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Análise de dois tipos de treinamento de força em natação

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

ANÁLISE DE DOIS TIPOS DE TREINAMENTO DE FORÇA

EM NATAÇÃO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO ESPECIALIZAÇÃO EM AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO NA ATIVIDADE FÍSICA

EDVANDER BERTOLETI JUNIOR

Orientadores: Prof. Doutor Nuno Garrido Prof. Doutor Felipe Aidar

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EDVANDER BERTOLETI JUNIOR

ANÁLISE DE DOIS TIPOS DE TREINAMENTO DE FORÇA

EM NATAÇÃO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO ESPECIALIZAÇÃO EM AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO NA ATIVIDADE FÍSICA

Orientadores: Prof. Doutor Nuno Garrido Prof. Doutor Felipe Aidar

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO VILA REAL, 2015

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Este trabalho foi expressamente elaborado como dissertação original para efeito de obtenção do grau de Mestre em Ciências do Desporto, de acordo com o disposto no Decreto-Lei 107/2008, de 25 de Junho.

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ÍNDICE GERAL

ÍNDICE GERAL ... IV ÍNDICE DE TABELAS ... VI ÍNDICE DE FIGURAS ... VII RESUMO ... VIII ABSTRACT ... IX

1. INTRODUÇÃO ... 1

1.1. O estado do arte, a natação e sua trajetória histórica... 4

1.2. Evolução da natação ... 9

1.3. Treinamento desportivo para natação ... 14

1.3.1. Treinamento de Endurance. ... 14

1.3.2. Treino de Sprint ... 14

1.3.3. Treino de Tolerância ao Lactato (Tamponamento) ... 15

1.3.4. Treino de Produção de Lactato ... 16

1.3.5. Treino de Potência ... 16 1.4. Qualidades físicas ... 17 1.4.1. Resistência ... 17 1.4.2. Psicologia ... 18 1.4.3. Flexibilidade ... 18 1.4.4. Força ... 19 1.4.5. Força, explosiva... 21

1.5. Treinamento de força e natação ... 21

1.6. Questões do estudo ... 24 1.7. Objetivos ... 25 2. MATERIAL E MÉTODOS ... 26 2.1 Amostra ... 27 2.2 Instrumentos ... 27 2.3 Procedimentos ... 28 2.4 Familiarização ... 29 2.5 Avaliações ... 29 2.6 Treino Aquático ... 29 2.7 Treino de Força ... 29

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2.8 Controle maturacional. ... 30 2.9 Controle da Intensidade ... 30 2.10 Desempenho Aquático ... 31 2.11 Determinação da carga ... 31 2.12 Estatística ... 32 3. RESULTADOS ... 33 4. DISCUSSÃO ... 36 5. CONCLUSÃO ... 40 6. REFERÊNCIAS ... 45

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Diâmetro das borrachas utilizadas ... 28 Tabela 2: Dados dos atletas submetidos ao treinamento de força com borracha, ao treinamento tradicional e ao grupo controle (Média ± DP) em relação a velocidade no 15 m de Crawl ... 34 Tabela 3: Dados dos atletas submetidos ao treinamento de força com borracha, ao treinamento tradicional e ao grupo controle (Média ± DP) em relação desempenho aquático no 25 m de Crawl ... 34 Tabela 4: Dados dos atletas submetidos ao treinamento de força com borracha, ao treinamento tradicional e ao grupo controle (Média ± DP) em relação desempenho aquático no 50 m de Crawl ... 35

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Situação em que o grupo TFA, realizará o trabalho de força durante o programa de exercícios ... 30 Figura 2: Esquema para a avaliação do tiro de 15 metros. ... 31

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RESUMO

Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento de força sobre o desempenho e a velocidade

no nado de Crawl em atletas juvenis. Comparar o efeito do treino de força tradicional com o treino de força com o uso de borrachas dentro da água e do treino somente na água sem treinamento complementar de força sobre o desempenho nos tiros de15, 25 e 50 metros de Crawl em atletas juvenis.

Metodologia: O estudo avaliou dois tipos de treinamento de força durante 8 semanas,

onde os participantes foram divididos em três grupos, sendo sete nadadores para grupo trabalho de força com borracha na água (TFA), sete para o grupo que realizou o treino de força com pesos (TFP) e um terceiro grupo de sete nadadores que não foi submetido a nenhum trabalho de força e que foi denominado grupo controle (GC). Foram realizados os testes de desempenho aquático nas distancia de 15metros, 25 metros e 50 metros.

Resultados: Verificou-se que existe diferença no pós teste entre os grupos treinados

com borracha e os demais grupos na distancia de 15 metros; nos 25 metros não existe diferença no pós teste entre os grupos treinados com borracha e o treino tradicional, contudo existem diferenças entre estes dois grupos em relação ao grupo controle. No tiro de 50 metros, verificou-se que não existe diferença no pré e pós teste entre os grupos independentemente de serem treinados com borracha ou tradicional.

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ABSTRACT

Objective: to evaluate the effect of strength training on performance and velocity in Crawl swimming at shots of 15, 25 and 50 meters crawl in juvenile athletes. To compare the effect of traditional strength training with strength training using rubber in the water, and training only in water without additional power training.

Methodology: The study evaluated two types of strength training during 8 weeks

where participants were divided into three groups, seven swimmers trained only with rubber in water (TFA), seven swimmers performed strength training with weights (CST) and a control group with seven swimmers, who did not underwent any strength training (CG). The water performance tests were carried out in distances of 15, 25 and 50 meters

ResultsIt was found that there is difference in the post-test between groups trained with rubber and the other groups at a distance of 15 meters; at the 25 meters shot there was no difference in the post-test between groups trained with rubber and traditional training, however there were found differences between these two groups compared to the control group. At the shot of 50 meters, it was found that there is no difference in the pre and post-test between groups despite the type of training.

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1. INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

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A natação é mais que um esporte de competição era uma forma de sobrevivência da antiga civilização. Historicamente na Grécia um pesquisador chamado Platão afirmava que quem não sabia nadar não era educado e por isso a modalidade era bastante difundida. Ao passar dos tempos à natação deixou de ser praticado, pois existia a ideia que o esporte poderia desenvolver epidemias.

No inicio do renascentismo essa lenda começou cair tanto que começaram a ser construídas as primeiras piscinas publica sendo a primeira localizada em paris, no inicio do reinado do Luís XIV (FAP, 2012)

A modalidade da natação e basicamente a locomoção dentro da água através se seu deslocamento, contido por quatro tipos de nado (Livre, Costa, Peito e Borboleta) e uma quinta modalidade chamada de medley constituída pelos quatro nado sendo cada nado com as mesmas distâncias, as provas são variadas sendo elas olímpicas as seguintes provas: 50livre, 100livre, 200livre, 400livre, 800livre feminino e 1500livre masculino, 100costa, 200costa, 100peito, 200peito, 100borboleta, 200borboleta, 200medley, 400medley e os revezamentos 4x100livre, 4x200livre e 4x100medley. (FINA, 2012)

Sendo assim para que o nadador consiga se locomover dentro da água é preciso que em cada momento, produza uma força propulsiva igual ou maior do que o arrasto hidrodinâmico (Marinho et al., 2010; Stager, J. M.,Tanner. D. A. 2007). A principal finalidade do treinamento aquático da modalidade de natação é basicamente trazer series de adaptações específicas, assim melhorando seu desempenho nas piscinas (Johns, 1992).

A força quando trabalhada evolui até expressar sua maior magnitude (intensidade), determinada primeira pela manifestação da força sobre uma determinada carga suportada e segundo pela velocidade de execução (Kemmler, Lauber, Wassermann, & Mayhew, 2006). O resultado da força depende da capacidade contrátil das fibras musculares e da recrutarão e sincronização das unidades motoras (UM), o aumento da força primeiramente se dá aos níveis de adaptações neurais especialmente para individuo destreinado ou com pouco treino, segundamente pelo ganho de massa muscular chamado de hipertrofia (Marques, 2005), pelo que consta uma forte relação entre a força máxima e a formação de potência (Stone et al, 2003),

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considerando-se essencial o trabalho de força para alcançar um nível elevado de desempenho no período de competição.

Há certa incompatibilidade de que o trabalho de força realizado em terra seca contribua com o máximo desempenho do nadador, segundo o que alguns autores relatam (Garrido et al, 2010; Marques, 2005). Este fato pode ser explicado devido a uma má adaptação e por outra uma falta de transferência.

Na natação, a capacidade de gerar força propulsora para vencer a resistência imposto pelo meio líquido é fundamental para o sucesso esportivo de nadadores (Schneider; Meyer, 2005; Girold et al., 2006, 2007) Isso acontece devido à melhora da técnica do nado, da composição corporal e de alguns componentes das qualidades físicas tais como força, velocidade e resistência, melhorando assim propriedades como arrasto e propulsão essencial para um melhor desempenho na natação (Toussaint; Truijens, 2005).

Um dos grandes desafios que se coloca aos treinadores é encontrar o meio de treino de forma com maior nível de transferência para o gesto técnico, sem que com isso se percam os ganhos específicos de força. Desta forma o treinamento resistido com o elástico permite simular toda braçada de nado dos quatros estilos da natação, ao mesmo tempo em que se produzem estímulos para ganhos de força específicos.

Contudo há certa incerteza na incompatibilidade de que o trabalho de força realizado em terra seca contribua com o máximo desempenho do nadador, segundo o que alguns autores relatam (Garrido et al, 2010; Marques, 2005), este fato pode ser explicado, devido uma má adaptação e por outra uma falta de transferência.O No entanto, há três estudos que investigaram os efeitos do treinamento de força, procurando diminuir o arrasto na natação (Tanaka et al, 1993; Trappe and Pearson, 1994; Girold et al, 2007).

Um estudo realizado recentemente analisou os efeitos do treinamento em seco combinado com o treino em água da natação, verificando-se esta combinação afetava o desempenho dos atletas, observou-se que houve uma melhoria do desempenho dos atletas no final do trabalho paralelamente a estes ganhos, o arrasto foi maior que no início do trabalho (Garrido et al., 2010), indicando possivelmente uma falta de especificidade do treinamento ou falha na sua transferência. Outro estudo realizado

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intervenção, de treino de força combinada com o treino de resistência entre nadadores competitivos, adultos jovens. Neste estudo, o grupo de intervenção teve ganhado da força, no desempenho de nado amarrado em 400m crawl desempenho foi maior do que o grupo controle. Não foram observadas alterações no comprimento da braçada, frequência de braçada e desempenho em 50 e 100 metros livres. Assim, alguns estudos afirmam que a força combinada e intervenções do treinamento de enderence influência negativamente todos os outros exercícios, os benefícios da combinação refere ao treinamento que é aplicado em forma de arrasto adequado. No entanto, há três estudos que investigaram os efeitos do treinamento de força, procurando diminuir o arrasto na natação (Tanaka et al, 1993; Trappe and Pearson, 1994; Girold et al, 2007).

Porem ao analisarmos a produção de força propulsiva, a generalidade dos estudos tem sido efetuada na quantificação da contribuição da braçada na propulsão, com base em métodos indiretos nos quais as forças são estimadas mediante a aplicação dos coeficientes de resistência propulsiva (CR) e sustentação hidrodinâmica (CS), obtidos em estudos laboratoriais ( Schleihauf, 1979; Berger et al., 1995, 1997a, 1997b; Sanders, 1997a, 1997b, 1999; Toussaint, 2000; Toussaintet al., 2002), aplicados aos valores de orientação e velocidade dos segmentos decorrentes das análises tridimensionais resultantes de estudos cinemáticos, sendo realizados através de filmagens vídeo dos movimentos subaquáticos (Cappaert, 1993; Cappaert & Rushall, 1994).

Contudo ainda são escassos os estudos que validaram o trabalho de força, com o uso de borrachas dentro e fora da água, e a interferência no desempenho destes sujeitos. Assim, será avaliar o trabalho de força com uso de borracha dentro do meio aquático e sua influência sobre o desempenho dos sujeitos.

1.1. O estado do arte, a natação e sua trajetória histórica

Historicamente os primeiros registros encontrados surgiram no Egito, no ano 5.000 A.C., nas pinturas da Rocha de Gilf Kebir (Lewillie, 1983). Mas até o esplendor de Grécia, a natação não vai desprender dessa mera função de sobrevivência; é então quando a natação passa a ser uma parte mais da educação dos gregos (Lewin, 1979; Rodríguez, 1997). Quanto à modalidade da natação nos Jogos Olímpicos antigos, não

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existia uma frequência da prática da modalidade; verdade é que os torneios de natação eram pouco frequentes (Lewin, 1979), mas o desporto da natação tinha grande influencia para o treinamento militar e como medida recuperadora para os atletas (Jardí, 1996).

Os romanos tinham a natação como parte da educação dos romanos, existindo uma visão mais recreativa da água, exemplo disto é que dentro de suas termas, existiam piscinas a mais de 70 metros de longitude (Lewin, 1983).

Durante a Idade Média o interesse pela natação decresce em grande parte, devido, sobretudo, ao pouco atendimento que se mostra a tudo o relacionado com o corpo humano. Só nos países do norte de Europa se vê como uma atividade benéfica (lewin, 1979; Reyes, 1998). No Renascimento, a natação volta a ressurgir do período de obscurantismo ao que esteve submetida durante a Idade Média, e se a considera como uma matéria idônea dentro das atividades físicas (Reyes, 1998). Como fruto desta concepção, surgem os primeiros escritos referentes à natação, como é o livro do alemão Nicholas Wymman (1538) titulado “Colymbetes, Sive de arti natandis

dialogus et festivus et iucundus lectu”, cuja tradução livre é: "O nadador ou a arte de nadar, um diálogo festivo e divertido de ler" (Iguarán, 1972).

Por outro lado as investigações na natação tem sido efeituada desde a década de 60, recorrendo a métodos e técnicas experimentais (Schleihauf, 1977; Wood, 1977; Schleihauf, 1979; Schleihauf, Gray, & DeRose, 1983; Cappaert, 1993; Cappaert & Rushall, 1994; Berger, De Groot, & Hollander, 1995; Payton & Bartlett, 1995; Hollander, & De Groot, 1997a, 1997b; Sanders, 1997a, 1997b, 1999; Toussaint, 2000; Toussaint, Den Berg, & Beek, 2002; Lauder & Dabnichki, 2005).

Os estudos têm levado a conclusões adversas, e a razão pela qual é determinante o cálculo das forças, quer resistiva quer propulsivas, que atuam no meio aquático baseia-se no fato do movimento na água ser altamente dependente da interação do sujeito com o fluido envolvente, no caso a água. Desta forma, a explicação do movimento humano no contexto aquático requer a medição destas forças de interação.

Quando analisamos a produção de força propulsiva, a generalidade dos estudos tem sido efetuada na quantificação da contribuição da braçada na propulsão,

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aplicação dos coeficientes de resistência propulsiva (CR) e sustentação hidrodinâmica (CS), obtidos em estudos laboratoriais (Schleihauf, 1979; Berger et al., 1995, 1997a, 1997b;Sanders, 1997a, 1997b, 1999;Toussaint, 2000; Toussaintet al., 2002), aplicados aos valores de orientação e velocidade dos segmentos decorrentes das análises tridimensionais resultantes de estudos cinemáticos, sendo realizados através de filmagens vídeo dos movimentos subaquáticos (Cappaert, 1993; Cappaert&Rushall, 1994).

Mais recentemente, Sanders (1997a, 1997b, 1999) procurou clarificar a controvérsia entre a preponderância das teorias propulsivas baseadas na sustentação hidrodinâmica e resistência propulsiva, utilizando como referência os valores dos coeficientes (CR e CS).

Quando analisamos os estudos experimentais relativos às forças resistivas, (Di-Prampero, Wilson, & Rennie, 1974; Holmer, 1975.; Pendergast, Di Prampero, Craig, Wilson, & Rennie, 1978; Kemper, Verschuur, CSarys, Jiskoot, & Rijken, 1976; Hollanderet al. 1986; Kolmogorov &Duplischeva, 1992; Ungerechts & Niklas, 1993) efetuados no âmbito do arrasto passivo e ativo e sucintamente os métodos para a sua determinação, conclui-se que a estimação do arrasto hidrodinâmico, acabou limitando-se quase que exclusivamente na análise da técnica de crawl (Thayer, 1988).

Toussaint et al. (2002) afirmaram a possibilidade do cálculo quase estático das forças não refletir perfeitamente a força propulsiva observada e a eficiência propulsiva durante o nado na técnica de crawl, sugerindo a existência de significativos mecanismos de instabilidade do fluxo, sugerindo ser limitado o potencial aplicativo dos coeficientes de força existentes (indiretos).

Neste sentido o nadar e sua avaliação seriam uma interação entre homem e água, onde os efeitos das forças propulsivas estariam relacionados e com diferenças expressivas para formas de nado fora do ambiente aquático e, por conseguinte, com limitações para a transferência da técnica no maio aéreo para o meio aquático.

Assim ao estudarmos as origens da palavra técnica, esta deriva do Grego “tékhné”, significando “arte” (Chollet, 1990). Generalizando o conceito para desporto, técnica significa “o modelo ideal”, “padrão, ou standard” de um movimento relativo a uma determinada disciplina desportiva, manifestada pela execução específica de uma tarefa inerente a um programa motor predominante, em função das capacidades

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motoras, psíquicas e sensório-cognitivas e do contexto onde se desenrola a ação (face às características do meio e integração num regime de treino e/ou em competição), procurando encontrar da melhor forma possível alcançar um objetivo desportivo (Bompa, 1983; Donskoi, 1988; Riera, 1989; Manno, 1991; Alves, 1995b; Ruiz, 1994).

Em cada técnica definem-se elementos cujos movimentos devem ser precisos e eficientes e quanto mais perfeitos for, menor consumo de energia é necessário para obter um resultado. Um sinónimo de “boa” técnica se expressa por elevada eficácia e eficiência motora (Arellano, 1993; Alves, 1995a).

Os padrões da técnica de nado constituem o melhor modo de visualizar a direção dos movimentos propulsivos que os nadadores executam na ação dos seus braços e pernas. Os padrões de uma determinada técnica são muito similares para todos os nadadores, apesar de alguns nadadores apresentarem pequenas variações próprias que os diferencia de outros nadadores (Oliveira et al., 2006).

Um modelo técnico não pode ser uma estrutura rígida, mas antes uma estrutura flexível, adaptável às características do executante e podendo incorporar consistentemente a evolução dos companheiros e das práticas de preparação que se vão afirmando ao longo do tempo. Este deve estar sempre baseado em conhecimentos científicos atualizados e na experiência prática do treinador.

Desse modo, verificamos que a natação se caracteriza de modo mais específico, como um esporte cíclico, onde o desempenho seria determinado, basicamente, por aspectos biomecânicos e fisiológicos (Alberty et al., 2006; Jurimae, et al., 2007).

O desempenho na natação depende do aperfeiçoamento da propulsão e da redução do arrasto hidrodinâmico, por meio da habilidade que reflete a capacidade do nadador propelir seu corpo na água com menor custo energético. Os fatores que maximizam a propulsão incluem o metabolismo anaeróbio e metabolismo aeróbio, a massa muscular, a resistência aeróbia e a técnica de nado enquanto, os fatores que minimizam o arrasto incluem as características antropométricas e a composição corporal (Pelayo, et al. 1997; Wells, et al., 2006; Thanopoulos, et al., 2006).

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Por outro lado ao se abordar as competições do esporte, os tempos gastos para completar as provas variam entre 23s e 14m30s, dependendo da distância e do nado empregado nas competições realizadas em piscina, (Toussaint, et al. 1998; Ogita, 2006) e esse tempo nos da uma noção do tipo de esforço e a proporção da contribuição de cada sistema energético para o desempenho (Hollander, et al., 1990; Troup, 1990; Ogita, 2006).

Dentre os estudos que avaliam o desempenho, fatores como a cinética do VO2 durante o nado (Fernandes, et al., 2003a; Fernandes, et al., 2003b; Fernandes, et al., 2008; Querido, et al., 2006), a quantificação da energia anaeróbia que tem sido mais usada com o equivalente energético da acumulação de lactato no sangue (Bonifazi, et al., 1991; Telford, et al., 1988; Wakayoshi, et al., 1993; Laffite, et al., 2004; Zamparo, 2000) e, mais recentemente, o défice de oxigénio acumulado (AOD) tem sido objetos de pesquisa para se determinar o desempenho no esporte (Ogita, et al., 1999; Silva, et al., 2006; Reis, et al., 2010).

Ao verificarmos os factores que contribuem para a eficiência técnica, Chollet et

al. (2005) estudaram a sincronização entre os membros superiores e os membros

inferiores no nado de Borboleta. Com o aumento da velocidade de deslocamento, os nadadores tendem a reduzir o intervalo de tempo entre as acções propulsivas e o deslize, o que só é alcançado com um elevado grau de coordenação entre fases críticas das ações destes segmentos.

Na mesma direção, Silva et al. (1999), ao procurarem determinar as variáveis que mais influenciavam a variação intracíclica da velocidade horizontal do nadador no nado de Borboleta, constataram que os factores mais importantes foram as componentes horizontais, verticais e laterais da velocidade da mão no final do trajecto motor subaquático, isto é, na ação ascendente e na saída e aqueles directamente relacionados com a menor velocidade da mão em todas as componentes durante a acção lateral interior. Esta situação parece ir ao encontro da ideia de que os valores mais elevados de velocidade de nado correspondem a valores de velocidade da mão também mais elevados, o que será de especial importância no final do trajecto motor subaquático.

Na senda destes resultados, Barbosa et al. (2005a) procurou identificar as variáveis que melhor predizem a flutuação da velocidade de mariposistas com base

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na velocidade da mão e dos pés. Neste estudo, o autor constatou que as velocidades que melhor predizem a flutuação da velocidade são a componente horizontal da velocidade da mão na AA, a componente vertical do segundo batimento descendente e a componente lateral da velocidade da mão durante a entrada. Estas variáveis têm uma capacidade preditiva de 93% da flutuação da velocidade horizontal do centro de massa dos mariposistas.

Também na técnica de mariposa, Cappaert (1999), ao compararem nadadores de nível desportivo superior com outros de menor nível (finalistas versus não finalistas olímpicos), verificaram que os nadadores finalistas apresentavam um ângulo absoluto entre o tronco e a horizontal, no plano sagital, significativamente inferior ao dos nadadores que não se conseguiram apurarem para as finais. Este menor ângulo parece ser responsável pelo melhor alinhamento horizontal do corpo, essencialmente na AA. Por outro lado, a autora verificou uma associação entre este aspecto: quanto maior for à extensão do cotovelo, maior duração terá esta acção, gerando-se supostamente mais força propulsiva.

No que diz respeito às diferenças entre os nadadores de 100m e 200m, Cappaert (1999) refere que os primeiros, apesar de colocarem a anca numa posição mais elevada, apresentam um valor do ângulo do tronco inferior em relação aos nadadores de 200m. Relativamente aos nadadores de 100m, verificou que executam movimentos ondulatórios mais lineares e ainda que durante a fase final do trajecto propulsivo e da recuperação, o ângulo do tronco é menor. No final do trajecto propulsivo, estes mesmos nadadores, apresentam um ângulo do cotovelo superior em relação aos de 200m, o que contribui para que os nadadores de 100m consigam alcançar, na fase final do trajecto, um elevado valor na relação entre a força propulsiva e força propulsiva efectiva.

1.2. Evolução da natação

É no século XIX, na Inglaterra, durante o ano 1828 se constrói em Londres a primeira piscina coberta, e no ano 1837 se leva a cabo a primeira competição organizada (Reyes, 1998). As primeiras competições surgem à necessidade de regrá-las; com esse objetivo nasce na Inglaterra, no ano 1874, a primeira federação de clubes que leva por nome "Association Metropolitan Swimming Clube", que redige o

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primeiro regulamento de natação, possibilitando estabelecer recorde do mundo (Rodríguez, 1997). Também é durante o século xix, no ano 1875, quando o ser humano cruza a nado pela primeira vez o Canal da Mancha, fá-lo Matthew Webb, quem estabelece um tempo de 21 h e 45 min.

Nos Jogos Olímpicos da era moderna, ocorrido em Atenas em 1896, já contemplavam a modalidade de natação como esporte, programa de provas inclui que 100 500 e 1.200 m. Em ditos J. O. Não participam mulheres, quem tiveram sua primeira competição oficial tão só quatro anos antes em Escócia (Reyes, 1998). O desenvolvimento do calendário das provas através dos seguintes J. O. Não deixa de ser surpreendente, já que em Paris (1900) incluiram 100 e 200 m livres, 200 m costas; 60 m submarinos e 200 m obstáculos, sendo disputadas as provas no rio Sena (Rodríguez, 1997).

Os J. O. Disputado numa piscina ocorreu em Saint Louis em 1904 (EUA.), e a programação das provas era a seguinte: 100 200 e 400 Jardas livres, 100 Jardas costas e 400 Jardas Peito (Rodríguez, 1997). Nos J.O devido o grande auge da natação daquela época, começam a aparecer os primeiros estudos científicos que tentam aprofundar no estudo da natação. Em 1905, Dubois-Reymond (citado por Lewillie, 1983) mede a força que exerce um nadador atado a um bote tendo que deslocar o mesmo, dito força se registra com um dinamômetro.

Desde 1896 até 1908, devido à variação quanto o programa de provas a disputar e sua regulamentação é contínua e pouco clara; para evitar isto, nasce em 1908, a Fédération International de Natation Amateur (F.I.N.A.) com os seguintes propósitos: a) estabelecer regras unificadas para a natação, os saltos e o waterpolo; b) verificar os recordes do mundo e estabelecer uma lista dos mesmos e c) dirigir as competições nos J. O. Inicialmente foram oito os países que fizeram parte desta Federação: Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria e Suécia (F.I.N.A., 2000).

Fatos importantes ocorreram nos J. O. em Estocolmo (Suécia) em 1912 participam pela primeira vez as mulheres, e por outro, aparece a figura do príncipe hawaiano Duke Kahanamoku, grande dominador das provas do estilo livre nestes J. O. E nos seguintes, graças a sua magnífica técnica de nado do estilo crawl (Rodríguez, 1997; Reyes, 1998).

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Em 1924 no J.O. em paris inclui a piscina de 50 m como piscina regulamentar onde devem disputar-se as provas do programa olímpico e se utilizam pela primeira vez as corcheras para delimitar as raias da piscina (Fontdevila, 1999), a evolução destas é constante até chegar ao modelo utilizado no último Campeonato do Mundo de Barcelona em 2003, onde as corcheras têm em seu interior umas aspas, para diminuir a influência das ondas.

O primeiro campeonato na Europa aconteceu em 1926 na cidade de Budapeste (Hungria), Dois anos depois em Amsterdam (Holanda) os J. O., O Americano John Weismüller foi o nadador destaque, vencedor das provas de 400 e 100 m livres. É nesta última prova em onde consegue baixar, pela primeira vez, do minuto realizando um tempo de 58”6 (Reyes, 1998)”.

Começaram aparecer os primeiros estudos cientifico referente à natação a princípios dos anos 30, (Lewillie, 1983). Assim, Karpovich, em 1933, relaciona a resistência com a velocidade e Cureton, outros trabalhos, realizam um estudo para relacionar a respiração e a velocidade de nado (1930) e outro no que estuda os fatores que levam ao sucesso na natação (1934) (citados por Cureton, 1974).

Em 1932 nos J.O na cidade de Los Angeles (U.S.A.), surge o Japão como potência mundial na natação, devido à posição mais oblíqua que têm seus nadadores ao deslocar-se e a um maior movimento do membro inferior (Cureton, 1974). Conquistaram os 100 m livres, 1.500 m livres, 100 m costas e quatro x 200 m livres, em categoria masculina. A disputa entre japoneses e americanos, também se mantém nos seguintes J.O celebrados em Berlim (Alemanha) em 1936, devido á Segunda Guerra mundial não aconteceram os J.O entre os anos 1940 há 1944.

Nos XV J.O em 1952 na cidade Helsinki (Finlândia) em 1952, sendo o grande nome daqueles jogos o japonês Hironoshim Furuhaski que vence em 100 e 200 m peito.

Nos J.O. 1956 na cidade Melbourne (Austrália) se destaca a australiana Dawn Fraser que vence nos 100 m livres e ajuda o seu país a completar o podium (ouro, prata e bronze) em dita prova, tanto em categoria feminina como masculina (Reyes, 1998).

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superior, já que se impõe em todas as provas individuais masculinas. A equipe americana se impõe em todas as provas femininas a exceção dos 200 m peito e os 100 m livres. Esta última prova é ganha pela australiana Dawn Fraser, que em dois anos mais tarde se converte na primeira mulher em baixar do minuto em dita prova, com um tempo de 58"9.

Nos J.O. Realizado em Tokio (Japão) no ano 1964, os americanos se impõem em quase todas as provas com exceção de seis. Utiliza-se nestes Jogos pela primeira vez a cronometragem eletrônica, permanecendo até nossos dias (Rodríguez, 1997).

Nos J.O na cidade em Munich (Alemanha) no ano 1972, o americano Mark Sptiz foi considerado o maior nadador de todos os tempos conquista sete medalhas de ouro, quatro em provas individuais (100 m livres; 200 m livres; 100 m borboleta; 200 m borboleta) e três fazendo parte da equipe de revezamento dos Estados Unidos. Todas estas medalhas são conquistadas batendo os recordes mundiais. Um ano mais tarde celebra o "1º Campeonato do Mundo", em Belgrado (Iugoslávia).

Em Montreal (Canadá) celebram-se os J.O. Em 1976, registrando-se um total de vinte novos recordes do mundo, destacando o do americano Jim Montgomery que se converte no primeiro nadador que consegue nadar por embaixo de 50 s na prova de 100 m livres, ao realizar um registo de 49"99. Destaca-se também à alemã democrática Kornelia Hender que consegue quatro medalhas de ouro e outros tantos recordes do mundo. Assim mesmo se instauram pela primeira vez os controles antidopings. Nos anos seguintes destacam duas figuras de grande relevância, o russo Vladimir Salnikov, primeiro homem em baixar dos quinze minutos nos 1.500 m livres e a americana Mary T. Meagher que, com um tempo de 2'05"96 na prova de 200 m borboleta, ostenta o recorde mundial durante vinte anos, até 2000.

Os J.O disputado na cidade de Moscou (URSS) no ano de 1980 ficaram marcado pelo boicote político que alguns dos países ocidentais. O boicote político se repete, quatro anos mais tarde, nos J.O. De Los Angeles (E.U.A.) desta vez são os países socialistas, como a URSS como porta-bandeira desta postura, os que não assistem à citação olímpica. Nestes jogos bateram-se dez recordes do mundo, um fato que não se repete nunca mais na história dos J.O., o empate pela medalha de ouro entre as nadadoras americanas Stenseifer e Hogshead na prova de 100 m livres. Em 1986, celebram-se em Madri os "V Campeonatos de Mundo de Natação", que

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congregam a 1.119 nadadores, participação sem precedentes até esse momento. O nível desportivo os resultados são medíocres (Gil, 1995). Dois anos depois se celebram em Seul (Coréia do Sur) os J.O., que engrandeceram à nadadora da República Democrática Alemã Kristin Otto, que atinge seis medalhas de ouro, o maior número de medalhas de ouro depois de Mark Spitz, nos 1972.

Nos J.O. Realizados em Barcelona (ESP) em 1992 as provas, a supremacia americana se vê freada pelos nadadores da antiga URSS, que competem sob a denominação de Confederação de Estados Independentes (Rodríguez, 1997).

Nos J.O de 1996 em Atlanta, os resultados são medíocres, estabelecendo-se só quatro recorde do mundo. A nadadora mais marcante é a irlandesa, até esse momento desconhecida, Michelle Smith que vence nos 200 e 400 m estilos e nos 400 m livres (Rodríguez, 1997).

Nos últimos J.O celebrados nos anos 2000, em Sydney (Austrália), destacam o grande número de recorde batidos, com a supremacia dos holandeses na prova de 100 m. livres, tendo como vencedores, o Peter Van de Hoogenband e Ingrid De Bruijn. Destaca também o jovem australiano, Ian Thorpe, ganhador dos 400 m livres.

Nos IX Campeonatos do Mundo ocorridos em Fukuoka (Japão) no ano 2001, a grande nome aquático é Ian Thorpe que conquista quatro recordes do mundo nas provas: 200 400 e 800 livres; e o relevo quatro x 200 livres fazendo parte da equipe australiana. A equipe Australiana consegue impor-se a equipe dos Estados Unidos no numero final de medalhas (13 medalhas de ouro para Austrália, por nove de Estados Unidos); no entanto no número de semifinalistas e finalistas se impõe Estados Unidos (Ganso, 2001). Nos X Campeonatos do Mundo celebrados em Barcelona em 2003, deram-se citação mais de 1500 nadadores, que competiram numa piscina construída especialmente para este evento, dentro do Palau Sant Jordi. O elevadíssimo nível, batendo-se um total de 14 Recordes do mundo, destacando a figura do americano Michael Phelps que com cinco recordes do mundo foi o grande dominador das provas de 200 m borboleta, 200 m estilos e 400 m estilos. Cabe destacar também ao russo Alexander Popov que com 32 anos conseguiu impor-se nos 50 e 100 m livres.

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1.3. Treinamento desportivo para natação

1.3.1. Treinamento de Endurance.

Esta forma de treinamento de endurance é feito em velocidades moderadas. Isto vai aumentar a endurance e constituir a maior forma de treinamento de endurance para todos os atletas de endurance. Na teoria, treinamento de limiar e sobrecarga deveria aumentar a endurance rapidamente e estende-la porque o metabolismo aeróbio é carregado de sobrecarga nesses níveis de treinamento. De qualquer modo, a visão dos métodos de treinamento indica que estes níveis são utilizados escassamente (dois ou três vezes por semana) por razões que não são completamente entendidas até este momento. Talvez seja porque o treinamento básico de endurance é a única maneira de treinamento de endurance que pode ser utilizado quando os atletas necessitam de tempo para encher seus músculos de suplementos de glicogênio. Muito da energia vinda do metabolismo das gorduras os atletas podem repor o glicogênio muscular rapidamente que está sendo utilizado quando eles estão treinando em velocidades de endurance básica. Talvez, por isso, isto pode fazer a possibilidade que o limiar e a sobrecarga produzem acidose considerável na qual, se utilizado diariamente, irá conduzir a problemas musculares e over training.

1.3.2. Treino de Sprint

A proposta desta categoria de treinamento é aumentar a velocidade de nado. Isto irá auxiliar os velocistas para ficarem mais rápidos em suas provas e irá auxiliar os nadadores em todas as provas a fazerem suas provas mais rápidas. As propostas são feitas de três maneiras:

1. Aumentando a capacidade de tamponamento

2. Aumentando o nível do metabolismo anaeróbio

3. Aumentando a potência das braçadas

Estas três subcategorias de treinamento de sprint podem executar nesta proposta. Elas são divididas em:

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- Treino de produção de lactato e

- Treino de potência.

1.3.3. Treino de Tolerância ao Lactato (Tamponamento)

A maior proposta desta forma de treino de sprint é aumentar a capacidade de tamponamento da musculatura. Quando o músculo tampona o ácido lático, esta substância começa a enfraquecer mais que pode ser produzido sem causar um declínio rápido do PH muscular. Isto permitirá aos atletas utilizarem metabolismo anaeróbio por um tempo um pouco maior antes de começar a ficar fadigado. Aumentar a capacidade de tamponamento é útil para os atletas nas provas de 100 a 400 metros.

Outro aspecto importante de aumentar a capacidade de tamponamento poderá ter benefícios psicológicos. Os atletas poderão aumentar a capacidade de suportar a dor. Eles forçarão mais quando sentirem a dor da acidose sem parar.

O melhor tipo de série está entre 75 a 200 metros. Ela vai produzir níveis altos de ácido lático. Estas distâncias possibilitam um grande estímulo para o tamponamento. Séries de 50 metros podem ser utilizadas se elas forem feitas de duas a quatro repetições com intervalos curtos. As séries devem ter de 600 a 1000 metros. As séries que são longas não podem ser feitas em uma intensidade suficiente.

O período de intervalo deve ser longo o suficiente para permitir aos nadadores recuperarem-se da acidose de cada repetição (ou combinação de séries de 50) pode ser feitas com uma alta qualidade. De três a sete minutos deve ser suficiente. Atletas devem nadar soltos entre as séries para apressar a recuperação.

Os atletas devem nadar próximo de suas velocidades máximas nas séries. Elas devem ser pelo menos de 85 a 95% da velocidade de competição. A F.C. deve ser máxima com uma sensação de percepção de esforço de 10 na escala. Distância acima das provas pode ser nadada para aumentar o senso dos atletas de passagem.

Este tipo de treinamento é muito estressante. Uma ou duas séries por semana é provavelmente suficiente para a maioria dos nadadores. Os velocistas devem fazer de três a quatro séries por semana durante os períodos mais intensos da temporada.

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1.3.4. Treino de Produção de Lactato

O princípio desta proposta de treino é aumentar a velocidade de nado. Um aumento no nível do metabolismo anaeróbio proporciona energia rápida para a musculatura. Isto será importante depois dos primeiros 10 a 15 segundos das provas, quando o suplemento de CP foi reduzido.

O treino de produção de lactato deverá fazer, dentro do possível, os atletas nadarem mais rápido o final das provas de 50 e 100 metros.

A melhor distância de série nesta proposta é de 25 a 50 metros. Estas distâncias são longas suficientes para encorajarem altos níveis de produção de ácido lático sem produzir uma longa acidose. A acidose reduzirá o nível de metabolismo anaeróbio e estragará a proposta deste tipo de treinamento. O volume ideal é entre 300 a 800 metros.

O tempo de intervalo deve ser de 1 a 3 minutos para permitir uma remoção do ácido lático para uma subsequente repetição poder ser feita em velocidade alta. A velocidade deve ser máxima. Os esforços devem ser máximos, mas os nadadores não devem experimentar a dor. A dor indica acidose, e como mencionado anteriormente, acidose reduzirá o nível de produção de ácido lático.

O treino de produção de lactato pode ser feito em pequenas partes todo o dia. Três a quatro séries por semana devem ser suficientes para produzir o efeito desejado.

1.3.5. Treino de Potência

Um aumento na potência de braçada é o desejo desta forma de treinamento. As razões porque o aumento da potência de braçada irá aumentar a velocidade de nado parecem ser óbvias. Os nadadores serão capazes de exercer mais potência com níveis rápidos de queda. Há um tempo acreditava-se que o aumento tinha que ser junto com um fosfato energético alto. Isto agora, aparentemente, tem que ter muito pouco. Os aumentos das forças musculares e o recrutamento neuromuscular são provavelmente a principal adaptação que permitem os nadadores nadar com mais potência.

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A melhor série de repetição é de 5 a 25 metros. Elas permitem aos atletas nadarem mais rápido do que nas provas. Portanto, elas proporcionarão uma sobrecarga de potência muscular por braçada com grande força e com níveis rápidos de queda As séries devem ser de 100 a 300 metros.

O tempo de intervalo deve ser de 30 segundos a 3 minutos para permitir a reposição do fosfato de creatina para os atletas nadarem rapidamente novamente. Os esforços devem ser máximos. A dor não pode ser sentida, porque a acidose não deve tomar lugar.

Os atletas devem utilizar os níveis de quedas das competições nestas séries. Eles devem tentar manter o máximo comprimento de braçada. Três ou quatro séries por semana devem ser suficientes para aumentar a potência muscular.

Nadar contra a resistência na água pode auxiliar no aumento da potência. Esta forma de treinamento é chamada de velocidade de resistência. Os atletas devem ter certeza de manterem os níveis das quedas de competição o mais longo comprimento possível.

Outra inovação no treino de potência tem sido utilizada artifícios para auxiliar nadadores para nadarem mais rápido do que eles podem nadar sem auxílio. Esta forma de treino tem, por razões óbvias, sido chamado de velocidade auxiliada. Velocidade com pé-de-pato e palmar são formas efetivas de executar este tipo de treino. Nadar puxando tubo cirúrgico é excelente. Velocidade auxiliada pode produzir um tipo de sobrecarga na velocidade que não pode ser ativada de outra maneira. Os nadadores devem ser encorajados a manter um comprimento bem longo de braçada.

1.4. Qualidades físicas

1.4.1. Resistência

A resistência de força, em geral, expressa pela capacidade do sistema neuromuscular em retardar o aparecimento do processo de fadiga (11) – considerado como a impossibilidade de continuar aplicando a força e a velocidade ótima à técnica e à tática durante o jogo (12) – tem como característica específica dar suporte direto nas ações de salto vertical no ataque e no bloqueio. Nesse caso, a resistência,

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considerada um componente que contribui para a manutenção desse desempenho, mantém o atleta o mais próximo possível do máximo.

1.4.2. Psicologia

A Psicologia do Esporte contemporânea está em um momento de grande expansão no seu campo de conhecimentos. Acompanhando essa expansão estão surgindo novas possibilidades de pesquisas e interesse em áreas ate então pouco exploradas. Dentro desse contexto, o tópico termina de carreira desportiva tornou-se uma tendência mundial de investigação, uma vez que se refere a um momento crucial e inevitável na vida de um desportista, e requer, portanto, um cuidado especial. Orlick (1) comenta a esse respeito que “(...) um tipo particular”.

Para tornar-se um atleta de elite, no mundo moderno, e necessário terem disciplina para treinar por muitos anos, dedicação quase que exclusiva para o esporte e, em geral, iniciar a carreira desportiva em idades muito precoces. Brandão (2) afirma que e grande a expectativa dos atletas de alto nível de se tornarem atletas de sucesso nacional e internacional, já que essa conquista mobiliza a atenção de investimentos financeiros e tem grande espaço na mídia. Nesse contexto, os atletas profissionais ganham, como consequência, vantagens económicas, notoriedade e, de fato, prestigio. Para os atletas de alto rendimento, o esporte e a energia que move a vida, e o marco de sua identidade (Brandão et al.) (3).

1.4.3. Flexibilidade

A flexibilidade e uma qualidade física importante não só para a promoção da saúde, mas também para o desempenho no esporte competitivo. Os diferentes esportes dependem do desenvolvimento em graus variados da proporção entre as diferentes qualidades físicas. Em certas modalidades como, por exemplo, nos arremessos e nas lutas, a força muscular é fundamental, enquanto a mobilidade articular mostra-se capital para a qualidade do desempenho na ginástica e no nado sincronizado e natação

Movimentar-se dentro dos limites ideais de determinadas ações. Também é entendida como a capacidade das articulações de se moverem por uma grande amplitude de movimento (flexionar, alongar ou girar o corpo em uma série completa

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de movimentos). Caracterizada pelo grau de amplitude do movimento de uma ou mais articulações, ela depende da facilidade de movimentação das articulações, músculos e tendões. A flexibilidade é fator necessário para praticamente todos os esportes, também fornece qualidades de movimento a quem pratica exercícios físicos, por exemplo, os contorcionistas de circo, atletas de ginástica olímpica, natação, pois diminui o risco de torções ou mau jeito, porque os tecidos elásticos e flexíveis têm melhores condições de absorver o choque de movimentos bruscos ou rápidos.

1.4.4. Força

Treinamento de força causa diversas adaptações devido o processo fisiológico pelo qual o organismo responde ao exercício (Fleck e Kraemer, 2006). A sistematização do treinamento resulta em adaptações fisiológicas e estruturais, sendo que os vários sistemas do corpo adaptam-se de modo diferente. Os músculos crescem, ossos ficam mais fortes ou fracos, dependendo da carga, o sistema nervoso central torna-se mais eficiente para recrutar a ação muscular enquanto a desempenho motora faz-se mais coordenada e refinada (Bompa e Cornacchia, 2000). Adaptação anatômica. Devido ao treinamento vigoroso de força acaba desenvolvendo tensão nos ligamentos e tendões, correndo o risco de acarretar lesões. Os tendões e ligamentos levam mais tempo para se adaptarem às contrações potentes do que os músculos. Indivíduos iniciantes ou indivíduos que retornam aos treino após semanas de descanso, necessitam de 6 a 12 semanas para treinar os tendões e ligamentos.

Devido ao progresso do treino acaba acarretando adaptação e não estressante que ative todos os músculos, ligamentos e tendões, visando ajudar o indivíduo a passar para outra fase mais intensa de treinamento, livre de lesões (Bompa e Cornacchia, 2000; Meloni E Gentil, [s/d]).

O ganho de hipertrofia muscular (aguda, crônica e metabólica) ocorre devido ao treinamento de força, a hipertrofia causa uma das adaptações mais visíveis, que ocorre devido ao aumento na área da secção transversa de cada fibra muscular (Weineck, 2003). Pode ser classificada em aguda (transitória) ou crônica (mio fibrilar). A hipertrofia transitória é o aumento de volume do músculo que ocorre durante uma sessão de exercício, decorrente principalmente do acúmulo de líquido (originário do plasma sanguíneo) nos espaços intersticial e intracelular no músculo, sendo que o

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este retorna ao sangue algumas horas após o exercício (Wilmore e Costill, 2001). Devido ao treinamento de longa duração ocorre a crônica é proveniente de mudanças musculares estruturais, devido ao aumento do tamanho e número dos mio filamentos proteicos, (Bompa e Cornacchia, 2000; Wilmore e Costill, 2001; Chiesa, 2003). Este tipo de hipertrofia ocorre como adaptação à sobrecarga tensional nos músculos em atividade. (Santarém, 1998; Chiesa, 2003). Existe ainda outro mecanismo de hipertrofia muscular chamado de hipertrofia metabólica ou sarcoplasmática. Este processo é desencadeado pelo aumento de certas substâncias no citoplasma da célula muscular (sarcoplasma), ocasionando um aumento no tamanho da musculatura (Hansen, 2002). As adaptações do corpo promovendo hipertrofia metabólica ou sarcoplasmática ocorrem através de sobrecarga metabólica, a qual designa um aumento de atividade dos processos de produção de energia (Santarém, 1998; Chiesa, 2003).

Bompa e Cornacchia (2000) apontam que a testosterona um hormônio sexual masculino tem grande responsabilidade no crescimento muscular, sendo outra teoria a respeito da hipertrofia. Adaptações neuro musculares ganhos em força muscular podem ser explicados por mudanças no padrão de recrutamento de unidades motoras e pelo sincronismo das mesmas para agir em união, o que facilita a contração e aumenta a capacidade do músculo de gerar força (Bompa e Cornacchia, 2000; Wilmore e Costill, 2001).

Devido os ganhos de força em prépurberes relacionam está questão devido aos mecanismos neurais do que à hipertrofia muscular (Blimkie, 1993; National Strenght and Conditioning Association, 1996, apud Fleck e Kraemer, 2006). McArdle, (2003) confirma que este raciocínio argumentando que os aumentos da força em crianças resultam principalmente do aprendizado e da ativação neuromuscular aprimorada e não de aumentos substanciais no tamanho dos músculos. Da mesma forma, Silva et al, (2003) afirma que do ponto de vista fisiológico nas crianças pré-púberes, este aumento ocorre devido à melhoria na frequência de transmissão e recrutamento das fibras motoras e não necessariamente à hipertrofia, fato que só passa a ocorrer com a puberdade, devido ao aumento da quantidade de hormônio de crescimento, sendo que nos meninos ainda há o aumento da testosterona, o que tende a favorecer algumas respostas relacionadas à melhoria da força.

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Assim, o treinamento de força acaba acentuando o crescimento muscular após a adolescência, quando os perfis hormonais de homens e mulheres adultos começam a surgir. Após a puberdade, o treinamento de força tem a capacidade de aumentar a hipertrofia muscular para além daquela alcançada no crescimento normal. Entretanto, deve-se avaliar o objetivo individualmente devido às diferenças nos períodos de maturação entre as crianças, (Fleck e Kraemer, 2006). Embora os mecanismos exatos que promovem o aumento da força em indivíduos pré-púberes e púberes ainda não estejam completamente elucidados, os autores supracitados atestam que o treinamento de força, claramente, promove aumentos na força de meninos e meninas. No entanto, isto está na dependência de um treinamento adequadamente estruturado com relação à frequência, tipo, intensidade e duração do programa (Goldberg et al, 2003).

1.4.5. Força, explosiva

A força explosiva muscular é bastante dependente da taxa de aumento da força em um dado intervalo de tempo no início da contração muscular, sendo os valores máximos dessa taxa alcançados em um período de tempo entre 100 e 300ms(2). Essa taxa é conhecida como taxa de desenvolvimento de força (TDF) e é obtida através da razão entre a variação da força e a variação do tempo. Assim, em atletas que utilizam em suas modalidades contrações musculares explosivas, a TDF tem sido considerada um importante parâmetro para mensurar o desempenho neuromuscular.

1.5. Treinamento de força e natação

Para que o atleta consiga um resultado eficiente e eficaz existem diversos fatores que contribuem para seu desempenho. (Marinho, 2004; Zamparo, et al., 2005; Barbosa et al., 2006).Um fator importante para contribuição seria através do treinamento de força que são imprescindíveis para se obter um resultado eficaz tanto para exercícios de alto rendimento quanto para o cotidiano (Devereux et al 2010, Murrell et al 2010, Yong et al 2010). Além de proporcionar melhorias na capacidade cardio pulmonar (Ouellette et al 2004, Weiss et al 2000, Moreland et al 2003; Studenski et al 2005).

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Para que o atleta de natação consiga um resultado eficiente e eficaz existem diversos fatores que contribuem para seu desempenho (Marinho 2004; Zamparo, et al., 2005; Barbosa et al., 2006). Um dos fatores que tendem a melhorar a performance seria o treinamento de força que tendem a ser importantes para obtenção de resultados eficazes tanto para exercícios de alto rendimento, quanto para o cotidiano (Devereux et al 2010, Murrell et al 2010, Yong et al 2010).

O treinamento de força tende a acentuar o crescimento muscular após a adolescência, período em que os perfis hormonais de homens e mulheres adultos começam a surgir. Após a puberdade, o treinamento de força tem a capacidade de aumentar a hipertrofia muscular para além daquela alcançada no crescimento normal. Entretanto, deve-se avaliar o objetivo individualmente devido às diferenças nos períodos de maturação entre as crianças, (Fleck e Kraemer, 2006). Embora os mecanismos exatos que promovem o aumento da força em indivíduos pré-púberes e púberes ainda não estejam completamente elucidados, os autores supracitados atestam que o treinamento de força, claramente, promove aumentos na força de meninos e meninas.

O trabalho de força tem grande importância no na manutenção rigidez e funcionalidade da musculatura, sendo um dos métodos seguras e de fácil execução para todas as idades (Hunter et al 2004, Hazell et al 2007). Para um programa de trabalho de força tenha efeito e necessário controlar algumas variáveis importante como à carga o número de execuções series, sessões e frequência (Simão et al 2005, Fleck & Kraemer 2004, Kraemer & Ratamess 2004, Bird et al 2005).

Com relação ao desempenho do nadador e o trabalho de força, muitos estudos expõem a alta correlação existente entre potência e velocidade (Costill, Sharp & Troup, 1980; Marinho, 2002; Marinho & Gomes, 1999; Sharp, Troup & Costill, 1982; Swaine, 2000).

Determinante para o desempenho do nadadores o trabalho de força, muitos estudos expõem a alta correlação existente entre potência e velocidade (Costill, Sharp & Troup, 1980; Marinho, 2002; Marinho & Gomes, 1999; Sharp, Troup & Costill, 1982; Swaine, 2000) A capacidade de gerar força propulsora para vencer a resistência imposta pelo meio líquido é fundamental para o sucesso esportivo de nadadores (Schneider; Meyer, 2005; Girold et al., 2006, 2007) Isso acontece devido à melhora

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da técnica do nado, da composição corporal e de alguns componentes das qualidades físicas (por ex.: força, velocidade e resistência), melhorando assim propriedades como arrasto e propulsão essencial para um melhor desempenho na natação (Toussaint; Truijens, 2005).

Objetivo do trabalho de força dar uma sobrecarga complementar aos músculos, usado no nado visando aumentar a potência (Tanaka, Costill, Thomas, Fink & Widrick, 1993).

Treinadores utilizam amplamente o treinamento de força fora da água, entendendo que, desta forma, haverá a transferência para o nado. A resistência na água aumenta geometricamente na proporção do quadrado da velocidade, o que quer dizer que duplicada a velocidade do nado, quadruplicado será o arrasto oferecido pela água (Karpovich, 1933).

O trabalho com peso caracteriza pela constante resistência externa resultante da carga intencionalmente imposta. Indo de encontro ao princípio da especificidade alguns métodos de treinamento de força muscular têm sido propostos para atletas da modalidade. O que se vislumbra é a adoção de métodos economicamente viáveis, eficazes e de fácil aplicabilidade dentro ou fora da água (Girold et al., 2006, 2007; Pi chon et al., 1995; Bocaliniet al., 2007; Miiler et al., 1984; Barbosa et al., 2007; Telles, 2008). Considerando o preceito que tanto os métodos de avaliação física quanto processo de treinamento devem atender ao máximo as particularidades da modalidade esportiva em questão (Costill, 1999), a literatura apresenta alguns estudos não conclusivos quanto à transferência de treinos fora da água para o desempenho dentro dela, principalmente quando tratamos de nadadores competitivos. Tanaka et al., (1993) investigaram a influência que o treino de resistência de força fora da água exerce no desempenho dos atletas quando empregado no período de preparação. Os resultados mostraram que, uma periodicidade de três vezes por semana durante oito semanas, não gerou diferenças significantes nos testes de desempenho dentro da água e nem na potência de nado, mesmo aumentando as cargas fora da água entre 25 e 35%. Já a pesquisa de, Davis (1955) reportou que 17 nadadores melhoraram suas performances nas distâncias de 25 e 50 jardas após um período de nove semanas de treinamento de força fora da água. Jensen (1963), em outro estudo, concluiu que todas as cinco diferentes

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combinações de treino dentro e fora da água provocaram efeitos semelhantes tanto no desempenho de 40 como na de 100 jardas. Apesar de ser amplamente realizado, pouco se sabe sobre os efeitos da utilização do treinamento de força durante toda a temporada, e se de fato existe transferência dos ganhos fora para o desempenho dentro da água.

Apesar de estudos não conclusivos quanto à transferência de treinos de força fora e dentro da água alguns estudos comparam métodos de trabalho de força muscular dentro da água, e trabalho realizado fora da água (Girold et al., 2006, 2007; Payton; Lauder, 1995). Assim, técnicose pesquisadores têm feito uso de dispositivos capazes de aumentar a resistênciade arrasto na água durante o nado. O emprego de tubos elásticos em programasde TFM já está bem estabelecido pela literatura (Girold et al., 2006, 2007), oque permite aumentar a força e velocidade requerida durante o nado, resultados semelhantes foram encontrados usando palmares (Payton; Lauder, 1995). Esses estudos demonstraram resultados muito positivos, com aumentos significantes na velocidade de nado e força muscular de membros superiores.

Assim, o treinamento de força causa diversas adaptações devido o processo fisiológico pelo qual o organismo responde ao exercício (Fleck & Kraemer, 2006).Objetivo do trabalho de força dar uma sobrecarga complementar aos músculos, usado no nado visando aumentar a potência (Tanaka, et al., 1993)

1.6. Questões do estudo

Os problemas os quais a presente tese almeja elucidar são os seguintes:

Será que diferentes tipos de treino de força, um com o uso de borrachas dentro da água, outro através do treino tradicional com pesos tem diferentes efeitos sobre a performance aquática no nado de Crawl de nadadores juvenis no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil?

Para isso pretendemos avaliar os seguintes pontos.

1. Avaliar desempenho aquático no tiro de 25 metros de Crawl, em atletas submetidos ao treino de força tradicional, ao treino de força com o uso de borrachas dentro da água e não submetidos ao treino de força;

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2. Avaliar desempenho aquático no tiro de 50 metros de Crawl, em atletas submetidos ao treino de força tradicional, ao treino de força com o uso de borrachas dentro da água e não submetidos ao treino de força;

3. Avaliar a desempenho no tiro de 15 metros de Crawl, em atletas submetidos ao treino de força tradicional, ao treino de força com o uso de borrachas dentro da água e não submetidos ao treino de força;

1.7. Objetivos

O presente estudo teve como objetivos:

a) Analisar o efeito do treinamento tradicional de força sobre o desempenho nos tiros de15, 25 e 50 metros de Crawl em atletas juvenis;

b) Analisar o efeito do treinamento de força com o uso de borrachas dentro da água sobre o desempenho nos tiros de 15,25 e 50 metros de Crawl em atletas juvenis;

c) Comparar o efeito do treino de força tradicional, com o treino como uso de borrachas dentro da água e do treino somente na água sem treinamento complementar de força sobre o desempenho nos tiros de15, 25 e 50 metros de Crawl em atletas juvenis.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

Material e Métodos

2

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2.1 Amostra

A amostra foi composta por 24 atletas do sexo masculino com idade compreendida de 15 e 16 anos, nadadores federados e participantes de competições a mais de dois anos. Os sujeitos deveram estar devidamente inscritos na Federação de Desportos Aquáticos do Mato Grosso do Sul (FEDAMS) na região Centro-Oeste do Brasil. Os avaliados terão de ter frequência aos treinos de natação no mínimo cinco vezes por semana.

Os pais dos participantes e técnicos foram esclarecimentos e orientados das intervenções e assinarão termo de livre esclarecido e consentimento.

2.2 Instrumentos

O estudo foi realizado numa piscina semiolímpica (25metros) com temperatura entre 26© e 27© graus em um clube (particular) da cidade de Campo Grande, Estado

do Mato Grosso do Sul.

Para marcação dos tempos nos testes foi utilizado um cronómetro digital Casio Sports Stop Watch HS-50 w (Cássio, Japão) O desempenho de nado foi registado por cronómetro por dois treinadores experientes as distancias foi de 25m e 50m crawl com saída de baixo.

O nível maturacional foi obtido através da escala de maturação de Tanner (Tanner, 1962). Esta escala utiliza uma graduação baseada em 2 itens: Pêlos pubianos (P), e Genitais (G). Ele subdividiu cada um desses itens em 5 fases. Assim, o estágio 1 indica o estado pré-puberal do desenvolvimento (P-1 ou G-1), o estágio 2 indica o desenvolvimento inicial da cada característica, os estágios 3 e 4 indicam a maturação continuada de cada característica, que são bem mais difíceis de avaliar, e o estágio 5 (p-5 e G-5) indica o estado adulto ou maduro.

Para este estudo foi utilizado as borrachas de composição a base de látex natural com comprimentos de três metros, seguindo as seguintes dimensões:

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Tabela 1: Diâmetro das borrachas utilizadas

TAM 200 201 202 203 204 205 206 210

INT (mm) 3,0 4,0 4,0 6,0 6,0 8,0 8,0 16,5

EXT (mm) 5,5 5,5 8,0 9,0 11,5 12,0 13,5 18,0

Os aparelhos utilizados para os exercícios do grupo com trabalho com pesos foi através tipo Multe Power da marca Vênus (Vênus, Brasil).

2.3 Procedimentos

Antes do inicio do estudo com os teste foi realizado uma reunião com todos os nadadores de forma de esclarecer quais os objectivos e procedimentos experimentais do trabalho.

Os participantes foram divididos em três grupos, sendo sete nadadores para grupo trabalho de força com borracha na água (TFA), sete para o grupo que foi feito o treino de força com pesos (TFP) e um terceiro grupo que não foi submetido a nenhum trabalho de força e que foi denominado grupo controle (GC) que possuiu sete nadadores. A escolha dos grupos foi realizada de forma aleatória, através de sorteio. Os procedimentos adotados seguiram as normas de ética em pesquisas com humano conforme a resolução nº 251, de 07/08/1997 do Conselho Nacional de Saúde e da resolução nº. 196, de 10/10/1996 que são as directrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, em concordância com os princípios éticos contidos na Declaração de Helsinki (1964, reformulada em 1975, 1983, 1989, 1996 e 2000), do “World Medical Association”.

A escala desenvolvida por Tanner foi utilizado para avaliar a formação maturacional onde os atletas se encontram, tendo em vista que a amostra encontra-se na faencontra-se da puberdade onde encontra-se encontra diferentes níveis hormonais verificando os estágios de formação, com isso possibilitando analisar o grau de maturação da amostra (Chan, et al., 2010).

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2.4 Familiarização

Os atletas foi submetidos a duas sessões de familiarização com as provas aquáticas, e aos procedimentos relativos a intercepção do trabalho de força (McCurdy, 2004).

2.5 Avaliações

Os procedimentos de ensaio desempenho da natação, força e potência foi testados em três momentos: (T1), logo no inicio do programa (T2) após quatro semanas de trabalho de força combinada com treinamento aquático, (T3) após as oito semanas de trabalho. Todos os grupos seram avaliados nos mesmos momentos.

2.6 Treino Aquático

Durante as oito semanas de período de estágio experimental, todos os sujeitos realizaram 42 unidades de treino aquático (cinco sessões por semana). Totalizando 210.000 metros de treino em agua.

O treino em piscina foi constituída igual aos três grupos num total de cinco mil metros de treino sob divididos na seguinte estrutura: 1.200 metros de aquecimento, 500 metros de educativos 300 metros que constituíra num trabalho de velocidade 1.800 de parte principal de treino que entrará trabalho aeróbio, 200 metros de soltura, 500 de pernadas e por fim de 500 metros de braçadas durante o período de estudo.

2.7 Treino de Força

Além das sessões de treinos normais em piscina o grupo TFA e TFP foram submetidos há oito semanas (duas sessões por semana), realizadas nas terças-feiras e sextas-feiras de cada semana. Este programa foi directamente supervisionado por dois especialistas em treinamento de força e pelo treinador da equipe.

O trabalho de força dentro da água (TFA) foi composto por três series, cada exercício constituíra de duas séries de 30 segundos de execução, com dois minutos de descanso. Sendo feito um exercício completo (braço e perna), um exercício de braço e uma de perna sendo a sequência repetida mais uma vez de acordo com a figura 1.

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Figura 1: Situação em que o grupo TFA, realizará o trabalho de força durante o programa de exercícios

O Trabalho de força com peso (TFP) constituiu de três séries de 10 repetições para cada exercício, com uma carga correspondente a de 60% a 80% do máximo (Marques, 2005, Newton, Jones, Kraemer e Wardle, 2002), onde na fase concêntrica realizaram em um tempo (segundo) e na fase excêntrica em dois tempos (segundo). O programa foi composto por Legpress horizontal, supino reto, Flexão de Joelhos, Puxador pela frente, Desenvolvimento pela frente e tríceps corda, todos feitos em um módulo do tipo Multe Power da marca Vênus (Vênus, Brasil).

2.8 Controle maturacional.

A escala de Tanner foi utilizado para verificação da formação maturacional onde os atletas se encontram, no estagio P3 e P4, não havendo mudança no inicio e final do estudo.

2.9 Controle da Intensidade

Foi utilizada para segurança das atividades a Escala de Percepção Subjetiva de Esforço de Borg, o uso da escala de seus patamares de “14 a 17” pontos (Borg 2000). A escala foi apresentada aos participantes durante a familiarização com as atividades, os quais atribuíram um valor numérico na escala correspondente a sua percepção geral de esforço naquele instante, estes valores foi corrigidos na familiarização até os valores pretendidos e foram reajustados durante a intervenção.

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2.10 Desempenho Aquático

O processo de avaliação foi realizado em uma piscina de 25m coberta. O tempo de execução foi determinado por dois indivíduos treinados com um cronómetro, e o valor médio das duas medições foi obtida em cada ensaio, depois de um aquecimento de 500 metros de crawl, todos os nadadores realizaram um esforço máximo de 15m sendo a saída da borda avaliada pelo teste de 15 metros (Balcadiniet al, 2007). Onde será demarcada a distância com um cone entre o bloco de saída e a distancia final de 15m do teste (figura 2).

Figura 2: Esquema para a avaliação do tiro de 15 metros.

Depois 25m e 50 metros no nado crawl, com dois dias de intervalo entre elas. Todos os nadadores realizaram dois testes máximos em 15m , 25m e 50 m, com um período de 15 minutos de recuperação passiva entre os dois ensaios e o valor médio foram utilizados para análise (Garrido et al, 2010, Barbosa e Junior, 2006 ).

. O cálculo será empregado o melhor tempo das três tentativas com base no tempo empregado para cumprir as distâncias de 15 , 25 e 50metros

2.11 Determinação da carga

Para a determinação da carga no TFA, foi utilizado oito estagio de tubos elásticos onde a carga máxima foi determinada quando houvera perturbação do nado, assim que houver a perturbação foi considerado 100% da carga de acordo com a dimensão do tubo elástico a partir desta medida foi feito a verificação de 60 e 80% da carga com o auxilio da PSE, sendo este ajustado a cada treino.

Imagem

Tabela 1: Diâmetro das borrachas utilizadas
Figura 1: Situação em que o grupo TFA, realizará o trabalho de força durante o programa de exercícios
Figura 2: Esquema para a avaliação do tiro de 15 metros.
Tabela  3:  Dados  dos  atletas  submetidos  ao  treinamento  de  força  com  borracha,  ao  treinamento  tradicional e ao grupo controle (Média ± DP) em relação desempenho aquático no 25 m de Crawl
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Referências

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