas junto com s

pesoas da mema idade.

FONTE : Questionário Apicdo .

SIM %

1 1 5 5 ,0

15 75,0

08 40,0

16 80,0

10 50,0

1 7 85 ,0

12 60,0

1 9 95 ,0

NÃO % TOTAL

09 45,0 20

05 25 ,0 20

1 2 60,0 20

04 20,0 20

10 50,0 20

03 1 5 ,0 20

08 40,0 20

01 5 ,0 20

% 100 100 100 1 00 100 100 1 00 1 00

Pelo questionário apicado aos idosos, observ-se que 5 5 ,0% procuram o lzr por senti­ rem-se sozinhos e somente 40,0% ão incentivdos a prticipr de atividades de lzer. Sempre que têm um tempo livre, 75 ,0% dos idoos pocurm fzer aguma coisa.

Entretanto, 80,0% dos idoos ecoiem atividades de lzer do seu ardo , assim, 50,0% particpm das atividdes que ies dão przer, levando a 85 ,0% dos idosos a entirem-se felizes.

Entre os respondentes, 60,0% observou mudança na sua vida, e 95 ,0% acha importante as atividades de lzer realizadas com pesoas de mesma idade.

TABELA 6 - Como os idoos do Gupo B coniderm os jovens. VARIÁVEIS

Os joens aceitam os idoos. Os joens rejeitam os idoos.

FONTE : Questionário plicdo .

SIM

15

07

% 75 ,0 3 5 ,0

NÃO 05 1 3 % 25 ,0 65 ,0 TOTAL 20 20 % 1 00 100

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QUEIROZ, J. B. e Colaoradora - Inuência do Lzer Sobre Pesoas da Terceira Idade. ev. Bras. Ef: RS, 36 : 95-106 , 1983.

TABELA 7 - Finalidade pelo qual os idoos do Gupo B pocurm o lzer.

VARIÁVEIS SIM % NÃO % TOTAL %

Pocura o lzer como um pasatempo

sem finalidade. 1 3 65 ,0 07 35,0 20 100

Procura o lzr como uga da soidão. 1 4 70,0 06 30,0 20 100

FONTE : Questoo Apicado .

Pelos reultados obtidos, obsev-e que 65 ,0% dos idoos pocuram o lzer como m pas­ satempo sem finidade, enquanto que 70,0% procurm o lzer como fuga da solidão. Mais de'50,0% dees, não têm objtivo epecfico ao pocurr o lzer.

TABELA 8 - Qudo jovens, como os idoos do Gupo B sentim-se em relço ao trabaio e o lzer.

VARIÁVEIS SM % NÃO % TOTAL %

Foi umapesoa que se sentu reaizada

no trabaio que fzia qundo jovem. 16 80,0 04 20,0 20 100

Procupou-se com o lzer tamém

qundo era mais novo. 14 70,0 06 30,0 20 100

Incentvou os companheos pra

ativ-dades de lzer quando ra mis novo. 09 45 ,0 1 1 55 ,0 20 100

FONTE � Questonário Apicdo .

A grnde mioria dos idoos, 80,0%, sentem-se reazados com o trabaio que fazam qundo jovem e 20,0% no. Ainda quando mais novos, muitos deles, 70,0%, proupavm-e com o lzer e apenas 30,0% reponderm negativmente. Somente 45,0% incentvram migos pra prticipr de atvdades de lzer e 5 5 ,0% no.

6.0 - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Dos idoos do rupo A, 1 00% consideam que a atividade de lzer cusa-ies przer, deta­ cndo a mportância da oportunidade de diaogar com pessoas da mema faixa etária. Os do gupo B, confrontados com os do Gupo A, não tiverm a mesma prcição ; 80,0%, dos idosos conideram que a atvdade de lzer é de su ado ; porém 95 ,0% também considerm muto importante reaizr ativ­ dades dese gênro com pessoas da mema idade.

Nos dois gupos, oberva-se que mas de 50,0% dos respondentes, paticpm de atvidades de lzer, poque se sentm sozinhos ; eta situção mostra que há falta de pogrmas sociais na famlia e, provavelmente, os econtos com gupos sociais. TEIXEIRA dz que o tipo de lzer a ecoier tan­ to nas residências como fora dela, dpende das condções financeiras e dos padrões sócio-cuturais de cda um.

Embora os idoos do Gupo A p ticpm de atividades de lzer, epecialmente pogrma­ dos por entidades que se dedcm à asitência do idoo, 60,0 % procurou usufuir desse rcuso , por­ que sentia-se só e no como uma ncessidade. Obevou-se, porém que nos dois gupos, os idosos pro­ urm fzer uma coisa: no upo "A�' 5,0'% não e interessavam à fzer ago e no rupo "B" 25,0%.

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QUEIROZ, J. B. e Colaboadora - Inluência do Lzer Sobre Pessoas da Tercera Idade. Rev. Ba. Ef: RS, 36 : 95-106 , 1983.

m tennos de conforto ou de outros rcusos? O que leva à cetação dos idoos do gupo "B"? São as condções mais difíceis da vida? ou a pouca orte de rcros? A eprência do trabalho trnsmitida peos idoos os jovens? ou a cetaço é sentida mais positvmente porque pesoas joens vistndo esses idoos, emprgavm tempo pa conversr com eles e ouv-Ios? Esta posbilidade poderá ser ce­ ta poque os pequisadores tverm a oportunidade de obervr situções semehantes à referida.

A rjeição dos jovens pelos idosos do upo "A", pode tmbém ser confmda pelas expe­ rências por eles setidas. Trata-se de "inultos" a ees dirigidos qundo etão em atividades fora do lr. São todas hpótees evntdas, que ofercem possibiiddes pra ouras invetigções.

Em relção à rmalidade da procura do lzer pelos idosos dos gupos A e B, obeva-e que 5 5 ,0% do primeo rupo procurava o lzer como fuga da solidão e com 70,0% do segundo upo ocor­ re essa mema finalidade. Eses dados êm corunr a primera vriável das tabelas n? 1 e n? 5 , que e refrm que os idosos pocuravm o lzer porque e sentim sozinhos. ! de se notr também que os idoos do gupo B, num pecentual de 6 5 ,0% tinhm o lzer apenas como um pasatempo sem rmali­ dde. PARENTE FILHO, lembra que o lzer não é um pssatempo quaqur, por iso é importante depertr no homem o interesse

t

elo lzer.

s tbelas n? 4 e n . 8 demonstrm como os idosos sentiam-e em relção ao trabalho e o lzer. ! curioso perceber a ualdade de sentmento, manifestado por les ; 80,0% entiu-e ralizado no trabalho que reazava.

Considrando a proupção do lzer quando jovens, os idosos do upo "B" mostrm maior interesse do que os do gupo "A", enqunto que no gupo "B" 70,0% e no rupo "A" 3 5 ,0% de procupção. Nota-se também que, pesr de haer mor interese peo lzr com os idosos do gupo B ,_ penas 45 ,0% incentivrm companheios a ese tipo de ativdade ; os do gupo "A", 30,0% tveram ese tipo de icentivo. Essas infonções coicidem com os dados anteriores eferidos. Os idoos do rupõ "A", hoje prtcpando de atvidades de lzer têm oportunidades de incentivr mais idosos pra juntrem-e a eles.

7.0 -CONCLUSÃO

Com esta pesquisa

ô

d-e contatar como o lzer é importante na vida da pesoa idosa. O idoo percebe as coias de mnra diferente, dndo sentido às que se popõe a fzer.

s hipótees do lzer como uga da soidão e como passatempo sem finalidade form com­ povadas. Ds pessoas do upo A, 60,0% procuam o lzer não como algo que etá natuamente inte­ grado à própria vida.

Dev-se resltar tmbém que 90,0% das pesoas idosas conidram importnte o convío om pesoas da mema faixa etáia porque fcilita o desempenho nas atividades de lzer.

Perceb-se ainda que os idoos do upo B, a mioria interesaa-se peo lzer qundo jo­ vens e inventvavm outras pesoas. No gupo A, porém tal incentvo é maior agora. Os idoos sentem

a necessidade de pticipr de tividade de lzer porque sentem-se sozinhos. om ito têm a oportun­ dade de se deslocr de uas residências e se dvertirem em locais apopriados como o local A. Ees não ão obrgados a pticprm de atvidades qu- no gostm, mas apenas daquelas que entem vontade equecendo um pouco de sua soido. Já no upo B , ees no tm potunidade de deempenhrem atviddes que gostam e sim penas as existenes na entidade, sendo poucas as opçes.

8.0 -SUGESTÃO

Em se tratando do vlor educativo que o lzer poporciona e os benefícios de âmbito fsi­ o, epirtul e ocil, uger-se que e reaze organizço de atvidades dese gênero em abrgos de e­

lhos, principlmente. Podrão ter a oportunidade de frqentr rgulrmente essas atvidades e men­ zr, em pte, as limitações físicas, própris dese período da vida.

Como o lazer tem implicções sociais e está na dependência de prões culturais e de condi­ ções scio-coômicas, uger-e também a oganização de um centro de lzer em lugres dteninados da comunidade onde o acesso os intresados fosse faciitado. Poderia ser um centro de experência que poderia fzer prte da fonção do estudante de enfengem.

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - Infuência do Lzer Sobre Pessoas da Terceira Idade. Rev. Bras. Ef: RS, 36 : 95-106 , 1983.

SUMMARY

n this reech we hae tried to fmd out the important of leisure in the process of

solvili-zaton of perons in te third ge. .

The hypothesis re that lesure is looked for as a means of ecaping solitude, as a hobby without aims. hese fcts lead the poceduces in the reerch.

he reech was accomplihed in two. nstitutons in Buu, So Paulo, which deaI wth the assitence of old perons ; both preenting different dministative and assitencial chracteristics.

The necessry data were achieved uig a set of quetions answred by forty old perons. The reults were presented in percentges and desposed in tables.

After dicusig and analigig the reuts it was possible to demonstate that leiure is in­ deed a means of ecping solitude and as a pastime wthout speciic puposes.

Baed on the reuts, a poram of leiure was sugeted to both Institutions.

REFEfNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

0 1 . DONFUT, Cludine Attias. Seminário de Eudos obre a Terceira Idade. Cadernos da Tereira Idde, ão Pulo, SESC, fev./1979.

02. .dros da Terceira Iade, n? 5 , São Pauo, CETI, 1 980, p. 7 - 10.

03. DUMAZEDIER, Jofre. A Teoria Sociológica da Deciso . Série Lazer

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1 , São Paulo , SESC, 1 9 80, p. 1 - 36.

04. FARIA, Crlos oelho . Vehice é Prconceito. São Paulo, BISORDI, 1977 , p. 45 - 48.

05 . PARENTE FILHO, José Incio de Sá. Lzer e Psicologia reentva. Cadnos de zr

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9 3. São

Pulo, Brasiliene, 1978. p. 5 1-60.

06. REQUXA, Renato. Caderos de Lzer, São Pulo , SESC, juho, 1976. Documento 1 .

0 7 . . Sugetão d e Direrizes pra uma Polítca Nacional d e Lzer, Série Lzer

n?

2, São Paulo, SESC, 1980, p. 21 -99.

08. SALGADO, Mrcelo Antonio. Vhice uma Nova Questão ocial, Série Terceira Idade, São Paulo , SESC, 1980, p. 21 - 1 1 7 .

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - Infuência do Lzer obre Pessoas da Terceira Idade. Rev. Bas. Ef: RS, 36 : 95-106 , 1983.

A N E X O I

Buu , 24 de abril de 1982. O objetivo deste é soicitr de V. Sa. a penissão de uma visita de ossas aunas esa Bene­ merita Instituço. São aunas do curo de Grdução em Enfengem e etão elaborando um trabaho de pequisa junto às pesoas idosas. A pequisa etá ienta de identificço .

Na isita serão obtidas infonções, relaciondas a dados geas d a Institução das pesoas idoas que a freqenta e posterionente infonções colridas, com questionrio repondido pelos ido-os.

Contando com a valiosa colaborção de V. Sa., proveitamos o enejo pra reterr nossos potestos de estima e considração.

Ateciomente,

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QUEIROZ, J. B. e Colaboradora - Inluência do Lzer Sobre Pesoas da Terceira Idade. Rv. Bras.

Ef: RS, 36 : 95-106 , 1983.

A N E X O 11

QUESTIONÁRIO

Pretende-e com ete questionrio avliar a inuência e a importância do lzer na vida co­ tidina das pesoas idosas. Pra isto queremos que você leia e reponda este questonáro asinalndo com (x) a resposta que julgar a mais correta.

0 1 . Pocuou pticpr de atvidades de lzer, por que e sentia sozinho?

( ) sim ( ) não

02. empre que tem um tempo livre, procura fzer alguma coisa? ( ) sim ( ) não

03. ente-se incentivdo p ra procurr o lzr?

( ) sm ( ) não

04. A atividade de lzer que escolhe é realmente do seu grdo? ( ) sm ( ) no

05. Atraés das atiidades de lzer decobru aguma que lhe dá mior pazer?

( ) sim ( ) não

06 . Sent-se felz deempenhando atividades de lzer? ( ) sim ( ) não

07. A ptir do momento que começou a pticpr de alguma atvidade de lzer, sentu alguma influ­ ência importante onde vive?

( ) sim ( ) não

08. Acha mportante estas atvidades raizdas, junto com pesoas da mesma idade?

( ) im ( ) ão

09. Pra você, os jovens cetm a pesoa idosa? ( ) sim ( ) não

10. Sente que o jovem rejeta o idoso? ( ) sim ( ) no

1 1 . Pocura o lzr como um passtempo sem idade? ( ) sim ( ) não

1 2. rocua o lzr como uma uga da soidão? ( ) sim ( ) não

1 3 . Foi uma pesoa que sentu-se ralizada durnte a sua vida no rabalho que fzia?

( ) sim ( ) no

14. Preocupou-e com o lzer também qundo era mais novo? ( ) sim ( ) não

Imagem

TABELA 1  - Importância do  lzer prcido pelos repondentes do Grupo A - Mao de  1982.
TABELA 4  - Quado jovens, como  os idoos do Gupo  A sentiam-se em relção  o  trabaio e ao lzer
TABELA 5  - nportância do lzer aprciados pelos repondentes do Gupo B  - Maio de 1982.
TABELA  8  - Qudo jovens, como os idoos do Gupo B sentim-se em relço ao trabaio e  o lzer

Referências

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